as guerras da bandeira

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As Guerras da Bandeira 1. Bandeira 2. Guerras 3. Escala das Guerras 4. Escalada 5. Conflitos... 6. ... e Solução 7. Administração Mundial 8. O Respeito ao Próximo 9. O Respeito do Próximo 10. Terrinteira 1

Serra, quarta-feira, 16 de setembro de 2009. José Augusto Gava.

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Capítulo 1 Bandeira A BANDEIRA ELEMENTAR terra/solo

ar

água

fogo/energia No centro fica a Vida geral e no centro do centro a Psicologia geral. Nos cantos ficam as combinações, como já raciocinei no modelo. Quanto mais investigamos, mais podemos constatar que o ser humano esteve sempre em guerra, durante os mais recentes 11 mil anos 14 mil delas, mais de uma por ano.

Capítulo 2 Guerras AVALIANDO A PSICOLOGIA DAS GUERRAS (cinco colunas) organizações

produções

objetivos

figuras

geo-história

1. figuras ou psicanálises das guerras (quem?); 2. objetivos ou psico-sínteses das guerras (por quê?); 3. produções ou economias das guerras (com quê?) (economia é correlata de administração, direito, contabilidade); 4. organizações ou sociologias das guerras (como?); 5. espaçotempos ou geo-histórias das guerras (quando-onde ou o quê?). LISTAS DE GUERRAS

Século XX

Anexo:Lista de guerras 2

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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Nome anaputa País País

Guerra História Militar Eras Pré-História · Antiguidade · Medieval · Pólvora · Industrial · Moderna Espaço de batalha Ar . Informação · Terra · Mar · Espaço Teatro Ártico · Ciberespaço · Deserto . Selva · Montanha · Urbano Armas Blindado · Artilharia · Biológica · Cavalaria . Química · Eletrônica · Infantaria · Mecanizadas · Nuclear · Psicológica . Radiológica · Aérea · subaquática Táticas Anfíbia · Assimétrica · Exaustão . Cavalaria · Convencional · Fortificação . Guerrilha · Corpo a corpo · Invasão . União · Manobra · Cerco · Total . Trincheira · Não convencional Estratégia Economia · Grande · Operacional Organização Comando e Controle · Formação . Patente · Unidades Logística Equipamento · Material · Linha de suprimento Lei Corte marcial · Leis da guerra · Ocupação . Tribunal · Crimes de guerra · Declaração de guerra Governo e politicas Conscrição · Golpe de estado . Ditadura militar · Lei marcial . Militarismo · Regime militar Estudos militares Academia militar · Ciência militar . Polemologia · Filosofia da guerra . Estudos da paz e de conflitos Listas Autores · Batalhas · Guerras civis . Comandantes · Invasões · Operações . Cercos · Saques · Táticas · Teóricos . Guerras · Crimes de guerra · Criminosos de guerra . Armas · Escritores

Guerra de Tróia (1250 - 1240 a.C) Guerras Médicas (499 - 479 a.C.) Guerra do Peloponeso (431 404 a.C.) Campanhas de Alexandre, o Grande (334 - 323 a.C.)

Grécia anaputa

Tróia Império Pérsia

Grécia Atenas Macedônia

Esparta -

* Atual

*

Grécia; Turquia até a atual 3

3


China; * Norte Arábico; * Nordeste do atual Egito Nome Guerras Samnitas (343 - 290 a.C.) Primeira Guerra Púnica (264 241 a.C.) Segunda Guerra Púnica (218 202 a.C.) Terceira Guerra Púnica (149 146 a.C.) Guerras macedônicas (215 168 a.C.) Guerra civil de Sulla(82 - 81 a.C.)

Roma Antiga País

País

República Romana

Samnitas

República Romana

Cartago

República Romana

Cartago

República Romana

Cartago

República Romana

Macedônia

República Romana

Sulla

Guerras da Gália (58 - 50 a.C.)

República Romana de Caio Júlio César

Gália

Invasão romana das ilhas britânicas (43)

Império Romano

Guerra dos Três Reinos na Reinos da China China (220 - 265) Guerra dos Oito Príncipes (291 Reinos da China - 306) Idade Média e Renascimento Nome País Invasão muçulmana da península Ibérica anaputa (711 Muçulmanos - 718) Conquista normanda (1066)

Normandos

Primeira Cruzada (1096 1099)

Estados Pontifícios

Segunda Cruzada (1147 - 1149)

Estados Pontifícios

Terceira Cruzada (1187 - 1191)

Quarta Cruzada (1202 - 1204)

Estados Pontifícios França Sacro Império Romano Germânico Inglaterra Veneza

Ilhas Britânicas Reinos da China Reinos da China

4

País Visigodos Inglaterra Romana Jerusalém e Terra Santa muçulmanas Levante Império Bizantino

Jerusalém muçulmana Império Latino 4


Croácia Quinta Cruzada (1217 - 1221)

Estados Pontifícios

Sexta Cruzada (1228)

Estados Pontifícios

Sétima Cruzada (1248 - 1254)

Estados Pontifícios

Oitava Cruzada (1270)

França

Nona Cruzada (1271 - 1291)

Estados Pontifícios Inglaterra

Invasão Mongol da Bulgária do Volga (1236 - 1236) Invasão Mongol da Rússia (1223 - 1240)

França Sacro Império Romano Germânico Jerusalém turco-muçulmana Terra Santa Egito Oriente Médio Egito

Mongólia

Bulgária do Volga

Mongólia

Rússia Rússia Bulgária

Invasão mongol da Europa (1241)

Mongólia

Lituânia Polônia Hungria Romênia

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Transilvânia A Anarquia (guerra civil inglesa) (1139 - 1153) Guerra da Barba (1152 - 1153) Guerra da Independência Escocesa (1296 - 1328) (1332 1333)

Guerra dos Cem Anos (1337 1453)

Guerra Tokhtamysh-Tamerlão (1385 - 1399)

Inglaterra

Anarquia Inglesa

Inglaterra

França

Escócia

Inglaterra

França Castela Escócia Génova Majorca Aragão Navarra Boémia Flandres Ficheiro:Hainaut Flag.png Hainaut Aquitânia Luxemburgo Turquia

Inglaterra Borgonha Bretanha Portugal

Mongólia 5


Guerras Hussitas (1420 - 1436)

Guerra dos Treze Anos (1454 1466)

Conflitos internos da Boémia Transilvânia Valáquia Moldávia (com a ajuda de Sacro Império Romano-Germânico

Conflitos internos da Boémia

Império Otomano

Ferrara Toscana Mântua Estados Pontifícios Guerra das Rosas (1455 - 1485) Nome Guerra dos Oitenta Anos (independência da Holanda) (1568 - 1648)

Casa de Lancaster Século XVI a Século XIX País

Guerra Luso-Neerlandesa (1588 - 1654)

Guerra dos Trinta Anos (1618 - 1648)

Guerra Civil Inglesa (Oliver Cromwell) (1639 - 1652) Fronda em França (1648 1653) Revolta de Chmielnicki (1648 - 1654) Guerra Russo-Polaca (1654 - 1656) Guerra Sueco-Brandenburg (1655 - 1656) Guerra Sueco-Polaca (1655 - 1660) Guerra Russo-Sueca (1656 1658)

República Neerlandesa República Neerlandesa Reino da Inglaterra Reino da Suécia Boêmia Dinamarca-Noruega Rep. Neerlandesa França Escócia Inglaterra Saxônia Palatinado Eleitoral Transilvânia Rebeldes magiares anti-habsburgos O Parlamento Inglês, liderado por liderado por Oliver Cromwell

Casa de Iorque País Reino da Espanha Império português (sob Coroa Espanhola) Império Espanhol 6

Sacro Império Romano-Germânico Liga Católica Arqueducado da Áustria Baviera Hungria Reino da Croácia Espanha partidários de Carlos I da Inglaterra

Estado francês

Sociedade francesa

Cossacos

Comunidade PolacoLituana

Zarato da Rússia

Polônia

Suécia

Brandemburgo

Suécia

Polônia

Zarato da Rússia

Suécia 6


Guerra SuecoDinamarquesa (1656 1660) Guerra Sueco-Holandesa (1657 - 1660) Guerra Russo-Polaca (1658 - 1667)

Suécia Suécia

Dinamarca-Noruega República Neerlandesa

Zarato da Rússia

Polônia

Guerra da Sucessão Espanhola (1701 - 1714)

Sacro Império Grã-Bretanha República Unida dos Países Baixos Portugal Ducado de Sabóia Reino da Dinamarca e Noruega

França Espanha Baviera

Guerra de Sucessão da Polônia (1733 - 1738)

Polônia França Espanha Ducado de Sabóia

Polônia Rússia

Guerra de Sucessão Austríaca (1740 - 1748)

França Prússia Espanha Baviera Saxônia Nápoles e Sicília Gênova Suécia

Guerras Guaraníticas (1754 - 1777)

Índios Guarani

Guerra dos Sete Anos (1756 - 1763)

Reino da Prússia Reino da GrãBretanha Hanôver Reino de Portugal Braunschweig Hesse-Kassel

Guerra da Independência dos Estados Unidos da América (1775 - 1783)

EUA/Treze Colônias França Espanha Voluntários de Quebec Voluntários da Prússia Tribo Oneida

Sacro Império Romano Germânico Áustria Grã-Bretanha Hannover República Unida dos Países Baixos Saxônia Sardenha Império Russo Portugal Espanha Sacro Império/Império Austríaco Reino da França Império Russo Reino da Suécia Reino da Espanha Saxônia Reino das Duas Sicílias Reino da Sardenha Grã-Bretanha Leais à Grã-Bretanha Mercenários de Hesse Iroqueses Ducado de BrunswickLüneburg 7

7


Voluntários da República das Duas Nações França Holanda Itália Nápoles

Guerras Napoleónicas (1803 - 1815 )

Império Austríaco Portugal Prússia Império Russo Duas Sicílias Espanha Suécia Reino Unido

Guerra Peninsular (1807 1814)

Espanha Reino Unido da GrãBretanha e Irlanda Portugal

França

Bolívia

Reino da Espanha

Províncias Unidas do Rio da Prata

Reino da Espanha

Guerra da Independência da Bolívia (1809-1825) Guerra da Independência da Argentina (1810 - 1816) Guerra da Independência do México (1810 - 1821) Guerra da Independência do Chile (1817 - 1818) Guerra da Independência do Brasil (1822 - 1823)

México

Reino da Espanha

Chile

Reino da Espanha

Império do Brasil

Guerra da Cisplatina (1825 Províncias Unidas do - 1828) Rio da Prata Guerras Liberais de Pedristas Portugal (1828-1834) Guerra dos Farrapos (1835 Império Brasileiro - 1845) Guerras do ópio (1839 Reino Unido da Grã1860) Bretanha e da Irlanda do 1ª e 2ª Guerra do ópio Norte

Primeira Guerra Italiana de Independência (1848-1849)

Segunda Guerra de Independência Italiana (29 de Abril de 1859 - 11 de Julho de 1859) Terceira Guerra de Independência Italiana (1866)

Ducado de Varsóvia Baviera Saxônia Dinamarca-Noruega

Império Austríaco

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Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves Império Brasileiro Miguelistas República RioGrandense Império Qing Reino de Sardenha Grão-ducado da Toscana Aliados com: Estados Pontifícios Reino das Duas Sicílias

França Reino de Sardenha

Império Austríaco

Áustria Saxônia Baviera

Prussia Itália Mecklenburg 8


Baden Württemberg Hanover Hesse Hesse-Kassel Reuss Saxe-Meiningen Schaumburg Frankfurt Nassau

Guerra contra Oribe e Rosas (1851 - 1852)

Guerra da Criméia (1853 1856) Guerra Civil Americana ou Guerra de Secessão (1861 1865) Guerra contra Aguirre (1864) Guerra do Paraguai ou Guerra da Tríplice Aliança (1864 - 1870)

Império Brasileiro Uruguai Entre Rios Corrientes Segundo Império Francês Império Otomano Reino Unido da GrãBretanha e Irlanda Reino de Sardenha Estados Unidos da América ("União")

Oldenburg Anhalt Brunswick Saxe-Altenburg Saxe-Coburg, Gotha Saxe-Lauenburg Lippe Schwarzburg Waldeck Bremen Hamburgo Lübeck Argentina

Império Russo Voluntários Búlgaros Estados Confederados da América ("Confederação")

Império Brasileiro

Uruguai

Tratado da Tríplice Aliança: Império Brasileiro Uruguai Argentina

Paraguai

Guerra Boshin (1868 1869)

Xogunato Tokugawa

Guerra franco-prussiana (1870 - 1871)

Segundo Império Francês

Guerra Anglo-Zulu (1879) Guerra do Pacífico (1879 1881) Primeira Guerra dos Bôeres (1880 - 1881) Guerra de Canudos (1893 1897) Primeira Guerra SinoJaponesa (1894 - 1895)

Império Britânico Chile Reino Unido da GrãBretanha e Irlanda

Restaruação do Imperador Meiji no Império do Japão Confederação da Alemanha do Norte Baden Baviera Württemberg Reino dos Zulus Bolívia Peru República SulAfricana

Tropas federais

Conselheristas

Império do Japão

Dinastia Qing (China) 9

9


Guerra Hispano-Americana (1898)

Segunda Guerra dos Bôeres (1899 - 1902)

Guerra dos Boxers (1900 1901)

Nome

Estados Unidos Cuba Primeira República Filipina Katipunan Reino Unido da GrãBretanha e Irlanda: Austrália Canadá Índia Noza Zelândia Aliança das Oito Nações: Império do Japão Império Russo Reino Unido da GrãBretanha e Irlanda Terceira República Francesa Estados Unidos da América Império Alemão Reino da Itália Império AustroHúngaro Século XX País

Reino da Espanha

Estado Livre de Orange República SulAfricana

Dinastia Qing (China)

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País Império Russo Principado de Montenegro

Guerra Russo-Japonesa (1904 - 1905)

Império Japonês

Guerra dos Balcãs (1912 - 1913)

Liga Balcânica: Reino da Bulgária Reino da Grécia Reino da Sérvia Reino do Montenegro

Império TurcoOtomano

Guerra do Contestado (1912 - 1916)

Governo do Brasil

Rebeldes

Tríplice Entente: Sérvia Império Russo (até 1917) França Primeira Guerra Mundial Império Britânico (1914 - 1918) Portugal Itália (a partir de 1915) Estados Unidos (a partir de 1917) Japão e outros

Tríplice Aliança: Império Alemão Império AustroHúngaro Bulgária Itália (até 1915, porém neutra) Império TurcoOtomano 10


Exército Branco Impérios Centrais (1917–1918): Império AustroHúngaro Império TurcoOtomano

Guerra Civil Russa (1918 - 1922)

Guerra do Chaco (1932 1935)

Guerra Civil Espanhola (1936 - 1939)

Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945)

Guerra de 41 (1941)

Primeira Guerra da Indochina (1946 - 1954)

RSFSRússia Exército Vermelho RSSUcrânica

Império Alemão Intervenção Aliada: Império Japonês Checoslováquia Reino da Grécia Estados Unidos da América Canadá Reino da Sérvia Reino da Romênia Reino Unido França Reino da Itália Estônia Letônia Lituânia Polônia

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Paraguai

Bolívia

Espanha Nacionalista Itália Alemanha Portugal

Segunda República Espanhola União das Repúblicas Socialistas Soviéticas Brigadas Internacionais México

Aliados: União das Repúblicas Socialistas Soviéticas Estados Unidos da América Reino Unido França Livre Canadá República da China e outros Equador

Indochina Francesa

Eixo: Alemanha Itália Japão e outros

Peru União da França: França Estado do Vietnã Camboja Reino de Laos Viet Minh 11


Guerra Fria (1948 1989)

Capitalistas: Estados Unidos da América Europa Ocidental Japão Coreia do Sul

União das Repúblicas Socialistas Soviéticas Europa Oriental RPChina Cuba

América Latina Primeira Guerra Caxemira (1948 - 1949)

Guerra da Coréia (1950 - 1953)

Índia Nações Unidas: República da Coréia Austrália Bélgica Canadá Colômbia Império Etíope França Reino da Grécia Luxemburgo Países Baixos Nova Zelândia Filipinas União Sul-africana Tailândia Turquia Reino Unido Estados Unidos da América

Paquistão

Forças Comunstas: RDPCoréia do Norte RPChina União Soviética

Suporte Naval e Militar (Servições/Reparos): Japão Equipe Médica: Dinamarca Itália Noruega Índia Suécia Guerra da Argélia (1954 - 1962) Guerra do Suez (1956) Guerra Colonial Portuguesa (1961 -

FLN Israel Apoiadores: Reino Unido França Angola (1961-1974): MPLA

França

Egito

Portugal 12

12


1975)

Guerra de Independência de Angola (1961 - 1975) Guerra de Independência da Eritréia (1961 - 1991) Guerra de Independência da Guiné-Bissau (1963 1974) Guerra da Independência de Moçambique (1964 1975) Guerra do Vietnã (1964 - 1973)

Guerra Civil na Colômbia (1964 presente)

Segunda Guerra Caxemira (1965) Guerra da Independência da Namíbia (1966 - 1988) Guerra dos Seis Dias (1967)

UNITA FNLA Guiné-Bissau: PAIGC Moçambique: FRELIMO MPLA UNITA FNLA

Portugal África do Sul

Eritréia

Etiópia

PAIGC

Portugal

FRELIMO

Portugal

Vietnã do Sul Estados Unidos Coréia do Sul Austrália Nova Zelândia Paramilitares da Colômbia: Aliança Americana Anticomunista Autodefesas Unidas da Colômbia CONVIVIR Águas Negras

Vietnã do Norte Vietcong China Coréia do Norte

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Guerrilhas Colombianas: Movimento 19 de Abril Exército Popular de Libertação FARC ELN

Governo da Colômbia: Armada de Colômbia Armada Nacional Colombiana Força Aérea Colombiana Polícia Nacional da Colômbia CONVIVIR

Movimento Camponês dos Trabalhadores Estudantil Coordenada Guerrilha de Simón Bolívar

Índia

Paquistão

SWAPO

África do Sul

Israel

Egito Siria Jordânia 13


Iraque Apoiadores: Kuwait Arábia Saudita Argélia Sudão Guerra do Futebol (Guerra das 100 horas) (1969) Guerra de Bangladesh (1971) Guerra do Yom Kipur (1973 - 1973) Ocupação soviética do Afeganistão (1979 1989)

Guerra Irã-Iraque (1980 - 1988)

Guerra das Malvinas (Falklands) (1982 1982) Primeira Guerra do Líbano (1982) Guerra de NagornoKarabakh (1988 - 1994) Guerra do Golfo (1990 1991) Primeira Guerra da Chechênia (1994 - 1997) Guerra do Cenepa (1995) Guerra do Kosovo (1996) - (1999} Guerra Etíope-Eritrea (1998 - 2000) Guerra de Kargil (1999)

El Salvador

Honduras

Índia

Paquistão

Israel

Egito Síria Iraque

República Democrática do Afeganistão União Soviética Iraque Apoiantes: Estados Unidos da América Arábia Saudita União Soviética

Mujahidin

Irã Apoiantes: Síria Líbia 14

Reino Unido

Argentina

Israel República de NagornoKarabakh Estados Unidos Arábia Saudita Grã Bretanha França Egito

República do Azerbaijão

Rússia

Chechênia

Equador

Peru

Iugoslávia Eritréia

Índia Ficheiro:Flag of OTAN.svg Guerra do Kosovo (1999} OTAN Segunda Guerra da Rússia Chechênia (1999 -

Iraque

guerrilha separatista étnica albanesa Etiópia Paquistão Iugoslávia Chechênia 14


atualidade) Século XXI Nome

País

País

Nº de mortos

Invasão Afegã pelos Estados Unidos (2001 - 2002)

Estados Unidos

Afeganistão

20.977[1]

Guerra do Iraque (2003 - atualmente)

Estados Unidos Reino Unido Espanha (até 2004) Itália Novo Exército Iraquiano Curdistão Iraquiano Polônia e outros

Iraque Baathista Lealistas do Partido Baath al-Qaeda no Iraque

37.565

Segunda guerra do Líbano (2006)

Israel

Ossétia do Guerra na Ossétia do Sul Sul (2008) apoiado por: Rússia Israel Operação Chumbo apoiado por: Fundido (2008 - 2009) Estados Unidos

Hizbollah Partido Comunista Libanês Amal Frente Popular para a Libertação da Palestina Comando Geral

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1.235

Geórgia

71.001.882[2]

Hamas - Faixa de Gaza

13.168

Capítulo 3 Escala das Guerras Todo mundo fala das guerras, muitos falaram das dimensões delas e desde Hermann Kahn falam da “escalada” delas, mas na prática ninguém se preocupou em medi-las definitivamente, elegendo uma escala adequada. Como em tudo, nisso também a Terra é muito primitiva, até por não haver um modelo que dê conta de organizar as coisas com alguma decência lógica. Vai daí não haver uma “escala das guerras” (como ela inexiste não podemos atinar com a escalada, quer dizer, se está sendo subida uma altura). 15


OS TIPOS DE ESCALAS EXISTENTES

Qual foi a pior erupção de vulcão do mundo? por Suzana Paquete

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Se a gente considerar como "pior" a erupção que matou mais gente, a trágica campeã foi a do vulcão Tambora, na ilha de Sumbawa, na Indonésia. Ele acordou do seu sono em 1815, numa explosão que matou 92 mil pessoas! Além de terrivelmente letal, o despertar do Tambora também foi superpotente: ele atingiu nível 7 no índice de explosividade vulcânica, uma escala que mede a intensidade das erupções e varia entre 0 e 8. "Uma explosão como essa só ocorre uma vez em milhares de anos. Os fluxos de lava e rochas chegaram ao oceano e provocaram explosões secundárias nas ilhas próximas", afirma o geólogo Carlos Augusto Sommer, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Depois da catástrofe, a montanha do vulcão ficou com metade da altura que tinha e formou uma enorme cratera, hoje cheia d’água. O século 19, aliás, foi um dos que concentraram algumas das piores erupções de todos os tempos. A famosa explosão do Krakatoa, na Indonésia, fez 36 mil vítimas em 1883. A do monte Pelée, no comecinho do século 20, deixou 29 mil mortos carbonizados por uma enxurrada de substâncias quentes na ilha de Martinica, na América Central. Mais recentemente, em 1985, uma explosão relativamente pequena, a do vulcão Nevado Del Ruiz, na Colômbia, fez com que uma geleira derretesse e soterrasse o povoado de Armero, matando 23 mil pessoas. Um desastre considerável, sem dúvida, mas nada que se compare à explosão do Tambora. No infográfico destas páginas, a gente segue o rastro quente de destruição da "mãe" de todas as erupções. Mergulhe nessa Na Internet: www.geo.mtu.edu/volcanoes Inferno indonésio 16


O despertar do Tambora fez 92 mil vítimas na explosão mais mortal de todos os tempos 1. A erupção mais letal da história começou em 5 de abril de 1815, quando duas placas que formam a crosta terrestre se chocaram sob Sumbawa, uma ilha densamente povoada na Indonésia. A trombada subterrânea abriu caminho para que o magma do interior do planeta chegasse à superfície, despertando o adormecido vulcão Tambora 2. No início da erupção, o vulcão vomitou uma enorme quantidade do chamado fluxo piroclástico - uma mistura de fragmentos de rocha e lava. Avançando pelas encostas a mais de 700 km/h, a enxurrada incandescente chegou a 500 ºC e pode ter carbonizado 10 mil pessoas em seu caminho de descida 3. Junto com a enxurrada vieram as nuvens ardentes, compostas por gás e poeira quente também liberados pela explosão. Além de causar problemas respiratórios na população, essa mistura superquente queimou matas e construções em um raio de dezenas de quilômetros ao redor do vulcão 4. Depois da erupção inicial, o Tambora passou por cinco dias de calmaria. O descanso foi interrompido pela liberação de outra gigantesca nuvem de fuligem, que alcançou uma altura de 44 quilômetros e provocou três dias de escuridão num raio de 500 quilômetros 5. Por causa da fuligem, as lavouras ficaram cobertas por cinzas e foram destruídas. O peso da crosta de pó também fez desabar telhados de casas a até 1 300 quilômetros de distância do vulcão. Com tudo isso, os especialistas estimam que outras 82 mil pessoas morreram em poucos dias devido a causas indiretas da erupção, como fome, desabamentos e doenças 6. Os efeitos do desastre ultrapassaram os limites da ilha de Sumbawa, onde fica o Tambora. As ilhas vizinhas como Java também foram arrasadas. O clima nesses locais ficou quente e seco, matando indiretamente muita gente nos anos que se seguiram ao desastre - só na ilha de Lombok, os cálculos falam entre 44 mil e 100 mil mortos 7. A notícia da explosão demorou seis meses para chegar ao mundo ocidental (lembre-se de que não havia rádio, TV ou internet), mas seus efeitos foram sentidos até no hemisfério norte. A liberação de gases como o dióxido de enxofre diminuiu a incidência de raios solares na Terra. Como conseqüência, a Europa teve o chamado "ano sem verão" e a temperatura global caiu 3 ºC • de terremotos; • de explosão de vulcões; • quantas outras? O que se mediria nas guerras? Destruição, certamente. Para começar, o modelo diz que tudo vem em grupos de quatro, por conseguinte deveríamos medir os quatro elementos fundamentais (acessoriamente, poderíamos medir mais dois, suplementares) da bandeira e o centro. A DESTRUTIVIDADE GERAL 1. físico-química; 2. biológica-p.2; 3. psicológica-p.3; VAMOS ATÉ AQUI 4. informática-p.4; 5. cosmológica-p.5; 6. dialógica-p.6. 17

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MEDINDO A DESTRUTIVIDADE PSICOLÓGICA (recorrendo à própria psicologia) 1. destruição de figuras (não apenas seres humanos); 2. destruição de objetivos (se a coletividade ficará prostrada; não é fácil essa avaliação); 3. destruição de produções (prédios, casas/lares, veículos de passeio e de transportes, estradas, aeroportos, culturas no campo, minas, bancos, indústrias, locais de armazenamento, casas de saúde, etc.); 4. destruição de organizações; 5. destruição de espaços e tempos. EXPONENCIALIZAÇÃO DA ESCALA (poderia ser em potências de 10, mas é melhor ficar nas potências de quatro: 4n) N DESTRUIÇÃO ATÉ zero 1 (não houve, é refrega) 1 4 2 16 3 64 4 256 5 1024 6 16.384 7 65.536 8 262.144 9 1.048.576 10 4.194.304 11 16.777.216 12 67.108.864 Como se pode ver, a IIª Guerra foi - em termos de figuras - de nível 412, pois menos de 67 milhões de indivíduos foram mortos, segundo as contagens. Como as pessoas vão elaborar a escala eu não sei, mas fazê-lo é importante, porque nos permitirá classificar e começar a matematização. O QUADRO GERAL DAS GUERRAS (multiplicação de todos os índices) – destruição multiplicada figuras

objetivos

GH

produções

organizações

Por exemplo, a invasão americana do Vietnam foi feita também com o esburacamento do chão pelas bombas (os vietnamitas passaram a criar peixes nas crateras), além do desfolhamento das florestas pelo napalm. 18

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O CONHECIMENTO DAS GUERRAS (REPETINDO O QUADRO DE CIMA COMO GUERRA) 1. guerras físico-químicas; 2. guerras biológico-p.2; 3. guerras psicológico-p.3; NÃO PASSOU DAQUI 4. guerras informacionais-p.4; 5. guerras cosmológicas-p.5; 6. guerras dialógicas-p.6. Como se pode ver, as avaliações feitas até agoraqui sobre as guerras são todas ridículas, pois não abarcaram tudo, e não foram feitas segundo qualquer sistema, não foram metódicas e não seguiram nenhum sistema, que neste pontinstante estou oferecendo.

