Catálogo "ESCAPE / THE ASSUMPTION OF BLUE" - Pedro Pascoinho

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PEDRO PASCOINHO ESCAPE / THE ASSUMPTION OF BLUE



PEDRO PASCOI NHO ESCAPE

THE ASSUMPTION OF BLUE

26 de Outubro a 29 de Dezembro 2019


P E D R O PA S C O I N H O

ESCAPE / THE ASSUMPTION OF BLUE

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A exposição ESCAPE / THE ASSUMPTION OF BLUE, de Pedro Pascoinho divide-se entre ao Museu Nacional de Machado de Castro e a Galeria Sete. Constituída por pintura mas também por objectos escultóricos e uma instalação sonora, lança um olhar revisionista, critico e poético ao desencantamento esgotado do progresso e à inevitabilidade de novas utopias.

A obra de Pedro Pascoinho (1972) tem vindo, há mais de duas décadas, a construir-se como reflexo das preocupações contemporâneas com a revisão do caminho percorrido por todos aqueles que há séculos se colocam a pergunta composta: “Quem somos? De onde vimos? Para onde vamos?”. Pascoinho mantém sempre aguçada consciência na sua permanente decisão de ser livre em si mesmo, de encontrar o seu conhecimento e referências em qualquer época ou lugar e a convicção que isso é condição essencial do seu trabalho de observação interior, pensamento crítico e resistência, sem resvalo para modas, retrocessos ou vitimizações. Na exposição “Escape/The Assumption of Blue”, o artista dá a ver, e por tal, implicitamente, pretende que a arte não fique restringida ao terreno sempre enigmático e autorreferencial, ou seja, deseja que ela transite para a res communis, o espaço de todos, nomeadamente de todos os espectadores. Neste caso, até geograficamente, o espaço é vasto e distinto - arquitectónica e simbolicamente – e divide-se pelo Museu Nacional de Machado de Castro (MNMC) e pela Galeria Sete (G7). Enquanto “sociedade humana”, deixámo-nos conduzir acriticamente por escolhas induzidas por falaciosas promessas de conforto e progresso ilimitado, disfarçadamente invocadas em nome da ciência e da técnica/tecnologia, exercemos tanta repressão sobre a Natureza (e as emergências climáticas são disso enorme alerta) que estamos hoje perante o fantasma do medo de não conseguir assegurar o futuro, o que nos acorda o instinto de escapar. Ajudar a descodificar essa transição para a acessibilidade a todos, para a tal res communis, passa por recordar a propósito do título da exposição, que o Azul (Blue), mais que uma cor, é um estado de espírito, pois desde sempre o homem viu, sem conseguir tocar-lhe, esse azul no céu ou no mar. Era algo que estava sempre presente, porém sempre distante, para além de nós. Para os artistas, desde que Giotto pintou em Azul a representação do Paraíso, Ticiano o usou fora do domínio do sagrado e Novalis fez de uma pequena flor azul, a cor do sonho e dos sentimentos mais profundos, esta cor nunca mais deixou de ter um simbolismo especial ligado aos sentimentos fortes, de dor e redenção, como em Picasso – fase azul - ou em Yves Klein; para este, o azul era em si mesmo um portal para escapar, para deixar para trás o mundo. Depois, há a surpresa da primeira fotografia da Terra tirada do espaço, a revelar que o Azul que procurávamos no Cosmos, no infinito, era afinal a cor que estava connosco, a cor da nossa casa. Para ser mais fácil de entender, a voz do artista que se expressa em linguagem cifrada pela pintura, pode ser tomada por analogia ao que Paul Celan dizia da poesia: “é a voz que vem do outro, de um tu, começa quando a linguagem se torna sonora” *, quando o “significar” tem significado porque assume a plenitude de poder ser dito numa linguagem outra. 3


