Catálogo exposição "177,26 Km" de Pedro Valdez Carsoso

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177,26 Km PEDRO VALDEZ CARDOSO



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177,26 Km PEDRO VALDEZ CARDOSO


PEDRO VALDEZ CARDOSO

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Aqui há pouco mais de seis meses atrás perguntávamos se seria possível escrever sobre arte num momento como aquele que estávamos a viver. Neste presente, que não é assim tão diferente, mas já estamos mais adaptados, sabemos que não só é possível, como imprescindível. Estranha é esta situação de termos passado e de estarmos a passar por uma experiência coletiva, mas de formas muito diferentes, em termos práticos. Esta coletividade múltipla reflete-se na série BARRO, de Pedro Valdez Cardoso. Dezanove esculturas de pequena dimensão que têm por base, e em comum, ninhos para aves em madeira, espalham-se pela galeria, cada uma com as suas circunstâncias e identidade: tubos, correntes, atacadores, tijelas, bananas, pão, latas, ossos, copos, cintos, garrafas, canecas, pedaços de madeira, cartão, corda, tampas de frascos, fruta...lê-se como uma lista das compras. Algumas coisas são comuns a todos, ou quase, outras nem por isso. 1 O que parece ser transversal a toda à série, a todas as esculturas, é uma certa sensação de desconforto. O que deveriam ser abrigos, em muitos casos são longe disso, perderam completamente a sua função, e até passaram à abstração. Muitos dos buracos de entrada foram parcialmente ou completamente cobertos, e agora não sabemos se já não se pode entrar ou se alguém ou alguma coisa lá dentro já não consegue sair. Porém, entre todo este desconforto e esta instabilidade ainda se podem vislumbrar momentos de intimidade e esmero: duplos; inserções; indícios que uma boca passou por cá, trincou aqui, chupou alí; objetos usados para cuidar, do outro, dum animal, de si próprio; objetos para salvaguardar, segurar, apertar. ___________________________________ 1 Como escreve o autor: “Esta adição de elementos acaba por anular a forma original dos ninhos, convertendo-os numa espécie de maquetas de arquitectura precária nalguns casos, e em objetos de maior abstração noutros, numa imagética de quase máscaras. Por outro lado, há igualmente alusão a uma arquitectura popular e de carácter ilegal, onde se criam estruturas de abrigo desprovidas de qualquer intenção para além dessa mesma - a de se constituirem como lugares de proteção face ao exterior. O material que reveste essas esculturas não é barro, mas sim silicone líquida usada em construção civil para revestimento de pisos e de telhados. Contudo o simulacro retinal é bastante convincente e alude de forma alegórica à própria ideia de criação da origem do Homem.” 3

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PEDRO VALDEZ CARDOSO

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Estes elementos de delicadeza entre a precariedade e o desperdício dialogam na exposição com DRY, uma outra escultura, maior, que simula uma planta seca, fantasmática e melancólica, com vestígios da presença humana na Terra, numa garrafa de plástico vazia, numa galocha de borracha, e num osso (duma perna ou dum braço, talvez). Alguns dos elementos e dos símbolos repetem-se, mas esta representação já é mais violenta. Como no caso da série BARRO, em que o que era suposto ser uma toca para um animal distanciou-se radicalmente desse propósito, todas as partes de DRY apontam para uma natureza longínqua. A planta sintética imita uma variedade das que se encontram muito em ambientes domésticos urbanos e que lembram plantas tropicais, quando hoje em dia poucos de nós vive em contacto direto com a verdadeira natureza, selvagem; a garrafa de água vazia também reflete a ubiquidade do plástico e o facto que o nosso acesso a um dos elementos mais básicos e mais fundamentais à vida é feito sempre de forma mediada, e não diretamente à fonte (a ironia de utilizar uma garrafa de plástico para simbolizar a seca); a galocha é o calçado dos agricultores e de alguns aventureiros, e, literalmente, uma pegada, que nos lembra também que a maior parte da natureza que agora nos circunda foi, de alguma forma, influenciada pelo humano, o osso agarrado ao galho da planta funcionando como um enxerto, para este mundo que criámos. A presença humana está em toda a parte nesta exposição, no seu pior e melhor. Em DRY a sensualidade e emoção que sempre se encontram no trabalho de Valdez Cardoso toma uma forma radical, uma espécie de ecossexualidade e uma ecophilia, um amor à natureza e um forte desejo de verdadeiramente voltar a juntar-se a ela: nesta obra, os elementos “naturais” e os vestígios humanos de alguma forma inserem-se uns nos outros, passando a fazer parte de um todo. Nas palavras do artista, DRY “vive desta ideia maior de que tudo o que existe no mundo, visível e invisível, necessita de ser “alimentado”. Mas há sinais de alimentação por toda a parte nesta exposição, portanto o que é que correu mal? A dieta não era equilibrada? Tivemos mais olhos que barriga? Ou, simplesmente, quisemos sempre mais? De facto, parece que esta ecossexualidade foi consumada e já está gasta - porque tão forte e tão desejosa de devir pela dominação -, e que, com esta naturofagia irreprimível, acabámos por comer tudo à nossa volta, ficando até sem abrigo. Eva Oddo 4

