A Banqueta 610

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Foto: Arquvo Jornal A Banqueta

Temporais levam destruição e dor aos municípios de Nova Lima, Raposos e Rio Acima. União e solidariedade são evocados para que as comunidades possam se reerguer

Depois da enchente, a lama

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Nova Lima - Raposos - Rio Acima - 13 a 19 de janeiro de 2022

pandemia ainda não acabou e os números estão cada vez mais alarmantes.

Alagamentos são históricos

Em Nova Lima, sabemos que é histórico os pequenos alagamentos e grandes enchentes, que ocorrem em determinadas regiões da cidade. Ainda que houve uma grande proporção, não esperada, de volume de chuva, que surpreendeu a todos, e causou uma devastação muito maior, os alagamentos de menor grau ainda acontecem anualmente e também causam prejuízos mentais e financeiros aos atingidos. Dessa vez, em 2022, o estrago foi maior. Porém, seja a perda de uma casa ou de um único móvel, desejamos que políticas públicas sejam postas em ação para que prejuízo nenhum, em maior ou menor grau, aconteça a essa população que, historicamente, precisa aprender, a duras penas, a se reerguer frente as perdas, dor e sofrimento.

Antes, durante e depois da tempestade Editorial

As chuvas que aconteceram no final de semana passado deixaram diversas áreas de Minas Gerais submersas. Pessoas passaram a noite em claro, ilhados, sem alimento, debaixo de chuva, e sem energia, aguardando socorro. A população de todo o estado ficou em alerta, acompanhando os noticiários que mostravam municípios apreensivos, inclusive, com o aumento de níveis de segurança de barragens. Segundo o meteorologista, Ruibran Reis, a frente fria que organizou as fortes chuvas ocorridas nos últimos dias entrou em dissipação. Conforme explica, as chuvas foram mais intensas devido a formação de um canal de umidade entre a Amazônia e o oceano Atlântico. Ele ainda acrescenta que a média de chuvas nesse período é de 329mm, mas que em Nova Lima choveu, do dia primeiro até quarta-feira (12), 438mm; Raposos, 515mm; e Rio Acima, 514mm.

Cobertura

Assim que saíram as primeiras informações a respeito dos alagamentos na cidade, o Jornal A Banqueta de Notícias se prontificou para levar informação de qualidade aos nova-limenses a respeito da situação das áreas inundadas em Nova Lima. Sabendo da importância em reportar os ocorridos para o restante da população, e também ser um meio de orientar a

Jornal A Banqueta de Notícias - 610ª Edição

Perguntas

sociedade em como proceder em momento tão atípico, em três dias, a equipe Banqueta produziu cerca de 40 conteúdos, devidamente apurados com os órgãos oficiais competentes, além de também realizar a cobertura in-loco, com reportagens produzidas em formato audiovisual e transmissões aovivo, o que gerou um total de 88 mil visualizações até a noite dessa quarta-feira (12).

Compilado

Nesta edição, trazemos um compilado de tudo àquilo que foi produzido durante esses dias, com atualizações, a respeito de algumas regiões que ainda sofrem as consequências das enchentes. Infelizmente, a cidade de Rio Acima foi a única na qual o semanário não conseguiu recolher informações com os órgãos oficiais, devido aos próprios contratempos ocasionados no município em virtude das chuvas. Entretanto, nas próximas páginas, vocês, leitores, encontrarão notícias sobre Raposos, Honório Bicalho, Santa Rita e São Sebastião das Águas Claras. Além do pronunciamento do prefeito de Nova Lima, João Marcelo (Cidadania), informações a respeito das doações e orientações para que a dinâmica de recebimento e entrega seja eficaz, e, é claro, os dados e cronograma a respeito da Covid-19, porque a

Contato: 31 3541-5701

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Agora, o momento é de urgência e ações pragmáticas, mas é importante cobrar diálogos e fomentar debates que discutam com profundidade assuntos que orbitam as enchentes: por que há áreas de risco? Por que as pessoas moram nessas regiões vulneráveis? Existem alternativas? Quais são as políticas públicas de habitação e reforma urbana propostas e feitas nesses locais? Quais são as ações eficientes e de longo prazo tomadas? Existem ações que podem ser realizadas para atenuar os estrangulamentos dos rios nas cidades? E, ainda, acerca de outra temática que ficou evidenciada nesses últimos dias: quais são as consequências a longo prazo da exploração do minério nas terras? Por que a população tem relacionado tanto as mineradoras com essa enchente? O que sabemos sobre a nossa própria situação em viver numa cidade rodeada de barragens? Até onde vai a lama caso rompa? Existem caminhos menos predatórios ambientalmente que podem ser escolhidos? O capital sempre valerá mais do que a vida? São muitas perguntas. Diante disso tudo, o Jornal A Banqueta de Notícias deseja que a população busque, cobre e encontre respostas. E, ainda em tempo, nos solidarizamos pela perda material, financeira e também por todo o sofrimento mental provocado nesses últimos dias.

A combinação do calor com a alta umidade deverá organizar pancadas de chuva isoladas a partir da tarde. Pancadas de chuva à tarde

Pancadas de chuva à tarde

Quinta

Mín: 17º Máx: 31º

Sexta Mín: 17º Máx: 32º

Pancadas de chuva à tarde

Pancadas de chuva à tarde

Sábado Mín: 18º Máx: 32º

Domingo Mín: 18º Máx:32


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Imagem ilustrativa

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Sentinelas da saúde Prevenção

Casos de síndrome gripal tiveram aumento considerável em Nova Lima a partir de dezembro. Vigilância contra a Covid-19 e a gripe deve permanecer Não bastam os problemas ocasionados pelas chuvas. A pandemia da Covid-19 segue levando preocupação, principalmente, com o aumento de casos divulgados recentemente. Minas Gerais, por exemplo, teve ontem recorde de casos de Covid-19, registrados nas últimas 24 horas, desde o início da pandemia. Em um único dia foram contabilizadas 18.153 infecções, sendo o recorde anterior em abril de 2021, com 16.479 registros. As festas de fim de ano e avanços da variante ômicron são apontados como motivos desse aumento.

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Nova Lima, mas em todo o Brasil. Como exemplo, o relaxamento dos cuidados de prevenção à doença, as festividades de final de ano e a chegada da nova variante, ômicron mais transmissível, que já contaminou seis nova-limenses. “Observa-se que muitas contaminações ocorrem entre familiares e amigos”, completa. Sobre regredir a flexibilização na cidade, a partir dessa realidade, a prefeitura informa que acompanha atentamente a situação epidemiológica do município e pode considerar essa possibilidade de acordo com os indicadores.

contribuído para desviar o foco da população quanto à doença. Entretanto, os cuidados devem permanecer, entre eles, concluir o esquema vacinal. No dia 6 de janeiro, o município recebeu 4.200 doses da Pfizer, destinadas à aplicação da dose de reforço de pessoas acima de 18 anos que completaram 4 meses da 2ª dose, além de 1ª e 2ª doses da população a partir de 12 anos. Segundo o último vacinômetro (divulgado em 7 de janeiro), 20.440 pessoas (27,3% do público vacinável) já receberam a dose de reforço em Nova Lima.

