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GASPAR COLLÉT PEREIRA ORGANIZADOR
Estudos de Caso Práticos – Logística Curitiba – 2014
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TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – Proibida reprodução total ou parcial, sem a autorização por escrito.
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PEREIRA, Gaspar Collét, 1961 Casos de Sucesso em Logística
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AGRADECIMENTOS O organizador agradece aos pesquisadores que se dedicaram a reunir as informações sobre casos de sucesso em Logística e viabilizaram esta publicação.
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INTRODUÇÃO Através da Logística é viabilizado que a maioria das nossas atividades cotidianas aconteçam, desde a chegada de um litro de leite em nossa mesa para o café matinal, passando pelo transporte que nos leva ao trabalho e chegando aos produtos que compramos num supermercado. Para que estas atividades aconteçam, existe nos bastidores um grupo de gestores que trabalham buscando maneiras para otimização do processo, permitindo que um maior número de pessoas tenham acesso aos bens de consumo, com um menor custo. Este livro descreve algumas dessas situações, mostrando o processo , os ganhos e as possibilidades de serem aplicados em outras situações
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SUMÁRIO
00 - INTRODUÇÃO............................................................................................5 01 PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE MELHORIAS NO PROCESSO DE INVENTÁRIO
..............................8
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01 PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE MELHORIAS NO PROCESSO DE INVENTÁRIO Nome: Caio Rodrigues da Silva Professor: Gaspar Collét Pereira A empresa Maxton Logística trata-se de um operador
logístico
focando
principalmente
na
armazenagem e movimentação interna de materiais, porém, atuando também no transporte e despacho aduaneiro, agregou à sua carteira de clientes grandes empresas de diversos seguimentos como: alimentos, informática,
peças
para
carro,
produtos
químicos,
automação e bicicletas. A empresa está com altos custos no setor de recebimento pelos problemas causados por devoluções de clientes, transporte, movimentação e armazenagem dos materiais e demais processos da empresa, quando é recebido alguma devolução o responsável pela entrada faz sua parte, mas o que realoca no endereço não faz o mesmo, dificultando a separação dos pedidos, quando o pedido é refaturado o colaborador vai até o endereço do 8
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produto e ele não está lá, assim começa a caça pelo produto onde ocorre a perca de tempo e o desgaste do funcionário. Ao inventariar os colaboradores acabam encontrando produtos que já deveriam estar com seus clientes. E isso ocorre porque os responsáveis não estão armazenado os produtos na hora certa, é onde está a maior
dificuldade
da
empresa,
com
a
falta
de
comprometimento de colaboradores na hora de realocar os produtos em seus endereços. Palavra chave: Movimentação, estoque, inventário, organização, desgaste e separação. 1 INTRODUÇÃO Com um mercado cada vez mais exigente e competitivo, a logística tem como uma de suas metas, garantir a disponibilidade de materiais nos mercados e pontos de consumo, com a máxima eficiência, rapidez e custos controlados, o cumprimento dessas metas pode assegurar a empresa elevado padrão de serviço e reforçar a competividade. No cenário econômico atual, as empresas devem manter o equilíbrio entre estoque e investimento eficiente. Cada vez mais 9
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empresas buscam esse equilíbrio, a fim de assegurar níveis adequados de serviço ao cliente final, com base nessas informações o projeto propõe a implantação de melhorias no processo de inventário da empresa Maxton Logística. O estudo foi focado na área de recebimento, separação e armazenagem, além da observação dos processos internos da empresa e qualificação dos colaboradores envolvidos nos mesmos, havendo participação de ambas as partes para buscar propostas de melhoria em qualidade, tempo e custo, dos serviços prestados aos seus clientes. De acordo com CHRISTOPHER (1997), as empresas que serão líderes de mercado no futuro serão aquelas que procurarão e atingirão os picos gêmeos da excelência: conseguirão tanto a liderança de custos como a liderança de serviços.
