Tempo Livre Março 2013

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TempoLivre N.º 246 _ Março 2013 _ Mensal _ 1,00 euro _ www.inatel.pt

Viola Beiroa Um património a preservar

Foto: José Barros



[ Editorial ]

Cultura e Turismo Social

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uando se fala de cultura, isso é, para muitos, sinónimo de narrativas rebuscadas, porventura incompreensíveis, reservadas à fruição das elites mais refinadas. Quando se fala de INATEL, pensa-se tantas vezes em turismo massificado de grandes grupos que consomem passivamente o que quer que lhes seja dado ver e sentir, em facilitismo que só alimenta memórias curtas, que logo se esquecem no dia seguinte. Nada é mais falso! A Fundação INATEL tem demonstrado desde há décadas como tais estereótipos são desajustados da realidade cultural do País e das ocupações de lazer mais enraizadas nas nossas tradições populares a que estamos tão profundamente ligados. A INATEL tem hoje uma larga experiência na recolha e inventariação do património cultural imaterial de reportórios, trajes, tradições, festividades, grupos etnográficos e folclóricos, de música e teatro populares e associações que promovem estas práticas. Promove, em simultâneo, atividades em oficinas de tempos livres que valorizam memórias e saberes da cultura tradicional. Apoia festivais de música como o de Goa, ao mesmo tempo que reabilita e preserva instrumentos musicais tradicionais, como neste número da TL se assinala. Este trabalho de décadas valeu-nos o reconhecimento pela UNESCO como ONG para área do Património Cultural Imaterial da Humanidade, em 2010, tendo sido a primeira instituição a granjear esta chancela em Portugal. Gerimos, também, o Teatro da Trindade, construído em pleno séc. XIX no local onde, antes do grande terramoto de 1755, funcionara a primeira tentativa conhecida de implan-

tar um Teatro Popular de Ópera em Lisboa. A partir de 1962, entrou na posse da FNAT/INATEL, ficando salvaguardado o mais bem preservado exemplar de teatro à italiana do país, o qual constitui um património ímpar em termos de arqueologia teatral em Portugal. Neste espaço, tem sido possível proporcionar aos associados INATEL e a toda a população o melhor das manifestações de cultura popular portuguesa. Os projetos e programas de cultura desenvolvidos pela Fundação INATEL estão essencialmente voltados para as pessoas e as comunidades criadoEste trabalho ras e depositárias do riquíssimo de décadas património cultural popular porvaleu-nos o reconhecimento tuguês. Compreendem atividades que têm como missão fundamenpela UNESCO tal preencher os Tempos Livres de como ONG forma criativa e, por isso, mais para área do favorável ao pleno desenvolviPatrimónio mento pessoal dos cidadãos. Cultural Quanto ao turismo social INAImaterial da Humanidade, TEL, este cruza-se e irá cruzar-se em 2010 cada vez mais com a cultura popular, propondo programas diferenciados para públicos distintos, através dos quais se divulgam os nossos patrimónios imateriais e materiais, enriquecendo assim aquela atividade de tempos livres da população. É o caso do que nesta edição publicitamos de circuitos temáticos: o "Porto Cultural", ancorado na Casa da Música e no Museu de Serralves, e a "Arqueologia por Terras de Rodrigo" que mergulha na história, entre as gentes e as paisagens do Douro esplendoroso. n Fernando Ribeiro Mendes Presidente da Fundação INATEL

Revista Mensal e-mail: tl@inatel.pt | Propriedade da Fundação INATEL Presidente do Conselho de Administração: Fernando Ribeiro Mendes VicePresidente: José Manuel Soares; Vogais: Jacinta Oliveira Santos e Álvaro Carneiro Sede da Fundação: Calçada de Sant’Ana, 180, 1169-062 LISBOA, Tel. 210027000 Nº Pessoa Colectiva: 500122237 Diretor: Fernando Ribeiro Mendes Coordenadora de edição: Teresa Joel Design: José Souto Fotografia: José Frade Redação: Calçada de Sant’Ana, 180 – 1169-062 LISBOA, Telef. 210027000 Publicidade: Direção de Marketing (DMRI) Telef. 210027189; Impressão: Yellowmaster, S.A. – Consultoria e Produção Gráfica , Rua de São Francisco, 470 A, Armazém C. Adroana - 2645-019 Alcabideche - Tel.: 214 690 382 Dep. Legal: 41725/90. Registo de propriedade na D.G.C.S. nº 114484 Preço: 1,00 euro Tiragem deste número: 145.406

