A Banqueta
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Herança de família
Sem fricote
Mulher de fibra
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Sem fricote
Sem fricote
Com as mãos no cimento, na graxa ou na enxada elas mostram que não há limites para a força da mulher Saúde X Estética
Prós e contras da redução de estômago PÁG.18
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Sem fricote
Com a mão na massa
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Violência contra a mulher PÁG.02
Editorial
Avenida em plena expansão
Comércio
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Prefeitura desapropria clube do Villa
Zé do Copo
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A Banqueta
Oportunidades de emprego
Previsão de crime
Segunda-feira (2), na semana que antecede ao Dia Internacional da Mulher, um crime bárbaro levou a vida da nova-limese Joice Cristina de Jesus (32). O assassinato aconteceu na Cachoeira do Açude, no bairro Honório Bicalho. De acordo com o agressor e namorado da vítima, Adalberto dos Santos (28), a briga começou porque Joice não queria ir embora do passeio. Embriagados, o casal começou a discutir e as agressões mútuas chegaram a um desfecho trágico. Joice morreu por espancamento.
De acordo com a polícia, o corpo da jovem apresentava hematomas severos e ferimentos na cabeça, perna esquerda e boca, além de sinais de afundamento do crânio. Uma violência que apresenta números alarmantes. No Distrito Federal, por exemplo, em 2014, foram registradas 38 agressões a mulheres por dia, mais de um caso por hora. Foram 13,8 mil ocorrências ao longo do ano. Crimes, em sua maioria, passíveis de serem evitados. No caso de Joice, também. O assassino dela havia sido preso, em flagrante, por agressão a ela e à mãe da jovem, mas Adalberto recebeu direito a liberdade provisória, desde o dia 23 de Junho do ano passado e reatou o relacionamento. Agora, o homem será indiciado por homicídio qualificado e, se condenado, pode cumprir de 12 a 30 anos de prisão.
Enquanto vivas, elas têm a chance de mudar o fim trágico. Depois, viram estatísticas passíveis de estudo, dados que servem para traçar o perfil do agressor e da vítima, além de elaborar condutas de defesa e prevenção da violência. Nesse sentido é preciso o esforço conjunto, sociedade, autoridades e indivíduos precisam agir para impedir a violência contra a mulher, caso contrário, a previsão será sempre de crimes de tirar o sono da gente.
Mín:19 Máx:29
Sol entre nuvens
Mín:19 Máx:30
Sol entre nuvens
Mín:19 Máx:29
Sol entre nuvens pela manhã com pancadas de chuvas a partir da tarde
Fim de semana com temperaturas em elevação e com pancadas de chuvas a partir de domingo à tarde.
Ruibran dos Reis
Diretor da Regional da Climatempo Minas
Jornal A Banqueta de Notícias - 264ª Edição
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Restaurante do Fú contrata: auxiliar de cozinha. Interessados, enviar currículo no endereço Rua José Melo, 200, bairro Retiro. Contato: 3541-9897.
Porto da Piscina contrata piscineiro para construir piscina de vinil e fibra. Interessados, enviar currículo à Rua Lauro Magalhães Santeiro, 322, Cristais. Contato: 3541-7437.
Vagas SINE Vaga para auxiliar de faxina. Experiência de três meses. Ensino fundamental completo. Salário: R$ 800.
Vaga para agente de organização escolar. Experiência de seis meses. Ensino médio completo. Salário: R$ 1.090. Vaga para atendente de balconista. Experiência de seis meses. Ensino fundamental completo. Salário: R$ 788.
Vaga para agente de ronda. Experiência de seis meses. Ensino médio completo. Salário: R$ 2.000. Vaga para açougueiro. Experiência de seis meses. Ensino fundamental completo. Salário: R$ 1.200.
Vaga para repositor. Experiência de seis meses. Ensino fundamental completo. Salário: R$ 900.
Interessados, procurar o Sine Nova Lima, Rua Chalmers, 88, Centro. 3547-8536/ 3542-8253.