2 REFERENCIAL
TEÓRICO
Competências Logísticas Segundo BOWERSOX e CLOSS (2010), o objetivo da logística é tornar disponíveis os produtos e serviços no local onde são necessários no momento em que são desejados. A maioria dos fornecedores, distribuidores e clientes estão acostumadas com uma logística de alto 10
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nível um exemplo básico, é quando o distribuidor pede certa quantidade de material, ele espera que chegue tudo o que foi pedido no prazo e com qualidade. O cliente quando vai atrás de certo produto ele espera encontrar tudo que procura sem dificuldade e com praticidade. Com isso a logística ganha umas visão que é a coisa mais perfeita do mundo, porque os clientes finais não sabem nem a metade da novela que é a logística que atrás de tudo isso tem um trabalho muito complexo e determinado sempre bem planejado para poder executar as tarefas com precisão para ter um bom resultado para que os clientes estejam sempre satisfeitos. Recebimento BOWERSOX e CLOSS (2010), afirmam que o recebimento de materiais a maior parte é feito manual, principalmente se for veículos pequenos de transporte por ser pouca mercadoria e facilita o descarregamento. Para fazer este tipo de trabalho a empresa precisa de funcionário qualificado, com o conhecimento de variados tipo de mercadoria, para saber colocar nos paletes para 11
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não ficar de desajeitado, altura correta para facilitar a movimentação de carga. Em alguns depósitos de material e utilizado esteiras
e
pontes
rolantes,
para
facilitar
o
descarregamento com mais eficaz. A descarga também e feito com empilhadeira, principalmente quando a carga já vem com paletes, é mais rápido e seguro. No recebimento de matérias pesado o correto a descarga deve ser feito com empilhadeira, não manual, o risco de um funcionário se machucar é elevado. No recebimento de carga a granel, abre os bocais da carroceria do caminhão ou a tampa traseira se subir em rampa, se a carga vier em uma caçamba á carroceria é levantada com um pistão é descarregado pela parte traseira do caminhão. Funções De Manuseio De Materiais BALLOU (2006), afirma que o manuseio de materiais é representado por três atividades, movimento para estocagem, carga e descarga que é considerada como a primeira e a ultima atividade, ou seja, o 12
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“recebimento e a expedição”, da empresa. Sendo assim quando os produtos chegam à empresa precisam ser descarregados. Em alguns casos a mercadoria é retirada do caminhão, conferida e encaminhada ao estoque com apenas um único equipamento. Mas em outras tem que desembarcar por dois processos, pois necessitam de equipamentos especiais, dependendo das necessidades do transporte, exemplo, os navios. E a carga acontece após vários processos efetuados após a descarga, só então depois de embalados para a área de expedição, para ser carregados no equipamento de transporte. Exigindo
também
acondicionamento
muitas em
paletes
vezes com
um
bom
armações
e
embalagens reforçadas, para não obter danos às mercadorias. Movimentação dentro e fora do estoque: O produto acaba passando por varias movimentações começando pelo desembarque, saindo para a área de estocagem onde é armazenado nas baias (área de separação), conforme recebimentos dos pedidos são movimentados novamente para o processo de separação e daí sim levado para a área de despacho. Existem diversas formas 13
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de haver movimentações de um lado para outro, que vão desde carrinhos manuais até sistemas automatizados. Atendimento dos pedidos: As separações dos pedidos podem ser feitas das áreas de separação, não se encontra quantidades menores ou até mesmo das áreas de
grande
volume.
Os
pedidos
são
separados
normalmente de acordo com a ordem de chegadas dos pedidos. Pelo fato que os pedidos na maioria das vezes são de pequenos volumes, acaba exigindo uma mão de obra maior. Com o transporte é feita a movimentação de todos os materiais tanto semiacabados quanto acabados. Sempre utilizando recursos financeiros e temporais, cuidando se há necessidade ou não. O Principal objetivo de transporte é movimentar produtos de um local para outro sempre minimizando o tempo e o custo, sempre atendendo as expectativas dos clientes. Controle De Estoque
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CHING (2009), afirma que o controle de estoque de ser mantido é a tarefa necessária para a Logística Empresarial.
A
empresa
sempre
tem
que
ter
a
mercadoria, não pode faltar para o cliente final. Sempre a empresa nunca deve deixar de faltar estoque. Para uma empresa manter um bom nível de estoque tem que ter um capital de investimento no setor. Com isso gira custo de estocagem e mão-de-obra, deve garantir a disponibilidade de produtos a ser fixado para minimizar os custos da produção e da movimentação de armazenagem, sem comprometer os objetivos dos estoques. Apesar da manutenção de estoque oferecer vários números de benefícios, seus custos é alto com o aumento de taxas juros. Com a gestão logística o desafio e minimizar custo e investimentos em estoque. O estoque tem produtos acabados, matériasprimas em processo de produtos semiacabados. Na previsão de vendas influem na programação da produção e na emissão de pedido de compra de matérias-primas e insumos para a produção de produtos acabados. A avaliação para ter um retorno da capital investido em estoque é nas vendas sobre o lucro mensal ou anual 15
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e baseado no maior valor vendido, quanto o maior o seu valor melhor é o resultado da administração do estoque. Com o calculo entre as relação das vendas mensais ou anuais e o capital investido em estoque. O prazo médio de rotatividade de estoque e somado e dividido em doze meses.