A alta de contaminações provocou reflexos na atenção básica, na urgência e na procura por vacinação no município, como aponta o Governo Municipal. “Do início para o final de dezembro, os prontoatendimentos (UPA e PA Jardim Canadá) registraram aumento de 50% na média de atendimentos diários a pacientes com sintomas gripais. Já nesse início de ano, a procura por esses atendimentos de urgência dobrou, em relação ao final de dezembro”, afirma a prefeitura.

A vacinação não para. Nesta quinta-feira (13), de 9h às 15h, ocorre, nas UBSs, a repescagem com a primeira dose de pessoas a partir de 12 anos. Já a segunda dose é para pessoas que receberam a primeira da Pfizer a partir de 21 dias, para aqueles que receberam a dose única da Janssen ( na Policlínica e UBS Jardim Canadá), pessoas que tomaram a primeira de Coronavac de 14 a 28 dias (às 6ª feiras, na Policlínica e Jardim Canadá) e para os que tomaram a primeira dose da Astrazeneca há 56 dias (em todas as UBSs com sala de vacina, exceto Honório Bicalho, Macacos e Mingu). Recebem a terceira dose imunossuprimidos, que receberam a segunda há 28 dias, e pessoas com mais de 18 anos que tomaram a segunda dose há 4 meses, exceto gestantes (5 meses). Cronograma completo em novalima.mg.gov.br.

Aumento de atendimentos

Gripe

Sobre a maior incidência de casos de gripe na cidade, a prefeitura esclarece que houve um aumento considerável de casos de síndrome gripal (gripe, Covid-19 e outras viroses) do início para o final de dezembro. Segundo o órgão público, das duas últimas semanas do ano até agora, foram registrados 2.516 casos. Para combater a gripe são necessários os mesmos cuidados para evitar a Covid-19: usar máscara, manter o distanciamento social de 1,5m e higienizar as mãos com álcool 70%. A prefeitura conta que reforçou o trabalho educativo para combater as doenças.

Serviços de urgência

Dentro de Nova Lima, os casos de Covid-19 também aumentaram expressivamente. Em 30/12/2021, por exemplo, 123 casos estavam em acompanhamento. Nessa quarta-feira (12/01/2022), são 817. Já o número de mortes não sofreu alterações nesse mesmo período. O município somava 255 óbitos confirmados e ontem houve o acréscimo somente de um óbito em investigação. O dado é indício da força da vacinação contra a doença, que segue no município, e aponta ainda a importância das medidas de proteção, que também servem para a prevenção da gripe, outra ocorrência em crescimento no país.

Com o aumento da demanda por atendimento de saúde, a prefeitura recomenda que o paciente procure os serviços de urgência quando apresentar os seguintes sintomas: dor no peito, como um aperto, com ou sem irradiação para pescoço e membros superiores; dor de cabeça intensa, nova ou diferente de padrão habitual; desmaio, tontura ou fraqueza repentina; alteração brusca do estado mental ou quadro de confusão mental; perda de força ou dormência em membro(s); dificuldade para respirar ou sensação de falta de ar; vômitos ou tosse com sangue; dor abdominal aguda; diarreia ou vômito persistentes; dor súbita em membros sem história de trauma ou esforço físico; traumatismo ou lesões osteomusculares agudas e ferimentos corto-contusos. Os pacientes que apresentarem demais enfermidades devem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Segundo a Prefeitura de Nova Lima, alguns fatores impactaram na alta dos casos de Covid-19, não só em

Já são quase dois anos de pandemia e a ocorrência das fortes chuvas no início de 2022 podem ter

Aumento de casos

Atenção a Covid-19

Cronograma

Dados epidemiológicos

Nessa quarta-feira (12), dos 11 leitos clínicos do Ceacor, quatro estão ocupados, segundo a prefeitura, o que equivale a uma taxa de ocupação de 36,36%. O boletim divulgado pelo Governo Municipal ontem aponta também que 10 pacientes estão em internação: 08 em clínica médica, 02 em pediatria e nenhum em UTI/CTI. Nova Lima tem 20.022 casos confirmados, sendo 18.950 recuperados, com isso, 817 pessoas seguem contaminadas em acompanhamento. Nas regiões próximas, Raposos soma 49 óbitos (dados 11/01) e Rio Acima não divulgou boletim.

Trabalho durante as chuvas

A prefeitura reitera que o trabalho contra a Covid-19, durante esse período de ocorrência de fortes chuvas, segue com campanhas educativas, divulgações do cronograma de vacinação e testagens das pessoas que são levadas para o abrigo da Faenol. “No local, há uma ala destinada ao isolamento dos abrigados que testarem positivo. Em função das inundações provocadas pelas chuvas, as Unidades Básicas de Saúde de Honório Bicalho, Santa Rita, Água Limpa e São Sebastião das Águas Claras (Macacos) ficaram sem condições de atendimento e precisaram ser fechadas temporariamente na ocasião. Com isso, a vacinação contra Covid-19 nesses locais foi transferida para as UBS mais próximas, a fim de que a imunização em Nova Lima não ficasse prejudicada”.


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Foto: Júnia Rodrigues

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que as barragens B6, B7, Capão da Serra e Taquaras possuem DCE positiva, a barragem 5 encontra-se em nível 1 de emergência e B3/B4 permanece em nível 3.

Entrada principal de Macacos

Acessos alagados

Prefeitura de Nova Lima

De acordo com a Prefeitura de Nova Lima, além das inundações dos acessos, houve alagamento em partes de algumas residências, mas não há registro de desalojados ou desabrigados na comunidade. O Governo Municipal também informou que mantém uma equipe da Defesa Civil Municipal atuando na região, assim como uma guarnição da Guarda Civil Municipal, além de assistente social. Conforme elucidam, as equipes da prefeitura auxiliam no atendimento aos moradores, na entrega de água e outros itens e também no deslocamento emergencial de quem precisa entrar ou sair do Capela Velha. A Administração Municipal também afirmou que foram deslocadas máquinas da prefeitura para atuar na desobstrução de vias.

Comunidade em Alerta

Estrutura construída para conter rejeitos em caso de rompimento da barragem B3/B4 da mineradora Vale acumula água da chuva e preocupa moradores em Macacos, que estão com os acessos do distrito e rotas de fuga interditados

Uma quantidade significativa de lama tomou a BR040, na região de Nova Lima, no último sábado (8). Após investigações, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou que a barragem da Mina de Pau Branco, da empresa Vallourec, havia se rompido. Após 40 minutos, a corporação voltou atrás e disse que, na verdade, o que teria acontecido era o transbordamento da estrutura de contenção de água. Em terras mineiras, não é novidade tragédias e crimes ambientais envolvendo mineradoras: em 2001 já aconteceu, em São Sebastião das Águas Claras (Macacos), um rompimento de barragem; em 2005 foi a vez de Mariana; e em 2019, Brumadinho. Respectivamente, em cada situação dessas, a amplitude da destruição - de vidas e meio ambiente cresceu de forma exponencial.

