newsletter n.º 9, Jan./2018
FMVG 2018 2 Mensagem do Presidente da FMVG 3 Parcerias que fazem a diferença
4 Formação em Artes Plásticas
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EDITORIAL
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ão é fácil o desafio que enfrentamos. Por um lado, pelas ligações familiares ao patrono, a amizade e as confidências que compartíamos e que queremos continuar a honrar e dignificar. A memória e dedicação de Manuel Viegas Guerreiro à terra onde nasceu e às suas gentes, a curiosidade que manifestava e o convívio que com todos procurava, devem-nos merecer a melhor atenção. Por outro lado, porque substituir o saudoso Luís Guerreiro na sua paixão e disponibilidade para as questões culturais e demais objectivos da Fundação é tarefa que queremos digna e continuada. Neste sentido, caminhar para a sustentabilidade da Fundação é um objectivo que é necessário perseguir. Acreditamos que para essa missão contribua a visão empresarial do novo elemento do Conselho de Administração, Dr. José Maria Guerreiro, médico e empresário de sucesso, apaixonado pelas questões culturais e sempre a regressar à sua Querença natal. Saliento, no entanto, que o empenhamento de todos é essencial, dos mais directamente envolvidos na Instituição - Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Conselho Consultivo - aos diversos colaboradores. Naquele que se assinala como o Ano Europeu do Património Cultural, importa mencionar dois dos projectos da Fundação com financiamento já aprovado, pelas verbas que envolvem e pelo impacto cultural que representam. São eles a Hemeroteca Digital do Algarve, aprovada ao abrigo do Orçamento Participativo de Portugal no montante de 200 mil euros e o Percurso Eco-Botânico Manuel Gomes Guerreiro com financiamento do CRESC ALGARVE 2020 e uma dotação de 206 mil euros. Ambos promovem o diálogo entre os vários públicos - os escolares, académicos e população em geral - com o património cultural, seja este o que está impresso nos periódicos algarvios dos últimos 180 anos ou o património natural da flora endógena que se pode observar no barrocal. Há muitos séculos que os saberes das comunidades rurais
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CUIDAR E VALORIZAR O PATRIMÓNIO
Gabriel Guerreiro Gonçalves, presidente do Conselho de Administração da Fundação MVG
se cruzam com a Natureza e as gentes de Querença vão poder rever-se no primeiro “jardimmuseu” in situ do Algarve. Este projecto constitui ainda um inovador itinerário turístico, montra do interior do Algarve com elevado potencial ao nível do conhecimento científico, aliado à tecnologia e à sensibilização ambiental e patrimonial. Olhamos para a Hemeroteca Digital do Algarve e para o Percurso Eco-Botânico, que pretende homenagear Manuel Gomes Guerreiro, defensor da Ecologia e natural de Querença, como não circunscritos a um local, a um concelho ou a um país porque as redes de conhecimento são globais. É essa visão que nos incita a projectar a nossa acção para além do espaço nacional e a dispensar uma atenção muito especial aos países africanos de expressão portuguesa, particularmente Angola e Moçambique, onde o patrono Manuel Viegas Guerreiro criou raízes, tendo deixado um vasto e valioso espólio manuscrito e gravado que é necessário tratar, preservar e divulgar. Urge estreitar sinergias e parcerias, aprofundar a www.fundacao-mvg.pt | +351 289 422 607
colaboração com as entidades com as quais mantemos protocolos, entre elas a Câmara Municipal de Loulé, a Universidade do Algarve, Fundação António Aleixo, Ombria Resort e outras que mais de perto privamos, nomeadamente o Centro de Estudos Geográficos/Faculdade de Letras de Lisboa, Delegação Regional da Cultura e União de Freguesias de Querença, Tôr e Benafim. Destaco o relacionamento e colaboração institucional que temos vindo a manter com a Câmara Municipal de Loulé, na pessoa do seu Presidente, Dr. Vítor Aleixo que, com a sua sensibilidade para as questões da cultura e do ambiente e preocupação com o desenvolvimento do interior, tem contribuído de forma decisiva para os êxitos e prestígio já alcançados pela Fundação. No ano que agora começa, o meu desejo é que o sucesso de parcerias como esta se repita e amplifique entre todos aqueles que trabalham em nome do desenvolvimento cultural, social e económico. Gabriel Guerreiro Gonçalves
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À DESCOBERTA DE...
PÉ ANTE PÉ
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A Fundação Manuel Viegas Guerreiro inicia o ano de 2018 à descoberta das sinergias que marcam a diferença no Município de Loulé. Parceira da Rede Loulé-Cidade Educadora, divulga aqui o que mais de 20 entidades, associações e organismos fazem em nome de um concelho mais solidário, tolerante, intercultural e criativo. A Casa da Primeira Infância dá o pontapé de saída.