Incluem
os
custos
fixos
administrativos
associados ao processo de aquisição da quantidade de material para reposição de estoque e preencher pedido de compra. O estoque tem tudo haver com a produção de uma empresa, com o estoque baixo e a demanda for alta pode afetar a empresa, e no caso até interferir numa linha de montagem, gira prejuízo para a empresa.
O estoque
deve sempre manter num nível elevado para dotar a empresa da competitividade necessária para não haver falha no abastecimento. Inventário Físico Segundo CASTIGLIONI (2010), o inventário físico consiste na contagem física dos itens de estoque e havendo divergências entre o inventário físico e os 16
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registros do controle de estoque, deverão ser efetuados os
ajustes
conforme
recomendações
contábeis
e
tributárias. Normalmente o inventário físico é efetuado de dois modos: periódico ou rotativo. No inventário periódico a contagem física de todos os itens é realizada geralmente no encerramento dos exercícios fiscais ou duas vezes por ano. Neste caso se faz necessário um numero maior de pessoas que serão designadas para a realização das contagens, uma força tarefa com a finalidade de concluir esta missão com o menor tempo possível. No inventário rotativo a contagem dos itens do estoque é realizada diariamente. Para isso é preciso que um cronograma de trabalho seja elaborado de tal forma que todos os itens em estoque venham a ser contados pelo menos uma vez dentro do período estipulado pela organização. Após a conclusão do processo de inventário a acuracidade das contagens pode ser medida comparando a contagem física versus o relatório emitido pelo sistema. Outro medidor importante é o de nível de serviço ou nível 17
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de atendimento que é o indicador que mostra quão eficaz foi o estoque para atender as solicitações dos usuários. Sendo assim, quanto mais requisições forem atendidas nas especificações e quantidades solicitadas, maior será o nível de serviço. Uma das formas mais utilizadas para se examinar o estoque antes de um inventário é a chamada analise ABC, que consiste na verificação em um espaço de tempo, consumo, valor monetário ou quantidade dos itens no estoque para que estes possam ser classificados em ordem decrescente de importância. A realização do inventário traz uma série de benefícios, dentre eles a verificação de possíveis desvios no controle como erros de lançamento, conferencia, roubo, etc. É também fundamental para a avaliação do estoque físico versus contábil e servindo de balanço para a empresa. CASTIGLIONI (2010) os trabalhos são realizados dentro de padrões técnicos, normas e procedimentos para execução de inventários de estoque, observados as diretrizes
da
Instituição
e
as
melhores
práticas
administrativas requeridas para esse serviço. 18
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Comunicações comunicações
internas
internas
-
São
efetuadas
as
visando
dar
necessárias,
conhecimento sobre a execução dos trabalhos, sua importância e os cuidados que deverão ser adotados por todos para garantir a maior qualidade dos resultados; Apresentação de cronograma de execução dos trabalhos - O cronograma é apresentado e ajustado conforme a necessidade da Companhia, antes do inicio da execução dos serviços. Cut-off - Procedimento de grande importância para garantir a precisão e a confiabilidade do inventário, consiste no marco de interrupção temporária do fluxo de entrada e saída de materiais, enquanto é realizada a contagem. Deve ser determinado que, durante a contagem de um item de estoque, nenhuma movimentação deve ser realizada, até que se conclua a contagem. Verificação da organização do item a ser contado, com segregação e classificação de eventuais itens não pertencentes à espécie objeto de inventário. Para a contagem, é empregada uma equipe de técnicos
auxiliares
de
inventário,
encarregados
do 19
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levantamento físico e supervisores encarregados da conferência e recontagem. Para obtermos o resultado esperado, dentro de padrões técnicos e altamente qualificado, utilizamos, além de softwares próprios, os seguintes recursos tecnológicos: Handhelds e coletores de dados - A contagem física é realizada através desses equipamentos que apresentam a vantagem de assegurar maior rapidez na execução e aumentar a confiabilidade. Balanças contadoras de alta precisão - Para contagem de peças que apresentam tecnicamente, tamanhos
e
pesos
homogêneos,
como
parafusos,
arruelas, porcas pequenas e outras. Etiquetas autocolantes com código de barras - São utilizadas como Ficha de Inventário de Estoque, sendo seu uso necessário para garantir melhor controle e confiabilidade ao inventário. CASTIGLIONI (2010), computadores e Notebooks Equipamentos necessários para ajustes e inclusão de dados.
