A banqueta 428

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Foto: Rego dos Carrapatos - Luis Fotógrafo

Edição Especial

Na semana do Meio Ambiente, o A Banqueta convida o leitor a percorrer as trilhas de Nova Lima e descobrir a riqueza natural e histórica do município presente em unidades de conservação e centros ambientais


Meio Ambiente

Nova Lima - Raposos - Rio Acima - 08 a 14 de junho de 2018

Editorial

O caminho verde que nos espera

O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado na última terça-feira (5), é considerado uma das datas mais importantes para o atual cenário de crescimento e globalização ao qual a sociedade está inserida. A data, como em todos os anos anteriores, levanta questões sobre a relação desequilibrada entre as obras estabelecidas pelo homem e pela natureza. Não é preciso muito esforço para identificar as provas disso. Bastar observar algumas atitudes no dia a dia para perceber os erros que são quase todos nossos.

Poluição plástica

Destinar o lixo para o local certo é dever do cidadão e do poder público, cada qual com a sua responsabilidade. Evitar desperdícios de recursos que não são infinitos, como a água potável, é questão de consciência ambiental e individual.

Edição especial

De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), somente o Brasil produz cerca de 76 milhões de toneladas de lixo por ano. Dessa quantidade imensa, apenas 3% é reciclado. O destino final de boa parte dessa imundice humana é certo: os mares. Por isso, a Organização das Nações Unidas

(ONU) definiu como tema do Dia Mundial do Meio Ambiente, deste ano, a poluição plástica. Segundo a instituição, este tipo de contaminação é considerado um dos piores para o meio ambiente, pois apenas uma garrafinha pet demora, em média, 400 anos para se decompor e desaparecer de vez. A cada minuto, 1 milhão delas são compradas e abandonadas no planeta, somando mais ou menos 13 milhões de toneladas ao ano. Os números não batem e as contas não fecham. E quem sai perdendo nesta matemática são os habitantes desse mundo chamado Terra.

Responsabilidade social

A solução para os problemas são simples, mas parece que não são rentáveis para o progresso e desenvolvimento industrial. A preservação e conservação das áreas naturais que ainda restam é obrigação daqueles que contribuíram para degradação das outras que não existem mais.

Contato: 31 3541-5701

Alô Banqueta

Foto: Rio das Velhas / Honório Bicalho - Júlio Freitas Dois Cliques

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O jornal A Banqueta de Notícias se Jornal A Banqueta de Notícias - 428ª Edição exime de qualquer responsabilidade BEX Edições Ltda. CNPJ: 11.160.970/0001-70 Fale conosco: 31 3541-5701 / 98569-2926 ou abanqueta@gmail.com sobre opiniões e pontos de vistas expressos em artigos, anúncios e Diretor: Frederico Sarti Mendes publicações assinadas que Jornalista responsável: Júnia Rodrigues exprimam conotações políticas, Redação: Júnia Rodrigues, Janaína Santos e Hully Monteiro religiosas ou sociais, por não Diagramadora: Sônia Souza refletirem as convicções desta Diagramadores aux.: Jordana Matos e Tatiana Dias Comercial: Clauzy Barbosa: 99847-9631-Efigênia Veloso: 98848-4388 diretoria. Reservamo-nos o direito de erro gráfico. Gráfica Editora Sempre - 16.000 exemplares

Diante dessas reflexões sobre o caminho que a sociedade tem seguido para cuidar dos tesouros naturais herdados desde a criação do planeta e que, a cada dia, têm se perdido nos maus hábitos sociais, o Jornal A Banqueta de Notícias faz uma edição especial de Meio Ambiente diferente das veiculadas nos anos anteriores. Ao invés de mostrar os problemas ambientais presentes em Nova Lima (que são muitos), o semanário, desta vez, destaca as riquezas que ainda podem ser apreciadas pela população, mas que boa parte dela desconhece a existência delas. Composta por 429 mil km² de serras e matas e rica em vegetação nativa, recursos hídricos e animais silvestres, a cidade é referência na Região Metropolitana de Belo Horizonte quando o assunto é preservação do ecossistema.

O papel de cada um

É importante que cada um faça sua parte e pratique a preservação ambiental dentro de casa, mas a participação e gerenciamento do poder público são essenciais. É por meio dele que os danos causados pela coletividade ao longo desses anos poderão ser reparados. E mais uma vez, a “Terra do Ouro” não deixa a desejar nesse quesito, entretanto, precisa avançar muito quando o assunto é tratamento de esgoto e coleta seletiva, por exemplo. Muitos projetos têm sido desenvolvidos pelo governo municipal para manter a qualidade de vida da cidade, que segue em desenvolvimento, mas a esperança, agora, é que muitos deles saiam do papel. O semanário espera que o intuito de valorização das riquezas ambientais, transmitido nas matérias desta edição, possa acender a luz da consciência ambiental de cada um e iluminar o caminho verde de todos nós.

