A Banqueta 515 by Fred Sarti

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Reflexões sobre o que é ser mulher

Dia da Mulher

Pág.16

Pagode beneficente para a família

Todos por Titi

Pág.08

Colecionador possui mais de cem mil selos

Filatelista

Coronavírus

Pág.12

Brasil registra três casos confirmados e, em Nova Lima, quatro casos suspeitos são monitorados. Ministério da Saúde combate fake news disseminadas nas redes sociais

Pág.04

Coronavírus, SUS e as universidades públicas

Editorial

Pág.02

Bloco do Oswaldão compartilha o amor Pág.22 Na Balada

A Banqueta

Nova Lima - Raposos - Rio Acima - 5 a 11 de março de 2020

Oportunidades de emprego

Coronavírus, SUS e as universidades públicas

Vendedor Externo (Nova Lima). Salário fixo, regime CLT + comissão + benefícios. Interessados devem currículo para: enviar O primeiro alerta do coronavírus foi rh@prevenirassistencial.com.br. notificado em dezembro do ano passado. Em janeiro de 2020, a China anunciou a Pizzaria Jambreiro (Nova Lima) primeira morte. A epidemia já se espalhou contrata caixa (sexo masculino). por cinco continentes, sendo 15 países, Necessário ter experiência e idade inclusive o Brasil, que possui 433 casos acima de 25 anos. Interessados prováveis da doença e dois confirmados. devem entregar currículo no Posto

No ano passado, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, bloqueou 5,8 bilhões das universidades públicas e ainda proferiu que nestes locais só existem “eventos ridículos e balbúrdia”. O Teto de Gastos, Emenda Constitucional (EC) 95, aprovada no Governo Temer e mantida no Governo Bolsonaro diminuiu o orçamento de diversas áreas, como a saúde e educação. Somado a isso, o projeto do ministro da Economia, Paulo Guedes, prevê ainda mais reduções.

Jambreiro ou ligar no telefone 35817047.

Analista administrativo (Vila da Serra). Necessário experiência com rotinas financeiras e compras, conhecimento em Excel e softwares de gestão, inglês intermediário. Horário: seg. a sex., de 8h às 18h. Salário: R$ 2.500 + benefícios. Enviar currículo para o e-mail: 02181382@vaga.empregosmg.com. br

Quem realiza pesquisa para vacina, tratamento ou controle de doenças, faz o estudo epidemiológico e fornece medicação específica é o SUS, a Anvisa e as instituições públicas. Inclusive, as universidades federais são responsáveis por 95% das pesquisas no país. A irresponsabilidade de um governo que não investe em saúde e educação se escancara. Entretanto, será, ainda, a longo prazo, que todos os brasileiros sentirão na pele as mudanças advindas com o tipo de política empregada por aqui.

A temperatura poderá cair no fim de semana e há possibilidade de chuvas Sol entre nuvens e pancadas de chuva

Quinta Mín: 20º Máx: 31º

Sol entre nuvens e Sexta pancadas de chuva Mín: 20 Máx: 31º

Nublado com chuva a Sábado Mín: 18º Máx: 28º qualquer hora Sol entre nuvens e pancadas de chuva

Domingo Mín: 17º Máx: 30º

Jornal A Banqueta de Notícias - 515ª Edição

Transtorno

Direto da Comunidade

“Em novembro de 2019, a Prefeitura de Nova Lima iniciou uma obra para redirecionamento de água pluvial na rua Turmalina, no Matadouro. Foi aberta uma vala enorme no meio da rua que impediu a passagem até dos moradores. Depois de muitas reclamações, cobriram a vala, porém não consertaram a via que é feita de bloquete. Com as chuvas, a situação piorou e vários buracos foram formados e agora, toda vez que chove, eles aumentam.” Hully Monteiro Matadouro

Resposta - A prefeitura informou que fará a recomposição do trecho da via referente à obra e também nos trechos danificados pelas chuvas; apenas aguarda o tempo chuvoso se firmar para executar os serviços.

BEX Edições Ltda. CNPJ: 11.160.970/0001-70 Fale conosco: 31 3541-5701 / 98569-2926 ou abanqueta@gmail.com Diretor: Frederico Sarti Mendes Jornalista responsável: Júnia Rodrigues Redação: Júnia Rodrigues, Mariana Lacerda e Camila Madeira Estagiária Jornalismo: Maria Caroline de Freitas Diagramadoras: Sonia Souza, Jordana Matos e Tatiana Dias Comercial: Clauzy Barbosa: 99847-9631-Efigênia Veloso: 98848-4388 Gráfica Editora Sempre - 16.000 exemplares

Contato: 31 3541-5701

“De suma importância a reportagem sobre a atuação do coletivo feminino Não é Não, durante o Carnaval, em Nova Lima, neste ano. Foi assustador ter ciência dos dados em relação as violências contras as mulheres. Nova Lima não escapa disso e, por isso, a matéria é bem-vinda, já que com informação podemos tentar reduzir estes números. Mas, me alegra saber sobre o coletivo. Precisamos fortalecer esse debate e unir forças contra o assédio, que está não somente no Carnaval, mas também nos ônibus, serviços, ruas e lares.”

Alô Banqueta

Duas cientistas do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-SP) e um pesquisador do Instituto Adolf Lutz (IAL) - ambas instituições públicas - sequenciaram o genoma do vírus em tempo recorde. O processo demora, em média, 15 dias, mas foi realizado em 48 horas. Este mapeamento colabora para entender o histórico do vírus, o que interfere na adoção de medidas adequadas para conter sua disseminação.

O jornal A Banqueta de Notícias se exime de qualquer responsabilidade sobre opiniões e pontos de vistas expressos em artigos, anúncios e publicações assinadas que exprimam conotações políticas, religiosas ou sociais, por não refletirem as convicções desta diretoria. Reservamo-nos o direito de erro gráfico.

Jéssica Teixeira - Cariocas

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A Banqueta

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Filatelista Cultura

História, trabalho minucioso e amor são os aspectos que rondam o ofício dos colecionadores de selos postais

Na era dos e-mails e aplicativos de mensagem, como WhatsApp e Facebook, foi-se o tempo em que receber uma carta com um selo bonito era uma alegria e também fonte de informação. A partir da troca de correspondências nasceu a filatelia: o hábito de colecionar, estudar e pesquisar os selos postais. O nome pode parecer estranho, mas a prática é uma atividade cultural que reúne fanáticos no Brasil e no mundo. No dia do filatelista, comemorado em 5 de março, o nova-limense, José da Cruz Lacerda, mostrou seu acervo com mais de cem mil selos postais, nacionais e internacionais. São pequenos pedaços da história do mundo que ele guarda com orgulho e ressalta os cuidados para mantê-los bem conservados por tanto tempo.

De pai para filho

A paixão por selos postais foi passada de geração para geração. José Lacerda conta que ainda pequeno passou a ter curiosidade e gosto por colecionar aquele pedacinho de papel, que ele mal sabia a importância histórica que tinha. “Meu maior influenciador foi meu avô, o primeiro agente de Correios de Nova Lima. Trabalhou na agência inaugurada, localizada na rua Benedito Valadares, em 1891. Quando completei 12 anos, herdei o álbum iniciado por meu pai. Dali em diante não parei mais”, relata. Grande parte de sua coleção são de selos que recebia das correspondências de amigos, fora os que José comprava em agências dos Correios e na Filatélica Globo,

loja referência na capital mineira que fechou as portas em 2017.

Paixão e técnica

Hoje, aos 90 anos, ele guarda em envelopes, álbuns e caixas, tradicionais selos do Brasil e de diversos países como, por exemplo, Itália, Chile, França e Inglaterra. Mesmo assim se considera um colecionador mediano. Colecionar selos não é somente juntá-los em um álbum, mas catalogá-los por temas em um minucioso trabalho de pesquisa e cuidado de preservação, para que permaneça o mais original possível. “Costumo dizer que é um trabalho de paixão e paciência. É necessário seguir o manual do colecionador, utilizar uma pinça específica que ajuda a evitar danos nos selos ao manusear, uma lupa, além de saber a picotagem certa que cada selo tem em sua borda, o ano em que pertence e, por fim, colá-lo no álbum”, descreve.

Coleções temáticas

Em seu acervo, Lacerda dividiu por temas - dos mais variados até os mais estilosos - seus mais de cem mil selos. “Cada coleção tem um desenho específico: de paisagens; aéreos; que homenageiam artistas; nacionais; internacionais; de personalidades; datas comemorativas; dentre outros fatos importantes no mundo”, conta. Cada colecionador tem sua

peculiaridade para separar seus selos. Há uma grande variedade de temas e motivos que podem ser considerados no processo de classificação. Entre as suas preciosidades, Lacerda faz questão de destacar os selos que contam a história do Brasil.

