3 minute read

MASTERPLAN

Next Article
ESTUDOS DE CASO

ESTUDOS DE CASO

A elaboração do PIU para o Aeroporto Campo de Marte está pautada no artigo 1° do Decreto N° 56 901, de 29 de março de 2016, pois se encaixa nos itens apontados pelo parágrafo 3° do referido decreto.

O PIU Campo de Marte é dividido em três macrosetores: Parque EstadualDesenvolvido para conservar e ampliar o remanescente de Mata Atlântica do terreno e conectar a cidade e a população com a vegetação; Nova Urbanização - A continuidade do bairro dentro do terreno foi elaborada para criar novas oportunidades de moradia, emprego e lazer para os moradores, com ênfase na economia criativa e moradias populares, favorecendo o equilíbrio socioeconômico e no diálogo com a área destina a habitações no PIU Anhembi. E por fim, Memória Presente - Onde parte das funções militares serão mantidas para não interromper as atividades das forças de segurança municipal e nacional, preservando a memória do aeroporto, o passado de conflito e o futuro de oportunidades.

Advertisement

Programa

Equipamentos públicos e escola de samba: Os equipamentos existentes e o pavilhão da GRCSES

Império de Casa Verde serão mantidos, enquanto as edificações vizinhas, predominantemente residenciais, serão desapropriadas para benefício do parque;

Núcleo Esportivo: Revitalização dos campos de várzea e adição de novos elementos esportivos e de recreação;

Mata preservada: O bosque receberá traçados para pedestres, equipamentos públicos e ampliação da área arborizada por reflorestamento, principalmente nas margens de corpos d'água;

Drenagem: Criação de um lago artificial para auxílio da drenagem do terreno, como biorretentor, e para atividades aquáticas;

Pista e área de eventos: Espaços multiusos para uso cotidiano, público, semi público e particular;

Ligações: O parque como ponto de encontro e principal elemento do PIU. Servirá como eixo de conexão entre o miolo de bairro e o PIU Anhembi (norte-sul e o miolo de baixo e outra margem da Av. Santos Dumont (leste-oeste).

Diretrizes

Levando em consideração o diagnóstico, é estabelecido as seguintes diretrizes gerais da proposta:

Criação de um parque estadual ampliando a área de mata nativa; Criação de um polo econômico e habitacional; Aprimoramento e expansão do hospital e colégio; Recuperação e valorização do patrimônio histórico; Reinserção do terreno a dinâmica urbana existente; Ancoragem junto as propostas e projetos futuros.

Hospital e Colégio militar: Alteração da administração (militar para estadual) e ampliação das edificações para atendimento metropolitano; Museu do Samba: Ao lado do Sambódromo do Anhembi, o museu preservará a memória do ritmo e do carnaval paulista e ampliará a relação e conhecimento da população com sua temática; Centro de Pesquisas Botânicas: Órgão estadual para pesquisa e desenvolvimento de produtos a partir da flora da Mata Atlântica paulista; Parcelamento do solo: A área dos hangares de aviação civil será redesenhada e requalificada para a criação de uma zona de centralidade mista, de comérci, serviço e habitação, afim de dar nova vida a região, promovendo o equilíbrio social e diversidade cultural através de habitações para diversas faixas de renda e a oferta de um polo de economia criativa.

Centro Histórico e Administrativo: Os hangares militares serão preservados e utilizados para difundir a história militar do local e edifícios administrativos da FAB Serão preservados também a hospedaria e vila militar;

Associações militares: O CASSA - Clube Associativo dos Suboficiais e Sargentos da Aeronáutica e o APVC - Associação de Permissionários Vasco Cinquini serão parcialmente preservados, pois terão suas áreas reduzidas para passagem do novo sistema viário e ampliação do parque;

Hangar da PMSP: O hangar do Comando de Aviação da Polícia Militar do Estado de São Paulo“João Negrão”, será realocado em um terreno maior e de fácil acesso pelo solo, para operações conjuntas;

Museu da Aviação: O maior hangar do terreno será utilizado para abrigar o museu de aviação, que ensinará sobre a história do aeroporto e da aviação em São Paulo e no Brasil.

Na parcela do terreno sob administração da prefeitura da capital, as edificações que delimitam o terreno serão desapropriadas e removidas para a criação do Núcleo Esportivo do parque. Nesta etapa, também está incluso a construção do Museu do Samba e o Centro de Pesquisas Botânicas.

Entende-se que a negociação com o governo municipal é mais fácil, pois a proposta contempla o projeto idealizado pela prefeitura para o terreno, com complementos e ampliação, portanto, essa fase é teoricamente mais fácil jurídica e economicamente, em uma possível execução do projeto.

Já na área de administração federal através da INFRAERO, responsável pelos espaços aeroportuários do país, será dada continuidade e finalização do parque e da nova urbanização.

No parque, os demais equipamentos são adicionados, além do processo de reflorestamento das áreas estabelecidas Na urbanização, os edifícios militares serão transferidos para administração do Estado, onde haverá ampliação dos edifícios e de seu atendimento. O parcelamento da gleba onde se encontra os hangares de aviação civil também ocorre nessa etapa de implantação.

A segunda etapa é entendida como mais demorada e com maior grau de negociação em relação a primeira, dada a complexidade de negociação com o governo federal.

A última etapa da implantação é compreendida como a mais difícil do ponto de vista da negociação. A área militar será quase toda preservada, onde a principal alteração será a remoção das funções aeroportuárias do local, o que impacta diretamente as atividades desenvolvidas na região

Os hangares, na sua maioria, serão preservados e a área isolada do conjunto, como já acontece em outras áreas militares de São Paulo, entretanto, o maior hangar do complexo será destinado ao Museu da Aviação e o restante, transformado em um complexo histórico e administrativo da FAB. No entorno, o novo traçado viário e edificações buscam aumentar a porosidade do projeto junto ao tecido urbano existente.

This article is from: