Proposta Urbanística em Caixa D'Água/Olinda - PE by Gabriela Cabral

GRUPO 06

Proposta Urbanística

Caderno de Propostas Urbanísticas do território designado como “Espaço Beberibe”, propriedade da Universidade Católica de Pernambuco. O recorte localiza-se no bairro Caixa d’Água, do município de Olinda - PE. O estudo foi desenvolvido na disciplina de Ordenamento Urbano Territorial, pelas alunas Gabriela Damasceno, Giovanna Vasconcelos, Rafaela Black e Thalita Brasileiro, sob a orintação dos docentes Léa Cavalcanti e Ricardo Pessoa de Melo.

Sumário

Apresentação

Estudo de Caso

Desafios e Potencialidades

Propostas Urbanísticas

04.1

Quanto à Infraestrutura

04.2

Quanto ao Uso e Ocupação

04.3

Quanto à Cobertura Vegetal e Recursos Hídricos

04.4

Quanto à Legislação

Conclusão

Referências

Apresentação Para o presente trabalho, foi feita uma leitura e análise do território estudado, que compreende parte do bairro de Caixa d’Água (como ilustra a imagem abaixo). Foram estudadas as suas formas de crescimento e como a área foi urbanizada ao longo do tempo. Compreendeu-se desde as morfologias urbanas e os traçados viários, até a legislação, infraestrutura e cobertura vegetal. Desta forma, a partir dos dados levantados, foi possível criar estratégias projetuais para o território de maneira a oferecer um desenvolvimento articulado. Logo, para a criação deste Plano Urbanístico conceitual, estruturou-se um trabalho em estudos de caso, em análises dos desafios e potencialidades, em planos de massa, diagramas, mapas e cortes esquemáticos. Recorte em estudo - Bairro Caixa d’Água, Olinda - PE

02.Estudo de Caso

Para o desenvolvimento do Plano Urbanístico, foram estudadas as Estratégias de ocupação urbana para (re)habitar as encostas de Lima. Por ser um projeto articulado para áreas de relevo, o estudo serviu de diretriz para algumas propostas criadas para o território de Caixa d’Água, que possui características topográficas e socioeconômicas parecidas.

(Estratégias de ocupação urbana para (re)habitar as encostas de Lima)

A concepção, de Djanira A. Jaramillo Quispe e Jean Paul Sihuenta Otiniano, foi compreender que as encostas, apesar do que se popularmente pré-determina, devido à sua condição geográfica, oferecem qualidades habitáveis que devem ser reconhecidas e repensadas, a fim de poder se inserir sabiamente no território e, assim, reabitar com novos ares. Logo, várias estratégias foram criadas, que englobam diversas questões urbanísticas (de infraestrutura, uso e ocupação à cobertura vegetal). A seguir têm-se algumas propostas pensadas.

LEGENDA: 1) A encosta como um espaço multiuso;

2) Reciclagem e restauração de ecossistemas; 3)Criar redes de espaços interconectados; 4)Inserir atividades recreativas e experimentais; 5)Localização do bloco;

6)Conectividade vertical e horizontal; 7)Permeabilidade do bloco e interação social; 8)Conectividade entre blocos; 9)Uso eficiente de água e tecnologias renováveis; 10) Habitação incremental e materialidade.

03.Desafios e Potencialidades

A tabela de desafios e potencialidades foi de extrema importância para a análise e entendimento do território como um todo. Desta forma, foram destrinchados alguns pontos levantados anteriormente, que na etapa projetual do Plano serviram como ponto de partida para as propostas.

TEMA

INFRAESTRUTURA URBANA

USO E OCUPAÇÃO

DESAFIOS

-Possibilidade de fazer um anel viário que facilitará o transporte público e outros. -Terminal de ônibus de Xambá que gera a intensidade de fluxos. -Cultura do pedestrianismo. -Graças ao relevo, há diversas possibilidades de intervenção e implementação de novos sistemas de mobilidade (como o plano inclinado ou plataforma elevatória, por exemplo). - Por ser uma área de morro, o alto relevo facilita na implantação de novas infraestruturas hidráulicas, e ativação de pré-existentes (como a estação Elevatória de Caixa d’Água, que atualmente está inativa).

