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9 de Fevereiro a 15 de Marรงo 2019
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A existência e a vida humana contemporânea, sobretudo nas grandes cidades, permitem a interligação, o confronto ou a junção de paradoxos. Ao mesmo tempo que viaturas e fumadores poluem o ar e a nossa atmosfera envolvente, muitas vezes debaixo de um imenso stress, é ao mesmo tempo interdito o hábito tabágico dentro de espaços públicos e privados. Evidentemente que é claro que estes aspectos desencadeiam e aceleram outros movimentos e acções nestas sociedades modernas, pós-modernas ou contemporâneas. Neste sentido, uns aproveitam-se de outros onde tudo parece servir para se ganhar rendimentos e lucros. Surge assim também a oportunidade da exploração do sofrimento e das fragilidades humanas, de seus prazeres, caprichos e vícios. Empresas tabaqueiras e outras empresas criam e publicitam em cadeia novos produtos no mercado, iludindo consumidores em prol de interesses económicos e fiscais. Toda a gente sabe que o tabaco é um dos “instrumentos” que mais contribui para as receitas dos Estados dos respectivos países. Constitui um presente envenenado acessível à maior parte da população. Há assim o paradoxo e erro desumano dos Estados angariarem fundos através de altas taxas de impostos mediante produtos que prejudicam os próprios contribuintes que sustentam os próprios Estados. A Philip Morris entretanto criou um novo produto, o tabaco aquecido, em confronto com as crescentes campanhas antitabágicas, com objectivos sobretudo económicos, relegando questões mais importantes para segundo plano. Mas como humanos, temos os nossos vícios, os nossos hábitos, e esses são sempre explorados por terceiros, como acima referimos. O tabaco é um desses vícios ou hábitos onde o fumo é resultado da respectiva combustão e também da combustão de muitas essências e químicos que com aquele se aglutinam. No entanto, o fumo acaba por ser uma companhia para muitos, uma repulsa e ódio para outros e ainda e algo contraditoriamente e simultaneamente, uma companhia e uma repulsa. Para alguns é uma balança e um elemento no equilíbrio vital.
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Nesta série de trabalhos, ou na maior parte deles, cujo projecto intitulo Smoke, apresento figuras recolhidas em ambientes sugeridos sem interferências de terceiros, em lugares vazios, como que abrigadas de eventuais ameaças exteriores, entendidas em sentido lato. Estão como nos seus lugares próprios, em descompressão, em descanso, em êxtase, em repouso, livres de qualquer ameaça, força, ou de incómodos e acções exteriores: deliciando um cigarro, dormindo uma sesta, meditando e reflectindo no final de um dia de trabalho, longe da cidade num fim-de-semana, mas sobretudo fora dos cenários habituais que as interligam às suas actividades diárias e de rotina das cidades. Estão como que nos seus lugares onde podem e têm tempo de fazer o que querem, nas suas escapes, nas suas brincadeiras, nos 4
seus vícios, sem ser incomodadas. Nestes trabalhos e nas sub-séries apresentadas, como The Nap, The Smokers, Girls and Cigarettes, L´agent Provocateur, The Sleepwalker, ou em The Inner Storm, são dados à visibilidade esses estados de libertação da nossa condição humana. Por outro lado, como nunca fui indiferente à História de Arte e à questão da perspectiva linear descoberta no Renascimento, e tendo uma predilecção pela pintura clássica e barroca, também aqui aproveitamos a oportunidade de parodiar e descontextualizar alguns “textos” que conhecemos da própria História de Arte. Esses textos-obras evocam a perspectiva através do escorço acentuado das figuras e também o claro-escuro. Há assim referências com deslocamentos deliberados em relação, por exemplo, a obras de Andrea Mantegna e de Annibale Carracci, do Renascimento ao Barroco, citando directa e indirectamente, mas desviando e deslocando os conteúdos originais para cenários mais actuais. São pontos de referência, mas são também pontos de passagem ou de chegada e, deste modo, naturalmente que surgem transformações e passagens do sagrado ao profano. Por outro lado, a luz e a dinâmica do fumo, que sobrepõe parcialmente os cenários e algumas figuras, acompanham também o jogo da representação-negação da própria técnica da pintura empregue, que desfoca os seus elementos através de arrastamentos pacientemente e deliberadamente realizados. Nas subséries L’agent Provocateur, as figuras representadas provocam audiências ausentes, mas como se aquelas estivessem presentes, porque estão protegidas nos seus lugares, nos seus ambientes, em posições e estados eróticos, afastando ou expelindo fumo para audiências ausentes, mas que assim as liberta da insatisfação diária, da insatisfação das suas actividades, da insatisfação do seu trabalho, da insatisfação no ódio contra terceiros nos confrontos diários das suas actividades, expurgando más energias para o exterior. Há assim a metáfora dum teatro visual das próprias figuras, abrigadas e não incomodadas, interditas a terceiras que só podem comunicar com o seu consentimento. Smoke adjectiva perigo, mas também e algo paradoxalmente adjectiva descompressão, prazer e liberdade, que são estados essenciais e vitais da nossa condição humana.”