Risco à saúde de todos! Direto da Comunidade
“Todos os dias passo pela Avenida José Bernardo de Barros e observo que existe um esgoto a céu aberto no local onde um barranco desmoronou, o qual levou muitos anos para ser recuperado. Considerando que o problema gera consequências para a população, gostaria de saber se a prefeitura tem conhecimento desse esgoto e qual é a previsão para a solução do problema”. João Mota Bairro Cascalho.
Resposta: A Secretaria de Obras e Serviços Urbanos informou que um técnico inspecionou o local e constatou o esgoto a céu aberto. Após isso, encaminhou um relatório à Secretaria de Obras Contato: 31 3541-5701
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O jornal A Banqueta de Notícias se exime de qualquer responsabilidade BEX Edições Ltda. CNPJ: 11.160.970/0001-70 Fale conosco: 31 3541-5701 / 8569-2926 ou abanqueta@gmail.com sobre opiniões e pontos de vistas Diretor: Frederico Sarti Mendes expressos em artigos, anúncios e Jornalista responsável: Letícia Barros publicações assinadas que Redação: Letícia Barros, Júlia Leal, Júnia Rodrigues e Janaina Santos exprimam conotações políticas, Diagramador: Elton Corrêa David religiosas ou sociais, por não Diagramadores aux.: Sônia Souza, Jordana Matos e Tatiana Dias refletirem as convicções desta Comercial: Clauzy Barbosa: 9847-9631 / Efigênia Veloso: 8848-4388 diretoria. Reservamo-nos o direito Gráfica Editora Sempre - 16.000 exemplares de erro gráfico.
Públicas e Regulação Urbana (SEMOR) para que a mesma cobre, da empresa contratada como responsável pela recuperação do barranco, o reparo na rede de esgoto.
“O Jornal A Banqueta se superou no jornalismo ao tratar com imparcialidade um tema altamente complexo, sendo o atendimento realizado pelo SAMU. A entrevista com a médica responsável esclareceu todos os leitores quanto aos procedimentos do funcionamento do tão importante serviço público. Nota dez à toda equipe deste brilhante jornal” Fernando Wardi dos Drumond Batista
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Sem
fricote
Dia Internacional da Mulher
Com as mãos na enxada, no cimento ou na graxa, elas mostram que não há limites para a força da mulher
A figura da mulher sempre foi rotulada. Fragilidade, ser maternal, dona de casa, labirinto emocional e até isca para fazer os homens tropeçarem no pecado da carne foram conceitos utilizados para definir a mulher. No entanto, nivelar a alma feminina não parece ser uma tarefa acertada. Elas queimaram o sutiã e desmentiram a aparência de sexo frágil, aderiram à pílula e ganharam o mercado de trabalho para tornarem-se profissionais de sucesso, além de mães
Herança de família
O universo das ferramentas sempre fascinou Danielly Gomes (26). Desde a adolescência, ela sonhava em seguir a profissão de mecânica, assim como o pai e os irmãos mais velhos. Aos 16 anos, a jovem desceu para oficina do pai decidida a exercer a profissão. “Meu pai tomou um susto” relembra rindo. Para o pai de Danielly, “oficina não era lugar de mulher”, sendo que no começo, fez de tudo para que a filha desistisse. “Ele me colocava para fazer as piores atividades, como lavar a oficina e trabalhar com óleo diesel. No intuito de me testar, para ver se eu desistia”, conta. Mas, a paciência e persistência de Danielly levaram o pai ceder, com o tempo. Hoje, ela se considera o “braço direito do pai” e já comanda uma oficina.
dedicadas, saíram a campo para conquistar o amor, ao invés de só atraí-los. Em pleno Século XXI, elas continuam a quebrar tabus, mostrando que o gênero não define as capacidades, nem as habilidades do ser humano. O Jornal A Banqueta de Notícias encontrou exemplos incríveis desse conceito e, para homenagear, não só donas dessas histórias, mas as de outras, publica uma reportagem especial sobre uma mulher de fibra, uma pedreira e uma mecânica.
