DO IS BUILD. FAZER É CONSTRUIR. TRAVELED IS DECONSTRUCTING. PERCORRER É DESCONSTRUIR.
FERNANDA FRAGATEIRO NUNO SOUSA VIEIRA
Curator |Curador:
Miguel Sousa Ribeiro
24 SET » 21 OUT 24 SEP » 21 OCT
Fernanda Fragateiro » Piso 0 / Floor 0 Nuno Sousa Vieira » Piso -1 / Floor -1 FAZER É CONSTRUIR. PERCORRER É DESCONSTRUIR. DO IS BUILD. TRAVELED IS DECONSTRUCTING.
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FAZER É CONSTRUIR. PERCORRER É DESCONSTRUIR.
DO IS BUILD. TRAVELED IS DECONSTRUCTING.
O construído é para ser vivido. Habitado. Percorrido. Desconstruído. Quando o artista constrói é para alguém receber; viver; habitar; usar; observar; percorrer ou desconstruir. Cabe a este não só receber como oferecer: o seu sentido. Então há sempre duas direcções. O observador e o observado. O vazio e o cheio. Esta dupla direcção é o jogo da construção e desconstrução. Da obra e do seu receptor. Da arte e da vida.
The built is to be lived. Inhabited. Traveled. Deconstructed. When the artist constructs is for someone to receive; to live; dwell; use; observe; go or deconstruct. His rule is not only to receive but also to offer: its meaning. So there are always two directions. The observer and the observed. The empty and the full. This dual direction is the game of construction and deconstruction. The work and its receptor. Art and life.
O espaço pode ser entendido como algo onde foi criado lugar: disponível e com acesso. Tal como nos disse Martin Heidegger “espaço é, em essência, aquilo para o qual se criou lugar”. Apesar de parecer, e/ou estar, vazio e livre está, também, limitado. Um limite que não impede, mas que permite que algo seja passível de se (re)iniciar e potenciar presença. É esta presença que colocará o lugar enquanto espaço dotado de identidade; um sítio reconhecido. Um lugar cujo significado é dado por quem o usa; habita; percorre e desconstrói: o individuo.
The space can be understood as something where was created place: available and with access. As Martin Heidegger said to us "space is, in essence, the thing for which was created the place." Despite appears, and / or be empty and free it is also limited. A limit that does not prevent but allows something to be subject to a (re) start and enhance presence. It is this presence that put the place as an area with a unique identity; a recognized site. A place whose meaning is given by the user; by the one who dwells; runs and deconstructs: the individual.
A construção é aqui uma palavra-chave, na medida em que encaramos/entendemos o artista como um construtor. A este nível Fernanda Fragateiro (PISO 0) e Nuno Sousa Vieira (PISO-1) concedem uma especial importância não só aos materiais que utilizam, mas também, se não mais, ao próprio processo construtivo e não meramente criativo. Com frequência, ambos os artistas utilizam (ou usam) nas suas criações elementos arquitectónicos (ou ligados à arquitectura) como paredes, chãos, mesas, cadeiras, portas ou janelas e é, também, com eles que procuram relacionar e implicar o espectador com a sua obra. “O carácter construtivo só conhece um lema: criar espaço, apenas uma actividade: preencher.” (Walter Benjamin)
The construction is a keyword here, as we face / understand the artist as a builder. At this level Fernanda Fragateiro (FLOOR 0) and Nuno Sousa Vieira (FLOOR-1) give a special importance not only to the materials used, but also, if not more, to the very constructive process and not merely creative. Often, both artists employ (or use) in their creations architectural elements (or linked to architecture) as walls, floors, tables, chairs, doors or windows and is also with them that they try to relate and involve the viewer with their work. "The constructive character knows only one watchword: make space, only one activity: to fill." (Walter Benjamin). By this way, it is emphasized the artist who also builds, associating / connecting him with the practice that, progressively, the contemporary artist assumes, to the extent that he tends to conceive/design and create three-dimensional works, by moving to the site and working in situ, making the works relate, adapt, enter, articulate and adjust to each space, sometimes to any space, ensuring a confrontation and tension between the place that they occupy traditionally common space of the viewer (the ground) - and the visitor.