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António Trindade, Lisboa, 2019
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The existence and the contemporary human life, especially in the big cities, allows the interconnection, the confrontation or the junction of paradoxes. At the same time that cars and smokers pollute the air and our surrounding atmosphere, often under immense stress, and in other hand smoking is prohibited in public and many private spaces. Obviously, it is clear that these aspects trigger and accelerate other movements and actions in these modern, postmodern or even contemporary societies. In this sense, there are those whom take advantage of others, where everything seems to be a way to generate income and profit. This situation is also giving opportunity to the exploration of human suffering and frailties, their pleasures, caprices and vices. Tobacco industry and other business companies create and advertise new products on the market, deceiving consumers for economic and fiscal interests. Everyone knows that tobacco is one of the "instruments" that most contributes to the revenues of the states of the respective countries. It is a poisoned gift accessible to the majority of the population. There is thus the paradox and inhumane error of the States to raise funds through high tax rates through products that harm the very taxpayers who support the states themselves. Meanwhile, Philip Morris, has created a new product, heated tobacco, in the face of growing anti-tobacco campaigns, but with mainly economic objectives and therefore relegating more important issues to the background. However, as humans, we have our addictions, our habits, and others will always exploit these, as we mentioned above. Tobacco is one of these vices or habits where smoking is the result of the respective combustion as well the combustion of many essences and chemicals that are agglutinated with it. Nevertheless, smoking turns out to be a company for many, a repulsion and hatred for others and yet and somewhat contradictorily and simultaneously a company and a revulsion. For some it is a balance and an element in the vital balance.
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In this series of works, or most of them, whose project called Smoke, I present figures collected in environments suggested without interference from third parties, in empty places, as if sheltered from eventual external threats, understood in a broad sense. These figures are staying in their own places. They are in decompression, in ecstasy, free of any threat, force, or of annoyances and external actions. They are taking pleasure in a cigarette, sleeping a nap, or meditating and reflecting at the end of a day of work, away from the city on a weekend, but above all outside the usual scenarios that link them to their daily activities and cities routine. The figures are like in their places where they can and have time to do what they want, in their escapes, in their games, in their addictions, without being bothered. In these works and in the sub-series presented, such as The Nap, The Smokers, Girls and Cigarettes, L'agent Provocateur, The 6
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Sleepwalker, or The Inner Storm, there is given visibility to the liberation of these states of our human condition. On the other hand, as I have never been indifferent to the History of Art and to the question of the linear perspective discovered in the Renaissance, and having a predilection for classical and baroque painting, here too we take the opportunity to parody and decontextualize some "texts" we know from the itself History of Art. These texts/works evoke the perspective through the sharpened foreshortening of the figures and the chiaroscuro. There are thus references to deliberate displacements in relation to, for example, the works of Andrea Mantegna and Annibale Carracci, from the Renaissance to the Baroque, quoting directly and indirectly, but diverting and shifting the original contents to scenarios that are more current. They are points of reference, but they are also points of passage or of arrival, and thus, of course, there are transformations and passages from the sacred to the profane. On the other hand, the light and the dynamics of smoke, which partially overlaps the scenes and some figures, also accompany the game of representation-negation of the painting technique employed, which blurs its elements patiently and deliberately carried out. In the sub-series L'agent Provocateur, the depicted figures generate absent audiences; but like if they were present. This is because the figures are protected in their places, in their environments, in erotic positions and states, as well driving away or expelling smoke to absent audiences. Such situation disenfranchising them from daily dissatisfaction, from dissatisfaction with their activities, from dissatisfaction with their work, and from dissatisfaction with hatred against others in the daily confrontations of their activities, culming in expelling the energy abroad. There is thus the metaphor of a visual theatre of the figures themselves, sheltered and not disturbed, interdicted to third parties who can only communicate with their own consent. Smoke adjectives danger, but paradoxically also adjective decompression, pleasure and freedom, which are essential and vital states of our human condition.