Capítulo 4 Escalada Hermann Kahn sempre falou de escalada. Será que houve mesmo ou foi só propaganda dele e do Instituto Hudson no bojo da Guerra Fria (que foi mais guerra de nervos, psicológica)? O LIVRO DO KAHN

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Herman Kahn Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Herman Kahn (Bayonne, 15 de fevereiro de 1922 — Chappaqua, 7 de julho de 1983) foi um estrategista militar e teórico da Corporação RAND que ficou conhecido por suas análises sobre as prováveis conseqüências de uma guerra nuclear. No Brasil ficou famoso por causa do seu projeto Grandes Lagos. Biografía Nascido em Bayonne, Nova Jérsei e criado em uma família judia no Bronx vai morar em Los Angeles por causa do divórcio dos seus pais. Estudou na Universidade da Califórnia (UCLA), onde se especializou em Física. Durante a Segunda Guerra Mundial trabalhou como telefonista na Birmânia. Com o fim da guerra voltou para a UCLA onde concluiu seus estudos e tentou fazer um doutorado na Caltech que foi obrigado a abandonar por razões econômicas. Depois de um curto período trabalhando como corretor imobiliário foi contratado para trabalhar na Rand Corporation pelo seu amigo Samuel Cohen, o inventor da bomba de nêutrons. Se dedicou ao desenvolvimento da bomba de hidrogênio nos Laboratórios Lawrence Livermore, onde trabalhou com a colaboração de Edward Teller, John von Neumann, Hans Bethe e Albert Wohkstetter. 19


Teorias da Guerra Fria As principais contribuições de Kahn foram as diversas estratégias que foram desenvolvidas durante a guerra fria para "pensar o impensável", ou seja, a guerra nuclear. Em meados da década de 50, durante a administração de Eisenhower, o Secretário de Estado John Foster Dullesmontou a teoria de "represália maciça". Essa teoria, também chamada de "nova imagem" era resultado da percepção de que o Exército Vermelho era muito maior do que o dos Estados Unidos da América. Seguindo essa teoria qualquer ataque soviético seria retaliado como se fosse um ataque nuclear. Kahn considerava essa posição insustentável e desestabilizadora. Em 1960 cresciam as tensões da Guerra Fria, com o Sputnik e a crise dos mísseis em Cuba. Kahn então publicou um ensaio sobre a guerra termonuclear onde sua preocupação foi a de projetar um plano de guerra para a era nuclear: como prevenir a guerra; se não for possível prevenir, como ganhar; e, se não for possível ganhar, como sobreviver. Sua obra se baseia na Teoria dos Jogos aplicada à estratégia de guerra, para isso Kahn preconizava que uma dissuasão adequada dos Estados Unidos da América seria baseada na certeza, por parte dos soviéticos, de que um ataque aos EUA desencadearia em uma reação de maior proporção, a chamada "destruição mútua assegurada", em inglês essa doutrina ficou conhecida como MAD e dominou o pensamento militar e estratégico americano até o fim da Guerra Fria.

domingo, 25 de maio de 2008 Amazônia: a soberania está em xeque Isto É Avançam na comunidade mundial as propostas para a internacionalização do maior tesouro verde do Brasil. Uma resposta urgente se faz necessária!

À primeira vista pode parecer fruto da imaginação de um jornalista 20

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estrangeiro, sem maiores compromissos, que acaba de desembarcar no Brasil. Mas seria muita ingenuidade acreditar que o conceituado jornal americano The New York Times abrisse espaço para seu correspondente baseado no Rio de Janeiro, sem que tivesse um objetivo editorial de maior alcance. Sob o título “De quem é a Amazônia, afinal?”, o texto assinado por Alexei Barrionuevo na edição do domingo 18 veio engrossar o coro internacional que tem questionado a soberania do Brasil sobre a Amazônia. Barrionuevo dá seu recado logo no início, quando cita um comentário do então senador americano Al Gore em 1989 (depois ele foi vice do presidente Bill Clinton em duas gestões): “Ao contrário do que pensam os brasileiros, a Amazônia não é propriedade deles, pertence a todos nós.” Três dias antes de o The New York Times publicar seu artigo, o jornal inglês The Independent, noticiando o pedido de demissão da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi quem deu plantão sobre a Amazônia. E sem o menor pudor: “Uma coisa está clara. Essa parte do Brasil (a Amazônia) é muito importante para ser deixada com os brasileiros.” O que fica claro, diante das notícias de Nova York e Londres, é que a Amazônia corre grave ameaça. A ofensiva dos dois jornais não é gratuita e já passou a hora de o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomar uma decisão forte, que ecoe para todo o mundo, de forma inquestionável, a certeza de que a Amazônia é nossa. A cobiça de potências estrangeiras não é surpresa e tudo começa pela extensão territorial. A Amazônia Legal se estende por nove Estados e ocupa 61% do território brasileiro – sua área equivale à metade do continente europeu e nela cabem 12 países, incluindo Alemanha e França. Ela seria, assim, o sexto maior país do mundo, com uma população de 20 milhões de pessoas. A região faz fronteira de 11 mil quilômetros com Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. O rio Amazonas é o soberano da Terra em volume de água e possui um quinto da água doce do planeta. Segundo avaliações da ONU, o século 21 será marcado por graves conflitos entre as nações, com origem numa única causa: a escassez de água potável.

É isso que torna a Amazônia ainda mais estratégica, pois em seus rios estão 21% da água doce vital ao homem. Em seu livro A guerra do amanhã, o assessor para assuntos estratégicos da ONU, Pascal Boniface, previu, entre os cenários de guerras desse século provocadas pelo aquecimento global, a provável invasão da região amazônica por uma coligação internacional. A ação contra a soberania brasileira se justificaria porque “salvar a Amazônia é o mesmo que salvar a Humanidade”. O francês Pascal Lamy, ex-comissário de Comércio da União Européia, é da mesma opinião: “As florestas tropicais como um todo devem ser submetidas à gestão coletiva, ou seja, à gestão da 21

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comunidade internacional.” Como ressalta o The Independent, a Amazônia é uma poderosa reserva de recursos naturais. O diário espanhol El País também destaca que “o mundo tem os olhos postos nas riquezas da floresta”. É por isso que a soberania brasileira é questionada. O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, prefere não levar a sério o The New York Times e desqualifica a idéia de internacionalizar a região: “Quem faz uma proposta dessas deveria passar por uma requalificação psicológica, tal o disparate que contém. Os donos da Amazônia somos nós.” Por mais que o ministro tente reduzir a importância das ameaças, o fato, no entanto, é que os estrangeiros se sentem donos da região há muitos anos. Em 1862, logo após a vitória da União na Guerra Civil americana, o presidente Abraham Lincoln sugeriu a representantes dos negros libertados a criação de um Estado Livre na Amazônia. Dom Pedro II não foi consultado, mas o Brasil foi salvo pelos dirigentes negros que deram uma resposta boa e seca a Lincoln: “Não aceitamos a proposta porque este país também é nosso.” Ainda no Segundo Reinado, o comandante Matthew Maury, chefe do Observatório Naval de Washington, defendeu a livre navegação internacional pelo rio Amazonas. Cem anos depois, o urbanista e futurista americano Herman Kahn teve a idéia de inundar a região num sistema de grandes lagos, com as dimensões do Estado de São Paulo, para permitir a navegação até as minas da Bolívia, do Peru e da Venezuela, fornecedoras de matéria-prima para as indústrias metalúrgicas dos EUA. Em troca o Brasil receberia uma hidrelétrica gigantesca. Planos para a Amazônia não faltam. Em algumas escolas americanas já circulam mapas que mostram o Brasil extirpado dessa região e do Pantanal. Metendo o nariz na vida alheia, os que questionam nossa soberania justificam o ato alegando que o Brasil tem de ser punido por má gestão. Somos acusados, por exemplo, de não conseguirmos deter o desmatamento. Segundo o instituto inglês Stern, esse é o melhor e mais barato caminho para estancar o aquecimento global. A queima de florestas, por um dia, emite mais dióxido de carbono do que vôos de oito milhões de pessoas entre Londres e Nova York. Daí, a imensa responsabilidade do Brasil. Durante a Sessão Especial da ONU sobre Meio Ambiente, em junho de 1997, o presidente americano Bill Clinton exigiu a redução significativa de gás carbônico e disparou veementes críticas aos países que não impediam a queimada em suas florestas. Para não ficar apenas em palavras, Clinton chegou a desmarcar um encontro com o então presidente Fernando Henrique Cardoso, pois preferiu viajar para a Califórnia, onde se reuniria com prefeitos locais. A questão do desmatamento não deixa de ser um argumento dos que querem internacionalizar a floresta, até mesmo porque os últimos levantamentos do Inpe acusam aumento de áreas queimadas, como revelou Minc na quarta-feira 21. Mas é óbvio que os estrangeiros não são movidos apenas por boas intenções. Muito além das queimadas e da poluição, eles estão de olho é nas incomensuráveis riquezas da Amazônia. Felizmente, o Exército brasileiro está consciente do perigo. E diz estar preparado até mesmo para a possibilidade mais radical de uma intervenção militar. “Hoje, a Amazônia é nosso maior foco de preocupações com a segurança”, disse o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, em recente entrevista em Brasília. Em sua avaliação, uma hipótese potencial seria a de “uma guerra assimétrica na Amazônia, ou seja, uma guerra contra uma potência muito superior, que nos forçaria a uma guerra de resistência 22

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nacional”. Outro cenário, segundo Unger, incluiria a ação militar de um país vizinho patrocinado por uma grande potência, bem como incursões de forças irregulares ou paramilitares. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, não vê um risco imediato, mas ressalta que, apesar de não sermos beligerantes, saberemos nos defender: “Não há nenhum país ameaçando o Brasil, mas precisamos de uma força dissuasiva para remover a possibilidade de que aconteça uma invasão.” Ou seja, pelo sim, pelo não, as Forças Armadas têm se preparado para a pior hipótese. Além de renovar seu armamento, vêm reforçando suas unidades na região com transferência de tropas do Sul para o Norte. “Os militares projetam um conflito futuro, para daqui a 30 ou 40 anos, com um inimigo mais provável, os Estados Unidos”, diz o cientista político Paulo Ribeiro Rodrigues da Cunha, da Unesp. “Não devemos ser paranóicos, mas muito menos devemos ser ingênuos”, conclui ele, tecendo elogios à movimentação das Forças Armadas. A maioria dos especialistas sustenta que a intervenção militar é uma possibilidade remota. Esse é o caso do coronel da reserva Geraldo Lesbat Cavagnari Filho, fundador e pesquisador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp. Ele descarta o conflito e a conspiração com o objetivo de internacionalizar a Amazônia, mas alerta que isso não justifica nenhuma “negligência da defesa militar nesse possível teatro de operações”. E a defesa, a seu ver, não se reduz à dimensão das armas: “Ela abrange, também, a defesa do meio ambiente e das comunidades indígenas, assim como a interceptação do tráfico de drogas e do contrabando de minérios e madeiras.” Nessa linha, o general Carlos de Meira Mattos, falecido em janeiro de 2007, fez pouco da teoria da soberania compartilhada, mas recomendou ao Estado brasileiro demonstrar forte e inabalável decisão de não aceitar a violação de seus direitos. Além da ofensiva diplomática, o Brasil, recomendava Meira Mattos, deve revelar notória capacidade de administrar a Amazônia, “desenvolvendo eficiente política autosustentável que preserve a natureza, proteja suas águas e otimize o seu povoamento”. As tarefas do Estado brasileiro, portanto, estão mais do que assinaladas. E são urgentes. O melhor meio de enfrentar ameaças à soberania nacional é se fazer presente na região. Isso significa, em primeiro lugar, adotar uma política menos complacente em relação às inúmeras ONGs que atuam na Amazônia. Misturam- se ali raras organizações internacionais de mérito reconhecido em defesa da ecologia e dos direitos humanos com inúmeras entidades inidôneas e de finalidade incerta e não sabida. Na verdade, estão atrás das riquezas e da biodiversidade. Há que impedir essa invasão camuflada de objetivos ecológicos e humanitários. Basta lembrar que 96% das reservas mundiais de nióbio encontram-se na Amazônia e a região também é alvo da chamada biopirataria por parte de laboratórios que buscam patentes inéditas para seus medicamentos. O governo tem procurado se informar sobre os desvios de rota das ONGs e promete adotar regulamentos mais rígidos nas permissões de acesso à floresta. As autorizações passarão pelo crivo dos órgãos da Defesa. Segundo o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., o objetivo é separar o joio do trigo. “Não serão criados obstáculos para as ONGs respeitadas”, diz ele. Em sua explosiva reportagem, o The New York Times comete o exagero de comparar as novas exigências que serão feitas às ONGs aos tempos da Guerra 23

23


Fria, quando determinadas áreas da ex-União Soviética eram vedadas a estrangeiros. Diz o jornal que, assim, o Brasil pode terminar como ela. A comparação é tão estapafúrdia quanto a proposta de internacionalizar a Amazônia por se tratar de “um patrimônio da Humanidade”. Só encontra paralelo nas versões que correm em círculos intelectuais europeus e americanos de que o Brasil estaria patrocinando um “pavoroso extermínio de seus índios”. Sob essa alegação, muitas ONGs de fachada defendem com unhas e dentes a política indigenista em vigor, que premiou algumas tribos com territórios maiores do que o de países europeus. A essas ONGs interessa que o Estado brasileiro não tenha domínio político sobre as extensas áreas ocupadas pelos indígenas, sobretudo porque são territórios de riqueza desconhecida – e é mais fácil aos estrangeiros que nos cobiçam tecer nebulosos negócios com os índios. É também por isso que é urgente modificar a atual política de demarcação de terras, uma vez que, se ela continuar como está, índios e ONGs ocuparão cada vez mais o território nacional. Assim, lamentavelmente, muito antes de enfrentar invasores externos, o Brasil terá de invadir uma porção do próprio Brasil para reaver a integridade de seu chão. Para haver escalada é preciso haver escala, métrica do avanço, e isso não se podia então medir tecnocientificamente (pois, lembre-se, não havia método de medição, nenhuma métrica). Tudo não passou de imaginação de HK e sua tropa. Tropa de choque, por sinal. Choque psicológico, porque gguerra psicológica. Teria sido possível colocar em funcionamento um programáquina medidor? Não, pois não existia. Tudo foi decidido dentro da cabeça de HK, como teria de ser ainda agora, por não termos controle de nossas ações e decisões. Teríamos de olhar e decidir se estaria aumentando ou se estaria diminuindo ou ficando do mesmo jeito. Ou aumentando ligeiramente ou diminuindo ligeiramente. Ninguém poderia afirmar então (década dos 1960 em diante) ou agora (década dos 2010 em diante) estar na presença de uma escalada, colocando os dados e deixando o programáquina avaliar para cuspir a resposta. A ESCALADA DO KAHN

editora: Bloch ano: n/d estante: Ciência Política 24

24


meta-estante: Ciência Política peso: 750g cadastrado em: segunda-feira, 8/12/2008. 11:43:34 descrição: Herman Kahn Herman KahnControvertido físico, matemático, pensador militar e; estrategista futurólogo, notabilizou-se por suas previsões apocalípticas, no fim; da década de 60. Na época, fez tremer a intelectualidade americana e européia; com seu primeiro best-seller, Sobre a Guerra Termonuclear (On Thermonuclear; War), no qual defendia a elaboração de planos para a eventualidade de uma guerra; atômica. Em 1967, causou uma polêmica maior ainda ao emergir como futurólogo em; The Year 2000, livro-tese, no qual desenhava cenários algo mirabolantes e; controvertidas extrapolações estatísticas sobre o futuro do planeta; A imagem de um mundo superpopuloso e superpoluído, exaurido de riquezas naturais; e conturbado pelo choque entre ricos e pobres, parece aos poucos desfazer-se, ao; menos no primeiro mundo. Nascido em Los Angeles, Herman foi conselheiro; científico da Força Aérea americana e introduziu inovações na área militar. Em; visita ao Brasil, foi alvo de críticas pela imprensa da época, por ter afirmado; que seríamos a nação mais pobre do mundo no ano 2.000. Sua proposta de; internacionalização da Amazônia mereceu o desprezo nacional; Entre suas obras, incluem-se Sobre a Escalada e A Prosperidade Está Próxima, lançada no Brasil pouco antes de sua morte. Com 150 quilos de peso, o rosto; emoldurado por uma barba branca bem aparada e com olhos vivos escondidos atrás; de óculos de lentes grossíssimas, despachava com todos os presidentes; americanos, de Harry Truman a Ronald Reagan. Dono de um célebre Q.I. igual a; 200, era diretor do Hudson Institute, reputado centro de pesquisa localizado; próximo a Nova York. Khan foi comparado ao Dr. Strangelove - personagem de; Stanley Kubrick, estranhamente fascinado por engenhos atômicos -, acusado de; imoral por pensar o impensável e por preconizar a construção em massa de abrigos; nucleares; Ele prognosticou o florescimento da economia do Japão muito antes da invasão de; seus automóveis nos Estados Unidos e, para os vinte anos seguintes, uma nova; idade do ouro para seu país, assinalada pelo crescimento da produtividade, desaparecimento da pobreza e pela abundância de recursos. Analisou as; perspectivas da transmissão eletrônica da correspondência (o largamente; utilizado fax da atualidade); meios de ganhar uma guerra em El Salvador;; alternativas para o imposto de renda; e a força da Marinha soviética. Chegou; também a rejeitar a teoria nuclear vigente na época, segundo a qual, a; devastação subsequente a um conflito nuclear é capaz de deter o uso dessas; armas. Em vez disso, defendia os preparativos para guerras nucleares limitadas; Herman Kahn faleceu aos 61 anos, em 8 de julho de 1983. Apesar de não haver critério matemático, foi importante ele elaborar os quadros, porque começou e atraiu atenção, permitindo a vários outros avaliar e sugerir um método mais completo.

Capítulo 5 Conflitos... Os mais fundamentais de todos os conflitos são aqueles relativos ao que chamei de “elementos da bandeira” elementar, pois contém os “elementos dos antigos” vertidos a uma conformação pós-contemporânea. 25

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As quatro coisas de que necessitam são o ar, a água, o solo e a energia. Ar para respirar é fundamental, água para beber é indispensável, solo para pisar é imperativo, energia para se mover é indeclinável. Não dá para passar sem isso. Durante tempo demais, talvez, fomos protegidos das preocupações, exceto com os dois últimos, solo e energia, porque a escassez destes sempre nos levou a confrontos desde os primórdios. O excesso de população e a barreira da frente de ondas do Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática) tornaram os espaços de coleta insuficientes ou os pastos precários. Os pastores brigavam, os plantadores brigavam, todos brigavam. Contudo, de disputas de água e ar só agora ouvimos falar. Naturalmente 7,0 bilhões se aproximando de 12,0 bilhões já é notícia muito ruim, porque vamos tomando tudo, geralmente no sentido de destruir cenários, raramente de construir. As notícias pipocam. AS MAIORES POPULAÇÕES Anexo:Lista de regiões metropolitanas por população Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

26

Tóquio, a maior área metropolitana do planeta. A questão sobre quais são as maiores cidades do mundo é complexa, visto que não há uma única resposta correta, simplesmente porque existem muitas maneiras diferentes de definir uma "cidade". Um conceito é a área metropolitana, que é baseada no conceito de uma área de mercado de trabalho e é geralmente definida como um núcleo de trabalho (uma área com alta densidade de empregos disponíveis) e as zonas circundantes, que têm fortes laços com o deslocamento do núcleo. Atualmente não existe uma definição amplamente aceita de área metropolitana.[1] Uma tentativa de chegar a um conceito definido de forma consistente sobre o termo "área metropolitana" é o estudo de Richard Forstall, Richard Greene e James Pick. Os princípios fundamentais da sua definição, envolve a delimitação da área urbana como o núcleo, em seguida, adicionando comunidades vizinhas que atendem a dois critérios: (1) Menos de 35% da população ativa residente deve estar engajada na agricultura ou na pesca, e (2) Pelo menos 20 % dos residentes trabalhadores comutam a para o núcleo urbano.[1] Com base em critérios definidos de forma consistente sobre área metropolitana, eles tabularam as vinte maiores regiões metropolitanas do mundo em 2003.[1][2] Conforme números da população são interpretados e apresentados de forma diferente de acordo com diferentes métodos de coleta de dados, definições e fontes, estes números devem ser vistos como aproximados. Dados de outras fontes podem ser igualmente válidos, mas diferem por serem medidos de acordo com diferentes critérios ou retirados de diferentes anos censitários. Posição Área País População Área Densidade 26


metropolitana

1

Tóquio

2

Seul

3

Cidade do México[3]

4

Nova York[4]

5

Mumbai

6

Jacarta

7 8

São Paulo Deli Osaka-KobeKyoto

9 10

Xangai

11

Grande Manila

12

Hong KongShenzhen[5]

13

Los Angeles

14 15 16

Calcutá Moscou Grande Cairo

17

Buenos Aires

18

Londres

19

Pequim

20

Carachi

(km²)

populacional (Pessoas/km²)

Japão 32.450.000 Coreia 20.550.000 do Sul

8.014

4.049

5.076

4.048

México

20.450.000

7.346

2.784

Estados Unidos Índia

19.750.000

17.884

1.104

19.200.000

2.350

8.170

Indonésia 18.900.000 Brasil 18.850.000 Índia 18.600.000

5.100

3.706

8.479 3.182

2.223 5.845

Japão 17.375.000

6.930

2.507

Repúblic a Popular 16.650.000 da China

5.177

3.216

16.300.000

2.521

6.466

Repúblic a Popular 15.800.000 da China

3.051

5.179

15.250.000

10.780

1.415

15.100.000 15.000.000 14.450.000

1.785 14.925 1.600

8.459 1.005 9.031

Argentina 13.170.000 Reino 12.875.000 Unido

10.888

1.210

11.391

1.130

6.562

1.905

Filipinas

Estados Unidos Índia Rússia Egito

Repúblic a Popular 12.500.000 da China

27

10.727 Paquistão 11.800.000 1.100 Referências 1,0 1,1 1,2 1. ↑ R.L. Forstall, R.P. Greene, and J.B. Pick, Which are the largest? Why lists of major urban areas vary so greatly, Tijdschrift voor economische en sociale geografie 100, 277 (2009), Table 4 2. ↑ R.L. Forstall, R.P. Greene, and J.B. Pick, "Which are the largest? Why published populations for major world urban areas vary so greatly", 27


City Futures Conference, (University of Illinois at Chicago, July 2004) – Table 5 (p.34) 3. ↑ Consists of two separate zona metropolitanas: the Zona Metropolitana del Valle de Mexico (ZMVM) and the Zona Metropolitana de Toluca (ZMT) ↑ Consists of two separate metropolitan statistical areas (MSA): the 4. New York-Northern New Jersey Long Island MSA and the BridgeportStamford-Norwalk MSA. ↑ There are restrictions on the movement of labor between Hong Kong 5. and mainland China and the two areas are sometimes listed separately in other lists. Ver também • Anexo:Lista dos municípios mais extensos do mundo • Lista das maiores cidades do mundo‎ As 50 Áreas urbanas mais populosas do Mundo 1. Tóquio – Yokohama 2. Seul – Incheon 3. Bombaim 4. Cidade do México 5. São Paulo 6. Nova Iorque 7. Xangai 8. Deli 9. Osaka – Kobe – Kyoto 10. Jacarta 11. Cairo 12. Pequim 13. Calcutá 14. Moscow 15. Dhaka 16. Lagos 17. Teerã 18. Buenos Aires 19. Londres 20. Los Angeles 21. Karachi 22. Paris 23. Shenzhen 24. Rio de Janeiro 25. Manila 26. Tianjin 27. Istanbul 28. Bogotá 29. Taipei 30. Bangkok 31. Chicago 32. Guangzhou</li 33. Kinshasa 34. Lima 35. Cidade de Ho Chi Minh 36. Bagdá 37. Nagoya 28

28


38. Cartum 39. Joanesburgo 40. Xi'an 41. São Francisco – Oakland 42. Shenyang 43. Chennai 44. Wuhan 45. Hong Kong 46. Hyderabad 47. Lahore 48. Bangalore 49. Dongguan 50. Santiago LUGAR

PAÍS

JUL 2007

JUL 2008

China

1.321.851.888

1.330.044.544

Índia

1.129.866.154

1.147.995.904

Estados Unidos

301.139.947

303.824.640

Indonésia

234.693.997

237.512.352

Brasil

190.010.647

196.342.592

Paquistão

164.741.924

172.800.048

Bangladesh

150.448.339

153.546.896

Nigéria

135.031.164

146.255.312

Rússia

141.377.752

140.702.096

10º

Japão

127.433.494

127.288.416

29

AS MAIORES DENSIDADES LUGAR

PAÍS

DENSI DADE

POPULAÇÃO

LU GAR

ÁREA KM

LU GAR

Bangladesh

1.044,8

150.448.339

144.000

93º

Índia

343,7

1.129.866.154

3.287.590

Japão

337,3

127.433.494

10º

377.835

61º

Paquistão

204,9

164.741.924

803.940

35º

Nigéria

146,2

135.031.164

923.768

32º

China

137,7

1.321.851.888

9.596.960

Indonésia

122,3

234.693.997

1.919.440

16º

Estados Unidos

31,3

301.139.947

9.631.418

Brasil

22,3

190.010.647

8.511.965

10º

Rússia

8,3

141.377.752

17.075.200

A quantidade não importa muito. Ter 600 bilhões de pessoas onde isso for 1 % das possibilidades não preocuparia ninguém. Ter um milhão 29


de habitantes em país onde só 200 mil podem ser alimentados a contento preocupa muitíssimo. A frente de ondas da tecnociência propagou a população em toda parte e deu extremo conforto – nunca visto – em outros. Contudo, no momento em que houver crise da FO/TC (frente de ondas da tecnociência) e privação de ar (a Cidade do México passou por crises sérias nas décadas dos 1980 e 1990), de água (como os países saarianos e subsaarianos), de solo (em países superpopulosos), de energia (ninguém haveria de pensar nisso há alguns anos, mas agora podemos apontar os EUA, onde o petróleo já ultrapassou o pico há muitos anos). O Brasil, não padece de nenhuma dessas dificuldades. Ora, por enquanto estamos guarnecidos, até por termos população de menos de 200 milhões; embora seja uma das maiores do mundo, a densidade é muito pequena, relativamente. Se fôssemos pressionados poderíamos alargar bastante as margens, trabalhando com afinco e cancelando os desperdícios, inclusive aqueles cometidos em nome de estrangeiros (“o celeiro do mundo”); poderíamos, quem sabe, multiplicar por 10 cada uma das distâncias entre margens. CONTUDO, os estrangeiros ficam cheios de cobiça. Depois de terem malbaratado seus recursos voltam-se para os nossos. É antiga a “internacionalização da Amazônia”. Ninguém fala em “internacionalização do meio-oeste americano”, nem em “internacionalização da Sibéria” ou “internacionalização do Monte Fuji” ou qualquer outra internacionalização. É só da Amazônia. Nenhum dos países que espuriamente tomaram a Antártica fala em “internacionalização daAntártica” (que nem é deles). COBIÇA (também chamada pelo povo de “olho gordo”; o corpo é magro, mas o olho fica injetado de ambição) Amazônia do Brasil