Nova geração

Certamente muitas crianças hoje em dia sequer sabem o que é um selo postal. Para o filatelista, é de extrema importância que os pequenos conheçam o universo do postal e da filatelia. “As crianças estão acostumadas com a era da tecnologia, mas desconhecem a maneira utilizada para se comunicar através das cartas. Assim como meu pai fez comigo, vou deixar minha coleção para que meus bisnetos sigam os meus passos. Os selos não são apenas papel, são história” afirma.

Seja um colecionador

De acordo com Lacerda, não tem idade para se tornar um colecionador. Para quem deseja iniciar uma coleção de selos postais, ele aconselha começar pelos que possuem tema Fauna e Flora do Brasil, pois são mais baratos e fáceis de encontrar nos Correios. “Para quem busca selos mais antigos, a filatelia pode ser um hobby caro, pois eles são mais raros, podem valer, até mesmo, milhões”, afirma. Ainda de acordo com José Lacerda, quanto mais preservado, mais o selo pode valer no mercado filatelista. Os mais antigos e mais históricos têm maior valor, juntamente com os que possuem o carimbo dos Correios.

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Foto: Arquivo pessoal e Júnia Rodrigues

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Ação Solidária

Adolescente é diagnosticado com leucemia rara e empresário realiza, no domingo, pagode beneficente em apoio à família

Todos por Titi

Para a família da nova-limense Grazielle Cristina de Assis (35), por mais difícil que a situação se apresente, é se agarrando aos sentimentos positivos que as transformações serão possíveis. Assim, a moradora do bairro Fazenda do Benito não perde a fé mesmo diante de um grande desafio: um dos seus sete filhos, Thiago Henrique Assis, 17 anos, segue na luta contra uma leucemia rara. O diagnóstico do adolescente chegou no dia 14 de fevereiro, porém, junto dele, surgiram também muitas manifestações de carinho. Sensibilizado com a história, um empresário de Nova Lima decidiu organizar o pagode beneficente “Todos por Titi” para apoiar financeiramente a família. O evento será realizado, neste domingo (8), e todos podem contribuir com a compra de ingressos.

Diagnóstico

Thiago sempre foi um jovem ativo e apaixonado por jogar bola. Entretanto, segundo sua mãe, em novembro de 2019, ele começou a ficar quieto, além de sentir dores no peito, cansaço e crises de tonteira. A fim de verificar sua saúde e por já ter um emprego em vista em um supermercado, Thiago realizou, em dezembro, consulta para um check-up completo. A partir de alterações identificadas nos exames, o adolescente se consultou com um hematologista e o diagnóstico de leucemia aguda foi dado no dia 14 de fevereiro. “Suspeitei da doença, pois na minha família há histórico de câncer. Mas, o coração de mãe queria que não fosse. Diante da notícia, não consegui assimilar mais nada. Thiago olhou para mim e, forte, disse ‘vamos fazer o que tiver que ser feito’. Ele me deu coragem para vencermos”, lembra Grazielle Cristina de Assis.

Mudança de rotina

A partir do diagnóstico, o tratamento do adolescente começou. Thiago está internado no Hospital Luxemburgo, em Belo Horizonte, onde passa por sessões de quimioterapia. Segundo Grazielle, a maior parte do tratamento está sendo custeada pelo plano de saúde de seu ex-marido, pai de Thiago.

Entretanto, ela precisou abandonar o emprego de diarista para se dedicar ao filho. Grazielle era a fonte de sustento da casa onde moram ela, mais seis filhos - além de Thiago - o irmão e uma amiga. “Geralmente venho duas vezes na semana para casa e os demais dias fico no hospital. A gente que é mãe tem que ficar se dividindo. Conto com o apoio de familiares e amigos nessa hora”, explica.

Acúmulo de contas

Gastos com alimentação, deslocamento entre hospital e casa e aluguel se acumulam. Para auxiliar Grazielle nessa dura caminhada, toda ajuda é bem vinda. Comovido com a história vista nas redes sociais, o empresário Rodrigo Marcelo Oliveira (Rodrigo da Garra) resolveu dar sua contribuição. “Há cerca de seis anos, perdi minha mãe para o câncer. A história do adolescente me tocou. Pensei na dificuldade dessa mãe, que largou seu emprego, e ainda tem outros filhos para cuidar”. Rodrigo decidiu realizar o pagode beneficente “Todos por Titi” e contou com o apoio do vice-prefeito, João Marcelo, do Jornal A Banqueta e do presidente do Sindicato dos Mineiros, Marcelino Edwiges, na conquista do espaço para o evento.