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AntĂłnio Trindade, Lisbon, 2019
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Galeria | Gallery
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“The Smoker #I” - 2018 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 34x40 cm
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“The Smoker #II” - 2018 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 21x26 cm
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“The Smoker #III” - 2018 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 21x26 cm
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“Ecstasy” - 2018 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 21x26 cm
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“The Smoker. After Mantegna” - 2018 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 50x40 cm
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“The Smoker. After Carracci” - 2018 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 50x60 cm
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“Smoke” - 2018 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 50x40 cm
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“The Smell. El Rodeo” - 2018 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 50x40 cm
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“L’agent provocateur #I” - 2018 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 50x40 cm
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“L’agent provocateur #II” - 2018 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 50x40 cm
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“L’agent provocateur #III” - 2018 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 50x40 cm
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“My Life in the Bush of Ghosts #2” - 2017 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 100x100 cm
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“Girls and Cigarettes #I” - 2018 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 26x21 cm
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“Girls and Cigarettes #II” - 2018 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 26x21 cm
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“The Nap #I” - 2018 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 50x40 cm
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“The Nap #II” - 2018 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 26x21 cm
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“The Inner Storm” - 2017 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 58x100 cm
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“The Sleepwalker #5” - 2017 - óleo sobre tela (oil on canvas) - 114x162 cm
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Exposição | Ehxibition
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Biografia | Biography
ANTÓNIO TRINDADE Nasceu em Lisboa onde vive e trabalha. Viveu em Alcobaça até 1973, ano que se muda para Lisboa. É Professor Auxiliar na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa desde 2008. Licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da universidade de Lisboa em 1992. Mestre em Arte, Património e Restauro, variante de História de Arte, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 2002. Doutoramento em Belas Artes, especialidade em Geometria, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, 2008. Membro do Departamento de Desenho da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Tem 14 artigos publicados em revistas, um capítulo de livro e um livro “A Pintura Integrada em Tectos e Abóbadas e a Perspectiva Linear”, Lisboa, CIEBA, FBAUL, 2015, distribuído pela Princípia Editora, resultante de uma parte da sua tese de Doutoramento. Exposições individuais 2017 – Eclipse, pintura e instalação, Casa Museu Medeiros e Almeida, Fundação Medeiros e Almeida, Lisboa, de 30 de Novembro de 2017 a 6 de Janeiro de 2018. 