newsletter n.º 18, Abr. - Jun./ 2019
MVG por Nuno Júdice e Teresa Rita Lopes p. 3 e 4
4.º FLIQ na revista do CLEPUL p. 6 e 7
CRÓNICA por Marta Duque Vaz p. 13
MVG EVOCAÇÃO
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por NUNO JÚDICE* (…) Uma das pessoas que marcou bastante o meu início na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, e o da própria Faculdade, foi o Professor Manuel Viegas Guerreiro – amigo da Teresa Rita Lopes – que também participava nesses encontros. Foi nas conversas com o Professor que surgiu algo que, de certo modo, distinguiu a nossa Faculdade: a criação do Instituto de Estudos de Literatura Tradicional. Devo dizer que a minha própria carreira foi determinada por esse interesse pela Literatura Tradicional, que me veio dessas conversas com ele. Não para estudar o Romanceiro, o que já tinha sido feito por outros grandes nomes da cultura portuguesa, mas uma área que não estava muito desenvolvida que era a do Conto Popular. Criei essa cadeira de seminário de Conto Popular, no Mestrado, e ao longo de bastantes anos fui desenvolvendo e orientei muitas teses e estive em muitos júris dessa área. É de certo modo um agradecimento ao Professor Manuel Viegas Guerreiro que eu queria dar aqui, mostrando a importância que esses Mestres tiveram na formação da minha geração, no modo de olhar para o Ensino e para as nossas disciplinas. Não como uma simples aplicação mecânica de um programa, mas como uma criação, uma invenção permanentes e foi isso que eu tentei muitas vezes fazer nas aulas. (...) Agradeço também à Ana Sousa Dias por ter vindo orientar estas comunicações, porque nós encontrámo-nos no ano passado num sítio muito fora dos grandes centros urbanos, em Freixo
*
Nuno Júdice, 4.º homenageado do FLIQ, Querença, 4 de Maio de 2019 de Espada à Cinta, evocando um outro dos meus mestres, aqui na formação literária, que foi Guerra Junqueiro, e este ano encontramo-nos noutro sítio, menos afastado mas também um pouco longe dos grandes eixos culturais, que é Querença. Eu penso que é muito importante lutar para pôr nesse mapa estes espaços e estes lugares, porque é muito mais importante um evento que aconteça aqui do que em Lisboa, onde ninguém teria reparado. Seria uma rotina
dentro do muito que por lá acontece. Ser homenageado em Querença e no Algarve, de onde sou natural, é algo que também me comove bastante, dada a minha ligação profunda a esta província e a tudo o que aqui existe, a começar por dois dos grandes escritores que eu li e estudei: João Lúcio e Teixeira Gomes, para lá dos futuristas de Faro, entre outros.
O texto acima transcrito constitui um excerto da intervenção de Nuno Júdice no dia da homenagem ao escritor, no FLIQ - Festival Internacional de Querença de 2019, ano em que o autor assinala 50 anos de vida literária. Aquele que se segue, resulta de um pedido de entrevista da Fundação MVG a Teresa Rita Lopes para o documentário Estudos Gerais Livres: um título para a história. Foi-nos confiado para publicação após a entrevista. Quanto ao filme, estreou no primeiro dia do FLIQ, em Querença, precisamente 30 anos após a realização da primeira conferência dos EGL, no dia 3 de Maio de 1989, no Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa.