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INATEL apoia Comunidade Vida e Paz

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Protocolo INATEL/BP

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renovação do contrato de parceria estabelecido entre a Fundação e a BP, no mês último, permite prosseguir com a obtenção de desconto na aquisição de combustíveis – gasóleo, gasolina e auto gás –, através da utilização do Cartão Associado INATEL. O acordo, rubricado por José Francisco Gonçalves Vieira (BP), Fernando Ribeiro Mendes e José Manuel Soares, presidente e vice-presidente da Fundação, inclui, ainda, a substituição da totalidade dos cartões de associado, com prazo de validade até 31 de março e 30 de abril do corrente ano, emitidos no âmbito do contrato anteriormente celebrado. n

Agência do Rossio promoveu uma campanha de donativos para a Comunidade Vida e Paz, com o apoio de voluntários daquela instituição. Esta iniciativa de solidariedade, que durante três dias teve a participação de associados e colaboradores da Fundação INATEL, permitiu recolher cerca de quinze volumes, com alimentos, vestuário, calçado, e outros produtos de primeira necessidade. A Comunidade Vida e Paz – que acolhe cidadãos semabrigo para terem uma oportunidade de recuperar a dignidade e reconstruir um projeto de vida – tem levado a cabo diversos casos de reabilitação e reinserção, de pessoas que viveram situações de grande vulnerabilidade social. n


[ Coluna do Provedor ]

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uitos são os testemunhos de quem participou nos Programas de Termalismo Sénior, durante 14 anos, promovidos por diversos ministérios e organizado e gerido pela Fundação INATEL. Este Kalidás Barreto programa foi criado com o objectivo de melhorar provedor@inatel.pt e aumentar a qualidade de vida da população, com sessenta ou mais anos de idade, aliando o lazer dos beneficiários de tratamentos termais. O período é acompanhado por guias/orientadores da INATEL, que transmitem uma afabilidade necessária à boa disposição dos utentes. Há ainda o pormenor, não menos importante, de viagens de recreio de autocarros, para conhecer os locais turísticos da zona, oportunidade para melhorar a nossa cultura. Resta lembrar que a verba despendida, com os programas seniores, é recuperada economicamente pelo Estado com a ocupação da época baixa da hotelaria nacional. Compreende-se, pois, as preocupações dos nossos associados mais idosos que todos os anos esperam a iniciativa a que estão habituados e que beneficia a sua saúde, e penso que, embora consciente das dificuldades por que o país atravessa, a Fundação INATEL está atenta. n

50 Anos na INATEL

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ompletam, este mês, 50 anos de ligação à Fundação INATEL os associados: Alda Lima Carvalho, Adelaide Morais Costa, Epifanio Nunes Martins, José Ferreira Costa, José Guilherme Martins, Maria Helena Tavares, Mário Francisco Neves, Raul Guerreiro Carvalho, Saul Monteiro, de Lisboa; Henrique Manita Santos, Isilda Morgado M. Santos, de Carcavelos; Ernesto Lourenço Bartolomeu, de Sacavém; Bernardina Silva Estrela, de Queluz; José Maninha Casas, de Mem Martins; Augusto Rodrigues Ferreira, de Vila Nova de Gaia; Luís Nogueira Marin, de Sintra; Manuel Farinha Horta, de Almada; Maria Lourdes Martins Silva, de Caneças.


