UNICAP 2021.1
DESENHO URBANO INTEGRADO PLANOS DE QUADRA NA ÎLE DE NANTES/FRANÇA
LIVRO FINAL
A.p.r.e.s.e.n.t.a.ç.ã.o O presente trabalho conta com o desenvolvimento de um projeto de desenho urbano para um trecho localizado na Ilha de Nantes, na França, que fora realizado à luz dos conceitos de Quadra Aberta e Arquitetura Urbana (DUARTE, 2014). O projeto foi desenvolvido em três volumes, sendo este o livro completo, com todos os volumes aqui compilados. Nestes produtos, foram demonstradas todas as etapas projetuais, desde o diagnostico até e formação de um plano de massas para a área em questão. É importante salientar que as etapas precedentes estão atreladas entre si, assim sendo, imprescindíveis para compreensão desse produto final alcançado. O trabalho foi desenvolvido pelas alunas: Beatriz de Souza, Gabriela Cabral, Giovanna Beltrão, Julia Vasconcelos, Paloma Tabosa, Rafaela Black e Thalita Brasileiro. Sob orientação da professora Clarissa Duarte e do professor Ricardo Pessoa de Melo, é resultado da disciplina Ateliê de Projeto XI, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pernambuco.
Plano de Quadra Integrado Produto 01 01. Introdução 02. Plano de Conservação, Uso e Ocupação do Solo 03.Plano de Mobilidade e Espaços Públicos
Estudos Tipológicos e Plano de Quadra Preliminar Produto 02 01. Introdução 02. Estudos Tipológicos Existentes 03. Estudo de Caso 04. Proposição Tipológica 05. Modelagem Preliminar da Quadra
Plano de Massas Produto 03 01. Introdução 02. Plano de Massas 03.Projeto Quadra Piloto 04. Parâmetros Urbanísticos 05. Considerações Finais 06. Referências
S.u.m.á.r.i.o
PLANO URBANO INTEGRADO PRODUTO 01
ÎLE DE NANTES 47° 13' 05" N 1° 33' 10" O
AP IX UNICAP 2021.1
1
Introdução
A área em estudo localiza-se na cidade de Nantes, mais especificamente no recorte destacado da imagem XX. O território analisado compõe uma parte da ilha, a Île de Nantes, localizada no curso do Loire, um dos principais rios da França. A Île de Nantes constitui um dos onze bairros da cidade e, em seus cinco quilômetros de extensão, é composta por quatro grandes centros: Île Beaulieu, Beauliei Mangin, République Les Ponts e Sainte-Anne. A análise territorial foi feita através de uma leitura urbana integrada, à luz do conceito de Espaço Urbano Cidadão (UNICAP - PCC, 2018). Assim, através desse diagnóstico, foi possível o cruzamento de informações para a compreensão do espaço urbano, localizando suas potencialidades e seus desafios. Com esses dados, foram elaboradas as diretrizes que compõem os planos integrados de quadra. Nesse primeiro produto, foram desenvolvidos dois planos integrados: O Plano de Conservação, Uso e Ocupação do Solo e o Plano de Mobilidade e Espaços Públicos.
Imagem 01. Cidade de Nantes - Mapa Ilustrativo
Imagem 02. Ilha de Nantes - Mapa Ilustrativo
Imagem 03. Área do recorte em estudo - Mapa Ilustrativo
Imagem 04. Recorte em estudo - Mapa Ilustrativo
1.1
Breve Histórico da Área
Como já mencionado anteriormente, a área em estudo trata-se de um recorte localizado na Ilha de Nantes. Após ter sido palco de parques para pastoreio, de fábricas e estaleiros navais, o bairro conta atualmente com vários atrativos turísticos e culturais. De uma população de maioria jovem, a Ilha está em constante transformação e, segundo informações do site Métropole e Ville, são muitos os planos para um futuro com qualidade urbana. Para compreender como o território é considerado uma potência patrimonial no setor industrial e cultural, a seguir, foi feita uma breve análise histórica da cidade. A investigação foi realizada com base na pesquisa de Enora Le Meline, com dados da prefeitura de Nantes e com mapas gerais da cidade disponibilizados na plataforma Archives.
Imagem 05. A confluência do Erdre e do Loire (onde Nantes foi fundada), imagem de 1890. Fonte: Library of Congress.
Linha do Tempo A linha do tempo, apresentada a seguir, foi elaborada para melhor entendimento do conteúdo levantado. Ela foi dividida por período, onde se faz uma abordagem histórica geral de cada intervalo de tempo.
Pré História e Antiguidade Os primeiros habitantes, do que hoje se conhece como Nantes, estabeleceram-se durante a Idade do Bronze e, ao que tudo indica, foram atraídos por pequenas fontes de ferro e estanho no subsolo da região. Imagem 06. Seção da muralha da cidade romana. Fonte: Adam Bishop.