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por TERESA RITA LOPES* Evocar o meu mestre e amigo é deixar que a minha saudade projecte num ecrã as memórias que dele tenho desde os meus treze anos – quando nos conhecemos, no liceu de Faro. Não o tive como professor mas ele ia sempre às sessões solenes do Liceu em que os professores me punham a recitar poemas (era conhecida por recitar bem e até fazer poesias!), estou a ouvi-lo, muitos anos depois, a evocar esses tempos: “Lembro-me de ti com um vestidinho verde a dizer poemas no palco do liceu!” Concluído o sétimo ano, fui para Lisboa, para a Faculdade de Letras, cursar Românicas. Aí “contracenámos” numa sessão sobre Leite de Vasconcelos, de que tinha sido não só discípulo mas também secretário, em que ele me pôs a “botar palavra” ao seu lado! Já nessa altura, por influência de outro querido mestre, Luís Lindley Cintra, tinha decidido fazer a minha tese no domínio da filologia. Mal acabei o curso, de Românicas, tive que me pôr a salvo e fugir para Paris, que a Polícia Política de Salazar foi-me prender a uma casa em que, felizmente, já não morava. E seguiram-se treze longos anos de exílio. Só em Novembro de 76 voltei para Lisboa, como Professora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova. E fui logo ao seu encontro: ele dirigia o grupo de Literatura Tradicional inserido no Centro de Estudos Geográficos da Universidade Clássica, capitaneado pelo Professor Orlando Ribeiro, que eu já estimava desde os tempos em que fora aluna dessa Universida-
Teresa Rita Lopes em entrevista à Fundação Manuel Viegas Guerreiro, a 8 de Abril de 2019, na Sociedade de Geografia de Lisboa
de. Criei na Universidade Nova uma “cadeira” de Literatura Tradicional e aí formei um Instituto de Estudos de Literatura Tradicional que ainda existe, IELT, que, mais tarde, entreguei à direcção de uma querida aluna, Paula Guimarães, que também passou a ser discípula do meu querido professor. Ainda me lembro da festinha que ela nos ofereceu em sua casa, após a cerimónia do doutoramento, em que o meu mestre e amigo interveio, como arguente, e em que cantou uma modinha algarvia… Integrei-me logo no seu grupo de Literatura Tradicional, em que convivi com gente muito interessante, nomeadamente com o grande Michel Giacometti. Tive,
inclusive, a inesquecível experiência de passar uns dias em Pitões das Júnias, em que o meu mestre e amigo preparava o livro que depois publicou sobre essa aldeia transmontana. Apetece-me chamar-lhe um aldeão do mundo: era nas aldeias que se sentia em casa, mas não só nas portuguesas, nas africanas também que estudou e em que viveu. Em Pitões senti-me noutro tempo, muito anterior, e noutro mundo. Significativamente, o meu relógio avariou-se mal cheguei. É claro que não havia na aldeia hotel ou pensão: fiquei numa das melhores casas da terra, construída com poderosos blocos de granito, de uma ex-emigrante em França que
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acolheu a aluna do Senhor Professor com muito orgulho. Tinha trazido de França papel de parede com que forrou os magníficos blocos de granito: passei a noite sobressaltada porque – ela informou-me, desculpando-se – os ratos gostavam da papa de farinha com que tinha colado o papel e tinham-se alojado nos desvãos das pedras… Pedi-lhe que me acordasse às oito porque estava sem relógio. Então, mal luziu o buraco, ela abriu a janela por onde entrou a chiadeira das chiolas, carros de bois assim chamados. E ela perguntou ao condutor: “Ó Zé, que horas serão?” O homem tardou a responder, devia estar a inspeccionar o céu, e acabou dizendo: “Devem ser aí umas oito horas!”. Também percebi que estava noutro mundo, anterior ao meu, porque perguntei à minha gentil hospedeira onde podia fazer chichi e ela conduziu-me à cozinha. Olhei em redor, na esperança de uma casinha qualquer, mas ela indicou-me o soalho, de madeira, com grandes gretas: “Faça aqui, que vai directo para o meu porquinho, lá em baixo.” O meu mestre e amigo passava noutra casa, com idênticas comodidades, o longo tempo que durou a sua investigação – ele e um desenhador que sempre o acompanhava, que ele não era de fotografias, queria desenhos, bem fiéis ao original. Confessou-me que o pior era o Inverno: tinha que andar com os pés na lama e, se caísse, só podia depois tomar banho em Lisboa! A actividade do Centro era intensa: recordo congressos, na Gulbenkian de Lisboa e até de Paris. Lembro-me de ir visitar com ele o Museu de Arte Popular, nessa cidade, com o David Pinto Correia, e o deslumbramento de menino dele,
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por estarmos os três juntos nessa cidade da Luz! Um dos seus principais encantos era essa sua candura de menino, sempre pronto a maravilhar-se com a vida… Tinha uma autenticidade de aldeão, fiel às suas raízes, mas sem perder o golpe de asa do ideal que sempre o norteou. O seu sonho dos Estudos Gerais Livres foi uma dessas manifestações com que a “professora militante” que sempre digo ser se entusiasmou. Foi um sonho a dois, com outro ser excepcional, Agostinho da Silva. Eram ambos uma espécie de missionários laicos, e a fé que queriam transmitir era a da cultura, que torna as pessoas melhores: um ensino livre, para todos, de todas as idades, gratuito como o Sol. Conseguiu a colaboração de todos os professores a que se dirigiu, sensíveis à grandeza do projecto. Acedi ao seu convite e decidi centrar a minha comunicação em Miguel Torga, também um aldeão do mundo. A aldeia deste, São Martinho de Anta, era transmontana, a do meu mestre e amigo era do Sul, algarvia, mas serrana também. Um ensino como esse com que ele sonhava, em sintonia com Agostinho da Silva e outros sonhadores que congregou, afigura-se-me cada vez mais o antídoto para os tempos de robotização das criaturas em que vivemos. Só a cultura nos poderá salvar do obscurantismo reinante e do dogmatismo de ideologias assassinas veiculado pela internet e popularizado pelos chamados meios de comunicação social.