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Impressoras wireless - É utilizado para emissão imediata de relatórios de conferência, que antecedem aos ajustes e inclusão de dados. Transceptores de média distância - São utilizados para comunicação constante entre os auxiliares e o supervisor durante o inventário. Câmera digital - É utilizado para documentar situações que serão circunstanciadas no relatório final. Ao final dos trabalhos, são apresentados os seguintes produtos: Relatório do inventário, contendo: Resultado do levantamento físico; Comparação entre os dados coletados e a base fornecida pela Companhia, de modo a apontar as sobras, faltas e divergências; Conciliação física – contábil; Arquivo eletrônico contendo os dados sobre os materiais inventariados; Relato circunstanciado das ocorrências verificadas durante a realização dos serviços. Operadores Logísticos 21
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A revista INTRA LOGÍSTICA (2010), afirma que para muitas empresas o conceito de Operador Logístico é, sem dúvida nenhuma, o meio mais adequado de agregar valor a seus produtos, unificando estoque, armazenagem, transporte, tecnologia, entre os demais serviços logísticos de forma personalizada, garantindo assim um diferencial competitivo, afim de proporcionar reduções expressivas no custo de seus produtos. Alguns fatores podem determinar a terceirização logística, por meio dos operadores logísticos:
Controle mais rígidos do custo interno;
Melhor uso da tecnologia;
Otimização do frete de múltiplos clientes, através da consolidação de cargas;
Flexibilidade
em
fornecer
soluções
customizadas a seus clientes;
Profissionais capazes de otimizar as redes logísticas e cadeias de abastecimento, entre outros.
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A realidade é que, quando um operador logístico assume uma cadeia de abastecimento ele é responsável pelas vendas de seus clientes e fluxo dos negócios. Com a popularidade da terceirização logística, muitos operadores logísticos, sentem a necessidade de mudança de acordo com os padrões exigidos por seus clientes, tendo como base uma visão estratégica, em função disso, os operadores logísticos terão de formar parcerias
com
outros
operadores
logísticos,
com
empresas de tecnologia e com outros fornecedores para servir toda a cadeia de abastecimento de um cliente. Equipamentos De Melhoria No Processo Logístico A revista INTRA LOGÍSTICA (2013), afirma que para acelerar o processo logístico, muitas empresas dispõem desde simples empilhadeiras até equipamentos que utilizam tecnologia de última geração, visando redução de tempo, custos e principalmente desperdícios. A utilização de equipamentos adequados pode contribuir muito para a execução do processo logístico, a escolha do melhor equipamento depende de fatores como 23
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custo, mão de obra especializada ou não, espaço físico, produto a ser manuseado, entre outros. Os veículos de carga são o ponto de partida para soluções que envolvem as diversas operações logísticas. Estes
equipamentos
são
utilizados
quando
a
movimentação de cargas é variável ou intermitente e precisam ser transportados por caminhos longos e variáveis. As necessidades de uma determinada operação dependem de alguns equipamentos:
Empilhadeira manual: como o próprio nome sugere, é um veículo destinado a estocar ou retirar cargas unitizadas de um estoque;
Carrinho manual: veículo industrial com alguma configuração (plataforma, estante, etc.), sendo utilizado para carregar uma pequena quantidade de material a curtas distâncias.
Selecionadora de pedidos: é um efetivo método de separação de itens soltos ou de caixas em estanterias ou estruturas porta-paletes. Além do potencial ganho de mão-de-obra, esses veículos economizam
espaço,
permitindo
corredores
apenas para o deslocamento da empilhadeira. 24
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Guindastes:
usados
em
pátios,
construção
pesada, portos e oficinas de manutenção. O veículo pode ser motorizado ou não. Opera cargas não paletizadas, versátil, alcança locais de difícil acesso mas apresenta a desvantagem de exigir espaço e ser lento.
Plataformas de Carga e Descarga: utilizadas no recebimento e na expedição de mercadorias, facilitando o trabalho. Geralmente são fixas.
