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E o Carnaval?
PPP da Iluminação Pública
Câmara de Vereadores de Nova Lima rejeita projeto do Executivo que visa a modernização do sistema de iluminação pública da cidade. Casa Legislativa esclarece veto Pág. 06
Prefeitura analisa realização da festa
Págs. 12 e 13
100% dos alunos na sala de aula
Volta às Aulas
Pág.04
Nova chance para viver
Outubro Rosa
Pág.08
Crochê e bordado ultrapassam gerações
Artesanato
Pág.16
“Deficiente é o sistema educacional”
Educação Inclusiva
Pág.10
A Banqueta
Favela chegou, respeita!
Ludmilla é a primeira cantora negra da América Latina a acumular 1 bilhão de streams apenas no Spotify, são mais de 1,5 bilhão de plays nas plataformas e seus clipes somam 2,5 bilhões de visualizações. Esses foram os argumentos da cantora para anunciar que não se apresentaria no Prêmio Multishow, já que ela e muitos outros artistas, apesar de tamanha relevância, não concorreram às categorias adequadas ou ao menos foram indicados. “É nítida a falta de reconhecimento e entendimento das (poucas) premiações que temos aqui no Brasil. Assim como eu, vários artistas, de vários segmentos e bandeiras, que mereciam ser indicados ou serem reconhecidos estão na mesma situação”, completou. Logo após, o canal do grupo Globo reconheceu os argumentos da artista e concordou que “o mundo de hoje ainda está longe da representatividade ideal” e que “a luta pela diversidade deve ser diária”. Ludmilla não pediu diversidade, exigiu reconhecimento e sabe os motivos que estrutura a não indicação a categoria Cantora do Ano. Mas ela tem consciência do poder econômico que movimenta e a Multishow também. A ação dela pode ser considerada irrelevante e, talvez seja, macroscopicamente. Entretanto, microscopicamente, traz reflexões.
Alguém que pode dizer “não” a poderosos, é porque tem igual poder e sabe de sua grandeza. A conciliação só é usada se você prever que há risco de perder algo, caso contrário, a autonomia de dizer “não” será empregada. Um trabalhador que tem medo de perder o emprego, não diz “não” ao patrão, assim como uma esposa vítima de violência, que tem medo de perder a vida, não nega os desejos do marido agressor. É por isso, inclusive, que o Poder ataca e desmantela qualquer conquista de direitos, porque onde há miséria, qualquer migalha é banquete. Como diz o historiador Raymundo Jonathan, o poder só respeita o poder.
Frente fria atuante em MG nos últimos dias se desloca para o oceano. Nova frente fria chega à RMBH no domingo. Nublado com Quinta chuviscos Mín: 16º Máx: 22º Sol entre nuvens
Sol entre nuvens Pancadas de chuva
Sexta Mín: 17º Máx: 26º Sábado Mín: 17º Máx: 28º
Domingo Mín: 19º Máx:29º
Fonte: Climatempo
Jornal A Banqueta de Notícias - 599ª Edição
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Nova Lima - Raposos - Rio Acima - 21 a 27 de outubro de 2021
Empregos
Boutique de Carnes contrata vendedor, churrasqueiro e açougueiro (Nova Lima). Interessados enviar currículo pelo WhatsApp: 9.8874-2029.
Empregada do lar (Nova Lima). Necessário ensino fundamental completo. Remuneração: R$ 1250. Benefícios: vale transporte e cesta básica. Horário: de segunda a sextafeira, de 8h às 17h, com intervalo de 1h para o almoço. Cadastro: www.softwarerh.com.br/v2/prefeituran ovalima.
Eletricista (Nova Lima). Necessário ensino médio completo. Remuneração: a combinar. Benefícios: vale transporte, vale refeição de R$18 por dia e cesta básica. Horário: de segunda a sextafeira, de 7h às 17h. Cadastro: www.softwarerh.com.br/v2/prefeituran ovalima.
Melhorias no transporte
Direto da Comunidade
“É um absurdo o que a população de Nova Lima, que precisa do transporte público, passa. São muitos os moradores da cidade que trabalham em Belo Horizonte e precisam do ônibus, mas se deparam com os pontos e o transporte lotado. Além disso, os horários da Saritur não seguem os dados informados pelo DER, mas sim os horários antigos, do início da pandemia, tanto nos dias úteis, quanto nos finais de semana. Gostaria que a empresa revisse essa situação.” Ludmila Linhares - Retiro
Resposta - O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (SINTRAM), esclareceu que a concessionária responsável cumpre o quadro de horários disponível no site do DER, que se encontra atualizado, além da concessionária monitorar a Contato: 31 3541-5701
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demanda diariamente, fazendo os ajustes necessários para adequar a oferta de viagens ao número de passageiros.
“Toda gratidão da Equipe Lady Driver ao Jornal A Banqueta de Notícias. Por meio da matéria veiculada na edição 598, esperamos conquistar muitos cadastros de motoristas mulheres de Nova Lima, em nosso aplicativo de transporte exclusivo para o público feminino e ajudar na independência financeira dessas mulheres.” Sthephania Souza - Sócia da Lady Driver
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100% dos alunos na sala de aula
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Reflexos da Covid-19
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Ensino híbrido continua
A Prefeitura de Nova Lima esclarece que a presença de 100% dos alunos em sala de aula segue permitida, conforme comunicado em 21 de setembro, com início na rede particular em 4 de outubro e na rede municipal em 18 de outubro, desde que o distanciamento mínimo de 90 centímetros seja respeitado, devendo considerar, portanto, as estruturas disponíveis em cada unidade de ensino. O Governo Municipal informa ainda que o ensino híbrido permanece nas unidades da rede municipal de ensino, cabendo aos responsáveis pelos estudantes a decisão de encaminhamento, ou não, das crianças para as aulas presenciais.
Esquema de revezamento
O revezamento por turmas no sistema remoto permanece nas salas de aula em que ainda não é possível comportar 100% dos estudantes devido ao distanciamento mínimo entre as carteiras. Essa organização é de responsabilidade de cada instituição de ensino, como aponta a prefeitura.
Use máscara
Estado autoriza aumento da capacidade dos estudantes nos espaços escolares, mas com distanciamento de 90 cm entre eles. Na rede pública municipal de Nova Lima, novo protocolo entrou em prática na segundafeira. Ensino híbrido permanece Em quase dois anos de pandemia, muita coisa aconteceu. Entre altos e baixos nos índices da doença, o Brasil chegou a registrar mais de 4 mil óbitos em um único dia. Já o total de mortes ultrapassou 600 mil. Com o avanço da vacinação no país, os índices da Covid-19, agora, apresentam melhora significativa, e a esperança de dias melhores aumenta. Nova Lima, que está na Onda Verde do Plano Minas Consciente, também avança na imunização e na flexibilização de medidas. Nesta semana, a prefeitura iniciou a vacinação, com a terceira dose, de idosos acima de 60 anos, que tomaram a segunda há mais de seis meses. Já nas escolas, foi autorizado o retorno de 100% dos alunos às aulas presenciais, com respeito aos critérios de segurança. Os da rede pública municipal puderam voltar na totalidade nessa segunda-feira (18).
Aulas presenciais
O novo protocolo sanitário, que permite o retorno total dos estudantes às aulas presenciais, foi aprovado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) em 8 de outubro. A principal modificação do documento está relacionada ao aumento da capacidade de indivíduos nas salas de aula e nos demais espaços escolares, bem como no transporte escolar. Segundo o protocolo, anteriormente, a capacidade permitida era 50% nos espaços escolares, agora foi retornada a ocupação de 100% dos espaços, desde que seja mantido o distanciamento de 90 centímetros entre os estudantes nos ambientes da escola. A máscara e as demais medidas de proteção permanecem obrigatórias para instituições públicas e privadas.
Outra discussão recente com a melhora da situação da pandemia se refere ao uso da máscara. Ainda não é hora de tirar o item, isso é fato. Entretanto, em coletiva realizada no dia 14 de outubro, o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, sinalizou que a expectativa é de que, em dois meses, o cidadão seja “desobrigado a usar a máscara em locais abertos” no estado. Até o momento, o Governo Municipal não pretende suspender a obrigatoriedade do uso do item, visto que avalia essa como uma das importantes estratégias de proteção contra a doença.
