A Banqueta 502

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FOTO: WILL GONÇALVES

Academia de Letras será empossada

Literatura em Nova Lima

Pág.14

Acidentes deixam feridos e vítima fatal

Perigo nas Estradas

Como você enfrenta?

Pág.10 e 11

Fábio de Souza, jogador de futebol, é alvo de racismo no Campeonato Amador de Rio Acima e psicóloga avalia que é necessário ser antirracista para transformar essa realidade

Pág.04

Aberta a temporada de compras natalinas

Black Friday

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Vice-prefeito é aprovado em seleção

Líder RAPS

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Absorventes descartáveis podem ser substituídos

Solução Ecológica

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A Banqueta “Racismo é burrice””

Falar sobre racismo pode parecer modismo, até mesmo pela repercussão dos últimos acontecimentos envolvendo brasileiros. Teve torcedor suspeito de xingar um segurança de “macaco”, durante briga entre as torcidas do Atlético e Cruzeiro, e torcedores desferindo palavras ofensivas e de cunho racista a dois jogadores do país em um clássico ucraniano. Os casos recorrentes no futebol e, no dia a dia, nem sempre divulgados, comprovam que falar sobre o racismo é fator emergencial, sendo necessário discutir o assunto todos os dias.

Os crimes de racismo são apenas alguns dos desafios dos negros. Mesmo sugerindo melhora, dados do IBGE apontam a disparidade entre pessoas de pele clara e escura. Em 2018, no Brasil, por exemplo, os pretos ou pardos passaram a ser 50,3% dos estudantes de ensino superior da rede pública, porém, como formavam a maioria da população (55,8%), permaneceram subrepresentados. Além disso, entre a população preta ou parda de 18 a 24 anos que estudava, o percentual cursando ensino superior aumentou de 2016 (50,5%) para 2018 (55,6%), mas ainda ficou abaixo do percentual de brancos da mesma faixa etária (78,8%).

Oportunidades de emprego

Costureira (Belo Horizonte). Necessário experiência em reforma de roupas. Vaga para trabalhar no BH Shopping. Entrar em contato com Jordana, pelo telefone: (31) 32284060.

Assistente de Operações (Nova Lima). Necessário ensino médio e experiência com completo atendimento ao cliente. Desejável conhecimento em Pacote Office. Horário: seg. a sex., 8h/dia. Salário: R$ 1.400 + benefícios. Currículo: thayanne.xavier@audaztec.com.br. Assistente Administrativo (Nova Lima). Necessário ensino médio completo e experiência na área comercial. Desejável conhecimento em Pacote Office. Horário: seg. a sex., 8h/dia. Salário: R$ 1.400 + benefícios. Enviar currículo para: paulo.xavier@audaztec.com.br.

Carpinteiro (Nova Lima). Trabalhos de carpintaria na área de engenharia civil. Horário: seg. a qui., de 7h às 17h e sex., de 7h às 16h. Salário: R$ 1.698 + benefícios. Enviar currículo: curriculos@seel.com.br.

A realidade revolta. As palavras de ódio contra a cor da pele não têm justificativa, em lugar nenhum, mas, no Brasil, ainda lutam contra a história do país. A canção Racismo é Burrice (Gabriel O Pensador) traz essa reflexão e em suas palavras fortes deixa um recado final: “(...) o Brasil colonial não era igual a Portugal. A raiz do meu país era multirracial. Tinha índio, branco, amarelo, preto. Nascemos da mistura, então por que o preconceito? Barrigas cresceram, o tempo passou. Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor. Uns com a pele clara, outros mais escura, mas todos viemos da mesma mistura. Então presta atenção nessa sua babaquice. Pois como eu já disse racismo é burrice. Dê a ignorância um ponto final. Faça uma lavagem cerebral”. Frente fria ganha força no final de semana e deixa o tempo nublado com chuvas. Nublado com Quinta pancadas de chuvas Mín: 18º Máx: 25º

Sexta Nublado com pancadas de chuvas Mín: 18º Máx: 26º

Pancadas de chuva

Nublado com chuvas

Sábado Mín: 19º Máx: 27º

Domingo Mín: 19º Máx: 23º

Jornal A Banqueta de Notícias - 502ª Edição

Nova Lima - Raposos - Rio Acima - 21 a 26 de novembro de 2019

Sem energia elétrica

Direto da Comunidade

"Moro no bairro Honório Bicalho, em Nova Lima, e toda vez que chove o bairro fica sem energia elétrica. Já fiz várias reclamações, mas o problema é recorrente. Sou comerciante e já perdi muitas vendas, pois sem internet não consigo receber pagamentos feitos com cartões, por exemplo." Rogério Rodrigues Honório Bicalho

Resposta - A CEMIG informou que as interrupções emergenciais para o bairro foram baixas durante o ano. Foram registradas 04 acima de 01 hora, sendo uma mais relevante em 18/03/2019 ocorrida em dia de condições climáticas desfavoráveis. A empresa esclareceu que possui equipamentos de religamento automático instalados nas Subestações e nas linhas de

BEX Edições Ltda. CNPJ: 11.160.970/0001-70 Fale conosco: 31 3541-5701 / 98569-2926 ou abanqueta@gmail.com Diretor: Frederico Sarti Mendes Jornalista responsável: Júnia Rodrigues Redação: Júnia Rodrigues, Mariana Lacerda e Camila Madeira Estagiária Jornalismo: Maria Carolina de Freitas Diagramadoras: Sonia Souza, Jordana Matos e Tatiana Dias Comercial: Clauzy Barbosa: 99847-9631-Efigênia Veloso: 98848-4388 Gráfica Editora Sempre - 16.000 exemplares

Contato: 31 3541-5701

O jornal A Banqueta de Notícias se exime de qualquer responsabilidade sobre opiniões e pontos de vistas expressos em artigos, anúncios e publicações assinadas que exprimam conotações políticas, religiosas ou sociais, por não refletirem as convicções desta diretoria. Reservamo-nos o direito de erro gráfico.

distribuição que garantem o rápido reestabelecimento da energia.