Lisboa 29.09.20


PEDRO VALDEZ CARDOSO

177,26 Km

About six months ago we were asking if it would be possible to write about art during the unpredictable moment we were living. This presentation, comes now in a new normal reality which hasn't changed much, however we are more adapted to it, so we know that it is not only possible, but also essential. Weird is this new situation we are going trought as a collective however in very different ways, in practical terms. This collective collectivity is reflected in the series BARRO, by Pedro Valdez Cardoso. Nineteen small sculptures based on, and in common, wooden bird nests, are scattered throughout the gallery, each with its own circumstances and identity: tubes, chains, laces, bowls, bananas, bread, cans, bones, glasses, belts, bottles, mugs, pieces of wood, cardboard, rope, bottle caps, fruit... it reads like a shopping list. Some things are common to all, or almost, others not at all.1 What seems to be transversal to the whole series, to all the sculptures, is a certain feeling of discomfort. What should be shelters, in many cases are far from that, have completely lost their function, and have even gone into abstraction. Many of the entry holes have been partially or completely covered, and now we do not know if one can no longer enter or if someone or something inside can no longer leave. However, amidst all this discomfort and instability, moments of intimacy and care can still be seen: double; insertions; signs that a mouth passed through here, cracked here, sucked there; objects used to care for the other, for an animal, for itself; objects to safeguard, hold, tighten. _________________________________ 1 As the author writes: “This addition of elements ends up canceling the original shape of the nests, converting them into a kind of models of precarious architecture in some cases, and in objects of greater abstraction in others, in an imagery of almost masks. On the other hand, there is also an allusion to a popular and illegal architecture, where shelter structures are created devoid of any intention beyond that - that of constituting places of protection from the outside. The material used in these sculptures is not clay, but liquid silicone used in civil construction for flooring and roofing. However, the retinal simulacrum is quite convincing and allegorically alludes to the very idea of creating the origin of Man.�

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These elements of delicacy between precariousness and waste, dialogue in the exhibition with DRY, another larger sculpture that simulates a dry, phantasmatic and melancholic plant, with traces of the human presence on Earth, in an empty plastic bottle, in a rubber galosh , and on a bone (from a leg or arm, perhaps). Some of the elements and symbols are repeated, but this representation is already more violent. As in the case of the BARRO series, in which what was supposed to be a den for an animal has radically distanced itself from this purpose, all parts of DRY point to a distant nature. The synthetic plant imitates a variety of those that are found a lot in urban domestic environments and that resemble tropical plants, when today few of us live in direct contact with true, wild nature; the empty water bottle also reflects the ubiquity of plastic and the fact that our access to one of the most basic and most fundamental elements of life is always mediated, and not directly to the source (the irony of using a plastic bottle to symbolize drought); the galoshes are the footwear of farmers and some adventurers, and literally a footprint, which also reminds us that most of the nature that now surrounds us was, in some way, influenced by humans, the bone attached to the branch of the plant functioning as a graft, for this world that we created. The human presence is everywhere in this exhibition, and at its worst and its best. In DRY, the sensuality and emotion that are always found in the work of Valdez Cardoso takes a radical form, a kind of eco-sexuality and an ecophilia, a love of nature and a strong desire to truly rejoin her: in this work, the “natural” elements and human traces are somehow inserted into each other, becoming part of a whole. In the artist's own words, DRY “lives from this greater idea that everything that exists in the world, visible and invisible, needs to be“ fed ”’. But there are signs of food everywhere in this exhibition, so what went wrong? Was the diet not balanced? Did we have more eyes than belly? Or, simply, did we always want more? In fact, it seems that this ecosexuality has been consummated and is already worn out - because it is so strong and so eager to become dominated - and that, with this irrepressible nature, we ended up eating everything around us, even being homeless. Eva Oddo Lisbon 29.09.20

