A Banqueta 574

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Dentro da classe

Escolas particulares comemoram retomada

Rede Privada

Pág. 08

Rede Municipal

Professora alerta sobre risco do retorno

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Volta às Aulas

Opiniões divididas entre os pais

Pág. 18

Coronavírus não escolhe idade

Mantenha a Proteção

Retorno das atividades presenciais nas escolas de Nova Lima acontece a partir de 10 de maio. Pais ou responsáveis decidem sobre a volta do aluno para o ambiente escolar

Pág. 04

Não seja como Ralph Pág. 02

Editorial

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Empregos

Será que existe só uma única Doméstica (Nova Lima) Desejável forma de viver? experiência anterior na função. Salário:

Quantas vezes acreditamos que como “está na lei”, então não há como mudar. Se “Deus quis assim”, então só há um destino. Se “esse é o jeito dele(a)”, então temos que aceitar ser maltratados. Ralph serve a indústria da beleza, para que os humanos tenham cosméticos seguros sem o risco de reações alérgicas. Já há tecnologia no mundo em que não é mais necessário os testes em animais para a produção de cosméticos. Só que Ralph não sabe disso: “meu pai foi cobaia, minha mãe, meus irmãos, minhas irmãs, meus filhos. Todos cobaias. E todos vão morrer fazendo seu trabalho, do mesmo jeito que eu vou morrer”.

Será que não podemos optar por produtos não testados em animais? Nós também ingerimos veneno, passivamente, em cada refeição. Somos o país que mais consome agrotóxicos. Será que só pode ser desse jeito? Que nós, humanos, não podemos lutar para a queda de uma lei injusta ou pela construção e ampliação de outras melhores? Será que temos que aceitar todo tipo de exploração, no trabalho, nas relações, em casa, na nossa natureza e nos nossos animais? E se a resposta de hoje for sim, será que o nosso futuro, ou das próximas gerações, poderá ser diferente se começarmos, agora, a não ser mais como o Ralph? Para os próximos dias, possibilidade da massa de ar seco atuar novamente no estado. Sol entre nuvens

Sol entre nuvens

Sol entre nuvens

Sol entre nuvens

Quinta

Mín: 16º Máx: 26º

Sexta Mín: 17º Máx: 26º Sábado Mín: 15º Máx: 27º

Domingo Mín: 17º Máx: 27º

Jornal A Banqueta de Notícias - 574ª Edição

R$ 1.300,00. Benefícios: Vale alimentação de 300,00 e Vale transporte. Horário: de segunda a sexta de 08h às 17h . Cadastro: www.empregosmg.com.br

Soldador (Nova Lima) Necessário ensino médio completo. Experiência anterior na área comprovada. Desejável curso de solda. Benefícios: transporte pela empresa, alimentação na empresa, vale alimentação, assistência médica e odontologia. Horário: de segunda a sexta, das 7:30h às 16:30. Salário: R$ 1.697.95 Cadastro: Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Renda. Sede: Rua Chalmers, 88 – Centro / (31) 3451-5181.

Barranco cedeu

Direto da Comunidade

“Com as chuvas de janeiro de 2020, houve um deslizamento do barranco que divide a Rua Eduardo Aymorés Jones, da Avenida Esmeralda, no bairro Cruzeiro. A escada que dava acesso ao referido bairro foi destruída por conta do deslizamento. O barranco está tomando conta da metade da rua e, a cada chuva, desliza mais, podendo destruir a avenida e abalar as casas da região. Até hoje nenhuma providência foi tomada.” Gabriella Otero - Montevidiu

Resposta - A Prefeitura de Nova Lima informou que o projeto executivo para as obras, em pontos onde houve deslizamentos de barrancos ao longo das ruas Eduardo Aymorés Jones e Eugênia Clarck, está pronto Contato: 31 3541-5701

Alô Banqueta

Viralizou nas redes sociais uma animação chamada “Save Ralph”, que narra a história de um coelhinho muito subserviente. A sensação que fica é de que ele acredita que tudo que acontece em sua vida, precisa realmente acontecer, como se não existissem outras possibilidades, ao mesmo tempo, que não pudesse lutar para que mudanças aconteçam. O coelho é cego de um olho e surdo de um ouvido que, na verdade, tem um zumbido alto e ininterrupto. Também tem as costas queimadas por exposição a produtos químicos. Tudo isso consequências do seu trabalho: ele é uma cobaia. Mas, como Ralph mesmo diz, “está tudo bem”.

