CONSONANTE DISSONANTE CONSONANTE DISSONANTE
CONSONANTE DISSONANTE
ESQUINA 31 ATELIER DE PROJETO VIII
Caderno do anteprojeto desenvolvido para a disciplina de Atelier de Projeto VIII, sob a orientação dos docentes José Nilson Pereira e Maria de Lourdes Nóbrega. O estudo se debruçou sobre um recorte localizado no Bairro da Boa Vista (Recife/PE), que circunscreve a Rua da Alegria. O trabalho foi desenvolvido pelas alunas: Gabriela Cabral, Giovanna Beltrão, Rafaela Black e Thalita Brasileiro, do Curso de Arquitetura e Urbanismo UNICAP.
AP VIII
Estudo de Viabilidade
01
Introdução
01.01 Breve Histórico 01.02 Morfologia 01.03 Fluxos 01.04 Metodologia
02
Estudo de Viabilidade
03
Estudo Preliminar 03.01 Implantação 03.02 Volumetria 03.03 Ritmo 03.04 Escala 03.05 Densidade ou Massa 03.06 Cores e Texturas
04
Aspectos Técnicos
05
Perspectivas
06
Estudos de Caso
01
Introdução
A Formação do Bairro da Boa Vista O bairro da Boa Vista foi uma das primeiras áreas ocupadas em Recife, sendo considerado um dos bairros mais antigos da cidade. É palco de uma pluralidade extremamente rica, desde seus aspectos culturais e socio-econômicos até suas expressões urbanas, onde essa última vem de um extenso arcabouço arquitetônico e urbanístico existente na área. Com edifícios de diferentes estilos arquitetônicos e épocas construtivas, marcado pelos casarios antigos e pelos sobrados magros e altos; por traçados com feições “medievais”, feitos de vielas, becos e ruas estreitas; e pelo novo, com largas avenidas e espaços que convivem entre si, marcando não apenas sua culturalidade, mas também, promovendo a materialização da história da própria cidade. A “boa vista” da ocupação holandesa se referia à paisagem que Nassau tinha do seu palácio, de mesmo nome e que fora construído em 1643. O edifício se localizava às margens do rio Capibaribe na ilha de Antônio Vaz, onde hoje é o bairro de Santo Antônio. Segundo Nóbrega (2008), o nome do palácio foi consequência dessa paisagem, que recebeu o nome “boa vista”, assim como a área que se avistava da edificação.
01 Breve Histórico
O início da ocupação atual do bairro, de acordo com Menezes (1988), se deu de um povoado que foi se formando às margens do Rio Capibaribe que era composto de pequenos pescadores que usavam desse recurso hídrico como fonte de sobrevivência. A partir dessa aglomeração, três ruas/caminhos surgiram, que são atualmente correspondidos às ruas da Glória, de São Gonçalo (matriz) e a Rua Velha, tal formação teria ocorrido no período da ocupação holandesa em Pernambuco, entre os anos de 1630 a 1654.
Imagem 01 - Planta Genográfica da Villa de Santo Antônio do Recife de Pernambuco, 1749. Fonte: (MENEZES, 1988)
Na imagem 01, tem-se a planta genográfica da Villa de Santo Antônio do Recife de 1749 (MENEZES, 1988). A zona marcada na parte inferior da imagem corresponde à primeira informação oficial que se tem registro do povoado da Boa Vista, entre 1648 a 1745. A partir do ano de 1745 até 1827, a ocupação da Boa Vista foi marcada por uma coleção de vários aterros maneira lenta e em momentos bastante diferentes.
Em primeiro lugar vem o aterro do Casimiro, o qual compreende o aproveitamento do mangue até a Rua Formosa, atual Conde da Boa Vista. Neste trecho aterrado se instalou a Fundição Aurora, dos ingleses, e no extremo da área aterrada situou-se a Igreja dos Ingleses, demolida nos anos quarenta do século atual. A segunda etapa compreende as obras realizadas pelo Barão de Beberibe desde o seu sobrado e indo até a atual Rua do Riachuelo. Uma terceira etapa compreende o trecho que daí surge até a Avenida Norte atual, e onde se encontram localizados a Assembléia e o Ginásio Pernambucano. Tal aterro, que toma todo o século XIX, vem se constituir na maior obra realizada no bairro da Boa Vista, definindo sua maior ampliação enquanto limitada a oeste pelos sítios de vários proprietários (MENEZES, 1988, p. 97).
Imagem 02 - Plano do Porto e Praça de Pernambuco e seu contorno Meridional e Ocidental, desenhado por Pedro Cronenberger, 1827. Entorno do projeto a ser implantado. Fonte: (MENEZES, 1988).
Como mostra na imagem 02, o bairro da Boa Vista em 1987 já existia, isso porque ainda no contexto das transformações causadas pelos vários aterros, houve a inauguração do bairro atrelada à abertura da ponte da Boa Vista, que nas palavras de Menezes, a vida urbana nessa área da cidade foi dotada de grande celeridade e com isso veio o processo de urbanização. Ainda no século XIX, outras área de mangue foram aterradas, que correspondem às instalações do Ginásio Pernambucano, da Assembléia Legislativa e da Fundição d´Aurora.
Por fim, ainda houve algumas forças que estimularam a inovação tanto do bairro, quanto da cidade do Recife. Como durante a presidência de Francisco do Rego Barros da província de Pernambuco, que fortalece uma ação de inovação da cidade inaugurando o século XX com espírito modernista e modernizante, fazendo com que a Boa Vista assuma dimensões e articulações na cidade (como o parque 13 de maio, conhecido na época por passeio público 13 de maio).