“Parabenizo os colaboradores e idealizadores do Jornal A Banqueta, por levarem aos leitores importantes notícias, que anos atrás não tínhamos essa facilidade de obter. Além disso, pelo espaço disponibilizado para a divulgação das entidades que possuem atividades ligadas às causas sociais, por exemplo, a ONG Papai Noel Mirim que, este ano, realizará sua 19° Campanha de Natal.”

Alô Banqueta

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Bernardo Pereira Bairro Olaria


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COLISÃO NA MG-030

Em um país onde as rodovias federais registram 14 mortes a cada dia, Minas Gerais se destaca neste cenário trágico. O estado é campeão em número de mortes e acidentes nas vias de responsabilidade da União. De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Transporte (CNT), as BRs que cortam o estado registraram 7.214 acidentes, no ano passado, que resultaram na morte de 693 pessoas. Só nesta semana, dois casos de acidentes com vítimas ocorreram nas estradas de Nova Lima e Raposos. Os trechos são considerados perigosos e condensam maiores riscos de acidentes em época de chuva.

Morte de motociclista

Na segunda-feira (18) à noite, o motociclista raposense, Bruno Lage se envolveu em uma colisão, na Rodovia AMG-150, que liga Nova Lima à Raposos. Bruno, morador do bairro Matadouro, segundo informação de populares, estava voltando de um

Acidentes

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Trânsito

nas estradas

Trechos perigosos fazem vítimas em Nova Lima e Raposos

evento na cidade, em direção à Nova Lima. Em determinado momento do trajeto, conhecido como “Curva da Raquel”, próximo ao bairro Galo, o jovem teria batido de frente no ônibus da Saritur que vinha no sentido contrário. Segundo a Polícia Militar, o piloto morreu no local. Tatiane Rodrigues, que estava na garupa do veículo, precisou ser socorrida e encaminhada até o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, devido ferimentos no braço e nas pernas. O trecho é marcado pelas curvas perigosas, sendo um dos locais onde mais ocorrem acidentes graves em Raposos.

Araújo (75), narrou o susto que passou no momento do acidente. Ele conta que voltava de Rio Acima, por volta das 17h, após descarregar galões de água mineral na cidade. Segundo o morador do bairro BNH, chovia muito quando ele se deparou com o carro em uma curva, que vinha no sentido contrário. “O carro freou, chegou a rodar duas vezes na pista, mas acabou batendo em mim. Nesse momento, a porta do caminhão se abriu, o cinto se soltou e eu caí no asfalto. Fiquei desmaiado até a chegada da ambulância. Os veículos caíram em um barranco”, conta.

Outro grave acidente aconteceu na noite de terçafeira (19), na MG-030, no trecho que liga Nova Lima à Rio Acima, próximo ao bairro Santa Rita, quando um carro bateu em um caminhão deixando três pessoas feridas. O fato aconteceu durante a chuva e a pista estava escorregadia. Os dois veículos saíram da pista e foram parar em uma ribanceira. Segundo os bombeiros, com o impacto da batida, duas vítimas ficaram presas entre as ferragens. Os militares tiveram que cortar parte do carro para retirá-las. O helicóptero do Corpo de Bombeiros e a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ajudaram no socorro das vítimas que foram levadas ao Hospital João XIII.

João Vital estava sozinho no veículo no momento do acidente. Ele precisou levar 15 pontos na cabeça e teve escoriações no ombro. Na tarde dessa quartafeira (20), o nova-limense passou por uma bateria de exames e já se recupera em casa.

Colisão na MG-30

Grande susto

O caminhoneiro envolvido na colisão, João Vital de

Caminhoneiro passa bem

COLISÃO NA MG-030


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Economia

Comerciantes se preparam para garantir as vendas e consumidores devem estar atentos às compras A Black Friday é uma grande liquidação anual que teve origem nos Estados Unidos e se expandiu para outros países, inclusive o Brasil. A edição desse ano acontece no próximo dia 29 de novembro e é aderida por lojas físicas e virtuais, de diversos setores. Para os comerciantes, a data abre a temporada de compras de Natal. Os consumidores aguardam a promoção visando adquirir produtos com descontos, mas devem ficar atentos para não serem vítimas de fraudes.

Bom para quem vende

A promoção é boa tanto para quem vende quanto para quem compra. Segundo a gerente da Lojas Móbile, em Nova Lima, Alexandra Alves, a loja aderiu à liquidação desde o ano em que foi inaugurada e é uma oportunidade para atrair os consumidores. “Aumenta o fluxo de clientes, pois pessoas que não sabiam da existência da loja acabam conhecendo, já que a promoção é divulgada em toda a cidade”, avalia. Ela diz que os descontos variam e que todos os produtos entram em promoção. Algumas estratégias também são feitas para garantir as vendas, como, por exemplo, manter contato com o cliente para notificar os descontos do produto de interesse e estender a promoção para mais de um dia. “A expectativa é grande. Nosso Black Friday pode acontecer nos dias 28, 29 e 30, mas ainda não está confirmado”, comenta.

Movimento do comércio

De acordo com a presidente da Associação Comercial e Empresarial de Nova Lima (ACE), Tatiane Viol, a Black Friday é uma antecipação das vendas de fim de ano. “Começa um movimento maior nas ruas e nos estabelecimentos. O próprio trabalho de pesquisa do consumidor é importante para levar as pessoas para dentro das lojas”, explica. Ela afirma que não é

possível dizer que o comércio de Nova Lima, em sua totalidade, está inserido na campanha, mas que é notável o aumento da adesão a cada ano. “Alguns comércios buscam trabalhar com pelo menos um produto ou uma linha de produtos para estar inserido na liquidação mundial”, afirma. Ela acredita que para os consumidores é uma boa oportunidade de adquirir produtos com preços melhores.