Projecto de conhecimento dos saberes tradicionais, artes e ofícios junto das crianças
E como surgiu o projecto “Pé Ante Pé”? ta e foi aí que começou este grande projecto. EstiO “Pé Ante Pé, Caminhando por Loulé” surgiu de vemos a aprender com os artesãos e foi tão inteuma visita que fizemos em Julho à Escola Secun- ressante que marcámos uma Roda da Empreita dária, onde estavam expostas telas com monumentos e figuras emblemáticas do concelho. Primeiro achámos que as crianças não iriam dar muita importância e que seria uma visita muito rápida mas a verdade é que elas quiseram saber o que estavam a desenhar, identificaram alguns dos monumentos e, entre as personalidades, o António Aleixo. O que daí resultou foi que acabámos por fazer a descoberta dos outros, como o Zé da Baracinha. Desde essa altura, esses dois quadros são o centro da nossa teia de projecto do “Pé Ante Pé, Caminhando por Loulé”. Descobrimos que existia uma exposição de alguns ofícios no Castelo, no Museu, com elementos antigos da nossa história. E daí até à empreita como foi? Ivone Silva, Casa da Primeira Infância Nesse caminhar, passámos pela Casa da EmpreiIS
A Casa da Primeira Infância aposta na proximidade entre as crianças e a comunidade de Loulé. Pode descrever como decorreu o projecto que assinalou o Dia da Convenção dos Direitos da Criança? Neste projecto fizemos dez telas para ilustrar dez direitos das crianças. Para podermos expor no comércio local, fiz antecipadamente o contacto com os lojistas e numa das lojas que eu à partida pensei que não iriam ser receptivos, o senhor agradeceu-nos e disse-nos até que não nos estava a fazer um favor. Era uma parceria que se estava a criar, informalmente. Estávamos a conseguir expor o trabalho das crianças e aquilo que era a representação de um dos direitos das crianças mas, ao mesmo tempo, estávamos a levar famílias ao comércio local, portanto era uma troca. Fiquei a pensar como nos surpreendemos com as pessoas. Foi uma boa surpresa.
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maior na nossa instituição, onde envolvemos também as famílias. A partir daí o projecto já tem uma rede de ideias imensa, com as telas no centro. Já temos ofícios, tradições, gastronomia e está agendada uma visita à Rede de Anfitriões ao Ameixial, com pernoita e tudo, para os meninos de 5-6 anos, para ver o mel, a apicultura, aquilo que se faz na serra e não só na cidade. No fundo, é uma rede de ideias para o ano todo.
SOBRE A CASA DA PRIMEIRA INFÂNCIA A Casa da Primeira Infância é uma Instituição Particular de Solidariedade Social fundada em 1945, numa altura em que a assistência social era praticamente inexistente em Loulé. Serviu para ajudar as mães trabalhadoras que não tinham onde deixar os filhos pequenos, para apoiar as famílias carenciadas e os chamados “expostos”, crianças abandonadas. Também conhecida como “Creche de Loulé” teve como presidente da primeira comissão administrativa, Maria José Soares Cabeçadas Ataíde e Ferreira. Setenta e três anos depois, a Casa da Primeira Infância recebe diariamente cerca de 200 crianças dos zero aos seis anos, na Creche e Jardim de Infância. O Centro de Acolhimento da Instituição acolhe 12 crianças até aos 12 anos, de forma transitória e em situação de urgência decorrente de abandono, maus-tratos, negligência ou outras causas. Dinamiza também o Projecto K, promovido pela Câmara Municipal de Loulé, que abrange famílias carenciadas, disponibilizando apoio aos trabalhos de casa, articulação com desportos e outros serviços municipais com o objectivo de fomentar a integração das crianças.
Arquivo Histórico de Albufeira
ATELIER DE PINTURA A AGUARELA A Fundação Manuel Viegas Guerreiro volta a apostar na formação na área das artes plásticas e, em Janeiro, a aldeia de Querença serve de inspiração à criatividade de formadores e formandos. Maria Viegas regressa para dinamizar mais um atelier de pintura a aguarela depois de em Julho de 2017 ter recebido um grupo de interessados. Manifestando o seu gosto por pintar em Querença, repete a experiência a par com a Fundação Manuel Viegas Guerreiro em duas datas. Para todos os que estiverem interessados, informamos que a formação irá decorrer no dia 15 de Janeiro, segunda-feira, entre as 14h30 e as 17h00 e no dia 27 de Janeiro, sábado, entre as 10h30 e as 13h00. O material necessário à realização do atelier é gratuito. Mais sobre o custo por sessão e outras informações, contactar: TLMV. 962 910 811
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FORMAÇÃO NA FMVG
ATELIER DE SERIGRAFIA
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Catarina Castel-Branco e Jorge Carvalho são os dois orientadores convidados para dinamizar o atelier de Serigrafia promovido pela Fundação Manuel Viegas Guerreiro em parceria com a Associação Cívica Tomás Cabreira. Marque no seu calendário: realizar-se-á no próximo dia 20 e decorrerá no horário das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h00, com a duração total de seis horas. A formação tem como objectivo a execução de um desenho para aplicar na técnica de serigrafia, recorrendo a papel de aguarela, grafite, lápis de cor e canetas de acetato, que os participantes deverão assegurar. O atelier depende da participação de um mínimo de 12 pessoas, a partir dos 16 anos.