No mesmo final de semana, por causas das intensas chuvas, diversas regiões de Nova Lima ficaram submersas, mas o que mais preocupou Macacos foi uma água que represou no muro de contenção, da mineradora Vale, construído para conter os rejeitos da barragem B3/B4, da mina Mar Azul, que segue com risco iminente de rompimento - ou seja, que pode acontecer a qualquer momento. Desde as fortes chuvas, a população acompanhou esse volume de água que chegou a transbordar da estrutura. A aflição dos moradores aumentou ainda mais porque, segundo eles, devido ao grande volume de água represado, os pontos de entrada e saída do distrito ficaram alagados, impedindo o uso das rotas de fuga e que a população pudesse se retirar do distrito. De acordo com a Vale, a estrutura segue com estabilidade.

Desespero

Ainda que de longe, todos os nova-limenses puderam acompanhar o nível da água aumentando, devido aos vídeos que os moradores da região compartilharam em suas redes sociais, até ao ponto que, na segundafeira (10), a água já transbordava pelo muro de contenção. Já na terça-feira (11), a comunidade

compartilhou um vídeo que mostrava em frente ao bar do Marcinho uma quantidade assustadora de água. No registro, é possível ouvir a preocupação de quem gravava: “acabou de romper um dique da mineradora Vale, igualzinho como aconteceu na BR040, só que em proporções bem menores”. O medo da comunidade é de que a estrutura do muro não consiga suportar o volume de água somado aos rejeitos da barragem, caso a B3/B4 se rompa, com o agravante das rotas de fuga e os acessos da região estarem alagados.

Características do muro

Em agosto de 2019, época em que a mineradora construía a contenção, o Jornal A Banqueta entrou em contato com a empresa que explicou que o muro possui 30 metros de altura, por 190 metros de extensão. Consiste em uma barreira formada por pedras (enrocamento), construído a 8 km à jusante da barragem B3/B4, pouco antes da estrada que liga o distrito de Macacos à sede de Nova Lima. Elucidou que o objetivo é minimizar os impactos às comunidades e ao meio ambiente, incluindo o Rio das Velhas e a Estação de Tratamento de Água de Bela Fama, de propriedade da Copasa, além de toda a Zona de Segurança Secundária (Honório Bicalho, Rio Acima, Raposos e Nova Lima). Além disso, também afirmou que a barreira tem capacidade para reter todo o rejeito da barragem, em caso de rompimento.

Vale se pronuncia

De acordo com a mineradora, não houve alteração estrutural ou no nível de emergência em nenhuma de suas estruturas da mina Mar Azul, em Macacos. “As imagens dos moradores tratam de um deslizamento de terra natural provocado pelas chuvas e que segue monitorando as barragens da mina”. A Vale afirma que a estrutura apresenta condições normais e permanece estável. Diz que o acúmulo da água, provocado pelas chuvas, com volume aproximado de 565 mm, somente nesse sábado e domingo, não interferiu na estabilidade e função, sendo capaz de reter os rejeitos em caso de rompimento.

Vertedouro

Outra preocupação dos moradores é de que atrás da estrutura é possível verificar um escoamento de água. Mas, segundo a mineradora, desde o domingo (9), iniciou uma passagem de fluxo de água pelo vertedouro do muro de contenção, condição prevista no projeto. A empresa elucida que a estrutura conta com um sistema de comportas na sua base, que encontram-se abertas, por onde a água passa e segue o fluxo do rio, após a contenção. Também afirma que segue monitorando possíveis impactos no entorno e

Acessos

Por orientação da Defesa Civil, o acesso por dentro do condomínio Pasárgada foi aberto e pode ser utilizado pela comunidade de Macacos. A vale afirma que o acesso interno da Mina de Mar Azul não se encontra em condições seguras para trânsito de veículos não operacionais. De acordo com a Prefeitura de Nova Lima, o principal acesso (BR-040 - Macacos) segue interditado. “Para chegar ou sair da comunidade, deve-se passar pela estrada do Pasárgada ou Campo do Costa, ambas ligam ao Vale do Sol. Como o nível da água baixou, a passagem do centro de Macacos para o Capela Velha está liberada. Apenas veículos de pequeno porte conseguem seguir da sede de Nova Lima para Macacos, via Jardins de Petrópolis, pois há pontos onde a pista cedeu. O acesso pela Rua Ludovico Barbosa (Pau Pombo), próximo ao Supermercados BH / Posto do Jambreiro, está interditado”, informou o Governo Municipal.

Água

Em relação a disponibilidade de água, a Copasa informou que o abastecimento na região está paralisado devido ao rompimento da adutora de água bruta, em virtude de um deslizamento de encosta na região. Segundo a companhia, técnicos estão trabalhando para que a retomada da operação do sistema ocorra o mais breve possível. Já foram mobilizados caminhões-pipa para garantir o fornecimento de água tratada regular para a população. A Copasa ainda prevê que o abastecimento seja normalizado, gradativamente, na noite do próximo domingo (16/01).

Monitoramento

Em relação às barragens da região, a Administração Municipal reiterou ainda que a Defesa Civil segue monitorando as estruturas regularmente, além dos demais pontos onde há registros de ocorrências ou riscos de deslizamento de terra, inundações e outros reflexos das chuvas. Caso haja necessidade de retirar pessoas das casas, segundo o Governo Municipal, as equipes da prefeitura e da Defesa Civil estão preparadas para agir.

Muro de contenção Macacos


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Foto: Marcos Neves

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Raposos submersa Calamidade Pública

Nos últimos dias, população conviveu com o medo, a perda de bens materiais e a falta de energia elétrica. Cidade conta com voluntários e doações para se reerguer após nova enchente em um intervalo de apenas dois anos

As marcas da enchente, ocorrida em 2020, ainda nem tinham sido esquecidas quando outra tragédia, ocasionada pelos temporais, assolou novamente a cidade de Raposos nos primeiros dias de 2022. As águas do Rio das Velhas, que se somam as do Ribeirão do Prata, tomaram as ruas, no final de semana, cobrindo casas e deixando grande rastro de destruição. Segundo a prefeitura da cidade, no total, 2.200 pessoas estão desabrigadas e 9.500 desalojadas no município, sendo que elas foram encaminhadas para escolas da cidade, casas de parentes, casas alugadas ou foram para outras cidades. A perda de móveis, roupas, alimentos e de casas se soma a falta de energia elétrica na maior parte da cidade e da comunicação precária para a população que reclama ainda da falta de internet e do sinal de telefone.