“Parabenizo a TV Banqueta e o jornal impresso A Banqueta de Notícias por sempre apoiar os voluntários e as diversas campanhas solidárias da região. Estreitar esses laços não cria apenas pertencimento, mas faz bem para todos nós.” Sílvia Alves Centro


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Meio Ambiente

Na semana de comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, a Prefeitura de Nova Lima lançou uma programação com diversas atrações relacionadas à data. No entanto, outras iniciativas importantes têm sido desenvolvidas pelo governo municipal para preservação e valorização dos bens naturais da cidade. Entre elas estão à implantação de um estudo territorial na cidade, a revitalização de nascentes e a construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) na região do Parque Natural Municipal Rego dos Carrapatos. O Jornal A Banqueta conversou com o secretário de Meio Ambiente, Danilo Vieira, e traz, nesta edição especial, as novidades sobre as melhorias nas terras nova-limenses.

Gestão Territorial Estratégica

Não é novidade para ninguém que Nova Lima possui tesouros naturais que agregam grande riqueza ao município, seja com sua vasta vegetação, inúmeras espécies de animais silvestres ou pela quantidade de córregos e nascentes. Diante disso, o secretário de Meio Ambiente, Danilo Vieira, decidiu elaborar um plano de Gestão Territorial Estratégica para mapear de forma detalhada todo o território nova-limense, criando assim, um documento público que vai nortear o desenvolvimento ambiental da cidade nas próximas décadas. “Atualmente os dados sobre fauna, flora, solo, relevo e hidrografia do município são coletados por empresas contratadas por empresários interessados em erguer um

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notícias

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Foto: Rio das Velhas / Honório Bicalho - Júlio Freitas Dois Cliques

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Prefeitura pretende implantar, ainda este ano, o mapeamento territorial da cidade, a revitalização de nascentes, além de assinar um termo de intenção para a construção de uma ETE no Rego dos Carrapatos

empreendimento em determinada região. A ideia é que o próprio município faça isso e seja detentor desse conhecimento”, comenta Danilo Vieira, secretário de Meio Ambiente.

Dados públicos

Ainda de acordo com o secretário, o mapeamento territorial urbano e a coleta de dados devem ser iniciados, ainda este ano. Dessa forma, o município poderá contar com um Zoneamento EcológicoEconômico repleto de análises minuciosas e oficiais sobre as características ambientais, áreas de conservação, localização dos cursos d’água, corredores ecológicos, áreas de ocupação e vulnerabilidade ambiental, entre outras. “Pretendemos ainda apresentar o documento em reuniões e audiências públicas e torná-lo uma ferramenta de uso público. Ele será muito útil para a elaboração do Plano Diretor, licenciamentos ambientais e tomadas de decisões no setor produtivo nas próximas gestões, além de valorizar a região”, analisa.

Nascentes de Nova Lima

Outra iniciativa da prefeitura para valorizar o território nova-limense é a implantação do Plano de Revitalização das Nascentes de Nova Lima que tem como principal objetivo recuperar boa parte das 800 nascentes identificadas no município. A ação será realizada em parceria com as empresas AngloGold Ashanti e Vale, detentoras da maioria das áreas onde estão localizados os cursos d’água. “Faremos um termo de cooperação com as mineradoras para que elas recuperem todas as nascentes e, para os outros proprietários de terra, elaboraremos um termo de compromisso para que

eles autorizem a recuperação e promovam a preservação das áreas posteriormente”, explica Danilo.

Aumento no abastecimento

Além da preservação dos recursos hídricos, o plano de revitalização pretende aumentar a produtividade de água em Nova Lima e, consequentemente, o abastecimento de uma grande parte da Região Metropolitana de Belo Horizonte. “A maioria das nascentes encontra-se em bom estado de conservação, porém, algumas delas estão em áreas de erosão que precisam ser reparadas. É um trabalho complexo e que vai demandar tempo, mas acredito que até o final desta gestão, todas elas estejam recuperadas”, conta.

ETE no Rego dos Carrapatos

Um assunto que se arrasta por anos e é constantemente cobrado do poder público pela população é a construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), na região do Parque Natural Municipal Rego dos Carrapatos. Depois de encaminhar o pedido para o Ministério do Turismo, no ano passado, a prefeitura assinará, no próximo domingo (10), um termo de intenção firmado com a Copasa para o tratamento definitivo do esgoto no local. Com isso, os resíduos dos bairros José de Almeida, Cabeceiras, Retiro e Boa Vista serão tratados antes de desaguarem no Rego dos Carrapatos, como acontece hoje. Após assinado, a empresa encaminhará para o município um projeto de gerenciamento do saneamento básico que deverá ser aprovado pelo prefeito Vitor Penido (DEM).


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Rego dos Meio Ambiente

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Parque Natural Municipal

Unidade celebra 18 anos e faz um convite à população para conhecer sua riqueza histórica e ambiental

Andar pela trilha principal do Parque Natural Municipal Rego dos Carrapatos é uma oportunidade de se renovar diante da beleza e biodiversidade do local, assim como fazer uma viagem no tempo. A área já serviu para levar água a uma fazenda, foi utilizada na mineração pela antiga Morro Velho e tornou-se patrimônio municipal, a partir de uma medida compensatória. Passado e presente se unem e tornam o lugar ainda mais peculiar devido à sua riqueza histórica e ambiental. E, no momento em que o parque alcança a maioridade, celebrada na última segunda-feira (4), é hora de atentar-se quanto à importância da unidade e voltar os olhares para um cenário encantador, localizado no coração da cidade, mas que muitas vezes passa despercebido.