CULTURA

Viola Beiroa: um património a preservar

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projeto de valorização e reabilitação da Viola Beiroa, no distrito de Castelo Branco, pretende colmatar a interrupção no ensino deste instrumento, assegurado durante cinco anos pela Associação Cultural Recreativa "As Palmeiras", embora sem grandes repercussões culturais e sociais a nível local. Por outro lado, importa cumprir o objetivo geral de divulgação deste instrumento tradicional, de incidência regional, mediante a promoção de atividades culturais que estimulem um envolvimento concreto das populações, dos agentes artísticos, e culturais locais, contribuindo para uma construção e gestão participada das memórias e práticas sociais com ele relacionadas, enquanto património cultural material e imaterial a preservar. O Curso de Viola Beiroa, primeira ação deste projeto, iniciado em 2012, em parceria com a Câmara Municipal de Castelo Branco/Biblioteca Municipal e com o Rancho Folclórico Boidobra, na cedência dos espaços de formação e no apoio à divulgação, conta, ainda, com a experiência e o saber empírico do mestre tocador Alísio Saraiva, e com a virtuosidade técnica e artística do guitarrista, e professor da Escola Superior de Artes Aplicadas em Castelo Branco, Miguel Carvalhinho. Esta iniciativa tem o objetivo específico de dar início à formação de instrumentistas, e executantes da viola Beiroa, através da criação de um plano e método de trabalho que contribuem para o desenvol6 TempoLivre | MAR 2013

vimento artístico e musical dos formandos. A ação beneficiou de uma boa recetividade por parte das associações culturais locais, com atividade etnográfica e musical, contando com a participação de oito alunos, todos eles com experiência e formação musical prévia, pertencentes à Associação Cultural e Recreativa "As Palmeiras", ao Grupo de Música Popular "Quintarolas", ao Rancho Folclórico da Boidobra, ao Rancho Folclórico da Borralheira, e ao Rancho Folclórico Infantil de Unhais da Serra. O primeiro resultado desta formação, iniciada em setembro de 2012, materializou-se na criação da Orquestra de Violas Beiroas, composta por estes primeiros alunos e pelos professores/músicos, que a dirigem, e cujo trabalho culminou com a sua apresentação pública, em estreia, no último dia de aulas, a 26 de janeiro último, no Pavilhão do CCD Estrela do Zêzere. O impacto cultural e social que esta primeira ação gerou, patente na cobertura mediática regular, pelos vários órgãos de comunicação social locais, e no entusiasmo manifestado pela população local, face a um instrumento tradicional praticamente desconhecido, motivou a preparação para o corrente ano, dum programa composto de várias atividades. O programa – que pode, igualmente, contribuir para o desenvolvimento regional – foca a continuidade de oferta formativa no âmbito de cursos e master classes de Viola Beiroa, alargando a


sua repercussão a outras localidades, e a novos alunos que podem alimentar e rejuvenescer a Orquestra de Violas Beiroas; introdução de oferta formativa na área da construção artesanal da Viola Beiroa, mediante parcerias com construtores do norte do país, atendendo à inexistência de luthiers deste cordofone na região beirã. A organização de ciclos de Concertos da Orquestra de Violas Beiroas é outra componente do programa, para que o trabalho destes executantes ganhe pertinência e visibilidade, e para que a promoção do projeto envolva novos parceiros. Prevê-se, ainda, o início dum trabalho de recolha e registo de depoimentos orais, de tocares e cantares, ou de outras formas, musicais ou não, ligadas à Viola Beiroa, numa valorização da tradição oral associada a este instrumento; a fixação da afinação proposta pelo mestre tocador Alísio Saraiva, por meio da elaboração e publicação de um método, sob a forma de manual de trabalho que divulgue as técnicas de execução da Beiroa, de forma eficaz, aos futuros alunos; disponibilização para consulta pública, sob a forma de um arquivo multimédia em linha, da compilação de todos os materiais relevantes (textos, artigos, entrevistas, vídeos, áudios, partituras) que forem sendo produzidos e recolhidos no âmbito das várias atividades do programa; e a constituição de uma associação cultural, cujos objetivos se prendam com a valorização deste instrumento e a investigação das práticas sociais e culturais a ele associadas, envolvendo a sociedade civil local no projeto. O ressurgimento das memórias ligadas a esta caraterística viola de arame e de uma prática musical e social, em vias de desaparecimento na Beira Baixa, torna-se agora possível, ensaiando novas formas de abordagem, envolvendo artistas, velhos e novos tocadores, agentes culturais e comunidades locais, e enriquecendo decididamente a paisagem sonora do nosso país. n