Imagem 14 – Recife, 1906-07 com o Parque 13 de maio em marcação (verde) e o recorte do entorno (branco). Fonte: (MENEZES, 1988).
A área do entorno é composta pelas ruas: da Glória, Santa Cruz, da Velha, da Alegria, pela rua Leão Coroado e pela Travessa Pedro de Albuquerque. Está situada na Zona Especial de Proteção do Patrimônio Histórico e Cultural, mais especificamente no setor I SPR, Setor de Preservação Rigorosa. O projeto será implantado em um terreno da Rua da Alegria, que localiza-se em um importante palco histórico arquitetônico do bairro da Boa Vista, entre o Pátio de Santa Cruz e o Mercado da Boa Vista, além dos sobrados e outras construções antigas do seu entorno. ALEGRIA, Rua da. Começa na Rua Velha, passa por muros de quintais de casas da Rua da Glória, depois deflete à esquerda e termina na Rua de Santa Cruz, atrás da igreja. Já foi chamada de Conselheiro Aguiar, nome depois transferido para um famoso logradouro do bairro de Boa Viagem. O povo não aceitou a mudança. A Alegria prevaleceu (CAVALCANTI, 2018).
Na planta do Recife de 1918 temos a expansão maior da Boa Vista até a data considerada, onde já se definiam alguns dos monumentos mais importantes com os seus entornos completos. Assim, em primeiro lugar o prédio dos Cursos Jurídicos, a Academia de Direito, concluída desde 1912 e com plano de ajardinamento em execução. Depois a valorização da Matriz da Boa Vista com a abertura maior da Rua do Hospício, em sua frente, definida já no mapa de Douglas Fox. O Hospital Pedro II, as igrejas Matriz da Boa Vista, S. Gonçalo, Rosário e Conceição. A Assembléia, em magnífico prédio, projetado e construído pelo pernambucano, engenheiro José Tibúrcio Pereira Magalhães. O Ginásio Pernambucano, projeto e construção do também pernambucano, engenheiro José Mamede Alves Ferreira. Resta ainda parte do aterro da Aurora a ser ocupado, o que se dará após 1918, inclusive com o grande parque Treze de Maio (MENEZES, 1988).
da
Ale
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Rua Leão Coroa
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Ru a
N
Terreno
02 Morfologia
1
2
3
No entorno em estudo identificou-se que a tipologia arquitetônica mais recorrente é a “Casa de Porta e Janela”, que corresponde a 54,4% da área. No mapa de usos, é possível observar que esse tipo corresponde predominantemente à habitação, e que o 0,5% de edificação singular, é na verdade o Mercado da Boa Vista, uma edificação marcante tanto para o perímetro em análise e para o bairro da Boa Vista, quanto para a cidade do Recife.
4
1 2
Um ponto extremamente importante para a análise tipológica é a porcentagem alta de edificações descaracterizadas, das “casas de porta e janela” e dos “sobrados” (total de 20,7% de imóveis descaracterizados). O recorte em estudo trata-se de uma importante área histórica, principalmente quanto ao seu valor arquitetônico que se faz em um arcabouço extremamente rico, indo desde construções religiosas (como a Igreja de Santa Cruz), sobrados, casas térreas antigas até a arquitetura do mercado. Assim, a descaracterização de algumas construções pesa na caracterização da área e chama atenção para tomadas de medidas e diretrizes de preservação. Além disso, os lotes são estreitos e perpendiculares às vias, com implantação em seus limites, formando uma superfície densa e ineterrupta.
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3
5% 1%
1%
N Outros
2%
Templo
2%
Casa sem recuo lateral
4%
Edifício Singular
10%
Casa com recuo lateral
12%
Edifício caixão
13%
Sobrado
14%
49%
Sobrado descaracterizado
61,9%
CASA DE PORTA E JANELA SOBRADO DESCARACTERIZADO EDIFÍCIO CAIXÃO SOBRADO
Casa de porta e janela
18,3%
Casa de porta e janela descaracterizada
5,6%
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03 Fluxos
Mapa Fluxo viário
Em geral, segundo Silva (2020), o fluxo de veículos é baixo e ocorre em baixa velocidade, além de uma grande quantidade de veículos estacionados. Sendo estes veículos estacionados em sua maioria dos próprios moradores. A tarde o fluxo de veículos permanece baixo, porém maior do que o observado pela manhã. No final de semana a contagem foi realizada em horários diferentes, com o fluxo de veículos ainda baixo, mas devido ao movimento do mercado da Boa Vista, há um aumento a tarde. O entorno é feito do uso, predominantemente, habitacional (67,9%), assim há uma necessidade de agregar usos que gere rotatividade e vivacidade ao local, como comerciais e de serviços diferenciados, já que o mercado da Boa Vista supre necessidades básicas, além de fazer desses novos usos funcionarem em diferentes horários.
N 0 5
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Legenda Via restrita a pedestres e bicicletas Via local de fluxo médio Via local de fluxo baixo
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04 Legislação
02 01
01
A área de implantação do projeto faz parte da ZEPH 8 – Sítio Histórico do Bairro da Boa Vista, dentro de um SPR (Setor de Preservação Rigorosa), a legislação urbana (LUOS 16.176/96) entende a importância de garantir que suas características morfológicas sejam preservadas, entretanto não estabelece parâmetros urbanísticos para as SPR. De acordo com a LUOS, consideram-se Zonas Especiais de Preservação doPatrimônio Histórico Cultural - ZEPH -, as áreas formadas por sítios, ruínas e conjuntos antigos de relevante expressão arquitetônica, histórica, cultural e paisagística, cuja manutenção seja necessária à preservação do patrimônio histórico-cultural do Município. O SPR é constituído por áreas de importante significado histórico e/ou cultural que requerem sua manutenção, restauração ou compatibilização com o sítio integrante do conjunto.