Pagode beneficente

O evento acontece, no próximo domingo (8), no salão do Clube do Sindicato dos Mineiros, em Honório Bicalho (Av. Renato Avelar Azeredo, nº 1), a partir das 18h. A música ficará por conta das bandas Kero Biss, Clube A, Carícia e o músico Serginho, ex Delirô. Os ingressos antecipados custam R$ 10 e podem ser adquiridos nos estabelecimentos: Rafa’s Bar, Loja Ô Nego, Distribuidora Bak e Negritos Açaí. Os ingressos comprados na portaria do evento estão sujeitos a alteração de valor e não será permitida a entrada de menores de 18 anos. Cerca de 80% da venda dos ingressos será repassada para Grazielle.

Teste de compatibilidade

Thiago precisa realizar o transplante de medula e aguarda o resultado do teste de compatibilidade feito em alguns de seus irmãos. Nesse momento, o adolescente necessita também da doação de sangue, do tipo O+. A expectativa é grande para saber se a medula dos seus familiares será compatível. Enquanto a notícia não sai, Thiago e sua mãe esperam ansiosos pela realização do show no domingo, uma demonstração de amor ao próximo que jamais será esquecida. “Foi um ato de esperança. Muitas vezes achamos que estamos sozinhos, mas Deus coloca pessoas em nosso caminho para fazer a diferença. Thiago também está muito agradecido e feliz com a proporção que o evento tomou. Segundo ele, ainda existem pessoas boas no mundo”, conclui.

Doe sangue

Hemominas Telefone: 3768-4515 / 3768-4516 End.: Alameda Ezequiel Dias, 321 - Centro - BH

Pagode beneficente “Todos por Titi” Data: 08/03 (domingo) - 18h Salão do Clube do Sindicato dos Mineiros

Informações

9 9611-6871 (Rodrigo) / 9 7313-8452 (Grazielle) Facebook: Todos por Titi

Grazielle e parte de seus sete filhos

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Capa

Brasil registra três casos confirmados e, em Nova Lima, quatro casos suspeitos são monitorados. Ministério da Saúde combate fake news disseminadas nas redes sociais

Coronavírus

O mundo está em alerta desde dezembro do ano passado, quando o novo agente do coronavírus foi descoberto na China. Desde então, os números de casos confirmados, suspeitos e, principalmente, de mortes por COVID-19 - doença causada pelo vírus aumentaram e foram registrados em outros países. Até esta quarta-feira (4), de acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registrou, até o fechamento desta edição, três casos confirmados, 531 casos suspeitos e aguarda a contraprova para confirmação de um quarto caso. Em Nova Lima, de acordo com a prefeitura, até a terça-feira (3), não foram confirmados casos da doença. O órgão monitora quatro casos suspeitos. Diversos boatos sobre o coronavírus começaram a circular na internet e estão sendo desmentidos pelo Ministério da Saúde.

Histórico

O primeiro caso de COVID-19 foi registrado em Wuhan, na China. O país possui 80.304 casos confirmados e 2.946 mortes, segundo relatório da Organização Pan-Americana da Saúde, de 3 de março de 2020. O relatório também informa que há mais de 90 mil casos confirmados no mundo. Os dois primeiros casos brasileiros foram registrados em fevereiro e o terceiro nesta quarta-feira, 4 de março. Embora todos estejam localizados no estado de São Paulo, não possuem vínculo. Foram contaminados no exterior, o que evidencia que não há circulação local do vírus em terras brasileiras, segundo o Ministério da Saúde do Brasil. A pasta monitora 31 países que apresentam transmissão ativa do coronavírus. Ainda de acordo com o Ministério, Minas Gerais apresenta 82 casos suspeitos.