Realça-se assim, o artista que, também, constrói associando-o à prática que, tendencialmente, o artista contemporâneo assume, na medida em que tende a conceber/projectar e a criar obras tridimensionais, deslocando-se ao local e traba-lhando in situ, fazendo com que as obras se relacionem, adaptem, insiram, articulem e ajustem a cada espaço, por vezes a qualquer espaço, potenciando uma confrontação e tensão entre o lugar que ocupam – tradicionalmente espaço comum do espectador (o chão) – e o visitante. 3
Fernanda Fragateiro é uma artista que se interessa pela tridimensionalidade da escultura e a relação que os objectos estabelecem com o espaço e com o solo. É isto que acontece no Piso 0 – entrada da Galeria – onde a artista apresenta Conteúdo Desconhecido, #10 e #2, (2009), duas esculturas (em aço inoxidável polido) dispostas no chão da sala de forma, aparentemente, involuntária. Mas não. Esta, embora pudesse ser outra, colocação, além de precisa e de acordo com o espaço que a recebe é ainda decisora na circulação permitida e na passagem que confere ao visitante. Mais do que limitar, ela permite e define caminhos que possibilitam a exploração e a circulação em torno das peças; do espaço envolvente e da confrontação do observador consigo mesmo, que assim se torna observado de si próprio quando se introduz na própria obra. Desta forma, a artista intensifica a estética relacional e experiencial com as variações e rebatimentos simples, austeros e rigorosos que os elementos objectuais criam entre si, no ambiente envolvente e no espectador com estes.
Fernanda Fragateiro is an artist who is interested in the three-dimensionality of the sculpture and the relationship that objects have with the space and with the ground. This is what happens at Level 0 - Entry Gallery - where the artist presents Unknown Content, # 10 and # 2 (2009), two sculptures (polished stainless steel) placed on the floor of the room, apparently, unintentional. But not. This, although could be another placement, beyond accurate and according to the space that receives it, is also fundamental in the allowed movement and passage assigned to the visitor. More than limit, it allows and defines ways that enable the exploitation and circulation around the parts; the surrounding area and the confrontation of the observer with himself, who thus becomes observed himself when he enters the work itself. Thus, the artist enhances the aesthetic relational and experiential with variations and simple, accurate and rigorous lowers, the objectual elements create between itself and in the surrounding environment and in the viewer with these.
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O visitante torna-se num observador sem hipótese de conhecer, nem perceber, o conteúdo da caixa, pois estas transformam-se numa forma-conteúdo-reflexo de si mesmo. A forma e o conteúdo tocam-se. Unem-se. E assim o hipotético vazio ganha corpo, pois potencia e possibilita a recepção. O pensamento. As sensações. Experiências. Partilhas. Passagens. E o (re)inicio. Esta passagem para um novo início ganha toda uma outra dimensão ou sentido quando sabemos que as esculturas aqui expostas (e outras que aqui não estão, mas que foram apresentadas na Galeria Baginski na exposição “Conteúdo Desconhecido” em 2009), são construções de caixas encontradas na rua envolvente do atelier da artista. Nessa medida, “além da forma são simultaneamente tempo; memória de algo que esteve lá, mas que desapareceu” como escreveu Alda Galsterer para a exposição citada.
The visitor becomes an observer with no chance to know or understand the contents of the box, as they become a form-content-reflection of himself. The form and content touch themselves. They gathered with each other. And so the empty hypothetical gains body as power and enables the reception. The thought. The sensations. Experiences. Sharing. Crossings. And the (re) start.
Uma outra obra, da mesma artista e ainda nesta sala, que também nos fala em memória, tempo, processo, passagem, desgaste, transformação e que transforma (ou transformou), e noutra possibilidade de construção é-nos oferecida por Contra a Parede #1 (2001), 47 Colheres de Pedreiro em madeira e aço com as faces polidas, que ampliam a noção da integração do espectador na obra e a todo o ambiente envolvente, reflectido nas duas esculturas de chão. Outro entendimento será a metáfora associada à construção habitacional que aqui assume um carácter de obra de arte. Antes, enquanto objectos de construção, úteis e funcionais (além de antigos e históricos – tal como o caracter de desgaste lhes confere), mas que, depois, foram sujeitos a uma descontextualização e retirada da sua função natural – tornando-se desnecessários e obsoletos. Inúteis. O gesto Duchampiano é aqui encarado quando os objectos assumem, agora, um novo contexto; uma nova vida. A sua sacralização e impossibilidade de uso – que a artista lhes conferiu – são aqui enfatizadas pela sua colocação, de forma linear e rigorosa ao longo e literalmente contra a parede da galeria tal qual o seu título exige.