- Implantação de novos acessos e modais para a área de morro. -Criar projetos de requalificação viária priorizando o pedestre e o ciclista. -Prever acesso do transporte público na área de morro. -Prever o redesenho das calçadas juntamente ao mobiliário urbano e à iluminação das vias. -Impulsionar a aplicação da estação elevatória. -Aplicar um sistema de esgotamento sanitário condominial. -Estimular e prever o uso de Biofiltros.

-Carência de equipamentos e de espaços de uso público.

-Densidade populacional que acarreta em um movimento intenso na área.

-Utilização de vazios urbanos para promover áreas de uso público, assim como a ativação e humanização do seu entorno. -Requalificar e traçar metodologias para as áreas de encostas e ribeirinhas em situação precária.

-Necessidade de requalificação das áreas de encostas que estão em situação precária.

-Os espaços urbanos vazios (possibilidade de implantação de novos usos).

- Leis que não são fiscalizadas. - Projetos que acabam sendo pouco eficientes perante ao que realmente devem contemplar. - O recorte em estudo fica na divisa de duas cidades, assim há um embate no que diz respeito quais leis de fato se aplicam em certos pontos do território.

-A existência de diretrizes que visam melhorar a área, que mesmo não aplicadas, servem como ponto de partida para projetos de melhorias urbanas.

-Poluição do Rio Beberibe. -Problemas de conforto ambiental.

-Alto percentual de área construida em COBERTURA VEGETAL comparação com a cobertura vegetal. E RECURSOS HÍDRICOS -Desvalorização da reserva ecológica. -A forma que há uma segregação de cobertura vegetal (praticamente a cobertura vegetal da área fica restrita ao topo do morro).

SOCIOECONOMIA

DIRETRIZES

-Inadequação das estruturas que compõem o saneamento básico da área. -Não atendimento do transporte público em todo o recorte, principalmente na área de relevo. - Carência de rotas e estruturas acessiveis nas áreas de morro. -Vias/Calçadas estreitas. -Mobiliário urbano precário.

-Problemas de salubridade e qualidade de moradia das populações ribeirinhas.

LEGISLAÇÃO

POTENCIALIDADES

- A área não oferece uma estrutura adequada para dar suporte à gama de serviços e comércios, principalmente informais. -Precariedade quanto a saúde local.

-Os diferentes usos que geram vivacidade (dependendo do uso X horário do dia).

-Promover a conscientização e educação urbana cidadã para a população. Para assim, incentivar fiscalizações quanto à aplicação das diretrizes do Plano Diretor -Levar em consideração projetos já existentes como diretrizes urbanas.

-Reserva ecológica - 50hec A reserva de mata atlântica localizada dentro do retiro, onde os muros apesar de segregar, permitiram a existência dessa reserva até os dias de hoje. Desta forma, deve-se entender a importância dessa vegetação existente, assim como inseri-la no plano urbanístico. - O rio Beberibe (23,7 km de extensão), e sua importância territórial. -Mata de Passarinho.

-Procurar implantar novas áreas livres vegetadas. -Traçar formas de tornar as vias mais sombreadas. -Compreender a importância e a estrutura de um cordão ecológico para a área. - Criar um parque linear nas margens dos rio Beberibe e incentivar a conscientização da sua importância ecológica e territórial .

-Os comércios, tanto formais quanto informais, são responsáveis pela vivacidade do local, principalmente nos horários da manhã.

-Fornecer uma estrutura urbana adequada para dar suporte aos comércios informais da área, procurando incentivar as atividades noturnas, e assim possibilitar também, uma vivacidade no horário da noite e não apenas durante o dia.