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Obras | Works


BARRO # 1 - 2014/2020 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 57 x 15 x 13 cm BARRO # 1 - 2014/2020 - Liquid silicone on various materials and objects - 57 x 15 x 13 cm 9


BARRO # 2 - 2014/2020 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 60 x 19,5 x 21 cm BARRO # 2 - 2014/2020 - Liquid silicone on various materials and objects - 60 x 19,5 x 21 cm 10


BARRO # 3 - 2014/2020 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 30 x 30,5 x 19,5 cm BARRO # 3 - 2014/2020 - Liquid silicone on various materials and objects - 30 x 30,5 x 19,5 cm 11


BARRO # 4 - 2014/2020 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 30 x 22 x 23 cm BARRO # 4 - 2014/2020 - Liquid silicone on various materials and objects - 30 x 22 x 23 cm 12


BARRO # 5 - 2014 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 56 x 18 x 20,5 cm BARRO # 5 - 2014 - Liquid silicone on various materials and objects - 56 x 18 x 20,5 cm 13


BARRO # 6 - 2014 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 26 x 14 x 26,5 cm BARRO # 6 - 2014 - Liquid silicone on various materials and objects - 26 x 14 x 26,5 cm 14


BARRO # 7 - 2014 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 36,5 x 24 x 13 cm BARRO # 7 - 2014 - Liquid silicone on various materials and objects - 36,5 x 24 x 13 cm 15


BARRO # 8 - 2014/2020 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 34 x 18,5 x 19 cm BARRO # 8 - 2014/2020 - Liquid silicone on various materials and objects - 34 x 18,5 x 19 cm 16


BARRO # 9 - 2014/2020 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 28 x 16 x 30 cm BARRO # 9 - 2014/2020 - Liquid silicone on various materials and objects - 28 x 16 x 30 cm 17


BARRO # 10 - 2014/2020 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 29 x 15 x 15 cm BARRO # 10 - 2014/2020 - Liquid silicone on various materials and objects - 29 x 15 x 15 cm 18


( Colecção particular / Private collection )

BARRO # 11 - 2014 - Silicone líquida sobre diversos materiais e objectos - 50,5 x 31,5 x 42 cm BARRO # 11 - 2014 - Liquid silicone on various materials and objects - 50,5 x 31,5 x 42 cm 19


BARRO # 12 - 2014/2020 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 25 x 17 x 19 cm BARRO # 12 - 2014/2020 - Liquid silicone on various materials and objects - 25 x 17 x 19 cm 20


BARRO # 13 - 2020 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 30 x 23 x 18,5 cm BARRO # 13 - 2020 - Liquid silicone on various materials and objects - 30 x 23 x 18,5 cm 21


BARRO # 14 - 2014 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 50,5 x 22 x 22 cm BARRO # 14 - 2014 - Liquid silicone on various materials and objects - 50,5 x 22 x 22 cm 22


BARRO # 15 - 2014 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 52 x 44 x 24,5 cm BARRO # 15 - 2014 - Liquid silicone on various materials and objects - 52 x 44 x 24,5 cm 23


BARRO # 16 - 2014/2020 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 74 x 31 x 30 cm BARRO # 16 - 2014/2020 - Liquid silicone on various materials and objects - 74 x 31 x 30 cm 24


BARRO # 17 - 2014/2020 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 106 x 26 x 38 cm BARRO # 17 - 2014/2020 - Liquid silicone on various materials and objects - 106 x 26 x 38 cm 25


BARRO # 18 - 2020 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 59 x 29 x 40 cm BARRO # 18 - 2020 - Liquid silicone on various materials and objects - 59 x 29 x 40 cm 26