Alerta

Apesar de ser muito atraente, as promoções devem ser analisadas pelos consumidores, para evitar fraudes. A coordenadora do Procon Nova Lima, Danielle Perdigão, alerta que alguns lojistas, dias antes da Black Friday, aumentam os preços dos produtos para depois justificarem descontos de 50% ou até 70%. Para que os clientes não sejam enganados, ela sugere uma pesquisa de preços. “As pessoas deveriam fazer uma pesquisa de mercado, ir em várias lojas - durante esta semana que antecede a promoção - para ter certeza de que o desconto que será oferecido na Black Friday é real”, explica.

Denúncia

Quanto a atitude desonesta de estabelecimentos que burlam a promoção, ela afirma que pode ser denunciada. “Se a pessoa perceber que existe um ato fraudulento ela pode acionar o Procon na hora e também registrar um boletim de ocorrência. É importante lembrar que ela precisa ter provas”, conta. Segundo Danielle, serve também para casos em que o produto é divulgado com preço diferente do que é cobrado no ato da compra. O comerciante é obrigado a cobrar o valor anunciado. “Na internet, é importante

que a pessoa printe a tela, salve o endereço virtual e imprima, para garantir a prova. Duas medidas são possíveis: uma ação no Juizado de Pequenas Causas ou acionar o Procon para tomar as medidas administrativas”, reitera.

Troca

Outro ponto a ser observado é a descrição dos produtos em compras feitas na internet. “Muitas vezes anunciam mercadorias que estão há mais tempo no estoque, sem a descrição completa. E as características podem não ser aquelas que o consumidor está procurando, mas acaba comprando por impulso”, exemplifica. Segundo a coordenadora, isso pode dificultar a troca do produto. “A troca é de liberalidade dos comerciantes. Mas, o Código de Defesa do Consumidor determina o prazo de sete dias, que abrange compras feitas pela internet ou fora do estabelecimento, a contar do dia em que ele é entregue ao cliente”, afirma.

Casos recorrentes

No período de Black Friday, é comum a venda de peças de mostruário. Danielle alerta que essa informação deve constar na nota fiscal. “Ao comprar uma peça de mostruário, é importante descrever na nota fiscal qual é o defeito que o produto possui ou se não possui”, salienta. De acordo com a coordenadora, após a liquidação, as demandas de trocas de produtos são recorrentes no Procon Nova Lima. “Tanto no dia da promoção quanto após, recebemos algumas denúncias e muitas demandas de troca e arrependimento”, relata. Ela afirma que o consumidor deve comprar com consciência, avaliar a necessidade de obter o produto e estar atento ao efetuar a compra.

Procon Nova Lima

Rua Benedito Valadares, 69 - Sala 04 - Bonfim Telefone: (31) 3541- 1708 / (31) 3541-2999


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Lideranças Políticas

João Marcelo é o único viceprefeito, no país, aprovado no último processo seletivo da organização suprapartidária

Líder RAPS

A organização suprapartidária Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (RAPS) tem como premissa atuar na formação e apoio de novas e atuais lideranças políticas comprometidas com a construção de um país melhor e com o compromisso de integrar os princípios e valores da sustentabilidade às suas ações e projetos. Ao corroborar com os ideais do movimento nacional, o vice-prefeito de Nova Lima, João Marcelo (27), decidiu participar, este ano, do processo de seleção de novos líderes da organização. A boa nova veio no dia 13 de novembro. O político nova-limense foi um dos selecionados pela RAPS, sendo o único vice-prefeito aprovado no país.

Rede nacional

A RAPS surgiu em 2012 e conta, hoje, com uma rede de 576 lideranças, em todo o Brasil, sendo de 29 partidos políticos diferentes. João Marcelo explica que a organização é norteada pelos princípios do desenvolvimento sustentável, não somente nas questões ambientais, mas também nas dimensões sociais e econômicas. “A RAPS é uma organização com membros de diversos partidos (suprapartidária), raças, gêneros e idades. Nessa rede, há diferentes visões de mundo e experiências, mas com objetivos comuns. Líderes que acreditam no diálogo, cooperação e na política como ferramentas para construir um país mais justo, com mais oportunidades e qualidade de vida, além de ser capaz de respeitar seus recursos naturais”, completa.

Posição de destaque

A fim de reunir, apoiar e capacitar lideranças políticas do país - novas e atuais - a RAPS realiza, anualmente, processo seletivo para a escolha dos seus membros.

João Marcelo conheceu a organização, em 2014, por meio de um amigo. Após estudar sobre o assunto e criar afinidade com seus preceitos, optou em realizar o processo seletivo, pela primeira vez, este ano. Ele recorda que foram mais de 7 mil inscritos, em todo o Brasil, e 99 aprovados. “Desse total, 46 possuem mandatos. Ocupam o cargo de vereador 18 aprovados, 16 são deputados estaduais, 7 deputados federais, 3 prefeitos, 1 senador e 1 vice-prefeito. Dez pessoas foram aprovadas em Minas Gerais. Fui o único de Nova Lima e o único a ocupar o cargo de vice-prefeito”, orgulha-se.

Fortalecimento da rede

Após vencer as cinco etapas de um processo seletivo rigoroso e disputado, o líder João Marcelo aguarda, agora, o cronograma de ações da organização. De forma geral, o líder passará por um processo de formação e capacitação com especialistas. Participará ainda de fóruns, cursos e debates, com líderes políticos de todo país, realizados em São Paulo e Brasília. Para o vice-prefeito, essa será uma grande oportunidade para a troca de boas experiências, criar conexões, gerar network e abrir portas.

Valores em comum

Ao se integrarem à organização, os líderes se comprometem ainda: com o aperfeiçoamento da democracia e do processo político; a construir uma sociedade mais justa, próspera, solidária, democrática e sustentável e a buscar soluções inovadoras para os principais desafios nacionais. Ademais, firmam o compromisso de seguir uma atuação guiada pela ética, transparência, justiça social, amizade cívica e sustentabilidade, além de combater a corrupção, a

impunidade, os privilégios, a discriminação e a desigualdade. “Esse é o senso de responsabilidade social que um gestor público deve ter, levando em consideração a sustentabilidade. Afinal, não adianta gastar mais do que se recebe, não cuidar dos recursos naturais e deixar de se atentar para questões sociais”, reitera João Marcelo.