Pai ensina trabalho de mecânico para filha que segue a profissão com orgulho e já comanda a própria oficina
Profissão para toda a vida
A jovem acredita que o diferencial da profissão é ter amor ao que faz. Ela nunca pensou em exercer outra atividade. “Eu não acredito que exista uma profissão especifica para cada sexo, mas ainda existem pessoas que não pensam assim”, comenta. O preconceito em relação à mulher mecânica ainda existe. “Já tive clientes que foram embora, ao me verem”. Mas isso, nunca abalou a jovem que exerce a função há quase 11 anos. Outra barreira que Danielly teve que vencer foi à timidez, sendo que a fala delicada é deixada de lado quando é necessário se impor. O jogo de cintura veio com o tempo e, hoje, ela sabe lidar com as brincadeiras e cantadas dos clientes.
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Mulher de fibra Sem fricote
Ela tem um nome diferente, inspirado em filme de cowboys e guerreiros índios da época em que o pai da auxiliar de serviços gerais, Piarange Márcia Souto - a mulher de fibra desta edição - era ainda um jovem. Piarange era a irmã gêmea de uma das índias do enredo que cativou o coração desse pai de outros 12 filhos, e que homenageou a personagem nomeando um deles. O nome coube à personalidade desta Piarange, uma fortaleza de mulher, com apelido de fera. A “Pity”, como ficou conhecida na época em que trabalhou como gari, recebeu o codinome não por ser uma abreviatura do nome, mas por analogia aos cães da raça pitbull, sinônimo de força e proteção.
Capina e Jardinagem para complementar a renda
As histórias que fazem parte da vida dessa valente são muitas, entre elas, uma razão de viver: o trabalho. Mais do que uma paixão, Piarange faz de suas horas diárias uma oportunidade de manter o corpo em produção. Atualmente, ela trabalha, de segunda a sexta-feira, como auxiliar de serviços gerais, no Centro de Especialidades Odontológicas de Nova Lima (CEO), além de fazer faxina em casas de família durante o tempo livre. Como se fosse pouco, Piarange ainda faz capina e serviço de jardinagem durante o fim de semana para completar a renda e por ser uma mulher de fibra.
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Auxiliar de serviços gerais trabalhou pesado para educar os filhos sozinha e até hoje não dispensa serviços que precisam de braços fortes
Quando entra em um lote para capinar, Pity faz uma faxina na alma. Para ela, o sol no rosto, o calor, o suor e o mato alto não são empecilho. Ao contrário, o contato com a terra, o cheiro da natureza e o canto dos pássaros à volta, a ajudam a esquecer os problemas. “Levo minha filha pequena comigo, a gente brinca e fica perto uma da outra em meio à natureza, isso não é um trabalho, é um presente”, conta, ao mencionar o sítio do pai onde ela faz capina no distrito Roças Novas, em Caeté, aproximadamente 51 Km de Belo Horizonte.
“Plantei horta para trocar por comida”
Amor pelo trabalho e garra parecem fazer parte do DNA e do caráter de Piarange, como um jeito de ser que vem de longa data. Mãe de quatro filhos, sendo um casal de gêmeos, hoje com 23 anos, um jovem de 25 e uma menina de 4 anos, adotada recentemente, ela educou a família “sozinha, Deus e os vizinhos”, como ela mesma diz. Quando os filhos ainda eram crianças, sendo mãe solteira, Piarange precisou morar de favor em um sítio, no bairro José de Almeida. Para conseguir colocar mantimento em casa, Pity plantava horta e entregava na Escola Municipal Harold Jones. “Em troca eu recebia leite para as crianças e comida, uma situação que vivi por três anos”.