FLIQ 2019 EM REVISTA
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O LIVRO, ESSA LINGUAGEM PLURAL
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A um mês do Festival Literário Internacional de Querença (FLIQ), a Fundação Manuel Viegas Guerreiro lançou uma campanha de recolha de livros, com vista à constituição de uma sala de leitura em São Tomé e Príncipe. A entrega de livros – preferencialmente de literatura infanto-juvenil - decorre até dia 30 de Junho, na FMVG, Querença, ou nas bibliotecas escolares e municipais dos concelhos de Faro, Loulé, Olhão, S. Brás de Alportel, Silves e Tavira que, de imediato, aderiram ao desafio. A iniciativa pretende homenagear Luís Guerreiro, anterior presidente da FMVG, mentor do FLIQ e um dos bibliófilos mais destacados do Algarve. A campanha tem difusão na imprensa local e regional.
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FLIQ 2019 EM PRODUÇÃO A 4.ª edição do evento, que celebra a cultura sem restrições nem fronteiras geográficas ou mentais, decorreu de 3 a 5 de Maio, sob o tema Literatura e Geografia(s). Este ano, destacam-se a Homenagem a Nuno Júdice e os 30 anos da sessão inaugural dos Estudos Gerais Livres, projecto de ensino multidisciplinar, livre e gratuito, criado pelo patrono da Fundação de Querença ao lado do filósofo Agostinho da Silva e do advogado Alexandre Lafayette. As questões da leitura e da escrita infanto-juvenil também tiveram palco nesta edição.
Como se “incubam” leitores? Que mensagens férteis pode o Livro conter para que este seja um objecto apetecível no séc. XXI? Questões que colocaram a par o Plano Nacional de Leitura, as bibliotecas, os escritores e o público presente. A comemoração do centenário de nascimento de Sophia de Mello Breyner Andresen selou o evento. Ao longo de três dias, Querença voltou a ser inundada por poesia, leituras, conferências, exposições, música, performances. Numa só palavra: Cultura.
Momentos da produção do FLIQ 2019
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Para ouvir o SPOT de rádio concebido pela FMVG para a campanha de divulgação na Antena 1, CLIQUE AQUI.