Fotos: Marcos Neves

A prefeitura afirma que a cidade não contabiliza, até o momento, moradores ilhados, vítimas fatais e nem desaparecidos. Entretanto, agora, com a redução do nível do rio, a população luta para se reerguer e minimizar os prejuízos. Junto aos moradores e voluntários, o Governo Municipal atua na limpeza da cidade e conta com doações para ajudar os que mais precisam. Um trabalho intenso e contínuo, visto que os danos materiais, além dos psicológicos, permanecem mesmo com as chuvas indo embora.

Limpeza

A prefeitura informa que a limpeza da cidade iniciou na tarde de terça-feira (11), dando sequência, na quarta-feira (12), nas principais vias de acesso, sendo a área central, Rua Herval Silva, Ponte Magalhães Pinto, Ponte Nova e bairro Várzea do Sítio. Até ontem, a Ponte Magalhães Pinto e a Ponte Nova estavam com acesso liberado, como completa o Governo Municipal. A programação para hoje (13) é continuar a limpeza e desobstrução de vias. A prefeitura lembra que existe uma equipe que trabalha na madrugada para acelerar os trabalhos.

Avaliação dos danos

Existem ainda vários pontos com muita lama em Raposos, entre eles, Várzea do Sítio, Matadouro, Herval Silva e boa parte da Rua Vereador Felipe Alves da Rocha. Ainda segundo a prefeitura, ocorreram, durante a enchente, quatro deslizamentos de encostas, seis colapsos de residência e há três vias colapsadas dentro da cidade, além de uma residência interditada. A Ponte do Galo, que dá acesso a cidade, está com estrutura danificada, aguardando Defesa Civil e DER - Seinfra avaliarem o grau de dano. A prefeitura destaca que trabalha para avaliar os danos no município, uma vez que o Rio das Velhas demorou para abaixar.

Doações necessárias

As doações são o alicerce daqueles que perderam tudo, neste momento. A prefeitura recolhe cestas básicas, kits de limpeza, EPIs, galochas, cordas, cones, pás, carrinhos de mão, vassouras, rodos, enxadas, kits de higiene pessoal (desodorantes inclusos), fraldas geriátricas e infantis e absorventes. Os pontos de recebimento das doações são a Secretaria de Assistência Social (Rua Ernesto Cassilhas, Centro - próximo a rodoviária), a Quadra

do Estrela (Rua do Rosário) e a Prefeitura de Raposos (Praça da Matriz, nº 64). Um novo ponto de doações fica localizado em Belo Horizonte. A Igreja Congregacional Rebentos de Oliveira (Rua Érico Veríssimo, nº 695, Candelária).

O Governo Municipal reitera que, até o momento, Raposos conta com o apoio somente de uma empresa na doação de máquinas para a limpeza da cidade, o que estaria contribuindo com a demora da liberação e limpeza das ruas e vias.

Covid-19

Não basta a tristeza e os desafios impostos pelas enchentes, a Covid-19 também é realidade, e os cuidados para evitar a doença devem permanecer. De acordo com a prefeitura, a vacinação contra a Covid no município foi bem ampla antes da enchente e não houve perda de vacinas com as chuvas. “Quem testa positivo para Covid-19 é levado para uma área especifica e tem acompanhamento dos agentes comunitários”, completa. O Posto de Saúde Doutor Francisco dos Cabral está realizando testes rápidos. Também estão sendo realizados testes nos abrigos, segundo a prefeitura.

Falta de energia

Além da falta de internet e sinal de telefone, moradores reclamaram da falta de luz no município. A Cemig informa que equipes da companhia identificaram que um desmoronamento causou a queda de uma árvore de grande porte, que por sua vez derrubou postes e parte da rede que atende o município, causando uma falha generalizada no local. A empresa reitera que ao longo da tarde, os clientes foram sendo restabelecidos de maneira gradual, com prioridade para locais como postos de saúde que armazenam vacinas. O último bloco de clientes da área urbana teria sido religado por volta das 19h dessa quarta-feira.


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Destruição toma conta do cenário de Honório Bicalho e Santa Rita, após alagamentos. União, resiliência e solidariedade são evocados para que comunidades se reergam Ao caminhar pelas ruas de Honório Bicalho e Santa Rita, após as enchentes que acometeram a cidade de Nova Lima, no final de semana, o cenário é praticamente de guerra. Móveis, eletrodomésticos, brinquedos e roupas são arremessados pelos moradores, em direção ao centro da rua. Desfazem de quase todos os seus pertences conquistados com o esforço do trabalho de uma vida inteira, mas não há tempo para despedidas. O momento pede urgência. Em seguida, escavadeiras passam recolhendo esses objetos, que são depositados em caminhões que farão o descarte apropriado. A lama invade tudo. Está presente dos pés à cabeça. Ocupa as vias, casas, igreja e escolas. Nos destroços, pode ser observado de vasos sanitários a bonecas, de alimentos de pequenos mercados a cadeiras de praças.

É impossível não recordar de outros eventos ocorridos em Minas Gerais, na qual a lama foi protagonista, afogando, inclusive, vidas de animais silvestres, domésticos e de seres humanos. Mas, nessas enchentes de 2022, em Nova Lima, até o momento, não há mortos e desaparecidos, só que ainda assim a situação dos atingidos é caótica. O que era lar, virou destruição, e a sensação é de que passado, presente e futuro se misturam e se mancham de barro. No olhar de cada um é possível notar uma angústia dolorosa, ainda não sabem o que farão, mas há uma certeza unânime: recomeçar é preciso. Em paralelo à destruição e dor, também sobra força e coragem nos atingidos. A partir da união e da soma de esforços da comunidade, amigos e voluntários, aos poucos, pacientemente, transformam o caos em solidariedade.

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até mesmo um enorme tronco de árvore em cima da laje de uma casa agora compõem a imagem do local. “Tem 40 anos que moro aqui, é a quarta enchente, mas desse tamanho, foi a primeira vez. Em minutos encheu. Fomos tirando os móveis debaixo d’água, porque não tivemos tempo. As casas que não tem segundo andar, o pessoal perdeu tudo. Tem cerca de 1,20m de lama dentro das casas”, conta a população do bairro. José Miguel lembra que conseguiu sair de casa no momento, mas que seu irmão não. Ficou ilhado em cima de uma casa vizinha. “Se fosse para tirar ele na hora, só com helicóptero”, conta. Na casa em frente a de José, a marca de barro na linha entre parede e teto indicam até onde a lama chegou naquela residência.