A recordação, em momento algum, se torna motivo de vergonha. Piarange lembra das histórias com gratidão e faz um pedido: “agradeça, por favor, a todos! Aos meus vizinhos do José de Almeida e a diretora da escola, a Gracinha. Eles que me ajudaram a cuidar dos meus filhos”. Sem nada a reclamar da vida, Pity continua, hoje em uma casa própria, depois de já ter sido costureira, caseira, gari e conservando-se solteira, sem carências afetivas. “Não casei por medo de fazerem mal aos meus filhos. Já que sou brava, nem sei o que faria se algo acontecesse”, comenta, reafirmando de onde vem a alegria dessa guerreira - do trabalho e da família.
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Comércio
Avenida José Bernardo de Barros
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Na foto ele tinha seis anos, hoje tem 31. É graduado no curso de Economia e atua como consultor. Estudou na Escola Técnica de Formação Gerencial Sebrae e, atualmente, é professor e empresário. Seu time de coração é o Atlético Mineiro. É filho de dois dentistas.
Já sabe quem eu sou? Descubra na próxima edição! O misterioso da edição passada é o piloto e músico Deilson Silva.
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Com a mão na massa Sem fricote
O público feminino está ganhando espaço no setor de construção civil. Aparecida Consolação (42) é um exemplo disso, a nova-limense trocou a colher de cozinha pela colher de pedreiro. Nas atividades do dia a dia, ela é a prova de que as mulheres não têm nada de sexo frágil. Há sete anos, Aparecida exerce, ao lado do marido Geraldo Gonçalves, a função de pedreira. A ideia surgiu após a necessidade do esposo em conseguir alguém para ajudá-lo no trabalho. “Enxerguei como uma oportunidade, mesmo sem saber nada em relação a esse tipo de trabalho. No início foi difícil, ficava muito cansada, mas peguei firme e a cada dia fui aprendendo as funções do pedreiro em uma obra”, conta.
Diferencial na profissão de pedreira
De acordo com Aparecida, o fato de exercer uma profissão típica de homens, não gera preconceito
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Esposa se destaca como servente de pedreiro ao lado do marido
nas pessoas que se interessam pelo trabalho. O marido, Geraldo, é o primeiro a elogiar o desempenho da esposa. “A forma que ela trabalha é especial, sempre se mostra muito cuidadosa e caprichosa, e, na maioria das vezes, os homens não têm essa característica”. De acordo com Geraldo, das várias atividades que ela executa, como por exemplo, peneirar areia, carregar tijolo e preparar a massa, a que mais se destaca é o acabamento da obra. “A fase de acabamento, eu deixo nas mãos dela, executa com muita perfeição”, completa.
“Quero ser mestre de obras”
A profissão exige força e disposição, qualidades que não faltam em Aparecida. “Não tem nada difícil para mim, eu prefiro trabalhar em construção ao invés de trabalhar em casa de família. Convivo com pessoas diferentes, cada momento estou em uma obra diferente. Acho muito bom ser reconhecida na
cidade por exercer essa função. As pessoas olham pra mim e falam: ‘ela coloca qualquer homem no bolso’”, afirma. Segundo Aparecida, apesar de executar diversas funções, ainda deseja aprender muito com o marido. “Quero levantar parede, assentar azulejo e um dia ser mestre de obras”, finaliza.
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Redução de estômago
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Saúde x Estética
Devido a problemas de saúde, por não achar roupas com o número adequado e pelo desconforto decorrente de atitudes preconceituosas de terceiros, pessoas, acima do peso, procuram a cirurgia bariátrica como solução para esses e outros problemas semelhantes. Conhecida popularmente como cirurgia de redução de estômago, o procedimento, indicado em caso de obesidade e obesidade mórbida, apresenta riscos e não é recomendada, por especialistas, para fins estéticos.