FESTIVAL DE MÚSICA DO MONTE, EM GOA

“Tantos Fados – O Outro Lado de Tantas Lisboas” de Marco Rodrigues

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Fundação INATEL levou o espetáculo "Tantos Fados – O Outro Lado de Tantas Lisboas", do fadista Marco Rodrigues, ao 11º Festival de Música do Monte, que se realizou em Goa, Índia, de 1 a 3 de fevereiro de 2013, em parceria com a Fundação Oriente. O projeto resultou de uma candidatura realizada pela Fundação INATEL, ao Programa de Apoio à Internacionalização das Artes 2012, da Direção Geral das Artes, patrocinado ao abrigo deste na ordem dos 80%. Com esta iniciativa a INATEL promoveu o Fado em Goa, género musical nacional que integra a lista representativa da UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade, desde novembro de 2011. Esta iniciativa enquadra-se na missão da Fundação INATEL e dos seus objetivos estratégicos, como ONG em relações consulti-

vas com o Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO, desenvolvendo o conhecimento, divulgação e valorização da cultura portuguesa em Portugal, e no estrangeiro. Deu-se a conhecer o Fado, e os seus agentes culturais, contribuindo para a internacionalização e reconhecimento deste género no Oriente. O projeto, inserindo-se no plano de salvaguarda do Fado e seu programa educativo, incluiu um concerto e um workshop sobre Fado, direcionado à comunidade local, pelo artista Marco Rodrigues, um fadista da nova geração que casa a interpretação vocal com o domínio técnico da guitarra clássica. O workshop teve lugar no Hotel Cidade de Goa, a 2 de fevereiro, onde se abordou o tema da construção literária e musical do Fado, a sua história e as técnicas de execução dos insMAR 2013 |

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O workshop realizado a 2 de fevereiro abordou a construção literária e musical do Fado

trumentos que tradicionalmente o acompanham. Participaram jovens goeses entusiasmados pelo fado e também a fadista Sónia Shirsat, considerada a grande voz do Fado em Goa, envolvendo assim a comunidade local e criando a oportunidade de intercâmbio cultural entre os artistas dos dois países. Cerca de 400 pessoas assistiram ao concerto que teve lugar no exterior da Capela da Nossa Senhora do Monte, em Velha Goa, a 3 de fevereiro, pelas 20h30. Marco Rodrigues (voz e guitarra clássica), acompanhado por Pedro Viana, na guitarra portuguesa e Frederico Gato, no baixo, contou a história do Fado na primeira pessoa, através dos fados tradicionais, dos poemas, dos poetas e da guitarra portuguesa. Por convite de Marco Rodrigues, 8 TempoLivre | MAR 2013

subiu ao palco Nádia Rebello, uma jovem fadista goesa que havia participado no workshop. Na opinião da vogal do Conselho de Administração da Fundação INATEL, Jacinta Oliveira Santos, esta participação foi uma "oportunidade única para divulgar o nosso património cultural imaterial e também um privilégio sentir que o território de Goa, marcado pela monumentalidade da presença portuguesa, revela uma particular sensibilidade à nossa cultura", como comprovou o entusiasmo expresso na "participação extraordinária de jovens goeses no workshop de Fado, seduzidos por este género musical e demonstrando um conhecimento atualizado dos nossos grandes fadistas". Para Jacinta Oliveira Santos "foi muito gratificante perceber o entusiasmo do público no concerto de Marco

Rodrigues. E amplamente apreciada a oportunidade de assistir a um espetáculo com músicos de excecional qualidade em que o fadista, dono de uma particular voz, cantava e dedilhava com mestria a guitarra clássica, numa combinação que honrou o orgulho nas raízes portuguesas de muitos dos espectadores presentes". Sublinhou, ainda, a importância desta iniciativa para a Fundação INATEL "na promoção do respeito pela diversidade cultural e pela preservação da identidade histórica", bem como "a relevância da parceria com a Fundação Oriente, que desenvolve em Goa uma interessante e importante atividade na defesa e preservação da cultura portuguesa, e que muito se empenhou neste projeto que contou, igualmente, com o imprescindível apoio da Direção Geral das Artes". n