AGV ou LGV: "laser guided vehicle" (são veículos guiados automaticamente) podem aumentar a velocidade e reduzir as necessidades de espaço do armazém ou instalação fabril. São meios de reduzir a necessidade de outros veículos e operadores na movimentação de materiais, além de ser uma alternativa para movimentar materiais perigosos e produtos
volumosos
durante
24
horas/dia,
proporcionando um ambiente de trabalho mais seguro. Além dos tipos de equipamentos mencionados acima, existe uma grande variedade de equipamentos disponíveis no mercado, para a aquisição de um que se 25
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enquadre no perfil da empresa, deve-se avaliar custobenefício, produtividade, espaço disponível, etc. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS Situação Atual Como a empresa se trata de um operador logístico, precisa-se de um aval do cliente para que o produto devolvido retorne ao estoque e o operador tem um prazo limite para que esse material de entrada sistemicamente em estoque. Mas o prazo da entrada está sendo cumprido, entretanto este aval está demorando em até um dia de atrazo, quando liberado é feita a entrada, e já em seguida o cliente refatura o pedido, onde acaba ocasionando as perdas, porque o produto ainda não foi realocado. Analisou-se que devido o grande volume de devoluções que a empresa tem diariamente junto com a falta de conhecimento logístico da equipe que recebe e armazena o produto no estoque, tem ocasionado grandes 26
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dificuldades na hora de inventáriar o produto, ou seja, acabam se misturando com os recebidos, gerando perca de tempo e descastes desnecessários dos colaboradores. Processo Hoje o processo está da seguinte forma: um dia antes
é recebido a janela de recebimento para o dia
posterior com horário de cada transportadora, exceto correios que não tem hora nem data definida. E analisouse se a transportadora se apresentou na data e hora definidas, se os dados do nosso cliente estão de acordo com a Nota Fiscal e os volumes estão de acordo com o CTRC (conhecimento de transporte rodoviário de cargas). Se tudo estiver dentro dos conformes levamos a Nota Fiscal ao cliente que dará as tratativas necessárias em seu sistema e posteriormente nos disponibilizará a NF juntamente com a SRM (solicitação de retorno de mercadoria) devidamente preenchida. De posse da NF e SRM é feito a conferencia cega de entrada, que seria conferir os itens internamente se batem quantidades e descrição, e disponibiliza-los para 27
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armazenagem e posterior venda no caso de o produto estar em boas condições ou devolução ao fabricante se estiver avariado ou com defeito. Situação Ideal Como solução dos problemas apresentados na empresa, propõem-se utilizar o inventário cíclico que é realizado com base na classificação de curva ABC, sendo os itens de maior giro curva A e assim sucessivamente. Proposta Este
trabalho
tem
como
proposta
implantar
melhorias no processo e fluxo de inventário realizados na empresa MAXTON LOGISTICA E TRANSPORTE. Rever o fluxo de armazenagem do recebimento tanto de produtos novos quanto da devolução, investir em treinamento para os colaboradores, em tecnologia da informação e contratação de mão de obra qualificada para as áreas envolvidas. 28
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Customização do sistema de forma que se adapte ao modelo desejado pela empresa, rever conceitos e valores. Descrição A figura 1 representa a tela do coletor com o inventário aberto, neste caso a solicitação de endereço é a primeira informação a ser capturada. Figura 1 - Tela endereçamento
Fonte: Empresa MAXTON Logística
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Na figura 2 o sistema solicita a coleta do código do produto que se encontra no próprio item. Figura 2 – Tela do código de produto
Fonte: Empresa MAXTON Logística
Figura 3, representa a etiqueta padrão anexada ao porta pallets que deverá ser capturada pelo coletor de dados para dar continuidade ao processo de inventário, como mostra a figura 2. Figura 3 – Etiqueta do porta pallets
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Fonte: Empresa MAXTON Logística
O próximo passo é digitar a quantidade de peças encontradas no local, como mostra a figura 4. Figura 4 – Tela de quantidade de produto
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Fonte: Empresa MAXTON Logística
Conforme
a
figura
5
após
a
digitação
da
quantidade, o sistema registra a posição e da sequencia ao inventário solicitando o próximo endereço.
Figura 5 – Tela de posicionamento do produto
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Fonte: Empresa MAXTON Logística
Na figura 6, temos a etiqueta nacional de cada produto, esta etiqueta é um padrão de cada fornecedor e única para cada item. Figura 6 – Código nacional do produto
Fonte: Empresa MAXTON Logística
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A figura 7 mostra as posições inventariadas versus as divergências encontradas. No caso da cor verde 14% (quatorze porcento) do produto está na posição correta, porém, a quantidade não era a solicitada pelo sistema. Na cor azul 2% (dois porcento) do item não foi encontrado na posição e precisará ser encontrado no armazém pois provavelmente foi armazenado incorretamente e os 84% (oitenta e quatro porcento) restante estão em seus respctivos endereços.