04.Proposta Urbanística 04.1.Quanto à Infraestrutura Segundo Zmitrowicz, (1997), a infraestrutura urbana é um sistema que visa promover condições adequadas de moradia, trabalho, saúde, educação, lazer e segurança, constituindo um conjunto de serviços básicos indispensáveis a um território, como abastecimento de gás, energia elétrica, rede telefônica, serviços básicos de saneamento, transporte público e outros. Assim, após analisar os déficits encontrados no recorte em estudo, criou-se uma série de propostas que visam a melhoria das condições locais, que estão elencadas a seguir. -Aberturas de novas vias. -Na área de morro, criou-se novos acessos que facilitam as travessias e mobilidade dos pedestres, com vias exclusivas e com a implantação de um elevador como o em Cantagalo (RJ).

(Antes e depois: Representação do Elevador no bairro de Caixa d’Água (Olinda/PE), utilizando-se do estudo de caso em Cantagalo).

-Estruturou-se uma requalificação viária, priorizando o pedestre e o ciclista. Para isto, utilizou-se os conceitos de via compartilhada e zona 30, que se aplicam bem na área em estudo graças à cultura do pedestrianismo. Desta maneira, neste redesenho viário, ficou previsto o mobiliário urbano, considerando estudos quanto à implantação e ergonomia, assim como a iluminação das vias.

Pedestres Faixa de Ciclista Faixa de Ônibus Faixa de Carros

30km

(ANTES E DEPOIS: COLAGEM NA ESTRADA DE ÁGUAS COMPRIDAS DA VIA COMPARTILHADA-ZONA 30 )

-Considerou-se a oferta de transporte público, principalmente graças ao Terminal Integrado de Xambá, na requalificação viária. Prevendo o acesso deste modal na área de morro, criou-se um “anel viário” que contempla: a Rua Eng. Fernandes Dias, Rua Alto do Bonfim, Rua da Glória e Rua Luís Bezerra de Menezes, agregando-se assim, à Estrada de Águas Compridas. Para a implantação deste anel, compreendeu-se o reassentamento de algumas edificações.

Proposta urbanística para a Mobilidade

30km

N 0

Elevador Via Compartilhada (Zona 30) Via exclusiva para pedestres e bicicletas Cordão Viário Via existente de fluxo intenso Via existente de fluxo moderado Via existente de fluxo leve Nova via de fluxo moderado Nova via de fluxo leve

100

200

-A ativação da Estação Elevatória Caixa d’Água, prevendo junto à essa diretriz um redesenho da rede de esgoto, visando uma implantação que ligue a estação elevatória à uma rede condominial.

Sistema convencional

Sistema condominial Ramal Jardim

Ramal Fundo de Lote

Ramal condominial ou ramal de ligação (sistema convencional) Rede pública -Implantação de um Sistema de Esgotamento Sanitário Condominial. A metodologia, segundo a Compesa, é um sistema alternativo de coleta, que trata a quadra como um condomínio e que interliga caixas de esgotos de imóveis de uma mesma rua ou trecho ao coletor principal. Enquanto que no sistema convencional, as ligações de cada imóvel lançam o esgoto diretamente no coletor. Com essa concepção é possível reduzir bastante a extensão de tubulação necessária, promovendo redução significativa de custos e ainda permite ampliar consideravelmente o percentual da população atendida, podendo reduzir os custos em até 40%. Segundo ações realizadas no projeto Bahia Azul, este método é indicado inclusive para áreas de difícil topografia, como a do recorte em estudo.

Proposta urbanística para Saneamento

04.2.Quanto ao Uso e Ocupação Perante ao que se foi analisado no diagnóstico urbano, compreendeu-se uma série de propostas que visam requalificar o uso e ocupação do solo, prevendo melhoras, dentro do possível, para a área. Estas melhoras, elencadas a seguir, incluem moradia, equipamentos e espaços de uso público, além de uma nova proposta de usos para determinadas áreas. -Foi proposta a requalificação dos vazios urbanos passiveis à projetos de novos equipamentos ou espaços abertos de uso público (como projetos de praças, por exemplo). O objetivo foi integrar esses espaços com seu entorno, de maneira que promova a acessibilidade física e também a humanização e ativação das áreas que os rodeiam. Tal diretriz se faz importante uma vez que atualmente não há esse tipo de estrutura urbana para a população local. -O reassentamento e requalificação das áreas de risco (de morro e ribeirinhas) foram propostos. Desta maneira, foram implantados dois habitacionais na área para que a população tenha seu direito à cidade preservado, ou seja, o reassentamento fica dentro do perímetro de Caixa d’Água, além de prever uma qualidade de vida melhor para os habitantes. Estes habitacionais devem seguir os princípios de uma edificação cidadã (com recuo frontal, uso misto (térreo comercial e habitacional), incentivando vigilância social, etc)