[ Arquivo Histórico ] Estas imagens que revivem o nosso imaginário pertencem ao Arquivo Histórico da Fundação INATEL, que ao abrigo do protocolo assinado em junho de 2011, com a Direção-Geral de Arquivos – Torre do Tombo, está a passar por um processo de recuperação, tratamento e organização. 1946 e 1947 - Hora da Merenda das Crianças… Diferentes turnos de Crianças da Colónia Balnear Infantil Marechal Carmona, na Foz do Arelho. [ Foto AVIZ ]

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DESPORTO

ATLETISMO

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calendário de Atletismo 2012/13 da Fundação INATEL, recentemente iniciado, abrange diversas provas até ao próximo mês de maio. Na presente época, foi estabelecida uma parceria, com a Associação Nacional de Atletismo Veterano (ANAV), que permitirá a realização de seis provas no calendário desta modalidade, com vantagens para os associados de ambas entidades. A Fundação INATEL, além da parceira com a ANAV, conta com a colaboração de um conjunto alargado de instituições, entre as quais câmaras municipais e associações distritais de atletismo, que permitiram enriquecer a oferta desportiva desta modalidade. Entre as várias provas programadas, realizam-se Torneios de Pista, no Luso e em Braga, 23 de março; em Lisboa, 13 de abril; em Braga, 20 de abril; em Guimarães, dias 4 e 5 de maio; em Lisboa, 18 de maio.

TAÇA FUNDAÇÃO

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disputa do título de campeão nacional da Taça Fundação INATEL, da presente época, terá início em maio próximo. À semelhança da época anterior, a Fase Nacional conta com a participação de 32 equipas, representantes de todas as Agências que organizaram a Fase Agência da Taça Fundação INATEL em 2012/13. Os campeões em título da Taça Fundação encontram-se,

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atualmente, a disputar uma das duas vagas de acesso à Fase Nacional atribuídos à Agência de Lisboa. A fase decisiva desta Agência, iniciada este mês, para apuramento das equipas para a Fase Nacional, termina dias 17 e 18 de maio, datas da prova final. As Agências de Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Évora, Porto, Santarém, Setúbal e Viana do Castelo encontram-se, igualmente, a disputar a fase decisiva que apura as equipas para a Fase Nacional. A cada Agência cabe o apuramento de equipas para a Fase Nacional da Taça Fundação INATEL, nomeadamente, Agência de Angra do Heroísmo: 1 equipa; Agências de Braga, Évora e Viana do Castelo: 2 equipas; Agências de Lisboa, Porto e Setúbal: 3 equipas; Agências de Aveiro, Beja, Coimbra e Santarém: 4 equipas.

CAMPEONATO BTT

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campeonato UP and DOWN BTT regressa este ano, com a 5ª edição, repleto de novidades e muita diversão. Para além da vertente competitiva, constituída por etapas, o evento proporciona a todos os atletas, e ao público em geral, verdadeiros momentos de lazer, nomeadamente, workshops, feiras, apresentação de equipas e galas de prémios. Este ano perspetivam-se mais momentos de saudável competição, em diversos locais da região centro, onde o público amante do BTT pode descobrir excelentes percursos, e belas paisagens. Atualmente a Agência de Viseu da Fundação INATEL, em parceria com sete municípios e dez CCD, prepara as sete etapas do campeonato, para proporcionar momentos inesquecíveis a todos os participantes e visitantes. O sucesso deste campeonato tem-se revelado através duma crescente procura, registe-se que na edição de 2012, teve cerca de 300 atletas por etapa, uma média muito superior aos 20 atletas que participaram na primeira etapa, da 1ª edição do UP and Down BTT, realizado em 2008. A última etapa do UP and Down BTT realiza-se em Mangualde, 27 de julho. Ainda vai a tempo de inscrever-se em: www.upanddownbtt.com.