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Assim, por exemplo, há uma imagem da lua, que já foi em tempos remotos personificada como deusa e ainda hoje influencia decisões do calendário agrícola ou prognósticos de nascimentos. Também uma outra, de uma serpente, arquétipo da sabedoria associada a Esculápio, Deus Grego da medicina (que depois de invocado dava a conhecer a cura aos doentes através de sonhos) mas também da distinção cristã entre bem e mal. Percebe-se não ser casual que duas pinturas com estas imagens se interliguem com uma outra, “Glance” (uma forma de ver com o que se sabe, um lampejo a partir de uma sabedoria guardada como se fosse um instinto adquirido), quando se quer manifestar que o homem tem que escapar, salvar-se; contudo, inevitavelmente, terá que viver na Natureza grandiosa à qual ele também pertence. Ora não serão estas revelações “a voz que vem do outro” ou, como disse, de outra forma, Paul Klee, “o tornar visível o invisível”? – Não é desocultar o sentido o trabalho do artista? Nesta linha, o “significar” construído pela exposição significa o desencantamento, a ideia de retiro, de isolamento, de medo, de morte, de confinamento, de reflexo ou até de restituição, de escape, todo um retrato interior, psicológico - não do artista, mas de um “Nós, Humanidade” que o artista interpreta. Isto pode ser percebido pelo simbolismo de pinturas (na G7) onde vemos cavernas (“Haunt”), matéria que se desmorona (“Portrait”), camuflagem (homem-búfalo a desenhar / auto-retrato, “Camouflage”), um homem só num barco no azul infinito (“Random I”) e uma pintura envolta em tecido azul, com uma abertura mas inacessível para além do vislumbre (“Random II”), duas figuras que saem e entram no mar (“Reflex”), figuras humanas sem cabeça que parecem tentar desafiar a gravidade para se ausentar de um lugar sem esperança (“Outward” e “Suspend”), talvez para a lua ou um outro espaço cósmico (“Innominate II”) que reconhecemos de relance, evocação de espaços tremendos (“Vision I projection” e “Vision II extension”), muito maiores do que, por exemplo, o homem que surge a boiar naufragado num mar sem destino (“Emerge I”, de 2011) – obra seminal desta problemática de escapar, mas que só agora encontra o seu contexto de apresentação. Frascos que, supostamente, continham pele para transplante (“Exchange”) e há também uma pintura (“Renewal”) com uma serpente (um motivo inédito na obra de Pascoinho), que neste contexto, para além do referido atrás, pode bem significar a própria natureza, o renascer, o ressurgir, o combate primordial do homem. Um outro momento da exposição acontece no MNMC e, neste, estende-se por dois locais: 1 - No espaço do Criptopórtico Romano, estrutura labiríntica que suportou o Fórum de Aeminium, estão instaladas duas pinturas em diálogo distante com os bustos de Agripina, a Velha (“Permanence”) e Trajano (“Effaced”). Recorde-se que nas esculturas clássicas, as várias personalidades de quem se pretendia glorificar o legado e perpetuar a memória iam ocupando com os seus bustos uma qualquer base de corpo em pedra e por isso os bustos tinham a forma de “V”, para encaixar nesses corpos, sempre belos. Está também presente uma peça instalatória, um objecto antropomórfico mas fantasmático “Monitum”, título em latim que podemos traduzir aproximadamente por “Aviso” ou “Anunciação” - de onde emana luz (uma alusão a um portal de passagem?) e ecoa uma música no estilo Fuga, um tipo de narrativa sonora que evocava a fuga e perseguição constante entre personagens boas e más dos antigos mitos. 4