O jornal A Banqueta de Notícias se exime de qualquer responsabilidade BEX Edições Ltda. CNPJ: 11.160.970/0001-70 Fale conosco: 31 3541-5701 / 98569-2926 ou abanqueta@gmail.com sobre opiniões e pontos de vistas expressos em artigos, anúncios e Diretor: Frederico Sarti Mendes - Jornal associado ao SINDIJORI publicações assinadas que Jornalista responsável: Júnia Rodrigues exprimam conotações políticas, Redação: Júnia Rodrigues, Mariana Lacerda religiosas ou sociais, por não Estagiária Jornalismo: Maria Caroline de Freitas refletirem as convicções desta Diagramadoras: Sonia Souza, Tatiana Dias Comercial: Clauzy Barbosa: 99847-9631-Efigênia Veloso: 98848-4388 diretoria. Reservamo-nos o direito O Tempo Serviços Gráficos. Tel.: (31) 2101-3544 | 16.000 exemplares de erro gráfico.

e, após a elaboração da planilha de preços, as obras serão licitadas.

“Toda quinta-feira aguardamos a chegada do jornal A Banqueta para nos manter informados e atualizados com o que acontece na cidade. Parabéns à equipe e obrigada pela diversidade das notícias veiculadas.” Maria Stela Lacerda - Bom Jardim


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confirmados com Covid-19. No Ceacor, apesar da redução nos números, dos 32 leitos clínicos, 19 estão ocupados, o que equivale a uma taxa de ocupação de 56,8%. Vale destacar ainda, que a morte pela doença não escolhe idade. De criança a idosos, existem casos registrados no país que abarcam diversas faixas etárias. O município, por exemplo, registrou, na segunda-feira (26), a morte de uma mulher de 25 anos.

Oito mortes registradas na semana

Perigo para todos Reflexos do Coronavírus

De criança a idosos, Covid19 faz vítimas de todas as idades no país. Nova Lima registra óbito de mulher de 25 anos, moradora de Honório Bicalho Nova Lima continua na onda vermelha do programa Minas Consciente do Governo Estadual. Com isso, a maior flexibilização do comércio e de serviços foi permitida na cidade com critérios a serem seguidos para evitar a disseminação da Covid-19. Entretanto, a possibilidade de realizar mais atividades não pode ser motivo para descumprir com as medidas de proteção contra o coronavírus. Não é hora de aglomerar, mas os churrascos e festas clandestinas são frequentes. A máscara é para ser usada tampando a boca e o nariz. Porém, é comum presenciar moradores de Nova Lima sem o item ou o utilizando incorretamente. A pandemia não acabou e o vírus não se cansa de contaminar. Somente no município foram registrados 168 óbitos pela Covid-19 e 3 seguem em investigação (dados 28/04). Os reflexos do desrespeito às medidas de proteção podem ser sentidos ainda em outros dados. Segundo a Prefeitura de Nova Lima, dos 18 leitos de CTI localizados no Hospital Nossa Senhora de Lourdes, 100% estão ocupados, sendo 14 com pacientes

Quatro óbitos por Covid-19 foram registrados em Nova Lima, na segunda-feira (26), entre eles, o da jovem de 25 anos. A moradora do bairro Honório Bicalho foi admitida no Ceacor em 19/04, com desconforto respiratório, febre e saturação de oxigênio menor que 95%. A jovem foi transferida para o Hospital Nossa Senhora de Lourdes (HNSL) e faleceu no dia 25/04. Já na quarta-feira (28), foram divulgadas pela prefeitura mais quatro mortes pela doença. Entre as vítimas, um homem de 55 anos, do bairro Cristais, um homem de 91 anos, residente no Veredas das Gerais, além das mortes de duas mulheres, uma de 64 anos, moradora do Jardim Canadá, e outra de 90 anos, que residia no bairro Nossa Senhora de Fátima.

Números da Covid-19

Foram confirmados pelas prefeituras da região, nessa quarta-feira (28), os números atualizados da Covid19. Em Nova Lima, foram 14.399 casos, sendo que 13.816 pessoas se recuperaram. Com isso, a cidade possui 415 casos em acompanhamento. Já ocorreram 168 óbitos e 3 casos estão sob investigação. O município tem ainda 25 pacientes em clínica médica, 19 em UTI/CTI e 1 em pediatria. Já Rio Acima soma 816 casos confirmados, sendo 769 recuperados e 47 em acompanhamento. No total, a cidade tem 25 óbitos confirmados para a doença e 3 estão em investigação. Por fim, Raposos totaliza 1.649 casos confirmados, 1.549 recuperados e 69 seguem em acompanhamento. No total são 31 óbitos no município.

Vacinação

A vacina é uma forte arma para vencer a Covid-19 e à medida que os imunizantes chegam, a cidade avança na vacinação dos públicos prioritários, seguindo o Plano Nacional de Imunização. Nesta semana, foram recebidas 1.400 doses da vacina AstraZeneca para imunização dos idosos de 62 e 63 anos. Na terça-feira (27), o Governo Municipal iniciou a vacinação, com a primeira dose, desse grupo prioritário que soma 1.440 idosos cadastrados. Foi utilizado, novamente, o sistema drive-thru, no Espaço Cultural, além da vacinação nas UBSs espalhadas pela cidade, com e sem agendamento. Já na UBS Água Limpa, a imunização do grupo foi iniciada, com agendamento, ontem (28/04). A prefeitura informa

que, visto a soma da terça e quarta-feira, já foram aplicadas nesse público 1.390 doses, e para hoje (29/04), ainda tem pessoas agendadas para se vacinar.

Idosos acima de 67 anos

A partir dessa semana, idosos com 67 anos ou mais podem receber a segunda dose do imunizante contra a Covid-19, caso tenham tomado a primeira. Aqueles que já puderem tomá-la, conforme é indicado no cartão de vacinas, devem procurar a UBS mais próxima, de 9h às 12h. Podem se dirigir às UBSs, sem agendamento, todos os dias: Caic, Cascalho, Cristais, José de Almeida, Policlínica Municipal e Retiro. Já no Jardim Canadá, é recomendado ir ao Complexo de Saúde, as terças e sextas-feiras, no mesmo horário. Em outras localidades é necessário agendamento: Água Limpa, Bela Fama, Cabeceiras, Chácara Bom Retiro, Cruzeiro, Honório Bicalho, Macacos, Mingu, Nossa Senhora de Fátima, Nova suíça e Santa Rita. Nesse caso, é preciso aguardar contado do agente de saúde para saber o dia para vacinar. Importante o idoso levar CPF e RG, ou outro documento com foto, além do comprovante de residência. Informações: novalima.mg.gov.br.

Vacinômetro

O último vacinômetro, publicado em 26/04, aponta que, até o momento, foram recebidas no município de Nova Lima 26.418 doses de vacinas contra a Covid19, sendo que 16.191 foram destinadas para a 1ª dose e 10.227 para a 2ª. Já foram aplicadas o total de 24.584. Desse número, 16.021 correspondem a 1ª dose e 8.563, a 2ª. Segundo a prefeitura, Nova Lima segue com a maior taxa de pessoas imunizadas com a primeira dose, considerando a população do IBGE, sendo: Nova Lima com 17,4%, Minas Gerais com 13,1% e o Brasil com 13,2%, conforme dados do portal Localiza SUS, consultados no dia 28 de abril, às 12h30.

Vacina para professores

O prefeito de Nova Lima, João Marcelo (Cidadania), reuniu-se, nessa quarta-feira (28), na sede da prefeitura da capital mineira, com prefeitos da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e com a secretária estadual de Educação, Júlia Sant’Anna. Na pauta, o retorno às aulas presenciais na RMBH, seguindo os protocolos de segurança. João Marcelo aproveitou o momento para, em público, reforçar o pedido, que a Prefeitura de Nova Lima já fez ao Governo de Estado, para que os professores sejam incluídos nos grupos prioritários de vacinação contra a Covid-19. O Governo Municipal não tem autonomia para incluir grupos prioritários no plano, dessa forma, é necessário solicitar a inclusão ao Estado, que avalia a solicitação e acata ou não o pedido.


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Imagem ilustrativa

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relatam o temor da Covid-19 e defendem que o regresso às salas de aula deve acontecer com segurança e melhor estrutura nas escolas.

Retorno marcado

De acordo com o calendário do município, alunos entre 3 e 7 anos, poderão voltar a frequentar creches e escolas a partir do dia 10 de maio, para a rede privada, e a partir do dia 14 de junho para a municipal. Já as crianças a partir de 8 anos terão o sinal verde em 10 de junho, nas escolas privadas, e na rede municipal, por sua vez, retornarão no dia 2 de agosto, logo após o recesso escolar. Ainda de acordo com o planejamento da prefeitura, a frequência dos alunos não será obrigatória. Um sistema de rodízio será aplicado, ou seja, enquanto uma parte das crianças estará em atividades presenciais, a outra metade estará em casa, fazendo exercícios de forma remota.

Rede municipal Servidor Público

Professora aponta diversos fatores negativos na estrutura e logística do ambiente escolar e alerta que retorno das aulas presenciais pode colocar crianças e funcionários em risco de contaminação Os questionamentos sobre a volta às aulas presenciais entraram em pauta novamente, após a Prefeitura de Nova Lima divulgar a definição das datas de retorno, que será gradual e de forma escalonada, a partir de maio. Decisão que foi discutida em conjunto com o Comitê de Enfrentamento à Covid-19, que optou em seguir o protocolo elaborado pelas secretarias municipais de Saúde e Educação. A determinação virou alvo de debates constantes dos profissionais da área, que

Realidade escolar

A professora Cláudia Sampaio, que leciona na educação infantil na rede municipal de ensino há 20 anos, acredita que o retorno das aulas presenciais é necessário, porém inadequado considerando a atual situação da pandemia. “Nós, professores, reconhecemos que um retorno presencial é de suma importância para o desenvolvimento de uma criança. Mesmo com protocolos - na prática - a realidade da escola municipal é diferente das escolas privadas”, salienta. Ainda segundo Cláudia, há muitos detalhes na rotina de um ambiente escolar que precisam ser levados em consideração, como a troca de brinquedos constante e necessidade de toque das crianças, tarefa que será difícil de controlar. “Outra preocupação é sobre o quadro de saúde dos docentes e alunos, que podem ser assintomáticos e, sem vacinação em massa, todos estarão expostos ao risco iminente de contágio”, alerta.