Os esquecidos

A água nessa localidade abaixou significativamente no domingo, conforme relatam, e dessa forma já iniciaram a limpeza das residências. Eles compartilham que doações de vassouras, rodos, água e alimentos preparados têm chegado até a comunidade, mas na terça-feira (11) completava-se três dias de limpeza e ainda faltava maquinário apropriado para retirar os destroços, situação que traz um sentimento de estarem sendo esquecidos. “Tivemos um apoio mais cedo da Prefeitura de Nova Lima, os funcionários estiveram na parte da manhã e ajudaram durante cerca de 40 minutos a uma hora. Só que depois não tivemos mais nenhum apoio. Achamos um voluntário que nos ajuda com uma escavadeira, porque está tudo absolutamente tampado de barro”, salienta Jerry Rodrigues, morador de Santa Rita, que também teve sua casa atingida, mas em menos proporção que outros vizinhos.

Tristeza e raiva

Parte da população da região de Honório Bicalho ficou ilhada com a cheia do Rio das Velhas que, segundo os moradores, aconteceu em questão de poucos minutos. “Fiquei em casa. Não dava para sair. A água batendo na cintura. Não tivemos apoio. Desesperados, foram os vizinhos ajudando vizinhos. Ficamos ilhados na parte de cima, faltou 1,70m para atingir o segundo andar. É um misto de sensações, tristeza e raiva ao mesmo tempo, porque não sabemos como iremos fazer”, contam os moradores do distrito. Muitas pessoas suspenderam alguns pertences, mas o volume de água foi tão grande que não adiantou, inclusive abrangeu áreas de Honório Bicalho que não eram atingidas nos ocorridos dos anos passados.

Barro

O mesmo cenário se repete no bairro de Santa Rita, próxima à região do distrito. Destroços de muros e

Voluntariado

Wilson Afonso, o voluntário que trabalha incessantemente na retirada de entulhos e lama da rua Sete, em Santa Rita, confirma que a máquina foi emprestada pela empresa em que trabalha. “O apoio do Governo Municipal na segunda-feira (10) foi de oito pessoas. Mandaram uma máquina carregadeira para cá que não atende as ruas que temos aqui, ela ficou presa e tive que retirá-la. Hoje, terça-feira (11), enviaram novamente a carregadeira, mas ela ficou parada porque perdeu o freio, são equipamentos

Depois da enchente Capa


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a e, a lama

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velhos. Aqui não tem funcionário da prefeitura, somos todos voluntários. A minha máquina já estourou a mangueira e também já precisamos de buscar mais diesel, tudo arcado do nosso bolso, sem nenhum recurso da prefeitura. A rua inteirinha está sendo limpa pelos próprios moradores”, evidencia.

Saúde mental

De acordo com o Governo Municipal, até o momento não foi registrado nenhuma morte ou desaparecido, e, por enquanto, foram contabilizados, até o momento, quatro mil pessoas desabrigadas que estão espalhadas, acolhidas, temporariamente, em casas de amigos, parentes, ou nos equipamentos públicos como Faenol, Casa de Passagem Feminina e Masculina. Não existem mais áreas inundadas e apesar de não haver mais pessoas ilhadas na região, as marcas que ficam após vivenciar a comunidade submersa não estão apenas nas paredes das casas, mas também na memória. “Os bens materiais a gente conquista, mas o importante agora é o psicológico, como ele fica?”, questiona os moradores de Honório Bicalho.

Honório Bicalho

Desconfiança

Além da preocupação com o presente, futuro e novas enchentes - já que as regiões ainda permanecem em estado de alerta e vulnerabilidade - outro medo que afligem os moradores é em relação ao motivo das águas terem subido tão rápido. “Essa lama é puro minério. Nada tira da nossa cabeça a possibilidade de alguma barragem de água, utilizada pela mineradora, ter sido aberta para diminuir o volume diante tanta chuva”. De acordo com o Governo Municipal, não há evidências de que essas enchentes tenham ligação direta com questões relacionadas às barragens. Tendo ou não influência, é inegável que o cenário pós-enchente, por causa da lama que toma conta de tudo, lembra as situações de desastres ambientais já ocasionados anteriormente em Minas Gerais, como em Mariana e Brumadinho, em 2005 e 2019, respectivamente, quando houve o rompimento de barragens, o que pode evocar no povo tal receio.

Solidariedade

Santa Rita

Apesar de tanto sofrimento, as comunidades se unem para se reerguer. “Nós ainda não sabemos, não conseguimos mensurar o tamanho dos prejuízos. Não sabemos como vamos nos reerguer, mas vamos começar do zero. Precisamos renascer”, consideram os moradores de Honório Bicalho. Em paralelo à destruição, sobra força e coragem de moradores, amigos, funcionários públicos e voluntários para enfrentar a lama. Apesar de, em muitos, haver um sentimento de abandono, é a partir da soma dos esforços que eles vão transformando o caos em solidariedade, sendo exemplos de compaixão, empatia e amor ao próximo. “A população abraçou a causa com muito amor, é isso o que vai nos ajudar muito para continuar”, finaliza José Miguel.


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Foto: Júnia Rodrigues

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Emília de Lima recebe doações Solidariedade

Escola municipal é ponto de arrecadação de itens para as vítimas das chuvas em Nova Lima. Secretário de Desenvolvimento Social recomenda não levar as doações diretamente às áreas atingidas

Nos últimos dias, o país acompanhou o sofrimento de moradores de Nova Lima e região que perderam tudo por causa dos temporais. E nesse cenário de destruição, as doações são fundamentais para ajudar essas famílias a se reerguerem. O ponto de arrecadação principal de doações para as vítimas da chuva dentro do município é a Escola Municipal Emília de Lima, localizada na Rua Abolição, nº 88. O espaço de solidariedade na área central da cidade está funcionando, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h. O secretário municipal de Desenvolvimento Social, Diego Garzon, lembra que as doações devem ser concentradas na escola, a fim contribuir com o melhor atendimento da população que mais necessita.

Logística de distribuição

Diego Garzon explica que as doações que chegam à escola são organizadas e encaminhadas aos pontos de distribuição, localizados nos bairros Honório Bicalho, Santa Rita e Bela Fama. “Não é recomendável ir até esses pontos. A gente tem que levar em consideração que esses lugares foram duramente afetados. Então, quanto mais temos pessoas e carros de fora, mais a gente ocupa aquele espaço e prejudica o trabalho das equipes, e pode, até mesmo, colocar em risco as próprias pessoas que estão chegando”, pondera. Ele reforça que o ideal é levar as dações ao Emília para que a prefeitura possa encaminhá-las aos locais atingidos.

Itens arrecadados

Toda ajuda é bem vinda. Estão sendo recebidos: produtos de higiene pessoal, água potável, calçados, alimentos não perecíveis e produtos de limpeza pesada (pás, vassouras, enxadas, sacos de lixo, etc). “Neste momento, a gente está pedindo para a população canalizar os esforços em água potável, produtos de limpeza pesada, de higiene pessoal e alimentos não perecíveis”, reitera.