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LEGENDA RECORTE DE ESTUDO ZEPH-R ZEPH-A
IMÓVEIS DE DESTAQUE
ESPAÇOS PÚBLICOS
01. Mercado da Boa Vista 02. Igreja de Santa Cruz
01. Praça da Alegria
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LEGENDA
De acorodo com a LUOS, entende-se que a construção de novas edificações no sítio histórico (SPR) deverão ser compatíveis com a feição do conjunto integrante do sítio. Assim, a legislação estabelece que haja uma condição de consonância em relação a forma básica (implantação, escala e volumetria) da nova edificação.
RECORTE DE ESTUDO ZEPH-R ZEPH-A
IMÓVEIS DE DESTAQUE
ESPAÇOS PÚBLICOS
01. Mercado da Boa Vista 02. Igreja de Santa Cruz
01. Praça da Alegria
Igreja de Sta. Cruz
Mercado da Boa Vista
01. Volumetria
05 Metodologia
A volumetria corresponde à forma geral ou morfologia da obra arquitetônica. Trata-se, certamente, de um dos aspectos mais importantes na definição da aparência final da obra, ainda que, como veremos a seguir, uma nova arquitetura possa repetir volumetricamente as preexistências vizinhas e, ainda assim, entrar em contraste com elas (JUNIOR, 2006).
Para se intervir em uma área, se faz necessária uma análise coerente das pré-existências. Uma leitura do entorno, da sua forma, implantação, escala, ritmo e de cores é de extrema importância para se definir uma nova volumetria, que pode ser consonante ou não. CONSONANTE DISSONANTE Metamorfose Nivaldo Junior em sua dissertação Arquitetônica (2006), fez um estudo detalhado a respeito de intervenções projetuais contemporâneas sobre o patrimônio edificado. Ele aborda em sua obra conceitos que nortearam este estudo de viabilidade, que serão detalhados a seguir.
CONSONANTE DISSONANTE
CONSONANTE DISSONANTE
Nivaldo aborda nessa parte questões de dissonância e consonância. O autor discute os conceitos utilizando-se do exemplo da ampliação arquitetônica em edificação histórica: a nova volumetria será consonante quando se assemelhar à existente, mesmo que usando materiais distintos, ela será harmoniosa volumetricamente falando. A dissonância ocorrerá quando o oposto acontecer, ou seja, quando o novo volume se fazer de formas distintas daquelas utilizadas na preexistência edificada.
Como exemplo de consonância, o autor traz a Embaixada da Suíça em Berlim (1999-2001). O projeto veio em resposta à necessidade de duplicar a área útil da construção existente. Os arquitetos lançaram um volume que dá continuidade ao alinha- CONSO mento original e fazem referências também às cores dos materiais. DISSON CONSONANTE DISSONANTE
Exemplo de Consonância na Embaixada da Suiça em Berlim - Fotos: Google Imagens
Como dissonante, Nivaldo traz o edifício sede da Seguradora Swiss Re (1997-2004). Essa edificação se insere no contexto de maneira totalmente diferente do que se preexiste, com formas curvas e com um contraste de materiais.
O autor ainda aborda a consonância na esquina nos exemplos do Chase Manhattan Bank em Milão e também no Centro Comercial Haas Haus em Viena. Nesses projetos, observa-se que os edifícios são absolutamente respeitosos das características de implantação dos respectivos tecidos.
Consonância no Chase Manhattan Banl- Fotos: Google Imagens
Dissonância no edifício-sede da Seguradora Swiss Re em Londres Fotos: Google Imagens
Oposto aos exemplos anteriores, o edifício do Grupo The Economist cria duas vias de circulação de pedestres no interior do quarteirão, ortogonais entre si, o que acaba fragmentando o quarteirão e, modificando assim, a leitura do espaço urbano, ou seja, se torna dissonante perante à implantação do sítio.
02. Implantação A implantação equivale à localização do novo objeto arquitetônico – seja ele a ampliação de um edifício existente, a complementação de um edifício arruinado ou mesmo um edifício absolutamente novo – com relação ao espaço urbano e às preexistências com as quais se encontra em relação visual – o edifício original que foi ampliado, as ruínas complementadas ou o conjunto em que se insere a CONSONANTE nova edificação, respectivamente (JUNIOR, 2006).
ANTE
NTE
DISSONANTE
CONSONANTE DISSONANTE
O autor ao abordar casos em que a nova edificação será inserida em um lote vazio de um conjunto histórico, que é o caso deste presente estudo, levanta que a consonância irá acontecer quando forem respeitadas as lógicas do traçado urbano e de implantação das edificações da malha à CONSONANTE se inserir a nova proposta. DISSONANTE
Dissonância no edifício do Grupo The Economist - Fotos: Google Imagens
03. Escala DISSONANTE
04. Densidade ou Massa
CONSONANTE DISSONANTE
CONSONANTE DISSONANTE
CONSONANTE DISSONANTE
A escala diz respeito à relação entre as dimensões da nova arquitetura CONSONANTE e aquelas da preexistência na DISSONANTE qual a intervenção ocorre (JUNIOR, 2006).