Estruturação das escolas

Desde o ano passado, as escolas municipais estão abertas para que o corpo administrativo possa entregar o kit merenda escolar e as atividades pedagógicas. De acordo com Cláudia, os funcionários destes locais receberam o básico para trabalharem com segurança. Entretanto, ela ressalta que o retorno presencial trará uma dinâmica diferente para o ambiente e exigirá um reforço na higienização com práticas que estarão fora da realidade de serem cumpridas. Ela afirma que a quantidade de alunos de cada escola pública tem de ser considerada na logística do protocolo, bem como todas as etapas do deslocamento da criança, desde a casa, transporte público, até a escola. “Na hora do recreio, como seria feito o distanciamento? Os produtos que os alunos

podem levar para o lanche estariam higienizados? O vírus pode estar nas embalagens. Se tratando de crianças, a fiscalização tem de ser rigorosa e as escolas precisam pensar nessa estrutura para o retorno”, reitera.

O ideal para o momento

Pensando, então, que ainda não há estrutura que garanta segurança para o retorno presencial e nos diversos entraves enfrentados para manter os alunos na rotina de aprendizagem durante o isolamento, na opinião de Cláudia, o mais assertivo seria investir na qualidade das aulas remotas, melhorando a experiência dos alunos e professores neste período. O modelo proposto pelo Governo Municipal é o híbrido, com revezamento dos alunos presencialmente, sem frequência obrigatória, além do remoto. “A constituição garante que esses alunos, em casa, tenham a mesma educação de qualidade que a presencial. Uma dúvida é se a prefeitura vai contratar mais funcionários para que uma professora fique em casa, dando as aulas remotas para o restante da turma, ou os professores terão um trabalho pedagógico ainda maior de carga horária. Outra questão é a testagem nos funcionários e alunos que frequentaram as aulas por rodízio”, questiona.

Déficit educacional

Desde que a pandemia forçou o ensino remoto, a ausência de recursos para que os alunos tenham acesso aos conteúdos, além das atividades impressas, foi escancarado e os professores encontraram diversas dificuldades de comunicação com os pais e alunos, é o que aponta Cláudia. “Nem todo aluno tem acesso à internet ou celular. Até mesmo professores precisaram trocar de telefone para conseguir dar aulas. Mediante toda dificuldade encontrada, não deixamos de fazer nosso trabalho e ainda tentamos buscar os alunos para as aulas remotas, para dar continuidade à aprendizagem”, revela. Para a professora, as escolas particulares se adaptaram melhor ao ensino à distância, em comparação com as gestões públicas, devido o acesso à internet desses estudantes ser significativamente maior do que dos alunos de classe social baixa, gerando um aumento do déficit educacional entre alunos.

Diálogo com a comunidade escolar

Essa nova realidade será um grande desafio para todos na escola, sobretudo para os professores, que são o porto seguro dos alunos, suas famílias e coordenação. Para Cláudia, gestores e coordenadores precisam estar abertos a ouvir esses profissionais nas suas demandas e trabalhar em parceria. “Como a escola é um lugar de encontro, seria fundamental criar um espaço para diálogo transparente com as famílias e comunidade, para que juntos possamos pensar sobre esse retorno presencial”, finaliza.


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encontro, o prefeito de Nova Lima João Marcelo (Cidadania) reuniu-se com o grupo. A reunião ocorreu, nessa terça-feira (27), e contou com as presenças da secretária de Educação, Sueli Baliza, da presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), Zuleica Ávila, dentre outras autoridades. Na pauta, a prefeitura comunicou sobre as datas de retorno das aulas presenciais nas redes particular e privada. “Essa volta abrangerá a turma da pré-alfabetização e alfabetização. Depois, a depender do andamento da doença na cidade, eles poderão avançar para outras faixas etárias de alunos”, esclarece a diretora da Dó Ré Mi Fá que integrou a reunião.