Vocação

João Marcelo é formado em Administração e pósgraduado em Administração Pública. Desde pequeno, voltou seu olhar para questões sociais. Aos sete anos, desenvolveu, junto de mais três crianças de sua família, a ONG Papai Noel Mirim, hoje com 19 anos. No começo do projeto, os “bons velhinhos” saíam pelas ruas da cidade, dando abraços e distribuindo lembranças às pessoas durante a época do Natal. O gosto pela vida pública cresceu com o tempo. Aos 20 anos, João Marcelo disputou a primeira eleição para vereador (960 votos), não conquistada devido ao coeficiente eleitoral. Em 2016, concorreu para viceprefeito, seu cargo atual. Filiado e membro da direção estadual do partido Cidadania e membro do Movimento Acredito, João Marcelo também se lançou, este ano, a pré-candidato a prefeito de Nova Lima. Segundo o líder, a aprovação na RAPS chega para contribuir com o processo de construção da sua vida pública. “Minha formação e vontade de servir me trouxeram a maturidade necessária para trabalhar pelo futuro de Nova Lima. A RAPS, com certeza, é mais um alicerce em minha formação como gestor público; área escolhida por amor e vocação”, encerra.

Conheça a rede: raps.org.br


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Como você enfrenta? Nova Lima - Raposos - Rio Acima - 21 a 26 de novembro de 2019

Fábio de Souza, jogador de futebol, é alvo de racismo no Campeonato Amador de Rio Acima

A população acompanhou o clássico entre Atlético e Cruzeiro, no dia 10 de novembro. Torcedores dos dois times arremessavam cadeiras e grades uns aos outros, no Mineirão. Um dos vídeos repercutidos foi de um segurança do estádio, que sofreu injúria racial. No mesmo dia, no Campeonato Ucraniano, os brasileiros, Dentinho e Taison, do Shakhtar Donestk, foram alvos de insultos racistas praticados por torcedores do time rival, Dínamo Kiev. Já no dia anterior (9), mas agora no Campeonato Amador de Rio Acima, no Campo CSU, o atleta nova-limense, Fábio de Souza, que representava o Apolo S.E.C., também foi vítima racismo, segundo ele, praticado por um desportista do Palmeiras.

Primeiro tempo

A bola começou a rolar a partir das 14h. O volante Fábio, de 23 anos, lembra que o Apolo já estava na frente, com dois gols de diferença, quando Nilvo Ramos, atleta do Palmeiras, trombou nele. “Eu disse que não precisava daquilo e ele me respondeu: ‘o que foi, neguinho? Trombei em você porque estava muito escuro e não te vi’. Foi, então, que começamos a discutir”, conta. O jogador narra que o bate boca se estendeu pelo campo. Onde o volante se posicionasse, Nilvo o seguia. “Ele começou a dizer que se eu quisesse briga, iria arrumar. Mas, eu, em momento algum, o ofendi. Só que teve uma hora que perguntei se ele não iria parar com aquilo e foi, então, que ele me mandou calar a boca e me chamou de macaco”, revela.

Cartão vermelho

Nesse momento, o lateral do seu time, Renato Vieira, também ouviu as palavras proferidas e, por isso, chamou o árbitro. “Aí que ele repetiu: ‘você é um macaco mesmo’. Foi nessa segunda vez que o juiz ouviu. Tirou o cartão vermelho, o expulsou de campo e parou o jogo”, relata. Segundo Fábio, a

partida foi suspensa aos 38 minutos do primeiro tempo, aguardando a chegada da Polícia Militar. O volante comenta que o jogador resistiu para se retirar do local. “Depois, eu fui até ao banco do Palmeiras e disse que se ele se desculpasse não iria denunciá-lo”, expõe. Entretanto, conforme relata o jovem, o atleta adversário se negou e continuou a afirmar a ofensa. “Foi depois disso que eu entendi o que aconteceu e chorei”, lamenta.

“Dói demais”

De acordo com Fábio, os responsáveis pelo torneio tiveram dificuldades em acionar a polícia. Dessa forma, o jogo retornou e terminou em 7 a 0 para o Apolo. Apesar da vitória, o volante não comemorou. “De uma forma geral, considero o futebol racista. No mesmo final de semana, houveram vários casos parecidos, como no clássico entre Atlético e Cruzeiro”, afirma. Fábio, que é morador do bairro Cabeceiras, em Nova Lima, conta que iniciou no futebol aos cinco anos e que, pela primeira vez, foi alvo deste tipo de crime. “Minha mãe sempre me disse que eu poderia passar por isso, mas quando acontece é diferente. Dói demais. Se não fosse pelos conselhos dela, acho que não conseguiria ser forte. Só de relembrar fico triste e me vem uma vontade de chorar”, desabafa.

Psicológico abalado

O jovem considera esses tipos de atos prejudiciais a saúde mental. “Tem muitos profissionais que não voltam a campo. Eu mesmo, já joguei de novo, mas não tive o mesmo desempenho. Olhava o público toda hora, para ver se iam comentar ou zombar de mim. E olha que isso foi uma única pessoa que fez comigo. Imagina uma arquibancada inteira, com 20 mil torcedores, te insultando por causa da cor da sua pele e te chamando de macaco?”, avalia. Para o volante, ainda são poucas as pessoas que têm coragem para denunciar. “Ficamos muito abalados psicologicamente e com medo. Ainda, somado a isso, muitas pessoas não tem condições financeiras para acionarem um advogado”, considera.