Segundo Nivaldo (2006), a edificação será consonate quando esta respeitar as dimensões gerais do que já existe, procurando fazer essa aproximação de gabaritos. A escala pode definir de fato se há harmonia entre o conjunto novo e o preexistente. CONSONANTE CONSONANTE CONSONANTE
DISSONANTE
DISSONANTE
DISSONANTE
Para a compreensão dessa parte Nivaldo aborda as técnicas construtivas e como elas estão cada vez mais apresentando novas linguagens arquitetônicas. Aqui o CONSONANTE autor comenta como a arquitetura tradicional, com paredes autoportantes em alveDISSONANTE naria de pedra ou de tijolo, geram uma construção densa e pesada, com uma predominância de cheios. Ele trata também de como os avanços tecnológicos com seus grandes planos de vidros mudou a percepção arquitetônica, que como dito anteriormente era predominantemente feita de cheios, para uma arquitetura pouco densa, sem peso. Essas relações de cheios e vazios, peso e leveza, CONSONANTE são exatamente a análise de densidade ou DISSONANTE massa. O Centro Galego de Arte Contemporânea em Santiago de Compostela (1988-93) é exemplo de um projeto em que as referências à preexistência são buscadas principalmente na densidade do edifício e no revestimento utilizado, bastante semelhante às das edificações vizinhas.
CONSONANTE CONSONANTE
DISSONANTE
Centro Galego de Arte Contemporânea - Fonte: Google Imagens
DISSONANTE
Exemplo de Consonância no Carré d’Art (edificação em corte) com o Maison Carrée de Nîmes em segundo plano. Para não ser dissonante, o projeto foi para o subterrâneo e manteve a escala externa existente - Foto: site do escritório Foster and Partners.
Exemplo de Dissonância no edifício da Compañia Sudamericana de Vapores em Valparaíso em comparação com as baixas edificações da cidade - foto: google imagem.
Por outro lado, há também as construções dissonantes que a utilização exacerbada de materiais aparentemente de grande leveza no interior de conjuntos arquitetônicos caracterizados pela densidade e pelo peso das edificações, criam um grande contraste entre nova arquitetura e preexistência edilícia. Exemplo disso é o Museu Universitário de Utrecht (1993-96) e o edifício-sede do Escritório de Arquitetura Cepezed em Delft (1998- 99), ambos na Holanda. 1
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(1) Museu Universitário de Utrecht e (2) Escritório de Arquitetura Cepezed em Delft - Fonte: Google Imagens
CONSONANTE
CONSONANTE
CONSONANTE DISSONANTE
DISSONANTE
DISSONANTE
DISSONANTE
05. Ritmo
06. Cores e Texturas
O ritmo se refere à cadência estabelecida pela repetição de determinados elementos utilizados na composição das superfícies-limite do objeto arquitetônico e que configuram CONSONANTE a sua aparência: fenestração (aberturas), DISSONANTE estrutura (quando aparente e distinguível dosCONSONANTE demais elementos que comDISSONANTE põem o objeto arquitetônico), elementos de decoração salientes ou escavados na fachada, mudança de materiais ou de cores de acabamento, etc.: (JUNIOR, 2006).
CONSONANTE DISSONANTE
Neste último aspecto o que se analisa são as características dos materiais utilizados nas superfícies-limite da nova arquitetura, em relação com aqueles utilizados nas preexistências. CONSONANTE DISSONANTE
A Casa Cicogna na Fondamenta delle Zattere em Veneza (1954-57), com seu tom marrom, se mimetiza na paisagem do Canal Grande veneziano, se integrando no contexto e agindo de forma consonante.
Para que esteja em consonância, as edificações que vão intervir em um contexto repetem o ritmo das preexistências. Na Torre Velasca, por exemplo, o ritmo marcado pela estrutura em concreto saliente à fachada e pelas aberturas estabelecem as principais referências à arquitetura do entorno. Em contra partida, o Museu Judaico de Berlim (1989-2001) não dialoga com a preexistência onde se contrapõe às aberturas de dimensões regulares e homogeneamente distribuídas nas fachadas do edifício barroco (seu vizinho) com longos e estreitos rasgos diagonais e aberturas em forma de cruz, localizados de maneira aparentemente aleatória nas fachadas. 1
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Casa Cicogna na Fondamenta delle Zattere em Veneza - fonte: google imagens
Já o MACBA – Museu de Arte Contemporânea de Barcelona cria uma relação de contraste se utilizando de materiais de acabamento exclusivamente brancos em um tecido urbano caracterizado por antigas edificações com fachadas em tons marrons e ocres, o que é totalmente dissonante do que se observa no contexto.
(1) Torre velasca e (2) Museu Judaico de Berlim - fonte: google imagens
MACBA – Museu de Arte Contemporânea de Barcelona - fonte: google imagens
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Estudo de Viabilidade
01. Implantação,escala e volumetria esc ala
1
4
3
2
03
A. A implantação da proposta foi desenvolvida de modo que respeitasse a lógica do contexto, seguindo a caraterística de “rua corredor”. Apresentando também um gabarito máximo de 11,2m, assim como seus edifícios adjacentes
a Ru Le ão
pátio
do
roa
Co
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B. O átrio central do volume foi criado para trazer para a nova edificação o conceito dos quintais que caracterizam a área.
01 2
pátio esquina
Rua da Alegria
4
3
esquina
1
C. Por fim, as três cobretas de duas águas mimetizam as cobertas do contexto em que a edificação foi inserida, tornando-a totalmente consonante.
01. Na implantação, a proposta é consonante quando segue a característica do sítio da “rua corredor” da área, apresentando uma ocupação livre de recuos. 02. É consonante também quando segue o gabarito da rua, tendo uma escala proporcional ao sobrado mais alto (11,2 m). 03. A proposta se faz densa assim como edificações do entorno (como nos exemplos 1, 2, 3 e 4). Além disso, a volumetria possui um pátio que representa os quintais dos sobrados e o pátio mais marcante da área: o do Mercado da Boa Vista. Por fim, do entorno, a coberta marcante é a de duas água que, nesse projeto, é representada em 3 telhados de duas águas cada, e estes são marcados na fachada.