Durante debate recente em uma Universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal e ex-Ministro da Educação, Senador Cristovam Buarque, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Segundo Cristóvão, foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para a sua resposta: "De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. 30

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Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade. Se a Amazônia, sob uma óptica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um País. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas a França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um País. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos a presidência dos EUA tem defendido a idéia de internacionalizar a s reservas florestais do mundo em troca da dívida. 31

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Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de COMER e de ir a escola. Internacionalizemos as Crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa ! " Meio Ambiente Internacionalização da Amazônia: uma questão de soberania Se fosse preciso descrever a Floresta Amazônica com uma palavra, esta seria "abundância". É uma vastíssima região dde aproximadamente 6,5 milhões de quilômetros quadrados, que abriga a maior reserva de biodiversidade e a maior bacia hidrográfica do mundo, escoando um quinto do volume de água doce, além de possuir quantidades incalculáveis de recursos minerais. Quase 4,2 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia estão localizados no território do Brasil, ou seja, a maior parte do bioma e suas riquezas pertencem a este país. Como era de se esperar, existem muitos grupos interessados em desfrutar das riquezas amazônicas e suas disputas freqüentemente se tornam acirradas e violentas, em especial quando os envolvidos têm objetivos excludentes. A título de ilustração, vale citar os indígenas habitantes do local que são persuadidos, por meio de negociações e mesmo coerção, a venderem ou darem suas terras a madeireiras. Há todo tipo de organização tentando participar da exploração da Amazônia, além dos dois já citados, tais como: agricultores, pecuaristas, mineradoras, indústrias farmacêuticas, contrabandistas — de animais silvestres, espécies vegetais e outros tipos mais — e o próprio governo brasileiro. Naturalmente, não só os grupos nacionais se interessam pelos abundantes recursos amazônicos, mas também estrangeiros o fazem há tempos. Porém, vale ressaltar que a globalização — fenômeno caracterizado pela aceleração dos fluxos de pessoas, produtos, capital e informação — acelera tendências, incrementando, portanto, atividades e interesses de não-brasileiros na região amazônica. As organizações ambientalistas vieram ganhando força nas últimas décadas, pois a intensa atividade industrial e o estratosférico padrão de consumo que as sociedades atingiram vêm causando problemas ambientais de todo tipo e estes só têm se agravado, apesar dos (simbólicos) esforços da comunidade internacional para diminuir a poluição e a devastação de ecossistemas. Esforços simbólicos, sim, pois mesmo o mais famoso acordo internacional a respeito dos cuidados com o meio-ambiente, o Protocolo de Kyoto, não atingiu suas metas. Porém, em 2007 o movimento ambientalista ganhou uma força imensa devido ao estudo apresentado pelo Intergovernamental Panel for Climatic Changes (IPCC), que pretensamente provou a relação direta entre a emissão dos "gases-estufa" e o aquecimento global. Desde já, o autor deixa explícita a sua aversão à internacionalização da 32

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Amazônia, por motivos que serão descritos a seguir. Existem alguns argumentos a favor desta; o que pretendo a seguir é questioná-los e, se possível, desconstruí-los. É possível afirmar que os recursos de que dispõe o Brasil são insuficientes para vigiar a vastíssima região em questão, ou que ao menos os recursos aplicados são menores que os necessários. Dessa forma, é difícil impedir o avanço dos desmatamentos, das queimadas, dos endêmicos conflitos por terra e do tráfico. Assim sendo, há quem diga que uma soberania internacional sobre a região permitiria uma maior fiscalização, trazendo mais benefícios para os nativos e para a humanidade como um todo, além de permitir a preservação do bioma. Porém, tal afirmação é de todo questionável. É certo que existiria maior disponibilidade de recursos para fiscalização, pois eles viriam de fontes estrangeiras que atualmente não contribuem para esta causa. Por outro lado, tendo em vista que não estão especificados os termos da internacionalização, poderia muito bem ocorrer que os Estados nacionais envolvidos licitassem diversos empreendimentos privados, atendendo aos interesses de suas elites econômicas, o que intensificaria o processo de destruição do bioma — como ocorreu nos países de origem de muitas das corporações transnacionais, cujo desenvolvimento foi possibilitado pela extração em larga escala de recursos naturais. A proposta que apresento — e já foi apresentada pelo atual governo brasileiro — é que, se a real preocupação internacional se atribui à segurança do bioma amazônico e não aos interesses de grupos privados em explorar a riqueza do local, que se crie um fundo internacional para arrecadação de recursos, que seriam utilizados pelo Brasil na manutenção da riqueza biológica da Amazônia — cuja exploração será concedida a quem as autoridades nacionais permitirem. Além disso, outro fator que complexifica a questão é a população nativa da região: esses habitantes são cidadãos brasileiros e têm direito a serem tutelados por seu Estado, que não poderia ceder parte de seu território a outras autoridades sem violar os direitos desses civis. A contenção do atual processo de destruição da Amazônia não é simples, aborda muitos fatores. Porém, tendo em vista que o Brasil é um país com consideráveis recursos financeiros e que o cenário internacional atual é, segundo inúmeros e conceituados especialistas, extremamente favorável para o país, pode-se afirmar que o Estado brasileiro logo terá plenas condições de lidar energicamente com o problema. Isso poderá ser feito com um conjunto de medidas, descritas a seguir: 1) a retirada, ou ao menos a diminuição, do fomento à pecuária extensiva, que leva os proprietários de terras a atear fogo nas fronteiras da floresta amazônica para expandir a área de pasto do gado e, desse modo, aumentar a sua produção; 2) fomentar a pecuária intensiva, contendo a expansão predatória do gado; 3) promover o aproveitamento das terras já devastadas para o plantio, visando a produção de alimentos e oleaginosas para processamento de biocombustíveis – ambos com bons preços no mercado internacional; 4) intensificar as operações de policiamento que visam reprimir atividades ilegais, como a extração predatória de madeira e a produção de carvão vegetal em fornos clandestinos. Em suma, segundo o amplamente aceito princípio da soberania nacional, o Estado brasileiro tem o direito e sobretudo o dever de governar seu território em nome de seus cidadãos, não sendo justificável nenhuma intervenção externa; por outro lado, tem sido reconhecida a importância do uso 33

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sustentável do bioma, sendo esta a promessa dos governantes deste país. Além disso, os demais países têm pouco direito de criticar o desmatamento amazônico, pois eles próprios consumiram predatoriamente suas florestas e ainda hoje liberam quantidades incomensuráveis de gases poluentes. Como bem disse o atual presidente da república, Luís Inácio "Lula" da Silva: "Achamos que ela [a Amazônia] precisa produzir benefícios para todos os seres humanos. Mas temos que dizer em alto e bom som que quem cuida da Amazônia é o Brasil. Quem decide o que fazer na Amazônia é o Brasil". Dudu Tomaselli A previsibilidade de Hari Seldon em posts diários! Internacionalização da Amazônia – motivos para dizer sim

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Tudo bem que a idéia de internacionalizar a Floresta Amazônica é antiga e polêmica, mas você já parou para pensar com calma no assunto? Consegue encontrar algum bom motivo para ser contrário? Não? Sim? Todos as principais razões citadas por pessoas que são contra a internacionalização me parecem na verdade razões para entregar o controle da floresta aos países que tenham condições de pagar e cuidar da maior área verde do planeta. Veja também: Amazônia: o mundo para todos ou A Internacionalização do Mundo. Versão em .pps (PowerPoint Slideshow): Uma aula de geografia brasileira. Mais sobre a Amazônia e o FINRAF: Ah!Mazon Amazônia: O mundo para todos ou A Internacionalização do Mundo Americanos são líderes da invasão estrangeira 34


Câmara quer debate sobre ameaça à soberania nacional na Amazônia Congresso vai votar projeto que reduzirá a floresta amazônica em cinqüenta por cento De quem é a Amazónia, afinal? (10/05/2008) Deep in Brazil, a Flight of Paranoid Fancy By LARRY ROHTER (The New York Times). É o mesmo ROHTER que errou na "dose" ao fazer comentários sobre o presidente Lula. Veja também Sobre Larry Rohter Denúncia atinge ONGs Exército busca na experiência asiática estratégia para defender Amazônia de invasão estrangeira Falsa discussão. Internacionalização da Amazônia e soberania brasileira. Falso Mapa da Amazônia Golpe geográfico na internet In Brazil, this is what they think we are teaching in junior high? Livros de geografia nos EUA dizem que a amazônia não é brasileira. Mapa Alternativo da Amazônia Mapa do Brasil falso circula pela Internet Mapas del Brasil sin la Amazonia O "Boato Eletrônico" de Internacionalização da Amazônia O Brasil dividido O Brasil que o Brasil perdeu Para preservar Amazônia, Brasil depende de dinheiro estrangeiro Retratação The "U.S. Takeover of the Amazon Forest" Myth Yanomami: um povo ameaçado Veja também Roraima: estado brasileiro, cobiça internacional. Sobre o 'interesse' dos EUA no Brasil vale a pena conhecer o caderno especial Documento publicado no Diário de Pernambuco em 30 de agosto de 2006. Nele, o jornalista pernambucano Vandeck Santiago traz algumas revelações interessantes. (V. "O plano de Kennedy para o Nordeste", Diário de Pernambuco, Recife, 30 de agosto de 2006.) No texto intitulado A invasão que não houve (pag. 4) ele diz: "... Dessa documentação consultada por ele [historiador Moniz Bandeira] faz parte um informe encaminhado a João Goulart pelo SCIFI (o serviço de informações do governo) sobre um campo de pouso clandestino em Teresina - PI, que faria parte, segundo Bandeira, de uma 'operação especial' organizada pela CIA para a eventualidade de uma invasão." Mais adiante (mesma página), sob o título Armas e infiltração, Santiago acrescenta: "1) À meia-noite de 16 de julho de 1963 um misterioso submarino chegou à costa pernambucana. Era norte-americano, prefixo WZI0963, seu comandante provavelmente chamava-se Roy [...]. Desembarcou em Pernambuco 750 brazucas (sic), revólveres, espingardas e granadas, que foram transportadas para estados do nordeste. Generais brasileiros, reformados, estiveram no desembarque. [...] "A chegada de armas já era, em si, um fato grave. Mais ainda 35

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porque parte delas era fabricada na Tcheco-Eslováquia, na época um país comunista. O que diabos armas tchecas estariam fazendo num submarino americano? A suposição: era uma tentativa de provocação. Para que — quando necessário — fossem 'apreendidas' e mostradas como prova de que os comunistas estavam armando revolucionários nordestinos'" ... Todos nós já ouvimos falar que os americanos querem transformar a Amazônia num parque mundial com tutela da ONU, e que os livros escolares americanos já citam a Amazônia como floresta mundial. Pois chegou as mãos de um amigo o livro didático "Introduction to geography" do autor David Norman, livro amplamente difundido nas escolas públicas americanas para a Junior High School (correspondente à nossa sexta série do 1ºgrau). Olhem o anexo e comprovem o que consta a página 76 deste livro e vejam que os americanos já consideram a Amazônia uma área que não é território brasileiro, uma área que rouba território de oito países da América do Sul e ainda por cima com um texto de caráter essencialmente preconceituoso. Vamos divulgar isso para o maior número de pessoas possível a fim de podermos fazer alguma coisa ante a esse absurdo... 18.06.08 A internacionalização da Amazônia e o fundamentalismo científico Ciências

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O movimento pela internacionalização da Amazônia começou sutil há vários anos. Agora ele ganhou fôlego e já é defendido explicitamente por autoridades de várias partes do mundo. E a pressão agora chega também ao ambiente científico, utilizando, claro, os relatórios do IPCC como referência e como lastro. E chega com um viés político extremamente preocupante. É a velha história de querer usar a ciência para justificar posições políticas. Aquilo que o Paul Feyerabend sempre alertou e sempre lutou contra - mas pouco conseguiu, se é que conseguiu alguma coisa. O máximo que se fala dele é que ele tentou "macular o método científico" - coisas de um direitismo felizmente inexpressivo que agora se apresenta sob o codinome de "céticos" uma postura política autoritária e perigosa que vem ganhando muito eco entre a juventude universitária. Mas vou deixar para falar sobre isto em outro post. Agora quero chamar a atenção para dois fatos marcantes que aconteceram nos últimos dias, um apontando diretamente para a internacionalização da Amazônia e outro mostrando como um discurso pretensamente avançado logo se transforma em radicalismo abestalhado. A National Science Foundation divulgou em seu site um release sobre um artigo publicado na revista Science. O release vem com o interessante nome de If a Tree Falls in the Forest, and No One Is Around to Hear It, Does Climate Change? - Se uma árvore cai na floresta, e ninguém está perto para ouvir, o clima muda? À primeira vista, parece coisa de quem não "acredita" em aquecimento global 36


(é, a coisa aqui também já tá virando matéria de fé). Quando eu vi só o título, me ocorreu que eles estariam tentando dizer algo do tipo: "Se árvores caem todos os dias de forma natural, talvez haja uma preocupação desmedida..." ou coisa do tipo. O que de imediato acendeu a luz amarela e me fez ler o artigo inteiro. Vindo da NSF uma postura dessas seria, no mínimo, estranhíssima. Mas não. Eles logo começam falando sobre a necessidade, defendida pelo cientista Gordon Bonan, de políticas legislativas para mitigar o aquecimento global. É... leis. Leis nacionais ou leis internacionais? O pesquisador começa defendendo estudos que nos levem a entender o papel que as florestas desempenham no aquecimento global. Para, logo em seguida, já dar a resposta completa, com todo o veredito daquele tipo "A ciência comprova." Leiam só: Primeiro ele fala: "As florestas têm sido propostas como uma possível solução, de forma que é imperativo que nós entendamos completamente como as florestas influenciam o clima." (grifos do neguinho aqui) Para em seguida expor-se completamente: "Na Amazônia, a floresta tropical remove dióxido de carbono da atmosfera. Isto ajuda a mitigar o aquecimento global diminuinto as concentrações de gases causadores do efeito estufa na atmosfera. Estas florestas também bombeiam umidade na atmosfera por meio da evapotranspiração. Isso resfria o clima e também ajuda a mitigar o aquecimento global." Uai, pesquisa para que então se o cara já sabe tudo? Só faltam as leis. E quem deve fazer as leis para proteger as florestas que agora são patrimônio da humanidade? Aquelas republiquetas de banana lá da América do Sul é que não, né? É certo que esses efeitos já foram pesquisados e há muito material disponível, mas qual cientista em sã consciência diria que já entendemos como as florestas impactam o clima global, assim de forma tão completa quanto ele propõe? Só cientistas que não têm mais a ciência como profissão, mas a política. Não estou dizendo, pelamordedeus, que devemos continuar destruindo a floresta porque "nada está provado". Claro que não. Temos que parar com esse desmatamento insano o quanto antes. O que estou dizendo é que não podemos deixar que a ciência sirva de anteparo para intenções políticas muito claras, de dominar mais territórios e criar planos de exploração do tipo criado para os campos de petróleo do Iraque. "Eles iam usar para comprar armas de destruição em massa, então nós tomamos deles e usamos para trazer dividendos para os investidores do mundo civilizado." Ou vocês acham que o interesse é pelo bem da humanidade? Eu sou o humano o suficiente para sustentar que, se a floresta amazônia é realmente essencial para a garantia de um clima estável no planeta, e se os brasileiros e todos os outros povos cujos países são cobertos pela floresta não têm condições de cuidar dela, então, em nome da humanidade, precisamos mesmo cuidar dela da forma que for necessário. Mas está claro que não é isto que está acontecendo no momento. Que o Al Gore quer ser o primeiro Presidente Mundial todo mundo já percebeu. Mas acreditar que é para cuidar do bem-estar de todas as gerações futuras? Ah vá..., aí já é acreditar em contos da carochinha. Por que não começamos cuidando da geração atual, que está morrendo de fome? Estamos falando de 37

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impérios, meus caros, e isso é pensado em termos de séculos. Os norteamericanos não querem que seu império sucumba como o inglês e menos ainda como o romano. O Hitler planejou um império que duraria 1000 anos. E quase tudo baseado em não ensinar matemática para os não-arianos - sabiam dessa? Pois é, dá para falar muito sobre isso, mas isto aqui é um post de um blog e não um tratado. Vem então o segundo fato que eu citei. A lamentável morte do site WorldChanging. Não, ele não saiu do ar, não morreu de corpo, por assim dizer, ele morreu de alma. Foi criado pelo Jamais Cascio (que agora está no Open the Future) e foi brilhante enquanto foi dirigido por ele. Agora os caras resolveram apagar os comentários de quem não concorda com eles... É, só o silêncio bastaria para "comentar" uma maluquice dessas. É isso que eu chamo de radicalismo abestalhado. Só falta falar que os discordantes são terroristas. Aí já pode prender eles sem julgamento. Um site que nasceu para discutir mudanças rumo a um mundo melhor, assume agora que quer todas as mudanças para um mundo melhor, desde que seja o mundo melhor já definido nas cabeças deles - para eles, é claro. "Posso discordar de tudo o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo," talvez tenha dito o Voltaire (dito, diria o Odorico Paraguaçu, já que parece que isso não está escrito em nenhuma de suas obras). É a essência da democracia. É nisso que me bato quando falo do uso da ciência como arma política - como arma da má política, entenda-se do autoritarismo. E aqui a coisa vai além, eles estão transformando a ciência em matéria de fé. "Há os que crêem nas nossas teorias, e esses terão seus comentários salvos, e há aqueles que não crêem, e esses terão seus comentários deletados para toda a eternidade." É como se o saber científico atual fosse algo pleno, já completo, como se nada restasse a ser descoberto, se nenhuma teoria necessitasse ser refeita, aprimorada, reconstruída, substituída. Será que alguém imagina que dentro de 100, 500 ou 1000 anos nós teremos as mesmas explicações que temos hoje para tudo o que nos cerca? Esses caras imaginam justamente isso, porque eles acreditam que em seus livros reina todo o saber acessível à humanidade. Uma dádiva divina, talvez, que só eles compreendem. Rest in Peace, WorldChanging, que um mundo em mudança nem sempre é um mundo em mudança para todos. E as mudanças que vocês defendem, com os métodos que vocês usam, não me interessam de forma nenhuma. Existe o perigo da internacionalização da Amazônia? por Luís Indriunas Neste artigo 1. Introdução 2. O fantasma e a realidade 3. Mais informações 4. Veja todos os artigos sobre Lei & Ordem Introdução A internacionalização da Amazônia é um fantasma que vira e mexe volta à mídia. Muitas vezes por palavras de militares das Forças Armadas que têm entre suas preocupações tradicionais as questões de soberania nacional. Outras por declarações como as do então presidente da França, François 38

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Mitterrand, que, em 1991, disse que "o Brasil precisa aceitar a soberania relativa sobre a Amazônia". Outras vezes por deputados ou outras instituições que reclamam da presença de organizações não-governamentais internacionais na região.

Na internet, são freqüentes os boatos da existência de um livro didático de geografia norte-americano que separaria a região do resto do Brasil. O livro, na verdade, é uma farsa. Há também um interessante discurso sobre o tema do senador Cristovam Buarque, que inclusive está publicado no seu blog, que volta e meia invade as caixas postais dos internautas. Enfim, a internacionalização parece mais uma dessas teorias da conspiração. Historicamente, a Amazônia, no entanto, foi uma das partes mais separadas econômica, social e politicamente do resto do Brasil. Seja no Brasil Colônia, seja nos tempos contemporâneos. Só para entender o imbróglio, duas histórias dos interesses internacionais ou do desinteresse nacional com a região. A correspondência do embaixador inglês no Brasil no início da independência brasileira (1822) mostra que o então regente Feijó pediu ajuda militar inglesa e francesa, através dos seus embaixadores, para acabar como a Cabanagem, revolta separatista ocorrida na região. Já nos tempos de Dom Pedro 2º, o chefe do Observatório Naval de Washington defendeu a tese da livre navegação internacional do rio Amazonas, por causa do seu volume de água “oceânico”. Desabitada e desconhecida, a região acabou sendo explorada pelo governo brasileiro de maneira mais efetiva apenas no século passado quando Marechal Rondon, pai da política indigenista brasileira, começou a instalar os telégrafos na parte mais desabitada do país. Depois outros militares, principalmente durante a ditadura militar (1964-1984), decidiram “povoar” a região em nome da soberania nacional, criando as rodovias transamazônica e Belém-Brasília. Em 1985, durante a transição democrática, foi criado o Projeto Calha Norte, uma forma de ampliar a segurança na face norte do rio Amazonas a mais desabitada do país e a mais vulnerável. 39

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Ao mesmo tempo, principalmente, nas últimas décadas do século 20 e no século atual, o interesse mundial pela região começou a crescer de uma maneira muito maior que, por exemplo, nos tempos do ciclo da borracha. Afinal, o mundo se deu conta dos perigos da devastação desenfreada da natureza que provoca fenômenos como o aquecimento global e a maior floresta tropical do mundo começou a ter mais importância. A biodiversidade, ainda hoje, em grande parte, desconhecida da região, é alvo dos olhos de cientistas e biopiratas. E as empresas de capital internacional investem principalmente no setor de extração atrás das riquezas da região. Bom, por essas e por outras, a região é de interesse mundial. Mas e a internacionalização da região é realmente um perigo. A pan-amazônia É bom lembrar para que a tal região amazônica não é uma exclusividade brasileira. O Brasil tem a maior parte (cerca de 80%) dos 7 milhões de quilômetros quadrados. O restante fica com a Venezuela, Suriname, Guiana, Guiana Francesa, Equador e Colômbia, formando a pan-amazônia. O fantasma e a realidade Internacionalização quer dizer, para os dicionários, tornar-se internacional ou ato de trazer algo sob controle internacional. No aspecto político, o termo pode querer dizer a quebra de uma soberania nacional em determinada região. A Constituição brasileira não permite, já no seu primeiro artigo, dizendo que “a República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal...” Nos acordos internacionais, o princípio absoluto da não intervenção tem parâmetros estabelecidos na ordem global e passa a admitir como exceções a intervenção – inclusive armada – para o (r)estabelecimento de regimes democráticos, a proteção da propriedade privada e a defesa dos direitos humanos. Foram alguns dos argumentos para acontecer a intervenção dos Estados Unidos no Iraque após a queda do ditador Saddam Hussein. Há, no entanto, um outro tipo de internacionalização que nada mais é do que a forma como o capitalismo se estruturou desde o século passado e que chamamos de globalização. A grosso modo, é a diminuição das limitações para trocas comerciais entre países. Na prática, é o que vemos em todos os países: empresas multinacionais instaladas e produtos oriundos dos mais diferentes países. Olhando por esses dois ângulos, podemos dizer que a quebra da soberania brasileira, como teme o exército quando se fala da Amazônia, é praticamente uma fantasia. Não há governo, estadista ou político que fale do assunto com esses viés atualmente. Do outro lado, a globalização está completamente presente na região. Seja pela presença de diversas multinacionais, principalmente nos setores mineral e madeireiro, seja pela número de institutos de pesquisas e organizações não-governamentais (ONGs) presentes na região. Aliás, são, principalmente, as ONGs a grande preocupação do Exército que as 40

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consideram possíveis criminosos e estariam tomando o lugar do Estado. Durante uma audiência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, da Câmara dos Deputados, o secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa, general-do-Exército Maynard Marques Santa Rosa, disse que há 100 mil organizações não-governamentais operando na Amazônia brasileira. Para ele, as ONGs visam principalmente a defesa do meio ambiente e dos direitos indígenas, mas, segundo ele, "muitas têm interesses ocultos como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, tráfico de armas e de pessoas e até mesmo espionagem". Para muitos pesquisadores, o que há, na verdade, é uma intenção do Exército brasileiro de ir atrás de um novo “inimigo”. Como aponta Andréa Zhouri, do departamento de Sociologia e Antropologia, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), “os ambientalistas passaram a ocupar, juntando-se aos comunistas, o mesmo lugar simbólico e político de “inimigos da nação” no imaginário militar”. Obviamente, há diversos jogos de interesses conflitantes na região que tem a ver tanto com setores internacionais ou globalizados, como com nacionais e regionais. Enquanto isso, a Amazônia se internacionaliza como praticamente todas as regiões do mundo. Artigos relacionados • Como funciona a Amazônia • Como funciona a Organização das Nações Unidas • A bandeira do Brasil já foi semelhante a dos Estados Unidos? • Declaração Universal dos Direitos Humanos Mais links interessantes O fantasma da internacionalização da Amazônia revisitado, de Andréa Zhouri • Audiência pública sobre ONGs na Amazônia • Ministério da Defesa - Internacionalização da Amazônia Durante debate ocorrido no mês de Novembro/2000, em uma Universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque (PT), foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Segundo Cristovam, foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para a sua resposta: "De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo e risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade. Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir 41

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ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveriam pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratandoas, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa." (*) Cristóvam Buarque foi governador do Distrito Federal (PT) e reitor da Universidade de Brasília (UnB), nos anos 90. É palestrante e humanista respeitado mundialmente. Clique a seguir para ler outra matéria de Cristovam Buarque - A pobreza da riqueza As forças armadas brasileiras estão dormindo no ponto. O Ministério da Defesa deixa muito a desejar.

Capítulo 6 ... e Solução É porque não fomos verdadeiramente apertados numa prensa que nos colocamos em situação ainda confortável, especialmente no Brasil, 42

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onde há excesso de Bandeira Elementar (8,5 mil km de praias dando para o ar marinho; imensas bacias hidrográficas – somente o Amazonas tem 10 mil afluentes, com água sobrando; 8,6 milhões de km2 de solos; energia de todo tipo; vida abundante ainda não mapeada, mesmo com o desastre da destruição insensata das florestas). A FARTURA NO BRASIL A) IMENSIDÃO DE LIMITES COSTEIROS:

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B) ÁGUAS INTERIORES E EXTERIORES (e subterrâneas):

Águas interiores Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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As zonas marítimas de acordo com a Lei do Mar

Do ponto de vista da Lei do Mar, consideram-se águas interiores os mares completamente fechados, os lagos e os rios, bem como as águas no interior da linha de base do mar territorial[1]. As águas arquipelágicas no interior das ilhas mais exteriores de um Estado arquipelágico (como a Indonésia ou as Filipinas) também são consideradas águas interiores. Sobre suas águas interiores, além de jurisdição idêntica à do mar territorial, o Estado costeiro pode até mesmo impedir a passagem inocente.