Foto Reunião GEPA: João Victor Moraes

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Prontas desde 2020 Educação

Grupo das Escolas Particulares de Nova Lima comemora decisão da prefeitura quanto ao retorno das aulas presenciais e afirma que protocolo de retomada do GEPA estava pronto há meses

A Prefeitura de Nova Lima divulgou, nessa terça-feira (27), um comunicado sobre a volta escalonada das aulas presenciais na cidade, inicialmente para crianças de 3 a 7 anos. Na rede privada, elas poderão começar, no dia 10 de maio, e nas escolas municipais, em 14 de junho. Já para alunos acima de 8 anos, o retorno será em 10 de junho nas escolas particulares, e na rede municipal, logo após o recesso escolar, em 2 de agosto. A decisão do Poder Executivo foi positiva para o Grupo das Escolas Particulares de Nova Lima (GEPA) que se diz preparado para o retorno desde o ano passado. O GEPA reitera que aguardava apenas a aprovação da prefeitura para a volta facultativa às aulas, que seguirá as normas de proteção contra a Covid-19.

Rodízio entre estudantes

A frequência dos alunos nas escolas particulares não será obrigatória. Além disso, será adotado o sistema de rodízio entre estudantes, de modo que, enquanto parte da turma estará em sala de aula, a outra parte realizará atividades de maneira remota em casa. O GEPA reitera que as escolas que fazem parte do seu grupo, não têm medido esforços para garantir a retomada segura na rede de ensino, com diversas iniciativas para resguardar os estudantes e profissionais das instituições, como: a aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs) e realização de treinamentos para que os funcionários estejam aptos para atuar nas escolas no contexto da pandemia, seguindo todos os protocolos específicos.

Plano protocolado em 2020

A notícia da definição das datas pelo Governo Municipal foi bem recebida pelo Grupo das Escolas Particulares de Nova Lima que chegou a protocolar na prefeitura, ainda no ano passado, uma proposta de retomada presencial em conformidade com os protocolos de segurança contra o coronavírus. Segundo o GEPA, o plano de segurança do grupo começou a ser elaborado em abril de 2020, já o documento foi apresentado para a prefeitura em 23 de junho do mesmo ano. O GEPA destaca ainda que as escolas particulares não têm autonomia para o retorno das aulas regulares nas instituições de ensino, sendo fundamental a aprovação da prefeitura, como ocorreu agora.

Reapresentação da proposta

Sete instituições - que de forma geral atendem da educação infantil ao ensino médio integram o GEPA: Arte Alegria Instituto Educacional, Instituto Cássio Magnani, Centro Educacional São Tomás de Aquino, Colégio Santa Maria, Sebrae, Escola Infantil Dó Ré Mi Fá e Instituto Educacional Santa Rita de Cássia. No ano passado, o GEPA participou de reuniões com o Governo Municipal, a fim de colaborar com a elaboração do plano municipal de retomada das aulas presenciais. Segundo a diretora da Escola Infantil Dó Ré Mi Fá, Elen Ganz, no início deste ano, o atual governo não tinha conhecimento dessas reuniões e nem do plano de segurança do GEPA, que não teria sido repassado para a nova gestão. A proposta foi então reapresentada e definiu-se, junto a atual secretária de Educação, Sueli Baliza, reuniões mensais entre as partes para a atualização sobre o tema. O último encontro ocorreu em 26 de fevereiro, como aponta o grupo.

Reunião com o prefeito

Segundo o GEPA, cerca de dois meses após o último

Plano municipal

O Governo Municipal informa que questões finais do Protocolo de Retomada das Atividades Presenciais nas Escolas estão sendo definidas e que o documento será divulgado na íntegra ainda esta semana. Elen relata que já recebeu o protocolo de orientações da prefeitura, que é próximo ao plano desenvolvido pelo GEPA, “até porque nosso grupo contribuiu bastante com sugestões; o protocolo municipal está bem seguro”, completa. A prefeitura esclarece que o GEPA poderá utilizar o protocolo que havia desenvolvido e apresentado ao órgão público. Elen avaliará o plano municipal para verificar se serão necessárias algumas mudanças no documento elaborado pelo GEPA, que contou com aporte de empresa especializada.

Ensino híbrido

O GEPA elucida que a volta às aulas dentro das escolas particulares do grupo será para “quem quer, quem pode e quem precisa”. O intuito é continuar a oferecer o ensino on-line, mas receber na escola as crianças e adolescentes - quando autorizado - que estão em sofrimento com a atual situação pandêmica. O GEPA conta que existem relatos de crianças perdendo ritmo de estudo, sofrendo de ansiedade e a evasão escolar aumentou. “A questão social é o principal ponto para a volta às aulas, mas a econômica também pesa, já que muitos pais tiraram os alunos da escola particular, que sobrevive, até então, sem subsídio nenhum”, afirmam as escolas do grupo.

“Importância da volta”

A diretora Elen fala também sobre o que a falta das aulas presenciais pode ocasionar aos estudantes. “A defasagem das crianças não é só do bê-á-bá, é a defasagem emocional. O alicerce da vida deles, da criança de 0 a 6 anos, é agora. Não tem como dizer que o que a criança deixou de fazer em 2020 vai fazer agora em 2021, não vai. Pode ter problemas na vida adulta dela, isso é cientificamente comprovado”, elucida.