Gaspar Monroig

VIAGENS INATEL

MAIORCA E o Mediterrâneo aqui tão perto…

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aiorca, a principal ilha das Baleares, Para os mais contemplativos e serenos, aconselham-se situada na costa oriental da Espanha vários passeios, uma vez que a ilha é salpicada por diversas mediterrânica, conjuga extensos areais aldeias e pequenas cidades de caraterísticas únicas, como a de areia fina e dourada, pequenas baías aldeia de Fornalutx – "a mais bela de Espanha", a aldeia de de águas quentes e cristalinas, com uma Deià onde viveu o poeta Robert Graves ou a histórica aldeia geografia agreste de montanhas calcárias e verdejantes que de Valdemossa, onde fica o mosteiro que foi outrora a casa se despenham sobre o mar. de Chopin. A não perder, a travessia romântica de comboio Os seus 550 km de litoral albergam praias de sonho, algu- até ao porto de Soller. A linha inaugurada em 1912, para mas das quais, as mais turísticas, são complementadas por colmatar o isolamento devido às montanhas agrestes da uma linha profissional de serviços, hotéis, restaurantes e Tramuntana e facilitar o comércio com a capital da ilha, ofelocais de diversão: la Platja de Palma e o Arenal (Llucmajor), rece uma rota panorâmica de Palma a Soller. A capital, Eduardo Miralles Palmanova, Magaluf (Calvià) e a Palma, é um dos locais de excelêngrande cintura arenosa que une cia da ilha, uma cidade elegante e Alcúdia com as zonas de Muro. charmosa, com uma atractiva Há praias, como Ses Covetes oferta cultural, como a Fundação ou de Es Caragol, em estado natuMiró que alberga algumas das ral puro, locais onde o sistema principais obras do grande pintor dunar continua intacto e onde se e várias salas de exposições. pode desfrutar de uma verdadeiNo centro histórico sobressaem ra comunhão com a natureza. as estreitas ruas medievais e disSão, também, frequentes pequecretas fontes e pátios mouriscos – nas baías muito fechadas como a os "Banys Àrabs". A Catedral merede Deià, que nos transportam ce uma visita, tal como a Basílica, para cenários que lembram a o Palácio de Almudaina e a longa Viaje a Palma de Maiorca com a Fundação INATEL, desde 420 euros antiguidade. marginal. O olhar prender-se-á Partidas: 22 de maio | 5 de junho Maiorca apresenta, ainda, um também nas mansões modernisConsulte a sua agência INATEL ou www.inatel.pt dos maiores lagos subterrâneos tas, nos imponentes edifícios do mundo e grutas impressiopúblicos e nas igrejas sumptuosas. nantes, perfuradas por cursos de água doce. A sua natureza Cidade cosmopolita, Palma proporciona, igualmente, mediterrânica, de luz inigualável e clima ameno permitem uma oferta múltipla na área do entretenimento, com os seus fazer férias todo ano. Para os mais ativos, a vela, o mergu- animados bares, restaurantes e casino. Nas avenidas do cenlho, o trekking, o golfe ou o cicloturismo são desportos tro estão as marcas mais conceituadas e, por todo o lado, acessíveis, num cenário privilegiado. avultam os produtos típicos da ilha, como as famosas péroO Puíg Major, na cordilheira da Serra Tramuntana, atin- las majorica, artigos em couro e os tradicionais linhos e ge os 1.445m de altitude e contém uma diversidade muito objetos em vidro. Da típica gastronomia "mallorqui" há, no rica de paisagens que vão desde picos rochosos, serpentea- mínimo, que experimentar o típico "paamb oil" (pão com dos por riachos de água doce ricos em espécies endémicas azeite), "porcela rostida" (leitão assado) ou a doce "ensaimaúnicas, até falésias que se precipitam sobre o mar, passando da" (bolo em forma de caracol). por grutas inolvidáveis como as Cuevas de Dràc ou de Porto Viajar não significa, por vezes, percorrer uma grande Cristo e caminhos singulares através da floresta mediterrâ- distância, mas sim viver diferentes experiências. A bela nica, sem perder de vista o mar. Maiorca proporciona tudo isso e a vontade de voltar. n 14 TempoLivre | MAR 2013