Terceira dose
As melhoras nas taxas de internações e mortes se devem também à vacinação, segundo os órgãos públicos. Nova Lima iniciou, em 20/10, a vacinação com a terceira dose, dos idosos acima de 60 anos, que tomaram a segunda até 23/04. Já nesta quintafeira (21), continua o reforço em idosos acima de 60 anos que tomaram a segunda dose da vacina há, no mínimo, seis meses. Imunossuprimidos que receberam a segunda dose há, no mínimo, 28 dias também podem ser vacinados. Para conferir os critérios, acesse novalima.mg.gov.br.
Repescagem e adiantamento
Ainda hoje, acontece a repescagem, com a primeira dose, para adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. Podem receber a segunda dose nesta quinta-feira, pessoas que receberam a primeira da Pfizer a partir de 60 dias. Assim como aqueles que receberam a primeira dose da Astrazeneca há 84 dias (neste caso, em todas as UBSs com sala de vacina, exceto Macacos). As imunizações com a terceira, segunda e primeira dose, ocorrem de 9h às 15h, nas UBSs: Bela Fama, Cabeceiras, Cascalho, CAIC, Cristais, Cruzeiro, Honório Bicalho, Jardim Canadá (Complexo de Saúde), José de Almeida, Nossa Senhora de Fátima, Nova Suiça, Retiro, Santa Rita e Policlínica.
Levar documento de identificação com foto, cartão de vacina (2ª ou 3ª dose), CPF, comprovante de endereço (adolescentes podem levar dos pais ou responsáveis) e laudo médico (imunossuprimidos).
Aplicação da Coronavac é suspensa
A prefeitura destaca que nesta quinta-feira não haverá repescagem de primeira dose para pessoas acima de 18 anos e nem aplicação da segunda dose
de Coronavac. A prefeitura afirma que apenas a aplicação de segunda dose da vacina Coronavac está suspensa hoje, porém há previsão de chegada de novo lote no final da tarde de quinta, sendo retomada a aplicação na sexta-feira (22).
Novos lotes
Segundo a prefeitura, na última segunda-feira (18), foram recebidas 1.800 doses da Pfizer, para aplicação de segunda dose e dose de reforço em idosos, imunossuprimidos e trabalhadores da saúde (de instituições hospitalares), e 2.000 doses de Astrazeneca para aplicação de segunda dose. Estava prevista a chegada de novas doses nessa quarta-feira (20), mas não foram informados laboratório e quantidade.
Internação em CTI zerada
A vacinação mostra seus resultados em Nova Lima. A cidade divulgou, no dia 14 de outubro, que não havia nova-limenses internados em CTI com Covid-19. Um grande marco diante do desafio imposto pelo coronavírus desde março de 2020. “A queda no número de pessoas da cidade internadas, tanto em leitos clínicos quanto em CTI e do número de pessoas em acompanhamento com a doença, significa que a vacinação está apresentando resultados muito positivos na cidade. Além disso, a manutenção dos cuidados como uso de máscara e distanciamento, sem dúvidas, tem fortalecido a luta contra a doença em Nova Lima”, informa o órgão público. Após esse marco, de acordo com o boletim diário de atualização de casos da Covid-19 na cidade, o número de internações de nova-limenses nos demais dias em CTI foi: 15 de outubro: zero; 18 de outubro: dois; 19 de outubro: três; 20 de outubro: dois. A prefeitura reforça que, aos fins de semana e feriados, o boletim não é divulgado.
Taxa de ocupação
Já nessa quarta-feira (20), dos 18 leitos de CTI localizados no Hospital Nossa Senhora de Lourdes, nove estão ocupados (50%), sendo dois com pacientes confirmados com Covid-19. No Ceacor, dos 11 leitos clínicos, cinco estão ocupados, o que equivale a uma taxa de ocupação de 45,45%.
Custeio de leitos no hospital
A Fundação Hospitalar Nossa Senhora de Lourdes (FHNSL) optou em não ser um hospital referência no atendimento a Covid-19, dessa forma, permaneceu atendendo outras demandas em seu CTI. Diante disso, a Prefeitura de Nova Lima passou a custear na FHNSL oito leitos de CTI, específicos para internações de pacientes da cidade com coronavírus. Segundo a prefeitura, são pagos R$ 950.000,00 mensais para manutenção desses oito leitos. O órgão completa que o contrato para o funcionamento deles é válido até o dia 31 de outubro. “O Governo Municipal ainda avalia a possibilidade de prorrogação ou encerramento do contrato, conforme a situação da pandemia”.
Números da doença
Até o momento, não foram registrados casos de variantes em Nova Lima. Sobre as mortes, a prefeitura divulgou um óbito por Covid-19 no dia 06/10. No dia 14/10 foram recebidas mais três notificações de óbitos mais antigos. Em 15/10, um óbito em investigação foi confirmado (morte ocorrida em 08/10), totalizando 253 no município. Até o fechamento desta edição, na quarta-feira (20), o total de óbitos se manteve em Nova Lima, sendo que uma morte ainda está em investigação. A cidade apresenta ainda 18.675 casos confirmados e 18.369 recuperados, com isso, 53 pessoas estão infectadas. Rio Acima soma 34 óbitos e 1 está em investigação. Já Raposos possui 48 óbitos confirmados.
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projeto, que prejudicará a modernização do serviço, e que não traria despesas para o município. A parceria seria importante para a modernização da iluminação pública, como a instalação de câmeras de segurança, e de wi-fi gratuito por toda a cidade. Outro benefício, com a maior qualidade na iluminação das vias, seria a redução de criminalidade, além da percepção de segurança pela população”, explica.
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Placar da votação
PPP da Iluminação Pública Capa
Câmara de Vereadores de Nova Lima rejeita projeto do Executivo que visa a modernização do sistema de iluminação pública da cidade. Casa Legislativa esclarece veto
Durante reunião plenária realizada na Câmara Municipal de Vereadores de Nova Lima, nessa terçafeira (19), o Projeto de Lei (PL) sobre a Parceria Público-Privada (PPP) para a modernização do sistema de iluminação pública da cidade, enviado pelo Governo Municipal, em fevereiro deste ano, foi rejeitado pela Casa Legislativa. O PL trata de uma concessão da Contribuição de Iluminação Pública (CIP) da cidade, durante 13 anos, para uma empresa privada. Segundo a prefeitura, o investimento privado inicial, só no primeiro ano, seria no valor de R$ 27 milhões para realizar a troca de todo o parque de iluminação do município, por lâmpadas de LED. Nos anos seguintes, a empresa deveria se comprometer pela operação e manutenção da rede, além de promover a sua atualização tecnológica. A Câmara Municipal afirmou em nota que não é contra o projeto, mas sim contrária aos moldes com que o PL chegou à Casa Legislativa para ser apreciado.
O projeto
Segundo o Poder Executivo, o contrato da parceria entre a Prefeitura de Nova Lima, a Caixa Econômica Federal e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) foi assinado em 2019 para a implantação de projetos técnicos de engenharia, modelagem econômica, financeira e jurídica para viabilizar o novo sistema de iluminação pública da cidade, na forma de concessão, que se daria, inicialmente, em um ciclo de 13 anos. Segundo a
prefeitura, com a reprovação da proposta, o município terá que pagar ao BID R$ 4 milhões, a título de indenização pela realização do projeto.
Reuniões com BID e Caixa
De acordo com o secretário municipal de Planejamento e Gestão, André Rocha, o projeto não foi compreendido pelos vereadores. “Enviamos a proposta à Câmara Municipal para apreciação no início do ano, em fevereiro. Realizamos reuniões com os vereadores para esclarecer as dúvidas, inclusive com a presença de representantes do BID e da Caixa. Na reunião de terça-feira (19), durante a votação, o nosso líder de Governo, o vereador Álvaro Azevedo (Avante), pediu vistas ao projeto para que ele fosse ainda mais esclarecido, mas foi negado e o projeto considerado reprovado”, lamenta André.