Vontade de ajudar

A todo o momento chegam à escola, seja de carro ou a pé, roupas, alimentos, itens de higiene pessoal e a esperança de ajudar o próximo em cada doação. Os itens são separados, de acordo com o tipo, com muito amor e cuidado por profissionais da prefeitura e voluntários que doam seu tempo para exercer a solidariedade.

A vontade de contribuir se apresenta de várias formas. A moradora do bairro Cabeceiras, Ariana Paula de Jesus, por exemplo, além de ter levado à escola itens para doar, fez questão de produzir um lanche caprichado para as pessoas que atuam na linha de frente desse belo trabalho de apoio às vítimas da chuva. “Venho de uma família que, desde criança, ensinou muito isso, a caridade. Falo que a caridade é ato de amor, é de Deus, então é tudo feito com amor para ajudar as pessoas que estão passando por dificuldade neste momento”, diz.

Trabalho contínuo

Para o secretário municipal de Desenvolvimento Social, as dações reafirmam que a população é muito solidária e que a cada dificuldade da comunidade, se organiza para ajudá-la. “A gente precisa agradecer e ao mesmo tempo pedir que as pessoas continuem doando e entendendo que o momento não passa com um, dois ou três dias. A maioria das pessoas terá comprometimento nas suas vidas ao longo de muito tempo. Doem e nos ajudem a chegar com essas doações àqueles que mais necessitam”, finaliza Diego.

Faça sua doação nos pontos: Escola Municipal Emília de Lima Funcionamento: 2ª a 6ª feira, 9h às 18h

Regional Norte - Vila da Serra Funcionamento: 2ª a 6ª feira, 8h30 às 16h30 Ed. Serena Mall Rod. Januário Carneiro, 8.625 - 4º andar da Torre 2 - Vale do Sereno

Doações de grandes volumes (caminhões e carretas) ou grupos de voluntários, entrar em contato: 9.8006-4190 Itens arrecadados: Materiais de limpeza em geral, itens de higiene pessoal, ferramentas como pás, enxadas e rastelo. Roupas não são necessárias no momento.


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onde a enchente foi mais crítica, inclusive pondo a mão na massa. Tenho a felicidade de trabalhar com pessoas de minha inteira confiança e que mostraram, mais uma vez, sua capacidade de resposta rápida ao desastre”.

Foto :Joao Moraes

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População engajada

Já em seu primeiro dia, liberado pelos médicos, na terça-feira (11), João Marcelo estava nas áreas atingidas pelas enchentes e acompanhou as ações da prefeitura nos bairros de Honório Bicalho, Santa Rita e Nova Suíça. “Eu já sabia que a população de Nova Lima era guerreira e solidária, mas poder ver isso de perto, como estou fazendo desde terça-feira, é diferente. Temos uma população muito engajada e participativa”.

Gestão da crise

“Vamos superar mais esse desafio”

O primeiro passo de João Marcelo, ainda na sextafeira (07), foi a criação do Comitê de Gestão de Crise e, no domingo (09), decretou situação de emergência no município. “Essas decisões agilizaram nossas ações e compras, sem prejuízo das restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal. Foi, realmente, uma chuva histórica. Não esperávamos que castigasse tanto nossa cidade. Mas sabíamos que precisávamos dar uma resposta rápida para toda a população. Nesses momentos, precisamos tomar as atitudes certas na hora certa. Por isso, de imediato, mobilizamos todo o secretariado e os órgãos públicos para darmos essa resposta, o mais rapidamente possível”.

Enchente

Plano de Reparação aos atingidos pelas enchentes está em processo de planejamento e, logo, será apresentado à população

Em seu primeiro ano de mandato, o governo do prefeito de Nova Lima, João Marcelo (Cidadania), foi marcado pelo combate à pandemia da Covid-19. Apesar das mortes, que entristecem os novalimenses, as ações desenvolvidas pelo município, com a liderança de João, foram fundamentais para os bons resultados ao longo do ano. Em entrevista ao A Banqueta de Notícias, na última edição de 2021, o prefeito afirmou que para o ano de 2022, a população poderia esperar entregas de sua gestão à cidade. Mas, com apenas sete dias do novo ano, um outro enorme desafio bateu à porta: o maior volume de chuva dos últimos 30 anos, conforme evidencia o próprio prefeito, estraçalhou as importantes regiões de Honório Bicalho e Santa Rita. Diante de tanta destruição, ações imediatas, em caráter de urgência, estão sendo tomadas, e logo, o Plano de Reparação

Primeiros objetivos

será apresentado pelo Governo Municipal.

Mais um desafio

A população nova-limense espera que João Marcelo auxilie a retomada da vida dos mais de quatro mil desalojados que a chuva deixou, mas que o seu governo também faça as entregas que prometeu, já que o chefe do Executivo afirmou que o primeiro ano de seu mandato foi de combate à pandemia e de planejamento. Os desafios fazem parte de sua vida. João se tornou vice-prefeito aos 24 anos de idade e, aos 28 anos, elegeu-se prefeito de uma das cidades mais importantes de Minas Gerais. Em entrevista, exclusiva ao A Banqueta, no QG da Defesa Civil, instalado no Clube do Sindicato, em Honório Bicalho, ele reafirmou que a população pode confiar nele e em seu governo, e que, mais uma vez, sua equipe de trabalho irá superar, ao lado do povo nova-limense, mais esse desafio.

Mesmo doente, trabalhando

O primeiro desafio do prefeito no combate às enchentes foi de liderar sua equipe de longe, uma vez que foi diagnosticado com a Covid-19 e Influenza, sendo um dos casos de duplo-infectados. “Nada supera o sofrimento das pessoas que perderam tudo. Mas confesso que foi angustiante acompanhar o sofrimento delas de longe. Mesmo de casa, estava ligado diretamente a todos os principais gestores da prefeitura e preciso, aqui, ressaltar a atuação de nosso vice-prefeito, Diogo Ribeiro, que, desde o primeiro momento, esteve em todas as localidades

A prefeitura, segundo João Marcelo, inicialmente preocupou-se na sobrevivência das pessoas que moram nas áreas atingidas pelas chuvas. “No primeiro momento, ficamos focados na emergência de salvarmos vidas e de não deixar que o pior acontecesse, mesmo sabendo que essa chuva foi a pior dos últimos 30 anos. Agora, estamos na fase de uma melhora da chuva, recuo do rio, águas abaixando nos bairros mais atingidos. Já estamos com máquinas e pessoas na rua para a desobstrução das vias, limpeza das casas e acolhimento daqueles que não tinham para onde ir”.

Próximos passos

Mas a ansiedade já começa a fazer parte das famílias que perderam tudo, e que após a limpeza, precisam retomar suas vidas e reconstruir suas casas. Por isso vem a pergunta: e, agora, quais serão os próximos passos? “Já começamos a fazer um cadastramento mais profundo dos atingidos, por meio dos atendimentos feitos pela Assistência Social e pelas vistorias da Defesa Civil. Isso nos guiará no Plano de Reparação, quando poderemos organizar toda a recuperação necessária. Já estamos, também, pensando no futuro, nas ações que a prefeitura poderá fazer para diminuir os impactos sobre os novalimenses, mesmo sabendo que essa enchente foi um ponto fora da curva”.