Durante o período gaulês, o porto da cidade começou a crescer após o colapso da Ratiatum (atual Rezé), que até então, dominava as atividades portuárias da região. Nesse período, em decorrer de um ataque alemão, os habitantes da cidade construíram um muro que se tornou comum nos povoados gauleses. Essa fortificação está atualmente incorporada a um castelo existente na cidade.
Idade Média
Imagem 07. Castelo dos Duques da Bretanha em Nantes. Fonte: Google Imagem.
Como grande parte da região, no início da Idade Média, Nantes também fez parte do Império Romano. Quando se deu o colapso da supremacia romana, os francos dominaram e transformaram a cidade em uma fortaleza contra os bretões, dentro de um período conhecido como Marcha da Bretanha. Com a morte de Carlos Magno, que liderava essa marcha, Nantes se torna Bretã. Dentro do domínio bretão, havia muitos conflitos entre os senhores betões, o que tornava a cidade vulnerável às invasões vikings. É válido comentar que
os vikings chegaram a atacar Nantes, em dois momentos importantes, sendo o primeiro em 843 a.C e o segundo em 919 a.C, sendo esse último quando eles se estabeleceram na cidade. Os nórdicos foram expulsos da cidade em 937 a.C por Alan II, que resgatou o território para a Bretanha.
Imagem 08. Catedral de Nantes reconstruída em estilo gótico, 2008 Fonte: Guillaume Piolle.
O feudalismo era um sistema que dominava a França na época, e Nantes foi sede de um condado. Nesse período, a cidade experimentou uma Guerra de Sucessão, onde a Casa Montfort sobe ao trono ducal. Essa fase foi muito importante para o desenvolvimento local, já que durante o domínio dos Montforts, diversas edificações foram construídas como o conselho, a chancelaria e a Universidade de Nantes, além desses tiveram também projetos de reconstrução, a exemplo da Catedral e do Castelo. O tráfego portuário tornou-se a principal atividade da cidade, e várias exportações para países estrangeiros começaram a ser feitas.
“
A presença bretã é um grande marco cultural aqui em Nantes. É uma parte da identidade muito importante, a cultura dos bretões ficou bem presente na cidade, através de nomes de ruas, festas, muitos detalhes. Enora Le Meline, na sua apresentação Nantes, 2021
Nantes da França, Nantes Escravagista O casamento real entre Ana da Bretanha e Carlos VIII deu início à unificação da França onde, em 1532, acabou de fato ocorrendo com a ratificação por Francisco I da França. Imagem 09. Fachadas típicas do séc. 18 em Nantes. Fonte: Selbymay.
Com o assoreamento das salinas locais e devido a uma queda nas exportações de vinho, que dominavam
Imagem 10. Mascarons nas fachadas dos edifícios onde moravam os armadores de barcos. Fonte: Meline, 2021.
a economia, Nantes foi obrigada a migrar para outras atividades. Assim, a importação de açúcar passou a ser muito lucrativa para a cidade que, em 1664, se tornou o oitavo maior porto da França e seis anos após, em 1700, o maior. Com esse mercado, uma nova mão de obra se viu como “necessária”, e assim, a cidade passou a negociar escravos africanos em 1706. O porto fez parte do Comércio Triangular: os barcos partiam de Nantes para comprar escravos na África que, em seguida, eram levados para as colônias europeias nas Américas e por fim, com o produto pronto, os barcos voltavam para a cidade. De 1707 a 1793, Nantes foi responsável por 42% do comércio de escravos francês; seus mercadores venderam cerca de 450.000 escravos africanos nas Índias Ocidentais.
Revolução Francesa
Imagem 11. Pintura dos afogamentos de 1793-1794 em Nantes, eles tinham como objetivo matar um grande número de pessoas simultaneamente durante a revolução. Fonte: Musée d'art et d'histoire de Cholet.
Nantes foi importante na luta contra a monarquia. Em 18 de julho de 1789, os habitantes inspirados pela Bastilha, tomaram o Castelo dos Duques da Bretanha, o que consolidou ainda mais os ideais republicanos. Já em 1793, doze mil soldados a favor da República resistiram a uma tropa de 30 mil homens. Essa luta, conhecida como Batalha de Nantes, resultou na morte do líder monarquista Jacques Cathelineau, fortificando assim, a República.
Revolução Industrial Durante a segunda metade do século XIX, Nantes se tornou uma grande cidade industrial. As principais indústrias da cidade eram as de processamento de alimentos e as de construção naval. Graças a esses mercados, foi possível manter a atividade portuária ativa, além de facilitar e estimular a agricultura.
Imagem 12. O porto de Nantes em 1912, com a ponte transportadora demolida ao longe. Fonte: Yanterrien.
Uma questão importante a ser comentada, foi a dificuldade dos navios grandes de atravessarem o Loire para chegar a Nantes que, como consequência, teve seu tráfego portuário ultrapassado com a criação de um novo porto em Saint-Nazairetinha. Nantes chegou a criar um canal de quinze quilômetros paralelo ao Loire, mas em 1910 ele foi abandonado graças à dragagem eficiente do rio entre 1903 e 1914.