Referências

↑ Texto da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar - ver Artigo 8 (em português)

C) TERRA-SOLO: D) ENERGIA DE TODO TIPO:

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E) VIDA ABUNDANTE: Nos outros países não é, em geral, assim. Em alguns a situação é periclitante e começam a acontecer as chamadas “guerras de água”, sem falar nos conflitos potenciais da poluição do ar, pré-anunciadas pela questão do carbono. Entrementes, muito poderia ser feito com medidas simples. SIMPLES-MENTE 1. para o ar: é muito mais fácil (embora as empresas egoístas e anti-ambientais achem que não) deter o problema junto às chaminés que depois recolher o ar sujo; 2. para a água: colocar os telhados a coletar a água de chuva (em vez de expulsá-la) permitiria nas residências e em minha opinião 40 % de poupança das águas gastas; a reciclagem ajudaria enormemente as empresas e as repartições públicas; represas nas fazendas seria um caminho; crédito zero dos rios na foz (aproveitamento total antes da entrega ao oceano); reflorestamento ciliar total de rios e lagoas, fim do assoreamento dos rios, dragagem e navegabilidade total da foz às nascentes; 3. para a terra: medidas draconianas de contenção da erosão, moratória total dos desmatamentos, obrigação tributária do reflorestamento; 4. para a energia: todas as construções passando a usar o máximo de luz solar; máquinas reprogramadas para desperdício zero; programa “lixamigo” de contenção e reaproveitamento local dos dejetos; 5. para a vida: fim do excesso de nascimentos (pareamento com as necessidades efetivas após programa de info-robotização total), aproveitamento do eco-patrimônio.

Capítulo 7 Administração Mundial

AMBIENTAL

PESSOAL

DUPLADMINISTRAÇAO PREDOMINÂNCIA pessoambientes PREDOMINÂNCIA DO COLETIVO DO INDIVIDUAL individual familiar grupal empresarial urbanomunicipal estadual nacional mundial Nenhum indivíduo pode pretender administrar o ar, a água, a terra/solo, o fogo-energia e a Vida geral que são, claramente, coletivas, supra-pressoais. 45

45


Capítulo 8 O Respeito ao Próximo Jesus falou uma coisa fundamentalíssima: “amai-vos uns aos outros como EU vos amei”. Frisei o eu porque, quando revista a frase, poderia ficar assim: “Amai-vos uns aos outros como DEUS vos amou”. Para os religiosos (especialmente para os cristãos) isso é dupla afirmação: 1. a ponto de criar o mundo, o universo inteiro; 2. a ponto de dar seu filho unigênito em sacrifício de correção de rumos. Há uma frase que fala de “respeitar a mulher do próximo”, que vem do mandamento de “não cobiçar a mulher alheia”; é complementada pelos oportunistas com “principalmente quando o próximo estiver próximo”. Olhando o mundo tal como o vemos podemos considerar que as pessoas não setenham se amado suficientemente, nem muito menos como Deus as amou. DISTANCIAMENTO EXTRAORDINÁRIO (estatísticas da ONU em 2008) 50 % da população 48 % da população 2 % da população detêm detêm detêm 1 % das rendas 49 % das rendas 50 % das rendas (1/50) x 1.000 = (49/48) x 1.000 = (50/2) x 1.000 = 20 ‰ 1.020 ‰ 25.000 ‰ UMA PIRÂMIDE FANTÁSTICAMENTE INCORRETA (cada degrau de baixo comporta quatro vezes aquele imediatamente acima: 4n) 1 M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M M p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p p 46

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Vai ser um massacre. Perto dele o holocausto dos judeus na IIª Guerra vai parecer uma festa para crianças no Mcdonalds. Sinto pena, em razão do desrespeito recorrente. Eles estão cercados e nem se deram conta disso.

Capítulo 9 O Respeito do Próximo Como pleitear o respeito do próximo se o respeito ao próximo é insatisfatório? Não são apenas os holligans, são todos; aqueles extremados são apenas a ponta da montanha de gelo, os ice-bergs. O GELO DA INDIFERENÇA E DA FÚRIA

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Jesus disse: “Amai-vos uns aos outros como EU (Deus) vos amei”: amando assim já teríamos grandes dificuldades, quando mais odiando ou sendoíamos por dificuldades, quanto mais se não nos dedicarmos! Pois a nossa relação com o mundo físico-químico, o mundo biológico-p.2 e o mundo psicológico-p.3 depende em grande parte da relação de uns com os outros, pois agora somos multidão com competência tecnocientífica em exponenciação aceleradíssima e quase nada pode nos deter (fora i Natureza-Deus e suas forças ciclópicas), além de nós mesmos e nossa estupidez. TANTO FIZERAM QUE HOUVE A SEPARAÇÃO (entre esquerda e direita, há milênios atrás)

POIS É - 1955 Ataulfo Alves

Pois é falaram tanto que dessa vez A morena foi embora Disseram que ela era a maioral E eu é que nao soube aproveitar Endeusaram a morena tanto tanto Que ela resolveu me abandonar A maldade dessa gente é uma arte Tanto fizeram que houve a separaçao Mulher a gente encontra em toda parte Só nao encontra a mulher que a gente tem no coraçao A solução para a Bandeira Elementar é a mesma solução geral, para tudo: passa pela reaproximação da espécie humana em todos os sentidos. Fiz o meu trabalho, mas não foi fácil encaixar todas as pessoas, destoantes por vontade própria.

Capítulo 10 Terrinteira 49

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A única forma de evitar a completa destruição da humanidade é uni-la COMO UMA SÓ e sair do planeta, desafogando-o com os exemplos espaciais de abnegação na conquista do circun-espaço, do espaçotempo em volta da Terra, por todo o sistema solar. Pela primeira vez em nossa geo-história (que tem sometne 11 mil anos, desde Jericó, a primeira das cidades) estamos diante de nós mesmos. Sabemos como somos destrutivos e infiéis e tudo de ruim no dicionário. Também temos um lado, enquanto espécie, capaz dos maiores exemplos de grandeza. Está na hora da disputa infernal. Veremos se sobreviveremos. Ou verão os que sobrarem para a nova tentativa. Vitória, segunda-feira, 07 de dezembro de 2009. José Augusto Gava.

ANEXOS Capítulo 1

Índices Pluviométricos Geografia do Brasil Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Geografia do Brasil 50

Continente

América do Sul

Região

Brasil

Coordenadas geográficas

10°00′S, 55°00′W

Área - Ranking - Total - Terra - Água

5º maior 8.514.876,599 km² 1,2 8.456.510 km² 55.455 km²

Fronteiras - Total - Países vizinhos

16.885 km Argentina 1.261 km 50


Bolívia 3.423 km Colômbia 1.644 km Guiana Francesa 730,4 km Guiana 1.606 km Paraguai 1.365 km Peru 2.995 km Suriname 593 km Uruguai 1.068 km Venezuela 2.200 km Linha costeira Reivindicações marítimas - Mar territorial - Zona contígua - Zona econômica exclusiva - Plataforma continental Extremos de elevação - Ponto mais alto - Ponto mais baixo

7.491 km 12 nm 24 nm 200 nm 200 nm Pico da Neblina 2.994 m Oceano Atlântico 0 m[carece de fontes?]

Relevo

Planícies na Região Norte, Nordeste e CentroOeste; planaltos na região Sul e Sudeste.

Clima

Principalmente tropical, mas subtropical ao sul.

Recursos naturais

bauxita, ouro, ferro, manganês, níquel, platina, alumínio, urânio, petróleo e opala (PI).

Uso da terra - Terra arável - Cultivos permanentes - Outros

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6,93% (2005) 0,89% (2005) 92,18% (2005)

Terra irrigada

29.200 km²

Perigos naturais

Secas e inundações na região Nordeste; inundações na região Sudeste; geadas e inundações na região Sul.

Problemas ecológicos

Desmatamento da Floresta Amazônica (a maior floresta tropical do mundo) e poluição do ar e das águas (rios e mares).

¹ na extensão territorial do Brasil, estão incluídos o arquipélago de Fernando de Noronha, o Atol das Rocas, a Ilha da Trindade, as Ilhas Martin Vaz e os Penedos de São Pedro e São Paulo. ² Segundo Resolução nº 05, de 10 de outubro de 2002 do IBGE. A geografia do Brasil é um domínio de estudos e conhecimentos sobre todas as características geográficas do território brasileiro. O Brasil é o quinto maior país do mundo em área descontínua: tem 1,7% das terras emersas e ocupa 47% da América do Sul. Se forem consideradas apenas as áreas contínuas, ele passa a ocupar a 4a posição, já que os Estados Unidos possuem dois territórios externos: Havaí e Alasca. Está localizado na porção 51


centro-oriental do continente sul-americano (entre os paralelos de 5º16' de latitude norte e 33º44' de latitude sul, e entre os meridianos de 34º47' e 73º59' de longitude oeste),[1] com seu litoral banhado pelo oceano Atlântico. O Brasil tem uma área total de 8.514.876 [2][3] km² que inclui 8.456.510 km² de terra e 55.455 km² de água. O ponto culminante do Brasil é o Pico da Neblina, com 2.994 m;[4] o ponto mais baixo é o nível do mar. O Brasil faz fronteira com dez repúblicas sul-americanas: Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela e Guiana Francesa. Por comparação, o Brasil é um pouco menor em extensão territorial em relação aos Estados Unidos da América. A maior parte de seu clima é tropical, embora algumas zonas possam ser classificadas como temperadas. O maior rio do Brasil, e também o mais extenso do mundo, é o Amazonas.[5][6] A floresta que cobre a bacia do rio Amazonas constitui quase a metade das florestas equatoriais da Terra. O relevo do Brasil é formado por planaltos e planícies. Os planaltos ocupam a maior parte do território brasileiro. Os principais planaltos são o Planalto das Guianas no extremo norte e o Planalto Brasileiro no centro-oeste, no nordeste, no sudeste e no sul. As principais planícies são: a Planície Amazônica no norte, a Planície do Pantanal no sudoeste e a Planície Costeira ou Litorânea banhada pelo Oceano Atlântico. Os principais climas do Brasil são: equatorial no norte, semi-árido no nordeste, tropical na maior parte do país, tropical de altitude no sudeste e subtropical no sul. As principais bacias hidrográficas do Brasil são: a Bacia do rio Amazonas no norte, a Bacia do Tocantins-Araguaia no centro, a Bacia do São Francisco no leste, a Bacia do rio Paraná no centro-sul, a Bacia do Paraguai no sudoeste, a Bacia do Uruguai no extremo sul, a Bacia do Atlântico Sul no litoral sul, a Bacia do Atlântico Sudeste no litoral sudeste, a Bacia do Atlântico Leste no litoral leste, a Bacia do Atlântico Nordeste Oriental no nordeste e as Bacias do Parnaíba e a do Atlântico Nordeste Ocidental no meio-norte. O Brasil tem diferentes tipos de vegetação. Os principais são: a Floresta Amazônica no norte, a Mata dos Cocais no meio-norte, a Mata Atlântica desde o nordeste até o sul, a Mata das Araucárias no sul, a Caatinga no nordeste, o Cerrado no centro, o Complexo do Pantanal no sudoeste, os campos no extremo sul com manchas esparsas em alguns estados do país e a vegetação litorânea desde o Amapá até o Rio Grande do Sul. Apesar de todo o profundo conhecimento reunido neste artigo, o clima do Brasil parece não ser favorável à prática do aprendizado e do discurso cognitivos da geografia em tempos de viagens prolongadas, nem mesmo a memória diminuta da população. O desinteresse e a ausência de memória para o aprendizado do assunto é resultado do envolvimento da população em seus problemas e da pequena quantidade de neurônios no cérebro dos brasileiros. Área

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Mapa-múndi com a relação dos países por ordem de área. Trata-se de um tema bastante relativo na geografia mundial. • Total: 8.514.876,599 km² (inclui as águas internas). • Terra seca: 8.456.510 km² (inclui o arquipélago de Fernando de Noronha e também Ilha Grande, Ilha Bela, entre outras menores). Ocupando uma área territorial de 8.514.876 km², o Brasil é o país mais extenso da América do Sul. É ainda o terceiro das Américas e o quinto do mundo: apenas a Rússia (com 17.075.400 km²), o Canadá (com 9.984.670 km²), a República Popular da China (com 9.596.960 km²) e os Estados Unidos da América (com 9.629.091 km²) têm maior extensão. Devido ao fato de apresentar tão grande extensão territorial, o Brasil é considerado um país continental, ou seja, um país cujas dimensões físicas atingem a proporção de um verdadeiro continente, sendo que seu território ocupa 1,6% da superfície do globo terrestre, 5,7% das terras emersas do planeta Terra, 20,8% da superfície do continente americano e 47,3% da superfície da América do Sul. Como o Brasil tem o formato aproximado de um gigantesco triângulo, mais precisamente de um coração, é mais extenso no sentido leste-oeste do que no sentido norte-sul. Entretanto, como essas distâncias são quase iguais, costuma-se dizer que o Brasil é um país eqüidistante. • Distância Leste-Oeste: (em linha reta) 4.328 km. • Distância Norte-Sul: (em linha reta) 4.320 km. Localização 53

Localização do Brasil. O Brasil se encontra nos hemisférios sul, norte e inteiramente no hemisfério ocidental do planeta Terra, está localizado no continente americano, situando-se na porção centro-oriental da América do Sul, entre as latitudes +5º16'20" N e -33º44'32" S e entre as longitudes -34º45'54"L e -73º59'32" O. É cortado ao norte pela Linha do Equador, que atravessa os estados do Amazonas, Roraima, Pará e Amapá, e pelo Trópico de Capricórnio, que passa pelos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, aos 23º27'30" de latitude sul (sendo assim 93% do seu território no hemisfério sul e 92% na zona intertropical).[1]

O Vale da Morte, no estado norte-americano da Califórnia, é um exemplo de área anecúmena. Estando na porção centro-oriental da América do Sul, limita com todos os países sul-americanos, exceto com o Equador e o Chile. Ao norte faz fronteira com a Guiana, Guiana Francesa, Suriname e a Venezuela; a noroeste com a Colômbia; a oeste com o Peru e a Bolívia; a sudoeste com o Paraguai e a 53


Argentina; e ao sul com o Uruguai. Toda a sua extensão nordeste, leste e sudeste são banhadas pelo Oceano Atlântico. O espaço geográfico do Brasil é considerado excepcionalmente privilegiado, já que é quase inteiramente aproveitável, não apresentando desertos, geleiras ou cordilheiras - as chamadas áreas anecúmenas, que impossibilitam a plena ocupação do território, como ocorre com a maior parte dos países muito extensos da Terra. No Canadá, por exemplo, aparecem algumas áreas desse tipo, como a Ilha de Baffin e a Ilha Ellesmere, ocupadas por geleiras. Na China, aparecem os desertos da Mongólia e Turquestão; nos Estados Unidos, os desertos do Arizona e do Colorado. Coordenadas geográficas do Brasil O Brasil está situado entre os paralelos 5°16'19" de latitude norte e 33°45'09" sul e entre os meridianos 34°45'54" de longitude leste e 73°59'32" oeste. O país é cortado simultaneamente ao norte pela Linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio; por isso, possui a maior parte do seu território situado no hemisfério sul (92%), na zona tropical (93%), a menor parte no hemisfério norte (1%) e a outra na zona temperada do sul (7%). Altitudes

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Pico da Neblina, o ponto mais alto do país.

Pontos extremos do Brasil. As altitudes do território brasileiro são modestas, de modo geral. O território não apresenta grandes cadeias de montanhas, cordilheiras ou similares. O ponto mais elevado no Brasil é o Pico da Neblina, com cerca de 2.994 m de altitude. O ponto mais baixo é às margens de suas praias no Oceano Atlântico, com altitude de 0 m[carece de fontes?]. Fusos horários A partir de junho de 2008, o território brasileiro, incluindo as ilhas oceânicas, passou a estender-se por apenas três fusos horários, todos a oeste do meridiano de Greenwich (longitude 0º). Em cada faixa de 15º entre pares de meridianos ocorre a variação de uma hora. Isso significa que horário oficial no Brasil varia de 2 a 4 horas a menos em relação à hora de Greenwich (GMT). O 54


primeiro fluxo engloba as ilhas oceânicas (longitude 30º O) e tem 2 horas a menos que a GMT. O segundo (45º O) tem 3 horas a menos e é a hora oficial do Brasil. Abrange Brasília, Minas Gerais, Goiás, Tocantins e todos os estados brasileiros banhados pelo oceano Atlântico. No terceiro (60º O), que tem quatro horas a menos, estão inclusos todos os demais estados: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Roraima, Rondônia, Amazonas e Acre. O fuso que tinha 5 horas a menos em relação à GMT deixou de existir. Horário de verão Desde 1985 o Brasil adota o horário de verão, no qual os relógios de parte dos estados são adiantados em uma hora num determinado período do ano. No período de outubro a fevereiro, é estabelecido o horário de verão nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Nesses lugares, durante o verão, a duração do dia é significativamente maior do que a duração da noite, pois a mudança de horário retarda a entrada elétrica, quanto ao pico de consumo de energia elétrica, quando as luzes das casas são acesas. Com isso o governo espera diminuir em 1% o consumo nacional de energia. Nos outros estados a pequena diferença de duração entre o dia e noite em todas as estações do ano não favorece a adoção do novo horário. Fronteiras O Brasil tem 23.086 km de fronteira, sendo 15.791 km terrestre e 7.367 km marítima. Marítimas O litoral estende-se da foz do rio Oiapoque, no cabo Orange, ao norte, até o arroio Chuí, no sul. A linha costeira do Brasil tem uma extensão de 7.491 km,[7] constituída principalmente de praias de mar aberto. Terrestres Com exceção de Equador e Chile, todos os países da América do Sul fazem fronteiras com o Brasil, sendo a mais extensa com a Bolívia. As extensões da fronteira com cada país vizinho são: Fronteiras do Brasil

País

Extensão

Argentina

1.223 km

Bolívia

3.400 km

Colômbia

1.643 km

Guiana

1.119 km

Guiana Francesa

673 km

Paraguai

1.290 km

Peru

1.560 km

Suriname

597 km

Uruguai

985 km

Venezuela

2.200 km

Total

14.691 km

[editar] Pontos Extremos Os pontos extremos do território brasileiro são: Ao norte, a nascente do Rio Ailã, no Monte Caburaí, Estado de Roraima 55

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(5º 16' de latitude norte), na fronteira com a Guiana; Ao sul, o Arroio Chuí no Rio Grande do Sul (33º 45' de latitude sul), fronteira com o Uruguai; • O extremo leste da parte continental do Brasil é a Ponta do Seixas, em João Pessoa, na Paraíba (34º 47' de longitude oeste); porém, as ilhas oceânicas de Fernando de Noronha, Atol das Rocas, arquipélago de São Pedro e São Paulo, Trindade e Martim Vaz ficam ainda mais a leste, sendo o extremo leste absoluto do território brasileiro uma ponta sem nome na Ilha do Sul do arquipélago de Martim Vaz, a cerca de 28° 50' de longitude oeste; • A oeste, a serra da Contamana ou do Divisor, no Acre (73º 59' de longitude oeste), na fronteira com o Peru. Geologia O território brasileiro, juntamente com o das Guianas, distingue-se nitidamente do resto da América do Sul pela simples observação do mapa geológico do continente. Na região ocidental situam-se os Andes, que sobressaem como se fossem sua coluna vertebral, formando as cadeias montanhosas mais elevadas da América do Sul. Larga faixa adjacente aos Andes, no lado oriental, comportou-se, em geral, como área subsidente no Cenozóico e atualmente está coberta por depósitos quaternários, estendendo-se em planícies baixas e contínuas com diversos nomes geográficos (Pampas, Chaco, Beni, Llanos). Ocorrem pequenas áreas de rochas pré-cambrianas distribuídas ao longo do geossinclíneo Andino (restos do embasamento trazidos à superfície pelos desdobramentos e falhas) e outras dispostas transversalmente ao eixo da grande cadeia. No mais, somente afloram rochas paleozóicas, mesozóicas e cenozóicas, na região andina e na faixa oriental adjacente. Relevo O Brasil é um país de altitudes modestas. Cerca de 40% do seu território encontra-se abaixo de 200 m de altitude, 45% entre 200 e 600 m, e 12%, entre 600 e 900 m. Apenas 3% constituem área montanhosa, ultrapassando os 900 m de altitude. Tradicionalmente, o relevo do Brasil é dividido de acordo com a classificação de Ab'Saber, respeitado geógrafo paulista, pioneiro na identificação dos grandes domínios morfoclimáticos nacionais. Sua classificação identifica dois grandes tipos de unidades de relevo no território brasileiro: planaltos e planícies. Mais recentemente, com os levantamentos detalhados sobre as características geológicas, geomorfólogicas, de solo, de hidrografia e vegetação do país, foi possível conhecer mais profundamente o relevo brasileiro e chegar a uma classificação mais detalhada, proposta, em 1989, pelo professor Jurandyr Ross, do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo. Na classificação de Ross, são consideradas três principais formas de relevo: planaltos, planícies e depressões. As duas subseções seguintes detalham ambas as classificações. Planaltos Os planaltos ocupam aproximadamente 5.000.000 km² e distribuem-se basicamente em duas grandes áreas, separadas entre si por planícies e platôs: o Planalto das Guianas e o Planalto Brasileiro. Planalto das Guianas •

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Vista aérea do Monte Roraima. O Planalto das Guianas situa-se na parte norte do país, estendendo-se ainda pela Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Parte integrante do escudo da Guianas, apresenta rochas cristalinas muito antigas (do período Pré-Cambriano), intensamente desgastadas. Pode ser dividido em duas grandes unidades: • Região serrana, situada nos limites setentrionais do planalto. Como o próprio nome indica, apresenta-se como uma linha de serras, geralmente com mais de 2.000 metros de altitude. Nessa região, na serra do Imeri ou Tapirapecó, localiza-se o Pico da Neblina, com 2.994 metros, ponto mais alto do Brasil. Fazem parte desse planalto, ainda, as serras de Parima, Pacaraima, Acaraí e Tumucumaque; • Planalto Norte Amazônico, situado ao sul da região serrana, caracterizado por altitudes modestas, inferiores a 800 metros, intensamente erodidas e recobertas pela densa selva amazônica. Planalto Brasileiro O Planalto Brasileiro é um vasto planalto que se estende por toda a porção central do Brasil, prolongando-se até o nordeste, leste, sudeste e sul do território. É constituído principalmente por terrenos cristalinos, muito desgastados, mas abriga bolsões sedimentares significativos. Por ser tão extenso, é dividido em Planalto Central, Planalto Meridional, Planalto da Borborema, Serras e Planaltos do Leste e Sudeste, Planalto do Meio-Norte e Escudo Sul-Riograndense. Planalto Central

Chapada dos Guimarães. O Planalto Central, na porção central do país, caracteriza-se pela presença de terrenos cristalinos (do Pré-Cambriano) que alternam com terrenos sedimentares do Paleozóico e do Mesozóico. Nessa região aparecem diversos planaltos, mas as feições mais marcantes são as chapadas, principalmente as dos Parecis, dos Guimarães, dos Pacaás Novos, dos Veadeiros e o Espigão Mestre, que serve como divisor de águas dos rios São Francisco e Tocantins. Planalto Meridional O Planalto Meridional, situado nas terras banhadas pelos rios Paraná e Uruguai, na região Sul, estende-se parcialmente pelas regiões Sudeste e 57

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Centro-Oeste. É dominado por terrenos sedimentares recobertos parcialmente por lavas vulcânicas (basalto). Nessa porção do relevo brasileiro, existem extensas cuestas emoldurando a bacia do Paraná. Apresenta duas subdivisões: o planalto Arenito-basáltico, formado por terrenos do Mesozóico (areníticos e basálticos) fortemente erodidos, e a depressão periférica, faixa alongada e deprimida entre o planalto Arenito-basáltico, a oeste e o Planalto Atlântico, a leste. Planalto Nordestino O Planalto Nordestino, é uma região de altitudes modestas (de 200 m a 600 m) em que se alternam serras cristalinas, como as da Borborema e de Baturité, com extensas chapadas sedimentares, como as do Araripe, do Ibiapaba, do Apodi e outras. Serras e Planaltos do Leste e do Sudeste

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Pico da Bandeira. As Serras e Planaltos do Leste e do Sudeste, estão localizados próximos ao litoral, formando o maior conjunto de terras altas do país, que se estende do nordeste até Santa Catarina. Os terrenos são muito antigos, datando do período Pré-Cambriano, e integram as terras do escudo Atlântico. Merecem destaque, nessa região, as serras do Mar, da Mantiqueira, do Espinhaço, as chapadas Diamantina, de Caparaó ou da Chibata, onde se encontra o Pico da Bandeira, com 2.890 metros, um dos mais elevados do relevo do Brasil. Essas montanhas, altas para os padrões brasileiros, já atingiram a a altitude dos dobramentos modernos, sendo conseqüência dos movimentos diastróficos (movimentos de amplitude mundial que produziram transformações no relevo dos continentes) ocorridos no Arqueozóico. Em muitos trechos, essas serras desgastadas aparecem como verdadeiros "mares de morros" ou "pães de açúcar". Planalto do Maranhão-Piauí O Planalto do Maranhão-Piauí (ou do Meio-Norte) situa-se na parte sul e sudeste da bacia sedimentar do Meio-Norte. Aparecem, nessa área, vários planaltos sedimentares de pequena altitude, além de algumas cuestas. Escudo Sul-Riograndense O Escudo Sul-Riograndense aparece no extremo sul do Rio Grande do Sul e é constituído por terrenos cristalinos com altitudes de 200 a 400 metros, caracterizando uma sucessão de colinas pouco salientes, conhecidas localmente por coxilhas, ou ainda acidentes mais íngremes e elevados, conhecidos como cerros. Planícies As planícies cobrem mais de 3.000.000 de km² do território brasileiro. 58


Dividem-se em três grandes áreas: a Planície Amazônica, a planície litorânea e o Pantanal Matogrossense. Planície Amazônica

Mapa da ecoregião da Amazônia. Os limites da ecorregião amazônica são mostrados em amarelo. Imagens: NASA. A mais extensa área de terras baixas brasileiras está situada na região Norte. Trata-se da planície Amazônica e planaltos circundantes, localizados entre o planalto das Guianas (ao norte), o planalto Brasileiro (ao sul), o oceano Atlântico (a leste) e a cordilheira dos Andes (a oeste). A planície, propriamente dita, ocupa apenas uma pequena parte dessa região, estendendo-se pelas margens do rio Amazonas e seus afluentes. Ao redor dela aparecem vastas extensões de baixos-platôs, ou baixos-planaltos sedimentares. Observando-se a disposição das terras da planície no sentido norte-sul, indentificam-se três níveis altimétricos no relevo: • Várzeas, junto à margem dos rios, apresentando-se terrenos de formação recente, que sofrem inundações freqüentes, as quais sempre renovam a lâmina do solo; • Tesos ou terraços fluviais, cujas altitudes não ultrapassam os 30 m e que são periodicamente inundados; • Baixos-planaltos ou platôs, conhecidos localmente por terras firmes, salvos das inundações comuns, formados por terrenos do Terciário. Planície do Pantanal

