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Marta Pérez
TEMPOS LIVRES
Marta Peréz gosta de nadar, praticar ioga e fazer longas caminhadas. Adora também a natureza e participa em atividades de conservação da floesta.
GESTORA DO SANTANDER SUSTENTÁVEL, SANTANDER ASSET MANAGEMENT
O fundo mais sustentável da oferta da Santander Asset Management, com Rating FundsPeople 2022, é caracterizado por ser um fundo conservador. A gestora explica as diferentes fontes de retorno, como planeiam a carteira, e o processo de investimento ESG.
Santander Sustentável é a versão mais ESG O dos fundos que compõem a oferta da Santander Asset Management e um dos fundos com Rating FundsPeople 2022. À FundsPeople, Marta Perez, da equipa de gestão, revelou que a disciplina e dinâmica são duas palavras que caracterizam a equipa de 20 pessoas que tem sobre si a responsabilidade de gerir este fundo multiativos. Disciplina pelo fundo ser gerido com um processo muito sistemático. Dinâmica por todo o processo de investimento requerer o envolvimento de três departamentos de Global Multiasset Solutions (GMAS).
Marta Pérez também desvendou o processo de investimento que o Santander Sustentável adota. O fundo tanto faz investimento indireto, como investimento direto. Contudo, é na componente obrigacionista - que abarca vários espetros de risco - onde a fatia de investimento se leva a cabo maioritariamente através de fundos terceiros. No entanto, uma coisa é transversal a todas as classes: a escolha de ativos sustentáveis.
A ponderação destas várias fontes de retorno só é possível realizar através do envolvimento de três departamentos de Global Multiasset Solutions: a equipa de Tactical Asset Allocation, de Portfolio Construction e Risk Modelling, e de Strategy Selection. Cada uma destas equipas tem a sua respetiva função: desde interpretar o mercado e determinar a seleção de ativos ótima para o fundo em cada momento, decidir como se ponderam cada um dos ativos no fundo, e selecionar as estratégias.
ABORDAGEM SUSTENTÁVEL
É precisamente na componente acionista que o investimento direto predomina. A esse nível, a profissionalacrescenta que “há uma estratégia própria do Santander que tem de cumprir critérios ESG, sendo supervisionada num comité de sustentabilidade”. Mesmo no caso de fundos de terceiros, a escolha recai sempre em produtos sustentáveis, reitera a profissional.“O normal é que a etiqueta sustentável venha indicada no próprio nome do produto, mas, normalmente, são produtos que na nomenclatura SFDR são, no mínimo, artigo 8”, aponta.
“Destaco que temos uma equipa ESG dedicada exclusivamente a manter esta informação e a analisar os nossos fundos do ponto de vista de sustentabilidade”, afirma Marta Pérez. Neste ponto, revela a importância que o próprio rating da casa – o SAM ESG Score – tem.
Assim, qualquer ativo que compõe o fundo terá o seu score atribuído. “Não são investíveis as empresas com pior pontuação face ao seu peer geográficoe setorial, estabelecendo-se um ranking por percentil e eliminando as empresas que estejam do percentil 40 para baixo”, esclarece.
A juntar a estes critérios, a profissional afirma também que, à semelhança do que é normal nos produtos mais sustentáveis, “há certas empresas que não podem deter em carteira, tais como as que investem em atividades controversas”.
Mas o pilar da sustentabilidade não fica por aqui. Marta Pérez indica ainda que “há processos de engagement com as empresas conscientes do impacto negativo que as suas atividades têm no meio-ambiente e sociedade, e que trabalham para oferecer soluções sustentáveis aos clientes”, conclui.