Another work by the same artist and still displayed in this room, which also tells us about memory, time, process, passing, wear, processing and transforming (or transformed), and in another possibility of building is offered to us by Against Wall # 1 (2001), 47 Mason Spoons in wood and steel with polished faces that extend the notion of the viewer's integration in the work and in all the surrounding environment, reflected in the two floor sculptures. Another understanding might be the metaphor associated with housing construction that here assumes a character / nature of a work of art. Before, while building objects, useful and functional (as well as ancient and historical – as per the wear character gives them), but after were subjected to a de-contextualization and removal from its natural function - making them unnecessary and obsolete. Useless. The Duchampian gesture is here seen when objects take now a new context; a new life.
This transition to a new beginning gains a whole other dimension or sense when we know that the sculptures exhibited here (and others that are not here, but which were presented at the Baginski Gallery in the exhibition "Unknown Content" in 2009), are constructions of found boxes in the surrounding streets of the artist's atelier. To that extent, "beyond the form they are simultaneously time; memory of something that was there, but disappeared "as Alda Galsterer wrote to the aforementioned exposure.
Its sacredness and impossibility of use - that the artist gave them - are here emphasized by their placement, in a linear and strictly way along and literally against the gallery´s wall, just like its title requires.
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Fernanda Fragateiro
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Entrada da Galeria PISO 0 6
Entrance to the Gallery Floor 0
Na entrada para a sala do piso inferior, e na parede que a precede, encontramos duas pinturas-charneira de Nuno Sousa Vieira. Duas pinturas ‘objectuais’ e que foram, segundo o artista, as últimas pinturas realizadas, finalizando assim o caminho traçado até então, e permitindo, simultaneamente, o inicio do novo-caminho que se seguiu. Um decisivo ‘salto’ da pintura para a escultura e/ou a tridimensionalidade (que a própria pintura já nos permite ver). Esta transição da pintura (parede) para a escultura/objecto (chão) é aqui realçada, na narrativa expositiva e na passagem das pinturas para as práticas artísticas que se vieram a tornar fundamentais no seu corpo de trabalho: como a escultura e o objecto.
At the entrance to the lower floor of the room, and in the wall that precedes it, we found two-hinge paintings by Nuno Sousa Vieira. Two 'objectual' paintings which were, according to the artist, the last held paintings, thus completing the path traced so far, and while allowing the start of a new path that has followed. A decisive 'step' from painting to sculpture and / or three-dimensionality (the painting itself already allows us to see it). This transition from painting (wall) for sculpture / object (floor) is here highlighted in the expository narrative and the crossing of the paintings to artistic practices which have become fundamental in the artist body of work: as the sculpture and the object.
A montagem destas obras permite perceber o interesse do artista pela obra-instalação, mais do que pela tridimensionalidade propriamente dita. No seu processo a recontextualização é tão importante como a contextualização. A pluralidade mais do que a singularidade. O diálogo tanto quanto a relação. O referente tanto quanto o auto-referencial. Parece querer dizer que a unidade está no todo.
The assembling of these works allows us to see the interest of the artist by the work-installation, more than the three-dimensionality itself. In its process the re-contextualization it is as important as the contextualization. The plurality rather than the singularity. The dialogue as the relationship. The referent as far as the self-referential. It seems to mean that the unit is on the whole.
É isto que aqui acontece, na medida em que esta sua exposição-especifica e colocação/disposição das obras, nesta parede no centro da sala “Estou aqui – da série Auto-retrato”, foram pensada e relacionadas especificamente para este momento expositivo. Se a aura existe é nesta condição, de em cada momento fazer algo diferente. Novo. Singular. As obras já foram mostradas, certamente, mas nunca desta forma ou neste formato. A parede em L – construída propositadamente para este espaço galerístico – é usada enquanto albergue das restantes obras e com isso integrar-se, ou permitir integração, fazendo, ela mesmo, parte da obra – entendida como um todo. Esta estrutura torna-se um contentor do próprio artista, ou dos 10 anos processuais que aqui estão presentes (2006-2016). E aqui Nuno Sousa Vieira de um lado fala-nos de espaço, do outro (por trás) mostra-nos o avesso, normalmente ocultado, e é ao centro que coloca/insere a razão.