Imagem do Pantanal vista do alto, por satélite 59

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A mais típica das planícies brasileiras é a planície do Pantanal, constituída por terrenos do Quaternário, situada na porção oeste de Mato Grosso do Sul e pequena extensão do sudoeste de Mato Grosso, entre os planaltos Central e Meridional. Como é banhada pelo rio Paraguai e seus afluentes, é inundada anualmente por ocasião das enchentes, quando vasto lençol aquático recobre quase toda a região. As partes mais elevadas do Pantanal são conhecidas pelo nome indevido de cordilheiras e as partes mais deprimidas constituem as baías ou largos. Essas baías, durante as cheias, abrigam lagoas que se interligam através de canais conhecidos como corixos. Planície Litorânea As planícies e terras baixas costeiras formam uma longa e estreita faixa litorânea, que vai desde o Amapá até o Rio Grande do Sul. Em alguns pontos dessa extensão, o planalto avança em direção ao mar e interrompe a faixa de planície. Aparecem, nesses pontos, falésias, que são barreiras à beira-mar resultantes da erosão marinha. A planície costeira é constituída por terrenos do Terciário, que se apresentam como barreiras ou tabuleiros, e por terrenos atuais ou do Quaternário, nas baixadas. As baixadas são freqüentes no litoral e as mais extensas são a Fluminense, a Santista, a do Ribeira de Iguape e a de Paranaguá. As planícies costeiras dão origem, basicamente, às praias, mas ocorrem também dunas, restingas, manguezais e outras formações. Relevo segundo Jurandyr Ross Tendo participado do Projeto Radam e levado em consideração a classificação de Ab'Saber, Jurandyr Ross propôs uma divisão do relevo do Brasil tão detalhada quanto os novos conhecimentos adquiridos sobre o território brasileiro nos dois primeiros projetos. Por isso ela é mais complexa que as anteriores. Sua proposta é importante porque resulta de um trabalho realizado com o uso de técnicas ultramodernas, que permitem saber com mais conhecimento como é formado o relevo brasileiro. Esse conhecimento é fundamental para vários projetos (exploração de recursos minerais, agricultura) desenvolvidos no país. Ross aprofundou o critério morfoclimático da classificação de Ab'Saber, que passou a fazer parte de um conjunto de outros fatores, como a estrutura geológica e a ação dos agentes externos do relevo, passados e presentes. Esta terceira classificação considera também o nível altimétrico, já utilizado pelo professor Aroldo de Azevedo, embora as cotas de altitude sejam diferentes das anteriores. Desse modo, a classificação de Jurandyr Ross está baseada em três maneiras diferentes de explicar as formas de relevo: • morfoestrutural: leva em conta a estrutura geológica; • morfoclimática: considera o clima e o relevo; • morfoescultural: considera a ação de agentes externos. Cada um desses critérios criou um "grupo" diferente de formas de relevo, ou três níveis, que foram chamados de táxons e obedecem a uma hierarquia. • 1º táxon: Considera a forma de relevo que se destaca em determinada área — planalto, planície e depressão. • 2º táxon: Leva em consideração a estrutura geológica onde os planaltos foram modelados — bacias sedimentares, núcleos cristalinos arqueados, cinturões orogênicos e coberturas sedimentares sobre o embasamento cristalino. • 3º táxon: Considera as unidades morfoesculturais, formada tanto por 60

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planícies como por planaltos e depressões, usando nomes locais e regionais. O relevo de determinada região depende de sua estrutura morfológica. Tendo sido feita uma nova classificação do relevo, e corresponde uma nova análise da estrutura geológica brasileira. As novas 28 unidades do relevo brasileiro foram divididas em onze planaltos, seis planícies e onze depressões. Planaltos Compreendem a maior parte do território brasileiro, sendo a grande maioria considerada vestígios de antigas formações erodidas. Os planaltos são chamados de "formas residuais" (de resíduo, ou seja, do que ficou do relevo atacado pela erosão). Podemos considerar alguns tipos gerais: • Planaltos em bacias sedimentares, como o Planalto da Amazônia Oriental, os Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba e os Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná. Podem ser limitados por depressões periféricas, como a Paulista, ou marginais, como a Norte-Amazônica. • Planaltos em intrusões e coberturas residuais da plataforma (escudos): São formações antigas da era Pré-Cambriana, possuem grande parte de sua extensão recoberta por terrenos sedimentares. Temos como exemplos os Planaltos Residuais Norte-Amazônicos, chamados de Planalto das Guianas nas classificações anteriores. • Planaltos em núcleos cristalinos arqueados. São planaltos que, embora isolados e distantes um dos outros, possuem a mesma forma, ligeiramente arredondada. Podemos citar como exemplo o Planalto da Borborema. • Planaltos dos cinturões orogênicos: Originaram-se da erosão sobre os antigos dobramentos sofridos na Era Pré-Cambriana pelo território brasileiro. A serras do Mar, da Mantiqueira e do Espinhaço são exemplos desse tipo de planalto. Fazem parte dos planaltos e serras do Atlântico Leste-Sudeste. Depressões Nos limites das bacias com os maciços antigos, processos erosivos formaram áreas rebaixadas, principalmente na Era Cenozóica. São as depressões, onze no total, que recebem nomes diferentes, conforme suas características e localização. • Depressões periféricas: Nas regiões de contato entre estruturas sedimentares e cristalinas, como, por exemplo, a Depressão Periférica Sul-Rio-Grandense. • Depressões marginais: Margeiam as bordas de bacias sedimentares, esculpidas em estruturas cristalinas, como a Depressão Marginal SulAmazônica. • Depressões interplanálticas: São áreas mais baixas em relação aos planaltos que as circundam, como a Depressão Sertaneja e do São Francisco. Planícies Nessa classificação grande parte do que era considerado planície passou a ser classificada como depressão marginal. Com isso as unidades das planícies ocupa agora uma porção menor no território brasileiro. Podemos distinguir: • Planícies costeiras: Encontradas no litoral como as Planícies e Tabuleiros Litorâneos. • Planícies continentais: Situadas no interior do país, como a Planície do Pantanal. Na Amazônia, são consideradas planícies as terras situadas 61

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junto aos rios. O professor Aziz Ab'Saber já fazia esta distinção, chamando as várzeas de planícies típicas e as outras áreas de baixosplatôs. Clima

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Mapa climático do Brasil e de toda a América do Sul de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger. O clima do Brasil é, em grande parte, tropical, mas o sul do país apresenta clima subtropical. A região Norte, que compreende os estados do Amazonas, Acre, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Amapá tem clima equatorial, que confere à região uma boa distribuição anual de chuvas, com temperaturas elevadas, e baixa amplitude térmica anual. A região Nordeste tem clima diverso, variando de equatorial (Maranhão e parte do Piauí) a semi-árido (a região da Caatinga, compreendendo o coração do Nordeste), e tropical, no centro e sul da Bahia. Os estados da região são o Maranhão, Piauí, Bahia, Pernambuco, Ceará, Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte e Paraíba. A região Centro-Oeste, com os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, além do Distrito Federal, apresenta clima tropical semi-úmido, com destaque para o período de chuvas, que alimenta o Pantanal Mato-Grossense. Na região Sudeste, que compreende os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo predomina, nas regiões mais altas, um clima tropical ameno, com quatro estações bem distintas. Já no noroeste do estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro predomina o clima tropical semi-úmido semelhante ao do cerrado do Centro-Oeste. A região Sul do país possui clima subtropical, com baixas temperaturas nas serras gaúchas e serras catarinenses, sendo freqüente a formação de geadas na região durante o inverno (com ocasional queda de neve) e compreende os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul A maior temperatura registrada no Brasil foi 44,7°C em Bom Jesus, Piauí, em 62


21 de novembro de 2005,[8] superando o recorde de Orleans, Santa Catarina, de 44,6°C, de 6 de janeiro de 1963. Já a menor temperatura registrada foi de -17,8°C no Morro da Igreja, em Urubici, Santa Catarina, em 29 de junho de 1996,[9] superando o recorde do município de Caçador, no mesmo estado, de 14°C, no inverno de 1975. Equatorial

Pequeno afluente do rio Amazonas no Brasil. Ocorre na região Amazônica, ao norte de Mato Grosso e a oeste do Maranhão e está sob ação da massa de ar equatorial continental – de ar quente e geralmente úmido. Suas principais características são temperaturas médias elevadas (25°C a 27°C); chuvas abundantes, com índices próximos de 2.000 mm/ano, e bem distribuídas ao longo do ano; e reduzida amplitude térmica, não ultrapassando 3°C. No inverno, essa região pode sofrer influência da massa polar atlântica, que atinge a Amazônia ocidental ocasionando um fenômeno denominado "friagem", ou seja, súbito rebaixamento da temperatura em uma região normalmente muito quente. Tropical Abrange todo Brasil central, a porção oriental do Maranhão, grande parte do Piauí e a porção ocidental da Bahia e de Minas Gerais. Também é encontrado no extremo norte do país, em Roraima. Caracteriza-se por temperatura elevada (de 18°C a 28°C), com amplitude térmica de (5°C a 7°C), e estações bem definidas – uma chuvosa e outra seca. Apresenta alto índice pluviométrico, em torno de 1.500 mm/ano. A estação de chuva é o verão, quando a massa equatorial continental está sobre a região. No inverno, com o deslocamento dessa massa diminui a umidade e então ocorre a estação seca. Tropical de altitude

Campos do Jordão é a cidade mais alta do Brasil. É encontrado nas partes mais elevadas, entre 800m e 1000m, do planalto Atlântico do Sudeste. Abrange trechos dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, norte do Paraná e o extremo sul de Mato Grosso do Sul. Sofre a influência da massa de ar tropical atlântica, que provoca chuvas no período do verão. Apresenta temperatura amena, entre 18°C e 22°C, e amplitude térmica anual entre 7°C e 9°C. No inverno, as geadas acontecem com certa freqüência em virtude da ação das frentes frias 63

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originadas da massa polar atlântica. Tropical atlântico ou tropical úmido

A Lagoa Rodrigo de Freitas e o Cristo Redentor. Estende-se pela faixa litorânea do Rio Grande do Norte ao extremo leste de São Paulo. Sofre a ação direta da massa tropical atlântica, que, por ser quente e úmida, provoca chuvas intensas. O clima é quente com variação de temperatura entre 18°C e 26°C e amplitude térmica maior à medida que se avança em direção ao Sul -, úmido e chuvoso durante todo o ano. No Nordeste, a maior concentração de chuva ocorre no inverno. No Sudeste, no verão. O índice pluviométrico médio é de 2000 mm/ano. Subtropical

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Neve no Planalto Serrano de Santa Catarina. Também pode ser classificado como temperado. É o clima das latitudes abaixo do trópico de Capricórnio: abrange o sul do estado de São Paulo, a maior parte do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o extremo sul de Mato Grosso do Sul. É influenciado pela massa polar atlântica, que determina temperatura média de 18°C e amplitude térmica anual elevada para padrões brasileiros, de cerca de 10°C. As chuvas variam dos 1000 mm aos 2000 mm/ano, e bem distribuídas anualmente. Há geadas com freqüência e eventuais nevadas. Em termos de temperatura, apresenta as quatro estações do ano relativamente bem marcadas. Os verões são quentes, na maior parte da Região Sul (Cfa, segundo a Classificação climática de Köppen-Geiger), enquanto os verões são amenos nas Serras Gaúcha e Catarinense, além do extremo sul do país, nas partes mais elevadas das Serras de Sudeste (caracterizado por Köppen como Cfb), com média anual de temperatura inferior aos 17°C. Os invernos são frescos (frios para os padrões brasileiros), com a ocorrência de geadas em toda a sua área de abrangência, havendo a ocorrência de neve nas partes mais elevadas da região. A neve ocorre com regularidade anual apenas acima dos 1.000 metros de altitude (constituindo uma pequena área entre os estados de Rio Grande do Sul e Santa Catarina), sendo, nas áreas mais baixas, de ocorrência mais esporádica, não ocorrendo todos os anos. Nos pontos mais altos do planalto, onde pode ocorrer a neve durante os dias de inverno, estão situadas as cidades mais frias do país: São Joaquim e Urupema, em Santa Catarina, e São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul, 64


as três com temperatura média anual de 13°C. O local mais frio do país é creditado ao cume do Morro da Igreja, no município de Urubici, próximo a São Joaquim, o ponto habitado mais alto da Região Sul do país. Semi-árido

Cena comum no interior do Nordeste brasileiro de nordestinos fugindo da seca. Típico do interior do Nordeste, região conhecida como o Polígono das Secas, que corresponde a quase todo o sertão nordestino e aos vales médio e inferior do rio São Francisco. Sofre a influência da massa tropical atlântica que, ao chegar à região, já se apresenta com pouca umidade. Caracteriza-se por elevadas temperaturas (média de 27°C) e chuvas escassas (em torno de 750 mm/ano), irregulares e mal distribuídas durante o ano. Há períodos em que a massa equatorial atlântica (superúmida) chega no litoral norte de Região Nordeste e atinge o sertão, causando chuva intensa nos meses de fevereiro, março e abril. Hidrografia 65

Bacias Hidrográficas De acordo com os órgãos governamentais, existem no Brasil doze grandes bacias hidrográficas, sendo que sete têm o nome de seus rios principais. Amazonas, Paraná, Tocantins, São Francisco, Parnaíba, Paraguai e Uruguai; as outras são agrupamentos de vários rios, não tendo um rio principal como eixo, por isso são chamadas de bacias agrupadas. Veja abaixo as doze macro bacias hidrográficas brasileiras: • Região hidrográfica do Amazonas • Região hidrográfica do Atlântico Nordeste Ocidental • Região hidrográfica do Tocantins • Região hidrográfica do Paraguai 65


Região hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental • Região hidrográfica do Parnaíba • Região hidrográfica do São Francisco • Região hidrográfica do Atlântico Leste • Região hidrográfica do Paraná • Região hidrográfica do Atlântico Sudeste • Região hidrográfica do Uruguai • Região hidrográfica do Atlântico Sul O Brasil possui uma das mais amplas, diversificadas e extensas redes fluviais de todo o mundo. O maior país da América Latina conta com a maior reserva mundial de água doce e tem o maior potencial hídrico da Terra. A maior parte dos rios brasileiros é de planalto, apresentando-se encachoeirados e permitindo, assim, o aproveitamento hidrelétrico. As bacias Amazônica e do Paraguai ocupam extensões de planícies, mas as bacias hidrográficas do Paraná e do São Francisco são tipicamente de planalto. Merecem destaque as quedas-d'água de Urubupungá (no rio Paraná), Iguaçu (no rio Iguaçu), Pirapora, Sobradinho, Itaparica e Paulo Afonso (no rio São Francisco), onde estão localizadas usinas hidrelétricas. Os rios brasileiros apresentam regime de alimentação pluvial, ou seja, são alimentados pelas águas das chuvas. Em decorrência de o clima tropical predominar na maior parte do território, as cheias ocorrem durante o verão, constituindo exceção alguns rios nordestinos, cujas cheias ocorrem entre o outono e o inverno. Os rios do sul não tem vazante acentuada, devido à boa distribuição das chuvas na região, assim como os da bacia Amazônica, também favorecidos pela uniformidade pluviométrica da região. No Brasil, predomina a drenagem exorréica, ou seja, os rios correm em direção ao mar, como o Amazonas, o São Francisco, o Tocantins, o Parnaíba, etc. Pouquíssimos são os casos de drenagem endorréica, em que os rios se dirigem para o interior do país, desaguando em outros rios, como o Negro, o Purus, o Paraná, o Iguaçu, o Tietê, entre outros. Em sua maior parte, os rios brasileiros são perenes, isto é, nunca secam. Mas na região semi-árida do Nordeste há rios que podem desaparecer durante uma parte do ano, na estação seca: são os chamados rios temporários ou intermitentes. •

Laguna dos Patos, no Rio Grande do Sul, Brasil. A direita, o Oceano Atlântico O Brasil possui poucos lagos, classificados em: • Lagos de barragem, que são resultantes da acumulação de materiais e subdividem-se em lagunas ou lagoas costeiras, formadas a partir de restingas, tais como as lagoas dos Patos e Mirim, no Rio Grande do Sul, 66

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e lagoas de várzea, formadas quando as águas das cheias ficam alojadas entre barreiras de sedimentos deixados pelos rios ao voltarem ao seu leito normal. São comuns na Amazônia e no Pantanal MatoGrossense; • Lagos de erosão, formados por processos erosivos, ocorrendo no Planalto Brasileiro. Os centros dispersores — ou seja, as porções mais altas do relevo que separam as bacias fluviais — que merecem destaque no Brasil são três: a cordilheira dos Andes, onde nascem alguns rios que formam o Amazonas; o planalto das Guianas, de onde partem os afluentes da margem esquerda do rio Amazonas; e o Planalto Brasileiro, subdividido em centros dispersores menores. Os rios, ao desembocarem em outro rio ou no oceano, podem apresentar-se com uma foz do tipo estuário, com um único canal, ou do tipo delta, com vários canais entremeados de ilhas; ocorre, excepcionalmente, o tipo misto. No Brasil, predominam rios com foz do tipo estuário, com exceção do rio Amazonas, que possui foz do tipo misto, e dos rios Paranaíba, Acaraú, Piranhas e Paraíba do Sul, que possuem foz do tipo delta. País úmido, com muitos rios, o Brasil, possuía quatro bacias principais e três secundárias, divisão que vigorou até a promulgação da Resolução nº 32, de 15 de outubro de 2003, aprovada pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos: • Bacias principais o Amazônica o Tocantins-Araguaia o Platina o São Francisco • Bacias secundárias o Nordeste o Leste o Sudeste-Sul Bacia Amazônica

A imagem mostra o complexo da Região Hidrográfica do Amazonas, a maior bacia hidrográfica do mundo (clique para ampliar e ver detalhes) Com uma área, em terras brasileiras, de 3.984.467 km², a bacia Amazônica — a maior bacia hidrográfica do mundo[10] — ocupa mais da metade do território brasileiro e estende ainda pela Bolívia, Peru, Colômbia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. A Venezuela não faz parte dessa bacia. Além do rio principal — o Amazonas —, compreende os seus afluentes: na margem esquerda, os rios Içá, Japurá, Negro e Trombetas; na margem direita, os rios Juruá, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu. Atravessada pela linha do Equador na sua porção norte, a bacia Amazônica 67

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possui rios nos dois hemisférios e, devido à sua posição geográfica, apresenta três regimes de cheias: nos rios do norte, tropical boreal, com volume máximo em julho; nos rios do sul, tropical austral, com volume máximo em março; e no tronco central, volume máximo em abril, maio e junho. Dessa forma, o rio Amazonas tem sempre um grande volume de água, já que seus afluentes sofrem cheias em épocas diferentes. O rio Amazonas, o mais extenso do mundo, possui 6.992,06 km dos quais 3.165 km situam em território brasileiro. Nasce na Cordilheira dos Andes, tem sua origem na nascente do rio Apurímac (alto da parte ocidental da cordilheira dos Andes) (Peru), onde recebe os nomes de Apacheta, Lloqueta, Tunguragua, Marañón, Apurímac, Ene, Tambo, Ucayali e Amazonas (Peru), e quando entra no Brasil passa a se chamar Solimões, nome que mantém até a foz do seu afluente rio Negro, próximo a Manaus. A maior parte do rio está inserida na planície sedimentar Amazônica, embora a nascente em sua totalidade é acidentada e de grande altitude. Dentre os diversos rios do mundo, o Amazonas é o que possui maior débito, ou seja, é o que descarrega o maior volume de água em sua foz: em épocas normais, lança no oceano 80.000 m³/s, mas chega a jogar até 120.000 m³/s. Um fenômeno interessante que se observa na foz do rio Amazonas é a pororoca, encontro das águas do rio, durante as enchentes, com as águas do mar, quando ocorre maré alta. A largura média do rio Amazonas é de 4 a 5 km, mas chega, em alguns trechos, a mais de 50 km. Devido ao pequeno declive que apresenta, a velocidade de suas águas é lenta, oscilando entre 2 e 7 km por hora. Além do rio Amazonas e seus grandes afluentes, inúmeros cursos de água desenham uma verdadeira teia na planície Amazônica. São os furos, córregos ou pequenos rios que unem rios maiores entre si; os igarapés, pequenos e estreitos canais naturais espalhados pelo baixo-planalto e planície; e os paranás-mirins, braços de rios que contornam ilhas fluviais. Bacia Platina Formada pelas bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, estende-se pelo Brasil, Uruguai, Bolívia, Paraguai e Argentina. Bacia do Paraná

O mapa mostra a Bacia do Rio Paraná, com destaque para o rio Tietê, um dos seus principais afluentes(clique para ampliar e ver mais detalhes) É a mais extensa das três, abrangendo mais de 10% do território nacional. Possui o maior potencial hidrelétrico instalado no Brasil, merecendo destaque grandes usinas, como a de Itaipu, Jupiá e Ilha Solteira, no rio Paraná; Ibitinga, Barra Bonita e Bariri no rio Tietê; Cachoeira Dourada, Itumbiara e São Simão, no rio Paranaíba; Furnas, Jaguara, Marimbondo e Itutinga, no rio Grande; e ainda Jurumirim, Xavantes e Capivara, no rio Paranapanema. 68

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Seus rios são tipicamente de planalto, o que dificulta muito a navegação, que se tornará mais fácil com a utilização das eclusas construídas com a instalação das usinas hidrelétricas. Os rios dessa bacia apresentam regime tropical austral, com chuvas no verão e, conseqüentemente, cheias de dezembro a março. Bacia do Paraguai

Rio Paraguai. Compreende um único grande rio, o Paraguai, que possui mais de 2.000 km de extensão, dos quais 1.400 km ficam em território nacional. É tipicamente um rio de planície, bastante navegável. Os principais portos nela localizados são Corumbá e Porto Murtinho. Além do Paraguai, destacam-se rios menores, como o Miranda, o Taquari, o rio Apa e o São Lourenço. O regime desses rios é também o tropical austral, com grandes cheias nos meses de verão. Bacia do Uruguai O rio Uruguai e sua bacia ocupam apenas 2% do território brasileiro, estendendo-se pelos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Formado pelos rios Canoas e Pelotas, possui cerca de 1.500 km de extensão e serve de limite entre Brasil, Argentina e Uruguai. Situa-se na porção subtropical do País e apresenta duas cheias e duas vazantes anuais. Seus afluentes de maior destaque são: na margem direita, Peixe, Chapecó e Peperiguaçu; na margem esquerda, Ibicuí, Turvo, Ijuí e Piratini. Com o potencial hidrelétrico limitado, o rio Uruguai é usado para a navegação em alguns trechos. Suas principais hidrelétricas são: Barracão, Machadinho, Pinheiro, Estreito do Sul e Iraí. Bacia do Tocantins-Araguaia Ocupando uma área de 803.250 km², é a maior bacia hidrográfica inteiramente brasileira. Além de apresentar-se navegável em muitos trechos, é a terceira do País em potencial hidrelétrico, encontrando-se nela a Usina Hidrelétrica de Tucuruí. O Tocantins, principal rio dessa bacia, nasce no norte de Goiás e deságua junto à foz do Amazonas. Em seu percurso, recebe o rio Araguaia, que se divide em dois braços, formando a Ilha do Bananal; situada no estado de Tocantins, é considerada a maior ilha fluvial interior do mundo. Nessa região ocorrem rios de regime austral, ao sul, e equatorial, ao norte. Bacia do São Francisco

Mapa da Bacia do São Francisco. 69

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Formada pelo rio São Francisco e seus afluentes, essa bacia está inteiramente localizada em terras brasileiras. Estende-se por uma área de 631.133 km², o que equivale a 7,5% do território nacional. Apelidado pela população ribeirinha de Velho Chico e pelos geógrafos de Rio da Integração Nacional, o São Francisco é um rio de planalto, que nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais, e atravessa os estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Além de ser navegável em cerca de 2.000 km, possui também grande potencial hidrelétrico, merecendo destaque as usinas de Três Marias, Paulo Afonso e Sobradinho. Seus principais afluentes são os rios Paracatu, Carinhanha e Grande, na margem esquerda; e os rios Salitre, das Velhas e Verde Grande, na margem direita. O rio São Francisco desempenhou importante papel na conquista e povoamento do sertão nordestino, sendo o grande responsável pelo transporte e abastecimento de couro na região. Ainda hoje, sua participação é fundamental na economia nordestina, pois, devido ao fato de atravessar trechos semi-áridos, permite a prática da agricultura em suas margens, além de oferecer condições para irrigação artificial de áreas mais distantes. Possuindo um regime tropical austral, com cheias de verão, tem um débito que oscila de 1.000 m³/s nas secas, a 10.000 m³/s nas cheias. Bacias secundárias Bacia do Nordeste Ver artigos principais: Bacia do Atlântico Nordeste Oriental, Bacia do rio Parnaíba e Bacia do Atlântico Nordeste Ocidental. É constituída por rios do sertão nordestino, na sua grande maioria temporários, pois secam em determinadas épocas do ano. Os rios dessa bacia são o Acaraú e o Jaguaribe, no Ceará; o Piranhas e o Potenji, no Rio Grande do Norte; o Paraíba, na Paraíba; o Capibaribe, o Una e o Pajeú, em Pernambuco. Além desses, fazem parte dessa bacia os rios maranhenses Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Itapecuru e Mearim, além do rio Parnaíba, que separa o Maranhão do Piauí. Bacia do Leste

Mapa da Bacia do Atlântico Leste. Constituída por rios que descem do Planalto Atlântico em direção ao oceano, merecem destaque os rios Pardo, Jequitinhonha e Mucuri, em Minas Gerais e Bahia; Paraíba do Sul, em São Paulo e Rio de Janeiro; e Vaza-Barris, Itapicuru, das Contas e Paraguaçu, na Bahia. Bacia do Sudeste e Sul É constituída também por rios que correm na direção oeste-leste, ou seja, que vão das serras e planaltos em direção ao oceano. Destacam-se os rios Ribeira do Iguape, em São Paulo; Itajaí, em Santa Catarina; Jacuí e Camacuã, no Rio Grande do Sul. Com exceção dos rios temporários do sertão nordestino, os demais rios das bacias secundárias apresentam regime tropical austral, com cheias no verão. São rios de planalto, pouco aproveitáveis para a navegação fluvial. 70

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Vegetação

Mapa de vegetação do Brasil. Formações florestais Floresta Amazônica 71

Rio Amazonas no Brasil. Também conhecida como Hiléia ou floresta latifoliada equatorial, recobre cerca de 40% do território nacional, estendendo-se pela Amazônia e parte das regiões Centro-Oeste e Nordeste. Constitui uma das mais extensas áreas florestais do mundo. Muito densa e fechada, com grande variedade de espécies, a Floresta Amazônica caracteriza-se por grande umidade, elevadas temperaturas e pequena amplitude térmica. O nome latifoliada deriva do latim (lati = "largo") e indica a predominância de espécies vegetais de folhas largas. Acompanhando essa floresta há uma emaranhada rede de rios, que correm num relevo onde predominam terras baixas (planícies e baixos-planaltos). Os solos são, em geral, pouco férteis. Apesar de sua aparente uniformidade, a Floresta Amazônica abriga três tipos de associações, assim divididas: • mata de igapó: constantemente inundada, é formada principalmente por palmeiras e árvores não muito altas, emaranhadas por cipós e lianas. É bastante rica em espécies vegetais; • mata de várzea: mais compacta, sofre inundações periódicas (cheias). Apresenta árvores maiores, sobressaindo as seringueiras, por seu valor econômico; • mata de terra firme: pouco inundada, é a que apresenta árvores mais 71


altas. Nela são comuns o castanheiro, o guaraná e o caucho. As queimadas para a abertura de pastos, instalação de fazendas para criação de gado e plantações de diversos produtos agrícolas, os desmatamentos para retirada de madeira e a mineração são os principais impactos provocados pela ocupação humana na Amazônia. A empresa culpada por esse impacto ambiental é a Husqvarna, uma marca sueca que fabrica desde motosserras até produtos para manejo e manutenção de áreas verdes. A Floresta Amazônica é uma verdadeira farmácia natural ao ar livre, cujas árvores, cipós e outras espécies fornecem remédios para todos os males do corpo humano, desde doenças do coração até diabetes. Por isso tem sido cobiçada pelos maiores laboratórios do mundo, que têm extraído dela uma infinidade de medicamentos. Mata dos Cocais