É importante compreender que as habitações podem se expandir ao longo do tempo de acordo com as necessidades da família, então deve-se considerar os seguintes aspectos: -Prever a estrutura final da casa. -O crescimento de lajes e paredes divisórias não deve ser estrutural. -Priorização de espaços de serviços como: banheiro, cozinha e lavanderia (estes não devem mudar de localização), agrupando-os como um núcleo de serviços. -Criação das duas etapas do projeto e uma adicional baseada em uma proposta de habitabilidade transitória.

Proposta para o Habitacional - Zoneamento

N 0

Rio Beberibe Divisão das quadras Espaço de convivência Beiro Rio Uso Misto Área do Habitacional

100

200

-As áreas de morro foram reflorestadas e nas margens do rio, foi proposto um parque linear com espaços de conscientização ecológica. -Ainda foi implantado um espaço para a comunidade (localizado dentro de uma área verde), que não seria apenas uma associação, e sim, um espaço integrador e conscientizador, um espaço para debates, seja das leis e planos urbanísticos, ou das atividades em prol da comunidade. -Identificou-se um grande potencial público no Retiro. Atualmente tal edificação é propriedade da Universidade Católica de Pernambuco, e tem-se uma idealização proposta pelo Instituto Humanitas (Unicap) de fazer do local um espaço de parceria pública e privada. O intuito é fazer de tal edifício histórico um equipamento que sirva tanto para a comunidade, quanto para a Universidade. Por isto, neste Plano Urbanístico, o retiro se faz como um equipamento público, produto de uma parceria pública-privada. -Estimulou-se o uso misto de algumas vias do recorte (Av. Leopoldino Canudo de Melo e a Estrada de Águas Compridas). Assim, procura-se incentivar a vivacidade local, principalmente através de atividades noturnas (como restaurantes, lojas, etc), o que acaba possibilitando uma vivacidade no horário da noite também, e não apenas durante o dia.

Proposta urbanística para Uso e Ocupação

N 0

Via de uso misto Rio Beberibe Área de Reassentamento/Reflorestamento Parque Linear Área de preservação Espaço Comunitário Espaço Público Habitacional

100

200

04.3.Quanto à Cobertura Vegetal e Recursos Hídricos

É de entendimento universal a importância dos espaços verdes e dos recursos hídricos. Além de serem valorosos elementos para o sistema ambiental, são também aspectos indispensáveis para a qualidade de vida e bem-estar humano. Desta forma, prevendo isto, foram elencadas a seguir propostas que visam a melhoria da cobertura vegetal e recursos hídricos do recorte em estudo.

-Como já dito anteriormente no presente trabalho, a proposta de reassentamento prevê um reflorestamento das áreas de morro, para que estas não tragam riscos de deslizamentos para o território. -Foram propostos espaços de uso público, como praças, pocket park e o parque linear, além da utilização da reserva de Mata Atlântica para o incentivo de atividades ecológicas e sustentáveis. Todos esses espaços visam incentivar o lazer para a população, principalmente com propostas de lazer produtivo, como hortas comunitárias. Como já dito anteriormente, no presente estudo, foi proposta uma rede de biofiltros, para que haja um reaproveitamento das águas residuais para a fertilização das terras (de hortas comunitárias, da reserva encontrada no terreno do Retiro, e de outros pontos que possam se aproveitar desse sistema hídrico).