Segunda Guerra Mundial Nantes foi abalada pelos ataques aéreos da Segunda Guerra Mundial. Além da retaliação alemã, em 16 e 23 de setembro de 1943, com o intuito de prevenir que o porto fosse dominado pelo oponente, os aliados à cidade a bombardearam, causando a morte de 1 732 pessoas e a destruição de 2 000 edifícios, deixando outros 6 000 inutilizáveis.
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Imagem 13. Cidade bombardeada durante a Guerra. Fonte: Meline, 2021.
Os alemães abandonaram a cidade em 1944, e assim, ela foi recapturada pelas Forças do Interior da França e pelo Exército Norte-Americano.
Imagem 14. Alguns elementos de paisagem atuais da Ilha de Nantes.
2
Plano de Conservação, Uso e Ocupação do Solo
2
Plano de Conservação, Uso e Ocupação do Solo
O Plano de Conservação, Uso e Ocupação do Solo consiste na síntese das diretrizes de Conservação, das Diretrizes de Uso, das Diretrizes de Ocupação e das Diretrizes de Adensamento Habitacional. As camadas que constituem esse plano surgem a partir do estudo de mapas distintos. As diretrizes de conservação, tomando como ponto de partida o conceito de “paisagem cultural” como diretriz de planejamento, classificam as áreas ou edificações a conservar em: a) As áreas ou edificações de preservação cultural; b) As áreas ou edificações de interesse social; c) As áreas ou edificações consolidadas. As diretrizes de uso, por sua vez apontam os usos a serem mantidos e promovidos no território, sendo esses representados através do critério de predominância nas vias. Classificam-se como camadas que compõem as diretrizes de uso: a) Misto residencial (térreo ativo + residencial); b) Residencial; c) Misto comercial (térreo ativo + serviços); d) Institucional; e) Educacional; f) Industrial, e g) Comercial + Lazer e Cultura. As diretrizes de ocupação e adensamento habitacional são caracterizadas inicialmente através de limiares relativos à altura das edificações, ou seja, pelos intervalos de gabarito máximo permitido por quadra ou fragmento de quadra. Tomando como referência os gabaritos predominantes e o limite máximo considerado coerente diante da paisagem cultural da área. Tais diretrizes foram classificadas em três intervalos: LIMIAR 1 (até térreo + 2); b) LIMIAR 2 (até térreo + 6); e c) LIMIAR 3 (até térreo + 9). Por fim, as diretrizes de adensamento habitacional têm como objetivo promover a ocupação habitacional no território e, em consequência disso, fomentar a densidade populacional da área através da implantação de novas unidades habitacionais. Logo, propõe-se: a) Áreas de adensamento por reabilitação (a reabilitar); b) Áreas de adensamento moderado (renovação espacial); e c) Áreas de adensamento (renovação).
Plano de Conservação, Uso e Ocupação Mapa Síntese
L3 L3
L3
L1
L3
L1
L1
L1 L2
L3
L2 L1
L3 L1
L1
L3 L1
Diretrizes de ocupação Gabarito máximo a permitir L1
Limiar 1 (até térro + 2)
L2
Limiar 2 (até térro + 6)
L3
Limiar 3 (até térro + 9)
Áreas a adensar Área de adensamento habitacional por reabilitação - A reabilitar Área de adensamento habitacional moderado - Renovação Especial Área de adensamento habitacional Renovação
Diretrizes de conservação
Diretrizes de uso
Áreas/edificações a conservar
Usos a promover/predominância Comercial + Lazer e Cultura Misto Comercial (térreo ativo + serviços)
Área de Interesse Social Edifícações Consolidadas
Misto Residêncial (térreo ativo + residência) Residencial
Área/edifícios de Preservação Cultural
Industrial Educacional Institucional
N 0
100
200m
300m
Grupo G
Beatriz Souza, Gabriela Cabral, Giovanna Beltrão, Julia Vasconcelos, Paloma Tabosa, Rafaela Black e Thalita Brasileiro
2.1
Diretrizes de Conservação
De acordo com o Plano Centro Cidadão (2018), as Diretrizes de Conservação partem do conceito de “Paisagem Cultural” atrelado às questões legislativas vigentes. Para as análises realizadas no recorte em estudo, não foram considerados os zoneamentos definidos por lei, devido ao desconhecimento desses. Assim, as investigações têm caráter especulativo e foram baseadas nas categorias definidas a seguir: a) Áreas ou Edificações de Preservação Cultural: Consiste em uma categoria que pode ser dividida em duas: 1) são edificações ou conjuntos já preservados por lei (em níveis Federal, Estadual e/ou municipal) ou 2) que por seu valor histórico ou de uso, tenham a conservação como seu princípio de zoneamento, sendo classificados como “a conservar”. Esse último foi o conceito utilizado para o desenvolvimento desta pesquisa no território de Nantes. b) Áreas ou Edificações de Interesse Social: Segundo o Plano Centro Cidadão, são áreas ou edificações de interesse social classificadas como ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social) regulamentadas como CIS (Comunidades de interesse social), sendo estas registradas ou não. No caso de Nantes, foi especulado esse zoneamento tendo como base as características morfológicas da área e o conceito das ZEIS, que são os assentamentos habitacionais da população de baixa renda.