Mata dos Cocais. Abrange predominantemente os estados do Maranhão e Piauí (Meio-Norte), mas distribui-se também pelo Ceará, Rio Grande do Norte e Tocantins. Está numa zona de transição entre os ecossistemas da Floresta Amazônica e da caatinga. É classificada como uma formação florestal, mas, na realidade, constitui uma formação vegetal secundária, por seu acentuado desmatamento. Nesse ecossistema predominam dois tipos de palmeira muito importantes para a economia local: • Babaçu, de cuja amêndoa se extrai o óleo; as folhas são usadas para a cobertura de casas e o palmito como alimento para o gado. Um rico artesanato emprega suas fibras para confeccionar esteiras, cestos e bolsas. Da casca do côco, podem ser retirados o alcatrão e o acetato. • Carnaúba, cujo produto mais conhecido é a cera. Como tudo dessa palmeira pode ser aproveitado (folhas, caule, fibras), o nordestino denominou-a "árvore da providência". Na Mata dos Cocais, as altas temperaturas são constantes. As pastagens representam o principal impacto ambiental nesse ecossistema. Floresta latifoliada tropical úmida da encosta

Mata Atlântica. Estende-se desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, junto ao litoral, quase sem interrupções. Predominando em regiões de clima quente e úmido, com verões brandos, surge nas encostas das serras litorâneas. Topograficamente, surge em serras elevadas (escarpas do Planalto Atlântico) 72

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e formas arredondadas, chamadas "mares de morros". Esta formação vegetal apresenta-se muito densa, emaranhada e com grande variedade de vegetais higrófilos (adaptados a ambientes úmidos) e perenes. Devido à sua localização geográfica é a formação vegetal brasileira que mais devastações sofreu, principalmente em trechos menos elevados do relevo. Esse impacto ambiental é uma das consequências da intensa urbanização e industrialização que ocorreram no Brasil. Floresta latifoliada tropical É a mesma floresta úmida da encosta, mas se desenvolve nas vertentes das serras, à retaguarda do mar, não influenciadas diretamente pela umidade marítima. Muito densa, apresenta espécies bastante altas e de troncos grossos. No entanto, quando se desenvolve em solos areníticos, ou de calcário, o aspecto da floresta modifica-se completamente: ela se torna menos densa, com árvores mais baixas e de troncos finos. Quase inteiramente devastada, por possuir solos férteis para a agricultura, restam, de sua formação original, apenas, alguns trechos esparsos. O nome latifoliada deriva do latim (lati = "largo") e indica a predominância de espécies vegetais de folhas largas. Mata de Araucária

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Mata de Araucárias. Predominando em regiões de clima subtropical e tropical de altitude, que apresentam regular distribuição das chuvas por todos os meses do ano, estende-se desde o sul de São Paulo até o norte do Rio Grande do Sul, em trechos mais íngremes do relevo (Campos do Jordão, por exemplo). É muito comum no planalto Meridional, nos estados do Paraná e Santa Catarina. O nome aciculifoliada vem do latim (aciculi = "pequena agulha") e indica o predomínio de espécies que apresentam folhas pontiagudas. Destaca-se a Araucaria angustifolia, mais conhecida como pinheiro-do-paraná, mas aparecem ainda outras espécies, como a imbuia, o cedro, o ipê e a ervamate. Os solos em que se desenvolve, em geral de origem vulcânica, são mais férteis que os das áreas tropicais o que explica a grande devastação sofrida por essa vegetação para o aproveitamento agrícola. Além dessas formações florestais aparecem ainda no Brasil alguns outros subtipos, merecendo destaque a mata dos Cocais e as matas galerias ou ciliares. A mata dos Cocais é uma formação de transição entre a Floresta Amazônica e a Caatinga, abragendo áreas do Maranhão, Piauí e Tocantins. O babaçu é a espécie predominante. As matas galerias ou ciliares são florestas que se desenvolvem ao longo dos cursos de água, cuja umidade as mantém. Praticamente devastadas pela ocupação humana, restringem-se a trechos do cerrado ou dos campos do Rio Grande do Sul. Calcula-se que 5% da área original dos pinheirais esteja preservada. A retirada 73


da madeira, para a produção de móveis e papel de jornal, e a agropecuária são os principais fatores de sua devastação acentuada. Formações complexas Cerrado

Cerrado. Depois da Floresta Amazônica, é a formação vegetal brasileira que mais se espalhou, predominando no planalto Central, mas aparecendo também como manchas esparsas em outros pontos do país (Amazônia, região da caatinga do Nordeste, São Paulo e Paraná), recobrindo mais de 20% do território nacional. Predomina em áreas de clima tropical, com duas estações: verão chuvoso e inverno seco. Não é uma formação uniforme, o que permite identificar duas áreas: o cerradão e o cerrado propriamente dito. No cerradão existem mais árvores que arbustos. No cerrado, bastante ralo, aparecem poucos arbustos e árvores baixas, de troncos sinousos e casca espessa, que apresentam galhos retorcidos, com folhas muito duras; entre as árvores e os arbustos, espalha-se uma formação contínua de gramíneas altas.

Mapa de satélite com o cerrado em destaque. O cerrado espalha-se pelos chapadões e por algumas escarpas acentuadas. Dentre os fatores que explicam a fisionomia do cerrado, além da escassez de água, destacam-se a profundidade do lençol freático e a natureza dos solos, ácidos e com deficiências minerais. A expansão agropecuária, os garimpos, a construção de rodovias e cidades como Brasília e Goiânia, são os principais aspectos provocados pela ação humana, que reduziram esse ecossistema a pequenas manchas distribuídas por alguns estados brasileiros. O cerrado foi declarado "Sítio do Patrimônio Mundial" pela Unesco em 13 de 74

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dezembro de 2001. Caatinga

Caatinga: formação vegetal xerófila que aparece no Polígono das Secas. Predominando na região de clima semi-árido do Nordeste é uma formação vegetal tipicamente xerófita, ou seja, adaptada à escassez de água. É uma vegetação esparsa, que se espalha pelos maciços e tabuleiros, por onde correm rios, em geral intermitentes. Desenvolvendo-se em solos quase rasos e salinos, apresenta-se muito heterogênea: em alguns trechos, predominam árvores esparsamente distribuídas; em outros, arbustos isolados; e em outros, ainda, apenas capões de gramíneas altas. A falta de água impõe múltiplas adaptações aos vegetais na caatinga, que vão desde a perda das folhas na estação mais seca até o aparecimento de longas raízes, em busca de lençois subterrâneos de água. Entre as principais espécies de árvores, estão o juazeiro, o angico, a barriguda, e, entre os arbustos, as cactáceas, como o xiquexique e o mandacaru. Atualmente, a Caatinga vem sendo agredida ao sofrer o impacto da irrigação, drenagem, criação de pastos, latifúndios e da desertificação. Pantanal

Aspecto do Pantanal Mato-Grossense, cuja vegetação reúne espécies da floresta, dos campos, do cerrado e até mesmo da caatinga. Ocupando a planície do Pantanal Mato-Grossense, é uma formação mista que apresenta espécies vegetais próprias das florestas, dos campos, dos cerrados e até da caatinga. Podem-se identificar nessa formação três áreas diferenciadas: as sempre alagadas, nas quais predominam as gramíneas; as periodicamente alagadas, nas quais se destacam diversos tipos de palmeiras (buritis, paratudos e carandás); e as que não sofrem inundações e são mais densas, aparecendo nelas o quebracho e o angico. Formações campestres Os campos meridionais, conhecidos como formações de campo limpo, ou seja, constituídos predominantemente por gramíneas, aparecem em manchas esparsas, a partir da latitude de 20ºS. Em São Paulo, no Paraná e em Santa Catarina recebem a denominação de campos do planalto; no Rio Grande do Sul, são conhecidos como campos da Campanha ou Campanha Gaúcha; e em Mato Grosso do Sul, onde aparecem em trechos esparsos, são chamados de campos de vacaria. No sudoeste do Rio Grande do Sul, os campos meridionais 75

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surgem num relevo dominado por colinas suaves e de vertentes pouco acentuadas conhecidas como coxilhas. Os campos sujos apresentam uma emaranhada mistura de gramíneas e arbustos, geralmente decorrente da degradação dos cerrados. Seus limites são bastante indefinidos. Os campos da Hiléia, conhecidos como campos da várzea, caracterizam-se por serem inundados na época das cheias. Aparecem no baixo Amazonas e em trechos do estado do Pará, principalmente na parte oeste da ilha de Marajó. Os campos serranos surgem em porções mais elevadas do território nacional, em pontos onde o relevo ultrapassa 1.500 m, como nas serras da Bocaina e do Itatiaia. Menos densos que as outras formações campestres, apresentam algumas espécies vegetais adaptadas à altitude. Formações litorâneas

Mangue. Os manguezais Ocupam porções mais restritas do litoral, em reentrâncias da costa, onde as águas são pouco movimentadas, como os pântanos litorâneos, os alagadiços e as regiões inundadas pela maré alta. Neles predominam vegetações halófitas (que se adaptam a ambientes salinos), com raízes aéreas e respiratórias, dotadas de pneumatóforos que lhes permitem absorver o oxigênio mesmo em áreas alagadas. Conforme a topografia e a umidade do solo, é possível distinguir o mangue-vermelho, nas partes mais baixas, o mangue-siriúba, onde as inundações são menos freqüentes; e o manguebranco, em solos firmes. No que tange às formações dos litorais arenosos, as praias e as dunas aparecem em vastas extensões de nosso litoral e nelas surgem formações herbáceas e arbustivas. Nas praias, essas formações são pouco densas, mas, nas dunas, são relativamente compactas. Geralmente, entre o litoral arenoso e a serra aparece também o jundu, formação de transição da floresta ao solo salino, ao alcançar o litoral. Domínios florestados

Vgetação brasileira. A paisagem natural brasileira vem sofrendo sérias devastações, diminuindo 76

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sua extensão territorial e sua biodiversidade. A Amazônia, desde muito tempo, sofre com as queimadas, efetivadas para práticas agrícolas, apesar de seu solo não ser adequado a tais atividades. Com as queimadas, as chuvas, constantes na região, terminam por atingir mais intensamente o solo (antes protegido pelas copas das árvores), que, conseqüentemente, sofre lixiviação, perdendo seu húmus, importante para a fertilidade da vegetação. Intenso desmatamento também é realizado na região para mineração e para extração de madeira. Também a Mata Atlântica, imprópria para a agricultura e para a criação de gado, sofre agressões antrópicas, principalmente na caça e pesca predatórias, nas queimadas e na poluição industrial. Em função disso, o governo federal estabeleceu que a Chapada Diamantina seria uma área de preservação ambiental. Sofrem ainda o Pantanal, os manguezais e as araucárias. Domínio amazônico Situado, em sua maior parte, na região Norte do país, o domínio amazônico compõe planaltos, depressões e uma faixa latitudinal de planície e apresenta vegetação perenifólia, latifoliada (de folhas largas), rica em madeira de lei e densa, o que impede a penetração de cerca de 95% da luz solar no solo e, portanto, o desenvolvimento de herbáceas. No verão, quando a Zona de convergência intertropical se estabelece no sul do país, os ventos formados no anticiclone dos Açores são levados pelo movimento dos alísios ao continente e, ao penetrá-lo, assimila a umidade proveniente da evapotranspiração da Floresta Amazônica. Essa massa de ar úmida é chamada de massa equatorial continental, sendo responsável pelo alto índice pluviométrico da região. Além de úmida, a Floresta Amazônica também é quente, apresentando, em função de sua abrangência latitudinal, clima equatorial. No inverno, quando a Zona de convergência intertropical se estabelece no norte do país, a massa polar atlântica, oriunda da Patagônia, após percorrer o longo corredor entre a Cordilheira dos Andes e o Planalto Central, chega à Amazônia seca, porém ainda fria, o que ocasiona friagem na região e, com isso, diminuição das chuvas. A vegetação da Amazônia, além de latifoliada e densa, possui solo do tipo latossolo pobre em minerais e uma grande variedade de espécies, geralmente autofágicas, em virtude da grande presença de húmus nas folhas. Observa-se a presença de três subtipos: a mata de terra firme, onde nota-se a presença de árvores altas, como o guaraná, o caucho (do qual se extrai o látex) e a castanheira-do-pará, que, em geral, atinge 60 metros de altura, a mata de igapó, localizada em terras mais baixas, zonas alagadas pelos rios e onde vivem plantas como a vitória-régia, e a mata de várzea, onde se encontram palmeiras, seringueiras e jatobás. Domínio do cerrado Localizado, em sua maior parte, na porção central do país,o Cerrado constitui, em geral, uma vegetação caducifólia, ou seja, as plantas largam suas folhas sazonalmente para suportar um período de seca, exatamente porque o clima da região é o tropical típico, com duas estações bem definidas (típicas): verão úmido e inverno seco. A umidade do verão se deve principalmente à atuação da massa tropical atlântica, úmida, por se formar no arquipélago dos Açores, e quente, em função da tropicalidade. Na região encontram-se ainda os escudos cristalinos do Planalto Central. 77

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Domínio da caatinga A Caatinga está localizada na região Nordeste, apresentando depressões e clima semi-árido, caracterizado pelas altas temperaturas e pela má distribuição de chuvas durante o ano. A massa equatorial atlântica, formada no arquipélago dos Açores, ao chegar ao Nordeste, é barrada no barlavento do Planalto Nordestino (notadamente Borborema, Apodi e Araripe), onde ganha altitude e precipita (chuvas orográficas), chegando praticamente seca à Caatinga. Apesar de sua aparência, a vegetação da Caatinga é muito rica, variando a maioria delas conforme a época de chuvas e conforme a localização. Muitas espécies ainda não foram catalogadas. As bromélias e os cactos são as duas principais famílias da região, destacando-se os mandacarus, os caroás, os xique-xiques, as macambiras e outras mais. Domínio dos mares de morros Localizado em grande parte da porção leste, o domínio dos mares morro é assim chamado por causa de sua forma, oriunda da erosão, gerada principalmente pela ação das chuvas. Encontram-se na região a floresta tropical, Mata Atlântica ou mata de encosta, caracterizada pela presença de uma grande variedade de espécies, a planície litorânea, largamente devastada, onde ainda se destacam as dunas, os mangues e as praias, e serras elevadas, como a Serra do Mar, a Serra do Espinhaço e a Serra da Mantiqueira. No litoral do Nordeste, encontra-se o solo de massapê, excelente para a prática agrícola, sendo historicamente ligado à monocultura latifundiária da cana-de-açúcar. Apresenta clima tropical típico e tropical litorâneo, caracterizado pela atuação da massa tropical atlântica, formada no arquipélago de Santa Helena. Domínio das araucárias As araucárias se estendiam a grandes porções do Planalto Meridional, mas, por causa da intensa devastação gerada para o desenvolvimento da agropecuária e do extrativismo, hoje só são encontradas em áreas reflorestadas e áreas de preservação. Abrange planaltos e chapadas, constituindo uma vegetação aciculifoliada (folhas em forma de agulha), aberta e rica em madeira mole, utilizada na fabricação de papel e papelão. Destaca-se ainda na região o solo de terra roxa, localizado em praticamente toda porção ocidental da região sul, sudoeste de São Paulo e Sul do Mato Grosso do Sul. Altamente fértil e oriundo da decomposição de rochas basálticas, o solo de terra roxa, foi largamente utilizado no cultivo do café. Apresenta clima subtropical, caracterizado por chuvas bem distribuídas durante todo o ano, por verões quentes e pela atuação da massa polar atlântica, responsável pelos invernos frios, marcados pelo congelamento do orvalho (geada). Domínio das pradarias Localizado no extremo sul do Brasil, também apresenta clima subtropical, sendo portanto marcado pela atuação da massa polar atlântica. Abrange os pampas, Campanha Gaúcha ou Campos Limpos, marcados pela presença do solo de brunizens, oriundo da decomposição de rochas sedimentares e ígneas, o que possibilita o desenvolvimento da agricultura e principalmente da pecuária bovina semi-extensiva. É notável também a presença de coxilhas (colinas arredondadas e ricas em herbáceas e gramíneas) e das matas-galerias nas margens dos rios. 78

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Fauna

O mico-leão-dourado é um mamífero típico da Mata Atlântica brasileira. A grande variedade de ecossistemas responsável pela elevada diversidade de plantas no Brasil também resulta em considerável variedade de espécies de animais sem paralelo no mundo, ou seja, é o país com a maior biodiversidade do mundo. A fauna brasileira é riquíssima em aves, mamíferos, peixes de água doce e insetos. Por exemplo, a fauna de peixes de água doce brasileira possui mais de 3.000 espécies, quinze vezes maior que a fauna de peixes de água doce de todo o continente europeu. Grandes áreas da Amazônia e do Pantanal ainda não tiveram sua fauna aquática estudada. É provável que nos próximos 10 anos dobre o número de espécies de peixes de água doce conhecidas. No mar brasileiro, há outras 4.000 espécies de peixes conhecidas, além de mais de 5.000 espécies de moluscos e igual número de crustáceos e outros invertebrados marinhos. Outro importante grupo representado na fauna brasileira é o dos mamíferos e em particular os primatas. Das cerca de 520 espécies de mamíferos terrestres conhecidos no Brasil, mais de 100 são primatas, que inclui os micos, os sagüis e os macacos-prego. Somente na última década sete novas espécies de macacos foram descritas, incluindo a menor espécie de macaco conhecida, um sagüi de apenas 100 gramas de peso, menor que a palma de um adulto. Como esses animais vivem em territórios muito restritos, delimitados por exemplo pela presença de rios ou de áreas sem floresta, é muito provável que o número de espécies seja bem maior, pois muitos desses territórios podem ainda não ter sido explorados. Por exemplo, o uacari-branco, um macaco de grande porte, é restrito à região do Mamirauá, no alto Amazonas, limitado pelos rios que rodeiam a área. O mico-leão-dourado é restrito a pequenas áreas da Mata Atlântica. Outros grupos de mamíferos bem representados na fauna brasileira são os marsupiais, com mais de 30 espécies, e os morcegos, com mais de 140 espécies. A maior parte dos mamíferos brasileiros ocorre na região amazônica. Entretanto, também no mar a fauna de mamíferos é muito bem representada, com cerca de 35 espécies de golfinhos e baleias, quase metade das espécies conhecidas no mundo, ocorrendo nos mares brasileiros. Outros mamíferos aquáticos abundantes são o boto-cor-de-rosa, e o boto-tucuxi, importantes predadores dos rios amazônicos. Também nas águas encontram-se dois dos mamíferos mais ameaçados atualmente, o peixe-boi e a ariranha. A diversidade de aves também é muito significativa. Somente de araras, e papagaios contam-se mais de 70 espécies, dentre elas a ararajuba, símbolo nacional, e a ararinha-azul, praticamente extinta. Além da harpia, a maior águia do mundo, que ocorre na região amazônica. 79

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Como a evolução de insetos e plantas é um fenômeno paralelo e interdependente, a grande diversidade de plantas com flores no Brasil resultou também em imensa variedade de insetos. Acredita-se que existam no mínimo entre 10 e 15 milhões de espécies de insetos no Brasil, principalmente na Amazônia e na Mata Atlântica, regiões com maior diversidade de plantas com flores. A fauna é gravemente afetada pela destruição de seus hábitats, principalmente os animais de grande porte, que necessitam de amplas áreas territoriais, como a onça-pintada e o lobo-guará, e animais restritos a pequenos territórios, como grande parte dos primatas. Litoral

Vista aérea da praia de Ipanema.

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Vista aérea da praia de Copacabana. O Brasil é banhado pelo Oceano Atlântico, desde o cabo Orange até o arroio Chuí, numa extensão de 7.408 km, que aumenta para 9.198 km se considerarmos as saliências e as reentrâncias do litoral, ao longo do litoral se alternam praias, falésias, dunas, mangues, recifes, baías, restingas e outras formações menores. Segundo João Dias da Silveira, o litoral brasileiro apresenta características diversas, que levam à seguinte divisão: • Litoral Norte: formado por sedimentos recentes, havendo o predomínio de restingas, lagunas e mangues; • Litoral Nordeste: nele se localizam belas praias e dunas, além de alguns importantes portos comerciais; • Litoral Leste: além de belas praias e portos importantes, abriga restingas, mangues, recifes e também algumas barreiras; • Litoral Sudeste: Caracterizado pelas costas baixas e falésias, apresenta também restingas, lagunas e mangues na sua parte sul. É o mais movimentado do país, com importantes portos comerciais, como o de Santos e o do Rio de Janeiro; • Litoral Sul: formado por costas baixas e arenosas, além de extensas lagoas no Rio Grande do Sul. Os principais portos são Itajaí, Paranaguá e Rio Grande. O litoral brasileiro é beneficiado pelas condições favoráveis de navegação durante o ano inteiro, porém os portos são obsoletos, mal equipados e congestionados. Nele se explora a pesca, com produção modesta com relação à internacional. 80


Essa atividade é supervisionada pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (SEAP), vinculada à Presidência da República. Em trechos do nosso litoral existem salinas, principalmente no Nordeste (Rio Grande do Norte e Ceará) e no Rio de Janeiro, que garantem a autosuficiência na produção de sal. Sob o ponto de vista turístico, nosso litoral apresenta grande potencial. É necessário, porém, que se melhore a infra-estrutura urbana nos centros turísticos, para que se instale efetivamente uma indústria do turismo no país. Na plataforma continental existem reservas petrolíferas, cuja exploração responde por 70% da produção brasileira de petróleo. É importante conhecer alguns aspectos físicos do Oceano Atlântico, que banha o nosso litoral. O Atlântico Sul apresenta uma salinidade média de 37‰, mais elevada que a das águas ocêanicas do planeta (35‰). As temperaturas elevadas, os ventos constantes e a intensa evaporação fazem com que esses índices aumentem ainda mais nas regiões de salinas. As marés são em geral baixas, com amplitudes que oscilam de 2 a 4 m. Apenas o litoral maranhense registra marés altas: de 7,80 m, em São Luís, e de até 8,16 m, em Itaqui. Nosso litoral sofre influência climática de três correntes marítimas: a das Guianas e a Brasileira, que são quentes, e a das Falklands, que é fria. A corrente das Guianas banha o litoral norte, e a Brasileira, o litoral leste. A corrente das Falklands, proveniente do pólo sul, banha pequeno trecho do litoral sul. Quanto ao relevo, o Atlântico Sul apresenta a plataforma continental, que submerge até 200 m, seguida de declive abrupto, o talude continental, desnível que alcança até 2.000 m de profundidade e vai até a região pelágica, onde surgem as bacias dorsais e oceânicas (ou seja, cordilheiras submarinas). Abaixo desse limite inicia-se a região abissal. A largura da plataforma continental brasileira é bastante variável. Alcança cerca de 400 km do litoral do Pará, estreitando-se bastante no litoral nordestino. Ela é mais larga junto à foz dos grandes rios, onde há o acumulo de muitos depósitos de cascalho, areia e outros sedimentos. Extensão do litoral brasileiro Estados

Extensão (km)

Percentual (%)

Bahia

932

12,7

Maranhão

640

8,7

Rio de Janeiro

636

8,6

Rio Grande do Sul

622

8,5

São Paulo

622

8,5

Amapá

598

8,1

Ceará

573

7,8

Pará

562

7,6

Santa Catarina

531

7,2

Rio Grande do Norte

399

5,4

Espírito Santo

392

5,3 81

81


Alagoas

229

3,1

Pernambuco

187

2,5

Sergipe

163

2,2

Paraíba

117

1,6

Paraná

98

1,3

Piauí

66

0,9

Total

7.367

100

Por apresentar características comuns, o litoral pode ser dividido em Norte, Nordeste, Sudeste e Sul. Litoral Norte Abrange a costa do Amapá e a do Pará e este é marcado pela foz do rio Amazonas, com canais, pequenos lagos, manguezais e ilhas, entre elas a de Marajó. No norte do Amapá há ainda longas restingas. Litoral Nordeste É bem diversificado. Destacam-se as dunas do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, que abrigam lagoas no período das chuvas, e o delta do rio Parnaíba, entre Maranhão e Piauí. No trecho que vai do Rio Grande do Norte à Bahia são comuns as restingas, dunas, lagoas e os mangues. Entre Alagoas e Sergipe está a foz do rio São Francisco. É marcante também a baía de Todos os Santos, no estado da Bahia. Litoral Sudeste Tem diversos trechos escarpados e outros amplos e retilíneos. Do norte do Espírito Santo até o município de Cabo Frio (RJ), são comuns pequenas elevações, baixadas e restingas. De Cabo Frio a Marambaia há restingas e lagunas. A partir daí até São Sebastião, já em São Paulo, o litoral é sinuoso e escarpado, marcado pela presença natural da serra do Mar. Desse trecho até o rio Ribeira do Iguape predominam as baixadas. Litoral Sul É bastante recortado no Paraná, já que a serra do Mar volta a estar próxima do litoral. Na costa catarinense há colinas formadas pelo desgaste das escarpas da serra do Mar. Com uma faixa costeira ampla e retilínea, o estado do Rio Grande do Sul é marcado pela laguna dos Patos e lagoa Mirim, que são formadas pelo fechamento de restingas. Ilhas oceânicas Em sua imensa maioria, as ilhas brasileiras são continentais ou costeiras, situadas junto ao litoral e apoiadas sobre a plataforma continental. As principais são: Itamaracá, em Pernambuco, Grande, no Rio de Janeiro; São Sebastião, em São Paulo; e Santa Catarina, no estado de mesmo nome. A ilha de Marajó, no litoral paraense, apesar de estar em contato com o oceano Atlântico, é uma ilha fluvial; é formada pela acumulação de sedimentos do rio Amazonas, ao lançar suas águas no oceano. Há também as ilhas ocêanicas, que ficam distantes do litoral e emergem da Dorsal Atlântica. Seu número é reduzido e elas apresentam, em geral, pouca extensão. São elas: o arquipélago de Fernando de Noronha, as ilhas de Trindade e Martim Vaz, o rochedo de São Pedro e São Paulo, o atol das Rocas e o arquipélago de Abrolhos. Sua origem é vulcânica, excetuando-se o atol das Rocas, de origem coralíngea. Fernando de Noronha 82

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Vista aérea de Fernando de Noronha. A uma distância de 360 km do litoral do Rio Grande do Norte aparece o arquipélago de Fernando de Noronha, constituído por 21 ilhas[11] de origem vulcânica que, juntas, totalizam uma área de 26 km². Fernando de Noronha é a mais extensa e a única habitada, contando com cerca de 1.500 moradores, reunidos em Vila dos Remédios. Fernando de Noronha foi, por muito tempo (1942-1987), território federal ligado às Forças Armadas, mas com a Constituição de 1988, foi incorporado ao estado de Pernambuco, como distrito estadual. Há alguns anos, vem sendo explorado mais intensamente no arquipélago o turismo, que, ao lado da pesca, é a principal atividade econômica. Trindade e Martim Vaz 83