(Antes e depois: Colagem - Parque Linear nas margens do Beberibe)

-Ampliou-se as áreas vegetadas nas vias, que visa inclusive possibilidades de utilização da interface arquitetônica para isto (como fachadas verdes, por exemplo) e o plantio de árvores nos recuos frontais dos lotes (quando houver). Pode-se visualizar isso na imagem da via compartilhada já apresentada anteriormente no trabalho. -Através das propostas citadas, é possível a criação de um Cordão Ecológico que indague a sensibilização do cidadão, conscientizando através de uma proposta ativa e sustentável de paisagismo, considerando o lazer produtivo, de forma a gerar estilos de vida seguros e saudáveis. Então o cordão se faz com a união das áreas livres vegetadas (novas e existentes), da reserva de Mata Atlântica, da Mata do Passarinho, das áreas vegetadas ao longo das vias e do rio Beberibe.

Proposta para o Cordão Ecológico

Reserva de Floresta Urbana Mata do Passarinho

Praça Pública

Reserva de Mata Atlântica

Pocket Park

Praça Pública

Parque Linear

Conexão do Cordão Ecológico Rio Beberibe Reserva de Floresta urbana Mata do Passarinho Reserva de Mata Atlântica N

Parque Linear Parques e praças Biofiltros

Conexão do Cordão Ecológico

Proposta Urbanística para a Cobertura Vegetal e Recursos Hídricos

N 0 N

Conexão de áreas verdes Rio Beberibe Área de Reflorestamento Parque Linear Revitalitalização da área existente Parques e praças Área preservada

100

200

04.4.Quanto à Legislação

Tomando como base os interesses coletivos e difusos tais como a preservação da natureza e da memória, e também os interesses particulares dos moradores da região, criou-se uma série de propostas legislativas que visam a melhoria das condições locais, que estão elencadas a seguir.

-Tendo em vista que parte do recorte se faz por assentamentos habitacionais de população de baixa renda, que em sua maioria surgiram espontaneamente, e tendo em vista a possibilidade de urbanização e regularização fundiária na área, criou-se a proposta de implementação da Zeis na região (como pode-se observar no mapa). -Tendo em vista a importância da massa vegetativa da Mata Atlântica do recorte, implementou-se uma proposta de preservação da área com taxa de solo natural de 50%. -Devido ao alto risco das encostas do morro, zoneou-se esses limites como área não edificável. -Com a criação do parque linear, necessitou-se de uma proposta que protegesse a massa vegetativa, e que permitisse também uma apropriação do espaço em prol do bem-estar e da saúde da população. -Permitir gabaritos de até 4 pavimentos – ZCO2, levando em consideração o contexto em que a edificação vai ser inserida (incentivando o respeito com o entorno, a vigilância social, etc) e principalmente nos terrenos a serem implantados os novos habitacionais. -Compressão das rotas de interesse econômico (vias de uso misto). -Criação de proposta específica para o rio Beberibe, que visa além de sua proteção, estratégias de despoluição e reflorestamento das margens. -Proposta de proteção do patrimônio que é a Casa do Retiro dos Jesuítas que pode servir para um futuro projeto de revitalização e uso público.

Proposta Urbanística para a Legislação

N 0

Proteção do Rio Beberibe Área de interesse econômico ZCO - gabarito de até 4 pavimentos Zona Especial de Interesse Social Zona de preservaçãoTaxa de solo natural 50% Área de proteção ambiental recreativa Proteção do patrimônio (para futuro retrofit) Área não edificável - zona de reassentamento e reflorestamento

100

200

Reserva de Mata Atlântica Parque Linear Parques e praças

05.Conclusão Biofiltros 05.1. Mapa de Propostas Para melhor visualizar a idealização do plano final, foi criado um Mapa de Propostas, em que se faz uma síntese de alguns pontos que foram abordados anteriormente.