This is what happens here, to the extent that this specific-exhibition of the artist and the placement / provision of the works, in this wall in the center of the room "I'm here – Self-portrait series’, were drafted / designed and specifically related to this exhibition time. If the aura exists is in this condition, of in every moment to do something different. New. Singular. The works have been certainly shown before, but never in this way or in this format. The Wall in L - purposely built for this space of gallery - is used as hostel of the remaining works and thus integrates, or allows the integration, doing itself part of the work - understood as a whole. This structure becomes an artist's own container, or of the 10 procedural years present here (2006-2016). And here Nuno Sousa Vieira on the one side talks of space, on the other side (behind) shows us the inside out, usually hidden, and it is in the center that he puts / inserts the reason. Goethe tells us that "to something arises has to disaggregate from the whole"; Sousa Vieira seems to mean that something to join / gather has firstly to release from itself.
Goethe diz-nos que “de modo a que algo surja tem que se desagregar do todo”; Sousa Vieira parece querer dizer que de modo a que algo se una tem que se libertar de si. 7
Acesso ao: PISO -1
Nuno Sousa Vieira
Access to: FLOOR -1
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GALERIA GALLERY
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Fernanda Fragateiro PISO 0 | FLOOR 0
Fernanda Fragateiro, Conteúdo Desconhecido #10, 2009 aço inox polido 133X130X79 cm Cortesia: Galeria Baginski, Lisboa Portugal
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Fernanda Fragateiro, unknown content # 10, 2009 polished stainless steel 133X130X79 cm Courtesy Baginski Gallery, Lisbon Portugal
Fernanda Fragateiro, Conteúdo Desconhecido #2, 2009 aço inox polido 96X180X20 cm Cortesia: Galeria Baginski, Lisboa Portugal
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Fernanda Fragateiro, unknown content # 2, 2009 polished stainless steel 96X180X20 cm Courtesy Baginski Gallery, Lisbon Portugal
Fernanda Fragateiro, Contra a parede #1, 2001 47 colheres de pedreiro em madeira e aรงo 45x1230x25 cm
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Fernanda Fragateiro, Against the wall # 1, 2001 47 trowels in wood and steel 45x1230x25 cm
Nuno Sousa Vieira PISO -1 | FLOOR -1
Nuno Sousa Vieira, Versus Planos Oblíquos #2, 2004 Tinta acrílica s/ MDF e vidro 100x100x10 cm
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Nuno Sousa Vieira, Plans oblique # 2, 2003 Acrylic paint on MDF and glass 100x100x10 cm
Nuno Sousa Vieira, Planos Oblíquos #1, 2003 Tinta acrílica s/ MDF e vidro 100x100x10 cm
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Nuno Sousa Vieira, Plans oblique # 5, 2004 Acrylic paint on MDF and glass 100x100x10 cm
Nuno Sousa Vieira, Espaรงo, 2006 MDF e madeira 70x100x100 cm
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Nuno Sousa Vieira, Space, 2006 MDF and wood 70x100x100 cm
Nuno Sousa Vieira, RazĂŁo, 2015 Estrutura de cadeira do ateliĂŞ do artista intervencionada e pintada com o verde com a Ref: RAL 6020 70x100x100 cm
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Nuno Sousa Vieira, Reason, 2015 studio chair structure of the artist intervened and painted with the green with Ref: RAL 6020 70x100x100 cm
Nuno Sousa Vieira, Avesso, 2016 ImpressĂŁo a jacto de tinta s/ papel de algodĂŁo 25x30 cm (3)
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Nuno Sousa Vieira, Inside out, 2016 Printing and inkjet / cotton paper 25x30 cm (3)
Nuno Sousa Vieira, “Eu estou aqui - da série Auto-Retrato”, 2016 150x300x100 cm Vista em planta Plant view