BARRO # 19 - 2020 - Silicone lĂ­quida sobre diversos materiais e objectos - 50 x 44 x 25 cm BARRO # 19 - 2020 - Liquid silicone on various materials and objects - 50 x 44 x 25 cm 27


Eyes without a face - 2020 - ImpressĂŁo a jacto de tinta sobre papel fotogrĂĄfico - 38,5 x 57 cm Eyes without a face - 2020 - Inkjet printing on photo paper - 38,5 x 57 cm 28


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DRY - 2020 - Silicone líquida, plástico, borracha, poliuretano, pigmento, cordão, pedras - 192 x 155 x 135 cm DRY - 2020 - Liquid silicone, plastic, rubber, polyurethane, pigment, cord, stones - 192 x 155 x 135 cm 30



Exposição | Exhibition


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Biografia | Biography


PEDRO VALDEZ CARDOSO Nasceu em Lisboa, Portugal (1974) Vive e trabalha em Lisboa Formado em Realização Plástica do Espectáculo pela Escola Superior de Teatro e Cinema e realizou o Curso Avançado de Artes Visuais, na Escola de Artes Visuais Maumaus, em Lisboa. Expõe regularmente desde 2001. A obra que tem vindo a desenvolver, com um maior foco na escultura e na instalação, centra-se sobretudo em problemáticas relacionadas com a identidade (social, sexual e cultural) e questões ligadas aos discursos pós-coloniais, numa constante relação entre poética e política. Das exposições individuais recentes, destacam-se: Sob o Signo de Saturno, Quartel das Artes – Colecção Figueiredo Ribeiro, Abrantes, PT (2019); No Meio do caminho tinha um osso, tinha um osso no meio do caminho, Fundação Portuguesa das Comunicações/Galeria Bessa Pereira, Lisboa (2018); O Maior Espectáculo do Mundo, Galeria Fernando Santos, Porto (2018); História da Vida Privada, Galeria 111, Lisboa (2017); Esfinge, Colégio das Artes, Coimbra, (2017); ÁRTICO: Narrativa e Fantasmática, CIAJG - Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Guimarães (2015); The Devil’s Breath – Parte III, MACE – Museu de Arte contemporânea de Elvas (2014); Discurso do Método, IVAM – Instituto Valenciano de Arte Moderno, Valência, ES (2013); Quarto sem vista, Museu de Arte Contemporânea do Funchal, Madeira (2011); Les Dresseurs (Os Domadores), Galeria Presença, Porto (2011). Entre as exposições colectivas em que participou, incluem-se: Saudade – Contemporary Art from Portugal and China, Fosun Foundation, Shangai (2018); The Raft. Art is (not) lonely, L' Etage Euphrosine Gallery, Ostende, BEL (2017); Portugal, Portugueses, Museu Afro-Brasil, São Paulo, BR (2016); Andante Gioccoso, Maurio Mauroner Contemporary Art, Vienna, AT (2015); ANOZERO – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, Museu Botânico, Coimbra, (2015); Pontos Colaterais, Coleção Arte Contemporânea Arquipélago, uma seleção, ARQUIPÉLAGO - Centro de Artes Contemporâneas, Açores (2015); DEVOUR! Social cannibalism, political redefinition and architecture, PART III - KunstKraftWerk, Leipzig, DE DEVOUR! Social cannibalism, political redefinition and architecture, PART I - Freies Museum (in collaboration with Savvy Contemporary), Berlin, DE (2015); Colonia Apócrifa, MUSAC – Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León, ES (2014); 47


Para Além da Historia, Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Guimarães (2012); O Fim do Mundo, Centre Culturel de Rencontre Abbaye de Neumünster, Luxemburg (2012); MUITO OBRIGADO – Artistas portugueses en la colección de la Fundación Coca-Cola, DA2 Domus Artium, Salamanca, Espanha (2010). Encontra-se representado em diversas colecções nacionais e internacionais, entre as quais: Fundação Calouste Gulbenkian, Caixa Geral de Depósitos, Fundação Carmona e Costa, Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, IVAM – Instituto Valenciano de Arte Moderna, DA2 Salamanca ou Museo de Arte Contemporáneo Gas Natural Fenosa, Coruña. É detentor de vários prémios de Arte.