Os principais tipos de cirurgia
O cirurgião geral, Marcus Martins, que realiza esse tipo de procedimento, desde 1995, esclarece que ela atua, muitas vezes, no estômago e no intestino delgado. Marcus explica os seus principais tipos: No tipo 1, o mais simples, conhecido como Gastrectomia Vertical, retira-se 80% a 85% do estômago. “O órgão fica bem reduzido e por um efeito hormonal, o paciente terá pouca fome”, completa. Segundo o cirurgião geral, já na cirurgia de desvio gástrico - a mais realizada no Brasil e feita também pelo mundo - é feito um desvio com o intestino delgado, mas também se atua no estômago.
Para o cirurgião geral, a evolução da medicina trouxe melhorias na realização da operação, mas, devido ao público para o qual ela é indicada, geralmente, apresentar problemas de saúde, a cirurgia tem risco um pouco maior. Apesar disso, para Marcus, hoje em dia, essa mortalidade é baixa e representa 0,5% a 0,25%. Ou seja, “a cada 400 pacientes operados, no máximo um é perdido. E são pacientes com muitas patologias, como diabetes, pressão alta, entre outros problemas associados a obesidade”, reforça o especialista.
Peso de 150 kg e muita dificuldade
Antes
Depois
Apesar de não apresentar problemas de saúde, enquanto estava acima do peso, Ismael Júnior (34) chegou a pesar 150 kg e decidiu realizar a cirurgia de redução de estômago, há quatro anos. O técnico em eletroeletrônica conta que tinha dificuldades para subir escadas no trabalho e para comprar roupas. “Pedir uma calça número 56 à vendedora era até constrangedor”, relata. A melhora da autoestima também influenciou o novalimense que realizou o procedimento pela técnica de Bypass, onde se corta uma parte do intestino e a une quase na entrada do esôfago. Segundo
Fotos: Júnia Rodrigues e arquivo pessoal
Cirurgia indicada em caso de obesidade apresenta riscos e não é recomendada para fins estéticos Ismael, sua mãe o aconselhou a não ler os riscos da cirurgia, porque eram muitos, inclusive o de morte devido à anestesia geral.
Mudança de vida
Ismael Júnior não se arrependeu de realizar o procedimento. Ele conta que emagreceu 6 kg, nos 15 primeiros dias, e hoje pesa 93 kg. “A autoestima melhorou e a qualidade de vida também. Você passa a fazer atividades que antes não fazia, por exemplo, correr”, relata. Ele ainda guarda de recordação, a blusa de frio que comprou com o primeiro salário, mas não a usa, pois está bem larga.
“Não consegui emagrecer com dietas”
Antes
Depois
Quando tinha 35 anos, Cátia Gomes chegou a pesar 117 kg e hoje, com 46, a nova-limense pesa 70 kg. A motorista de van escolar relata que fez a cirurgia de redução de estômago há 11 anos e não se arrepende. “Eu tinha uma pinta na perna, e depois que emagreci, vi que era um hematoma do freio de mão da van”, revela. Segundo Cátia, ela começou a engordar depois da gravidez e demorou a perceber “o tamanho que estava”. Ela conta que tentou emagrecer com várias dietas, mas nenhuma a fez perder peso. “A gota d’água foi não poder ir ao clube com meus filhos e pensar no constrangimento que seria descer o toboágua”, completa.
Mudança radical
Hoje, Cátia se sente linda e feliz com o corpo que conquistou e pelas facilidades obtidas após a operação. Ela percebeu que havia emagrecido quando chegou ao supermercado e olhou nove sacos de arroz juntos: “Nossa eu perdi esses nove sacos, mais uns três quilos de farinha. O negócio estava ruim, tinha que operar mesmo com os riscos”, pensou.
“Fui operada sem opção de escolha”
Problemas de saúde foram os motivos que fizeram Rosiane Silva (33) realizar a cirurgia bariátrica. Ela era diabética e tinha o fígado inchado e, devido a isso, apresentava dificuldades de absorção da medicação necessária para combater o lúpus, doença autoimune, que descobriu aos 23 anos. “Após a operação, as duas patologias foram curadas. Foi o caminho mais rápido para solucionar os problemas, mas foi uma indicação médica”, afirma.