Racismo X Injúria racial

O bacharel em direito, Cléber Araújo, também presidente do Grupo Ébano - movimento de consciência negra - em Nova Lima, explica que o racismo é uma ação que discrimina todo um grupo social, por meio da raça, etnia, cor, religião ou origem. Recentemente, os noticiários divulgaram um exemplo: a empresa Home Angels BH Centro Sul, da capital mineira, anunciou dez vagas para cuidadora de idosos. Entretanto, as candidatas não poderiam ser negras ou gordas. “Isso é um crime inafiançável, imprescritível e independe de representação da vítima”, informa. Já a injúria racial é quando uma ação discrimina alguém, ao utilizar elementos que fazem referência a raça, etnia, religião, origem ou sexo, com a intenção de abalar o psicológico. “Na injúria, é preciso que a vítima faça representação aos órgãos competentes. Neste caso, a pena é de reclusão de um a três anos mais multa”, afirma.

Denuncie!

Fábio tem recebido muito apoio de todos, principalmente, por parte do clube de Rio Acima. “Não precisamos que sinta pena de nós, mas que lutem ao nosso lado e denunciem casos como esse. Deixem a dó para aquele que pratica o ato. Essa pessoa, sim, é digna de pena”, salienta. O volante reitera que não há justificativa para o ocorrido. “Falam que ele estava nervoso, mas mesmo assim, o que ele fez foi crime. Precisamos denunciar casos como esse. Agora eu vou até ao final”, elucida.

A Lidera, Liga de Desportos de Rio Acima, responsável pelo campeonato, informou que solicitou que a comissão disciplinar tome as devidas providências, de acordo com o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A redação do A Banqueta entrou em contato com o Palmeiras, para que Nilvo pudesse se pronunciar, mas até o fechamento desta edição, não conseguimos contato com ele. Já o presidente do time, Jean Nelci, lamentou o ocorrido, pediu desculpas, em nome do Palmeiras e de seu jogador, e afirmou que o atleta se retratou.


“É preciso ser antirracista!” Nova Lima - Raposos - Rio Acima - 21 a 26 de novembro de 2019

Denuncie!

Para psicóloga, racismo é estrutural e para combatê-lo é necessário que a população branca também se mobilize

Segundo o IBGE, mais da metade dos brasileiros se autodeclaram como pretos ou pardos. Os dados também evidenciam que as desigualdades atingem mais a essa parcela: 75,5% das vítimas de homicídio, no Brasil, foram negras, de acordo com o Atlas da Violência 2019. A ONG Oxfam Brasil, que atua no combate a pobreza e promoção da justiça social, afirma que, em 2015, os brancos recebiam o dobro dos negros. Um estudo do Ministério da Saúde afirmou que a cada 10 jovens, entre 10 e 29 anos, que cometem suicídio, seis são negros. Para psicóloga Thalita Rodrigues, é necessário que a população branca não se omita diante o racismo, estude sobre o assunto e assuma posicionamentos antirracistas para colaborar na transformação dessa realidade.

Racismo estrutural

A profissional explica que o racismo é uma ideia de hierarquização, que privilegia e valoriza determinados grupos e sujeitos, em detrimento de outros. Conta que ele é histórico e tem relação com o processo de escravização, que impedia que os povos praticassem a própria língua, ritos religiosos e não fossem entendidos como seres humanos. “Após a abolição, os negros não foram integrados à sociedade. Foram largados a própria sorte, sem terra e sem emprego. Assim, nasceram as favelas e guetos. Existiam políticas educacionais que impossibilitavam que essa população estudasse. Os empregos eram, e ainda são, relacionados às funções subalternas. São várias as facetas que o racismo apresenta”, ressalta.

Desumanização

O conceito de raça vem transportado da biologia, conforme informa a psicóloga. Com o processo de expansão colonialista e imperialista, por meio das grandes navegações, os europeus interagiram com diferentes grupos humanos. “Então, os nomearam como raças inferiores. No caso dos negros, foram

considerados animais. Tanto eram equiparados aos bichos, que foram obrigados a trabalhar como tais e tinham o mesmo tratamento violento”, avalia. Apesar de isso ter acontecido em séculos passados, ainda hoje os noticiários escancaram as sequelas: em 2014, um torcedor lançou uma banana ao jogador Daniel Alves, durante uma partida de futebol. No mesmo ano, na Libertadores, todas as vezes que o atleta Tinga tocava na bola, a torcida imitava sons que faziam alusão a macaco.

Subjetividades atingidas

Segundo Thalita, o racismo influencia a sociedade como um todo, desde a cultura, organização política, até na construção das subjetividades. “Por isso, ele é estrutural. Por exemplo, os cabelos lisos reinaram por anos. Recentemente é que a indústria de cosméticos comercializa produtos para outros tipos de cabelo. Em 2017 começaram a fabricar toucas para natação voltadas a cabelos crespos. Apenas este ano, uma bailarina brasileira, que mora nos Estados Unidos, encontrou uma sapatilha da cor da sua pele”, exemplifica. Por causa dessa somatória de fatores, enxergar a negritude como algo positivo é um desafio. “Se tudo que é negro é desvalorizado, então, até mesmo pessoas negras podem reproduzir um discurso racista, já que tem dificuldades em se reconhecerem”, salienta.

Racismo institucional

Além das subjetividades - como a forma de ver o mundo, os gostos pessoais, os afetos, o modo de vestir - a psicóloga afirma que, inclusive, as instituições possuem padrões, comportamentos e normas, implícitas, que destratam sujeitos, inclusive em ambientes profissionais e educacionais. “É o racismo institucional. Observamos o tratamento diferenciado para negros e brancos em estabelecimentos comerciais, principalmente, se estiverem em bairros nobres. A educação pública, o SUS e assistenciais sociais públicas são frequentados majoritariamente por negros e cada vez mais são menos financiados”, evidencia.