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Pela história e carácter do local, pelo peso dos milhares de anos daquelas pedras e pelo ambiente criado pelas obras expostas, podemos sentir que, se queremos preservar a nossa existência, permanecer com nosso corpo e espírito, se queremos escapar, há que mudar de abordagem, de mentalidade, trocar a cabeça que encima o corpo por um rosto simbólico do humano que possa orgulhar-se da obra da sua contemporaneidade e merecer glória pelo legado de um mundo melhor. Talvez mesmo por uma passagem a uma nova Era. 2 – Na sala de exposições temporárias, numa certa penumbra, temos um objecto central envolto, embrulhado, que nos confronta e domina pela sua escala. Depois, há nas paredes, um desenho com uma figura de invocação romântica (“Absence”), que observa a distância; e há pinturas com o tema da figura envolta (“Wrap I”), com uma cabeça envolta (“Uncertain III” ), sugerindo talvez que ela só pode ver por dentro. Há um mar (“Unstable”) onde parecem boiar dois pequenos pontos. E há uma pintura com um casal humano que olha para três objectos também envoltos, sobre uma prateleira, que se percebe agora como obra seminal desta série (“Presence Serie – Uncertain I”), de 2010. Há também uma pequena pintura, ela mesma tornada objecto, embrulhada, por onde através de uma passagem, uma fresta, se espreita talvez uma arena romana (“Stage”, 2019). O objecto é algo que nos resiste, que nos objecta, que não se nos entrega, que mantém mistério e indecifrabilidade (é o contrário de mercadoria, que só anseia agradar). A utopia, o paraíso (tampouco a vontade de escapar) não está no idêntico, no informe que nos deixa perder a identidade por falta de confronto que nos dê forma. O inacessível, o que se conserva indecifrável, o completamente outro, que nos desafia e nos frustra, é que nos pode dar a consciência do que somos e queremos, a perspectiva crítica para continuar a construir com sentido. E teremos que encontrar o futuro por nós, pois por tanto caminhar na racionalidade, perdemos a capacidade de invocar quaisquer Deuses que houvesse nos mares, nas profundezas ou nos céus. O objecto insta permanentemente o sujeito que o indaga a dizer-se: “Não pode ser só isto”. Assim funciona connosco a pintura de Pascoinho - e explicito apenas “ pintura” porque as instalações que produz são visualizações ou clarificações sobre esse “há qualquer coisa para além disto” com que a pintura dele é concebida e vive. Permanece naquele silêncio suspenso de objecto que resiste a entregar o mistério que guarda, mas que a cada passo, a cada novo quadro, a cada nova exposição, nos vai deixando apreender um inequívoco sentido de totalidade.

* - CELAN, P. in “O meridiano”. São Paulo. Editora Iluminuras, 1999, p. 179

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Pedro Pascoinho’s solo exhibition “ESCAPE / THE ASSUMPTION OF BLUE” is divided between two locations – the Museu Nacional de Machado de Castro and Galeria Sete. Encompassing painting, as well as sculptural objects and a sound installation, the artist takes a revisionist, critical and poetic look at the exhausted disenchantment of progress and the inevitability of new utopias.

For over two decades Pedro Pascoinho’s (1972) oeuvre has been building itself as a reflection of contemporary concerns while revising the path taken by others that throughout centuries have asked the following questions: “Who are we?”, “Where do we come from?” and ”Where are we going?”. Pascoinho has kept a sharp conscience of freedom in itself, by finding his knowledge and references in any time or place, and believing it to be an essential condition of his work, which is rooted in introspection, critical thought and resistance, and refuses to slide into trends, throwbacks or victimizations. At “Escape / The Assumption of Blue”, the artist shows and implicitly intends that art is not to be restricted to its ever-enigmatic and self-referential field in his wish to move it into the res communis, a place for everyone namely all the onlookers. In this case, even from a geographical standpoint the space is vast and varied – both architecturally and symbolically – as it is divided between the Museu Nacional Machado de Castro (MNMC) and Galeria Sete (G7). As a “human society”, one has been uncritically led by choices induced by fallacious promises of comfort and unlimited progress - covertly invoked in the name of science and technique/technology - and has exerted so much repression over Nature (of which current climate emergencies are a constant warning), that is today faced with the ghost of the fear of failure to ensure the future, which inevitably awakens one’s flight instinct. To help decode this transition to a common accessibility, the so-called res communis, one needs but to recall this exhibition’s title. Blue is more than a color, it is a state of mind, since Man has always seen it in the sky or in the sea without being able to touch it. It was something that was ever-present though always far away, beyond us. Since Giotto painted Heaven in Blue, Titian used it outside of the sacred realm and Novalis made a small blue flower the color of dreams and deep inner feelings, that for artists this color never lost a special symbolism that is connected to pain and redemption, as in Pablo Picasso’s blue phase or in Yves Klein’s wish of escape through his blue “gateways.” Then there is also the surprise of the first photograph of earth taken from space, which reveals that the color we have looked for in the cosmos had been with us all along. It was the color of our home. To make it easier to understand, the artist’s voice that is expressed in painting’s enciphered language can be compared to what Paul Celan said of poetry: “it is the voice of the other, of a you, it starts when language becomes sound” *, when “meaning” has meaning because it assumes the fullness of being able to be said in another language. In this exhibition one sees images chosen and composed by the artist from photographs that he rescues and adapts in order to invent (finding while looking) the lexicon of his own speech. Beyond 7