valor histórico e de patrimônio industrial. A orla foi classificada como área de preservação cultural graças ao seu potencial referente à paisagem existente, além da sua relevância cultural (os antigos armazéns e o monumento das argolas iluminadas Quai des Antilles). Por fim, foi sugerida a preservação dos trilhos em razão da sua dimensão histórica, porém nesse caso, a conservação da linha férrea deve ser feita através da criação de parques, levando em consideração estudos que compreendam quais/ como as linhas podem sofrer intervenções. Como exemplo da preservação dos trilhos tem-se o projeto do High Line Park (Nava Iorque, EUA) e o Linhas de Vida, em Singapura. A Área de Interesse Social caracteriza-se por ser um local de edifícios de uso majoritariamente residencial e com tipologias mais antigas. Há alguns conjuntos habitacionais contemporâneos que são destinados à habitação de interesse social, como o prédio Bourgault Ducoudray II. Por fim, foram identificados alguns edifícios consolidados que estão dentro dos critérios já citados anteriormente. São em sua maioria construções contemporâneas de uso misto. Como exemplo desses casos, têm-se os edifícios da Loire-Atlantique e os localizados na 78 Boulevard de la Prairie au Duc, na parte superior do recorte em estudo.
c) Áreas ou Edificações consolidadas: Correspondem às edificações menos propensas a demolição, e foram identificadas segundo dois critérios: edificações acima de 4 pavimentos e edificações acima de 10.000m2. No diagnóstico, foram identificados dois edifícios passíveis de preservação: a) a Casa de Sindicato, graças ao seu uso importante às estruturas governamentais da cidade e, também, ao seu valor arquitetônico; e 2) a antiga Fábrica de Açúcar por seu
Imagem 15. Orla: Quai des Antilles. Fonte: Google Imagem. Imagem 16. Exemplo de intervenção em trilhos: High Line NY. Fonte: Google Imagem.
Diretrizes de Conservação
Diretrizes de conservação Áreas/edificações a conservar
Área de Interesse Social Edifícações Consolidadas Área/edificação de Preservação Cultural
N 0
100
200m
300m
Grupo G
Beatriz Souza, Gabriela Cabral, Giovanna Beltrão, Julia Vasconcelos, Paloma Tabosa, Rafaela Black e Thalita Brasileiro
2.2
Diretrizes de Uso
As Diretrizes de Uso têm o objetivo de identificar os usos existentes visando promoção estratégica de novos usos para o território em análise. A metodologia do Plano Centro Cidadão (2018) aplicada, classifica a área com base nos usos existentes e possíveis usos a serem implantados, com o objetivo de alcançar a vivacidade e assim um urbanismo humanizado. Entre esses usos, tem-se: Comercial + Lazer e Cultura; Misto e Comercial (térreo ativo + serviços); Misto Residencial (térreo ativo + residências); Residencial; Industrial; Educacional; e Institucional.
por se tratarem de trechos bem consolidados e sem necessidade de grandes mudanças.
A estratégia abordada nessa etapa, foi:
A mesma lógica se aplica às orlas Oeste e Sul da Ilha. Há alguns galpões em funcionamento, que tem usos variados, desde teatros à restaurantes, porém ainda assim é uma área extensa com pouca atividade. Desta forma, essas questões nortearam a implementação de mais atividades deste gênero ao longo desse trecho, a fim de criar um polo cultural e de convivência.
1) O estudo e identificação do território, Ilha de Nantes, através das ferramentas do Google Maps e Google Earth; 2) A demarcação dos usos consolidados existentes a serem preservados, dentre as categorias mencionadas; 3) A identificação do potencial dos usos existentes, por via e predominância; 4) A promoção de novos usos, considerando os edifícios consolidados e a predominância de usos existentes, com o objetivo de atender as diretrizes de ocupação; A partir disso, com as informações obtidas, adotamos algumas estratégias para recuperar ou aumentar a dinamicidade do local. As medidas adotadas, baseiam-se em identificar o uso de um trecho e adapta-lo. Diante dos usos a serem promovidos temos, destacam-se os usos “Misto Residencial” e o “Comercial + Lazer e Cultura”, que foram usados como estratégia para a ativação do território. Já os usos existentes a serem mantidos, foram pontuados nos seguintes trechos: Residencial, Industrial, Educacional e Institucional. Eles foram mantidos, por
Onde há majoritariamente habitação, sugeriu-se o uso “Misto Residencial”, com o intuito de preservar as habitações e criar uma variedade de usos no térreo, promovendo um “térreo ativo”. A exemplo disso, tem-se a área da ponta Sudeste do mapa, onde o uso existente é predominantemente residencial, além dos espaços vazios localizados no centro do recorte analisado.