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Nuno Sousa Vieira, "I'm Here - The Self-Portrait Series" 2016 150x300x100 cm
Nuno Sousa Vieira, IRS-MM, 2005 MDF 50x50x50 cm
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Nuno Sousa Vieira, IRS-MM, 2005 MDF 50x50x50 cm
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EXPOSIÇÃO EXHIBITION
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PISO 0 | FLOOR 0
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PISO -1 | FLOOR -1
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BIOGRAFIAS BIOGRAPHIES
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FERNANDA FRAGATEIRO Fernanda Fragateiro (1962) vive e trabalha em Lisboa, Portugal. Na sua extensa obra, Fernanda Fragateiro explora o espaço nas suas variadas manifestações fenomenológicas - arquitectónica, escultórica, privada, pública, temporal, socialmente determinada, definida pelo género – através de obras de escultura, instalações e intervenções exteriores. Variando frequentemente em escala e inspirando-se numa vasta gama de material de referência, a obra de Fernanda Fragateiro conserva um estilo claramente definido, resultado de uma estética minimalista no que toca à forma, à cor e à textura da superfície. Fernanda Fragateiro expôs no Palais des Beaux-Arts de Paris, Paris (2015), Carpenter Center for the Visual Arts, Harvard University – Cambridge (2015), Krannert Art Museum, Champaign (2015), CIFO Art Space, Miami (2014), Bronx Museum, New York (2014), Koldo Mitxelena Kulturunea, San Sebastián (2014), MUAC, Mexico (2014), Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (2012), na Dublin Contemporary (2011), na Trienal de Arquitetura de Lisboa (2010), bem como em instituições públicas e museus, tais como a Fundación Marcelino Botín, Santander (2009); IVAM, Valência (2008); Centro Cultural de Belém, Lisboa (2007); Centro Galego de Arte Contemporánea, Santiago de Compostela (2006); Fundação de Serralves, Porto (2005); Fundación La Caixa, Caixa Forum, Barcelona (2004); Culturgest, Lisboa (2003); e Künstlerwerkstatt, Munich (1997). O trabalho da artista faz parte de coleções institucionais entre as quais: Harvard Art Museums, Cambridge, USA; Pérez Art Museum Miami, Miami, USA; The Ella Fontanals Cisneros Collection, Miami, USA; Fundación Neme, Bogotá, Colombia; Fundação de Serralves, Porto, Portugal; Fundação EDP, Lisboa, Portugal; Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal; Coleção António Cachola, Elvas, Portugal; Coleção Berardo, Lisboa, Portugal; Coleção de Arte Contemporânea da Caixa Geral de Depósitos, Lisboa, Portugal; Centro Galego de Arte Contemporánea, Santiago de Compostela, Espanha; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid, Espanha; Fundación Marcelino Botín, Santander, Espanha; Fundación La Caixa, Barcelona, Espanha; e Fundación Helga de Alvear, Cáceres, Spain Fernanda Fragateiro é representada pela Galeria Elba Benitez, Madrid; Arratia Beer Gallery, Berlim; e Baginski Galeria/Projectos, Lisboa.
Fernanda Fragateiro (1962) lives and works in Lisbon, Portugal. In her vast work, Fernanda Fragateiro explores the space in their diverse phenomenological presentation - architectonic, sculptural, private, public, temporal, social determined, gender defined thought the sculpture works, installations and exterior interventions.Often changing in scale and being inspired by a wide types of materials of reference, the work of Fernanda Fragateiro maintains a clearly defined style, result of a minimalist ecstatic in regards to shape, colour, and surface texture. Fernanda Fragateiro exhibited in Palais des Beaux-Arts de Paris, Paris (2015), Carpenter Center for the Visual Arts, Harvard University – Cambridge (2015), Krannert Art Museum, Champaign (2015), CIFO Art Space, Miami (2014), Bronx Museum, New York (2014), Koldo Mitxelena Kulturunea, San Sebastián (2014), MUAC, Mexico (2014), Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisbon (2012), In the Dublin Contemporary (2011), in the Trienal de Arquitetura de Lisboa (2010), as well as public institutions and museums, as Fundación Marcelino Botín, Santander (2009); IVAM, Valência (2008); Centro Cultural de Belém, Lisbon (2007); Centro Galego de Arte Contemporánea, Santiago de Compostela (2006); Fundação de Serralves, Porto (2005); Fundación La Caixa, Caixa Forum, Barcelona (2004); Culturgest, Lisbon (2003); and Künstlerwerkstatt, Munich (1997). The artist’s work is part of institutional collections, such as: Harvard Art Museums, Cambridge, USA; Pérez Art Museum Miami, Miami, USA; The Ella Fontanals Cisneros Collection, Miami, USA; Fundación Neme, Bogotá, Colombia; Fundação de Serralves, Porto, Portugal; Fundação EDP, Lisboa, Portugal; Fundação Calouste Gulbenkian, Lisbon, Portugal; Coleção António Cachola, Elvas, Portugal; Coleção Berardo, Lisbon, Portugal; Coleção de Arte Contemporânea da Caixa Geral de Depósitos, Lisbon, Portugal; Centro Galego de Arte Contemporánea, Santiago de Compostela, Spain; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid, Spain; Fundación Marcelino Botín, Santander, Spain; Fundación La Caixa, Barcelona, Espanha; and Fundación Helga de Alvear, Cáceres, Spain Fernanda Fragateiro is represented by the Gallery Elba Benitez, Madrid; Arratia Beer Gallery, Berlim; e Baginski Galeria/Projectos, Lisbon. 34
NUNO SOUSA VIEIRA Nuno Sousa Vieira nasceu em Leiria, em 1971. Actualmente vive e trabalha entre Lisboa e Leiria; Licenciado em Artes Plásticas pela ESAD, Caldas da Rainha, Mestre em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e Doutorado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa; Em 2010/2011, realizou três importantes exposições individuais: Somos nós que mudamos quando tomamos efectivamente conhecimento do outro, no Pavilhão Branco do Museu da Cidade, em Lisboa, Don’t underestimate the impact of the work place, na Newlyn Art Gallery and The Exchange, no Reino Unido e Haben Gegenstände ein Gedächtnis?, na Hans Mayer Gallery, Alemanha. Apresentou também um projecto individual na ARCO, Madrid, com curadoria de Jacopo Crivelli Visconti. Em 2012 A Revolução Tem Que Ser Feita Pouco a Pouco – Parte 2 e 4: A Quadratura do Círculo e A Revolução, Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil; em 2013 Open Monument, Kunstraum Kreuzberg / Bethanien, Berlim, Alemanha; em 2014 A Visão Incorporada – Performance para a Câmera, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, Portugal; 2015 Primeira Pessoa do Plural – Frist Person Plural, Contempory Art Collection AA, Coimbra e em 2016 participa na exposição Portugal Portugueses, Museu Afro Brasil, São Paulo. Outras importantes exposições individuais são: From Darkeness To Light, Galeria Graça Brandão, Lisboa, 2015; Ouvi dizer que o lugar mais escuro é sempre debaixo da luz, Kunsthalle São Paulo, São Paulo, Brasil, 2014; Wall Stop for This, Appleton Square, Lisboa, 2012; Terça-feira a Sábado – 11h às 20h, Galeria Graça Brandão, Lisboa, 2010; Chão Morto, Carpe Diem, Lisboa, 2009; To Draw an Escape Plan, Galeria Graça Brandão, Lisboa, 2009 e Redesenhar, Empty Cube, Lisbon, 2008. O seu trabalho está representado em diversas coleções: PINTA – Latin America, CAV (Centro de Artes Visuais), Coleção Teixeira de Freitas, Coleção PLMJ, Coleção António Cachola, Câmara Municipal de Leiria, Coleção José Caballero (Madrid), Coleção Paulo Pimenta, Coleção José Lima, Coleção António Albertino, Coleção Jorge Gaspar, Coleção Regina Pinho de Almeida (São Paulo), Coleção Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Brasil), Coleção CAPC (Circulo de Artes Plásticas de Coimbra).