2016 – Afastamento, Galeria Arte Periférica, C.C. de Belém, Lisboa. 2016 - “GUERRA E ESPELHOS”/ “WAR AND MIRRORS”, instalação e pintura integrada no ciclo EVOCAÇÃO, Guerra 14-18, Sala da Grande Guerra do Museu Militar, Lisboa, de 10 de Dezembro a 30 de Janeiro, curadoria de Ilídio Salteiro. 2014 – Living Landscapes (Paisagens que Vivem), Galeria Arte Periférica, C.C. de Belém, Lisboa. 2012 – Talk With Flowers, Galeria Arte Periférica, C.C. de Belém, Lisboa. 2010 – Talking, Walking, Sleep and Dream, Galeria Arte Periférica, C.C. de Belém, Lisboa. 2008 – Room Temperature, Galeria Arte Periférica, C.C. de Belém, Lisboa. Exposição integrada no circuito Lisboa Arte Contemporânea. 2006 – Burning Mirror. We Want to Be but We can’t find Ourselves, Galeria Sala Maior, Porto. 2004 – A Mulher e a Máscara, Galeria Arte Periférica, C.C.de Belém, Lisboa, Exposição integrada no circuito Lisboa Arte Contemporânea. 2002 – Ambiente X, Black Velvet, Verão de 99, pintura e instalação, na Galeria Conventual, Alcobaça. Black Velvet, Galeria Arte Periférica, C. C. de Belém, Lisboa. 2000 – “Imagens de Arquivo”, Galeria Arte Periférica, C. C. de Belém, Lisboa, integrada no circuito Lisboa Arte Contemporânea. 42
1999 – Habitar outros Suportes, Galeria Arte Periférica, C. C. de Belém, Lisboa. 1998 – Fósseis para as Gerações Seguintes, Galeria Arte Periférica, C. C. de Belém, Lisboa. 1995 – Pintura, Galeria Arte Periférica, C. C. de Belém, Lisboa. 1994 – Da Velocidade da Vida à Persistência da Memória, Galeria Arte Periférica, C. C. de Belém, Lisboa. 1993 – Projecto individual de Pintura para os escritórios da Telecel do Lumiar, Lisboa. 1993 –Arquivo de Memórias, Galeria Arte Periférica. Massamá-Queluz. 1991 – Inauguração da loja Cardilium em Torres Novas. Exposições Coletivas e outros trabalhos 2018 - “ARTE DE BOLSO”, 7ª edição, exposição colectiva, Galeria Sete, Coimbra, de 7 de Dezembro a 26 de Janeiro de 2019. 2018 - ART-MADRID 18, feira internacional de Arte Contemporânea, Palácio Cibeles, Madrid. Representado pela Galeria Arte Periférica. https://www.art-madrid.com/es/artista/antonio-trindade. 2017 - “ARTE DE BOLSO”, 6ª edição, exposição colectiva, Galeria Sete, Coimbra, de 9 de Dezembro a 19 de Janeiro de 2018. 2016 - "PERIPLOS/ Arte portugués de hoy". Colectiva de pintura portuguesa Fevereiro e Maio de 2016, Centro Cultural de Málaga, CAC Málaga. Exposição patrocinada pela Fundação Luciano Benetton. 2013 - “Haverá Sol”, colectiva de Arte Contemporânea dos Países de Língua Portuguesa, Macau, Museu Casa da Taipa, Outubro e Novembro de 2013. 2012 - ART Lisboa, Novembro, 2012, Feira de Arte Contemporânea de Lisboa, Stand da Galeria Arte Periférica, F. I. L., Lisboa, Parque das Nações. 2011 - ART Lisboa, Novembro, 2011, Feira de Arte Contemporânea de Lisboa, Stand da Galeria Arte Periférica, F. I. L., Lisboa, Parque das Nações. 2010 - ART Lisboa, Novembro, 2010, Feira de Arte Contemporânea de Lisboa, Stand da Galeria Arte Periférica, antiga F. I. L., Lisboa, Alcântara. Artista integrado no Projecto Terraço com curadoria de Filipa Oliveira. 2009 - Exposição colectiva com obras de acervo em Alcobaça no espaço Armazém das Artes, a convite do escultor José Aurélio, Junho/Setembro de 2009. 2009 - ART Lisboa, 18 a 21 de Novembro, 2009, Feira de Arte Contemporânea de Lisboa,