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Serigrafia Formaçãode naCatarina FMVG, Castel-Branco Julho de 2017
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Serigrafia de Catarina Castel-Branco
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Para mais informações: assoc.civica.tomazcabreira@gmail.com TLMV. 962 910 811
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SÓNIA TOMÉ
Festa âncora de Querença e do Município, volta a chamar os devotos e aqueles que religiosamente compram chouriças na aldeia. Cumprem-se a 21 de Janeiro a cerimónia religiosa e os rituais em honra de S. Luís de Anjou, o santo a quem a população pede que conserve o porco em boas condições, garantia do sustento do agregado familiar. Como gesto de agradecimento, as melhores chouriças caseiras tornaram-se oferenda a S. Luís. Nos dias de hoje, vende-se cerca de 1.500 quilos de chouriças na festa de Querença. História e tradição que são matéria para uma proposta de candidatura a Património Cultural Imaterial a submeter à DirecçãoGeral do Património Cultural para a salvaguarda da emblemática festa, práticas e rituais. Mas, para já, realiza-se domingo, na Igreja Matriz da Nossa Senhora da Assunção a missa solene seguida de procissão pelas ruas da aldeia. Sucede-se a festa pagã com mercadinho e leilão, ao qual centenas de residentes e turistas assistem para licitar as famosas chouriças caseiras. Antecede, no sábado, uma Noite de Fados. A organização é da Comissão de Festas da Paróquia, com o apoio da União de Freguesias de Querença, Tôr e Benafim, CML e Casa do Povo de Querença. A entrada é livre.
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FESTA DE NATAL DA MENINADA DE QUERENÇA
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FESTA DAS CHOURIÇAS
EVENTOS
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FMVG, 14 de Dezembro de 2017 www.fundacao-mvg.pt | +351 289 422 607
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CANTOS E LAMENTOS Em Janeiro, a Guitarra Portuguesa será rainha em Querença. O auditório da Fundação MVG receberá o concerto de apresentação do músico Ricardo J. Martins, cumprindo a programação descentralizada do Cine-Teatro Louletano. Natural de S. Brás de Alportel mas a residir em Loulé, é dos poucos guitarristas que compõe. No próximo dia 13, apresentará em Querença o seu segundo disco, instrumental, intitulado Cantos e Lamentos, que inclui composições próprias inspiradas em adaptações de singles como Corre, Corre Corridinho, Danças na Eira, Tocar-te e A Guerra Parte 1 – Amanhecer para Guitarra Portuguesa de Lisboa e Guitarra Portuguesa de Coimbra. Ricardo J. Martins já partilhou o palco com nomes da poesia e do teatro como Ângela Pinto, Maria do Céu Guerra, José Fanha ou Irene Flunser Pimentel (Prémio Pessoa 2007). No campo musical, com Marco Rodrigues, Pedro Moutinho, Diamantina, Filipa Cardoso, Isabel de Noronha, Ilda Maria, Ana Sofia Varela e Viviane. Apresentou a sua música em Espanha, França, Bélgica, Holanda, Inglaterra, Alemanha, Luxemburgo, Sérvia, Canadá, Estados Unidos e Cabo Verde. Para ouvir em Querença, estão prometidas as raízes da música tradicional, folclore, música clássica e fado, a partir das 21h30 no Auditório da Fundação MVG, numa parceria com o Cine-Teatro Louletano/CML. Também presentes: Cláudio Sousa, viola Luís Trindade, baixo e percussões Bruno Vítor Martins, contrabaixo Nelson Conceição, acordeão Ana Figueiras, flauta Mayte Salgueiro, canto lírico Bilhetes à venda: http://bit.ly/2AZTKjZ Bilheteira do Cine- Teatro Louletano, FNAC, Worten, CTT, Pousadas da Juventude, El Corte Inglés, Lojas Note!, Rede Serveasy e BOL (reservas 18 20 e www.bol.pt).
FOTURISTAS
Duração: 90 minutos Preço do bilhete: €5 Faixa etária: M/6 www.fundacao-mvg.pt | +351 289 422 607
FICHA TÉCNICA Edição: Textos e Paginação: Marinela Malveiro Fotografia: Casa da Primeira Infância, Foturistas, Ivone Silva, Marinela Malveiro e Sul Informação Ilustração: Serigrafia de Catarina Castel-Branco Secretariado: Fátima Marques Impressão: Gráfica Comercial - Arnaldo Matos Pereira, Lda. | Zona Industrial de Loulé Lt. 18, Loulé, Faro | T. 289 420 200
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