Nuno Sousa Vieira born in Leiria, em 1971. At presents he
lives and works between Lisboa and Leiria; He has a degree in Visual Arts by ESAD, Caldas da Rainha, a Master in painting by Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa and a PhD also in Painting by Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa; In 2010/2011, he presented three important individual exhibitions: Somos nós que mudamos quando tomamos efectivamente conhecimento do outro, at the Pavilhão Branco do Museu da Cidade, in Lisbon, Don’t underestimate the impact of the workplace, at the Newlyn Art Gallery and The Exchange, in the United Kingdom and Haben Gegenstände ein Gedächtnis?, at the Hans Mayer Gallery, in Germany. He also exhibited an individual project at ARCO, Madrid, under trusteeship of Jacopo Crivelli Visconti. In 2012 A Revolução Tem Que Ser Feita Pouco a Pouco – Parte 2 e 4: A Quadratura do Círculo e A Revolução, Raquel Arnaud Galery, São Paulo, Brazil; In 2013 Open Monument, Kunstraum Kreuzberg / Bethanien, Berlim, Germany; In 2014 A Visão Incorporada – Performance para a Câmera, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisbon, Portugal; 2015 Primeira Pessoa do Plural – Frist Person Plural, Contempory Art Collection AA, Coimbra and in 2016 he participated in the exhibition Portugal Portugueses, Museu Afro Brasil, São Paulo. Other important individual exhibitions are: From Darkeness To Light, Galeria Graça Brandão, Lisbon, 2015; Ouvi dizer que o lugar mais escuro é sempre debaixo da luz, Kunsthalle São Paulo, São Paulo, Brazil, 2014; Wall Stop for This, Appleton Square, Lisbon, 2012; Terça-feira a Sábado – 11h às 20h, Graça Brandão Gallery , Lisbon, 2010; Chão Morto, Carpe Diem, Lisbon, 2009; To Draw an Escape Plan, Graça Brandão Gallery, Lisbon, 2009 and Redesenhar, Empty Cube, Lisbon, 2008. His work is represented in many collections: PINTA – Latin America, CAV (Centro de Artes Visuais), Coleção Teixeira de Freitas, Coleção PLMJ, Coleção António Cachola, Câmara Municipal de Leiria, Coleção José Caballero (Madrid), Coleção Paulo Pimenta, Coleção José Lima, Coleção António Albertino, Coleção Jorge Gaspar, Coleção Regina Pinho de Almeida (São Paulo), Coleção Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Brasil), Coleção CAPC (Circulo de Artes Plásticas de Coimbra). 35
Curador | Curator
MIGUEL SOUSA RIBEIRO
Miguel Sousa Ribeiro vive e trabalha entre Coimbra e Lisboa. A sua formação académica iniciou-se em arquitectura (UL-P), passando pelas Artes Plásticas e Multimédia (ESEB-IPB) e pelos Estudos Curatoriais (Colégio das Artes-UC) onde obteve o Grau de Mestre. Na sua prática profissional destacam-se as passagens pelo Museu Jorge Vieira (2014), em Beja; Galeria SETE (2015), em Coimbra e pelo Museu de Serralves (2016) no Porto. Onde concebeu e colaborou em projectos curatoriais. Da sua prática curatorial destacam-se [2016] Fazer é Construir. Percorrer é Desconstruir. Com Fernanda Fragateiro e Nuno Sousa Vieira, na Galeria SETE, em Coimbra; [2015] DOPPELGÄNGER com Julião Sarmento, Laboratório de Curadoria, Colégio das Artes, Coimbra; EARLY FILMS, de Gabriel Abrantes, Laboratório de Curadoria, Colégio das Artes, Coimbra; I WAS HERE,Performance e I AM (NOT) HERE, exposição de João Fiadeiro – resultante da sua performance, Laboratório Curadoria, Colégio das Artes, Coimbra. [2014] OITO ARTISTAS NOUTRO LUGAR, com os artistas Ana Bezelga; Ana Pais Oliveira; Catarina Santos; Daniela Nunes; João Louro; Mariana Baldaia; Teresa Canto Noronha e Vitor Caos, na Casa do Governador, Castelo de Beja, Beja. Enquanto curador assistente participou nas seguintes exposições: [2016] WOLFGANG TILLMANS: NO LIMIAR DA VISIBILIDADE, Museu de Serralves, Porto. Curadoria de Suzanne Cotter; THE SONNABEND COLLECTION: MEIO SÉCULO DE ARTE EUROPEIA E AMERICANA. PART 1, Museu de Serralves, Porto. Curadoria de António Homem. [2015] MICRO-SELFIE (or the absence of self portrait), de Susana Chasse, Galeria SETE, Coimbra; TUDO MENOS OUTRA COISA, de João Jacinto e Mariana Gomes, Galeria SETE, Coimbra. Mantém uma relação muito próxima com a Arte Contemporânea e com a matriz teórica da Arte Conceptual e a todo um pensamento crítico e reflexivo que esta produz na sociedade