Troca de 20 mil pontos de luz
A prefeitura afirma que foi feito um diagnóstico que se baseou em critérios das Normas Técnicas 5101 (NBR 5101), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), cujo objetivo é promover mais segurança ao tráfego de pedestres e veículos. “Pela PPP seriam substituídos quase 20 mil pontos de luz existentes de sódio, vapor e mercúrio pelas de LED”, enumera. Ainda segundo o diagnóstico, a avaliação dos pontos de iluminação pública de Nova Lima teria mostrado que a situação para os veículos e pedestres é inadequada. “Chegou-se a conclusão que 85% do parque de iluminação da cidade não atende aos parâmetros das normas atuais”.
Modernização e segurança
Pelo lado tecnológico, segundo a prefeitura, o projeto propiciaria a implantação de telegestão nas principais vias e a possibilidade de outras conexões, como segurança pública, trânsito e planejamento urbano. “A cidade e a população perdem com a reprovação do
O projeto da PPP da Iluminação Pública foi reprovado por oito votos contrários e dois favoráveis. Os vereadores: Anisinho (PTB), Juliana Sales (Cidadania), Boi (PSL), Claudinho Valle (PP), Silvânio Aguiar (PSD), Thiago Almeida (PP), Viviane Matos (DEM) e Zelino (PP) votaram contra o Projeto de Lei. Os únicos vereadores que votaram a favor do PL foram Álvaro Azevedo (Avante) e Danúbio Machado (Cidadania).
Câmara explica reprovação
Em nota enviada à redação do Jornal A Banqueta de Notícias, a Câmara Municipal de Vereadores esclareceu os motivos que levaram a maioria dos vereadores a votarem contra a PPP da Iluminação Pública. Confira a resposta na íntegra.
“Este projeto começou a tramitar na Casa Legislativa no final de fevereiro, onde debruçamos nele. Mas houve uma apresentação bem rasa por parte do Executivo, em relação ao mesmo. Este projeto, na realidade, começou na gestão passada, com o exprefeito Vitor Penido (DEM), onde ele iria fazer uma PPP de Iluminação, mas como ele havia feito uma Reforma Administrativa e viu que tinha dinheiro em caixa, resolveu, baseado em números, desistir da mesma, por entender que o município daria conta de resolver esta questão, sem precisar da PPP.
Nova Lima tem hoje, 21 mil pontos de iluminação. Vamos fazer uma comparação em termos de números: foram trocados 5 mil pontos, pelo valor de R$ 4,98 milhões, restando assim, 16 mil pontos de iluminação a serem trocados. Em uma regra de 3, precisamos de mais R$ 16 milhões para fazer o restante da cidade. Levando em consideração o aumento do dólar, podemos dizer que chegaríamos com o investimento, em torno de R$ 22 milhões. Mas, hoje, o projeto do Executivo está descrito em um empréstimo no valor de R$ 25 milhões e uma arrecadação da taxa de iluminação pública, em algo que chega a R$ 1 milhão por mês. Como o contrato com a empresa que venha fazer a parceria é de 13 anos, estamos falando em R$ 156 milhões, pois a mesma irá arrecadar os 156 meses referentes ao contrato assim descrito no projeto.
Não somos contra o projeto, mas sim aos moldes que o mesmo chegou a Casa para ser apreciado. Hoje, o município tem uma arrecadação bem considerável, mas não podemos esquecer que ela, em sua grande parte, é uma arrecadação finita, por se tratar de minério, e este uma hora exaure. Por isso, como vamos deixar uma dívida de 13 anos para o município, tendo hoje em caixa mais de R$ 500 milhões?
E outra questão igualmente grave, é o contrato citado por um secretário em uma entrevista concedida no dia 20/10, de uma multa de 700 mil dólares que na cotação atual gira em torno de R$ 4 milhões de reais e que, em momento algum, foi remetido à Câmara Municipal. E mesmo que soubéssemos, como seria permitida a realização de um contrato vinculado a um projeto que, ainda seria tramitado e precisaria ser aprovado pela Casa? Isso é de total irresponsabilidade de quem o fez e iremos cobrar respostas do Executivo para averiguar o responsável por essa ação”.
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entrevistada pelo Jornal A Banqueta de Notícias e TV Banqueta em 2014, a partir da sessão de fotos, intitulada Belas Guerreiras, promovida pela Casa Rosal, no mês da Campanha Outubro Rosa. Se na época a matéria a “deixou famosa”, como ela mesma conta sorridente, essa história merece novamente destaque, ao passo que, ensina sobre prevenção, diagnóstico precoce, gratidão e persistência.
Desafios
O câncer já estava presente desde 2011 na mama esquerda, mas foi descoberto apenas em setembro de 2013; por sorte, o nódulo não evoluiu, segundo a nova-limense. “Fui ao médico devido a uma infecção de urina. Conversa vai conversa vem, ele perguntou se eu havia feito a minha mamografia. Eu fiz no ano anterior, mas haviam me informado que eu não tinha nada. Mas, o médico viu uma pintinha pela radiografia, aí ao refazer os exames, foi confirmado o câncer de mama”. Mariazinha conta que não teve sintomas e os exames preventivos eram feitos regularmente, de dois em dois anos.
Nova chance para viver Outubro Rosa
Apesar do diagnóstico de câncer de mama, a moradora da Rua Nova, Mariazinha, venceu o período desafiador com alto astral e coragem, sendo inspiração para mulheres e homens
Alegria, fé e simpatia são a marca registrada de Maria das Graças, a dona Mariazinha, de 67 anos. Quem vê a disposição de viver da moradora do bairro Rua Nova, em Nova Lima, não imagina os desafios enfrentados por ela, principalmente após 2013. Diagnosticada com câncer de mama, ela enfrentou a doença até 2018, sem nunca deixar a peteca cair. Com seu batom vermelho e o sorriso no rosto, a novalimense enfrentou o problema, e hoje, precisa somente fazer os exames preventivos regularmente. Mariazinha é mais uma personagem marcante
“Eu sou guerreira”
No primeiro momento da notícia, veio um branco e as lágrimas não puderam ser contidas ao chegar em casa. Após isso, a nova-limense levantou a cabeça e partiu para a luta contra a doença com muita coragem. “Eu pensei: não vou morrer não, eu sou guerreira. Já venci um AVC em 2011 e vou vencer de novo”, relembra. No dia 23 de outubro de 2013, ela fez a cirurgia para retirada do nódulo e na sequência, passou por três sessões de quimioterapia e 30 de radioterapia.
encarar o problema. Ela tem quatro filhos, dez netos e uma bisneta. Além de amigos, como os da Casa Rosal, por quem tem muita gratidão pelo apoio durante essa fase difícil. Mariazinha também se apegou às suas paixões: sempre cuidou dos cachorros, da horta e da sua famosa coleção de bonecas. “Se a gente ficar parado, enferruja. Então procuro preencher o tempo com essas coisas. O rádio fica ligado o dia todo com música. Eu vivo o hoje, o amanhã pertence a Deus”, afirma. A descontração sempre esteve presente, até quando a notícia de que estava recuperada do câncer de mama veio em 2018. “A minha primeira pergunta ao médico foi ‘agora posso tomar uma cervejinha?’”, conta aos risos.
Prevenção
Segundo Mariazinha, hoje, suas visitas ao médico são para fazer os exames preventivos anualmente. Sobre a mamografia - exame tão importante para obter o diagnóstico precoce do câncer de mama e assim aumentar as chances de cura - ela afirma: “não se descuide, faça a mamografia enquanto é tempo. A doença vem com tudo, então vá ao médico mesmo durante a pandemia. Descobrir o câncer de mama cedo faz toda diferença no tratamento”, reitera. Após passar por algo tão desafiador, Mariazinha, que agora dá mais valor à vida, fala sobre o sentido de viver: “a gente só tem uma chance na vida, eu tive duas, pude ter esse privilégio que Deus me deu. Viver é muito bom, mas sabendo viver”, encerra.