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study and research, maybe his slow mental and studio process of painting construction affords him an instinctive awareness of the symbology of certain archetypes (which according to Carl Jung are images with psychic and emotional energy) from an ancestral heritage but that human mind in its evolution relegated to the unconscious and that by “fitting in” (a word Pascoinho always uses when talking about his work) are thereafter brought to conscience in their meaning, expressing discursive intention in the exhibition. Thus, there is an image of the moon, that in remote times was once deified, and which to this day influences agricultural calendar and birth predictions. And an image of a snake, the archetype of wisdom associated to the Greek God of Medicine Asclepius (who provided his cure to patients through dreams), but also the Christian distinction between good and evil. It is therefore understandable that the connection between these two paintings and another work - “Glance” (a way of seeing through what one already knows, a glimpse from a kept wisdom as if it was an acquired instinct) - is not accidental in expressing that man must escape, save himself; yet, inevitably he will have to live in a grandiose Nature to which he also belongs to. Won’t these revelations be “the voice that comes from the other” or, like Paul Klee once said, “make the invisible visible”? Isn’t it unveiling the meaning of an artist’s work? Along this line, the exhibition’s built “meaning” stands for disenchantment, the idea of retreat, isolation, fear, death, confinement, reflection or even restitution. It is a whole inner and psychological portrait - not of the artist but of a “We, Mankind” that the artist interprets. This might be understood by the symbolism of paintings (at G7) where one can see caves (“Haunt”), crumbling matter (“Portrait”), camouflage (a man-buffalo drawing / self-portrait - “Camouflage”), a man alone on a boat in the infinite blue (“Random I”) and a painting wrapped in blue fabric with an opening but which is inaccessible beyond glimpses (“Random II”), two figures that go in and out of the sea (“Reflex”), headless human figures that seem to try to defy gravity in order to leave a hopeless place (“Outward” and “Suspend”) perhaps the moon or another cosmic space (“Innominate II”) that one recognizes in a glance, evocation of tremendous spaces (“Vision I projection” and “Vision II extension”) that are much bigger than the floating man (“Emerge I”) who wrecked at sea without a destination - a seminal work on this escapism problematic that only now finds its exhibiting context. Bottles that supposedly contained skin for a transplant (“Exchange”) and even a painting (“Renewal”) with a snake, an unprecedented motif in Pascoinho’s oeuvre, which in this context might mean nature itself, rebirth, resurface, man’s primordial fight. Another exhibition moment happens at MNMC, where it is divided between two locations: 1. At the Roman cryptoporticus, a maze-like structure that supported the Forum of Aeminium, two paintings are in a distant dialogue with the busts of Aggripina the Elder (“Permanence”) and Trajan (“Effaced”). In classical sculpture the busts of those personalities whose legacy was intended to be glorified and their memory perpetuated, occupied a body made of stone. Therefore, these busts were “V” shaped in order to fit in those ever-beautiful bodies. An installation piece is present as well, a ghostly and anthropomorphic object - titled Monitum which can be roughly translated as “warning” or “annunciation” - from which emanates light (an allusion to a passage portal?) and music in fugue style, a type of sonic narrative that evoked the escape 8