É notória também, a necessidade de requalificar alguns trechos, além dos já citados no texto, como o caso do “Misto Comercial”, que trata-se de comércios com térreos inativos onde, uma vez reabilitados, terão um papel crucial para promover atividade naquele perímetro. A partir dessa análise concluímos que, apesar de existir no território uma certa variedade de usos, pelo fato deles estarem concentrados em apenas alguns trechos, de forma mal distribuída, acabam por não conseguir cumprir o papel de ativação do espaço. Faz-se necessário então, a disseminação de usos diversos pelo restante do território, o qual é contemplado por uma quantidade significativa de vazios ou edificações inativas, como diagnosticado no mapa ao lado.
Diretrizes de Uso
Diretrizes de uso
Usos a promover/predominância Comercial + Lazer e Cultura Misto Comercial (térreo ativo + serviços) Misto Residêncial (térreo ativo + residência) Residencial Industrial Educacional Institucional
N 0
100
200m
300m
Grupo G
Beatriz Souza, Gabriela Cabral, Giovanna Beltrão, Julia Vasconcelos, Paloma Tabosa, Rafaela Black e Thalita Brasileiro
2.3
Diretrizes de Ocupação do Solo
De acordo com o Plano Centro Cidadão (2018), as diretrizes de ocupação do solo são definidas a partir de dois indicadores: o adensamento habitacional e a definição dos limiares de altura das edificações. Os limiares correspondem ao gabarito máximo a ser permitido por quadra ou fragmento de quadra. Dessa forma, os gabaritos podem ser abordados em até três intervalos para o território diagnosticado: a) LIMIAR 1 (até Térreo + 2); b) LIMIAR 2 (até Térreo + 6); c) LIMIAR 3 (até Térreo + 9); Para análise da área de estudo, a definição desses indicadores foi feita com base no estudo dos gabaritos predominantes já existentes e, ainda, o limite máximo considerado coerente com a as pré-existências, sendo assim, com a paisagem cultural do lugar, como exposto no mapa. Com o objetivo de ressaltar a ocupação habitacional do território e, a partir disso, incrementar a sua densidade populacional, são definidos as diretrizes de adensamento habitacional. Para tanto, são utilizadas 4 camadas norteadoras para definir as diretrizes, tendo como objetivo a preservação da paisagem cultural do lugar e a necessidade de reabilitação e/ou renovação sustentáveis de parte do território. Sendo essas definidas segundo o Plano Centro Cidadão (2018): a) Área/edificações a Preservar/Conservar: consiste nas edificações e áreas preservadas por lei, e/ou aquelas passíveis a ser conservadas por possuírem valor histórico ou de uso. Tais áreas já foram apresentadas anteriormente nesse trabalho e estão demonstradas em cinza escuro no mapa ao lado. b) Área de Adensamento Habitacional por Reabilitação (A Reabilitar): Visa a preservação morfológica e arquitetônica das edificações. Para tanto, tais áreas demarcadas no mapa devem ser adensadas com cautela, já que os edifícios dessas áreas são bem
característicos e de gabarito majoritariamente baixo (limiar 1). c) Área de Adensamento Habitacional Moderado (Renovação Especial): Tais áreas delimitadas no mapa, possuem características morfológicas históricas ou de importância para a paisagem cultural do território, mas se encontram descaracterizadas ou degradadas. Nesse caso, essas áreas podem ser renovadas e/ou preservadas seguindo as particularidades do território, e também podem ser adensadas por renovação. Esses espaços identificados no recorte são compostos por edifícios mistos com um cunho contemporâneo que se inserem dentro de uma área que já foi descaracterizada, como a exemplo da via Boulevard de la Prairie au Duc. Imagem 17. Boulevard de la Prairie au Duc. Fonte: Google Maps.
d) Área de Adensamento Habitacional (Renovação): Abrange áreas de traçado fundiário diverso ou descaracterizado e, sem edificações consolidadas, cujo valor histórico ou de uso não justificam sua preservação. Para tanto, o tecido urbano e suas edificações podem ser renovados levando em consideração a paisagem cultural do lugar. Na área em analisada, observou-se um trecho caracterizado por um vazio urbano, por espaços sem loteamentos e via, sendo possível assim, propor uma intervenção por renovação.