Mariazinha com netos e bisneta
Sem tabus
A aposentada conta que buscou passar pelo período da forma mais leve possível. Após raspar os cabelos, que cairiam por causa do tratamento, Mariazinha usou lenços, entretanto somente por 15 dias. “Um dia, a lotação passou, estava no meu bairro, perto de casa, olharam para mim de lenço e cochicharam, eu o arranquei, olhei de volta e dei um sorriso, a partir daí nunca mais usei o lenço. Mostrei minha careca para todos, afinal eu não quis isso para mim. Passava batom vermelho, lápis nos olhos, colocava brinco de argola e saía toda toda, eu sou mais eu”, destaca.
Grande apoio
Mariazinha não derramou mais lágrimas, só pensava em vencer, e a força da família é o que não faltou para
Mariazinha e os filhos
A matéria televisiva feita com Mariazinha em 2014 pode ser conferida no canal do YouTube da emissora nova-limese. Acesse e digite: TV Banqueta - Jornal Banqueta - Quinta-feira (30/10/2014).
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para permanecerem naquele ambiente”.
Exclusão
Foto: Arquivo pessoal
Considerar que crianças atípicas (com deficiência intelectual) possam diminuir o ritmo da turma reforça a ideia de exclusão, conforme explica. “Porque a partir disso, optam pela escola segregada. Se as crianças típicas (sem deficiência intelectual) não têm convívio com as atípicas, então não saberão lidar com elas e, se verem na rua, no mercado, no parquinho, olharão o diferente com estranhamento. Isso aumenta a sensação de reclusão da família, porque nenhum pai ou mãe quer sentir a dor do filho excluído, a consequência disso é diminuir a exposição do filho na vida pública”.
Deficiente é o sistema educacional Educação Inclusiva
Para ativista, falta de profissionais capacitados e estrutura que garanta acessibilidade são os maiores responsáveis pelo não aprendizado que atinge crianças com e sem deficiência intelectual
“A criança com deficiência é colocada dentro de uma sala de alunos sem deficiência. Ela não aprendia, ela atrapalhava o aprendizado dos outros, porque a professora não tinha equipe, não tinha conhecimento para dar a ela, a atenção especial”. Essa foi uma declaração dada pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, mas também é dita rotineiramente por pessoas comuns é o que revela a ativista da causa de pessoas com deficiência, pós-graduada em Educação Inclusiva, Karina Icasatti. Para ela, a frase evidencia que não é a deficiência que impede uma criança de aprender, mas a falta de acessibilidade e capacitação dos profissionais. Sendo assim, a ativista conclui que deficiente é o sistema educacional que, apesar de dez anos da implementação da Lei de Inclusão, ainda não se reestruturou e capacitou seus educadores.
Acessibilidade para todos
Ela cita que o Dudu, do Instituto Mano Down, foi rejeitado por 16 escolas de música por causa da síndrome de Down e que, atualmente, toca oito instrumentos. “O Dudu mostra que o problema não é a deficiência. Não é isso que impede uma criança de aprender, mas sim o local que não oferece acessibilidade e profissionais capacitados. No caso dele, a família teve recurso financeiro, mas e quem não tem? Fica para trás”, ela mesma responde. Karina considera que algumas crianças precisam da escola especializada, mas que isso não significa retirá-las do ensino regular. “Elas têm o direito de estar lá, como todo o material adaptado e apoio que necessitarem
Culpa do sistema e não da criança
Para a ativista, muitos pais de crianças atípicas, inclusive, concordarão com a frase do ministro. “Acham que escola especial é melhor. Melhor para quem? Talvez seja para o pai, mãe, professor e para o sistema, mas não para o filho. Retirar do ensino regular é visto como melhor porque acaba com o malestar de professores e equipe pedagógica que precisam lidar com a falta de capacitação deles próprios. É mais fácil mandar para escola especial, isolar, ou então colocar a culpa do não aprendizado da criança na deficiência, do que fazer um plano de desenvolvimento individual, ou brigar para mudar o sistema deficiente”, denuncia.
Ensino falho afeta a todos
Karina ressalta que a deficiência do sistema atinge crianças típicas e atípicas. “Passam a criança de ano mesmo que ela não tenha aprendido e isso é uma bola de neve porque o aprendizado é um progresso. No ano seguinte, sem a base bem feita, ficará sem entender nada que o professor fala. Ficará nervosa, agitada e começará a conversar, brincar e dispersar porque não está entendendo. Depois vão dizer que é hiperativa, que precisa de remédio, quando às vezes só está enfadonha porque não entende o que está sendo passado”.
Equipe inclusiva
A ativista é mãe da Marina e do Gabriel, de quatro anos, que possui síndrome de Down, não anda e começou a falar pedaços de palavras recentemente. Ela conta que não são todas as escolas que tem uma equipe inclusiva, mas considera que existem bons profissionais na cidade, porém estão subutilizados e desvalorizados. “Esse professor tinha que multiplicar. Rodar as escolas, ensinar quem acabou de se formar, quem não se capacitou. E para além da sala de aula, a capacitação precisa acontecer do professor ao porteiro”. Ela também reivindica que o Atendimento Educacional Especializado (AEE) precisa estar dentro das escolas, mas que atualmente fica localizado na Escola Ana do Nascimento. “Retiraram o AEE das escolas para facilitar a logística do sistema e não dos alunos que precisam do atendimento”.
Professor de apoio
Ela já ficou três dias dentro de sala de aula fazendo o papel de professor de apoio, já que uma escola da rede municipal não oferecia. “É direito dele. Se a família não cobrar, passa o ano inteiro sem ter”. Karina conta que também existe outra situação comum, como ter um professor de apoio para olhar mais de uma criança. “Em outra situação, o Gabriel, que tem paralisia cerebral e deficiência intelectual, dividia o professor de apoio com uma criança autista. O autismo pode causar crises, esse professor precisa estar atendo aos sinais e caso haja crise, precisará sair da sala. E daí o Gabriel fica com quem? Meu filho não anda. O sistema fala que não pode ter dois
professores de apoio em sala, mas é preciso adaptação de acordo com a realidade da turma”.
Material adaptado
Em relação ao material adaptado, Karina conta que o custo é alto e falta boa vontade. “Em Nova Lima existem bons profissionais, o material do meu filho é lindo, mas tudo depende do educador que você tiver sorte de encontrar. Tem crianças na cidade que não têm esse acompanhamento, talvez o Gabriel tenha porque tem uma mãe que briga e sabe dos direitos dele. A minha experiência, hoje, é boa, mas acredito que não reflete a realidade das outras crianças. Ainda friso que a cidade tem profissionais extremamente capacitados, mas são subutilizados e pouco valorizados”.
Estrutura física
A estrutura física das escolas é outro problema. “Tem piso tátil que não vai para lugar nenhum. Se for fazer vistoria em todas as escolas, terá escada sem corrimão, banheiros que cadeirantes não acessam. Têm muitos problemas. Quando troquei o Gabriel para outra escola municipal, providenciaram a reforma da rampa sem eu pedir. Mas é como eu disse, tudo depende do profissional, do diretor, professor, coordenador, para brigar pela escola”. De acordo com Karina, ainda falta debate público que levante essas questões a sério, e não de forma partidária, e que pense a longo prazo.
Novo projeto
A Prefeitura de Nova Lima informa que o município oferece o Centro Psicopedagógico (CPP) e o AEE, por meio do Núcleo de Atendimento Educacional (NART), na Escola Ana do Nascimento. “Hoje, o AEE é dentro da Ana Nascimento, por um projeto anterior da rede. São cerca de dez profissionais que atendem de forma itinerante as escolas”. Segundo o governo, uma revisão no processo de inclusão está sendo feita, com proposta de ter salas de recurso dentro das escolas. A prefeitura afirma ainda que tem sido realizada formação para os profissionais de inclusão, por meio de lives, devido a pandemia da Covid-19. Teriam sido mais de 20 lives sobre o assunto no semestre, para professores que trabalham com inclusão, como os professores do AEE e do CPP. Para os demais profissionais, fora da sala de aula, também teria sido realizada capacitação, com mais de 50 mil visualizações nas lives.
Mais material
Em relação ao material adaptado, a prefeitura reitera que, atualmente, nem todas as escolas conseguem acesso. Mas, o projeto municipal prevê isso. “Estamos adquirindo materialidade, comprando material adaptado para ter esse atendimento. As salas de recurso possuem e também estamos investindo em tecnologia e software adaptado para as crianças. O CPP tem uma diversidade de materiais, com atendimento bastante ampliado, e atende não só municipal, mas estadual e particular”.