02.Proposta volumĂŠtrica inicial
03.Programa e zoneamento
Rua da Alegria
A
A’
a Ru ão Le do
a ro
Co N
PLANTA BAIXA - TÉRREO ESC: 1/200
LEGENDA SALASCOMERCIAIS DE SERVIÇO SALAS
WC
CAFÉ
INFRAESTRUTURA
Rua da Alegria
A
A’
a Ru ão
Le do
a ro
Co N
PLANTA BAIXA - 2º PAV ESC: 1/200
LEGENDA ÁREA DE CONVIVÊNCIA COMÉRCIO ROTATIVO SALAS SERVIÇO SALASDE COMERCIAIS ATELIÊ COLETIVOS
WC E
Rua da Alegria
A
A’
a Ru ão
Le do
a ro
Co N
PLANTA BAIXA - 3º PAV ESC: 1/200
LEGENDA WC ROOFTOP
CAIXA D’ÁGUA CAIXA D`ÁGUA 17 000 L 17.000L
LEGENDA
CORTE AA’ ESC: 1/200
SALAS COMERCIAIS DE SERVIÇO SALAS
SALAS SERVIÇO SALASDE COMERCIAIS
CAFÉ
ÁREA DE CONVIVÊNCIA
INFRAESTRUTURA
WC
ROOFTOP
03
Estudo Preliminar
Recuo Posterior Recuo Frontal
01 Implantação
Recuo Lateral Sem Recuo
Para propor um projeto consonante é necessário analisar as diversas formas de implantação presentes na área de estudo, elaborando assim, um estudo das consonâncias presentes. O traçado urbano característico da área é extremamente marcante: feito de edificações sem recuos, que além de estarem no limite da rua, se dispõem lado a lado, uma “grudada” na outra. Além disso, constata-se também a presença de vazios internos nas construções, seja por pátios (como no Mercado) ou pelos quintais característicos dos sobrados (mesmo que por vezes tenham sido modificados). O pátio entra na proposta não apenas para criar uma consonância com seu entorno, mas também para ser o elemento que cria uma conexão visual entre os pavimentos, que cria uma unidade espacial.
N Mapa de cheios e vazios da área Rua Corredor Exemplos de vazios, pátios, átrios
0 5
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Mapa de recuos
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CONSONANTE
02 Volumetria
CONSONANTE
DISSONANTE
DISSONANTE
Além da implantação, a forma e tipologia nas construções pré-existentes são importantes pra se propor uma edificação cosonante. O sítio em estudo é historicamente marcado por seus sobrados com grandes empenas e com seus telhados de duas águas. São volumes densos e de forma retâgular. O mapa ao lado analisa essas tipologias, indicando que a maior parte da área se faz de edificações “porta e janela” ou “sobrados”, sendo ou não descaracterizados.
1
1 2
4 2
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3
5% 1%
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N Outros
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Templo
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Casa sem recuo lateral
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Edifício Singular
10%
Casa com recuo lateral
12%
Edifício caixão
13%
Sobrado
3. Estudo da coberta presente no entorno na volumetria proposta.
Sobrado descaracterizado
1. Propor uma volumetria consonante com as do entorno (maciça)
2. Investigar o vazio interno visto nos recuos dos quintais nos sobrados do sítio.
Casa de porta e janela
49%
Casa de porta e janela descaracterizada
A exemplo de algumas edificações maciças encontradas na área em estudo (vistas acima), foi proposta uma volumetria que parte de um bloco e se desenvolve em um pátio, que como já dito anteriormente, é uma característica presente também na área.
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CONSONANTE
CONSONANTE
03 Ritmo
DISSONANTE do solo: Análise do Ritmo do parcelamento
DISSONANTE
PROPOSTA
FACHADA RUA DA ALEGRIA - TERRENO
CONSONANTE
FACHADA RUA DA ALEGRIA - OPOSTA AO TERRENO
DISSONANTE
DISSONANTE
A análise do ritmo é feita com base nas skylines do sítio. Nelas os diferentes parcelamentos do solo são apresentados e estudados, bem como o ritmo das aberturas (portas e janelas) das fachadas e suas moCONSONANTE dulações.
CONSONANTE
FACHADA TERRENO
PROPOSTA
CONSONANTE
FACHADA RUA LEÃO COROADO - TERRENO
DISSONANTE
DISSONANTE
As edificações do entorno, na Rua da Alegria, possuem uma variação de 5-9 m de largura de fachada, sendo em sua maioria modulada dentro de 6-7 m. Tomando partida disso, foi possível estabelecer uma modulação metálica estrutural de 7 m, que se mostra na fachada. Já na Rua Leão Legenda Estudo do Ritmo Coroado, as fachadas variam de 4-6 m, e nessa lateral, usou-se uma CONSONANTE Marcação do Ritmo na estrutura proposta malha de estrutura de 4 m que também é marcada na fachada, tornanCONSONANTE DISSONANTE do a proposta em uma volumetria consonante com o entorno, umaDISSONANTE vez Análise do Ritmo das aberturas da fachada: que traz o mesmo ritmo das fachadas da rua para a sua. FACHADA EM FRENTE AOTERRENO
FACHADA RUA LEÃO COROADO - OPOSTA AO TERRENO
Além disso, o ritmo das aberturas também segue em consonância com o entorno, já que a distância dos centros das janelas do sítio em sua maioria é de 2 m, sendo esta aplicada nas janelas que se encontram em uma mesma modulação estrutural da volumetria proposta. Mesmo com a intenção de criar aberturas mais dinâmicas nos pavimetos superiores, a consonância se apresenta ainda presente, pois esses vazios seguem ainda os moldes do entorno.