“ É importante ressaltar que a definição dos demais
parâmetros de ocupação urbana, tais como recuos, taxas de ocupação e coeficientes de utilização devem ser definidos em etapa posterior, através de Planos de Quadra Específicos (Planos de Massa) segundo os conceitos do “Código Baseado na Forma” (FARR, 2013) e da “Arquitetura Urbana” (DUARTE, 2014). - PCC, 2018
Diretrizes de Ocupação
L3 L3
L3
L1
L3
L1
L1
L1 L2
L3
L2 L1
L3 L1
L1
L3 L1
Diretrizes de ocupação Gabarito máximo a permitir L1
Limiar 1 (até térro + 2)
L2
Limiar 2 (até térro + 6)
L3
Limiar 3 (até térro + 9)
Áreas a adensar Área de adensamento habitacional por reabilitação - A reabilitar Área de adensamento habitacional moderado - Renovação Especial Área de adensamento habitacional Renovação Área/edificações a preservar/ conservar
N 0
100
200m
300m
Grupo G
Beatriz Souza, Gabriela Cabral, Giovanna Beltrão, Julia Vasconcelos, Paloma Tabosa, Rafaela Black e Thalita Brasileiro
3
Plano de Mobilidade e Espaços Públicos
3
Plano de Mobilidade e Espaços Públicos
O plano de mobilidade e espaços públicos corresponde a leitura integrada das diretrizes de mobilidade (espaços públicos viários), diretrizes para espaços livres polares e diretrizes de articulação. O plano em questão foi definido em consequência da sintetização das diretrizes geradas a partir das análises de três mapas distintos. As diretrizes de Mobilidade e espaços públicos viários estabelecem as vias que deverão ser humanizadas e/ou repartilhadas a fim de reabilitar o espaço público viário do território em “Ruas cidadãs”. Segundo o Plano Centro Cidadão (2018), com base nas hierarquias de articulação territorial e as diretrizes de convivência entre os modais foram estipulados cinco tipos de vias: a) Eixo cidadão metropolitano; b) Via conectora; c) Via parque; d) Via Ativa; e) Via não motorizada. As diretrizes de espaços públicos polares possuem caráter de intervenção e/ou ativação, classificando os espaços polares segundo as seguintes categorias: a) Espaços a conservar; b) Espaços a reabilitar; c) Espaços a criar; d) Espaços a ativar. Também, nessas diretrizes, encontram-se destacados os terrenos com potencial para abrigar edifícios garagens com térreo ativo, denominados no Plano diretor (2018) de “Multi-parques” e, ainda, identifica os edifícios garagens existentes, evidenciando a orientação de ativar seus pavimentos térreos, que no diagnóstico realizado não há esse último. Por fim, as diretrizes de articulação, projetam a valorização e reabilitação dos diversos espaços públicos, tanto viários quanto polares, uma vez que julga a articulação entre esses espaços como uma estratégia fundamental para humanização do território em questão. Classificam-se como camadas que compõem as diretrizes de articulação: a) Travessias seguras a promover; b) Passagens de pedestres a criar; c) Espaços semi-públicos a integrar; d) Principais rotas cidadãs a reabilitar.
Plano de Mobilidade e Espaços Públicos
Mapa Síntese
50
30 40
30
30
30
30
Vias a humazinar/repartilhar
Espaços Polares
50
Eixo cidadão metropolitano
40
Via conectora
30
Via parque
30
Via ativa
Via ativa não motorizada Vias a compartilhar
Vias/áreas articuladoras
A reabilitar
Passagens de pedestres a criar
A criar
Travessias seguras a promover
A conservar
Espaços semipúblicos a integrar/articular
A ativar
Multiparque (edf. garagem com térreo ativo)
N 0
100
200m
300m
Grupo G
Beatriz Souza, Gabriela Cabral, Giovanna Beltrão, Julia Vasconcelos, Paloma Tabosa, Rafaela Black e Thalita Brasileiro
3.1
Diretrizes de Mobilidade de Espaços Viários
As diretrizes de Mobilidade e espaços públicos viários estabelecem as vias que deverão ser humanizadas e/ou repartilhadas com a finalidade de reabilitar o espaço público viário do território em “Ruas cidadãs”. Segundo o Plano Centro Cidadão (2018), foram estipulados cinco tipos de vias de acordo com as hierarquias de articulação territorial e as diretrizes de convivência entres os modais, priorizando sempre a mobilidade ativa. Os tipos de vias definidos foram: A) Eixo cidadão metropolitano: Vias inseridas em eixos de articulação metropolitana, com presença de faixas exclusivas de transporte coletivo, ciclovias e rotas de pedestres de largura generosa. B) Via conectora: Vias inseridas em eixos de articulação urbana, preferencialmente com eixo exclusivo de transporte coletivo, ciclovias ou ciclofaixas e calçadas com largura confortável. C) Via parque: Vias inseridas em eixos metropolitanos ou urbanos, preferencialmente com vias exclusivas de transporte coletivo, ciclofaixas e rotas de pedestres de largura generosa. Têm função principal de articular importantes espaços públicos vegetados, apresentando também cobertura vegetal expressiva.
conceber um espaço público viário humano e sustentável. No território em questão foram classificados quatro tipos de vias. No que diz respeito as vias existentes, as que ficam nos limites do recorte foram classificadas como vias conectoras por serem vias de articulação urbana que comportam linhas de ônibus com alta demanda, em alguns momentos essas vias apresentam condições de se tornarem vias 30 e/ou vias compartilhadas, que foram estabelecidas para integrar importantes espaços públicos polares. As demais vias existentes foram classificadas como vias ativas por serem vias locais sem circulação de transporte coletivo, priorizando pedestres e ciclistas. No que se refere as novas vias propostas, suprindo a demanda do fluxo existente, um eixo cidadão metropolitano norte-sul foi criado. As quadras foram divididas de forma que o pedestre e os ciclistas foram priorizados, resultando na criação de vias ativas não motorizadas, estabelecendo quadras com interfaces ideiais de 100 m, onde, também dentro dessa malha, também se estabelecem vias ativas e vias parque. Por fim, as vias parque foram propostas em função de articular espaços públicos e proporcionar transporte coletivo, ciclofaixas e rotas de pedestre confortáveis.