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and constant chase between good and evil characters in ancient myths. Through history itself and the location’s character, through the weight of one thousand years of those stones and the ambience created by the works in exhibition, one perceives that to preserve their existence and remain within their body and spirit, or to escape, then a change of approach and mindset is necessary: the replacement of the head that crowns the body with a symbolic face of a human that can pride itself on the work of one’s contemporaneity and deserve glory for the legacy of a better world. Maybe even a passage to a new age. 2. At the center of the temporary exhibition room, under a dim light, a wrapped object faces the visitor and confronts and overtakes him with its scale. In the walls there is a drawing with a figure of romantic invocation (“Absence”), which observes the distance. There are also paintings with the already recurrent theme of the wrapped figure (“Wrap I”) or with a wrapped head (“Uncertain III”), perhaps suggesting that this figure only can see inside. There is a sea where two dots seam to float (“Unstable”). And a painting with a human couple staring at three wrapped objects in a display case. Finally, there is a smaller painting that has become an object itself after being wrapped by the artist. Through a crack one might see a Roman arena (“Stage”). The object is something that resists us, that objectifies us, that does not surrender to us, keeping its mystery and indecipherability. It is the opposite of a commodity that only longs to please. The Utopia, paradise, or the desire to escape cannot be found in the identical or in the shapeless that allows one to lose its identity for lack of the confrontation that gives us shape. The inaccessible, that which preserves itself indecipherable, the absolute “otherness” that one is defied and frustrated by, is also what can give one a conscience of what one is and desires, the critical perspective to continue building with sense. And one will have to find the future by oneself, since during the long walk within the realm of rationality the capacity was lost for invoking any Gods that there once were in the seas, depths or skies. The object permanently urges the individual who questions it to say: “It cannot be just this”. This is how Pascoinho’s painting operates - and I highlight painting alone because his installations are visualizations or clarifications on the “it cannot be just this” issue that his painting is conceived and lives on. It remains in that suspended silence of the object that resists to give in the mystery it keeps within itself but that at each step, each new painting, each new exhibition, gradually allows one to perceive an unequivocal sense of whole.

* - CELAN, P. in “O meridiano”. São Paulo. Editora Iluminuras, 1999, p. 179

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Galeria | Gallery


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Piso 0 Piso -1

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Camouflage - 2019 - Ă“leo sobre papel (Oil in paper) - 46 x 34 cm

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Matter - 2019 - Livro, frasco, pigmento (Book, bottle, pigment) - dimensĂľes vĂĄrias (various dimensions)

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Exchange - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 160 x 117 cm

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Open - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 67 x 61 cm

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Portrait - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 54 x 42 cm

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Alter - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 60 x 47,5 cm

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Haunt - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 48 x 46 cm

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Wrap II - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 150 x 119 cm

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Release - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 39 x 33 cm

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Random I - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 160 x 143,5 cm

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Suspend - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 39,5 x 43,5 cm

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Emerge I - 2011 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 107 x 97 cm

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Reflex - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 44,5 x 56 cm

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Random II - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 173 x 143,5 cm

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Outward - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 90 x 109,6 cm

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The cover - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 75,5 x 106,5 cm

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The assumption - 2019 - Madeira, papel, impressão sobre cartão, espelhos - dimensões várias (Wood, paper, card printing, mirrors - various dimensions)

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Spellbound - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 35,5 x 31 cm

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Glance - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 73 x 52 cm

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Innominate II - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 119 x 90 cm

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Vision I - projection - 2019 - CarvĂŁo sobre papel (Charcoal on paper) - 46 x 36 cm