FACHADA RUA DA ALEGRIA - TERRENO
FACHADA RUA DA ALEGRIA - OPOSTA AO TERRENO
FACHADA TERRENO
PROPOSTA
FACHADA RUA LEÃO COROADO - TERRENO
FACHADA EM FRENTE AOTERRENO
FACHADA RUA LEÃO COROADO - OPOSTA AO TERRENO
Legenda Estudo do Ritmo Cheios
PROPOSTA
04 Escala O gabarito das ruas em estudo (Rua da Alegria e Leão Coroado) é relativamente baixo, sendo sua maioria térreo, como observa-se na Skyline ao lado. Desta forma, seguindo a mesma escala do edifícios adjacentes, a proposta se limita dento dos 11.2 m, que correspondem ao “térreo mais um pavimento”, mas que devido à altura do pé direito dos sobrados, foi possível implantar três pavimentos. Ao limitar o gabarito da proposta ao gabarito do contexto, fica evidente a natureza consonante do edifício.
FACHADA RUA DA ALEGRIA - TERRENO
FACHADA RUA DA ALEGRIA - OPOSTA AO TERRENO
FACHADA TERRENO
PROPOSTA
FACHADA RUA LEÃO COROADO - TERRENO
FACHADA EM FRENTE AOTERRENO
FACHADA RUA LEÃO COROADO - OPOSTA AO TERRENO
Térreo Térreo + 1 PAV. Térreo + 2 PAV.
PROPOSTA
05 Densidade ou
No estudo de densidade ou massa da fachada foi possível analisar que a maioria do entorno se faz de cheios, 78% da fachada. Assim, com o objetivo de se manter consonante, a proposta é composta também por uma pele, Stripscreen (Hunter Douglas), que mantém a sensação de cheios mas cria uma permeabilidade interna de dentro da edificação.
Massa
Já para os vazios, pensou-se em aberturas e dimensões semelhantes às do entorno, onde as portas variam de 2,5 a 3m de altura x 1,35 de larugura e as janelas de 2 a 2,4m de altura x 1,0 a 1,35 m de largura e totaliza 22% da fachada. Assim, as aberturas propostas são de 2,6 x 1,35 m (portas) e 2 x 1,35 m (janelas), que corresponde à um parâmetro médio do entorno.
Pele (hunter douglas)
V = 25,45% C = 74,55%
V = 25,45% C = 74,55%
V = 31,37% C = 68,63%
V = 31,37% C = 68,63%
V = 17,11%
V = 11% C = 89%
V = 11% C = 89%
V = 17,11% V = 17,11% C = 82,89% C = 82,89% C = 82,89% V = 28,2% V = 5,08% V = 19,36% V = 28,2% V = 5,08% C = 80,64% C = 71,8% C = 94,92% C = 71,8% C = 94,92%
V = 17,7% C = 82,3%
V = 17,7% C = 82,3% V = 20,84% V = 26,11% C = 79,16% C = 73,89%
V = 35,6%V = 28,8%V = 21,98
V = 35,6%V = 28,8%V = 21,98 V = 20,84% = 64,4%C = 71,2% C = 78,02% V = 19,36% C = 64,4%C = 71,2% C = 78,02%C = 16% CV = 79,16% V = 16% V = 31,05% V = 31,05% C = 84% C =V 80,64% C = 84% V = 31,05% = 31,05% C = 68,95% C = 68,95% C = 68,95% C = 68,95%
V = 25,93% V = 27,81% C = 74,07% V = 26,5% C = 72,19%V = 29,14%
V = 26,11%V = 25,93% V = 27,81% C = 74,07% C = 73,89% C = 72,19%
C = 70,86%
V = 14,6% C = 85,4%
V = 14,6% C = 85,4%
V = 29,14% C = 70,86%
C = 73,5%
V = 21,83% C = 178,17%
V = 21,83% C = 178,17%
V = 26,5% C = 73,5%
PROPOSTA
FACHADA RUA DA ALEGRIA - TERRENO FACHADA RUA DA ALEGRIA - TERRENO
PROPOSTA
V = 9,5% C = 90,5% V = 12% C = 88%
V = 36% C = 64%
V = 18,9% C = 81,1%
V = 12% C = 88% V = 34,5% C = 65,5%
V = 16,3% C = 83,7%
V = 34,5% C = 65,5%
V = 26,3% V = 23,3% V = 16,3% C = 73,6% C = 74,7%
C = 83,7%
V = 16% C = 84%
V = 26,1% C = 73,9%
V = 26,3% V = 23,3% C = 73,6% C = 74,7%