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Dificuldade em reconhecer

Ainda pós-abolição, a cultura brasileira foi influenciada pelo mito da democracia racial. “Deixaram a população negra à míngua e, em seguida, afirmavam que, pelo país ser constituído pela união das raças - branca europeia, indígena e negra - não havia racismo, já que todos brasileiros possuem ascendência negra e ou indígena. Mas, isso é um mito”, analisa. De acordo com ela, os meandros do racismo colaboram para que a sociedade tenha dificuldade em identificá-lo. “Reconhecê-lo fará com que os grupos privilegiados por ele sejam impelidos a repensar a organização da sociedade, o que transformará o cenário em que nos encontramos. Ninguém quer perder regalias, por isso a negação do racismo”, afirma.

Reparações psicossociais

Thalita indica psicoterapias com profissionais antirracistas, o estudo da história da população negra brasileira e suas contribuições para a constituição da sociedade. Participação de grupos de movimentos negros, com o intuito de demandar políticas de mudanças e compartilhar vivências. “Ver que muitas coisas não acontecem somente comigo, faz com que eu me sinta menos isolada. Os espaços precisam positivar, também, as experiências, visibilizar e produzir narrativas negras. São diversas ações que devem ser feitas em conjunto, a nível individual, coletivo e político”, aconselha.

Antirracismo

A profissional negrita que para que as reparações aconteçam, é necessário um esforço em conjunto, não apenas dos povos negros. “As pessoas brancas precisam ser antirracistas. Tem gente que não se posiciona frente a uma situação de racismo. Os brancos não podem se omitir. Precisam denunciar e se portar contra ações racistas. É necessário que se movimentem em prol da mudança dessa realidade. Eles precisam se envolver. Estudar a história, os conceitos, o que é racismo, como ele opera, conversar com outros brancos sobre o assunto e definitivamente, se mobilizar e posicionar de forma antirracista”, finaliza.


Alternativas sustentáveis

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Saúde da Mulher

Métodos reutilizáveis são opções para substituir absorventes tradicionais descartáveis

Presente na vida das mulheres, da adolescência até a chegada da menopausa, os absorventes ainda representam um tabu na sociedade, pois algumas mulheres possuem dificuldades em conhecer ou lidar com o próprio corpo e com sua sexualidade. Por serem descartáveis, os absorventes são um gasto considerável se calculado o uso ao longo de uma vida e representam grande quantidade de lixo produzido diariamente. O impacto ambiental é ainda maior devido ao plástico presente em sua composição. Há alguns anos, alternativas sustentáveis e econômicas têm ganhado o mercado e, por diferentes motivos, as mulheres têm aderido.

Saúde da mulher

Considerando o ciclo menstrual regular, com duração de cinco dias de fluxo, uma mulher gasta, em média, cerca de 20 absorventes por mês, de acordo com a ginecologista Dra. Carolina Mendes. Os absorventes tradicionais externo e interno - são feitos de algodão comum ou sintético e plástico, e demoram cerca de 100 anos para se decompor. Para além do impacto ambiental gerado, existem também fatores de risco à saúde da mulher. A médica explica que algumas substâncias químicas presentes nos absorventes externos, como, por exemplo, inibidores de odor, podem ser prejudiciais a saúde. “Essas substâncias podem mudar o pH da vagina. Em contato com o sangue ou com o algodão com sangue, é um meio de proliferação de fungos e bactérias”, explica. Ela alerta para a importância de trocar o absorvente a cada 4 horas, observada a quantidade de fluxo da mulher.

Síndrome do Choque Tóxico

A mesma recomendação se aplica ao uso do absorvente interno. Ele, por sua vez, pode ficar no corpo da mulher por até 6 horas, dependendo

também da quantidade do fluxo menstrual. De acordo com a médica, o uso prolongado de um único absorvente oferece sérios riscos. Isso porque o acúmulo de sangue menstrual dentro da vagina, por muitas horas, pode originar a proliferação de bactérias e causar a Síndrome do Choque Tóxico. Essa não é a única causa da síndrome. Pode ocorrer, por exemplo, em mulheres diabéticas com alguma proliferação bacteriana ou que fizeram alguma cirurgia. “A paciente apresenta febre, queda de pressão, alteração nos exames de sangue, vermelhidão, calor ou abscesso local e até uma infecção generalizada. O tratamento é feito com antibióticos e, geralmente, a paciente tem que ser internada”, explica.

Alternativas sustentáveis

Diante do impacto ambiental, dos riscos à saúde da mulher e, até mesmo da questão econômica, alternativas sustentáveis, como, por exemplo, a calcinha absorvente, o absorvente ecológico e os coletores menstruais, têm sido aderidos pelas mulheres. Alessandra Cougias era alérgica ao absorvente externo e, por isso, passou a usar o interno. Há cerca de cinco anos, aderiu o coletor motivada pela proposta ecológica, de diminuir a produção de lixo, e por não ter alergia. “A adaptação foi um pouco difícil porque eu não sabia qual modelo escolher e até pela dificuldade de conhecer o próprio corpo”, conta. Ela chegou a pensar em abandoná-lo, mas em contato com outras mulheres que também usavam, descobriu outro modelo com o qual se adaptou.

Coletor menstrual

O coletor menstrual, conhecido popularmente como copinho, é feito de silicone cirúrgico e dura de 5 a 10 anos, de acordo com Dra. Carolina. Recomenda-se o esvaziamento a cada 6 ou até 12 horas, de acordo

com o fluxo menstrual da mulher. “A cada esvaziamento, ele deve ser lavado com água e sabão e, a cada ciclo, esterilizado em água fervente”, explica. Pode ser comprado pela internet e as marcas e preços são variados. A médica acredita que o coletor se apresenta como bom substituto dos absorventes tradicionais. “Acho que está sendo uma das melhores alternativas, já que não altera o pH da vagina, que não tem contato com o algodão e que, de certa forma, é uma coleta de sangue mais higiênica, se bem manipulado, além de melhorar bastante o impacto ambiental”, reitera.

Adaptação individual

A médica ressalta que cada mulher tem um perfil e a adaptação aos absorventes ou outras alternativas depende de como é seu dia a dia e quais são suas necessidades. Ela recomenda uma consulta com um ginecologista para tirar dúvidas, saber qual deve ser a melhor opção, principalmente, para as adolescentes na menarca (primeira menstruação). Alessandra relata que a dificuldade encontrada com o coletor foi passar muito tempo na rua, sem acesso a banheiros com lavabo interno, o que dificulta a higienização. “Com a rotina da faculdade, fico mais de 12 horas fora de casa e, sem acesso a um banheiro confortável, com uma pia interna. Por isso, acabo utilizando o absorvente interno junto com o protetor diário”, conta. Nessas ocasiões, ela também utiliza o absorvente ecológico, que funciona e tem o mesmo formato que o absorvente externo e é reutilizável porque é feito de pano.


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Escritores e membros da diretoria tomarão posse em solenidade que acontecerá neste sábado

Academia Nova-Limense de Letras KÉLVIO LUIS MARTINS, ELSE LOPES, GILMAR DIEGUEZ, DÉSIO CAFIERO

Com o objetivo de fomentar a cultura e enaltecer escritores da cidade, foi fundada, em julho, a Academia Nova-Limense de Letras. A instituição, que conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, funciona no Centro Cultural e reunirá obras de autores de Nova Lima e do estado de Minas Gerais. Neste sábado (23), os escritores e os membros da diretoria serão empossados, em uma solenidade que acontecerá na Escola Casa Aristides, às 16h, com a presença de presidentes de outras academias do estado.

Membros da diretoria

Os membros da diretoria foram eleitos em setembro, pelos próprios escritores. Else Lopes ocupará o cargo de presidente da Academia. Ela foi a responsável por idealizar toda a estrutura da entidade, a pedido da secretária de Cultura, Tatiana Gekler. A vice-presidência será ocupada por Kélvio Luis Martins. Gilmar Dieguez foi escolhido como tesoureiro e Désio Cafiero Filho como secretário geral. Todos são escritores e ocuparão cadeiras da Academia Nova-Limense de Letras, que reunirá pessoas da cidade inseridas na literatura, para contribuir com a cultura local.

Estrutura

De acordo com Else, a estrutura foi elaborada seguindo os moldes da Academia Mineira de Letras e será composta por quarenta cadeiras, que serão ocupadas por escritores nova-limenses ou que residem na cidade e tenham, pelo menos, um livro publicado. Na solenidade, 37 acadêmicos serão

Valorização da Cultura

empossados. “Temos três cadeiras disponíveis. Se algum escritor desejar se candidatar deverá procurar a academia”, explica. A idealizadora adianta que, em 2020, serão abertas inscrições para sócios correspondentes. Dos patronos da entidade (escritores homenageados) 12 são de Nova Lima e 28 são de outras cidades mineiras. Por ordem de sorteio, cada escritor escolheu seu patrono.

Visibilidade

Segundo Else, a finalidade da academia é dar visibilidade à vida e às obras de importantes personalidades da literatura. “Por meio de eventos literários, conferências, mostras de livros, saraus e concursos, tornar público o trabalho de escritores nova-limenses e mineiros, inclusive, os que já faleceram”, conta. Ela acredita que a principal função é promover a leitura. “É muito importante a integração dos escritores, a realização de eventos com esse objetivo e de projetos para incentivar a leitura, principalmente, para estudantes adolescentes, como, por exemplo, bate-papo com autores, lançamentos de livros, reuniões e palestras”, afirma.

Apoio do poder público

O convite para organizar a criação da Academia NovaLimense de Letras aconteceu em abril, mês em que se completou 160 anos do nascimento de Antônio Augusto de Lima, personalidade local que, inclusive, é um dos patronos da instituição. A idealizadora, é professora da rede municipal de Nova Lima e, atualmente, coordena o Núcleo de Atividades Literárias, da Secretaria de Cultura. Ela ressalta que

para a realização do projeto, o apoio recebido da Prefeitura Municipal foi fundamental. “Faz toda a diferença. Com o apoio da Secretaria de Cultura, por exemplo, um maestro da Escola de Música de Nova Lima irá se apresentar na solenidade de posse. A Secretaria de Comunicação elaborou a logomarca da academia e está produzindo nossos certificados. Então, é muito importante o envolvimento do setor público”, acrescenta.

Acadêmicos

Ocuparão as 37 cadeiras: Adriana Lopes Barbosa, Alisson Eugênio, André Luis de Araújo, Bárbara Morais Diniz, Cláudio Antônio Cardoso Leite, Cláudio Luiz Gonçalves de Souza, Daniella Zouain Zupo, Desio Cafiero Filho, Else Dorotéa Lopes, Epaminondas Bittencourt, Gilmar Dieguez Lopes, Gleice Fernandes Pereira, Herbert Hette Martins Flores, Ivan Cupertino Dutra, José Leite, Kélvio Luis Martins Silva, Luiz Carlos de Souza, Marcela Maria Martins de Souza, Marcio Flávio Salem Vidigal, Mariana Carneiro Tibo, Miller Aloísio de Britto, Moacir Nunes de Sousa, Nahra de Castro Fulgêncio Mestre, Nanci Otoni Oliveira de Faria, Nina Rosa Magnani, Nívea Thaís Sabino, Paulo Cézar Santos Ventura, Paulo Henrique Moreira, Peter Moraes Rossi, René Armand Dentz Júnior, Rodrigo César Amorim Souto, Ronaldo Sebastião de Mattos, Sônia Maria Sérgio de Souza Moreira, Tânia Regina Silva Bitencourt, Tiago Augusto da Silva Pereira, Valéria Cristina Gurgel e Walter Gonçalves Taveira. Posse solene: 23/11/2019 Horário: 16h Local: Escola Casa Aristides