Reformas
A prefeitura confirma também que as escolas municipais precisarão passar por reformas para adaptar as estruturas para crianças com deficiências físicas, e assim, atender de forma integral a inclusão, exatamente com rampas e acessibilidade física. O governo atual destaca que está dando ênfase nessa questão. “A inclusão é uma pauta muito preciosa. Entendemos a importância do estudante estar dentro do ensino regular, da sala de aula regular, junto com crianças que não tenham nenhum transtorno e ou deficiência, porque é assim que entendemos que o estudante é incluído”, finaliza o órgão público.
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Carnaval Nova Lima Bloco dos Sujos
E o Carnaval? Cultura e Economia
na cultura negra do samba, o Carnaval é muito mais do que divertimento, mas também resistência. “É um movimento de vanguarda do que há de mais popular e construído pelos artistas do bairro e da comunidade. É um dia de sonhos e fantasias, em que a tristeza dá lugar à alegria e a todos - sem distinção é permitido enganar um pouco a realidade”, revela o carnavalesco da G.R.C.S Escola de Samba Unidos do Rosário, Alexandre Gurgel. Diante dessa visão e de tantas crises - sanitária, política, econômica - que o Brasil enfrenta, o Carnaval parece fazer-se ainda mais esperado. Entretanto, para colocar uma escola de samba na rua, é necessário muito mais do que uma decisão do Governo Municipal em realizar o evento.
Sobrevivência
A Unidos do Rosário completará 60 anos em 2023 e, geralmente, sobrevive com a doação de tempo, trabalho e recursos dos amantes da escola, que se desdobram em eventos. “Feijoadas, Tardes de Lazer, apresentações da bateria, shows, rifas, Livro de Ouro, além da tradicional barraquinha de pastéis durante os ensaios, comandada por Tia Vânia, que culmina todos os anos com uma grandiosa Batalha de Confetes”. Entretanto, durante a pandemia, essas ações foram interrompidas. “Ficamos de mãos e pés atados. Passamos por um momento turbulento na pandemia. A impossibilidade de realização de atividades e de fazer o Carnaval neste ano não nos coloca numa situação confortável para o Carnaval 2022”, afirma o carnavalesco.
Gastos
O tradicional e luxuoso desfile da escola exige um orçamento de, aproximadamente, R$ 100 mil. Os gastos envolvem manutenção da bateria, ensaios, confecção de fantasias, alegorias, carros alegóricos, adereços, equipe do carro de som, cantores, intérpretes, cavaquinhistas, gravação de CD, aluguel de barracão, além do pagamento de mão de obra como costureiras, soldadores, marceneiros, escultores, aderecistas, entre outros. “Isso tudo para cerca de 750 componentes e um público estimado de 15 mil foliões. Ressalto ainda que se não fosse a dedicação de dezenas de voluntários, esses custos seriam ainda maiores”, afirma.
Comércio
Blocos de rua de Nova Lima aguardam sinalização da Prefeitura de Nova Lima, que afirma que decisão ainda está em análise. Infectologista enxerga possibilidade de realização da festividade com segurança Aglomeração e beijo na boca, duas coisas recorrentes no Carnaval. Tudo que, inclusive, não se enquadra nas medidas básicas de proteção na pandemia da Covid19, como distanciamento, uso de máscara - sem ser a de fantasia, é claro - e higienização constante das mãos, o que é impossível de ser cumprido nessa festa que arrasta milhares de pessoas às ladeiras do município. O nova-limense ficou chateado neste ano pela impossibilidade de se divertir, tomando sua
cerveja gelada, ao descer a Domingo Rodrigues fantasiado e de tomar uma chuveirada para espantar o calor na Bias Fortes. Entretanto, para 2022, a esperança aumenta com o avanço da vacinação e da queda dos índices de infectados, transmissão e internados. A pergunta que não quer calar e traz palpitação no coração dos foliões é: e aí, vai ter Carnaval?
A data de realização da festa momesca está marcada no calendário para os dias 26 de fevereiro a 01 de março. Para o infectologista, Dr. Guenael Freire, há possibilidade da celebração mais esperada pelo novalimense acontecer, ainda que assumindo riscos, a depender dos indicadores na época do evento. Para os blocos entrevistados, a cidade possui boas taxas relacionadas ao coronavírus, estrutura para que o evento seja realizado em segurança no ano que vem e revelam aguardar apenas a decisão do Governo Municipal. Entretanto, a Prefeitura de Nova Lima afirma que ainda está em análise a possibilidade de realização da festividade e que, logo que definido, as informações serão amplamente divulgadas.
Para enganar a realidade
Para aqueles que têm os pés e o coração enraizados
Muito diferente da consideração da Unidos do Rosário sobre o Carnaval, que perpassa pela cultura popular, origem, história e resistência, a importância da festa momesca para o setor do comércio é mais financeira. “Segundo o Ministério da Economia, o Carnaval movimentou, nos últimos anos, cerca de R$ 8 bilhões na economia brasileira. Obviamente, parte desse volume de recursos circula em nossa cidade, principalmente devido a fama positiva que a nossa festa de rua tem na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o que atrai um significativo número de foliões todos os anos”, avalia o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Nova Lima (ACE-NL), Renato Pinheiro.
Expectativa positiva
Com a festa prejudicada neste ano, devido a pandemia, inclusive com cancelamento do feriado municipal, a expectativa para 2022 é positiva, segundo o presidente da ACE. “Estima-se que em todo o país deverão ser abertos mais de 25 mil empregos, a maioria temporários. Cabe registrar que esse dado é uma mera projeção, que dependerá dos protocolos sanitários que ainda serão definidos pelos poderes públicos federal, estadual e municipal. Hoje
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existe bastante divergência entre os especialistas dessa área, principalmente no percentual mínimo da população imunizada com duas doses ou dose única, que será exigido para liberar o Carnaval”, pondera. Renato ainda comenta que na cidade do Rio de Janeiro foi definido cinco critérios para liberação da festa. “E um dos mais críticos foi a exigência de se ter, no mínimo, 80% da população integralmente imunizada”, considera.
Eventos testes
Alguns eventos que permitem aglomerações, já liberados atualmente, podem servir como testes para captar informações em como a transmissão da doença se comporta, é o que afirma o infectologista Dr. Guenael Freire. “Esses eventos teste que são semelhantes ao Carnaval, em relação a aglomeração, por exemplo, como jogos de futebol em estádio, shows, inclusive Carnaval fora de época, como na Ilha de Paquetá, apenas com vacinados, servem para nos ensinar. Com relação aos jogos de futebol, que é uma aglomeração, não vimos um grande aumento de casos após. Em São Paulo terá alguns shows para avaliar, houve outros fora do país, com muita gente, e não observou-se aumento explosivo dos casos”, expõe. Para o infectologista, tudo dependente da proporção de vacinados na época e dos indicadores.
Realização envolve riscos
Ainda assim, para o médico, a realização da festividade envolve algum risco, entretanto ele acredita que é possível, sim, que o Carnaval aconteça de forma segura. “Vemos o movimento no Rio de Janeiro e acredito que será próximo do velho normal. Se as vacinas conseguirem barrar as variantes, isso os indicadores vão nos dizer. Não descarto a possibilidade de realização da festa. Se não tivermos ou forem pouquíssimos casos de Covid-19, com grande parte da população vacinada, ao menos 85% com as duas doses e, além disso, se possível evitando grandes aglomerações, no sentido de ter vários pequenos eventos, com menos pessoas, acredito que possa acontecer”, conta.
Tudo pode mudar
Para Dr. Guenael, os possíveis protocolos para garantir ainda mais a segurança dos foliões é algo a ser discutido. “Permitindo somente a entrada para vacinados, utilizando máscaras, na medida do possível, apesar de no Carnaval ser difícil a execução disso, mas ainda acho que é algo a ser discutido e possível. Atualmente, também acho válido exigir cartões de vacina, pensando nesse momento em que estamos, mas não sei se em fevereiro teremos um número de vacinados tão grande a ponto de não precisar mais”, afirma. O infectologista pondera que qualquer decisão atual pode alterar, já que tudo dependente do decorrer da pandemia e dos indicadores na época em que a festa poderá ser realizada.