V = 16% C = 84%
V = 14,9% C = 85,1%
V = 22,1% C = 77,9%
V = 26,1% C = 73,9%
V = 23,2% C = 76,7%
V = 22,1% C = 77,9%
V = 33% C = 67%
V = 14,9% C = 85,1%
V = 36% C = 64%
V = 36% C = 64%
V = 31,7% C = 68,3%
V = 36% C = 64%
V = 18,9% C = 81,1%
V = 27,6% C = 72,4%
V = 20,5%
C = 79,5% V = 23,2% C = 76,7%
V = 20,5% C = 79,5%
V = 33% C = 67%
V = 25% V = 19% C = 75% C = 81%
V = 27,6% C = 72,4%
V = 20,5% C = 79,5%
V = 36%
V = 15% C = 64% C = 85%
V = 29,1% C = 70,9%
V = 36% C = 64%
V = 31,7% C = 68,3% V = 19%
C = 81%
V = 22,5% C = 77,5%
V = 15% C = 85%
V = 25% V = 19% C = 75% C = 81%
V = 20,5% C = 79,5%
V = 36,7% C = 63,3%
V = 12,7% C = 87,3%
V = 29,1% C = 70,9%
V = 9,5% C = 90,5%
V = 14,8% C = 85,2%
V = 36,7% C = 63,3%
V = 24,5% C = 75,5%
V = 22,5% C = 77,5%
V = 22,3% C = 77,7%
V = 19% C = 81%
V = 17,2% C = 82,8%
V = 18,1% C = 81,9%
V = 12,7% C = 87,3%
V = 24,5% C = 75,5%
V = 22,5% C = 77,5% V =V7,2% = 22,3% C =C92,8% = 77,7%
V = 14,8% C = 85,2% V = 21,6% C = 78,4%
V = 17,2% C = 82,8%
V = 18,1% C = 81,9%
V = 7,2% C = 92,8%
V = 22,5% C = 77,5%
V = 21,6% C = 78,4%
FACHADA RUA DA ALEGRIA - OPOSTA AO TERRENO
FACHADA RUA DA ALEGRIA - OPOSTA AO TERRENO
FACHADA TERRENO
V = 11,7% C = 88,3%
FACHADA TERRENO
V = 36,86% C = 63,14%
V = 11,7% C = 88,3%
V = 26,2% C = 73,8%
V = 18,14% C = 81,86%
V = 20,5% C = 79,5%
V = 26,2% C = 73,8%
V = 27,7% C = 72,3%
V = 18,14% C = 81,86%
V = 36,86% C = 63,14%
V = 26,5% C = 73,5%
V = 20,5% C = 79,5%
V = 27,7% C = 72,3%
Vazios: 22%
V = 11% C = 89%
V = 24,1% C = 75,9%
V = 11% C = 89%
V = 19,6% C = 80,4%
V = 26,5% C = 73,5%
V = 24,1% C = 75,9%
V = 19,6% C = 80,4%
PROPOSTA
FACHADA RUA LEÃO COROADO - TERRENO PROPOSTA
FACHADA RUA LEÃO COROADO - TERRENO
V = 24% C = 76% V = 25,8% C = 74,2%
V = 31,1% C = 68,9% V = 23,3% C = 76,7%
V = 7,62% C = 92,38%
V = 24% C = 76%
V = 62,9% C = 37,1%
V = 35,9% C = 64,1%
V = 29,9% C = 70,1%
V = 25,8% C = 74,2%
V = 7,62%
V = 7,5% C = 92,5%
FACHADA EM FRENTE AOTERRENO
FACHADA RUA LEÃO COROADO - OPOSTA AO TERRENO
V = 62,9% C = 37,1%
V = 23,3% C = 76,6%
V = 26% C = 74%
V = 31,1% C = 68,9% V = 23,3% C = 76,7%
FACHADA EM FRENTE AOTERRENOC = 92,38%
V = 25,5% C = 74,5%
V = 32% C = 68%
V = 23,8% C = 76,2%
V = 7,5% C = 92,5%
FACHADA RUA LEÃO COROADO - OPOSTA AO TERRENO
V = 40,5% C = 59,5%
V = 33% C = 67%
V = 35,9% C = 64,1%
V = 23,8% C = 76,2%
V = 40,5% C = 59,5%
V = 33% C = 67% V = 29,9% C = 70,1%
V = 25,5% C = 74,5%
V = 26% C = 74%
V = 32% C = 68% V = 23,3% C = 76,6%
Cheios : 78%
06 Cores e Texturas Na área em estudo há uma diversificação de cores e texturas e, isso se dá principalmente pela descaracterização de algumas edificações. Porém, existe ainda alguns tons e suas variações que se obeserva com mais frequêcia, destes, para a proposta, se extraiu o tom para a pele, que compõe a maior área em fachada. Tal concepção visa que a nova volumetria seja consonante com seu entorno, buscando uma compatibilização com as características do sítio. A skyline com o estudo de cores e texturas da área, bem como a definição da proposta podem ser observados na página a seguir.