permitindo outros sentidos, discursos e diálogos, reflectidos no conceito de expanded field – termo que Rosalind Krauss ensaia nos finais dos anos 70 do Séc.XX – entendida na obra de Carl Andre, Robert Smithson, Sol LeWitt e Bruce Nauman. Nos seus artigos e recensões faz referência a artistas como Marcel Duchamp, Joseph Kosuth; Bill Viola ou Barbara Kruger, inseridos no campo epistemológico da Arte Conceptual. E a curadores como Hans Ulrich Obrist, Ralph Rugoff ou Harald Szeemann. Entende a Teoria como Essência e a Prática como Matéria não concebendo uma sem a outra. Acredita na arte, por intermédio da curadoria, como uma forma de produção de conhecimento. Potenciadora da proliferação de diálogo e sentidos sobre uma obra, em torno da reflexão junto do espectador. Miguel Sousa Ribeiro lives and works between Coimbra and Lisbon. His academic formation began in architecture (UL-P), later by the Arts and Multimedia (ESEB-IPB) and the Curatorial Studies (Arts College -UC) where he obtained a Master's Degree. His professional practice is highlighted by presentations in the Jorge Vieira Museum (2014), in Beja; SETE Gallery(2015), in Coimbra and by the Museu de Serralves (2016) in Porto, where he concede and participated in curatorial projects. From all his exhibitions we highlight [2016] Fazer é Construir. Percorrer é Desconstruir. With the artists Fernanda Fragateiro and Nuno Sousa Vieira, in SETE Gallery, in Coimbra; [2015] DOPPELGÄNGER with Julião Sarmento, Laboratório de Curadoria, Colégio das Artes, Coimbra; EARLY FILMS, of Gabriel Abrantes, Laboratório de Curadoria, Colégio das Artes, Coimbra; I WAS HERE, Performance e I AM (NOT) HERE, exposição de João Fiadeiro OITO ARTISTAS NOUTRO LUGAR– As a result of hi performance, Laboratório Curadoria, Colégio das Artes, Coimbra. [2014] , with the artists Ana Bezelga, Ana Pais Oliveira, Catarina Santos, Daniela Nunes, João Louro, Mariana Baldaia, Teresa Canto Noronha and Vitor Caos, at Casa do Governador, Castelo de Beja, Beja. Of its curatorial practice we highlight: [2016] WOLFGANG TILLMANS: NO LIMIAR DA VISIBILIDADE, Museu de Serralves, Porto. Curadoria de Suzanne Cotter; THE SONNABEND COLLECTION: MEIO SÉCULO DE ARTE EUROPEIA E AMERICANA. PART 1, Museu de Serralves, Porto. Curadoria de António Homem. [2015] MICRO-SELFIE (or the absence of self portrait), de Susana Chasse, SETE Gallery, Coimbra; TUDO MENOS OUTRA COISA, de João Jacinto e Mariana Gomes, Galeria SETE, Coimbra. He keeps a close relation with the contemporary art and with the theoretic matrix of Conceptual Art as well all the critical and reflexive thoughts this produces in the society allowing other senses, speeches and dialogues, reflected on the expanded field concept - term which Rosalind Krauss rehearses by the end of the seventies in the 20th century - understood on the works of Carl Andre, Robert Smithson, Sol LeWitt and Bruce Nauman. On his articles and reviews he refers to artists such Marcel Duchamp, Joseph Kosuth; Bill Viola or Barbara Kruger, inserted in the epistemological field. As well the trustees such Hans Ulrich Obrist, Ralph Rugoff, Harald Szeemann. He understand the theory as essence and the practice as material without condone one without the other. He believes in art, by the trustees means, as a way of production and knowledge. Enabling the dialogue proliferation and meanings of the work, around the the reflection by the viewer. 36
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40º 12’21 N 8º 24’04 W
Segunda a sábado das 11-13h » 14h30-19h30 Monday to Saturday from 11-13h »14h30-19h30
EXPOSIÇÃO Fazer é construir. Percorrer é desconstruir.
EXHIBITION Do is build. Traveled is deconstructing.
ARTISTAS Fernanda Fragateiro Nuno Sousa Vieira
ARTISTS Fernanda Fragateiro Nuno Sousa Vieira
24 de Setembro de 2016 21 de Outubro de 2016
24 September 2016 21 October 2016
CURADORIA Miguel Sousa Ribeiro
CURATOR Miguel Sousa Ribeiro
PRODUÇÃO Galeria SETE
PRODUCTION Galeria SETE
TEXTOS Miguel Sousa Ribeiro
TEXTS Miguel Sousa Ribeiro
CORTESIA E AGRADECIMENTOS Galeria Baginski Galeria Graça Brandão
COURTESY AND ACKNOWLEDGEMENTS Baginski gallery Graça Brandão gallery
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