a farsa dos remedios

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A Farsa dos Remédios Fui a uma farmácia de Vitória, a Drogaria Santa Helena de Jardim da Penha, onde compramos os remédios da família, e o rapaz quis me convencer a comprar um determinado medicamento, Gingko Biloba, porque ele era bom, entre outras coisas, para prevenir os efeitos deletérios dos outros remédios. Eu nunca havia ouvido nada de semelhante. Das estatísticas de 25 anos atrás que ficaram na minha cabeça lembro que o Brasil fabricava 36 mil remédios, enquanto a Suécia, MUITO MAIS avançada, utilizava apenas 800 deles para todas as doenças, numa proporção de 45/1, ou seja, a Suécia precisava de apenas 2,22 % dos remédios usados no Brasil. As multinacionais e as nacionais lucram bilhões, às custas de nossa ingenuidade nacional, estadual e municipal/urbana. Bilhões são remetidos para o exterior, à custa de sangrarem os brasileiros. Dúzias e dúzias de remédios restam em nossas casas, parcialmente usados; dinheiro jogado fora, quando temos tanta necessidade de recursos (riquezas reais) e riquezas (recursos potenciais). Somos “tão ricos” que jogamos dinheiro fora. Os governos não dão a mínima. Apenas foi o caso de o governo federal criar os “genéricos”, remédios mais baratos, para continuarmos a consumir muito, colocando em confronto negativo os medicamentos e nossa biologia/p.2 primária, induzido nossa psicologia/p.3 a confusões intermináveis. E os governos estaduais e municipais/urbanos, para não ficar atrás, colocaram fábricas próprias, para entupir a população de químicos. O resultado é uma aberração, de um país com tanta pobreza e miséria visíveis, estar remetendo dinheiro a rodo para o exterior, quanto tanto há para fazer em nome da verdadeira saúde do povo e das elites. Que dependência demoníaca (a ser trilhada pela Academia – por seus mestres, doutores e pós-doutores) é essa?


Como aceitar que os governempresas daqui sejam tão frágeis a ponto de não conseguirem contestar o poder e a influência da Economia farmacoquímica (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos envolvidos) estrangeira e brasileira? Que interesses são esses que se sobrepõe à nossa autonomia, aos nossos direitos sagrados à saúde e ao bem-estar, à nossa dignidade e independência? Vitória, sábado, 8 de junho de 2002. José Augusto Gava.


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