Quase 300 anos de história

Segundo o gerente do parque, Marcelo Barbosa, o local completou 18 anos essa semana, mas a área para caminhadas, piqueniques e integração com a natureza é quase tricentenária. O gerente e pesquisador do complexo verde de Nova Lima, conta ainda que, por volta de 1795, foi construída a conhecida Banqueta dos Carrapatos, localizada no trecho. O objetivo inicial da obra foi fazer o desvio da água do Córrego do Carrapato (conhecido também como Ribeirão do Carrapato ou Ribeirão do Cardoso), que nasce na Serra do Curral, para levá-la até uma fazenda particular, no bairro Boa Vista.

Transferência de propriedade

Marcelo explica que de onde se vê, hoje, a Casa Grande, pertencente à mineradora AngloGold Ashanti, existia a Fazenda Morro Velho, sem nenhuma relação com a antiga mineradora da cidade. Para captar água para uso cotidiano da propriedade construiu-se na área verde o sistema formado pela banqueta (onde as pessoas caminham) e o rego (onde a água flui), com quase 4 mil metros de extensão. Mais tarde, o terreno do atual parque, até então, de propriedade da fazenda, foi vendido para a mineradora Morro Velho e passou a ser usado para a mineração do ouro. “Na era Chalmers, ampliou-se o sistema de captação de água, pois o consumo dela aumentou”, completa Marcelo. Atualmente, segundo o gerente,

a partir de uma medida compensatória, cumprida pela AngloGold Ashanti, o terreno passou a pertencer ao município.

Criação do parque

O parque tem cerca de 34 hectares e contempla os bairros Olaria (local do seu início), Retiro, Boa Vista e Cabeceiras, cujo final da delimitação está próximo à região da Avenida Presidente Kennedy. Marcelo conta que a área verde foi criada, em 4 de junho de 2000, pelo médico Dr. Ricardo Salgado, exsecretário de Meio Ambiente e integrante do Instituto Histórico e Geográfico do Alto Rio das Velhas (IHGARV). Definido, inicialmente, como Parque Ecológico Rego dos Carrapatos, o espaço verde regularizou-se como unidade de conservação em 2014 - para se adequar à legislação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) momento em que recebeu a atual nomenclatura e status.

Fauna e flora

O Parque Natural Municipal Rego dos Carrapatos é composto por dois biomas: o Cerrado e a Mata Atlântica que se encontra em maior proporção dentro da área. São centenas de espécies que levam verde e ar puro aos visitantes. Já no centro da principal área de lazer da sede, por exemplo, está o majestoso tapiá. Além dele, guapuruvu, açoita-cavalo, angico-branco, ingá, pau-jacaré, ipê, quaresmeira, mirtáceas, entre outros, fazem parte do acervo do parque que, inclusive, já foi catalogado por membros da área de conservação. A riqueza natural do Rego dos Carrapatos se estende à quantidade de animais silvestres. Quati, gato-maracajá, jaguatirica, onça-parda, espécies de cobras, peçonhentas ou não, mico, macaco-prego, bugio, tamanduá, lobo-guará e várias espécies de beija-flores são exemplos da variedade de espécies nativas encontradas no parque. “No nosso plano de manejo percebemos a grande quantidade de aves. A área recebe pessoas para observá-las, principalmente, da organização não governamental ECOAVIS, de Belo Horizonte, cuja missão é estimular, por meio da prática da observação, um maior contato com a natureza”, conta.

Espaço de pesquisa e lazer

Universidades, em âmbito nacional e internacional, frequentam a área para pesquisas científicas da

Foto: Welington de Oliveira

Carrapatos Portaria do parque

fauna e flora, como aponta Marcelo. “As pessoas ficam encantadas. É muito raro ver um local como este: uma unidade de conservação bem no centro urbano da cidade”. Ele completa que o espaço é cenário para a realização de atividades físicas, eventos ao ar livre, práticas de yoga, contemplação, além de receber estudantes para trilhas orientadas. O parque conta também com equipamentos do programa da prefeitura “Academia ao ar livre” e, em breve, aparelhos próprios também serão instalados.

Tratamento de esgoto

Há cerca de 40 anos, a água do Ribeirão do Carrapato era pura e propícia para banho e consumo. Com a expansão urbana e aumento populacional, o aporte de esgotos dentro dele é realidade. “Temos na cidade um percentual mínimo de tratamento de esgoto e as águas do parque o recebem in natura. Entretanto, isso está sendo solucionado por meio do Plano Municipal de Saneamento Básico, que contempla o tratamento das águas dele. Além disso, a prefeitura e a Copasa formalizarão a intenção de realizar o tratamento de esgoto da área”, relata.