Agradecimento

João Marcelo também reforça que todo o governo está empenhado em fazer tudo que é possível. “Até porque, é nossa obrigação. Eu e o Diogo fomos eleitos para isso. Mas, eu preciso agradecer - com todo reconhecimento do mundo - a ajuda dos voluntários e de empresas que fizerafm doações aos atingidos pela enchente. Tem gente de todo lugar da cidade indo aos bairros atingidos para ajudar na limpeza, de moradores que eles nunca viram na vida. Esse é o sentimento da nossa população: solidariedade. Toda essa participação é de grande valia para nós”, finaliza.


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Câmara destina R$ 2,9 milhões para a Defesa Civil de Nova Lima

A Câmara Municipal de Nova Lima, através de seus vereadores, repassou para a prefeitura R$ 2,9 milhões, a serem investidos na compra de equipamentos e insumos necessários para atuação da Defesa Civil no município. A portaria que determinou o repasse foi assinada pelo presidente da Casa Legislativa, Anisinho (PTB), nessa segunda-feira (10). Segundo o parlamentar, o valor é referente ao montante economizado pela Câmara durante o ano de 2021.

Apoio unânime

A portaria também determinou a integração de todos os membros do Poder Legislativo ao Comitê de Gestão de Crise, instituído pelo Governo Municipal, além da criação de um ponto de recolhimento de doações para atendimento às vítimas das chuvas, na sede do Legislativo. “Gostaria de ressaltar o apoio unânime dos vereadores, o que demonstra o comprometimento da Câmara com o atendimento à calamidade pública provocada pelas chuvas e com a austeridade no gasto do dinheiro público”, afirma o parlamentar.

Escola destruída

A Escola Estadual Josefina Wanderley Azeredo, responsável pelo ensino dos jovens de toda a Região Nordeste da cidade, foi um dos prédios mais afetados pela enchente que arrasou Honório Bicalho. O muro da frente da escola caiu, todo o mobiliário da instituição foi embora, sem falar nos documentos, livros, computadores e impressoras que foram destruídos pela lama. O problema maior é que, se tratando de Estado, tudo é mais moroso, por isso é preciso que a Prefeitura de Nova Lima faça alguma intervenção, desde já, junto ao Governo Zema, pois, caso contrário, as aulas programadas para voltar em 7 de fevereiro vão demorar muito mais tempo para serem retomadas em Bicalho e região.

Pontilhão dos Cristais

Um escorregamento de terra, próximo das “sapatas” do Pontilhão dos Cristais, vem assustando moradores de Nova Lima, até porque esse trecho da MG-030 segue interditado. Porém, a Prefeitura de Nova Lima esclareceu que a interdição da estrada, que compreende o Trevo dos Cristais e a entrada do bairro Chácara Bom Retiro, não é devido ao escorregamento de terra, mas sim devido ao risco

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de deslizamentos que ocorre no trecho. Ainda segundo o Governo Municipal, foi realizada uma avaliação no pontilhão, tendo sido constatado um escorregamento de terra, mas que, neste momento, não traz risco à estrutura. O local segue interditado desde a quinta-feira (6), sem previsão de liberação.

MG-030

Por falar na MG-030, além do trecho do Pontilhão dos Cristais, outro ponto segue parcialmente interditado. Próximo ao Condomínio Ville de Montagne, o tráfego é feito em uma via, através de mão dupla. Também estava com problemas a entrada do Condomínio Vila Castela e a entrada para Nova Lima era feita pelo Vale do Sereno. Mas, felizmente, no final da tarde dessa quarta-feira (12), a prefeitura liberou a via. Com isso, somente o trecho da MG-030, que compreende o Trevo dos Cristais e a entrada do bairro Chácara Bom Retiro segue completamente interditado.

também não há interdição na via e, sim, uma sinalização para coibir o estacionamento no local. No entanto, a prefeitura continua fazendo o monitoramento para saber se vai necessitar de maiores intervenções.

Conselho de Saúde tem novo comando

Durante reunião extraordinária, nessa terça-feira (11), foi eleita a nova Mesa Diretora do Conselho Municipal de Saúde de Nova Lima (CMS), para o período de janeiro de 2022 a janeiro de 2023. A nova presidente é Edilene Padilha, representante do Sindicato dos Mineiros. O vice-presidente é Fabrício Souza, dirigente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais. A ex-presidente do CMS, Irlene Nunes, funcionária pública concursada da Secretaria de Saúde, é a 1ª secretária. E Mônica Paula Oliveira, funcionária da Faenol é a 2ª secretária.

Divisão de responsabilidades

O trecho da MG-030 que compreende o município de Nova Lima tem uma parte municipalizada e outra que ainda é de competência do Governo do Estado. O trecho de responsabilidade da prefeitura, compreende a Trincheira das 6 Pistas até a Academia de Tênis, localizada após a curva do Condomínio Vale dos Cristais. O outro trecho contempla do Trevo da Máquina até o Trevo do Supermercados BH, próximo à Avenida José Bernardo de Barros. Portanto, a interdição próximo ao Vila Castela e ao Pontilhão dos Cristais são de responsabilidade do Governo Municipal. Já a do Ville de Montagne é de competência do Governo Estadual.

Avenida Presidente Kennedy

Durante a maior parte de 2021, a Avenida Presidente Kennedy representou um pesadelo para motoristas nova-limenses, devido ao grande período em que ficou interditada e em obras, devido às chuvas ocorridas em fevereiro do ano passado. A prefeitura realizou obras de recuperação de uma das vias e de um muro de arrimo, liberando completamente a via. Entretanto, nessa quarta-feira (12), metade da via foi novamente interditada após um deslocamento de meio fio da avenida. O Governo Municipal tranquiliza a população, pois, segundo ele, não há dano estrutural no arrimo e

TV Banqueta

Após um período de recesso, a equipe do Jornal A Banqueta de Notícias e a TV Banqueta voltam com toda a força para 2022. O trabalho desenvolvido pela equipe na cobertura das enchentes em Nova Lima e região é uma amostra do que será desempenhado ao longo do ano. As visualizações das matérias, entrevistas, e o ao vivo, nas redes sociais, comprovam o sucesso da emissora e a credibilidade junto à população nova-limense. Hoje, quinta-feira, às 19h, está de volta, ao vivo, o Resenha Banqueta, com o diretor do Grupo Banqueta de Comunicação, Fred Sarti, Zé Raimundo do jornal Cultura e Comércio, o servidor público Betão, além das jornalistas do A Banqueta. Eles vão debater tudo sobre a enchente que assolaram Nova Lima nos últimos dias. Já na segunda-feira (17), às 20h, estará de volta, o Banqueta Esporte, falando tudo sobre a preparação do Villa Nova para a disputa do Mineiro 2022.