Ela completa que o retorno seguro das aulas é importante ao passo que o trabalho da escola é para preparar a criança para lidar com as frustrações, emoções e com a importância de compartilhar. “Não adianta você ser um excelente profissional e não ter seu lado emocional controlado”, diz. Entretanto, para Elen, não se deve voltar às classes sem o preparo de toda a comunidade escolar e na ausência de um plano de segurança bem estruturado, pois a atitude pode prejudicar a saúde de todos.


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Capa

Retorno das atividades presenciais nas escolas de Nova Lima acontece a partir de 10 de maio. Pais ou responsáveis decidem sobre a volta do aluno para o ambiente escolar

O retorno às aulas presenciais em Nova Lima já tem data definida. A prefeitura da cidade decidiu pela volta gradual e escalonada que iniciará pelas crianças de 3 a 7 anos. Aquelas que estudam nas escolas da rede privada de ensino retornarão com as atividades presenciais a partir do dia 10 de maio. Já os alunos da rede municipal poderão voltar ao ambiente escolar no dia 14 de junho. Para as crianças acima de 8 anos, o retorno na rede privada acontece em 10 de junho, e na rede municipal, logo após o recesso escolar, em 2 de agosto. A prefeitura reforça que é de competência da família decidir sobre a permanência do aluno na escola, mas garante que os processos estão sendo trabalhados para que todos os envolvidos possam se sentir seguros e confortáveis com a “nova”

volta às aulas.

Revezamento semanal

Segundo a secretária municipal de Educação, Sueli Baliza, em cada sala de aula ficarão apenas 50% dos alunos, sendo que em cada turma poderá haver, no máximo, 12 alunos. Ela explica que uma turma terá aula presencial em uma semana, enquanto a outra parte dos alunos estará em casa, estudando através do ensino remoto. Na semana seguinte, a parte dos alunos que estava estudando em casa, vai para a sala de aula. E a turma que estava na escola, vai estudar pelo ensino remoto. “Os alunos em sala de aula, deverão estar a um metro e meio de distância de seu


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companheiro de classe”, esclarece. A criança que não optar pela sala de aula vai continuar a receber suas atividades por meio do programa Estudando em Família.

Alerta aos sintomas

A secretária explica que ao manter o rodízio da criança, uma semana em casa outra na escola, haverá o controle maior dos sintomas do coronavírus, caso ocorram. “Se uma criança que estiver em casa ou na escola apresentar algum sintoma gripal, que possa levantar aí alguma dúvida, não só essa criança será afastada, mas toda a turma dela, junto do professor naturalmente, para que a gente possa ter certeza de que aquilo não representa nenhum problema. Então, a segurança é a nossa palavra de ordem”, afirma.

Cuidados sanitários

Outra medida adotada será a medição de temperatura do aluno quando ele chegar à escola. “A prefeitura já adquiriu, por exemplo, termômetros, dispensers usados em banheiros, para sabonete e para papel toalha, que fazem parte dos protocolos sanitários. Instalamos ainda as tampas de vaso que também integram o plano. Cuidaremos de tudo aquilo que for necessário para a segurança”, diz. A secretária de Educação completa que, ao chegarem à instituição de ensino, os estudantes serão acompanhados pelos próprios profissionais da escola, já que os pais não terão entrada na escola nem para deixar o estudante ou para buscá-lo. Dessa forma, os pais ou responsáveis devem levar o estudante somente até a porta.

Alimentação na escola

A escola deve estar com rotas estabelecidas para chegadas e saídas dos alunos, que será realizada de forma escalonada para não haver aglomeração. Também faz parte do protocolo, a divisória com acrílico nas mesas do refeitório, para não se ter o contato com outra pessoa durante a alimentação. “Nós daremos preferência a lanches secos, que poderão acontecer dentro da própria sala de aula, deixando o refeitório para almoço e jantar. Além disso, o tempo máximo da criança na escola será de quatro horas”, completa Sueli.

Kit Merenda Escolar

O benefício do Kit Merenda Escolar, oferecido pela prefeitura aos estudantes, continuará, visto que, o aluno, dentro de casa, precisará dessa alimentação. Ainda de acordo com Sueli, o estudante também receberá a alimentação na escola, mesmo tendo garantida a cesta básica.

EPIs

Sobre os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários para a volta às aulas, a secretária afirma que estão em processo de aquisição pela prefeitura. “Já fizemos o pregão e estamos aprovando as amostras. O professor vai receber um visor que a gente chama de face shield, a máscara e álcool em gel. Os estudantes vão receber máscaras também e totens com álcool serão colocados em diversos pontos estratégicos da escola”, exemplifica.

Teletrabalho

Ainda segundo a secretária, o professor que estiver em regime de teletrabalho hoje, porque faz parte do grupo de risco, continuará dessa forma, e assim, ele não retornará para a escola. “Funciona da mesma forma com os demais profissionais da escola, com todo mundo que estiver no grupo de risco, seja porque tem mais de 60 anos, seja porque apresenta comorbidades”.

Protocolo de 2020

O Comitê Covid-19 definiu por unanimidade que as escolas deverão programar o seu retorno e fazer com que ele seja o mais seguro possível. “Estamos planejando para que isso aconteça desde que chegamos aqui na prefeitura. Esse protocolo que a gente está seguindo não é um protocolo novo, ele foi realizado no ano passado. É um protocolo muito bom que segue orientações de instituições nacionais e internacionais inclusive, também do MEC, da Secretaria de Estado e de instituições que cuidam da questão sanitária”. Para Sueli, o documento - que teve participação de diretores, de professores, de supervisores e do Conselho Municipal de Educação na elaboração - precisava apenas ser revisado em

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relação a alguns pontos.

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Transporte escolar

O transporte escolar municipal está em fase de licitação. Segundo Sueli, é importante dizer que a prefeitura iniciou treinamentos com os profissionais que trabalham na cozinha, na preparação dos alimentos, com serventes escolares e que todos que fizerem parte do transporte também passarão por treinamento para lidar com a nova realidade. Os ônibus e vans serão preparados desde a entrada dos alunos nos veículos, onde a temperatura da criança será aferida antes disso. A preocupação da prefeitura é para que tudo esteja altamente controlado, como aponta a secretária.

Fiscalização

A prefeitura encaminhará ficais para as escolas, sejam elas públicas ou privadas, a fim de verificar as condições de funcionamento e para dar a todos a garantia de que estará tudo certo. “Os protocolos sanitários passam por determinadas definições daquilo que diz respeito à saúde, o que deve ser obedecido ou não está correto. Então, as escolas particulares seguirão os mesmos cuidados que a rede pública”, encerra a secretária municipal de Educação Sueli Baliza.


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No Fundo do Baú

Esta semana, vamos relembrar a equipe máster do Acadêmico Esporte Clube, vice-campeã do torneio organizado pela Liga Municipal de Desportos de Nova Lima, do ano de 1994. O time era formado, em sua maioria, por ex-jogadores profissionais moradores da cidade, como o atacante Marcinho de Amintas, os zagueiros Dinho, Bosco, Nenzinho e Isaac, além do atacante Dirceu Belisquete. O timaço era comandado pelo treinador Expedito e o presidente era Eurico Seabra. Dois tradicionais dirigentes do time do bairro Cascalho.

ACADÊMICO E.C.

Em pé: Ronaldes, Marcinho de Amintas, Lado, Bosco, Nenzinho, Edmundo do Gás, Dinho, Donald, Isaac e Duduga.

Agachados: José Guedes, Jorginho, João Neto, Zú de Osório, Dirceu Belisquete, Cléber e Escola.

Enquete - Quais foram os melhores jogadores do máster do Acadêmico Esporte Clube, do ano de 1994? Envie seu e-mail para: enqueteabanqueta@gmail.com. Participe!

Resposta da enquete anterior - Os melhores jogadores do Acadêmico E. C., de 1986, foram: em 1º lugar, disparado com 85% dos votos, Renato Seabra. Em 2º lugar, empatados, com 5% dos votos cada: Ratto, Eduardo Batatinha e Pelé.


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estar presencialmente nas salas em 11 de junho e 2 de agosto, para a rede privada e municipal, respectivamente.

Em Nova Lima, o retorno apresentado será de forma híbrida, com rodízio dos alunos e no máximo 12 crianças em cada sala, distância de 1,5m, e as mesas de refeitório precisam estar divididas com acrílico. O máximo de exposição das crianças dentro das instituições será de quatro horas, dentre outros critérios estabelecidos que também deverão ser seguidos pela rede particular. Segundo a prefeitura, cabe aos pais a decisão de retorno. E é justamente nesse meio, entre dúvidas e também ausência de respostas, além de realidades distintas de cada família, que estão esses responsáveis que se dividem entre concordar, ou não, com o retorno presencial, seja ele integral, híbrido ou em bolhas.

Contra o retorno

O que Opiniões

pensam os pais?