“Valorização do que é nosso”

Para Marcelo vivenciar a fauna, a flora e as águas do parque é uma oportunidade de se integrar à natureza uma vez que os seres humanos fazem parte dela. “Pessoas frequentam o Rego dos Carrapatos para pintar quadros, escrever, ler, entre outras atividades. Fico entusiasmado e emocionado em afirmar que poucas cidades têm uma área assim. A população precisa redescobrir o parque como lugar de valor ambiental, histórico e fundamental à saúde. Fica o convite para conhecer esse cenário único”, conclui.

Funcionamento

O Parque Natural Municipal Rego dos Carrapatos funciona todos os dias, de 6h às 20h. A entrada é gratuita e somente atividades específicas precisam ser agendadas no endereço da sede.

Rua Joaquim Eloi de Azevedo, nº 300 - Bairro Olaria Telefone: 3542-5903


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Serra do Meio Ambiente

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Parque Nacional da

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Cachoeira das 27 voltas, um dos rincipais atrativos da área verde, está localizada no bairro Honório Bicalho em Nova Lima

Cachoeiras, fauna e flora diversificada e trilhas exuberantes. O Parque Nacional da Serra do Gandarela, presente em oito municípios, entre eles, Nova Lima, Raposos e Rio Acima, é um lugar que encanta com suas belas paisagens e riquezas naturais. Apesar da criação recente da unidade de conservação ambiental, por meio de um decreto de outubro de 2014, o território, sob a gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), já é velho conhecido de pesquisadores e amantes do turismo de aventura, há mais de 40 anos. Um dos principais atrativos do parque é a Cachoeira das 27 voltas, localizada no bairro Honório Bicalho, em Nova Lima. Entretanto, seja na região ou um pouco mais distante, conhecer todo território é uma grande oportunidade de se integrar com a natureza e relembrar o quanto ela é essencial à vida.

Extensão territorial

Segundo o chefe do parque, Tarcisio Nunes, a área tem, aproximadamente, 31 mil hectares, cerca de 40 km de comprimento e cobre - além de Nova Lima e região - Itabirito, Ouro Preto, Mariana, Santa Bárbara e Caeté. “Ambientalistas se uniram, desde 2009, para pedir a preservação da Serra do Gandarela. Após longo período de discussões entre o movimento ambientalista, mineradoras, Governo do Estado, Ministério do Meio Ambiente e ICMBio foi definida a delimitação final do parque como conhecemos hoje”, contextualiza.

Importantes aquíferos

O parque se destaca também por apresentar significativas áreas de recarga de aquíferos, com grande ocorrência de córregos e rios que drenam para as bacias dos rios Doce e das Velhas. Entre os principais objetivos da criação da unidade de conservação estão a preservação da biodiversidade e dos seus mananciais. “Um percentual significativo do abastecimento da capital mineira e RMBH é feito a partir da captação de águas presentes no parque. Manter as nascentes preservadas é fundamental nesse processo”, completa Tarcisio.

Fonte de pesquisa

A área de conservação apresenta a transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado, este que se apresenta em maior abundância em Nova Lima, Raposos, Rio Acima e Itabirito. De acordo com Tarcísio, ao longo do parque há também a presença dos campos rupestres (vegetação que cresce em áreas pedregosas e de solo raso) sobre rochas quartizíticas e cangas ferruginosas (carapaças de ferro em cima do solo) importantes na infiltração de águas pluviais.

Onça parda, jaguatirica, anta, capivara, tatu e mais de 300 espécies de aves são apenas alguns exemplos dos animais silvestres já registrados dentro da área de conservação, segundo o chefe do parque. Diante de tamanha riqueza natural, grupos visitam a área, por exemplo, para observação de aves. A demanda por pesquisas científicas da fauna e flora também é grande, principalmente, devido à proximidade do local a duas grandes universidades federais: UFOP e UFMG, entre outras faculdades particulares. Entretanto, pessoas de outros estados e países visitam o parque com essa finalidade.

Trilha e cachoeira das 27 voltas

Não só os pesquisadores, mas os turistas são atraídos pelos encantos do Parque Nacional da Serra do Gandarela. Bem perto dos nova-limenses, uma dupla famosa, cheia de adrenalina e charme, está disponível para quem deseja aventura e diversão. A Trilha das 27 voltas, localizada em Honório Bicalho, é o destino ideal para os apaixonados por trekking e mountain bike. Já pelo caminho, com cerca de 9 km e ainda dentro do bairro, está a famosa cachoeira que leva o mesmo nome da trilha devido a quantidade de voltas necessárias para se chegar a sua queda.

Água e terra que encantam

As cachoeiras vêm logo à memória quando o assunto é o parque nacional. Segundo Tarcisio, estima-se que existam mais de 50 dentro da área verde. Dentre as mais conhecidas da região, além da Cachoeira das 27 voltas (Nova Lima), está a Cachoeira do Índio (Rio Acima), a Cachoeira do Viana (Rio Acima), a Cachoeira Santo Antônio (divisa entre os municípios de Caeté e Raposos), além do Poço Azul (Raposos). Passando das águas

Foto: Cachoeira 27 Voltas - Welington de Oliveira

Gandarela

para a terra, o parque também é procurado por adeptos às caminhadas, trilhas de bike, entre outros esportes de turismo de aventura. “O Mirante da Serra do Gandarela, em Rio Acima, é um dos pontos de observação mais visitados. Dele observase uma porção significativa do parque e, até mesmo, prédios de BH ao fundo”.