Nova Lima

Em Nova Lima, seis casos suspeitos foram notificados à Vigilância Epidemiológica, segundo informações da Prefeitura Municipal. Desses, quatro estão sob investigação, estando os pacientes estáveis em monitoramento domiciliar, e dois foram descartados. O órgão informou que todos os equipamentos de saúde estão preparados e orientados quanto ao protocolo de atendimento, isolamento e monitoramento, por 14 dias, de casos suspeitos. A orientação é que aqueles que apresentarem febre ou sintoma respiratório e histórico de viagem para áreas com transmissão ou contato com caso suspeito nos últimos 14 dias, procurem os serviços de saúde da cidade. Casos suspeitos com sinais de gravidade devem procurar as Unidades de Urgência, sendo: a UPA da Chácara Bom Retiro, o Pronto Atendimento do Jardim Canadá e o Hospital Nossa Senhora de Lourdes.

O vírus

Os coronavírus constituem um grupo de vírus que causam infecções respiratórias leves, como resfriados, e até quadros mais graves, como pneumonia, de acordo com o médico infectologista, Dr. Guenael Freire. Eles circulam entre humanos e animais.

Eventualmente, sofrem mutações e são transmitidos aos humanos. “Ainda não se sabe ao certo, mas possivelmente esse novo coronavírus 2019 teve origem em animais, como morcegos e serpentes, porque é muito parecido com o coronavírus que circula entre morcegos”, relata. Esses vírus recebem esse nome por sua estrutura ser similar a uma coroa. O nome da doença causada pelo novo vírus foi definido pela Organização Mundial da Saúde, para que não seja confundida com o nome do próprio vírus (n-CoV 2019), de acordo com o médico.

Letalidade

A infecção leva cerca de 3 a 14 dias para que os primeiros sintomas se manifestem. Os principais são febre e tosse, semelhantes aos de um resfriado comum. Em casos graves, pode ocorrer também insuficiência respiratória, segundo Guenael. “Podemos considerar que 80% dos pacientes apresentarão quadros leves, sem necessidade de cuidado adicional, e 20% serão mais graves, sendo necessário hospitalização e até mesmo internação no CTI. Dos que evoluírem com gravidade, 1% a 2% podem falecer”, estima. Ele afirma que essa média de letalidade não é exata, uma vez que cada país divulga um dado diferente. Pessoas mais vulneráveis à doença são idosos, pessoas com problemas de imunidade e com outros problemas de saúde mal tratados.

Transmissão por gotículas

A transmissão ocorre por gotículas, secreção respiratória que uma pessoa transmite para outra por meio do toque, do contato direto ou indireto. Também pode ser contraído pelo ar, pelo contato com uma pessoa contaminada a menos de um metro e meio. “Se a pessoa simplesmente falar, tossir ou espirrar pode projetar gotículas que atinjam essa distância”, salienta. O médico afirma que ainda não há tratamento específico para doença causada pelo vírus e que alguns medicamentos estão sendo testados. “Está sendo pesquisado e em algum momento teremos respostas sobre essa questão do tratamento. Atualmente, tratamos os sintomas e esperamos a própria imunidade eliminar o vírus”, informa.

Evitar o contato

O exame para diagnosticar a doença é feito a partir da coleta de secreções nas cavidades nasal e oral. O material é examinado por um laboratório de referência e pesquisa do próprio coronavírus, de acordo com Guenael. Ele explica que é importante identificar os casos precocemente e que pessoas infectadas devem ficar em casa, evitar o contato com outras pessoas para não ocorrer a transmissão. Pessoas saudáveis devem evitar aglomerações e lavar bem as mãos com água e sabão. “Pessoas infectadas

e profissionais de saúde devem usar máscaras, que devem ser trocadas sempre que estiverem úmidas, danificadas ou, no máximo, a cada dia. O uso por pessoas saudáveis ainda é controverso”, orienta.

A espera de uma vacina

Cientistas brasileiros sequenciaram o genoma do coronavírus a partir de amostra coletada no primeiro paciente internado em São Paulo. Para Dr. Guenael, isso favorece que o vírus seja identificado mais rapidamente por outros testes diagnósticos e saber se o coronavírus identificado no Brasil é exatamente o mesmo na China ou se sofreu alguma mutação. É um avanço importante, mas ainda não é capaz de conter a doença. “Para contê-la, precisamos dessas medidas, do desenvolvimento de medicamentos que possam tratá-la e, especialmente, de uma vacina, que está sendo pesquisada, desenvolvida, mas que demora alguns meses para estar disponível para a população”, salienta.