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Stand da Galeria Arte Periférica, F. I. L., Lisboa, Parque das Nações. 2008 - Exposição Colectiva em homenagem a António Inverno, no Espaço Mais, Município de Aljezur, 2 de Agosto a 28 de Setembro de 2008; ART Lisboa, Novembro, 2008, Feira de Arte Contemporânea de Lisboa, Stand da Galeria Arte Periférica, F. I. L., Lisboa, Parque das Nações. Encomenda particular da empresa Cooperativa Frubaça e da Associação dos produtores de maçã de Alcobaça para o certame da Apple Parade. 2005 - FAC 2005, Feira de Arte Contemporânea de Lisboa, Stand da Galeria Arte Periférica, F. I. L., Lisboa, Parque das Nações. 2004 - ARCO’O4 – Madrid, Stand da Galeria Arte Periférica. Colectiva, Galeria Arte Periférica, C.C. de Belém, Lisboa; -FAC 2004, Feira de Arte Contemporânea de Lisboa, Stand da Galeria Arte Periférica, F. I. L., Lisboa, Parque das Nações. 2003 - FAC 2003, Feira de Arte Contemporânea de Lisboa, Stand da Galeria Arte Periférica, F. I. L., Lisboa, Parque das Nações. 2000 - Imagens para a Poesia de Virgínia Victorino, exposição colectiva na Galeria Conventual em Alcobaça; - FAC 2000, Feira de Arte Contemporânea de Lisboa, Stand da Galeria Arte Periférica, F. I. L., Lisboa, Parque das Nações. 1999 - “98-99”, Exposição colectiva com Fátima Mendonça, Rui Serra, Alexandra Mesquita, Vanda Vilela e Andy Newman, Galeria Arte Periférica, C. C. Belém, Lisboa. 1997 - Exponor, Matosinhos, Stand da Galeria Arte Periférica; 1997 - Projeto de Pintura sobre superfícies côncavas e convexas e de Fotografia para o Centro Pedagógico de Faro, Complexo Campos da Penha, em parceria com o Arquitecto Ricardo França; - FAC 1997, Feira de Arte Contemporânea de Lisboa, Stand da Galeria Arte Periférica, F. I. L., Lisboa, Parque das Nações; 1997- Colectiva de Pintura, Galeria Arte Periférica, Massamá, Queluz; 1996 - ARCO’96 – Madrid, Stand da Galeria Arte Periférica; Colectiva de Pintura, Galeria Conventual, Alcobaça; Colectiva de Pintura, Galeria Maria Lebre, Tomar; Colectiva de Pintura, Galeria Conventual, Alcobaça. 1995- ARCO’95 – Madrid, Stand da Galeria Arte Periférica; Colectiva de Pintura, Galeria Conventual-Alcobaça; Nova Colectiva dos Artistas de Alcobaça, Ala Sul do Mosteiro de Alcobaça;- Fórum de Arte Contemporânea, Santiago de Compostela, Galiza, Stand da Galeria Arte Periférica; - Colectiva de Verão, Galeria Conventual, Alcobaça; - Colectiva de Verão,
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Galeria Arte Periférica, C. C. Belém, Lisboa; - Exposição colectiva com vários Artistas de Norte a Sul do País, Galeria Arte Periférica, apoio da Secretaria de Estado da Cultura; - FAC/Feira de Arte Contemporânea de Lisboa, Stand da Galeria Arte Periférica; - Exposição Individual de Pintura, Galeria Arte Periférica, C. C. Belém, Lisboa; 1994 - Colectiva de Pintura, homenagem a João Barata, Galeria Barata-Lisboa. Menção Honrosa; - Art Junction, feira de Arte Contemporânea, Cannes, Stand da Galeria Arte Periférica;- A Nostalgia do Impossível, Coletiva de Pintura na Galeria Conventual, Alcobaça; - Colectiva dos finalistas da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, 1993 - Câmara Municipal da Amadora; - Colectiva de Pintura e Objetos, Galeria Arte Periférica, C. C. de