D) Via ativa: Vias locais, normalmente sem circulações de transporte coletivo e com prioridade máxima para pedestres e ciclistas, compartilhadas ou não. E) Via ativa não motorizada: Vias locais ou micro locais exclusivas para pedestres e bicicletas. Desse modo, a classificação das vias e suas diretrizes buscam propor vias humanizadas que facilitam o deslocamento do pedestre, conectar espaços e pessoas, além de priorizar meios de transporte sustentáveis. Seguindo essas concepções é possível
Imagem 18. Boulevard des Antilles antes na intervenção proposta. Como mostra no corte 04, nas páginas a seguir, foi pensada em uma intervenção como Via Conectora Compartilhada. Fonte: Google Maps.
Diretrizes de Mobilidade e Espaços Públicos
50
30 40
30
30
30
30
Vias a humazinar/repartilhar 50
Eixo cidadão metropolitano
40
Via conectora
30
Via parque
30
Via ativa
Via ativa não motorizada Vias a compartilhar
N 0
100
200m
300m
Grupo G
Beatriz Souza, Gabriela Cabral, Giovanna Beltrão, Julia Vasconcelos, Paloma Tabosa, Rafaela Black e Thalita Brasileiro
Para a melhor compreensão das diretrizes de humanização das principais vias, foram criados os cortes a seguir que, como já mensionado anteriormente, são propostas criadas visando um planejamento integrado e sustentável da mobilidade, além, é claro, do deslocamento não motorizado.
VIA CONECTORA 26m
4.00
3.00
5.00
3.50
3.50
3.00
4.00
26.00
Via conectora
Corte 01. Via Conectora. Essa via está localizada na orla inferior. Via criada a partir do traçado anterior existente, que foi pensada para manter a linearidade.
30
VIA PARQUE 27m
4.70
3.50
2.80
1.50
2.00
1.50
2.80
3.50
4.70
27.00
Via Parque 30
Corte 02. Via Parque. Esse é o eixo mais marcante das vias parques propostas. Ela acompanha um traçado proveniente de uma via conectora 30 km/h.
VIA ATIVA 13m
Corte 03. Via Ativa. Essa é uma das vias ativas propostas que cruza o miolo central do recorte em estudo.
3.50
3.50
6.00 13.00
Via Ativa 30
BOULEVARD DES ANTILLES 19m
4.70
1.50
3.00
3.50
1.50
4.70
ANTES DEPOIS
19.00
Via Conectora Compartilhada 30
Corte 04. Via Conectora. Essa é uma proposta de intervenção em uma das vias, que nesse caso é um eixo localizado na orla oeste. Para essa via, o compartilhamento se deu para integrar os espaços públicos polares.
3.2
Diretrizes de Espaços Livres Polares
Os Espaços livres polares indicam diretrizes de intervenção e/ou ativação, segundo as seguintes categorias a seguir: a) Os espaços a conservar são aqueles que se deparam com um bom estado de conservação, apresentando também, normalmente, um bom nível de apropriação social. b) Os Espaços a reabilitar são os que não possuem qualidade suficiente em relação ao uso e à apropriação, mediante isso, eles necessitam de reabilitações físicas para estimular esses fatores. c) Os Espaços a criar são espaços provenientes da carência de áreas verdes em um raio caminhável. d) Os Espaços a ativar são espaços públicos quem necessitam/utilizam como artificio para atrair novos usuários a implantação de novos equipamentos ou usos, podendo ser espaços a reabilitar ou a conservar. É válido destacar que no mapa foram identificados terrenos com potencial para abrigar edifícios garagens com térreo ativo, sendo esses espaços que já funcionam como estacionamento, porém de maneira a não estimular a vivacidade e sustentabilidade local e, em razão disso, parte a necessidade de ativar o térreo. As áreas classificadas como espaços polares a ativar foram identificadas com base no que o conceito acima determina. Como exemplo dessa classificação, no território, há o Place de la Gare de L’État, que é a praça da Casa do Sindicato, onde há uma movimentação baixa graças à falta de usos e apropriação por parte da população. Entretanto, apresenta-se em um bom nível de conservação e também faz parte de uma edificação com valor arquitetônico histórico logo, por esses motivos, foi classificada juntamente à ativar como um espaço à conservar. A orla do canto esquerdo do mapa foi dividida em conservar e reabilitar com ativação, visto que apenas
um galpão apresenta uma área verde em boas condições e com usos que trazem vivacidade e apropriação. A outra parte da orla são galpões abandonados com espaços públicos pouco atraentes e seguros ao pedestre e, por esse motivo, foi determinado como local a reabilitar e ativar. A Place Victor Mangin e a Square Benoni Goulin foram classificadas como espaços polares a ativar e reabilitar por serem locais de grande potencial atrativo, principalmente por se localizarem próximas à fortes centros habitacionais. Porém, tais áreas necessitam de equipamentos, mobiliários e usos que tragam apropriação e vivacidade ao local. A linha férrea, como já defendido anteriormente nesse trabalho, a criação de uma área verde atrelada à conservação dos trilhos deve ser feita através da criação de parques, levando em consideração estudos que compreendam quais/como as linhas podem sofrer intervenções (como no High Line em Nova Iorque). Além disso, foi também determinada a criação de espaços verdes na orla inferior, com o intuito de preservar a paisagem através de um parque linear.