Fake news

Notícias falsas acerca do coronavírus estão sendo divulgadas e compartilhadas nas redes sociais. O infectologista recomenda checar a informação nos grandes veículos de comunicação. “Se for uma notícia importante, seguramente irão veicular. Se for divulgado por sites desconhecidos ou politizados em demasia, duvide da informação. Alguns sites e canais são sensacionalistas, vendem notícia causando pânico”, ressalta. Para combater as fake news, o Ministério da Saúde disponibilizou um número de WhatsApp para envio de mensagens da população. “Um canal exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente se são verdade ou mentira”. O número é (61) 9 9289-4640.

Mentiras

Confira algumas fake news já desmentidas pelo Ministério da Saúde, publicadas no site oficial: • China cancelou todos os embarques de produtos por navio até março • Descoberta a cura contra o coronavírus • Plástico bolha traz o novo coronavírus • Chá de abacate com hortelã previne coronavírus • Existe semelhança do vírus HIV com o coronavírus • A situação está fora de controle: novo coronavírus • Novo coronavírus causa pneumonia de imediato • Já existem medicamentos eficazes contra o novo coronavírus • Uísque e mel combatem o coronavírus • Óleos para combater coronavírus • Médicos tailandeses curam coronavírus em 48h • Existem medicamentos eficazes contra o novo coronavírus • Vitamina C previne o coronavírus

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Foto: Mary Astrus

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Dia Internacional da Mulher

Penellopy Chagas conta vivências e reflete acerca da diversidade existente no gênero feminino e dos preconceitos enfrentados por elas

Mulheres plurais

As mulheres são diversas. Dentro do gênero feminino existem várias subdivisões, como etnia, classe, religiosidade, orientação sexual, entre outras. Entretanto, a sociedade patriarcal estereotipa o feminino. Assim, bela, recatada e do lar podem ser algumas características que se esperam delas. Para compreendê-las, é preciso desconstruir aquilo que foi aprendido como única possibilidade de ser mulher, para então aprender sobre suas complexidades e subjetividades. Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, no próximo domingo, a nova-limense Penellopy Chagas (36) conta um pouco sobre esta diversidade, com a sua visão do que é ser mulher, trans, preta, atriz e macumbeira.

Educação machista

Durante a infância, o machismo já dá sinais. Ao ver um menino não conseguir realizar atividades que se esperam dos homens ou possuindo características sensíveis, atribuídas às mulheres, as crianças reproduzem, com o intuito de menosprezo, que essas pessoas são “mulherzinhas”. Na vida adulta, os estereótipos continuam a serem reforçados. A frase “só podia ser mulher” é proferida sempre quando se deparam com uma jovem que dirige mal, entretanto, caso o motorista seja homem, dirão que ele “parece até uma mulher”. Crescer com referenciais positivos, numa sociedade patriarcal que equipara o fracasso ao ser feminino, pode ser um desafio. “O machismo está em todo gesto. Desde um olhar até uma piadinha. Se você não tiver um psicológico forte, enlouquece, porque ele é sutil e ninguém fica ao seu lado”, avalia Penellopy.

“Torna-se mulher”

A intelectual e filósofa Simone de Beauvoir afirma, em seu segundo livro mais famoso, intitulado como “O Segundo Sexo”, uma frase que provoca várias reflexões: “não nasce mulher, torna-se”. Penellopy reflete que existem várias formas de ser mulher, o que varia também de acordo com a perspectiva: podem-se levar em consideração as dores ou as

conquistas, entretanto, os dois quesitos sempre estarão dentro de um mesmo pacote. Ela lembra que começou sua jornada para se entender enquanto uma pessoa do gênero feminino quando tinha 15 anos. “Foi a partir de um incômodo que surgiu dentro de mim. Foi por causa das perguntas que busquei os estudos, a leitura e me aproximar de pessoas que passavam por isso e foi assim que me encontrei”, lembra.

Interseccionalidades

Para quem pertence às subdivisões, ou categoria, que conferem ao indivíduo uma posição privilegiada na sociedade, pode ser desafiador ampliar o olhar para compreender as mazelas sociais sofridas pelo restante. O que é corriqueiro para uns, pode ser um transtorno para outros. “Ir ao banheiro é sempre um problema para as pessoas trans. É algo que sempre pensamos antes de ir ao local. Muitos lugares não nos aceitam e você fica muito vulnerável, tendo que depender de amigas para ficar na porta cuidando enquanto você usa o sanitário”, ressalta. Ela considera que, a partir dessas agressões cotidianas, vários questionamentos tomam o seu imaginário, para entender porque a sociedade funciona de forma preconceituosa.