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Villa Nova

O clube de Nova Lima adotou a postura de divulgar suas contratações somente a partir de dezembro. Sem notícias oficiais, o que conseguimos apurar é que o elenco profissional do Villa se apresenta em 02 de dezembro. E que, um nome de treinador, que está sendo muito cotado é o de Emerson Ávila, com passagens pela categoria de base do Cruzeiro, Seleção Brasileira Sub-17, Ipatinga, além de outras equipes. Resta saber, com quais jogadores o clube vai contar. Essa falta de notícia tem deixado todo mundo apreensivo com o futuro do Villa Nova. E para piorar ainda mais a situação, foi divulgada a tabela do Campeonato Mineiro de 2020 e ela é simplesmente péssima para o clube nova-limense. Confira: Dia 22/01 - Quartafeira - 21h - Patrocinense x Villa Nova / Dia 26/01 Domingo - 11h - Villa Nova x América / Dia 29/01 Quarta-feira - 20h - Cruzeiro x Villa Nova / Dia 01/02 - Sábado - 19h - Caldense x Villa Nova / Dia 09/02

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- Domingo - 16h - Villa Nova x Tupinambás / Dia 16/02 - Domingo - 10h - Boa x Villa Nova / Dia 01/03 - Domingo - 16h - URT x Villa Nova / Dia 08/03 - Domingo - 16h - Villa Nova x Tombense / Dia 15/03 - Domingo - 16h - Villa Nova x Atlético / Dia 22/03 - Domingo - 10h - Uberlândia x Villa Nova / Dia 01/04 - Quarta-feira - 21h30 - Villa Nova x Coimbra. É ou não é para ter medo? Galo e Raposa ainda lutam para se manter na elite do Brasileirão: A última rodada do Campeonato Brasileiro ficou marcada para os times mineiros, de diferentes maneiras, como um momento crucial para manter firme a luta contra o rebaixamento na competição. Enquanto o time alvinegro foi ao Rio de Janeiro enfrentar o Fluminense e conseguiu um importante empate, que manteve o clube carioca com 6 pontos a menos que o Galo, o Cruzeiro teve o melhor jogo possível para pontuar, diante do já rebaixado Avaí, mas infelizmente a vitória não veio. Cruzeiro: O clube celeste enfrentou, na última segunda, o Avaí e empatou por 0 a 0. Uma partida muito fraca tecnicamente, com poucas chances criadas para ambas às equipes. A Raposa, que precisava desesperadamente da vitória, apostou nos cruzamentos. Ao todo, foram mais de cinquenta bolas alçadas na área do adversário. Muito pouco para um clube do tamanho e que tem a necessidade

do Cruzeiro. A única chance clara de gol aconteceu já nos acréscimos do segundo tempo, quando Dodô colocou a bola na cabeça de Thiago Neves, que de frente para o gol, sem marcação, cabeceou para fora. Na próxima partida, o time cruzeirense enfrenta o Santos, no litoral Paulista, no sábado, às 21h. Precisando desesperadamente da vitória, o clube mineiro terá pela frente um dos melhores times do campeonato, com o venezuelano Soteldo, sendo um dos destaques do Brasileirão. Atlético: O Galo foi à capital carioca enfrentar o Fluminense no último sábado. Com dois tempos muito distintos, o clube alvinegro conseguiu com um gol marcado no fim, trazer um “pontinho” de volta para Belo Horizonte. Na primeira etapa, Patric estufou as redes (do próprio clube), abrindo o placar para o Fluminense. O time atleticano, que não conseguia criar oportunidades no primeiro tempo, teve com a entrada de Cazares, já aos 15 minutos da etapa complementar, uma melhora substancial, acarretando em mais posse de bola, chances e o Gol, marcado pelo argentino Di Santo. No próximo domingo, às 16 horas, um bom público é esperado no Mineirão, para empurrar o Galo para a vitória, somando mais 3 pontos e deixando de uma vez por todas o fantasma da série B para trás.

No Fundo do Baú

Esta semana, vamos relembrar o time infanto-juvenil do Retiro Sport Club, do ano de 2011. A equipe, treinada por Elmo, era formada por jovens talentos, que em sua maioria, hoje são destaques das principais equipes do Campeonato de Futebol Amador de Nova Lima. Inclusive, um deles, Joãozinho, esse ano fez parte do time profissional do Villa Nova Atlético Clube. Em pé: Elmo, Vitão, Bruno, Maiquin, Daniel, Dener e Igor.

Agachados: Lucas Esteves, Joãozinho, Dener, Netinho e Diório.

Retiro Sport Club

Enquete - Quais foram os melhores jogadores da equipe infantojuvenil do Retiro Sport Club, de 2011? Envie sua resposta para o e-mail: enqueteabanqueta@gmail.com. Participe!

Resposta da enquete anterior - Os melhores jogadores do Retiro Sport Club, de 1952, foram: em 1º lugar, com 50% dos votos, Nem Suingue. Em 2º lugar, com 30%, Tãozinho. Em 3º, com 20%, Nhanhá.


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1º lugar: Isaque Talles

2º lugar: Flávio Mota e Ricardo Souza

3º lugar: Karine Soares

Léo Jaime

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Encanta Nova Lima

No final de semana, a Prefeitura de Nova Lima realizou o Encanta Nova Lima - Festival Novalimense da Canção. O objetivo foi incentivar o gosto pela Música Popular Brasileira e valorizar os talentos da cidade. O vencedor do primeiro lugar, Isaque Talles Miguel, foi contemplado com o prêmio de R$ 5 mil. O segundo colocado foi a dupla Ricardo Souza e Flávio Mota, que receberam R$ 3 mil. Já a terceira, Karine Soares Roberto, ganhou R$ 2 mil. O projeto foi coordenado pela Escola de Música de Nova Lima - José Acácio de Assis Costa (Zé Fuzil) e resgatou os festivais realizados há mais de vinte anos. Fotos: Divulgação/Prefeitura de Nova Lima

Marcos Maia

Jurados: Márcio Melo, Leonardo Cunha e Márcio Miranda

Diney Ribeiro

Caio Brown

Lislie Fiorini

Performances da Casa Aristides


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