Belém, Lisboa; -Da Velocidade da Vida à Persistência da Memória, exposição individual na Galeria Arte Periférica, C. C. de Belém, Lisboa; - Colectiva de Pintura. Junta de freguesia de S. Martinho do Porto; - Exposição individual de Pintura. Inauguração da loja Cardilium em Torres Novas 1993- Colectiva de Pintura dos Artistas de Alcobaça, Ala Sul do Mosteiro de Alcobaça; - Colectiva de Pintura “2073”, com os professores Justino Alves e Jorge Pinheiro, Antigo Mercado Municipal de Portimão; - Pedro e Inês, coletiva de Pintura na Galeria Conventual em Alcobaça; - Projecto individual de Pintura para os escritórios da Telecel do Lumiar, Lisboa; - Arquivo de Memórias, exposição individual na Galeria Arte Periférica. Massamá-Queluz; - Galeria Barata. Exposição coletiva em homenagem a João Barata, Prémio João Barata. Menção Honrosa; 1992 - Ilustração do livro Diário de uma viagem a Lisboa de Henry Fielding, Lisboa, ed. Ática, 1992 - Colectiva de Pintura (Concurso Jov. Arte), Centro Cultural Malaposta, Loures. Menção Honrosa; - Colectiva de Pintura, Escultura e Design. Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; - Colectiva de Pintura e Escultura, 7º Salão de Primavera do Casino do Estoril; - Colectiva de Pintura, Galeria Arte Periférica-Massamá-Queluz
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ANTÓNIO TRINDADE Antonio Trindade was born in Lisbon where he continues to live and work. He lived in Alcobaça until 1973, when he moved back to Lisbon. He has been an Assistant Professor at the Faculty of Fine Arts of the University of Lisbon since 2008. Antonio has a Degree in Painting from the Faculty of Fine Arts of the University of Lisbon in 1992. He also holds a Master in Art, Heritage and Restoration, variant of Art History, by the Faculty of Arts of the University of Lisbon in 2002. Antonio has a PhD in Fine Arts, specializing in Geometry, by Faculty of Fine Arts, University of Lisbon, 2008. He is a member of the Drawing Department of the Faculty of Fine Arts, University of Lisbon. He has 14 articles published in magazines, a book chapter and a book "A Pintura Integrada em Tectos e Abóbadas e a Perspectiva Linear” (The Integrated Painting in Ceilings and Vaults and the Linear Perspective), Lisbon, CIEBA, FBAUL, 2015, distributed by Princípia Editora, resulting from a part of his PhD thesis . Individual exhibitions 2017 - Eclipse, pintura e instalação (Eclipse, painting and installation), Casa Museu Medeiros e Almeida, Medeiros e Almeida Foundation, Lisbon, from November 30, 2017 to January 6, 2018. 2016 - Gallery, Periférica Art Gallery, C.C. de Belém, Lisbon. 2016 - “GUERRA E ESPELHOS”/ “WAR AND MIRRORS”, installation and painting integrated in the EVOCATION cycle, War 14-18, Sala da Grande Guerra Room of the Military Museum, Lisbon, from December 10 to January 30, curated by Ilídio Salteiro. 2014 - Living Landscapes (Paisagens que Vivem), Periférica Art Gallery, C.C. de Belém, Lisbon. 2012 - Talk With Flowers, Periférica Art Gallery, C.C. de Belém, Lisbon. 2010 - Talking, Walking, Sleep and Dream, Periférica Art Gallery, C.C. de Belém, Lisbon. 2008 - Room Temperature, Periférica Art Gallery, C.C. de Belém, Lisbon. Exhibition integrated in the Lisbon Contemporary Art circuit. 2006 - Burning Mirror. We Want to Be, but we can not find Ourselves, Sala Maior Gallery, Porto. 2004 – A Mulher e a Máscara (The Woman and the Mask), Periférica Art Gallery, C.C.de Belém, Lisbon, Exhibition integrated in the Lisboa Arte Contemporânea circuit.