Marylou
A responsável pelo famoso Marylou, que já completa 36 anos de existência e arrasta cerca de 15 mil foliões às ruas de Nova Lima, Luciana Ricardo, afirma que o bloco não possui estrutura nenhuma para saída, em cima da hora, caso o Governo Municipal decida pela realização da festa. “Mas se falarem que terá Carnaval, vamos trabalhar para que o bloco saia. Estamos a Deus dará, sem saber se terá o evento, mas isso sempre aconteceu, nunca houve um cronograma antes”, revela. Ela conta que antes da pandemia era comum a realização de barracas para
ensaios. “Mas fica inviável por causa da estrutura, bancar tenda, banheiro químico, não temos condição. O último ano que saímos, inclusive, fizemos aquecimento no mesmo dia, depois descemos às 22h normalmente”.
Taioba
O tradicional bloco que faz um tipo de esquenta, já que sai na sextafeira da semana anterior ao início do Carnaval, também não realizou nenhum evento para arrecadação de dinheiro durante a pandemia. “Antigamente corríamos atrás de patrocinador, vaquinha para pagar os músicos, mas como o bloco entrou na programação da prefeitura, o Governo Municipal fica responsável pela banda, é um trabalho a menos para quem organiza os blocos, o que ajuda muito”, explica Cássio Rocha, responsável pelo bloco Taioba, que ocupa às ruas desde 1994. Em 2020, foram cerca de seis mil pessoas acompanhando o bloco e a perspectiva para 2022 é de que, tomando todas as precauções, o Carnaval aconteça.
Dorjão
Para Tarcísio Júnior, responsável pelo Dorjão, que já existe há 12 anos, o bloco está preparado há mais de 600 dias. “Nós não ensaiamos, somos uma cópia do Bloco de Sujos, mas em miniatura, com proporções diferentes. É um junta junta, o bloco não tem objetivo financeiro, não é ganha pão. Não temos patrocínio e dependemos exclusivamente da prefeitura. Os gastos giram em torno de 10 a 15 mil. Nossa expectativa é a melhor possível e de que essa pandemia se acabe. Acredito que o município tem condição de realizar a festa, o prefeito João Marcelo tem feito um bom governo. Outras cidades vão liberar e, em Nova Lima, acho que não será diferente”.
Na Contramão
O responsável pelo Na Contramão, que existe desde 2011, Téo Garzon, também conta que estão preparados desde o último Carnaval para voltarem às ruas. “A estrutura que tínhamos, está ainda pronta. Precisamos só da sinalização da prefeitura para mandar rodar os abadás, que são trocados por alimento não perecível e leite para doações. A nossa banda é cedida pelo Governo Municipal. Os gastos giram em torno de R$ 10 mil, sem a banda. Os índices do coronavírus estão caindo, então acredito que terá Carnaval sim, estou confiante. Mas, com todo cuidado, porque a pandemia não acabou e todo mundo deve ter algum conhecido, amigo ou parente que sofreu de Covid-19. Inclusive, vamos colocar nos abadás #ForaBolsonaro”.
Dindinha
O Bloco da Dindinha, do Boa Vista, que atua desde 2014, ainda se reunirá para decidir a saída às ruas, caso seja confirmado o Carnaval. “Temos ideias e planos, mas ainda não decidimos sobre eventos futuros. No último ano, não foram realizados eventos e ações. Dada a atual situação, nossa principal preocupação é com a segurança da nossa diretoria e comunidade”, explica a membra da diretoria, Luana Moreira. O bloco realizava ações, como a venda semanal de angu à baiana, para arrecadação de fundos, mas com a pandemia os projetos foram suspensos. “Entendemos que, mesmo com a queda no número de pessoas
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internadas e com a melhoria na situação da pandemia, a prefeitura deve avaliar os dados epidemiológicos e decidir pela realização ou não da festa. Vivemos um momento incerto e sabemos que a decisão com antecedência pode não ser possível. Mas, vamos acompanhar de perto e decidir o que for melhor para as pessoas”.
Unidos pelo Oswaldão
Para o presidente da Associação Recreativa Bloco Unidos pelo Oswaldão, existente há quatro anos, Fred Sarti, se o Carnaval fosse realizado hoje, com as atuais condições sanitárias, organizariam um evento de menor porte, exclusivo para os moradores do bairro Oswaldo Barbosa Pena II. Ele conta que eram realizados diversos eventos, durante todo o ano, para arrecadação de recursos para a sobrevivência da associação e também para a realização de ações sociais, o que ficou inviabilizado na pandemia. No último Carnaval, o Unidos pelo Oswaldão conseguiu arrastar cerca de três mil foliões. Para 2022, caso tenha Carnaval, a intenção é ser mais cuidadoso. “Vamos acompanhar as condições sanitárias para planejar o evento, mas como disse, no momento, a ideia é fazer um evento de menor porte, prestigiando as famílias de nosso bairro”.
Balança
Há 10 anos, o bloco Balança, em Honório Bicalho, atua como projeto social. “Trazemos crianças para tocar na bateria e um investimento para o bairro. Saímos dois dias e estamos preparados. Já percebemos que a cidade voltou a ter alguns eventos, então a expectativa é grande. Geralmente, temos um gasto de R$ 20 mil. Na pandemia ficamos impossibilitados, mas fazemos Hallowen, samba, eventos particulares. Como isso precisou ser interrompido, ano que vem faremos na base da amizade. Os comerciantes sempre nos apoiaram, desde o nascimento do bloco, e estamos, literalmente, nas mãos deles. Acredito que a cidade tem condições, em estrutura e financeiramente, de realizar o evento, com segurança, se os índices continuarem a cair e a vacinação avançar. Ainda não temos informações se haverá mas, inclusive, todo mundo da região nos pergunta: ‘e aí, vai ter Carnaval?’”, conta o presidente do bloco, Ícaro Santos.
Decisão em análise
Apesar da pergunta que não quer calar circular na boca do povo, a Prefeitura de Nova Lima informou que avalia, com cuidado, a possibilidade de realização do Carnaval em 2022. Comunicou que a análise tem sido feita com o acompanhamento periódico dos dados epidemiológicos do município para assegurar a viabilidade e segurança da festividade. Também disse que criou um plano de trabalho envolvendo as secretarias e que já atuam nessa frente. O Governo Municipal afirmou que, tão logo seja definida a realização ou não do evento, as informações serão divulgadas amplamente e em tempo hábil para não prejudicar nenhum dos setores envolvidos. E, que se caso haja possibilidade de realização, estão previstas reuniões com representantes das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos para definir os moldes da festa e demais questões pertinentes.
Ano Novo sem previsão
A prefeitura também informou que o tradicional Réveillon, com shows e fogos, que acontece na cidade, não tem previsão de acontecer com público para este ano.
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Feito à Mão Artesanato
Encantos do crochê e bordado ultrapassam gerações, são fonte de renda e sucesso nas decorações O crochê é o queridinho da casa desde a época da vovó, mas as possibilidades desse artesanato antigo, passado de geração em geração, deixou de ser coisa dos mais velhos e já conquista crianças, homens e mulheres. Pode ser feito com diferentes técnicas e versões, que vão além dos biquinhos em panos de prato e tapetes. Com uma delicadeza única - fruto de um trabalho manual cuidadoso - as peças em crochê e bordado, deixam qualquer cantinho mais aconchegante. Com o toque especial de tudo o que é feito à mão, muitos já descobriram que eles podem ser um grande investimento e o leque de criações tem crescido cada vez mais, assim como as tendências têm ganhado espaço.