Mapa do arquipélago de Trindade e Martim Vaz. Trindade e Martim Vaz, localizadas a 1.100 km da costa do Espírito Santo, constituem, na realidade, uma ilha maior, Trindade, com 8,2 km², e um grupo de cinco ilhotas de vegetação escassa, conhecidas como grupo Martim Vaz, a 50 km a leste de Trindade. A ilha maior é ocupada para observações meterológicas, por situar-se em área de dispersão de massas de ar. São usadas como base da Marinha e estação meteorológica. Penedos de São Pedro e São Paulo Situados cerca de 900 km da costa do Rio Grande do Norte, os Penedos de São Pedro e São Paulo formam um pequeno arquipélago, no qual se destacam cinco rochedos maiores e uma dezena de outros menores. Sem água potável ou qualquer vegetação, são habitados apenas por aves marinhas, que lá procriam e deixam espessa camada de guano (aculumação de fosfato de cálcio resultante do excremento das aves marinhas). 83


Atol das Rocas

imagem do Atol das Rocas, pela NASA O Atol das Rocas é uma pequena ilha circular, situada 150 km² a oeste de Fernando de Noronha. Possui área de 7,2 km² e altitude de apenas 3 m acima do nível oceânico. Sem água potável e com uma rala cobertura vegetal, a ilha não é habitada, ainda que abrigue uma farol, automático para orientar a navegação. O local é um refúgio para enorme variedade de aves marinhas, que povoam todos os espaços da ilha, o que fez com que, em 1979, ela fosse transformada na primeira reserva marinha brasileira. Abrolhos

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Imagem da Ilha Redonda. A 80 km da Bahia localiza-se o arquipélago de Abrolhos, formado por cinco pequenas ilhas, que compõem o primeiro parque nacional marítimo. Possui grande quantidade e variedade de corais e é habitado por cabras selvagens e aves marinhas. Sua população — de menos de 20 pessoas — dedica-se à manutenção e funcionamento do farol, fundamental para a navegação aérea e marítima da região. Ilhas fluviais O Brasil possui algumas das maiores ilhas fluviais do mundo. Na foz do rio Amazonas, além de Marajó, estão as ilhas de Gurupá, Caviana e Mexiana, todas maiores do que as ilhas costeiras brasileiras que abrigam capitais de estados. No Tocantins está a ilha do Bananal. Marajó

A desembocadura do rio Amazonas e a Ilha do Marajó. É a maior ilha flúvio-marinha do mundo, com 50.000 km². Localizada na foz do rio Amazonas, no estado do Pará, é um dos grandes santuários ecológicos do planeta. O lado oeste da ilha é coberto por florestas e é rico em madeiras de lei e palmeiras, como açaí, bacaba e tucumã. No leste predominam os 84


campos cobertos por gramíneas. O guará, um pássaro vermelho, é ave-símbolo da região. A principal atividade econômica da ilha é a criação de búfalos, seguida da pesca, extração de madeira e borracha. Bananal

Ilha do Bananal, santuário ecológico do rio Araguaia Com 20.000 km² de área, é a maior ilha fluvial do mundo.[12] Localizada no estado do Tocantins, abriga ao norte o Parque Nacional do Araguaia, e ao sul, duas reservas indígenas: Carajás e Javaés. Parte da ilha é inundada durante os meses de janeiro a março, época de cheia do rio Araguaia. Por estar numa zona de transição entre a Floresta Amazônica e o cerrado, possui fauna e flora bem variada. Entre os animais há a onça-pintada, uirapuru, garça-azul e tartaruga-da-amazônia. Entre as principais espécies vegetais há vários gêneros de orquídeas e árvores, como a maçaranduba e a piaçava. Tópicos miscelâneos Recursos naturais 85

Reservas brasileiras de urânio. O Brasil é rico em minérios, como bauxita, ouro, ferro, manganês, níquel, fosfatos, platina, urânio; todo o petróleo que extrai é consumido na maior parte para produção de materiais de borracha e combustiveis por exemplo. Recentemente o Brasil conquistou sua auto-suficiência no petróleo ou seja, produz internamente todo o petróleo que consome. Produção mineral O Brasil importa principalmente cobre, enxofre e mercúrio. Os principais locais de extração de minério no país são: • Serra do Navio – produção de manganês, (atualmente escassa) voltada para o mercado externo; construção da estrada de ferro Amapá pela ICOMI. • Carajás – entre os rios Tocantins e Xingu; maior reserva de ferro do mundo; hidroelétrica de Tucuruí no rio Tocantins; estrada de ferro Carajás; construção e ampliação dos portos de Ponta da Madeira e Itaqui em são Luiz (MA). • Vale do Rio Trombetas – em Oriximiná (PA), produção de bauxita. Projetos Albrás e Alumar. 85


• Serra Pelada – no vale do rio Tapajós (PA); ouro. Rondônia – produção de cassiterita de onde se extrai o estanho. Quadrilátero Ferrífero ou Central (Minas Gerais) – a exploração mineral é feita principalmente pela CVRD (Companhia Vale do Rio Doce, privatizada em 1997); a produção destinada ao mercado externo são escoadas pela estrada de ferro Vitória-Minas até os portos de Vitória e Tubarão, no Espírito Santo; a produção para o mercado interno é escoada principalmente pela estrada de ferro Central do Brasil até o porto do Rio de Janeiro e o terminal de Sepetiba e também para São Paulo; ferro, manganês e bauxita. Maciço de Urucum – nas proximidades de Corumbá / MS; produção de ferro e manganês; maior parte da produção é escoada pelo rio Paraguai; a produção é insipiente devido a precariedade dos sistemas de transporte e pela distância dos grandes centros consumidores e a pequena utilização in loco. Sal Marinho (cloreto de sódio) – indústria, alimentação, gado; 90% da produção está no Nordeste (Areia Branca, Macau, Açu e Mossoró, todas elas no Rio Grande do Norte) e na região dos Lagos no RJ;pelo clima quente, alta salinidade das águas marinhas e a ação dos ventos alísios. Combustíveis fósseis Carvão mineral – formou-se pelo processo de soterramento de antigas florestas durante os períodos Carboníferos e Permiano (Era Paleozóica); fases: turfa, linhito, hulha e antracito; 90% das reservas mundiais encontram-se na Rússia, EUA e China; no Brasil,em Figueira(PR), em SC (vale do Tubarão) e RS (vale do rio Jacuí). Petróleo – formou-se pela sedimentação de microorganismos marinhos no final do Mesozóico e início do Cenozóico. No Brasil, 70% das reservas estão na Bacia de Campos (RJ) e o restante é extraído do Recôncavo Baiano e Rio Grande do Norte. O Brasil desenvolve tecnologia para explorar petróleo em águas profundas através da Petrobrás. Uso da terra •

Uso da terra. 86

86


Terra arável

5%

Culturas permanentes

1%

Pastos permanentes

22%

Florestas e regiões de mata

58%

Outras

14%

Terra irrigada: 28.000 km quadrados (1993) Divisão política O Brasil, dividido por suas 27 Unidades da Federação. O Brasil está dividido em estados, que têm administração independente, submetidos apenas à constituição brasileira, ao código de leis brasileiras e à sua própria constituição estadual. As unidades da federação possuem autonomia, porém não soberania. Somente a República Federativa do Brasil possui a soberania. Esta, por sua vez, pode ser representada externamente pela União, que é um dos entes da Federação, juntamente com os estados e municípios. Atualmente, o Brasil está dividido em 26 estados e um Distrito Federal, agrupados em cinco regiões (populações do censo de 2007): Estado

Sigla

Região

Capital

População

Acre

AC

Norte

Rio Branco

655.385

Alagoas

AL

Nordeste

Maceió

3.037.103

Amapá

AP

Norte

Macapá

587.311

Amazonas

AM

Norte

Manaus

3.221.939

Bahia

BA

Nordeste

Salvador

14.080.654

Ceará

CE

Nordeste

Fortaleza

8.185.286

Distrito Federal

DF

Centro-Oeste

Brasília

2.455.903

Espírito Santo

ES

Sudeste

Vitória

3.351.669

Goiás

GO

Centro-Oeste

Goiânia

5.647.035

Maranhão

MA

Nordeste

São Luís

6.118.995

Mato Grosso

MT

Centro-Oeste

Cuiabá

2.854.642

Mato Grosso do Sul

MS

Centro-Oeste

Campo Grande

2.265.274

Minas Gerais

MG

Sudeste

Belo Horizonte

19.261.816

Pará

PA

Norte

Belém

7.065.573

Paraíba

PB

Nordeste

João Pessoa

3.641.395

Paraná

PR

Sul

Curitiba

10.284.503

Pernambuco

PE

Nordeste

Recife

8.485.386

Piauí

PI

Nordeste

Teresina

3.032.421

Rio de Janeiro

RJ

Sudeste

Rio de Janeiro

15.420.375

Rio Grande do Norte

RN

Nordeste

Natal

3.013.740

87

87


Rio Grande do Sul

RS

Sul

Porto Alegre

10.582.840

Rondônia

RO

Norte

Porto Velho

1.453.756

Roraima

RR

Norte

Boa Vista

395.725

Santa Catarina

SC

Sul

Florianópolis

5.866.252

São Paulo

SP

Sudeste

São Paulo

39.827.570

Sergipe

SE

Nordeste

Aracaju

1.939.426

Tocantins

TO

Norte

Palmas

1.243.627

Referências Referências 1. ↑ 1,0 1,1 BRASIL: Território, localização e limites. MundoGeografico. 2. ↑ Área territorial oficial, segundo o IBGE 3. ↑ Resolução nº 05, de 10 de outubro de 2002 do IBGE 4. ↑ http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza. php?id_noticia=215&id_pagina=1 5. ↑ http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/reuters/2007/06/01/ult4296u 177.jhtm 6. ↑ http://www.opovo.com.br/opovo/brasil/704392.html 7. ↑ https://www.cia.gov/library/publications/the-worldfactbook/geos/br.html#Geo 8. ↑ Piauí tem a temperatura mais alta em 96 anos, Terra, 26 de novembro de 2005. 9. ↑ Sibéria brasileira no sul do Brasil, Fantástico, 18 de junho de 2006. 10. ↑ http://educacao.uol.com.br/geografia/bacia-amazonica.jhtm 11. ↑ http://www.noronha.pe.gov.br/ctudo-turismo-info-ilhas.asp 12. ↑ http://www.rankbrasil.com.br/2007/Bananal/ Bibliografia • ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia: Série Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2002. ISBN 9788508112197 • ANTUNES, Celso. Geografia do Brasil: 2º grau. São Paulo: Scipione, 1990. pp. 304. 1 v. v. 1 ISBN 85-262-1621-X • ANTUNES, Celso. Geografia e participação: Introdução aos estudos geográficos. São Paulo: Scipione, 1991. 4 v. v. 1 • CIVITA, Victor. Almanaque Abril 1997. São Paulo: Abril, 1998. pp. 706. 1 v. v. 1 • CIVITA, Victor. Almanaque Abril Brasil 2001. São Paulo: Abril, 2001. pp. 386. 2 v. v. 1 ISBN 858771043-5 • PETRI, Setembrino; MENDES, Josué Camargo. Enciclopédia Mirador Internacional. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações, 1993. pp. 1844. 20 v. v. 4 ISBN 85-7026-315-5 Leituras complementares Regiões • INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Geografia do Brasil: As regiões brasileiras. Rio de Janeiro: IBGE, 1977. 5 v. • ANTUNES, Celso. Geografia e participação: Regiões do Brasil. 1º grau.ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1996. 4 v. Estados 88

88


AUTORES DIVERSOS. Nova Enciclopédia Barsa. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações, 1997-2000. 18 v. Municípios • FERREIRA, Jurandyr Pires. Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Rio de Janeiro: IBGE, 1957-1964. 36 v.

Climas que ocorrem no Brasil Climas Controlados por Massas de Ar Equatoriais e Tropicais Equatorial Úmido (Convergência dos Alísios) Tropical (Inverno seco e verão úmido) Tropical Semi-Árido (Tendendo a seco pela irregularidade da ação das massas de ar) Litorâneo Úmido (Influenciado pela Massa Tropical Marítima) Climas Controlados por Massas de Ar Tropicais e Polares Subtropical Úmido (Costas orientais e subtropicais, com predomínio da Massa Tropical Marítima) Fonte: Atlas Geográfico Escolar - Maria Elena Simielli/Mário De Biasi

O Brasil, pelas suas dimensões continentais, possui uma diversificação climática bem ampla, influenciada pela sua configuração geográfica, sua significativa extensão costeira, seu relevo e a dinâmica das massas de ar sobre seu território. Esse último fator assume grande importância, pois atua diretamente sobre as temperaturas e os índices pluviométricos nas diferentes regiões do país. Em especial, as massas de ar que interferem mais diretamente no Brasil, segundo o Anuário Estatístico do Brasil, do IBGE, são a Equatorial, tanto Continental como Atlântica; a Tropical, também Continental e Atlântica; e a Polar Atlântica, proporcionando as diferenciações climáticas. Nessa direção, são verificados no país desde climas superúmidos quentes, provenientes das massas Equatoriais, como é o caso de grande parte da região Amazônica, até climas semi-áridos muito fortes, próprios do sertão nordestino.O clima de uma dada região é condicionado por diversos fatores, dentre eles pode-se citar temperatura, chuvas, umidade do ar, ventos e pressão atmosférica, os quais, por sua vez, são condicionados por fatores como altitude, latitude, condições de relevo, vegetação e continentalidade. De acordo com a classificação climática de Arthur Strahler, predominam no Brasil cinco grandes climas, a saber: • clima equatorial úmido da convergência dos alísios, que engloba a Amazônia; • clima tropical alternadamente úmido e seco, englobando grande parte da área central do país e litoral do meio-norte; • clima tropical tendendo a ser seco pela irregularidade da ação das massas de ar, englobando o sertão nordestino e vale médio do rio São Francisco; e • clima litorâneo úmido exposto às massas tropicais marítimas, englobando estreita faixa do litoral leste e nordeste; • clima subtropical úmido das costas orientais e subtropicais, dominado largamente por massa tropical marítima, englobando a Região Sul do 89

89


Brasil. Quanto aos aspectos térmicos também ocorrem grandes variações. Como pode ser observado no mapa das médias anuais de temperatura a seguir, a Região Norte e parte do interior da Região Nordeste apresentam temperaturas médias anuais superiores a 25oC, enquanto na Região Sul do país e parte da Sudeste as temperaturas médias anuais ficam abaixo de 20oC.

Acima de 25ºC Entre 20ºC e 25ºC Abaixo de 20ºC

90

Mapa Médias Anuais de Temperatura Fonte: Atlas Escolar Melhoramentos

De acordo com dados da FIBGE, temperaturas máximas absolutas, acima de 40oC, são observadas em terras baixas interioranas da Região Nordeste; nas depressões, vales e baixadas do Sudeste; no Pantanal e áreas rebaixadas do Centro-Oeste; e nas depressões centrais e no vale do rio Uruguai, na Região Sul. Já as temperaturas mínimas absolutas, com freqüentes valores negativos, são observadas nos cumes serranos do sudeste e em grande parte da Região Sul, onde são acompanhadas de geadas e neve. O quadro a seguir apresenta as temperaturas do ar, máximas e mínimas absolutas, das capitais estaduais brasileiras. UF

CAPITAIS

MÁXIMA (oC)

MÍNIMA (oC)

RO

Porto Velho (4)

34.8

15.0

AC

Rio Branco (4)

35.6

-

AM.

Manaus (5)

36.3

18.3

RO

Boa Vista

-

-

PA

Belém (5)

33.8

20.8

AP

Macapá (1)

34.0

21.2 90


TO

Palmas

-

-

MA

São Luís (1)

32.8

20.6

PI

Teresina (1)

38.1

17.8

CE

Fortaleza (5)

33.3

21.3

RN

Natal (5)

31.0

18.3

PB

João Pessoa (5)

31.2

19.0

PE

Recife (5)

32.0

18.4

AL

Maceió (1)

34.4

18.0

SE

Aracaju (3)

32.6

18.0

BA

Salvador (1)

32.8

19.6

MG

Belo Horizonte (3)

32.3

10.0

ES

Vitória (1)

35.5

15.1

RJ

Rio de Janeiro

-

-

SP

São Paulo (5)

33.9

4.4

PR

Curitiba (4)

31.6

-0.7

SC

Florianópolis (3)

34.8

1.5

RS

Porto Alegre (5)

37.2

-0.2

MS

Campo Grande (4)

35.3

4.1

MT

Cuiabá (5)

39.1

8.3

GO

Goiânia (3)

36.2

8.9

DF

Brasília (2)

31.6

7.0

91

Fonte: FIBGE Notas: (1) dados referentes a 1989; (2) dados referentes a 1990; (3) dados referentes a 1991; (4) dados referentes a 1992; e (5) dados referentes a 1993.

início desta página Para uma caraterização mais detalhada, selecione a região de interesse. • Região Norte • Região Nordeste • Região Sudeste • Região Sul • Região Centrro-Oeste Região Norte A região Norte do Brasil compreende grande parte da denominada região Amazônica, representando a maior extensão de floresta quente e úmida do planeta. A região é cortada, de um extremo a outro, pelo Equador e caracteriza-se por baixas altitudes (0 a 200 m). São quatro os principais sistemas de circulação atmosférica que atuam na região, a saber: sistema de ventos de Nordeste (NE) a Leste (E) dos anticiclones subtropicais do Atlântico Sul e dos Açores, geralmente acompanhados de tempo estável; sistema de ventos de Oeste (O) da massa equatorial continental (mEc); sistema de ventos de Norte (N) da Convergência Intertropical (CIT); e sistema de ventos de Sul (S) do anticiclone Polar. Estes três últimos sistemas são responsáveis por instabilidade e chuvas na área. 91


Quanto ao regime térmico, o clima é quente, com temperaturas médias anuais variando entre 24o e 26oC. Com relação à pluviosidade não há uma homogeneidade espacial como acontece com a temperatura. Na foz do rio Amazonas, no litoral do Pará e no setor ocidental da região, o total pluviométrico anual, em geral, excede a 3.000 mm. Na direção NO-SE, de Roraima a leste do Pará, tem-se o corredor menos chuvoso, com totais anuais da ordem de 1.500 a 1.700 mm. O período chuvoso da região ocorre nos meses de verão - outono, a exceção de Roraima e da parte norte do Amazonas, onde o máximo pluviométrico se dá no inverno, por influência do regime do hemisfério Norte. volta Região Nordeste A caracterização climática da região Nordeste é um pouco complexa, sendo que os quatro sistemas de circulação que influenciam na mesma são denominados Sistemas de Correntes Perturbadas de Sul, Norte, Leste e Oeste. O proveniente do Sul, representado pelas frentes polares que alcançam a região na primavera - verão nas áreas litorâneas até o sul da Bahia, traz chuvas frontais e pós-frontais, sendo que no inverno atingem até o litoral de Pernambuco, enquanto o sertão permanece sob ação da alta tropical. O sistema de correntes perturbadas de Norte, representadas pela CIT, provoca chuvas do verão ao outono até Pernambuco, nas imediações do Raso da Catarina. Por outro lado, as correntes de Leste são mais freqüentes no inverno e normalmente provocam chuvas abundantes no litoral, raramente alcançando as escarpas do Planalto da Borborema (800 m) e da Chapada Diamantina (1.200 m). Por fim, o sistema de correntes de Oeste, trazidas pelas linhas de Instabilidade Tropical (IT), ocorrem desde o final da primavera até o início do outono, raramente alcançando os estados do Piauí e Maranhão. Em relação ao regime térmico, suas temperaturas são elevadas, com médias anuais entre 20o e 28oC, tendo sido observado máximas em torno de 40oC no sul do Maranhão e Piauí. Os meses de inverno, principalmente junho e julho, apresentam mínimas entre 12o e 16oC no litoral, e inferiores nos planaltos, tendo sido verificado 1oC na Chapada da Diamantina após a passagem de uma frente polar. A pluviosidade na região é complexa e fonte de preocupação, sendo que seus totais anuais variam de 2.000 mm até valores inferiores a 500 mm no Raso da Catarina, entre Bahia e Pernambuco, e na depressão de Patos na Paraíba. De forma geral, a precipitação média anual na região nordeste é inferior a 1.000 mm, sendo que em Cabaceiras, interior da Paraíba, foi registrado o menor índice pluviométrico anual já observado no Brasil, 278 mm/ano. Além disso, no sertão desta região, o período chuvoso é, normalmente, de apenas dois meses no ano, podendo, em alguns anos até não existir, ocasionando as denominadas secas regionais. volta Região Sudeste A posição latitudinal cortada pelo Trópico de Capricórnio, sua topografia bastante acidentada e a influência dos sistemas de circulação perturbada são fatores que conduzem à climatologia da região Sudeste ser bastante diversificada em relação à temperatura. A temperatura média anual situa-se entre 20oC, no limite de São Paulo e Paraná, e 24oC, ao norte de Minas Gerais, enquanto nas áreas mais elevadas das serras do Espinhaço, Mantiqueira e do Mar, a média pode ser inferior a 92

92


18oC, devido ao efeito conjugado da latitude com a freqüência das correntes polares. No verão, principalmente no mês de janeiro, são comuns médias das máximas de 30oC a 32oC nos vales dos rios São Francisco e Jequitinhonha, na Zona da Mata de Minas Gerais, na baixada litorânea e a oeste do estado de São Paulo. No inverno, a média das temperaturas mínimas varia de 6oC a 20oC, com mínimas absolutas de -4o a 8oC, sendo que as temperaturas mais baixas são registradas nas áreas mais elevadas. Vastas extensões de Minas Gerais e São Paulo registram ocorrências de geadas, após a passagem das frentes polares. Com relação ao regime de chuvas, são duas as áreas com maiores precipitações: uma, acompanhando o litoral e a serra do Mar, onde as chuvas são trazidas pelas correntes de sul; e outra, do oeste de Minas Gerais ao Município do Rio de Janeiro, em que as chuvas são trazidas pelo sistema de Oeste. A altura anual da precipitação nestas áreas é superior a 1.500 mm. Na serra da Mantiqueira estes índices ultrapassam 1.750 mm, e no alto do Itatiaia, 2.340 mm. Na serra do Mar, em São Paulo, chove em média mais de 3.600 mm. Próximo de Paranapiacaba e Itapanhaú, foi registrado o máximo de chuva do país (4.457,8 mm, em um ano). Nos vales dos rios Jequitinhonha e Doce são registrados os menores índices pluviométricos anuais, em torno de 900 mm. O máximo pluviométrico da região Sudeste normalmente ocorre em janeiro e o mínimo em julho, enquanto o período seco, normalmente centralizado no inverno, possui uma duração desde seis meses, no caso do vale dos rios Jequitinhonha e São Francisco, até cerca de dois meses nas serras do Mar e da Mantiqueira. volta Região Sul A região Sul está localizada abaixo do Trópico de Capricórnio, em uma zona temperada, É influenciada pelo sistema de circulação perturbada de Sul, responsável pelas chuvas, principalmente no verão, e pelo sistema de circulação perturbada de Oeste, que acarreta chuvas e trovoadas, por vezes granizo, com ventos com rajadas de 60 a 90 km/h. Quanto ao regime térmico, o inverno é frio e o verão é quente. A temperatura média anual situa-se entre 14o e 22oC, sendo que nos locais com altitudes acima de 1.100 m, cai para aproximadamente 10oC. No verão, principalmente em janeiro, nos vales dos rios Paranapanema, Paraná, Ibicuí-Jacuí, a temperatura média é superior a 24oC, e do rio Uruguai ultrapassa a 26oC. A média das máximas mantém-se em torno de 24o a 27oC nas superfícies mais elevadas do planalto e, nas áreas mais baixas, entre 30o e 32oC. No inverno, principalmente em julho, a temperatura média se mantém relativamente baixa, oscilando entre 10o e 15oC, com exceção dos vales dos rios Paranapanema e Paraná, além do litoral do Paraná e Santa Catarina, onde as médias são de aproximadamente 15o a 18oC. A média das máximas também é baixa, em torno de 20o a 24oC, nos grandes vales e no litoral, e 16o a 20oC no planalto. A média das mínimas varia de 6o a 12oC, sendo comum o termômetro atingir temperaturas próximas de 0oC, ou mesmo alcançar índices negativos, acompanhados de geada e neve, quando da invasão das massas polares. A pluviosidade média anual oscila entre 1.250 e 2.000 mm, exceto no litoral do Paraná e oeste de Santa Catarina, onde os valores são superiores a 2.000 mm, e no norte do Paraná e pequena área litorânea de Santa Catarina, com valores inferiores a 1.250 mm. O máximo pluviométrico acontece no inverno e 93

93


o mínimo no verão em quase toda a região. volta Região Centro-Oeste Três sistemas de circulação interferem na região Centro-Oeste: sistema de correntes perturbadas de Oeste, representado por tempo instável no verão; sistema de correntes perturbadas de Norte, representado pela CIT, que provoca chuvas no verão, outono e inverno no norte da região; e sistema de correntes perturbadas de Sul, representado pelas frentes polares, invadindo a região no inverno com grande freqüência, provocando chuvas de um a três dias de duração. Nos extremos norte e sul da região, a temperatura média anual é de 22oC e nas chapadas varia de 20o a 22oC. Na primavera-verão, são comuns temperaturas elevadas, quando a média do mês mais quente varia de 24o a 26oC. A média das máximas de setembro (mês mais quente) oscila entre 30o e 36oC. O inverno é uma estação amena, embora ocorram com freqüência temperaturas baixas, em razão da invasão polar, que provoca as friagens, muito comuns nesta época do ano. A temperatura média do mês mais frio oscila entre 15o e 24oC, e a média das mínimas, de 8o a 18oC, não sendo rara a ocorrência de mínimas absolutas negativas. A caracterização da pluviosidade da região se deve quase que exclusivamente ao sistema de circulação atmosférica. A pluviosidade média anual varia de 2.000 a 3.000 mm ao norte de Mato Grosso a 1.250 mm no Pantanal matogrossense. Apesar dessa desigualdade, a região é bem provida de chuvas. Sua sazonalidade é tipicamente tropical, com máxima no verão e mínima no inverno. Mais de 70% do total de chuvas acumuladas durante o ano se precipitam de novembro a março. O inverno é excessivamente seco, pois as chuvas são muito raras. Aspectos naturais do Espírito Santo

Área de maciços montanhosos no Espírito Santo. O estado do Espírito Santo compõe uma das unidades da federação, seu território está situado na região sudeste do Brasil, possui características particulares em sua configuração natural. A seguir os aspectos de importantes elementos da Geografia estadual: Relevo No estado do Espírito Santo são identificadas duas unidades de relevo, baixada Espírito-Santense e a Serra Capixaba. A primeira ocorre ao longo de toda costa do território e ocupa aproximadamente 40% de toda área estadual, a altitude desse lugar varia de 94