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PEDRO VALDEZ CARDOSO Born in Lisbon, Portugal (1974) Lives and works in Lisbon Graduated in Performing Plastic Arts at the Escola Superior de Teatro e Cinema and took the Advanced Course in Visual Arts at the Escola de Artes Visuais Maumaus, in Lisbon. He exhibits regularly since 2001. The work he has been developing, with a greater focus on sculpture and installation, focuses mainly on issues related to identity (social, sexual and cultural) and issues related to post-colonial discourses, in a constant relationship between poetics and politics. Of the recent solo exhibitions, the following stand out: Sob o Signo de Saturno, Quartel das Artes – Colecção Figueiredo Ribeiro, Abrantes, PT (2019); No Meio do caminho tinha um osso, tinha um osso no meio do caminho, Fundação Portuguesa das Comunicações/Galeria Bessa Pereira, Lisboa (2018); O Maior Espectáculo do Mundo, Galeria Fernando Santos, Porto (2018); História da Vida Privada, Galeria 111, Lisboa (2017); Esfinge, Colégio das Artes, Coimbra, (2017); ÁRTICO: Narrativa e Fantasmática, CIAJG - Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Guimarães (2015); The Devil’s Breath – Parte III, MACE – Museu de Arte contemporânea de Elvas (2014); Discurso do Método, IVAM – Instituto Valenciano de Arte Moderno, Valência, ES (2013); Quarto sem vista, Museu de Arte Contemporânea do Funchal, Madeira (2011); Les Dresseurs (Os Domadores), Galeria Presença, Porto (2011). Among the collective exhibitions in which he participated, include: Saudade – Contemporary Art from Portugal and China, Fosun Foundation, Shangai (2018); The Raft. Art is (not) lonely, L' Etage Euphrosine Gallery, Ostende, BEL (2017); Portugal, Portugueses, Museu Afro-Brasil, São Paulo, BR (2016); Andante Gioccoso, Maurio Mauroner Contemporary Art, Vienna, AT (2015); ANOZERO – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, Museu Botânico, Coimbra, (2015); Pontos Colaterais, Coleção Arte Contemporânea Arquipélago, uma seleção, ARQUIPÉLAGO - Centro de Artes Contemporâneas, Açores (2015); DEVOUR! Social cannibalism, political redefinition and architecture, PART III - KunstKraftWerk, Leipzig, DE DEVOUR! Social cannibalism, political redefinition and architecture, PART I - Freies Museum (in collaboration with Savvy Contemporary), Berlin, DE (2015); Colonia Apócrifa, MUSAC – Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León, ES (2014);

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Para Além da Historia, Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Guimarães (2012); O Fim do Mundo, Centre Culturel de Rencontre Abbaye de Neumünster, Luxemburg (2012); MUITO OBRIGADO – Artistas portugueses en la colección de la Fundación Coca-Cola, DA2 Domus Artium, Salamanca, Espanha (2010). He is represented in several national and international collections, including: Fundação Calouste Gulbenkian, Caixa Geral de Depósitos, Fundação Carmona e Costa, Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, IVAM – Instituto Valenciano de Arte Moderna, DA2 Salamanca ou Museo de Arte Contemporáneo Gas Natural Fenosa, Coruña. He holds several Art awards.

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AV. DR. ELÍSIO DE MOURA, 53

3030-183

COIMBRA PORTUGAL

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40º 12’21 N 8º 24’04 W

Segunda a sábado -14h00>19h30 Monday to Saturday - 14h00>19h30

Exposição Exhibition 177,26 Km 177,26 Km Artista Artist Pedro Valdez Cardoso Pedro Valdez Cardoso 17 Outubro 2020 17 October 2020 26 Novembro 2020 26 November 2020 Produção Production Galeria SETE Galeria SETE Concepção e Coordenação de Montagem Design and Mounting Coordination Pedro Valdez Cardoso Pedro Valdez Cardoso Galeria SETE Galeria SETE Textos Texts Eva Oddo Eva Oddo Pedro Valdez Cardoso Pedro Valdez Cardoso Traduções Translations Sílvia Luís Gomes Sílvia Luís Gomes Concepção gráfica Graphic design Joana Soberano Joana Soberano

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