Paleta escolhida para a proposta
Ausência de cor: 37%
Na área observou-se algumas cores bem marcantes, como nas imagens ao lado, tons de cinza e bege. O sítio conta com 37% de construções sem cor (branco) e 63% de edificações com cor. Presença de cor: 63%
FACHADA RUA DA ALEGRIA - TERRENO
FACHADA RUA DA ALEGRIA - OPOSTA AO TERRENO
FACHADA TERRENO
PROPOSTA
FACHADA RUA LEÃO COROADO - TERRENO
FACHADA EM FRENTE AOTERRENO
FACHADA RUA LEÃO COROADO - OPOSTA AO TERRENO
Skyline de Cores e Texturas
PROPOSTA
04
Aspectos Técnicos
i = 30%
i = 30%
AL RU
DO OA OR
i=
30%
i=
30%
PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES
i = 30%
RUA DA ALEGRIA
PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA O C ESTUDANTES EÃ
i = 30%
POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES
Esc 1/150
RUA DA ALEGRIA 0.00 m
Acesso Edifício Sala Serviço A = 14,60 m²
Café A = 55 m²
Sala Serviço A = 18,60 m²
A
B
Acesso Gás
sobe
WC
+ 0,10
Gás Sala Serviço A = 13,3 m²
DML
Sala Serviço A = 21,60 m²
Acesso Lixo Apoio Café A = 3,4 m²
Apoio Geral A = 5 m² Medidores
Lixo 1 440 l
A
exaustão mecânica
DO OA OR OC EÃ
AL RU
B Deck WC
Área Verde 26% iço erv ² a S 4,7 m l a S =1 A
o viç Ser 7 m² a l , Sa = 14 A
iço erv ² a S 2,7 m l a S =2 A
Esc 1/150
RUA DA ALEGRIA
B
WC
A
A
ADM A = 13,80 m²
+3.50 m DML
DO OA OR OC EÃ
AL RU
Espaço Colaborativo A = 128 m²
Coworking A = 70 m²
B
tivo ora lab m² o C liê = 35 Ate A
Esc 1/150
RUA DA ALEGRIA
B
A
WC
desce DML
+6.90 m
DO OA OR OC EÃ
AL RU
Rooftop A = 128 m²
A Espaço Colaborativo A = 90 m²
vo
ati bor ola m² C ço 35 spa A =
E
Esc 1/150
UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES
B
PRODUZI
3.50 m
Rua Leão Coroado
CORTE AA
0,00
DETALHE 01 ESC____1/25
DETALHE 01
PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES
6.90 m
PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES
caixilhos horizontais envidraçados e brises perfurados metálicos
6.90 m
3.50 m
Lote vizinho
0,00
CORTE BB PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES
caixa d’água 17 O00 L
calha
PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA
PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES
Isotelha colonial Kingspan
fosso elevador em vista
0
FACHADA RUA DA ALEGRIA
FACHADA RUA LEÃO COROADO
N 20
50
05
Perspectivas
N 0 5
20
50
06
Estudos de Caso
Néaucité Housing
Atelier Krauss Architecture Volumetria O volume da nova edificação apresenta uma relação de consonância com o seu contexto uma vez que se insere de forma coerente com as volumetrias existentes.
Foto xx: Implantação do edifíco Néaucité Housing Fonte: Archdaily
Implantação A edificação foi implantada de modo que respeitasse a lógica de ocupação de seu entorno, desse modo, pode-se afirmar que a implantação da nova arquitetura está em total consonância com seu contexto no que se refere a implantação. Foto xx: Fachadas do edifíco Néaucité Housing e seu entorno. Fonte: Google Earth
Ritmo
01
O ritmo da nova edificação foi dado de acordo com as fenestrações já existentes no entorno, trazendo para si a verticalidade característica do local, apresenta, portanto, uma relação de consonância com os edifícios existentes.
Densidade ou Massa No que diz respeito a densidade, a edificação no geral, apresenta mais vazios do que se pode observar no seu entorno, porém o tratamento da fachada e a disposição
Foto xx: Gabaritos do edifíco Néaucité Housing e seu entorno. Fonte: Google Earth
Escala Em relação a escala, o edifício se encontra em total consonância com o entorno, visto que se pode observar que a nova arquitetura obedece ao gabarito de seu contexto. Foto xx: Cores e Texturas do edifíco Néaucité Housing e seu entorno. Fonte: Archdaily
NOVA EDIFICAÇÃO
CONTEXTO
Cores e texturas
01
Foto xx: Fachadas do edifíco Néaucité Housing e seu entorno. Fonte: Archdaily
No que diz respeito as cores e texturas, a nova arquitetura apresenta uma coloração bem próxima a sua preexistência, porém, em termos de textura, apresenta uma materialidade diferente da encontrada na área, marcando assim a contemporaneidade no objeto arquitetônico.
SHED-ART
MFR Architects Volumetria A nova edificação possui uma presença harmoniosa dentro do contexto ao que foi inserido, de modo que não apresenta elementos destoantes em relação ao seu entorno, encontrando-se assim em consonância com os outros volumes.
Foto xx: Implantação de Edifício SHED-ART Fonte: MFR Architects
Implantação A volumetria proposta pela nova edificação se encontra em consonância com o entorno, uma vez que obedece a malha urbana e lógica de implantação pré-existentes no contexto.
Foto xx: Fachadas do edifíco SHED-ART e seu entorno. Fonte: MFR Architects
Ritmo
02
Foto xx: Volumetria do edifíco SHED-ART e seu entorno. Fonte: MFR Architects
Ao tentar reproduzir o ritmo de aberturas dos edifícios adjacentes, o novo edifício apresenta uma relação de total harmonia e consonância com o contexto que foi inserido.
Densidade ou Massa Uma vez que se pode observar em sua fachada a mimetização da densidade da fachada dos edifícios adjacentes, o novo edifício apresenta uma relação de total consonância com seu entorno. dessas aberturas faz com que a edificação esteja em equilíbrio e consonância com seu entorno.
Foto xx: Gabaritos do edifíco SHED-ART e seu entorno. Fonte: MFR Architects
Escala No que diz respeito a escala, se pode observar que os arquitetos foram cuidadosos ao intervir no contexto, seguindo a escala presente no local e apresentando uma relação de consonância com a preexistência. Foto xx: Cores e Texturas do edifíco SHED-ART e seu entorno. Fonte: MFR Architects
NOVA EDIFICAÇÃO
CONTEXTO
Cores e texturas
02
Foto xx: Fachadas do edifíco SHED-ART e seu entorno. Fonte: MFR Architects
A parte inferior da edificação se encontra em total consonância com as cores e texturas encontradas na área, se camuflando totalmente as outras edificações. Entretanto, o elemento superior da edificação marca a contemporaneidade da edificação, trazendo cores e elementos que se distinguem do entorno.
ANDRADE JUNIOR, Nivaldo Vieira de. Metamorfose Arquitetônica: intervenções projetuais contemporâneas sobre o patrimônio edificado / Nivaldo Vieira de Andrade Junior. – Salvador: N. V. Andrade Junior, 2006.
Referências