Possibilidade de portaria em Honório Bicalho

Tarcísio conta que o parque tem sede em Rio Acima, onde é possível acessar as cachoeiras do Viana, Índio e o Mirante da Serra do Gandarela. O acesso ao município pode ser feito por meio de linhas de ônibus urbanos ou carro, via MG-030. Segundo ele, o espaço é novo, mas a intenção é trazer melhorias para a área verde e seus visitantes. “Nosso desejo é aperfeiçoar a sinalização do local, criar um centro de apoio aos turistas, estruturar ainda mais as trilhas e ampliar o número de portas de entrada do parque. Uma possibilidade de local para instalação dessas portarias é Honório Bicalho, já que é grande o número de turistas nessa parte”.

Plano de Manejo do parque

Importante documento para a gestão do parque, o Plano de Manejo está sendo elaborado pelo ICMBio com o apoio do conselho consultivo da área verde. “Uma série de reuniões será realizada para desenvolver o plano. A partir dele, temos, por exemplo, o zoneamento do parque, definições de trechos que podem ou não receber turistas e demais regras de tudo o que terá dentro da área verde. O término da elaboração do documento está previsto para o ano que vem”, afirma.

Aberto à visitação

O parque pode ser visitado o ano todo, sem custos, e não há necessidade de agendamento na sede. “Convidamos os amantes da natureza a conhecer o parque. Porém, solicitamos o cuidado em não andar com veículos motorizados fora das estradas, levar o lixo de volta para casa, não coletar animais e plantas e evitar incêndios florestais”, conclui.

Mais informações sobre o parque

Site: www.icmbio.gov.br Facebook: Parque Nacional da Serra do Gandarela - Telefone: 3545-1883


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Resgate

ecológico

Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, o Jornal A Banqueta de Notícias preparou um roteiro especial, com a apresentação de dois centros ambientais de fácil acesso aos nova-limenses, mas cujas possibilidades de utilização podem não ser tão conhecidas pelo município. O Centro de Educação Ambiental (CEA), da Anglo Gold Ashanthi, e o Centro de Proteção e Educação Ambiental (CPEA), da Vale, foram criados com o objetivo de incentivar a adoção de práticas sustentáveis, além de fortalecer os laços das mineradoras com a comunidade local.

CEA da AngloGold

Ser recebido pelo esquilo caxinguelê, da espécie Guerlinguetus ingrami, é uma das possibilidades reservadas aos visitantes do Centro de Educação Ambiental Harry Oppenheimer, da Anglo Gold Ashanthi, no bairro Cristais. A presença do animal é tão marcante, que o esquilo se transformou na mascote oficial do parque. No espaço, com 147 hectares, é possível detectar espécies raras da flora e fauna. Entre elas estão: a paca, furão e a cuícalanosa, embora esses sejam mais tímidos. Além de ser uma opção de lazer para as crianças, ainda é possível usufruir de belas paisagens, já que o local se localiza na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) da Mata Samuel de Paula.

Responsabilidade

A área de reflorestamento foi criada, nos anos 2000, e visa garantir a conservação dos recursos naturais da região. Nas áreas impactadas, a mineradora utiliza de mudas oriundas de sementes recolhidas na cidade de Santa Bárbara. Os amantes da natureza ainda podem acompanhar uma das principais atrações do parque: o curso d’água, desviado do Ribeirão dos Cristais, utilizado na mineração por diversos anos.

Acervo histórico

O passeio ainda é uma oportunidade para voltar no tempo. Sabe-se, por exemplo, que no local funcionou, até início do século XIX, uma das primeiras usinas hidrelétricas da região, usada na geração de energia para a mineração do ouro e também para as residências dos funcionários da

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Foto: “Máquina” - Welington de Oliveira

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Parques sob a administração das mineradoras AngloGold e Vale oferecem à comunidade opções de lazer e história

antiga Mineração Morro Velho. Hoje, a “Máquina dos Cristais” está desativada, mas ainda é possível ter uma ideia da imponente engrenagem por meio da exposição fotográfica, na sede do parque, aberta à visitação.

Vida dos “mineiros”

Com visitas guiadas, previamente agendadas, é possível descobrir um pouco do universo dentro das minas, principal atividade propulsora do desenvolvimento econômico da região, por mais de um século. Um importante acervo bibliográfico encontra-se disponível para pesquisas acadêmicas no prédio administrativo do local. Além disso, palestras e atividades incentivam a imaginação e reforçam também, a importância da preservação histórica e da sustentabilidade.

Funcionamento atípico

O espaço recebe, anualmente, cerca de 10 mil visitantes, mas encontra-se em obras para a construção da nova portaria. A previsão é que a intervenção seja concluída até setembro. Por isso, o centro segue aberto somente para visitas agendadas de grupos. O funcionamento acontece durante a semana, de segunda-feira a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 ou das 13h às 16h30. Mais informações: 3589-2010. Localização: Rua Professor Aldo Zanini, s/nº - Cristais.