E não sou mulher?

Em 1851, Sojourner Truth, uma mulher escravizada, que conseguiu sua carta de alforria, esteve em uma convenção dos direitos das mulheres nos Estados Unidos e refletiu sobre as diferenças de lutas dentro da categoria mulher. “Aqueles homens dizem que as mulheres merecem o melhor lugar. Mas, nunca ninguém me ofereceu um melhor lugar. E eu não sou mulher?”, discursou. Penellopy conta que sempre teve orgulho de sua origem preta e enfatiza que o preconceito vem da falta de conhecimento. “Eu conheço minha mãe apenas por uma única foto. Ela era uma mulher preta e, por isso, uma referência muito grandiosa, porque é meu laço. Além disso, a religião também é algo que me deixa forte, que no meu caso, é o Candomblé. Quando me veem de

branco e miçangas, me gritam macumbeira, mas nem sabem o que é macumba. Hoje em dia, as pessoas têm acesso livre à informação, mas se recusam a sair deste lugar de conforto e também a buscar conhecimento”, afirma.

Vitórias

Penellopy foi a primeira mulher trans a trabalhar na Prefeitura de Nova Lima. Conquistou o nome social e hoje, com tantas vivências, ocupa espaços que em outrora te foram negados. “Hoje em dia as pessoas me conhecem e conquistei meus lugares, acredito até que por causa do meu jeito. Mas, ainda é uma luta diária. Hoje, estou mais esclarecida e não frequento lugares que não me cabem. Também estou mais serena, mas não tenho medo de me colocar. Eu sei entrar, permanecer e sair de qualquer ambiente, como uma mulher preta, trans e macumbeira”, negrita. Penellopy é cabeleireira, maquiadora e atriz. “São atividades que a sociedade impôs e empurram para as pessoas trans. Agora, estou estudando para ser auxiliar em necropsia, o que foi sempre um sonho”, revela.

“Mulher é vida”

No Dia Internacional da Mulher é comum que elas recebam flores e felicitações, não só de companheiros, mas também dos gestores das empresas em que trabalham. Apesar da homenagem, durante o ano são elas as maiores vítimas da violência, praticada, inclusive, dentro da própria casa. Ainda, também, são elas as que mais sofrem com a desigualdade salarial. Para Penellopy, ser mulher é tão complexo que não cabe uma resposta única e considera que ainda é preciso avançar muito na sociedade para que as mulheres tenham seus direitos resguardados e equiparados aos homens. “Antigamente, nós sofríamos caladas, mas estamos avançando, batemos de frente e ajudamos umas as outras. Somos guerreiras. Para mim, mulher é riqueza, inteligência, beleza e vida, porque é da mulher que todos nós viemos”, finaliza.

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Villa Nova

No último domingo, o Villa Nova foi a Patos de Minas enfrentar o URT e perdeu por 2 a 1, em uma partida horrorosa de futebol. Foi uma verdadeira pelada. Aos 5 minutos de jogo, caiu um dilúvio na cidade do Milho, que durou quase os 90 minutos da partida. Rapidamente o campo ficou completamente encharcado, com diversas poças de água, aonde os atletas levantavam a bola da poça para depois dar um chutão, ao tentarem dar o passe ao companheiro. Ou seja, o resultado poderia ser tanto uma vitória do Villa ou um empate e até mesmo a derrota como aconteceu. Sendo assim, não deu para avaliar o time do Badico, após 14 dias de preparação. Mas, como a tabela de classificação não leva em conta as condições dos gramados, o Villa caiu para a 10ª posição, com 4 pontos, o mesmo número do Coimbra, 11º, já na zona de rebaixamento. Ah, já ia me esquecendo. O ponto legal da partida foi o gol do atacante Zé Eduardo, reserva do time, mas que tem estrela e, quando

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entra, marca. Hoje é o vice-artilheiro do Campeonato Mineiro, com 3 gols. Uma notícia de última hora foi o desligamento do atacante Tiarinha que pediu para sair. Agora é pensar no próximo domingo (8), onde o Villa enfrenta, em casa, o Tombense, às 16h, com a obrigação de vencer. Vamos vestir a camisa vermelha e branca e lotar o Alçapão do Bonfim!