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BASTIDORES

Nesta semana, a diretoria do Villa Nova assinou um contrato com três empresas que serão responsáveis pela montagem do Villa Nova SA, buscando novos caminhos para o futuro do Leão do Bonfim. A primeira será responsável pela constituição jurídica do clube em empresa. A segunda, pela João Vitor Xavier e estruturação organização para futuro pagamento das dívidas do Villa. E por fim, uma terceira empresa será responsável pela captação de recursos e novos parceiros comerciais para investir no clube. Após a finalização de toda essa construção jurídica, o presidente Bruno Sarti, ao lado do vice-presidente Cláudio Horta, apresentará esse trabalho ao Conselho Deliberativo do Villa Nova para aprovação e alterações. Paralelo a isso, o elenco do Leão segue fazendo a sua preparação para a disputa do Campeonato Mineiro da 1ª Divisão, no CT do Coimbra, em Contagem. O grupo está praticamente fechado. Alguns jogadores do elenco que disputou a Segundona permanecem no clube, como o goleiro Glaycon e o atacante Gustavo Crecci. O Villa, ao

lado do Coimbra, foi ao mercado e contratou o experiente volante, Leandro Salino, o lateral-direito, Danilo Belão, que estava na Caldense e o zagueiro Gabriel Furtado, jovem promessa do Palmeiras-SP. Também outro zagueiro, o experiente Kadu, que estava na Chapecoense, o meia, Renan Mota, que disputou a última temporada pelo Villa Nova-GO, o atacante Thiago Mosquito, que estava no Maldonado do Uruguai e o volante Wesley, de 21 anos, que foi lançado pelo treinador Sampaoli, em sua passagem pelo Atlético-MG. As outras contratações, meus queridos torcedores villanovenses, vocês ficarão por dentro nas próximas edições do A Banqueta. Televisão: a Rede Globo fechou contrato com a FMF para transmissão do Campeonato Mineiro de 2022 e 2023. Mas somente para jogos envolvendo Atlético e América. Jogo-treino: o Villa realiza seu primeiro jogo-treino este sábado (15), às 10h, no Alçapão do Bonfim, contra o time do Itaúna. Cruzeiro: o novo dono da Raposa, Ronaldo Fenômeno, finalmente concedeu uma entrevista, na última terça-feira (11), para a imprensa e para os torcedores cruzeirenses. Ele respondeu perguntas feitas por jornalistas e foi, embora um pouco vago ainda, bastante sincero em suas declarações no que diz respeito à situação do Cruzeiro. Em relação à polêmica saída de Fábio, ídolo celeste, o Fenômeno respondeu que tentou realizar uma proposta viável para o atleta, mas um acordo não foi estabelecido, e ainda afirmou que é preciso seguir em frente, já que nenhum jogador é maior do que a instituição Cruzeiro Esporte Clube. Ainda restam algumas dúvidas no ar, como: quando

AMIGOS DO RJ

Em pé: Gabriel, Bruno, Gabriel, Guilherme, Amarildo, Leandro, Café, Mael, Marcelo, Veizinho, Renan, Juliano, Chuim, Lucas, Téo, Fred Sarti e Oval

Agachados: Lúcio Van, Sander, Michel, Danilo, Lincoln, Marciano, Danúbio, Diu, Dani, Jeferson, Rafael Júnio, Gustavin, Bernardo, João Augusto, Poinha, Matheus, Gabriel Cruz, Bismarck e Josemar

as dívidas do Transferban serão pagas, ou quanto ainda será investido em reforços? Mas, as palavras de Ronaldo mostram que se há uma luz no fim do túnel, a atual gestão fará o possível para alcançála, junto do principal pilar de um time de futebol: seu torcedor. Atlético: há menos de uma semana da reapresentação dos atletas para a temporada, o Galo segue sem confirmar a contratação de um novo técnico. Os esforços iniciais, todos direcionados a Jorge Jesus, não deram resultado. A segunda opção, o compatriota Carlos Carvalhal, optou por cumprir seu contrato no Braga. Também procurado, o argentino Eduardo Perizzo, ex-técnico da seleção Paraguaia, disse não ao chamado alvinegro. Agora, faltando seis dias para o início da pré-temporada, não se sabe quem será o comandante atleticano no ano de 2022. Questionada, a diretoria do Atlético afirmou que a montagem do elenco não é algo que preocupa, já que as contratações realizadas serão pontuais e a base da equipe que conquistou tudo em 2021 será mantida. De toda forma, toda essa incógnita, a cada dia, é incômoda para o torcedor atleticano, que mais uma vez, deseja ver uma equipe ganhadora. Por um lado otimista, o Galo confirmou a contratação do zagueiro uruguaio Godín, que atuou por muitos anos no Atlético de Madrid, da Espanha, e estava no Cagliari da Itália. O jogador da seleção uruguaia chegou para substituir Júnior Alonso, que se transferiu para o Krasnodar, da Rússia. Contudo, a confirmação de um novo técnico é o que realmente se espera nos próximos dias, na Cidade do Galo.

No Fundo do Baú

Esta semana, vamos homenagear o time Amigos do RJ, criado em 2015, pelo professor de educação física, empresário e diretor de departamento de esportes da Prefeitura de Nova Lima, Rafael Júnio. Há sete anos, seus amigos se juntam no final do ano para jogar uma pelada e bater aquela resenha depois da partida. Além disso, o encontro tem caráter social, nos últimos anos os atletas levaram litros de leite que foram doados ao Lar dos Idosos. Em 2021, foram recolhidas fraldas geriátricas que foram repassadas ao Paulinho Resenha. Enquete - Quais foram os melhores jogadores time Amigos do RJ, de 2021? Envie sua resposta para a enquete, no e-mail: abanqueta@gmail.com. Participe!

Resposta da enquete anterior - Os melhores jogadores do Sub-15 do POC, campeão Nova-limense de Futsal, em 2017, foram: em 1º lugar, empatados com 50% dos votos, Raique e Yago.


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Solidariedade mineira

Desde as fortes chuvas que atingiram Nova Lima, Raposos e Rio Acima, a população desses locais entrou em alerta e pânico, com seus municípios, inclusive, decretando estado de emergência. A tristeza e revolta tomou os moradores das comunidades atingidas, que viram seus pertences e lares serem tomados pela água e, em seguida, pela lama. Durante todo momento, o Jornal A Banqueta de Notícias e a TV Banqueta, levaram aos seus leitores e telespectadores informações de qualidade, enquanto toda a população, entre atingidos, amigos, voluntários e funcionários públicos, arregaçaram a manga para transformar a destruição em lar novamente. Fotos: Marcos Neves e Arquivo Jornal A Banqueta.


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