N 0

Cordão Viário Habitacional / ZCO- Gabarito até 4 pav Elevador Espaço Público ZEIS / ZCO-Gabarito de até 4 pav Proteção do patrimônio (para futuro retrofit) Zona de preservação-Taxa de solo natural 50%

100

200

Área de Reflorestamento Via Compartilhada (Zona 30) Área protegida do Rio Beberibe Via exclusiva para pedestres e bicicletas Via de uso misto Área de proteção ambiental recreativa Área não edificável - zona de reassentamento e reflorestamento

A partir do mapa anterior, e do que já foi determinado ao decorrer do trabalho, criou-se também uma tabela que resume todas as propostas estabelecendo, aproximadamente, o tempo em que tais projetos podem ser realizados. Assim, é possível traçar e planejar melhor como e quando cada proposta se organiza e se realiza, o que permite uma ação mais efetiva.

05.2. Tabela de Propostas PROPOSTA

TEMA

INFRAESTRUTURA URBANA

TEMA

TEMPO

- Criação de novas vias

MÉDIO

- Na área de morro, criou-se acessos que facilitam as travessias e mobilidade dos pedestres, com vias exclusivas e com a implantação de um elevador como o em Cantagalo (RJ).

DIFÍCIL

MÉDIO

- Estruturou-se uma requalificação viária, priorizando o pedestre e o ciclista. Para isto, utilizou-se os conceitos de via compartilhada e zona 30. Desta maneira, neste redesenho viário, ficou previsto o mobiliário urbano, considerando estudos quanto à implantação e ergonomia, assim como a iluminação das vias.

FÁCIL

CURTO

- Considerou-se a oferta de transporte público, principalmente graças ao Terminal Integrado de Xambá, na requalificação viária. Prevendo o acesso deste modal na área de morro, criou-se um “anel viário” que contempla: a Rua Eng. Fernandes Dias, Rua Alto do Bonfim, Rua da Glória e Rua Luís Bezerra de Menezes, agregando-se assim, à Estrada de Águas Compridas.

DIFÍCIL

MÉDIO

- A ativação da Estação Elevatória Caixa d’Água, prevendo junto à essa diretriz um redesenho da rede de esgoto, visando uma implantação que ligue a estação elevatória à uma rede condominial.

DIFÍCIL

LONGO

- Implantação de um Sistema de Esgotamento Sanitário Condominial. Segundo ações realizadas no projeto Bahia Azul, este método é indicado inclusive para áreas de difícil topografia, como a do recorte em estudo.

DIFÍCIL

LONGO

- Para estimular a sustentabilidade local, foram propostos uma rede de biofiltros. A rede deve ser integrada às estratégias de cobertura vegetal e recursos hídricos (como às áreas verdes, ao parque linear, etc).

MÉDIO

PROPOSTA - Foi proposta a requalificação dos vazios urbanos que sejam passiveis à projetos de novos equipamentos ou espaços abertos de uso público (como projetos de praças, por exemplo). Tal diretriz se faz importante uma vez que atualmente não há esse tipo de estrutura urbana para a população local. - O reassentamento e requalificação das áreas de risco (de morro e ribeirinhas) foram propostos. Desta maneira, foram implantados dois habitacionais na área para que a população tenha seu direito à cidade preservado. Para o projeto do habitacional, temos as seguintes diretrizes: Prever a estrutura final da casa, o crescimento de lajes e paredes divisórias não deve ser estrutural, priorização de espaços de serviços como: banheiro, cozinha e lavanderia (estes não devem mudar de localização), agrupando-os como um núcleo de serviços, criação das duas etapas do projeto e uma adicional baseada em uma proposta de habitabilidade transitória.

USO E OCUPAÇÃO

FACILIDADE DE INTERVENÇÃO

FACILIDADE DE INTERVENÇÃO MÉDIO

TEMPO LONGO

(QUANDO SE PENSA NESSA AÇÃO EM TODOS OS ESPAÇOS AO LONGO DO TEMPO)

DIFÍCIL

LONGO

- Reflorestamento das áreas de morro nas margens do rio, foi proposto um parque linear com espaços de conscientização ecológica.

DIFÍCIL

LONGO

- Ainda foi implantado um espaço para a comunidade (localizado dentro de uma área verde), que seria mais que uma associação, e sim, um espaço integrador e conscientizador, um espaço para debates, seja das leis e planos urbanísticos, ou das atividades em prol da comunidade.