Entre linhas e bordados
Tudo começou muito cedo. Maria Madalena, mais conhecida como Madá, moradora do bairro Villa Passos, tinha 12 anos quando se encantou pelas linhas e agulhas. A artesã, hoje aos 48 anos, conta que, quando era jovem, a tradição nas casas de família, era ensinar as meninas a tricotarem pontos tradicionais, como os de bico em toalha, forros de penteadeira e de mesa. “Toda moça tinha que aprender um ofício para poder conseguir casamento. Mal sabia minha mãe, que eu não queria casar de jeito nenhum. Mas sempre tive afinidade com artes, linha e agulha e tive influência de uma tia que fazia crochê. Hoje sou formada em Artes Plásticas e o
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trabalho manual tornou-se um dos prazeres da minha vida”, afirma.
Ensino com amor
trabalhos com crochê Os acompanharam a artista, que decidiu compartilhar a paixão, riqueza e sabedoria do fazer manual, com quem dispusesse a aprender. Há 11 anos, ela trabalha na Escola Casa Aristides, em Nova Lima, e este ano começou a ministrar cursos,formando novos a r t e s ã o s , marcando a t ra j e t ó r i a d e
diversas pessoas que, hoje, conseguem sustentar-se ou, pelo menos, completar a renda por meio da comercialização dos trabalhos. “Por muito tempo o crochê foi a minha primeira fonte de renda. Já fiz muito vestuário para vender, jogos de cozinha e é possível fazer dinheiro. Neste período de pandemia, a procura pelo curso foi muito grande, principalmente de novas gerações. Tenho turmas de 16 alunos, com aulas uma vez por semana, além das particulares. Eu amo ensinar”, revela. Ainda de acordo com Madá, a internet é a grande aliada dos artesãos que podem utilizá-la para divulgar trabalhos e aprender novas técnicas.
Crochê e inovação
A artista saiu do crochê tradicional, e especializou-se na técnica japonesa dos amigurumis, que ganhou o mundo. Uma junção da palavra “ami” - que significa “tricô” ou “malha” - e “nuigurumi”, que quer dizer “bichos de pelúcia”. Com pontos básicos e um design simples e delicado, é difícil encontrar quem não se apaixone por um desses objetos. “O engraçado é que eu já fazia antes mesmo de saber que era uma técnica tão conhecida. O meu primeiro foi um presépio, com todos os personagens de crochê. Essa técnica permite a confecção de uma série de bichinhos muito bonitos e que podem fazer parte da decoração, sobretudo de quarto de bebê”. Aprender a confeccionar os objetos é o que os seus alunos mais desejam, seja para vender, presentear ou apenas como hobby, abusam da criatividade, podendo os amigurumis ter as mais variadas cores, formatos e tamanhos.
Jovem talento
Nas mãos da artesã Juliana Ferreira, de 27 anos, moradora do bairro Cristais, linha e agulha também
dão vida as artes minimalistas de crochê, pingentes para colares e pulseiras. E o que começou como um hobby, hoje virou sua fonte de renda adicional, além dos cursos de pintura que ministra. “Aprendi a trabalhar com crochê no início deste ano, meus clientes sempre me perguntavam se eu sabia fazer, o que me incentivou a buscar formas de aprender a técnica. Me aperfeiçoei com a ajuda de algumas amigas e vídeos de tutoriais no YouTube. Passei a vender minhas peças para aumentar minha renda e deu super certo”, afirma.
Liberdade para criar
Com criatividade para transformar a habilidade em objetos de decoração e acessórios, Juliana conta que tanto a forma de aprender, quanto o significado do bordado, para ela, mudou. “Antigamente o bordado era uma forma de aprisionamento, já que era uma habilidade exigida para a mulher ser considerada prendada. Já conhecia o bordado tradicional, acho muito bonito, interessante e muito difícil de fazer. Mas, não me interessava em aprender a técnica, até que conheci o bordado livre. Como o próprio nome diz, você faz a temática que quiser, utiliza pontos que já existem, mas também pode criá-los”, conta. Dar novos significados a hábitos e costumes antigos é algo que pode instigar as pessoas e para Juliana, com o bordado, não foi diferente. “Meu trabalho é bem diversificado e sempre passa por processos de mudança. Costumo dizer que não posso ver nada ligado a arte e artesanato que já quero fazer. Busco inspiração em outros artistas, na moda, filmes e novelas. A partir disso, crio minhas próprias peças”, afirma.
Bordado em bastidor
Juliana Ferreira conta que, atualmente, a técnica é aplicada não só em roupas e toalhas, mas em bastidor. Um tipo de quadro base, redondo ou quadrado, feito de bambu ou plástico, onde fixa-se e estica-se o tecido. “Um amigo meu precisava de uma professora para dar aula em um projeto, como já ensinava macramê e todos gostavam muito, ele me deu um prazo de uma semana para aprender a bordar, e aceitei o desafio. Usando o bastidor, bordo no tecido que fica esticadinho, dá para fazer textos e desenhos variados”. A artista também se inspira e mescla desenho e pintura. Para ela, as técnicas antigas, das artes manuais, podem modernizar-se, mas sem perder a essência. “Não podemos perder a tradição da técnica de bordar, mas sim trazê-la para os dias atuais, por meio de novas leituras e estilos diferentes”, finaliza.
Acompanhe o trabalho das artesãs no Instagram: @d_repentemada e @juliarte_nl
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Novas UBSs
A Prefeitura de Nova Lima segue com as obras para as construções das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos bairros Santa Rita e Oswaldo Barbosa Pena II. Segundo o prefeito João Marcelo (Cidadania), no bairro Oswaldão, as obras passam agora pela fase de execução de contenções por muro de arrimo, devido às características topográficas do terreno. Em seguida, será iniciada a fundação. Em Santa Rita, já estão concluídos o muro divisório ao redor da edificação, terraplanagem e toda a parte estrutural, como a execução da fundação, pilares, vigas e lajes do nível inicial. A previsão para entrega dos dois novos equipamentos de saúde é para 2022.
Álvaro é o líder de João Marcelo na Câmara
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será realizada, a partir de 2022, caso o PL seja aprovado pela Câmara Municipal, e ficará à disposição nas UBSs e nas escolas do município. O PL foi lido na última reunião plenária da Câmara, realizada nessa terça-feira (19), mas o vereador Álvaro Azevedo pediu vista.
Homenagem aos professores
Na última sexta-feira (15), foi comemorado o Dia do Professor. O novo Secretário de Educação de Nova Lima, Pedro Dornas, e o seu braço direito, professor André Luís, tiveram a brilhante ideia de fazer uma serenata surpresa aos professores mais antigos da rede municipal de ensino. Uma van levava os músicos e o núcleo duro da Educação, que além da serenata, também recebeu como presente uma carta de agradecimento pelos anos de trabalho, bombons e flores. As homenageadas foram: Cleide Silva Seabra, com 36 anos de atuação; Sueli Barbosa de Souza, que trabalha há 37 anos na José Brasil Dias; Janaína Lopes de Jesus, com 37 anos na José Francisco da Silva; Eliane da Mata Araújo, há 36 anos na rede de ensino; Roselene Coelho Clemente, professora há 37 anos; e Andrea Jardim Almeida, que atua há 38 anos na rede de ensino municipal.
Para finalizar a semana, a Guarda de Congado e os festeiros de Nossa Senhora do Rosário realizarão, no domingo (31), uma grande festa com a procissão, a tradicional Missa Conga, repique de sinos e descerramento da bandeira.
Proteção às mulheres com deficiência, vítimas de violência doméstica
Programa do Inespe
Nessa terça-feira (19), o vereador Álvaro Azevedo (Avante), foi oficializado como o líder do Governo Municipal na Câmara de Vereadores. O prefeito de Nova Lima, João Marcelo (Cidadania), enviou um comunicado oficial à Casa Legislativa, indicando o nome de Álvaro - que está em seu segundo mandato - como seu principal articulador na Casa Legislativa nova-limense. Será de responsabilidade do vereador, levar e discutir os projetos da prefeitura para os outros parlamentares.
Dignidade menstrual
Hoje, quinta-feira (21), às 20h, vai ao ar, o programa “Inespe - O irradiador de Ideias", na TV Banqueta, liderado, sempre, pelo Dr. Juarez Azevedo, atual presidente do Inespe. No programa desta semana, as presenças do Diretor do Departamento de Recursos Humanos da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), Coronel Piassi, e do Tenente Coronel Fábio Cassavari, comandante da 1ª Cia. Independente de Nova Lima. O tema discutido não poderia ser outro: Segurança Pública. Você acompanha o programa pelo canal 6 da Net e pelas redes sociais: Facebook, Instagram e YouTube da TV Banqueta.