Imagem 19. Praça em frente à Casa do Senado. Fonte: Google Maps. Imagem 20. Armazéns sem uso e com espaço público em péssimas condições. Fonte: Google Maps.
Diretrizes para Espaços Livres Polares
Espaços Polares A reabilitar A criar A conservar A ativar Multiparque (edf. garagem com térreo ativo) Vias locais (existentes ou propostas)
N 0
100
200m
300m
Grupo G
Beatriz Souza, Gabriela Cabral, Giovanna Beltrão, Julia Vasconcelos, Paloma Tabosa, Rafaela Black e Thalita Brasileiro
3.3
Diretrizes de Articulação
As Diretrizes de Articulação têm a finalidade de definir estratégias para promover a articulação e a humanização do território analisado, atuando como um articulador dos espaços públicos pré-definidos, sendo eles os espaços Polares e Viários. Assim, foram definidas a partir dos seguintes objetos de analises: 1) Passagens de pedestres a criar; 2) Travessias seguras a promover; 3) Espaços semipúblicos a integrar/articular; 4) Novas Vias. Para o objetivo de melhor compreensão, vale salientar que as novas passagens de pedestres e vias propostas, preveem assegurar a segurança do pedestre em suas travessias no momento de sua concepção. Todavia, nos momentos de cruzamento entre algumas das Vias Propostas com Vias Preexistentes, encontrou-se a necessidade de reforçar que haverá uma adaptação naquele trecho existente para assegurar a segurança do pedestre. Os espaços semipúblicos a integrar, têm a intenção de identificar áreas existentes com o potencial de ter uma interface mais integrada com os demais locais. Foram identificados os seguintes espaços: a) a antiga Fábrica de Açúcar, pelo fato dela ocupar uma quadra extensa de forma densa, criando uma área impermeável para o pedestre; e b) os Galpões que se situam na orla oeste, apesar de alguns terem usos diversos, eles são responsáveis por formar uma barreira física e visual.
Imagem 21. Interface da antiga Fábrica de Açúcar. Fonte: Google Imagem.
Imagem 22. Interface dos Imagem 23. Fachada pouco integradora do armazéns sem uso na orla. Chapidock que tem forte potencial de articulaFonte: Google Imagem. ção pelo seu uso social. Fonte: Google Imagem.
As passagens de pedestres assim como as vias criadas, tiveram como objetivo redividir o espaço de maneira estratégica, criando quarteirões que se aproximassem da média ideal dos 100 metros por interface, com objetivo de promover maior alcance, permeabilidade e caminhabilidade para o pedestre. Além disso, as passagens de pedestres também buscam criar conexões entre os espaços polares propostos, sendo um dos itens norteadores para a construção de novas rotas, promovendo maior articulação dos espaços e a valorização das rotas cidadãs propostas. Além dessas, foi criada uma passarela de pedestres que liga a ilha ao outro lado da cidade, criando travessias seguras para as pessoas no que diz respeito às pontes também. Um outro fator que motivou a criação de novas vias, foi a análise do traçado existente, que foi ressaltado no mapa como indica a legenda. Também foi observado, a intensidade do tráfego de automóveis atual, entre as vias propostas, uma das conexões a ser destacada é a proposta da continuação entre a Ponte Anne de Bretagne e a Ponte dos 3 Continentes, caracterizada como uma linha de força com grande expressão.
Diretrizes de Articulação
Vias/áreas articuladoras Passagens de pedestres a criar Travessias seguras a promover Espaços semipúblicos a integrar/articular Multiparque (edf. garagem com térreo ativo) Espaços públicos polares (praças, parques e jardins) Novas Vias Traçados existentes que nortearam a criação das novas vias/passagens
N 0
100
200m
300m
Grupo G
Beatriz Souza, Gabriela Cabral, Giovanna Beltrão, Julia Vasconcelos, Paloma Tabosa, Rafaela Black e Thalita Brasileiro
02
*
2
Plano de Massas