O Pré-Clássico: Para muitos, a partida entre Atlético e Cruzeiro não começa ao primeiro apito do árbitro e não termina no último. Na semana anterior, as notícias que sempre “borbulham” na imprensa, começam a aquecer o maior clássico do estado. Tão bom quanto, são as brincadeiras e discussões entre os torcedores que ocorrem após o final do jogo. E o jogo deste sábado (07), não está nem um pouco diferente. Tudo começou no último final de semana. Pelo lado azul, Marcelo Moreno fez sua reestreia, deixando no torcedor cruzeirense mais confiança para o grande clássico. Já no Galo, uma grande contratação. O novo técnico é anunciado: Jorge Sampaoli! O treinador é um nome forte não apenas no cenário nacional, mas também mundial. Treineiro nos dois últimos Mundiais, o argentino já mostrou todas as suas credenciais. Quando se achava que as grandes notícias acabariam por ali, Rafael, com mais de 15 anos de Cruzeiro, é anunciado pelo

Atlético. Muito mais do que uma faísca, o goleiro colocou fogo nas discussões entre jornalistas e torcedores em todo estado. Para agitar ainda mais, Tardelli deve finalmente reestrear com a camisa alvinegra. Se o Galo anunciou reforços, a Raposa está prestes a fazer o mesmo. Um combo com os zagueiros Marllon (ex-Corinthians), Ramon (exVitória), além do experiente volante Jean (exPalmeiras), pode ser anunciado a qualquer momento. Se alguém acreditava que acabaria por aí, se enganou. Na reunião que aconteceu na última segunda-feira, na Federação Mineira de Futebol, que estiveram presentes representantes dos clubes e da Polícia Militar, ficou registrado o pedido da PM para que não houvesse manifestações de torcedores no sentido de “brincar”, “zoar”, com a torcida adversária. Isso gerou muito debate e revolta de torcedores, que se sentiram “privados” de poder se expressar no estádio. Após pedido do Ministério Público, a solicitação da PM acabou sendo revogada e as duas torcidas terão a permissão para levar faixas, cartazes e balões, para fazer a festa que desejarem. No final, fica a expectativa para um jogo quente, com as duas equipes buscando o resultado que lhe interesse. Fora das quatro linhas, espero uma grande festa, mas sempre em PAZ. O futebol mineiro, mesmo em um momento ruim, respira!

No Fundo do Baú

Esta semana, vamos relembrar o Frigolima Futebol Clube do ano de 1979. A equipe foi criada pelos saudosos Alfredo e Tião do Açougue. O objetivo dos dois era a confraternização entre os amigos e atletas da região do Bonfim. O time jogava, de forma amistosa, todos os finais de semana pelos diversos campos de Nova Lima e região. Os destaques da equipe eram os irmãos Paulinho Careca, Nelson e Veloz, que jogavam muito.

Frigolima Futebol Clube

Em pé: Alfredo, Boi, Tilú, Paulinho Careca, Juca, Colera, Carlinho, Dó e Tião do Açougue.

Agachados: Veloz, Nelson, Marquim Caraça, Bujão, Fabim, Ronaldo e Roni do El Shaday.

Enquete - Quais foram os melhores jogadores da equipe do Frigolima F. C., do ano de 1979? Envie sua resposta para o e-mail: enqueteabanqueta@gmail.com. Participe! Resposta da enquete anterior - Os melhores jogadores do Morro Velho, vice-campeão Amador, do ano de 1979, foram: em 1º lugar, Totonho, com 50% dos votos. Em 2º, Catitu, com 30%. E em 3º, com 20%, Zé Antônio.

Nova Lima - Raposos - Rio Acima - 5 a 11 de marรงo de 2020

A Banqueta

Nova Lima - Raposos - Rio Acima - 5 a 11 de março de 2020

Oswaldão compartilha amor Na segunda de Carnaval, o Bloco Unidos pelo Oswaldão, foi às ruas do bairro Oswaldo Barbosa Pena II, com o tema “Compartilhe o Amor”. O objetivo era disponibilizar ao público um ambiente seguro e descontraído para curtir o Carnaval em família. E, mais uma vez, o propósito foi atingido. Não houve nenhum incidente e o cenário foi composto por avós, pais, filhos e netos, todos juntos, pulando e curtindo a folia. O ponto alto do evento foi o lançamento do mascote “Padre Oswaldo”, pároco que dá nome ao bairro e ao bloco. A ação social do Oswaldão, deste ano, será a destinação de R$ 2 mil para a FHNSL. Fotos: Wendel Henrique, prefeitura e arquivo.

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