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Momentos da produção do FLIQ 2019
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FÃS DE JÚDICE ESPANHÓIS DE VISITA À FUNDAÇÃO Um casal de turistas espanhóis entra pela porta da Fundação Manuel Viegas Guerreiro. Timidamente, perguntam, em ‘portunhol’ (meio português, meio espanhol): “É aqui a exposição de Nuno Júdice?” Pascual Riesco, 59 anos, nascido em Badajoz, há muito que está habituado a fazer incursões pelo interior de Portugal. E o Algarve não é excepção: “Sempre que temos pouco tempo, aproveitamos para ficar por mais perto. Se tivermos mais tempo, vamos até ao Norte”, explica. Ele e a mulher, Lola Valera, aproveitaram o feriado em Sevilha – a Feria – para uma visita rápida a Querença, e ficaram no Monte dos Avós. Conhecem um pouco de tudo aqui à volta, em Querença, afinal há já mais de 20 anos que vêm regularmente a Portugal e Pascual tem uma afición particular pelas terras do interior. “Eu gosto mais da praia” – diz Lola – “mas ele gosta muito da serra e do interior, por isso vimos muitas vezes para aqui”. Engenheiro industrial de formação, dá aulas de Engenharia Civil na Universidade de Sevilha, onde vivem. Lola trabalha também no meio universitário, na Biblioteca. No entanto, parece ser ele o mais interessado nos livros. “Conheço o
Nuno Júdice. Tenho a obra dele, Poesia Reunida e por isso achei muito interessante saber que estava aqui esta exposição. Atento, observa a exposição A Imagem do Poema: Nuno Júdice 50 anos de vida literária, comissariada por Ricardo Marques. Segue um a um os objectos exibidos nas vitrines, enquanto tenta ler as legendas em português. “O português [língua portuguesa] está cheio de falsos amigos”, graceja. “Palavras que são muito semelhantes, mas que têm significados diferentes, como vaso (copo), terraza (praça) e balcón (varanda)…” , exemplifica. A exposição disponibiliza legendas trilingues, em português, inglês e francês, as duas últimas fornecidas através de um sistema de QR Code, passível de leitura com um smartphone. Numa visita rápida ao andar abaixo da Biblioteca da Fundação MVG, Pascual não deixa de reparar em dois “conterrâneos” seus, ‘filhos de Cervantes’, fixados na lona de palco do Auditó-
rio. D. Quixote de La Mancha e Sancho Pança, ilustrações da autoria de José Carlos Fernandes, são dois dos personagens que fazem parte da identidade visual do FLIQ, o Festival Literário Internacional de Querença, que decorreu entre 3 e 5 de Maio na FMVG. Desgraciadamente, Pascual e Lola já não chegaram a tempo da edição deste ano. Mas ainda conseguiram ver os versos da instalação que assinala o centenário do nascimento de Sophia de Mello Breyner Andresen, Ondas de Sophia. Mais de mil fitas de papel com versos de Sophia foram penduradas num cordão poético que, ao sabor do vento, liga a Fundação à aldeia de Querença. “Também gosto muito de Sophia. É uma das minhas escritoras preferidas. Sophia e Camilo Castelo Branco”, confessa Pascual, admitindo que por vezes dá asas à criatividade e vai também ele escrevendo algumas palavras soltas mas, por enquanto, só em espanhol. ML
Turistas espanhóis visitam exposição A Imagem do Poema: Nuno Júdice 50 anos de vida literária, de Ricardo Marques, inaugurada no passado dia 4 de Maio e patente ao público até dia 4 de Maio de 2020, de 2.ª a 6.ª, das 9h30 às 13h00 e das 14h00 às 17h00, na Biblioteca da FMVG
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CRÓNICAS DO FLIQ,
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por MARTA DUQUE VAZ
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Pelo meio, reencontros de uma vida. Aprendi e emocionei-me. Talvez porque assim dita “a infinita liberdade de ensinar”, a inspirar passantes e nativos. Talvez porque os encontros feitos de Literatura e Geografia(s) sejam assim, surpreendentes, entre novo e antigo, entre terra batida e asfalto, entre colinas e mar. Onde encontrei um Caminho da Cotovia, um Vale Mulher, e outros trilhos inesquecíveis, ficou um Monte Amizade. Por ali, entre o Barrocal e a Serra. Mais tarde, dois génios, cada um em sua lâmpada, haveriam de se encontrar, mas agora isso não é aqui chamado. A raridade de encontros assim, marca. Fica. Como ficam pétalas no meio dos livros. A essa hora as casas silenciosas continuavam brancas e flutuantes como navios. E desciam a encosta em múltiplas direcções, no meio do sol. Não disse adeus. Querença, debaixo de um céu, monumento azul, tinha, à chegada, poemas de Sophia a ondear ao vento. E vozes erguidas como vendavais. E se mantiveram assim, por três dias. Tinha pala