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2002 - Ambiente X, Black Velvet, Summer of 99, painting and installation, in the Gallery Conventual, Alcobaça. Black Velvet, Periférica Art Gallery, C. C. de Belém, Lisbon. 2000 - "Imagens de Arquivo”, (Images from the archive), Periférica Art Gallery, C. C. de Belém, Lisbon, integrated in the Lisboa Arte Contemporânea circuit. 1999 - Habitar outros Suportes (To inhabit other Supports), Periférica Art Gallery, C. C. de Belém, Lisbon. 1998 - Fósseis para as Gerações Seguintes (Fossils for the Next Generations), Periférica Art Gallery, C. C. de Belém, Lisbon. 1995 - Painting, Periférica Art Gallery, C. C. de Belém, Lisbon. 1994 – Da Velocidade da Vida à Persistência da Memória (From the Speed of Life to Persistence of Memory), Periférica Art Gallery, C. C. de Belém, Lisbon. 1993 - Individual painting project for the offices of Telecel do Lumiar, Lisbon. 1993 - Arquivo de Memórias (Archives of Memories), Periférica Art Gallery. Massamá-Queluz. 1991 - Inauguration of the Cardilium store in Torres Novas. Collective Exhibitions and other works 2018 - " ARTE DE BOLSO", 7th edition, collective exhibition, Sete Gallery , Coimbra, from December 7 to January 26, 2019. 2018 - ART-MADRID 18, international fair of Contemporary Art, Cibeles Palace, Madrid. Represented by Periférica Art Gallery. https://www.art-madrid.com/en/artist/antonio-trindade. 2017 - " ARTE DE BOLSO ", 6th edition, collective exhibition, Sete Gallery , Coimbra, from December 9 to January 19, 2018. 2016 - "PERIPLOS / Portuguese Art of Today". Collective of Portuguese painting February and May 2016, Cultural Center of Malaga, CAC Málaga. Exhibition sponsored by the Luciano Benetton Foundation. 2013 - "Haverá Sol" (Would we have sun), Collective of Contemporary Art of Portuguese Language Countries, Macau, Casa da Taipa Museum, October and November 2013. 2012 - ART Lisbon, November 2012, Lisbon Contemporary Art Fair, Periférica Art Gallery Stand, FIL, Lisbon, Parque das Nações. 2011 - ART Lisbon, November 2011, Contemporary Art Fair of Lisbon, Periférica Art Gallery stand, F. I. L., Lisbon, Parque das Nações. 2010 - ART Lisbon, November 2010, Contemporary Art Fair of Lisbon, Periférica Art Gallery
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stand, former F. I. L., Lisbon, Alcântara. Artist integrated in the Terrace Project curated by Filipa Oliveira. 2009 - Collective exhibition with works of collection in Alcobaça in the space Armazém das Artes, at the invitation of the sculptor José Aurélio, June / September 2009. ART Lisbon, November 18-21, 2009, Contemporary Art Fair of Lisbon, Periférica Art Gallery stand, F. I. L., Lisbon, Parque das Nações 2008 - Collective Exhibition in honour of António Inverno, Espaço Mais, Municipality of Aljezur, August 2 to September 28, 2008; ART Lisbon, November, 2008, Lisbon Contemporary Art Fair, Periférica Art Gallery stand, F. I. L., Lisbon, Parque das Nações. Private order from Cooperativa Frubaça and from the Associação dos Produtores de Maçã de Alcobaça, for the Apple Parade show. 2005 - FAC 2005, Contemporary Art Fair of Lisbon, Periférica Art Gallery stand, F. I. L., Lisbon, Parque das Nações. 2004 - ARCO'O4 - Madrid, Periférica Art Gallery stand. Collective, Periférica Art Gallery, C.C. de Belém, Lisbon; -FAC 2004, Contemporary Art Fair of Lisbon, Periférica Art Gallery stand, F. I. L., Lisbon, Parque das Nações. 2003 - FAC 2003, Contemporary Art Fair of Lisbon, Periférica Art Gallery stand, F. I. L., Lisbon, Parque das Nações. 