[ Espaço do Associado ]

“Maestro Alves: o gosto pela música”

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esde os sete anos de idade que me dedico à música. Nos tempos livres aprendi o solfejo e a seguir passei a dedicar-me ao estudo para aprender a tocar clarinete. Ainda não tinha completado oito anos quando o meu professor de música me apresentou ao maestro da Banda Musical de Vila Verde, passei no exame, e logo me convidou a comparecer aos ensaios da banda. Logo depois, participei na festa da visita pascal, em Vila Verde, e assim continuei nesta banda musical, trabalhando de carpinteiro. Profissão por mim escolhida, porém como queria aperfeiçoar-se passei a trabalhar de marceneiro aos doze anos, sempre aproveitando os meus tempos livres para me dedicar à música. Aos 15 anos fui tocar para a banda dos Bombeiros Voluntários de Amares, a minha terra natal, terra de muitos músicos. Os ensaios, naquele tempo, eram na garagem do Sr. Campelo, passados poucos anos, passaram a decorrer na casa do povo de Rendufe. Então um dia, ainda com quinze anos de idade, fui tocar numa festa da freguesia de Bico de S. Vicente, mas como o maestro não apareceu, o contra-maestro mandoume dirigir a banda, e assim fiz. Formei-a no recinto certo,

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dei entrada e a banda a tocar a marcha da rua seguiu directa à igreja. Na porta principal, quando vi o Senhor Padre com as mãos no altar, logo dei sinal à banda e a mesma parou. Disse aos músicos: Todos aqueles que pertencem ao coro subam para cantar a missa, eu já vou à frente. A missa foi regida pelo contra-maestro, e finda a cerimónia fomos directos para o coreto. O contra-maestro mandou-me dirigir a marcha de coreto e dirigi a Banda de Amares, os músicos obedeceram às minhas ordens, vendo um rapaz de 15 anos a fazer boa figura. O maestro chegou mais tarde, sabendo do ocorrido, veio felicitar-me pelo bom serviço prestado à Banda. Decorridos dois anos voltei para a Banda de Vila Verde, onde encontrei um bom regente. Aproveitei tudo deste maestro, nunca faltei a um ensaio, estudava em casa as obras, e tudo que pertencia ao mundo da música, e daí nasceu um maestro em Rendufe, o maestro Alves. Fui convidado para assumir a regência da Banda dos Órfãos de S. Caetano, em Maximinios, Braga. Em 1961 montei uma oficina manual, onde logo mandei colocar máquinas, e mais tarde abri uma casa de móveis, em Vila Verde. Depois abri uma filial em Amares, onde expandi o meu comércio, e abri outra ainda em Braga. Aí tomei maior conhecimento e tentei levar o nome dos "móveis Alves" a todos os cantos de Portugal, de norte a sul do país. Hoje temos duas lojas além-fronteiras, em Espanha, nas quais quatro dos meus dez filhos seguiram a arte, sendo que agora são eles que se encontram a gerir o negócio. Actualmente reformado, não deixo de visitar as minhas lojas e os meus clientes antigos. Foram sessenta anos de trabalho para o povo português, e também para os nossos amigos emigrantes. Voltando aos meus tempos livres, bem aproveitados, em 1968, com o gosto de formar músicos, formei uma escola de música, na minha residência, com 7 alunos. Depois passei


À conversa com…

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esta edição, a "TL" conversou com Ricardo Melo, 44 anos, associado desde 2011, motivado pelos benefícios que poderiam ter, ele e a sua família, em Ponta Delgada, cida-