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vras que subiam como escadas; que espreitavam, como bichos, a cada canto. Tinha uma consagração do poeta vivo que, afinal, não morreu e não morrerá nunca, como nunca morrem os poetas. Tinha a criança, numa jarra azul, a colocar flores no coração da água. Era o poeta a formar-se, devagar, no invisível, no silêncio dos desenhos que, aqui e ali, o iam desvendando, de novo, ao nosso olhar. A Egídia sabe disto muito melhor do que eu, porque teve a generosidade de o mostrar. Eu só assisti. E trouxe comigo o Complexo de Sagitário autografado. Mais nada. A exposição “A imagem do Poema: 50 anos de vida Literária de Nuno Júdice”, continua lá, na Fundação. Visitemna. E assisti, também, como feliz intrusa, a uma conversa sobre gratidão. O tributo ao mestre Manuel Viegas Guerreiro. Uma conversa descontraída e emocionada sobre o antropólogo da aldeia e do mundo; o dos “Estudos Gerais Livres”. Aquilo era de se ouvir e sentir. Alunos a agradecer ao professor, na sua ausência tão presente, sem pompa nem circunstância, assim só por ser verdade,
espontâneo e sincero. Gostei muitíssimo. E creio que o moderador também. Porque entendeu e esteve à altura da plasticidade do momento. E gostei muito de ouvir o Paulo dizer que a “humanidade é só uma” e a falar de princípios éticos, de preservação do património, de encontros marcantes como o que teve com Maria Aliete Galhoz. Contou-o com humor e ternura, despretensioso e cativante. Coisas de certos antropólogos. E, ainda, olhos adentro, o documentário “Estudos Gerais Livres: Um título para a História”, da Marinela, que nos revelou outros tons de Manuel Viegas Guerreiro, ao fim e ao cabo, um homem imenso em todo o lado. Até nas memórias que construiu. E a Luísa, mil vezes Luísa, mil vezes genial, mil vezes culpada. Um dos reencontros de uma vida. Um abraço tão bom. Primeiro, num poema de amor, em videoclipe, a preto e branco, a homenagear Nuno Júdice, outra e outra vez; depois, na mesa redonda a fazer perguntas sem fundo e sem tecto, abertas a tantos sentidos, difíceis, com argúcia... [continua no próximo n.º da newsletter da FMVG]
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ACONTECEU NA FUNDAÇÃO MVG
SEGURANÇA NO TRABALHO AGRICULTORES DA REGIÃO MOBILIZADOS PARA ACÇÃO DE FORMAÇÃO EM QUERENÇA
“Conduzir e operar tractores em segurança” e “Pomar tradicional do Algarve – variedades e técnicas de condução” foram tópicos de uma acção de formação promovida pela Fundação Manuel Viegas Guerreiro e pela União de Freguesias de
Querença, Tôr e Benafim, em colaboração com a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP Algarve). Carlos Ludovico e João Costa, ambos da DRAP Algarve, prestaram esclarecimentos a mais
de três dezenas de interessados que, de forma gratuita, participaram na sessão de duas horas e meia. A acção ocorreu no dia 28 de Fevereiro, na sede da Fundação Manuel Viegas Guerreiro, Querença.
AULA DE PINTURA GERDA GRITZKA REGRESSA A QUERENÇA Gerda Gritzka regressou a Querença para uma sessão de pintura ao vivo. A Festa da Primavera também foi brindada com um espectáculo de pantomimiC-Art, por Isabelle & Violaine Roussies. Coincidindo com o dia Mundial da Árvore e da Poesia - 21 de Março
FICHA TÉCNICA: Edição: FMVG
Textos: Excerto de CLEPUL em Revista, n.º 46, FL-UL, 2019, Marinela Malveiro, Mário Lino e Marta Duque Vaz Paginação: Marinela Malveiro Fotografia: Fátima Marques, Filipe da Palma, Dulce Margarido, Manuel Viegas Guerreiro, Marinela Malveiro, Mário Lino e Patrícia Caetano Secretariado: Fátima Marques Impressão: Gráfica Comercial Arnaldo Matos Pereira, Lda., Zona Industrial de Loulé Lt. 18, Loulé | T. 289 420 200
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- a acção foi seguida de lanche partilhado entre alunos do 7.º A, da escola E. B. 2, 3 Padre João Coelho Cabanita, Loulé e as formandas do atelier de pintura Oficina dos Sentidos, dinamizado pela Professora Dulce Margarido.