Congado
O Projeto de Lei (PL) do Governo Municipal que institui a distribuição gratuita de absorventes, além da orientação sobre menstruação para estudantes e mulheres da cidade, tem a liderança da jovem advogada nova-limense, Duda Othero, que é a Diretora de Departamento de Direitos da Cidadania da Prefeitura de Nova Lima. A distribuição dos itens
No mês em que celebra-se o Dia de Nossa Senhora do Rosário - considerada protetora dos congadeiros a Secretaria de Cultura de Nova Lima, realiza, de 26 a 28 de outubro, na Escola Casa Aristides, a exposição “Nossas Raízes: Guarda de Marujo de Nossa Senhora Aparecida e Guarda de Marujo de Congado de Nossa Senhora do Rosário”. A programação segue no dia 27, às 19h30, com a Roda de Conversa do Coletivo Timbuctu e da Guarda de Marujo de Nossa Senhora Aparecida, sobre as manifestações culturais negras.
A vereadora Juliana Sales (Cidadania) deu entrada, no início deste mês, na Câmara Municipal, de um Projeto de Lei que garante a acessibilidade comunicativa à mulher com deficiência auditiva e/ou visual, vítima de violência doméstica e familiar, no território de Nova Lima. “Esse projeto vem para assegurar que as mulheres com deficiência auditiva ou visual, e que sofrem violência doméstica, possam conseguir acessar os serviços de proteção, por meio do atendimento por Libras, do Braille, ou qualquer outro meio de comunicação que cumpra o papel de enfrentamento à violência”, explica a vereadora.
Projeto nacional
Juliana Sales apresentou o PL, em Brasília-DF, para os senadores Antônio Anastasia (PSD-MG), Leila do Vôlei (Cidadania-DF) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE). De acordo com a vereadora, em outros municípios e estados, existem projetos semelhantes que se encontram em pauta para deliberação, no entanto, é importante a ampla discussão do tema em âmbito nacional. “A ideia é que o tema seja debatido no Senado e incentive os demais municípios do país a pautarem o assunto em suas cidades. Se a violência contra a mulher é uma realidade, no caso das mulheres com deficiência, a situação é ainda mais grave”, finaliza.
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Villa Nova
Na última quinta-feira (15), o prefeito de Nova Lima, João Marcelo, foi até a sede do Grupo BMG, em Belo Horizonte, para conversar com o presidente Ricardo Guimarães e com Hissa Moysés, vice-presidente João Vitor Xavier do Coimbra Sports, braço esportivo do Banco BMG. Na pauta do encontro, a avaliação sobre a parceria entre o Villa Nova e o Coimbra, realizada em 2021, que gerou o fruto de Campeão Mineiro do Módulo II, para o clube de Nova Lima. Como previsto, João não deixou de tocar na possibilidade dessa parceria se repetir para a disputa da elite do Mineiro no ano que vem, que é o sonho de todo villa-novense. Agradeço ao Ricardo Guimarães e Hissa por acreditarem na nossa proposta. Com o apoio de vocês, o Villa Nova passou a ser um time em melhores condições de buscar patrocínio, parceria e investimento da iniciativa privada. Sem a compreensão e a abertura para o diálogo, que vocês possibilitaram, tudo seria
ainda mais difícil. Esperamos continuar contando com vocês”, disse o prefeito de Nova Lima, ao sair do encontro. Atlético: se entre Atlético e Flamengo a briga pela liderança do Campeonato Brasileiro é disputada, nos bastidores também há conflito. No último jogo, contra o Atlético-GO, o Galo reclamou muito de um pênalti não marcado pelo árbitro Raphael Claus, em um lance onde o jogador da equipe goiana bloqueou um cruzamento com o braço. A não marcação da infração fez a diretoria atleticana se manifestar nas redes sociais, pedindo mais transparência, critério e bom senso aos árbitros, além de exigir à CBF que não escalem membros da federação carioca para apitar as partidas do time mineiro. Somado a isso, na partida anterior, contra o Santos, onde o Galo venceu por 3 a 1, o presidente atleticano, Sérgio Coelho, afirmou ainda que existiram 4 pênaltis a favor do Atlético, mas apenas 2 foram assinalados. Do outro lado, o vicepresidente do Flamengo, Rodrigo Dunshee, usou as redes sociais para pedir a perda do mando de campo da equipe alvinegra, devido às supostas agressões ao VAR, na mesma partida, contra o Santos, citada anteriormente. Atlético e Flamengo se enfrentam, diretamente, no dia 30/10, no Maracanã. Um jogo que pode praticamente decidir
Diretas Futsal
o campeonato, mas, até lá, ainda há muita lenha a queimar na fogueira. Cruzeiro: o atraso de salários não é uma novidade para o momento atual do Cruzeiro. O clube atravessa uma grave crise financeira e já passou por isso em outras oportunidades, principalmente na temporada passada e neste ano de 2021. Desde que tomou posse, no início do ano passado, o presidente da Raposa, Sérgio Santos Rodrigues, assumiu a responsabilidade de pagar os atletas e funcionários em dia, porém, mais uma vez, os vencimentos seguem atrasados. Na última quartafeira (13), o goleiro Fábio, atleta mais experiente do elenco cruzeirense, postou nas redes sociais um aviso de greve nos treinamentos por parte dos jogadores, em função do atraso nos pagamentos de atletas e funcionários. Fábio comentou que “a situação é desgastante e angustiante”, e informou ainda que o débito já havia chegado a 6 meses de atraso. Os atletas voltaram aos treinos, nesse domingo (17), enquanto o presidente Sérgio vem se reunindo com investidores e patrocinadores para tentar solucionar os atrasos salariais, que batem a marca de R$ 9 milhões. Ainda não se sabe também se Luxemburgo continuará para o ano que vem. Até que a situação financeira, pelo menos, amenize, o caminho é incerto na Toca da Raposa.
No Fundo do Baú
Esta semana, vamos relembrar o Diretas Futsal, campeão nova-limense da 1ª Divisão em 1994. O Diretas foi criado em 1982, por Zé do Pão de Queijo, pelo vereador Anisinho e pelo empresário Serginho Biú. O nome surgiu em homenagem ao movimento político das “Diretas Já”. Os integrantes da equipe se reuniam antes das partidas, na antiga lanchonete “Rei do Pão de Queijo”, localizada na Rua Santa Cruz. Na época, o treinador era o falecido Balangá e o diretor técnico era o ex-vereador José Guedes.
Enquete - Quais foram os melhores jogadores do time do Diretas Futsal, do ano de 1994? Envie sua resposta para o e-mail: enqueteabanqueta@gmail.com. Participe!
Em pé: Jair, Camburão, Robertão, Claudinho, Balangá, Merquinho, Júlio, Valdir, Teca, Carlinho, Bororó e José Guedes.
Agachados: Titóia, Zé do Pão de Queijo, Curi, Catitu, Luck, Marcinho, Ivan, Gláucio e João Cocó.
Resposta da enquete anterior - Os melhores jogadores do time do Pátio de Obras, da Prefeitura de Nova Lima, do ano de 2004, foram: em 1º lugar, com 50% dos votos, Juliano Dorneles. Em 2º, com 30%, Tail. Em 3º, com 20%, Davizinho.
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Casamento Daniel e Ariane
A emoção tomou conta do casamento de Daniel Tito e Ariane Santos, no dia 04/09. O casal, que namorou durante cinco anos, oficializou a união na Igreja de Santa Efigênia, no bairro Cristais, sob a bênção do Pe. Fernando Geraldo e com a presença de amigos e familiares. O Grupo D'lima, com o estilo musical rústico e vintage, foi responsável pelas canções da cerimônia. Após a celebração, os convidados foram recepcionados para uma linda festa no buffet Alpes. Para não deixar ninguém parado, a animação ficou por conta do cantor Edian Araújo, que embalou a pista de dança com seu repertório. Fotos: Contando História Fotografia
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