de onde vivem, e principalmente aliciado "pelos descontos em com-

para a Casa do Povo de Rendufe, e ali juntei 28 alunos. Mas, devido ao barulho dos jovens, como o andar debaixo tinha habitantes, consegui a cedência da escola primária do Largo das Neves, em Rendufe, por intermédio do delegado escolar de Braga. Fui autorizado a dar aulas de música, entre as 20h e as 22h, e com o apoio da INATEL, segui o meu trabalho nesta escola por amor à arte. Não há dúvida, a INATEL deu um grande apoio à escola de música de Rendufe, recebemos um clarinete novo e vários instrumentos usados, em bom estado, para que esta escola seguisse em frente. Em 1995 fui director da Banda de Amares, em 1996 director da Banda de Vila Verde, onde logo fiz um projecto para lançar uma escola de música, para salvar a banda. Assim o fiz com o apoio dos meus colegas da direcção. Em 1996 abri uma sede de academia musical, da Banda de Vila Verde, assim continuou até 2002, com 35 alunos, e hoje a banda tem alguns desses alunos. Hoje a Banda de Vila Verde tem quase tudo de casa, filhos da antiga escola, autoria do "maestro Alves", com o apoio dos colegas, inicialmente formada com oito alunos, hoje tem 55 aprendizes. Todos estes trabalhos são de um homem com gosto pela música. De recordar, ainda, que recebi um convite da INATEL, em 1984, para fazer um curso de maestro amador, aceitei a data marcada e fui até Oeiras. Lá passei um mês, onde todos os dias dirigi a Banda da Guarda Nacional Republicana, de Lisboa. Foi assim que recebi o primeiro prémio de melhor aluno do curso, e o diploma para dirigir todas as bandas civis de Portugal, tendo sido regente de sete bandas. Por tudo isto, estou muito grato à Fundação, da qual sou associado há muito tempo, e também pela oportunidade de fazer tratamentos termais, em S. Pedro do Sul, com estadia no Hotel INATEL, usufruindo do desconto a que tenho direito. n Domingos da Silva Alves “Maestro Alves”

bustível". Ricardo Melo sempre pensou a INATEL "como uma entidade que promovia atividades, em especial viagens, para as pessoas mais velhas", talvez por estar muito ligado ao folclore, como músico, e não raras vezes fez parte "de atuações em hotéis onde se encontravam grupos de Turismo Sénior", que visitavam S. Miguel. Atualmente, tem uma perceção mais alargada da atividade desta instituição, sabe que tem à sua disposição, e de toda a comunidade onde se insere, "uma série de serviços e de produtos, nas áreas de Turismo, Cultura e Desporto", independentemente da idade. Considera que residindo nos Açores, ainda é bastante oneroso para uma família poder deslocar-se a outra ilha – Flores ou Graciosa –, ou ao continente, para passar férias, ficando alojado num hotel INATEL. No entanto, admite que para quem reside no continente, "as condições são muito atrativas e as possibilidades de usufruir do universo INATEL são muito maiores". À parte o uso que faz da sua qualidade de beneficiário associado da Fundação, para ter descontos nos abastecimentos de combustível, ainda não procurou mais serviços, por considerar que vivendo nas Ilhas estão "mais limitados". Conversamos, também, com João e Luísa Fonseca, 75 e 68 anos respetivamente, ligados à Fundação há mais de quinze anos, através do Turismo e Termalismo Sénior. Na Agência de Ponta Delgada da INATEL conheceram a revista "Tempo Livre", que consideraram "muito interessante e ter bastante informação útil", o que logo motivou a inscrição de associado, para poderem recebê-la em casa e "estar sempre a par das novidades". Para João e Luísa Fonseca serem sócios da Fundação significa "gostar da INATEL" e descobrir que "cada vez tem mais coisas para oferecer, como as oficinas de tempos livres", por exemplo, embora não tenham grande disponibilidade para frequentá-las.

Espaço reservado para que possa partilhar com a "Tempo

De todas as áreas, a oferta de Turismo é a que mais os seduz, "para

Livre" as suas histórias vividas com a Fundação INATEL.

viajar dentro do país e, também, no estrangeiro". Agrada-lhes, par-

Conte-nos a sua história!

ticularmente, "a organização, a programação, a animação, e o

A correspondência deve ser enviada para a Revista "Tempo

acompanhamento por parte dos guias". Sem qualquer dúvida –

Livre" - Calçada de Sant'Ana, 180 - 1169-062 Lisboa, ou por e-

sublinham – "as viagens INATEL são a nossa eleição". n

mail para tl@inatel.pt. MAR 2013 |

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