FÁCIL

CURTO

- Identificou-se um grande potencial público no Retiro pertencente à (Unicap). O plano é fazer de tal edifício histórico um equipamento que sirva tanto para a comunidade, quanto para a Universidade havendo um parceria pública-privada.

MÉDIO

- Estimulou-se o uso misto de algumas vias do recorte (Av. Leopoldino Canudo de Melo e a Estrada de Águas Compridas). Assim, procura-se incentivar a vivacidade local, principalmente através de atividades noturnas (como restaurantes, lojas, etc), o que acaba possibilitando uma vivacidade no horário da noite também, e não apenas durante o dia.

FÁCIL

CURTO

TEMA

COBERTURA VEGETAL E RECURSOS HÍDRICOS

TEMA

LEGISLAÇÃO

FACILIDADE DE INTERVENÇÃO

TEMPO

- Como já dito anteriormente no presente trabalho, a proposta de reassentamento prevê um reflorestamento das áreas de morro, para que estas não tragam riscos de deslizamentos para o território.

DIFÍCIL

LONGO

- Foram propostos espaços de uso público, praças e o parque linear, e a utilização da reserva de Mata Atlântica para o incentivo de atividades ecológicas e sustentáveis. Todos esses espaços visam incentivar o lazer para a população, principalmente com propostas sustentáveis de lazer produtivo, como hortas comunitárias.

DIFÍCIL

LONGO

FÁCIL

MÉDIO

- Através das propostas citadas, é possível a criação de um Cordão Ecológico que indague a sensibilização do cidadão, conscientizando através de uma proposta ativa e sustentável de paisagismo, considerando o lazer produtivo, de forma a gerar estilos de vida seguros e saudáveis. Então o cordão se faz com a união das áreas livres vegetadas (novas e existentes), da reserva de Mata Atlântica, da Mata do Passarinho, das áreas vegetadas ao longo das vias e do rio Beberibe.

MÉDIO

FACILIDADE DE INTERVENÇÃO

TEMPO

FÁCIL

MÉDIO

- Tendo em vista a importância da massa vegetativa da Mata Atlântica do recorte, implementou-se uma proposta de preservação da área com taxa de solo natural de 50%.

MÉDIO

- Devido ao alto risco das encostas do morro, zoneou-se esses limites como área não edificável.

FÁCIL

MÉDIO

- Com a criação do parque linear, necessitou-se de uma proposta que protegesse a massa vegetativa, e que permitisse também uma apropriação do espaço em prol do bem-estar e da saúde da população.

FÁCIL

MÉDIO

- Permitir gabaritos de até 4 pavimentos – ZCO2, levando em consideração o contexto em que a edificação vai ser inserida (incentivando o respeito com o entorno, a vigilância social, etc) e principalmente nos terrenos a serem implantados os novos habitacionais.

MÉDIO

- Compressão das rotas de interesse econômico (vias de uso misto).

FÁCIL

MÉDIO

- Criação de proposta específica para o rio Beberibe, que visa além de sua proteção, estratégias de despoluição e reflorestamento das margens.

FÁCIL

MÉDIO

- Proposta de proteção do patrimônio que é a Casa do Retiro dos Jesuítas que pode servir para um futuro projeto de revitalização e uso público.

MÉDIO

PROPOSTA

Por fim, foi desenvolvido também um Plano de Massas que mostra visualmente como os novos traçados e disposições urbanísticas se comportam no sítio.

05.3. Plano de Massas

Alt

fim on oB od

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Ca nu do d

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Rio

Be be rib e

N 0

Habitacionais Rio Beberibe Vias Áreas Verdes Elevador Parque Linear

100

200

06.Referências

UNICAP. Campus Integral Beberibe UNIVERSIDADE RICARDO PALMA. Estratégias de Ocupação Urbana para (Re)Habitar as Encostas de Lima

Universidade Católica de Pernambuco Ordenamento Urbano e Territorial Léa Cavalcanti e Ricardo Pessoa de Melo Gabriela Damasceno, Giovanna Vasconcelos, Rafaela Black e Thalita Brasileiro