Discussão sobre volta às aulas está em voga. Tema divide pontos de vistas também entre genitores Os desafios apresentados, na pandemia, em relação a educação, são dos mais diversos e abrangem economia, tecnologia, estrutura, acesso, segurança, transporte, dentre outras áreas, e evidenciam que as demandas das escolas são muitas, complexas e se distinguem a partir da realidade de cada instituição. Agora, o assunto de volta às aulas, que nunca deixou de estar em voga, fica ainda mais em destaque com o anúncio de retorno da Prefeitura de Nova Lima, que decidiu que, para rede particular, será em 10 de maio, e na rede municipal, em 14 de junho, para crianças de 3 a 7 anos. Já acima de 8 anos, os alunos poderão

Tatiane Pádua, tem 35 anos, é atendente de recepção e, junto ao seu marido, educa seu filho, de 5 anos, que está matriculado na rede municipal de ensino. Ela conta que, tanto ela quanto seu companheiro não estão de home office e precisam deixar a criança na casa dos sogros para conseguirem realizar todos os afazeres. Apesar de reconhecer as consequências que a falta do ensino presencial faz, ela não concorda com o retorno dos alunos para dentro das escolas. “Meu filho está entrando na fase da alfabetização, começando a se localizar no mundo e a socialização é um fator importantíssimo que ele está perdendo e que não poderemos recuperar. Mas, acabamos de voltar para a onda Vermelha, a Roxa ainda está na porta. Precisamos ser cautelosos”, avalia.

A favor da volta

Janaína Oliveira, tem 40 anos, é administradora e possui três filhos, de 2, 4 e 7 anos, estudantes na rede particular. Ela e o marido estão de home office e, assim como a outra mãe, percebe a falta que faz o ensino presencial. “As crianças necessitam de interação com o ambiente escolar para seu melhor aprendizado. Além disso, o extenso período sem aulas presenciais, gera nas crianças ansiedade e ociosidade”, considera. Entretanto, contrário a Tatiane, ela concorda com o retorno. “A Unicef, OMS e diversos comitês técnicos já se manifestaram em favor da abertura das escolas. Temos, inclusive, uma carta aberta de médicos indicando sobre o retorno das aulas presenciais. A ciência comprova que escolas abertas, com protocolos sanitários, são ambientes seguros para os alunos, professores e funcionários da educação”, opina.

“Não há risco maior na escola”

Janaína acredita que o retorno é seguro se houver retomada gradual, com protocolos elaborados por

especialistas. “Não há risco maior na escola do que em outros ambientes, que também possuem protocolos”. Da mesma forma, ela não acredita que o retorno presencial possa ser capaz de contribuir no aumento das variantes, contaminados, mortes e que os alunos possam ser vetores, carregando o vírus entre casa, transporte e escola. “Não acredito, pois as experiências de aberturas em outras cidades não mostraram isso”, comenta. Para ela, as estruturas distintas de cada instituição não interferem desde que sejam seguidos os protocolos. “Avalio que, independente de ser pública ou privada, o importante é o seguimento do protocolo. Deve ser uma cooperação mútua entre escola, família, professores e funcionários”, opina.

“Particulares estão mais preparadas”

Tatiane também concorda que deva existir protocolos rígidos e produzidos por especialistas, mas para isso, as escolas precisam sofrer adequações antes do retorno das atividades. E, já no entendimento dela, há diferenças nas estruturas de cada escola das redes municipal, estadual e privada, que devem ser levadas em consideração. “As particulares estão mais preparadas, trabalham nisso desde o início da pandemia para atender com segurança os seus ‘clientes’. Já as públicas dependem de outros fatores”, considera. Ela opina que ambientes escolares não são estáveis o suficiente para afirmar segurança de que os alunos não serão vetores. “Onde há número grande de pessoas no mesmo ambiente, há chances maiores de infecção. A orientação dada no início da pandemia não mudou, deve-se evitar aglomerações e a escola ainda é um desses locais”, pensa.

Realidades familiares

A forma que cada criança chega até a escola, seja à pé, de carro, van ou transporte público, e o contato, no dia a dia, que ela possui com pessoas de grupos de risco, como avôs e avós, vai variar de acordo com a realidade de cada família. O filho de Tatiane, por exemplo, possui contato direto com os avós, de 60 anos e hipertensos, e antes da pandemia, utilizava o transporte público cedido pela prefeitura da cidade. Já a família da outra mãe possui outros aspectos na rotina. “Não temos pessoas do grupo de risco em nossa residência, mas em nosso convívio sim. Antes da pandemia, as crianças iam de carro, mas, esse ano, por termos mudado de residência, podem usar também transporte coletivo ou van, ainda não decidimos”, diz Janaína.

Decisão individual?

Para Tatiane, antes do retorno, é preciso também olhar com mais atenção para as necessidades dos professores. “Acredito que com a vacinação deles podemos ter um menor índice de absenteísmo, além de maior confiança na relação família e professores”, opina. Janaína reforça que existem diversos modelos que podem ser adotados para a volta e que a definição é o primeiro passo. “Penso também que o retorno não deve ser obrigatório, cada família deve decidir o que é melhor à sua realidade”, finaliza.


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