CPEA da Vale

A entrada do Centro de Proteção e Educação Ambiental (CPEA), da Vale, localizada na área de reflorestamento da Mata do Jambreiro, no bairro Cabeceiras, apresenta um presente para os admiradores da biodiversidade. Um vistoso tronco avermelhado, repleto de folhas em verde escuro é um dos cartões-postais do local. A árvore, praticamente extinta no país, foi apelidada pelos índios de “ibirapitanga” (pau-vermelho) ou como preferiram os portugueses ao aportar em 1500, Pau-Brasil, que serviu de inspiração para a nomeação da colônia.

Preciosidade

Criado em 1998, a cor verde predomina no extenso

terreno de 912 hectares, repleto de espécies nativas da Mata Atlântica, remanescente em apenas 13% do território nacional. Ainda na área, os visitantes podem “esbarrar” com exemplares da fauna e flora do Cerrado. O mico-estrela, ouriçocacheiro, sapo cururu e cory-buraqueira são alguns hóspedes ilustres do parque e, frequentemente, espiam a sede administrativa para a alegria dos mais atentos.

Aventura responsável

O jardim sensorial, orquidário, exposição fotográfica, museu dos invertebrados nativos e o mirante são opções de passatempos para turistas de todas as idades. Os mais animados podem desbravar o parque, desde que com as coordenadas certas, o que costuma render agradáveis passeios ao ar livre. Além do exercício, a expectativa por cruzar com a onça-jaguatirica ou onça-parda, embora elas prefiram aparecer à noite, desperta a curiosidade de inúmeros turistas, inclusive estrangeiros. Mas, é preciso se resguardar. O uso de calçados, completamente fechados, por exemplo, é indispensável já que a cobra jararaca e a verdadeira cobra-coral são bastante comuns na região.

Ambiente estratégico

O conceito de sustentabilidade está presente, em todas as esferas do espaço, inclusive, na sede administrativa. A construção conta com instalação geradora de energia solar e o abastecimento d’água é captado diretamente do Córrego Águas Claras. O parque situa-se em uma área privilegiada da cidade e, no próximo domingo (10), esse potencial será ainda mais explorado, com a inauguração do acesso a trilha que fará a conexão entre o CPEA da Vale e o Parque Natural Municipal Rego dos Carrapatos, que promete agradar aos amantes da caminhada.

Programe seu passeio

As visitas guiadas são conduzidas, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. Já a caminhada ecológica na Trilha do Jambreiro é realizada sempre no último domingo do mês. Mais informações: visitas.cpea@vale.com. Localização: Av. Presidente Kennedy, 2140, Cabeceiras.


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naturais Monumentos Meio Ambiente

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CO município de Nova Lima, desde 2013, possui quatro Unidades de Conservação (UCs) decretadas pelo governo municipal como Monumentos Naturais (MONA): Morro do Elefante, Morro do Pires, Serra do Souza e Serra da Calçada. Administradas pelo Conselho Gestor do Mosaico das Unidades de Conservação (Mosaico), as áreas possuem uma diversidade de vegetação, animais silvestres e recursos hídricos subterrâneos e superficiais. As áreas são consideradas umas das riquezas ambientais da cidade e têm grande importância na preservação da fauna e flora brasileira, pois abrigam plantas e animais que integram listas estadual, nacional e até internacional de espécies ameaçadas ou quase ameaçadas de extinção.

Riqueza dos monumentos

Os Monumentos Naturais Morro do Elefante, Morro do Pires e Serra do Souza estão relativamente próximos uns dos outros e, por isso, suas características são parecidas. Ambos estão inseridos em um vetor de expansão urbana e dentro da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço. Além disso, eles fazem conectividade com as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) Samuel de Paula e Mata do Jambreiro. A flora se diferencia um pouco, porém a fauna composta por 24 espécies de répteis, 47 de mamíferos, 198 de aves e 32 de anfíbios circulam pelas dependências das três unidades por meio dos corredores ecológicos que as interligam. Entre os animais identificados estão o sabiá-laranjeira,

tamanduá-bandeira, tamanduá-mirim, macacoguigó, mico-estrela, lobo-guará, jaguatirica, tatupeba, cutia, cobra-coral, jararaca, lagartos, calangos, sapo-cururu, perereca, entre outros.

mamíferos. No entanto, as atividades de visitação, expansão urbana, presença de gados e animais domésticos contribuem para ameaça dos animais silvestres presentes na região.

O menor dos Monumentos Naturais de Nova Lima possui pouco mais de 43 hectares e está localizado entre o Condomínio Quintas do Sol e o Residencial Veredas das Geraes. Seu território é de propriedade do Condomínio Quintas do Sol e da AngloGold Ashanti. Devido ao seu posicionamento topográfico - na bacia do Rio das Velhas - ele funciona como uma importante zona de abastecimento de águas subterrâneas do Ribeirão dos Cristais. Seu solo é considerado raso, com baixa fertilidade natural, rochoso e pedregoso. Mesmo assim, a área é formada por uma rica vegetação composta por 98 espécies de plantas com feições de Cerrado e Mata Atlântica.

Este Monumento Natural possui cerca de 145 hectares e está localizado entre o Condomínio Vale dos Cristais e a barreira da Polícia Rodoviária Federal, na MG-030. Seus territórios são de propriedade particular da Associação Geral do Vale dos Cristais e da mineradora AngloGold Ashanti e estão situados na sub-bacia do Ribeirão dos Cristais. As mais de 430 espécies de plantas compõem a rica área verde que, em sua maioria, é formada por vegetação de campo e campocerrado. Porém, com o passar dos anos, originouse também a vegetação florestal no território.

Morro do Elefante

Morro do Pires

Entre os bairros Campo do Pires e Jardim Petrópolis encontram-se 110,22 hectares de área do MONA Morro do Pires. Os limites desse território são de domínio da Prefeitura de Nova Lima e de outros proprietários. Ele estabelece divisor topográfico entre as sub-bacias do Ribeirão Macacos e Ribeirão dos Cristais. Sua flora é composta por 98 espécies onde predominam aquelas de ambientes de campo e Cerrado. É considerado, em Minas Gerais, uma zona biológica importante para conservação de

Serra do Souza

Serra da Calçada

Localizada em frente ao Residencial Vale do Sol, às margens da BR-040, a Serra da Calçada possui, aproximadamente, 585 hectares. Considerada elemento importante de preservação no município, a área permite a conectividade entre o Parque Estadual da Serra do Rola Moça e o Monumento Natural da Serra da Moeda, além de estabelecer o divisor topográfico entre as bacias do Rio das Velhas e do Rio Paraopeba. Nela, foram identificadas diversas nascentes e cursos d’água, mais de 500 espécies de plantas, 90 de aves, 60 de mamíferos e 12 de répteis. Dentro do

Fotos: Welington de Oliveira

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Planos de Manejo do Morro do Elefante, Morro do Pires, Serra do Souza e Serra da Calçada podem ser aprovados ainda neste mês

Morro do Elefante

monumento natural existem animais como tucanuçu, periquito-rei, lobo-guará, jaguatirica, paca, veado-mateiro, mico-estrela, tamanduámirim, jararaca, teiú e onça-parda.

Plano de Manejo

De acordo com a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), todas as Unidades de Conservação (UC) devem possuir um Plano de Manejo que englobe o território mencionado, a área além de seus limites destinada para proteção da fauna e flora, chamada de zona de amortecimento, e os corredores ecológicos que interligam uma área à outra. Nele ficam definidas as ações para administração e organização da área, mapeamento do território, proteção e conservação dos recursos naturais, normas para uso e visitação, entre outras diretrizes.

Aprovação do documento

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, no dia 21 de junho, apresenta para aprovação do Conselho Gestor do Mosaico das Unidades de Conservação, o novo Plano de Manejo dos quatro Monumentos Naturais. A reunião acontecerá às 9h, na sala Multiuso do Parque Natural Municipal Rego dos Carrapatos. A partir de sua validação, a prefeitura junto de outros órgãos ambientes poderá definir quais atividades serão realizadas dentro da Serra da Calçada, Serra do Souza, Morro do Pires e Morro do Elefante.

Morro do Pires

Serra do Souza

Serra da Calçada

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Sindicato

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Serviços

Itinerante

Nesta semana o presidente do Sindicato dos Mineiros de Nova Lima e região, Marcelino Edwirges, colocou a serviço da população, o “Sindicato Itinerante”. A entidade equipou um ônibus de toda infra-estrutura que irá percorrer as ruas dos diversos bairros das cidades onde o sindicato atua para ouvir as necessidades da população e consequentemente buscar soluções junto aos órgãos públicos competentes.

Resgate da história

Um ônibus foi totalmente adaptado para percorrer as ruas das cidades e ao mesmo tempo receber visitas da população. “ o veículo está ilustrado com fotos do cotidiano do trabalhador mineiro, vamos falar da história do Sindicato e a evolução

Sindicato dos Mineiros cria unidade que irá percorrer os bairros das cidades de atuação para ouvir as demandas da população

administrativa da entidade que com muita luta conseguimos, nos últimos anos, transformar nosso sindicato em um dos mais atuantes e dotado de maior infra-estrutura do Brasil”, orgulha-se o presidente do Sindicato dos Mineiros, Marcelino Edwirges.

O projeto

No ônibus a população terá de forma gratuita assessoria jurídica e previdenciária, orientações médicas, palestras temáticas, exibição noturna de filmes com programação para todas as idades. “Além da prestação de serviço à população queremos ouvir as pessoas. Por isso teremos um espaço para opiniões e sugestões além de debates relacionados ao cenário político de maneira em geral”, detalha Marcelino.

Edições

As visitas aos bairros das cidades de Nova Lima,

Raposos, Sabará, Caeté, Pitangui e Pará de Minas, serão divulgadas com antecedência para que a população se organize, receba e participe de tudo que for oferecido pelo Sindicato Itinerante. “O legal que em cada edição podemos inovar e mudar os serviços que iremos oferecer à comunidade visitada à época. Podemos oferecer serviços específicos à população de determinada região que pode ter uma demanda diferente de outro bairro”.