Antes
Depois
“Sou magra, mas minha cabeça continua a mesma”
Rosiane conta que apesar das melhorias após a operação, realizada há um ano, se arrepende, até hoje, de ter feito o procedimento. “Eu podia comer de tudo e agora tenho intolerância a alguns alimentos. Eu sou magra por fora, mas continuo com vontade de comer e precisa ser pouco”, afirma. Para a nova-limense, que pesava 83 kg e hoje está com 49 kg, a adaptação a nova realidade é muito difícil. Além disso, a cirurgia não é a solução de tudo e com ela podem vir complicações: “O que adianta você estar magra e não conseguir nem beber água direito. Isso, por exemplo, pode trazer outros problemas à saúde”, desabafa.
Cirurgia não deve ter finalidade estética
A nutricionista Anna Luisa Reis, acompanha pessoas no pré-operatório e pósoperatório da cirurgia de redução de estômago. Segundo ela, o ideal é que esses pacientes operados recebam o acompanhamento de profissionais como psicólogos, cirurgiões, endocrinologistas e nutricionistas. Um nutricionista, por exemplo, é importante em todas as etapas, de acordo com Anna Luisa, pois auxilia o paciente quanto a prevenção de deficiências de vitaminas, perda de massa muscular e a adquirir novos hábitos alimentares para evitar novo ganho de peso.
Cirurgia como o último recurso
Para Anna Luisa, a finalidade estética da cirurgia não é adequada e o procedimento apresenta riscos: infecções, pneumonia, embolia pulmonar, insuficiência renal e arritmia cardíaca, por exemplo. Processos que, segundo a nutricionista, fazem parte de uma cirurgia e devem ser levados em consideração. Além disso, é importante que esses pacientes tenham passado por exercícios físicos regulares e por uma alimentação adequada, na tentativa de evitar a operação. “Hoje as pessoas relacionam a cirurgia bariátrica a um processo estético, mas não é. Ela deve ser a última opção”, conclui.
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Exemplo a ser seguido
O Brasil inteiro acompanhou com expectativa, no último domingo, a presença de torcedores rivais, lado a lado, dentro de uma mesma área do estádio. A torcida mista chamou a atenção no clássico entre Internacional e Grêmio, no Beira Rio, em Porto Alegre, pelo Campeonato Gaúcho. João Vítor Xavier A iniciativa partiu da diretoria do Inter. Foi criado um setor do Beira Rio com 2.000 torcedores: mil sócios do time colorado adquiriram o bilhete, com direito de levar um gremista. E a coisa deu certo! Ainda que incidentes tenham sido registrados fora do estádio. A decisão dos dirigentes gaúchos é louvável e merece virar exemplo no país afora. Afinal de contas, o que é bom pode – e deve – ser copiado. As famílias e torcedores de bem precisam voltar a ter espaço nos nossos estádios. Não dá mais para
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conviver com bandidos travestidos de torcedores e com gangues se fantasiando de “torcidas organizadas”. E, já que domingo temos clássico no Mineirão, o que poderíamos ter feito era nos organizado para seguir o exemplo do Gre-Nal. O assunto precisaria ser discutido com a devida importância entre todas as partes envolvidas: clubes, Federação Mineira de Futebol, Polícia Militar, Polícia Civil e o Consórcio Minas Arena. Mas, infelizmente, continuaremos no sistema de “torcida única”, já que o Atlético requisitou pouco mais de mil bilhetes para o clássico.
Leão focado no Mineiro
Foi desastrosa e rápida a participação do Villa na Copa do Brasil. A equipe comandada por Wellington Fajardo amargou uma derrota por 3 a 0 contra o Coritiba e, consequentemente, a eliminação da competição nacional. Agora, é focar no Mineiro. Domingo, o Leão enfrenta o América, às 16h, no Castor Cifuentes. É o jogo para se firmar de vez no
G-4. Conversei com o presidente Aécio Prates, que me disse que já reservou dez ônibus para levar a torcida vilanovense até Sete Lagoas, no próximo domingo, dia 15, para a partida contra o Cruzeiro. É o Villa já pensando no segundo semestre, buscando uma vaga na Série D, do Brasileirão.