Figura 7 – Gráfico demonstrativo Fonte: Empresa MAXTON Logística
Figura 8 abaixo foi criada uma planilha para se ter um controle dos itens inventariados ao longo dos tempos, pois constantemente estes produtos trocam de código, porém, sua descrição permanece a mesma. 34
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Este cronograma é refeito todo inicio de mês baseado na quantidade de itens em estoque, divide estes itens pelo número de dias úteis no mês e assim chega à quantidade de itens a serem contados diariamente para que todo o estoque seja inventariado dentro do mês. Figura 8 – Tabela de controle
Fonte: Empresa MAXTON Logística
A figura 9 representa o controle de inventário aberto sistemicamente, Seguindo o fluxo de abertura do 35
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inventário o operador precisa selecionar o modelo de inventário a ser realizado, se vai ser geográfico, rotativo ou geral. Seleciona os itens a serem contados e abre o inventário dando a ele um nome que pode ser a data de abertura por exemplo. Inventário geográfico: Da à opção de escolher quais níveis e ruas serão contadas e o sistema bloqueia somente os itens existentes na rua ou nível selecionado. Inventário rotativo: Da à opção de escolher quais itens serão contados e o sistema bloqueia somente os itens selecionados. Inventário geral: O sistema bloqueia o estoque inteiro e conta todos os níveis e ruas existentes no armazém. Figura 9 – Tela do sistema utilizado
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Fonte: Empresa MAXTON Logística
Aumento de Gasto Com o novo processo a empresa não arcará com custos, pelo motivo que foi mudado o processo, e todas 37
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as ferramentas utilizadas a própria empresa disponibiliza. Com isso os gestores devem somente fazer um treinamento qualificado com seus colaboradores para poder desenvolver com éxito o novo proceso. CONSIDERAÇÕES FINAIS Endereçamento é uma ferramenta essencial e tem por meta estabelecer meios e proporcionar facilidades para identificar o endereço da guarda do material no armazém. A proposta sugerida para a empresa MAXTON LOGÍSTICA E TRANSPORTES LTDA, visou minimizar os problemas relativos a falta de endereçamento de produtos no processo de armazenagem e estocagem esse fator causava
diversos
problemas
operacionais,
como
acúmulo, inversão de produtos, atrasos na separação, dificuldade
na
movimentação
e
insatisfação
de
colaboradores e clientes. Relatos da gerência da empresa mostram que a regularização do sistema de endereçamento foi produtivo para os colaboradores, principalmente para equipe de 38
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inventário que controla o estoque, facilitando assim a localização e o controle físico nas contagens dos produtos.
Outros
colaboradores
também
foram
beneficiados, pois não precisam procurar pelos produtos no estoque e sim confiar nas informações fornecidas pelo sistema. As falhas que causam transtornos nos clientes, como a demora em encontrar a mercadoria, atraso na entrega dos pedidos, foram evitadas ao se manter o correto endereçamento das mercadorias armazenadas e estocadas. Sendo assim, planejamento, organização e controle
são
fatores
chaves
na
armazenagem
e
estocagem onde a logística tem um papel de suma importância, representando um diferencial competitivo no mercado. A logística quando colocada em prática de forma correta reduz custos e eleva o nível de serviço e qualidade da empresa. REFERÊNCIAS
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BALLOU,
Ronald.
Gerenciamento
da
Cadeia
de
Suprimentos/ Logística Empresarial. Ed. 5, Porto Alegre: Bookman, 2006. BOWERSOX, Donald J – CLOSS, David J, Logistica Empresarial, O Processo de Integração
da Cadeia de
Suprimento. 1 ed. 2004; reimpressão 2010. São Paulo – Atlas S/A. CASTIGLIONI,
José
Antonio
de
Mattos,
Logística
Operacional 2° Ed-2010 São Paulo Editora Érica Ltda. CHING, Hong Yuh, Gestão de estoques na cadeia de logística integrada – Suplly chain 3. Ed. – 5. Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2009. REZENDE, Antonio Carlos. Revista Intra Logística Movimentação e Armazenagem de Materiais, São Paulo, IMAM, 2010.
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REZENDE, Antonio Carlos. Revista Intra Logística Movimentação e Armazenagem de Materiais, Ed. 268, São Paulo, IMAM, 2013.
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