2000 - Images for the Poetry of Virgínia Victorino, collective exhibition at the Conventual Gallery in Alcobaça; - FAC 2000, Contemporary Art Fair of Lisbon, Periférica Art Gallery stand, F. I. L., Lisbon, Parque das Nações. 1999 - "98-99", Collective exhibition with Fátima Mendonça, Rui Serra, Alexandra Mesquita, Vanda Vilela and Andy Newman, Periférica Art Gallery, C. C. Belém, Lisbon. 1997 - Exponor, Matosinhos, Periférica Art Gallery stand; 1997 - Painting Project on concave and convex surfaces and Photography for the Pedagogical Center of Faro, Campos da Penha Complex, in partnership with the Architect Ricardo França; - FAC 1997, Contemporary Art Fair of Lisbon, Periférica Art Gallery stand, F. I. L., Lisbon, Parque das Nações; 1997 - Collective of Painting, Periférica Art Gallery, Massamá, Queluz; 1996 - ARCO'96 - Madrid, Periférica Art Gallery stand; Collective of Painting, Conventual Gallery, Alcobaça; Collective of Painting, Maria Lebre Gallery, Tomar; Collective of Painting, Conventual Gallery, Alcobaça.
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1995- ARCO'95 - Madrid, Periférica Art Gallery stand; Collective of Painting, Gallery Conventual-Alcobaça; New Collective of the Artists of Alcobaça, South Wing of the Monastery of Alcobaça - Forum of Contemporary Art, Santiago de Compostela, Galicia, Periférica Art Gallery; - Summer Collective, Conventual Gallery, Alcobaça; - Summer Collective, Periférica Art Gallery, C. C. Belém, Lisbon; - Collective exhibition with several Artists from North to South of the Country, Periférica Art Gallery, support of the Secretary of State for Culture; - FAC / Contemporary Art Fair of Lisbon, Periférica Art Gallery stand; - Individual Exhibition of Painting, Periférica Art Gallery, C. C. Belém, Lisbon; 1994 - Collective of Painting, homage to João Barata, Gallery Barata-Lisbon. Honourable mention; - Art Junction, Contemporary Art Fair, Cannes, Periférica Art Gallery stand; - A Nostalgia do Impossível (Nostalgia of the Impossible), Collective of Painting at Conventual Gallery, Alcobaça; - Collective of the finalists of the Faculty of Fine Arts of Lisbon, 1993 - Amadora City Hall; - Collective Painting and Objects, Periférica Art Gallery, C. C. de Belém, Lisbon; - Da Velocidade da Vida à Persistência da Memória ( From the Speed of Life to the Memory Persistence), individual exhibition at the Periférica Art Gallery, C. C. de Belém, Lisbon; - Collective Painting. Parish council of S. Martinho do Porto; - Individual Exhibition of Painting. Inauguration of the Cardilium store in Torres Novas. 1993- Collective Painting from the Artists of Alcobaça, South Wing of the Monastery of Alcobaça; - Collective Painting "2073", with teachers Justino Alves and Jorge Pinheiro, Former Municipal Market of Portimão; - Pedro and Inês, painting collective at the Conventual Gallery in Alcobaça; - Individual painting project for the offices of Telecel do Lumiar, Lisbon; - Archive of Memories, individual exhibition at Periférica Art Gallery. Massamá-Queluz; - Barata Gallery. Collective exhibition in honour of João Barata, Prize João Barata. Honourable mention; 1992 - Illustration from the book Diário de uma viagem a Lisboa (A trip to Lisbon Diary) by Henry Fielding, Lisbon, ed. Attica, 1992; - Collective Painting (Young Art Competition), Malaposta Cultural Center, Loures. Honourable mention; - Collective Painting, Sculpture and Design. Faculty of Arts of the University of Lisbon; - Collective Painting and Sculpture, 7th Spring Show of Estoril Casino; - Collective Painting, Periférica Art Gallery -Massamá-Queluz;
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