Pagando o pato
Já que o assunto é briga de torcidas, o Cruzeiro vai “pagar o pato” mais uma vez pelas atitudes irresponsáveis de uma minoria. Por causa destes, a estreia do time mineiro no Brasileirão terá que ser longe de BH. O jogo contra o Corinthians, no dia 9 ou 10 de maio, será realizado no Mané Garrincha, em Brasília, como já adiantou o presidente Gilvan de Pinho Tavares. O Cruzeiro foi punido por causa dos tumultos registrados no clássico contra o Atlético, no dia 21 de setembro, do ano passado, pelo Brasileirão, no Mineirão.
No Fundo do Baú
Esta semana, vamos homenagear o Tocantins, time de futsal criado no final da década de 80 para ser o 2º quadro do Skina Esporte Clube. A foto é de 1989, ano em que o Tocantins foi o campeão nova-limense de futsal da 2ª divisão. O time era formado por torcedores e dirigentes do Skina e tinha Dedé como treinador, o qual era auxiliado por Renato Abalém, o Tetina. Na oportunidade, homenageamos Juninho Nicolau, falecido essa semana e que era um dos integrantes da equipe do Tocantins, além de ser atuante na diretoria do Skina.
Em pé: Lado, Juninho Nicolau, Zé Antônio, Alex Dundun, Nem Traíra, Claudinho, David e Dedé. Agachados: Jiló, Claudio China, Dêca, Edvard, Renatinho do Retiro, Renato Tetina e Álvaro (eterno mascote do Skina).
Tocantins
Enquete: Quais foram os melhores jogadores do Tocantins, campeão nova-limense da 2ª divisão do ano de 1989? Envie seu e-mail para: enqueteabanqueta@gmail.com. Participe!
Resposta da enquete anterior: Os melhores jogadores do juvenil do Villa Nova, do ano de 1958, foram: Manú, com 50% dos votos, ficou em 1º lugar. Em 2º lugar, com 30% dos votos, ficou Mosquito. Em 3º lugar, com 20% dos votos, ficou Henriquinho Vaz.
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Zé do Copo zedocopo@hotmail.com
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Zé do Copo estava tomando umas no Bar da Viúva, na Avenida José Bernardo de Barros, e ficou sabendo que no mês passado a prefeitura de Nova Lima desapropriou o Parque Aquático do Villa Nova pelo valor de R$ 945 mil. Resta saber em que tipo de estrutura a prefeitura vai transformar a área do clube - que “diga-se de passagem”, é mais do que bem localizada.
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Zé do Copo estava tomando umas no Bar do Nini, na Chácara dos Cristais, e ficou sabendo que, também no mês passado, a prefeitura desapropriou outro imóvel, que por coincidência, também foi um clube tradicional da cidade. Por quase R$ 1,5 milhão, o antigo clube da ACM, localizado próximo ao Trevo dos Cristais, foi desapropriado. Lembrando que lá, já não mais pertence à Associação Cristã de Moços. Zé do Copo estava tomando umas no Bar do Isaac, no BNH, e ficou sabendo que as cooperativas de vans de uma cidade próxima à
Nova Lima estão preparando uma manifestação. O protesto será para exigir do prefeito a cabeça do fiscal da prefeitura que realiza vistorias nos veículos para o transporte público. A reclamação é que o artista está mais exigente do que o diretor da Polícia Federal. Quem será esse fiscal? Neste domingo, Zé do Copo não vai perder o Projeto Samba do Espaço, no Bar da Marlene, a ser realizado no Espaço Cultural, a partir das 14h. O som fica por conta da Banda Samba a Domicílio e participação de Walace Chocolate. O evento tem tudo para ser um “showzaço”!!!
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