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Vision I - extension - 2019 - CarvĂŁo sobre papel (Charcoal on paper) - 115 x 99,5 cm

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Renewal - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil in paper on wood) - 118,5 x 104,5 cm

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- Sala de Exposições Temporárias - Criptopórtico Romano de Aeminium

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Absence - 2019 - CarvĂŁo sobre papel (Charcoal on paper) - 55 x 60 cm

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Unstable - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil on paper on wood) - 47 x 41,5 cm

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Presence serie - Uncertain I - 2010 - Ă“leo sobre papel (Oil on paper) - 54 x 71 cm

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Uncertain III - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil on paper on wood) - 72 x 52,5 cm

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The wrap - 2019 - Papel, pigmento, madeira, fio (Paper, pigment, wood, wire) - dimensĂľes vĂĄrias (various dimensions) 45


Wrap I - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil on paper on wood) - 185 x 144 cm

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Stage - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil on paper on wood) - 50 x 41,5 cm

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Permanence - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil on paper on wood) - 165 x 119,5 cm

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Efface - 2019 - Ă“leo sobre papel sobre madeira (Oil on paper on wood) - 122 x 97 cm

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Monitum - 2019 - Madeira, tecido, material sonoro, luz (Wood, fabric, sound material, light) - dimensĂľes vĂĄrias (various dimensions) 50


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Exposição | Ehxibition


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Biografia | Biography


PEDRO PASCOINHO Nasceu em 1972. Born in 1972. Vive e trabalha na Figueira da Foz, Portugal. Lives and works at Figueira da Foz, Portugal Exposições individuais / Solo exhibitions 2018 “Dismantle to Dissipate”, Galeria Acervo, Lisboa 2017 “Continuity”, Casa das Artes e ofícios – CAOS, Viseu 2016 “PASSAGE”, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra “T R A N S I T I O N”, Galeria Cinco, Cidadela Art District, Cascais 2015 “par•al•lel”, Casa das Artes de Miranda do Corvo 2014 “ES.TAB.LISH.MENT”, Galeria Cinco, Cidadela Art District, Cascais 2013 “INSIDE”, Museu Dr. Santos Rocha, Figueira da Foz “The Unavoidable”, Tubo de Ensaio, Figueira da Foz 2012 “Emerge”, Galeria Má arte, Aveiro 2011 “No future! ? Utopia as construction...”, Rooster Gallery, New York 2010 “Permanências”, Galeria Sete, Coimbra “Sustentável Leveza”, Casa Municipal da Cultura / Galeria Sete, Coimbra 2008 “A Dream”, Teatro Académico Gil Vicente, Coimbra “Under Current” galeria O Rastro Figueira da Foz 2006 “Collectors”, Galeria Alvarez, Porto 2005 “Hold Icons”, Galeria Ygrego, Lisboa 2004 CAE - Centro de artes e espectáculos, Figueira da Foz 2003 “Models”, Casa Municipal da Cultura, Coimbra 2002 Galeria Casino, Figueira da Foz 2000 Galeria Casino, Figueira da Foz 1999 Galeria Ordem dos Médicos, Coimbra 1998 Museu Municipal Dr. Santos Rocha, Figueira da Foz 1997 Galeria Almedina, Coimbra Exposições colectivas / Group exhibitions 2018 JustMad - Emerging Art Fair , Madrid 2017 “Il Pittore e la Modella”, Assab One, Milão “P de Pintura”, Biblioteca Rocha Peixoto, Povoa de Varzim “2 Bienal Internacional de Arte”, Vila Nova de Gaia “figurar é lembrar é transformar”, Galeria Sete, Coimbra 2016 “Il pittore e la modela”, Galeria Má arte , Aveiro “Periplos Arte Portugué de hoy”, Centro Contemporâneo de Málaga 2015 “Emotions ”, Galeria Pentágono, Porto 2014 “contemporary portraits”, at Saatchi Art Gallery.com, Rebecca Wilson as Curator. “O Porto e a Península”, Galeria Península, Porto Alegre/ Brasil 2013 “Arte de bolso”, Galeria Sete, Coimbra “Sem Título|Untitled”,Galeria Round the Corner, Lisboa, Incubadora de Artistas