Diálogo

Para Marcelino está faltando mais diálogo entre a população e as entidades. “Ficam várias entidades, importantes como a nossa, debatendo a situação do Brasil e da nossa cidade entre os dirigentes, precisamos abrir e colocar às nossas posições junto à da população. E aí partir desse diálogo conseguirmos realmente realizar as mudanças tão necessárias que a nossa população precisa, em seu dia a dia”.


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Villa lança camisas comemorativas

Os meninos do Sub-20 do Leão enfrentam, amanhã (09), o Atlético em Nova Lima, às 10h, com entrada franca. O Leão volta a jogar no Campeonato Mineiro, após o adiamento de duas rodadas da competição, devido à crise de abastecimento de combustível. A Federação Mineira Futebol remarcou os de confrontos em novas datas: dia 16/06 contra o Cruzeiro, na Toca I, e dia 23/06, contra o Bétis, na cidade de Congonhas. O técnico Fernando Gomes e seu auxiliar Ernani Nunes acreditam na recuperação do Villa na competição que hoje ocupa a lanterna na 12ª posição com 8 pontos negativos. O clube foi punido por perdas de pontos e multa em dinheiro por ter escalado

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jogadores irregulares. Fora do campo, até que fim boas notícias. O Villa lançou nesta semana dois uniformes comemorativos aos 110 anos do clube, que será completado no dia 28 de junho. Uma nas cores verde e amarela em alusão à Copa do Mundo. Outra em alusão ao tricampeoanto Mineiro da década de 30. É uma camisa com as listras finas, semelhante ao modelo usado na época. As camisas estão à venda na Loja Villa dos Esportes, do meu amigo Cirinho. Eu já garanti as minhas. Corra lá porque a edição é limitada.

Empate indigesto

O Cruzeiro empatou com o Vasco, no Mineirão, por 1 a 1 e saiu reclamando muito da arbitragem, do paulista Luiz Flávio de Oliveira. O técnico Mano Menezes chegou a sugerir má-fé do juiz em sua entrevista coletiva. O Cruzeiro reclama de dois pênaltis, um no lateral Edilson, no primeiro tempo; e outro no atacante Raniel, na segunda etapa. Independente da arbitragem, o time celeste perdeu

muitas oportunidades e poderia ter vencido a partida frente ao Vasco. Essa foi a última partida celeste em casa antes da parada para a Copa do Mundo. O próximo jogo do Cruzeiro será contra a Chapecoense, no sábado, às 19h na Arena Condá.

Em busca dos pontos perdidos

O Atlético busca se recuperar na tabela até a parada para a Copa do Mundo. O time comandado por Thiago Larghi perdeu pontos importantes e poderia estar em uma situação muito melhor no Campeonato Brasileiro. As limitações do Galo são conhecidas. O Galo deixou claro que precisa melhorar e muito se quiser brigar por uma melhor colocação no Brasileirão. O Atlético perdeu, desde a temporada passada, a capacidade de se impor como mandante, fato que era o diferencial nos últimos anos. O time precisa de reforços para o restante da temporada. Fortalecer o grupo é primordial! Até a parada para a Copa, o Galo terá mais dois jogos, ambos em casa, e tem obrigação de vencer.

No Fundo do Baú

Esta semana, vamos homenagear o timaço do Nacional Futebol Clube, campeão amador de 1996. Esse foi o último título conquistado pela equipe, na 1ª Divisão Nova-limense. O presidente da época era José Guedes. Os destaques eram Galau, Jamil, Isaac e Marcinho de Amintas. O time em campo era comando pelo experiente Celsinho, um dos melhores atletas que já passou por ele. Ao lado de José Guedes estava o fundador do Nacional e já falecido, Antônio Dalmo, pai do atual presidente do clube, Cléver Dalmo. Em pé: Antônio Dalmo, Geraldo, Tonho, Marcinho de Amintas, Leocindo, Breno, Ricardo Leite, Saulo, Celsinho, Raimundo, Newton, Nini e José Guedes.Agachados: Toninho Paulista, Leonardo, Arquimedes, José Honorato, Lê, Galau, Jamil, Edcleto e Isaac.

Nacional

Enquete - Quais foram os melhores jogadores do Nacional campeão amador de 1996? Envie seu e-mail para: enqueteabanqueta@gmail.com. Resposta da enquete anterior - O melhor jogador do Juventude, de 2018, eleito em 1º lugar, com 100% dos votos, foi Tianinha.


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Vila Rica de portas abertas

Valorizar a autoestima dos clientes é a especialidade do Vila Rica, antigo espaço de beleza do Studio Fashion Hair, agora localizado na Rua Domingues Rodrigues, nº 73, no Centro da cidade. A inauguração contou com um delicioso coquetel, no início de maio, e reuniu amigos, familiares e parceiros da empresária Juliana Matos, responsável pelo local. A diversão do evento ficou com o ritmo de DJ Henrique, as bebidas criativas da Up Drinks e a surpresa da Kel Trufas. A proposta do novo salão é aliar o conforto dos fregueses a uma variedade de serviços tradicionais e modernos como design de sobrancelha, unha, micropigmentação, terapia capilar, banho de lua, depilação, entre outros. Fotos: Josef House


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