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PEDRO PASCOINHO 2012 2010 2008 2007

2006 2005 2004 2003 2002

“(un)seen”, Fountain Gallery, New York “Pequeno Formato”, Galeria Sete, Coimbra “Criativa”, Museu Municipal Dr.Santos Rocha, Figueira da Foz “Sustentável Leveza”, Galeria Sete / Casa Municipal da Cultura, Coimbra “Memórias”, Direcção Regional do Centro do Ministério da Cultura “Story Tellers”, Galeria Rastro Algarve Galeria Arque, Lisboa Arte Lisboa, Feira de arte contemporânea, Lisboa, Portugal Galeria São Mamede, Lisboa Galeria Sete, Coimbra Galeria Sete Lágrimas, Coimbra Galeria O Rastro, Figueira da Foz Arte Lisboa, Feira de arte contemporânea, Lisboa, Portugal Galeria O Rastro, Figueira da Foz Arte Lisboa, Feira de arte contemporânea , Lisboa, Portugal Galeria Alvarez, Porto Arte Lisboa, Feira de arte contemporânea, Lisboa, Portugal Galeria Alvarez, Porto Art Cologne, 38 Internationaler Kunstmarkt, Cologne, Alemanha Arte Lisboa, feira de arte contemporânea, Lisboa, Portugal Galeria O Rastro, Figueira da Foz Rothschild Prize Galeria Minerva, Coimbra

Livros e Catálogos / Books & Catalogs 2017 “O Colégio das Artes em Directo do Museu de Arte Antiga”, Museu Nacional de Artes Antiga 2016 “PASSAGE”, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Textos Ana Pires Quintais, Eduardo Rosa “Portugal: open window to the world, contemporary artists from Portugal”, imago mundi 2011 “No future ! ? Utopia as construction...”, Texto por Ana Luísa Barão, Rooster Gallery, New York 2010 “Memórias”, Texto por Ana Luísa Barão, Direcção Regional do Centro do Ministério da Cultura 2008 Arte Lisboa, feira de arte contemporânea, Lisboa, Portugal “A Dream”, Teatro Académico Gil Vicente, Coimbra 2006 “Collectors”, texto por Marco Mendes, Galeria Alvarez, Porto 2005 “Hold Icons”, Texto por António Tavares, Galeria Y grego, Lisboa 2003 “Models”, Texto por João Lima Pinharanda, Casa Municipal da Cultura, Coimbra

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AV. DR. ELÍSIO DE MOURA, 53

3030-183

COIMBRA PORTUGAL

www.galeriasete.com sete@galeriasete.com +351 239 702 929 +351 967 009 613

40º 12’21 N 8º 24’04 W

Segunda a sábado -14h00>19h30 Monday to Saturday - 14h00>19h30

Exposição Exhibition ESCAPE / THE ASSUMPTION OF BLUE ESCAPE / THE ASSUMPTION OF BLUE Artista Artist Pedro Pascoinho Pedro Pascoinho 26 Outubro 2019 26 October 2019 29 Dezembro 2019 29 December 2019 Produção Production Galeria SETE Galeria SETE Museu Nacional de Machado de Castro Museu Nacional de Machado de Castro Concepção e Coordenação de Montagem Pedro Pascoinho Galeria SETE Museu Nacional de Machado de Castro

Design and Mounting Coordination Pedro Pascoinho Galeria SETE Museu Nacional de Machado de Castro

Textos Texts Eduardo Rosa Eduardo Rosa Traduções Translations André Escarameia André Escarameia Concepção gráfica Graphic design Joana Soberano Joana Soberano

https://www.facebook.com/SETEgaleria


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