94


40 a 50 metros. A segunda ocupa a parte central do estado e apresenta altitudes que atingem 700 metros, onde há muitas áreas montanhosas e uma série de rios, derivando também diversos vales. A Serra Capixaba é formada por maciços Montanhosos, nesse contexto os pontos mais elevados são: as Serras do Caparão, além do Pico da Bandeira (2.890m), Pico do Calçado (2.790m), Pico do Forno Grande (2.070m). Clima Devido à sua localização, a região sofre influência da maritimidade e também da floresta Atlântica, diante desses fatores predomina o clima tropical úmido nas áreas litorâneas e no interior do estado o clima tropical de altitude. O primeiro desenvolve chuvas no verão e invernos secos, no geral as médias de temperaturas são sempre elevadas, sempre acima de 22ºC, e apresenta índice pluviométrico de 1.250 mm. No segundo, como se trata de relevos mais altos, a temperatura tende a cair, essa possui uma média anual de 18ºC com invernos relativamente rigorosos, os índices pluviométricos atingem 1.700mm. Vegetação Levando em consideração a composição vegetativa original, grande parte do estado era ocupada por floresta tropical, conhecida por Mata Atlântica, vegetação que já cobriu toda costa brasileira, se caracteriza por ser úmida e possuir uma grande biodiversidade, as árvores dessas florestas são altas e densas e quase não há entrada de luz solar. Nessa área vivem diversas espécies da fauna e da flora, muitos deles endêmicos. Hidrografia O principal rio do estado do Espírito Santo é o Rio Doce, sua nascente está localizada em Minas Gerais, o seu curso possui 977 quilômetros de extensão, além desse existem outros, como rio São Mateus, Itaúna, Itapemirim, Jucu, Mucuri e Itabapoana. Eduardo de Freitas Graduado em Geografia Equipe Brasil Escola ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na Região Sudeste e tem como limites o Oceano Atlântico a leste, a Bahia a norte, Minas Gerais a oeste e noroeste e o estado do Rio de Janeiro a sul, 95

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ocupando uma área de 46.077,519 km². Sua capital é o município de Vitória. Outras importantes cidades são Aracruz, Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Guarapari, Linhares, Mimoso do Sul, Nova Venécia, São Mateus, Serra, Viana e Vila Velha. O gentílico do estado é capixaba ou espiritossantense. HISTÓRIA Período pré-cabralino Inicialmente, o estado era habitado por diversas tribos indígenas, todas pertencentes ao tronco tupi; as tribos do interior do estado eram os chamados Botocudos, ao qual eram atribuidos comportamentos hostis e de difícil de combate, além de atos de canibalismo. Isso, mais tarde, ajudaria no despovoamento do estado. Mais perto do litoral as tribos também eram extremamente hostis, porém de hábitos um pouco diferentes. As tribos do sul do estado e da região do Caparaó não eram hostis, e sim pacíficas, e seu nome deriva de seu hábito de levar os visitantes para "ouvir o silêncio", da extensa Serra do Castelo. As principais tribos do estado eram os botocudos, os aimorés, os goitacás e os tupis. Colônia A costa do atual estado do Espírito Santo foi reconhecida por navegadores portugueses já em 1501, e desde então foi alvo da ação de contrabandistas de pau-brasil. Com o estabelecimento, pela Coroa Portuguesa do sistema de Capitanias Hereditárias para a colonização do Brasil (1534), o seu atual território estava compreendido no lote que se estendia da foz do rio Mucuri à do rio Itapemirim (aproximadamente), doada a Vasco Fernandes Coutinho em 1 de junho de 1534. A colonização portuguesa no estado começou em 23 de maio de 1535 quando os colonizadores, chefiados pelo donatário Vasco Fernandes Coutinho, chegaram na capitania do Espírito Santo e desembarcaram da Nau Glória na região da Prainha próximo onde hoje está situado o 38º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro (em Vila Velha). Sob as flechas dos Goitacás, havendo necessidade do troar das duas peças de artilharia da embarcação, para que os indígenas debandassem, permitindo a posse da terra pelo donatário, ali mesmo decidiu erguer uma fortificação, o Fortim do Espírito Santo, e iniciaram aí o primeiro núcleo populacional da capitania. Foi denominada de Vila do Espírito Santo (hoje Vila Velha, uma das cidades mais antigas do Brasil, com 473 anos de existência. No começo, era uma pequena vila, dedicada a plantação de milho (dai que surgiu o gentílico capixaba, que deriva do tupi kapi'xawa, terra de plantação). Devido aos constantes ataques dos povos indígenas extremamente hostis, que ali residiam, e que estavam quase destruindo a vila, Vasco Fernandes Coutinho, resolve fundar uma outra vila, desta vez em uma ilha, que era de relevo irregular, com muitas montanhas (Vila Velha é plana), a fim de se proteger dos ataques indígenas. A nova povoação recebeu o nome de Vila Nova do Espírito Santo (hoje Vitória, capital do estado, ali começou de vez o povoamento da capitania. Mesmo tendo se isolado na ilha, as hostis tribos indígenas não pararam de atacar, até que os indígenas, extremamente hostis lançaram um massivo ataque a ilha, as forças indígenas eram muito maiores que as portuguesas, porém ajudados 96

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pelo relevo os portugueses conseguiram expulsar os indígenas e rebatizaram o povoamento para o nome de Vitória, após neutralizar as tribos indígenas, a capitania experimentou um breve período de paz, onde se voltou para o plantio de cana de açúcar, e começaram as missões jesuíticas, para catequizar as tribos muito hostis do estado e evitar futuros problemas com elas, com destaque para José de Anchieta, que fundou várias cidades, como Guarapari, Benevente (atual Anchieta), Marataízes e até cidades como São Paulo, ele percorreu todo o sudeste do Brasil, mas residiu no Espírito Santo, onde morreu em 1597, na cidade que leva seu nome Anchieta. Invasões Durante o final do século XVI se iniciou um novo período, que se estendeu até o começo do século XVIII, nesse período, sucessivos ataques franceses, ingleses e neerlandeses e de Piratas, fizeram com que o estado se tornasse uma verdadeira fortaleza, somente na ilha de Vitória, que tem uma área menor do que a de por exemplo, o centro de São Paulo, foram erguidos quatro fortes, os portugueses usavam de tudo para conter as pequenas invasões com o objetivo de saquear e pilhar, que se concentravam principalmente na Baía de Vitória, onde havia três fortes erguidos, sendo o maior o Forte São João. Há relatos de táticas mirabolantes como fincar uma corrente em cada margem da Baía de Vitória para destruir os navios que se aproximavam, durante esse período, há relatos de batalhas milagrosas, e de vários heróis como Maria Ortiz, que ajudou a expulsar os holandeses "jogando água quente", essas invasões, nunca foram bem sucedidas, mas fizeram a economia do estado parar, pois as atividades eram voltadas principalmente para o combate e repelimento das invasões. As maiores tentativa de invasão e ocupação foram as dos neerlandeses de 1625, quando o donatário do Espírito Santo, Francisco de Aguiar Coutinho repeliu uma investida de oito navios sob o comando de Piet Pieterszoon Hein, de 10 a 18 de março de 1625, com o apoio de entrincheiramentos e as fortificações na vila e a de 1632 os neerlandeses atacaram novamente a capitania do Espírito Santo, agora com sete navios, sob o comando do Coronel Johan Koin. Deles desembarcam uma força de quatrocentos homens, de 27 de outubro a 13 de novembro de 1632, sendo repelidos em Vitória pelas forças do capitão-mor João Dias Guedes. Diante dos ataques, o Governo-geral destacou para Vitória quarenta infantes da tropa regular. Um último ataque neerlandês à capitania ainda seria registrado, porém, em 1653. Abandono No Século XVII, o estado finalmente voltou a paz, porém o estado foi praticamente abandonado após a descoberta de ouro em Minas Gerais, por uma ordem de Portugal, para que o estado, de relevo montanhoso, com densa floresta e inúmeras tribos hostis e que já tinha uma costa bastante fortificada, que servia de "barreira natural" para possíveis invasões que almejassem roubar o ouro das Minas Gerais, e por muito tempo as únicas atividades exercidas eram as militares, durante esse período, ocorreu um fato que muitos desconhecem, a capitania foi anexada à capitania da Baía de Todos os Santos, pois o governador-geral observava que, em Vitória, faltava todo o tipo de defesa e meios de conservação, atribuindo isso à má administração daqueles que governaram a capitania. Isso se devia, entretanto, ao isolamento decorrente da descoberta das Minas, e ordenou que a capitania fosse anexada à capitania geral da Bahia, para sua modernização, 97

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tendo sua Capital em Salvador.Isso acarretou no povoamento do norte do estado, conhecido por ter algumas das tribos indígenas mais hostis, mais, mesmo assim, foram estabelecidos grandes latifúndios escravistas, principalmente no município de São Mateus. Império Após a Independência do Brasil, as lavouras cafeeiras chegaram ao sul do estado, provenientes do Rio de Janeiro, o café foi o primeiro sinal de progresso para a nova província, agora que os Índios estavam exterminados, o interior do estado finalmente foi povoado, o café enriqueceu muito o estado, e formou ricas cidades, maiores e mais ricas que a capital, como Santa Leopoldina e Cachoeiro do Itapemirim que foi fragmentadas em várias outras cidades menores, o café já não é mais a maior fonte de renda do estado, mais foi até aproximadamente 1960. Imigração e crescimento O plantio do Café, foi a principal atividade exercida pelos imigrantes europeus e foi a maior fonte de renda para o estado até 1940.Durante o fim do século XIX milhares de Imigrantes, vindos principalmente da Itália, Alemanha e Pomerânia (nação extinta onde hoje é a Polônia) se estabeleceram na Serra do castelo. O plantio do café foi ainda a principal atividade dos imigrantes europeus, que introduziram o regime da pequena propriedade na região serrana, mais especialmente os pomeranos se voltaram para culturas agrícolas diferentes, como a da uva e a o morango, frutas de clima temperado que podiam ser plantadas ali graças ao clima mais ameno. Muitos imigrantes, especialmente os pomeranos ainda mantêm sua cultura, hábitos e festas típicas. Os imigrantes europeus, vieram para o Brasil, com o sonho de uma vida melhor, pois no fim do século XIX e começo do XX, período da imigração, seus países de origem viviam graves problemas sociais e econômicos, os imigrantes que vieram ao Brasil, se estabeleceram em terras altas de clima mais ameno e se dedicavam a agricultura. Hoje estima-se que de 60% a 70% da população do estado possui alguma ascendência Italiana ou Alemã. Porém os alemães e pomeranos juntos não chegam nem a 5% da população. A partir da década de 1950, o estado começou a driblar os problemas históricos e começou a explorar seus muitos recursos naturais e a se industrializar. Atualmente, o Espírito Santo conta com trunfos valiosos na arrancada para o desenvolvimento econômico: uma privilegiada localização geográfica, riquíssimas reservas de minerais radioativos no litoral, um grande complexo portuário, sendo que tem a melhor estrutura portuária do Brasil com um dos maiores portos de minério do mundo, o Porto de Tubarão, a segunda maior produção de petróleo país e as maiores reservas de gás natural do Brasil. Além disso, conta com vastas áreas de plantio de eucalipto, sendo grande produtor de celulose, e o estado é também o maior produtor de rochas ornamentais do mundo, principalmente mármore e granito. Possui uma rica e diversificada agricultura. Origem do nome Vasco Fernandes Coutinho desembarcou na capitania no dia 23 de maio de 1535 desembarcando na atual Prainha de Vila Velha, onde fundou o primeiro 98

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povoamento. Como era oitava de Pentecostes, o donatário batizou a terra de Espírito Santo, em homenagem à terceira pessoa da Santíssima Trindade. O estado do Espírito Santo ocupa uma área de 46.184,1 km² no litoral do Brasil, localiza-se a oeste do Meridiano de Greenwich e a sul da Linha do Equador e com fuso horário de menos três horas em relação à hora mundial GMT. No Brasil, o estado faz parte da região Sudeste, fazendo fronteiras com os estados de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. É banhado pelo oceano Atlântico. Cerca de 40% do território do estado encontra-se em uma faixa de planície, porém a variação das altitudes é bem grande. O relevo apresenta-se dividido em duas regiões distintas: A Baixada Espíritossantense e a Serra do Castelo, na qual fica o Pico da Bandeira com 2.890m, na serra de Caparaó. Seu clima predominante é o tropical de Altitude do tipo Cwa. O bioma (dominío morfoclimático) do estado são os chamados "Mares de Morros" caracterizados pela vegetação tropical, em climas mais amenos, formados por serras fortemente erodidas. Relevo Pico da Bandeira, ponto Culminante do estado, com 2.879 m de altitude e o 3° maior pico do Brasil.O relevo do estado é constituído de duas unidades: a Baixada Espíritossantense e a Serra do castelo (serra capixaba). De largura variável, a Baixada Espíritossantense acompanha toda a costa capixaba, da fronteira com a Bahia até o limite com o Rio de Janeiro. Estreita ao sul, alarga-se consideravelmente a partir de Vitória, no sentido norte. Ocupa cerca de 40% do território estadual. A segunda unidade do relevo é a Serra do castelo, ocupa 60% do território do estado. Tem uma altitude média de 758 m. Zona montanhosa cortada por numerosos cursos d'água, que nascem na região devido os altos índices de precipitação pluviométrico (chuvas), esses rios, cavam profundos vales, criando uma região única. A Serra do castelo é coroada por maciços montanhosos, e entre os quais se destaca a Serra do Caparaó, na divisa com Minas Gerais. Nela estão localizados o pico da Bandeira (2.890m), ponto culminante do estado e da Região Sudeste e o terceiro mais alto de todo o país, e o Pico do Calçado (2.790 m), o maior exclusivamente em território capixaba. Em Castelo está o Pico do Forno Grande, um imponente afloramento rochoso com 2.070m, ponto mais alto da Serra do castelo, existem vários afloramentos menores, mais não menos importantes, como a Pedra das Flores e a Pedra Azul, com respectivamente 1909 e 1822 m, em seu topo, há um micro-clima super-úmido, por passar a maior parte do tempo encoberta pelas nuvens, lá existem cerca de 50 espécies de orquídeas e bromélias. A região, possui muitos lagos e cursos d'água e a região ainda tem uma forte neblina, que atinge a região principalmente no Outono e na Primavera. Pedra das Flores.Ao norte do Rio Doce, as altitudes diminuem sensivelmente e apresentam-se algumas elevações rochosas, os pontões, impropriamente chamados de serras, entre as quais a do Serra do Pancas e a do Serra do Cunha, porém mesmo lá, existem alguns pontos acima dos 1500 m em Mantenópolis, e municípios acima dos 600 m como é o caso de Marilândia e Ecoporanga. Na região da Serra do Caparaó, está localizado o maior desnível do Brasil, com variação de 2890 m em sua cota máxima, para 997 m na sua menor altitude. 99

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CLIMA O clima predominante do estado é o Tropical de Altitude, presente em 60% do estado, com bruscas alterações climáticas, de verões quentes e invernos amenos. Porém, o clima Tropical é presente em 40% do estado. Segundo a classificação do clima de Köppen, o clima tropical apresenta duas variações, Am e Aw. Na Baixada Espíritossantense predomina o clima tropical chuvoso do tipo Am, típico do litoral norte do estado, com chuvas de verão e invernos secos. A temperatura média anual é superior a 22°C, caracterizando-se por temperaturas elevadas durante todo o ano. O índice pluviométrico anual chega a 1.250mm na encosta da Serra e na Região Metropolitana de Vitória, com uma estação seca pouco pronunciada. O clima tropical chuvoso do tipo Aw ocorre no resto da Baixada Espíritossantense, com cerca de 1.000 mm anuais de chuva e estação seca bem definida. A Baixada Espíritossantense possuí, durante o mês de março, um dos verões mais quentes de todo o Brasil, com temperaturas médias mensais que variam de 27°C até 30°C, sendo freqüentes marcações próximas dos 40°C em cidades do interior do estado, como Cachoeiro do Itapemirim e Colatina, nota-se temperaturas bem mais elevadas no sul do estado. Porém, mesmo nessas cidades, no inverno, as temperaturas podem chegar a até 10°C, mesmo em altitude 0, graças as massas de ar polar, que atingem o estado somente no no inverno. Durante o inverno, são freqüentes a ocorrência de massas de ar polar úmido no estado, isso faz as temperaturas caírem a até 0°C na Serra do Castelo e até 10°C na Baixada Espíritossantense, porém quanto mais próximo do mar, maior é a temperatura, e menor sua influencia. Massas de ar polar muito fortes, causam as mínimas extremas do estado. Na Serra do Castelo (serra capixaba), o clima é tropical de altitude, típico da região serrana do sul do estado. As temperaturas caem progressivamente à medida que aumentam as altitudes, caracterizando-se por temperaturas mais baixas no inverno, porém nota-se bruscas variações climáticas e 4 estações bem definidas, além de um índice pluviométrico imensamente maior, com cerca de 2.300 mm de precipitação anual, e temperaturas médias anuais que variam de 20°C a 12°C, dependendo da altitude. Entre o Outono e a Primavera, uma forte neblina, atinge principalmente o leste da Serra do Castelo, isso pode gerar acidentes de transito, porém faz que mesmo os dias mais secos do inverno, registrem certa precipitação e uma fina garoa. A medida que se avança para o Oeste, o clima é mais seco, porém, com grande amplitude térmica, o que faz com que mesmo em dias onde as temperaturas minimas cheguem próximas a 0°C, sejam registradas máximas de 20°C. Nos Picos da Serra do Caparaó, são registradas as menores temperaturas do estado, e algumas das menores temperaturas da Região Sudeste. Graças a grande altitude da região, são comuns marcações na casa de -4°C negativos, e geadas ocorrem diariamente no Inverno. A temperatura na região pode variar de 25°C até -10°C negativos. Aos pés do Pico do Cristal existe um lago, onde se registra pelo menos um dia por ano com cobertura de gelo no local. Os maiores índices pluviométricos do estado são os de Alfredo Chaves (Apelidada de "Alfredo Choves") com 3.100mm, seguido por Vargem Alta com 100

100


2.800mm anuais, caracterizados pela fina garoa que cai sem parar. A cada ano, nota-se que o estado vem ficando cada dia mais seco, o litoral do estado, possui os menores índices de precipitação de toda a costa Brasileira, caracterizado por muitos dias de sol, e por poucos dias de chuvas, porém quando chove, são chuvas torrenciais de cerca de 80 a 150mm em um único dia, cada ano nota-se verões mais frios e invernos mais quentes, sendo cada vez mais freqüentes marcações de mínimas de 17°C à nível do mar mesmo no verão e de até 22°C mesmo no inverno. Guarapari cidade litorânea do estado, que tem pontos a até 1000m de altitude, mesmo em sua sede a nível do mar, possuí condições climáticas para o clima Tropical de Altitude, pois as temperaturas médias anuais são inferiores a 22°C Hidrografia Típico Lago na Serra do Castelo.O principal rio do Espírito Santo é o Doce, com 977 km de comprimento. Nasce em Minas Gerais e desagua no oceano Atlântico, no litoral do município de Linhares, depois de atravessar o estado de oeste para leste e dividí-lo em duas partes de superfícies quase iguais. Outros rios importantes são o Itabapoana, que separa o Espírito Santo do Rio de Janeiro, o Itapemirim, o Itaúnas, o Jucu, o Santa Maria da Vitória, que desemboca na baía de Vitória, e o São Mateus, no norte do estado. As principais lagoas do Espírito Santo são a Juparanã (a maior do estado), Juparanã-Mirim, Suçuraca, Monsarás, do Cupido, do Durão e da Águia (todas no Município de Linhares), a cidade de Linhares possui a maior área do estado, e é um dos mais extensos do Brasil. Litoral O litoral capixaba é rochoso ao sul, com falésias de arenito, e também na parte central, com grandes morros e afloramentos granitícos a beira mar, o litoral sul-central é muito recortado com muitas enseadas e baias protegidas por rochas e afloramentos rochosos a beira mar, é arenoso ao norte, com praias cobertas por uma vegetação rasteira e extensas dunas, principalmente em Itaúnas e Conceição da Barra. A 1.140 quilômetros da costa, em pleno Oceano Atlântico, encontram-se a Ilha da Trindade (12,5 km²) e as Ilha de Martim Vaz, situadas a 30 quilômetros de Trindade. Essas ilhas estão sob a administração do Espírito Santo. Praias Praia da Direita Praia de Camburi Curva da Jurema Praia do Morro Praia de Setibão Praia d'Ulé Praia do Além Praia das Castanheiras Prainha Praia em Piúma. Praia Grande Praia da Costa Praia de Itapoã Praia de Itaparica 101

101


Praia das Neves Praia de Marobá Praia dos Cações Praia de Marataízes Praia Areia Preta Praia do Pontal Praia de Itaipava Praia da Gamboa Praia de Maimbá Praia de Meaípe Praia de Meaípe Velho Praia de Parati Praia da Costa vista do Morro do Moreno. Praia em Guarapari. Praia da Barra em Conceição da Barra.Praia do Sul Praia da Ponta da Fruta Praia dos Padres Praia do Mar Azul Praia Barra do Saí Praia de Povoação Praia da Cacimba Praia de Barra Seca Praia de Guriri Praia de Meleiras Praia da Barra Praia de Guaxindiba Praia de Itaúnas Praia do Riacho Doce Jacaraípe Praias da Vila de Regência Praia Grande Praia dos Castelhanos Praia de Ubu (Porto de Ubu) Praia da Bugia Praia das Pelotas Praia do Riacho Praia do Ipiranga Praia da Cerca Praia do Morro Praia da Aldeia Praia de Santa Monica Praia do Perocão Praia das Virtudes Praia da Fonte Praia dos Namorados Praia da Arrebentação Praia de Santa Cruz Praia de Piuma Três Ilhas Três Praias Praia de Setiba Praia de Setiba Pina

102

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Praia do Setibão Praia de Guriri Ilha da Raposa Ilha dos Padres Ilha do Frade Ilha do Boi Praia do Canto Praia de Santa Helena Praia Mole (Porto de Tubarão) Praia de Carapebus Praia de Bicanga Praia de Manguinhos Praia da Baleia Praia Nova Almeida Praia de Interlagos Praia da Sereia Barra do Jucu Ponta da Fruta Ilha das Garças Ilha das Gaivotas Ilha do Socó Praia de Itaipava Praia de Itaoca Praia da Falesia Praia de Marataizes Praia de Conçeição da Barra Praia de Itaunas Praia de Iriri

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Ilhas Ver artigo principal: Lista de ilhas do Espírito Santo O estado possui um litoral mais recortado no centro-sul, e mais mar aberto no norte, o que faz a maior parte das ilhas se concentrarem na parte central do estado, porém o estado possui várias ilhas. Ao todo, são 73 ilhas localizadas na costa do estado.

103


104

A GEOGRAFIA Área População Densidade Demográfica A ECONOMIA Produto Interno Bruto - PPP Produto Interno Bruto - NOMINAL Renda Per Capita Força de Trabalho Dívida Externa Investimento Estrangeiro Direto - IED 104


Reservas Monetárias Fontes & Links ÁREA Na atualidade, o Brasil possui a 5ª extensão territorial mundial. Entretanto, quando se pensa em território com áreas geográficas contínuas, o Brasil ocupa a 4ª posição mundial. Os EUA detêm territórios separados de sua área original, que foram agregados ao longo do tempo, como o Alasca (depois do Canadá) e o Havaí (Arquipélago do Oceano Pacífico).

105

Mapa-Mundi de 1999. AS 10 MAIORES ÁREAS GEOGRÁFICAS MUNDIAIS EM KM

LUGAR

PAÍS

KM

Rússia

17.075.200

Canadá

9.984.670

Estados Unidos

9.631.418

China

9.596.960

Brasil

8.511.965

Austrália

7.686.850

Índia

3.287.590

Argentina

2.766.890

Cazaquistão

2.717.300 105


10º

Sudão

2.505.810

Área Geográfica da CIA - The World Fact Book 2009. POPULAÇÃO Em julho de 2006, estima-se que o Brasil possua a 5ª maior população mundial, estando na mesma posição que ocupa com sua área geográfica. O mundo possuiria hoje 6.525.170.264 de habitantes. Tal ocupação do Brasil é coerente com o tamanho, sem mostrar as discrepâncias que ocorrem em outros Países, como pode ser visto em Densidade Demográfica abaixo. AS 10 MAIORES POPULAÇÕES JULHO 2004 / 2005 / 2006 LUGAR

PAÍS

JUL 2004

JUL 2005

JUL 2006

China

1.298.847.624

1.306.313.812

1.313.973.713

Índia

1.065.070.607

1.080.264.388

1.095.351.995

Estados Unidos

293.027.571

295.734.134

298.444.215

Indonésia

238.452.952

241.973.879

245.452.739

Brasil

184.101.109

186.112.794

188.078.227

Paquistão

159.196.336

162.419.946

165.803.560

Bangladesh

141.340.476

144.319.628

147.365.352

Rússia

143.782.338

143.420.309

142.893.540

Nigéria

137.253.133

128.765.768

131.859.731

10º

Japão

127.332.002

127.417.244

127.463.611

106

A Rússia foi ultrapassada por Bangladesh, tendo redução de habitantes. A Nigéria também teve redução em 2005 (AIDS ?). O Japão estabilizou-se.A China podia ter de fato mais de 1,7 bilhão. População da CIA - The World Fact Book 2009. AS 10 MAIORES POPULAÇÕES JULHO 2007 / 2008 LUGAR

PAÍS

JUL 2007

JUL 2008

China

1.321.851.888

1.330.044.544

Índia

1.129.866.154

1.147.995.904

Estados Unidos

301.139.947

303.824.640 106


Indonésia

234.693.997

237.512.352

Brasil

190.010.647

196.342.592

Paquistão

164.741.924

172.800.048

Bangladesh

150.448.339

153.546.896

Nigéria

135.031.164

146.255.312

Rússia

141.377.752

140.702.096

10º

Japão

127.433.494

127.288.416

Os Países com redução populacional em 2007 foram Indonésia, Paquistão, Rússia e Japão. Em 2008, Rússia e Japão continuaram caindo e o primeiro desceu para a 9ª posição. A China podia ter de fato quase 1,8 bilhão. População da CIA - The World Fact Book 2009. DENSIDADE DEMOGRÁFICA Estima-se que o Brasil esteja bem colocado na 9ª posição em termos de densidade populacional entre as 10 maiores populações mundiais (vide quadro acima). O país possui em 2007 somente 22,3 habitantes por km2, mostrando que ainda existe uma vasta extensão de terra a ser colonizada, como no caso do CentroOeste, que continua a despontar como um dos celeiros da agricultura mundial moderna. Entretanto, é necessário apontar algumas sérias discrepâncias de densidade populacional que ocorrem em muitos Países do mundo atual. Pelo quadro abaixo, vê-se que 5 Países, Bangladesh, Japão, Índia, Paquistão e Nigéria, têm problemas de densidade maiores que a China, a 6ª colocada. Desses 6 países, somente Índia e China possuem territórios gigantescos, o 7º e o 4º do mundo, respectivamente. Um País pequeno como a Indonésia, com 1.919.440 km2, em 16º lugar, tem a 4ª maior população, com 234,6 milhões de habitantes. Um País ainda menor como a Japão, com 377.835 km2, em impressionante 61º lugar em território, tem a 10ª maior população, com 127,4 milhões de habitantes. Paquistão com 803.940 km2, em 35º, tem 164,7 milhões de habitantes. Nigéria com 923.768 km2, em 32º, tem 135,0 milhões. Bangladesh com apenas minguados 144.000 km2, em 93ª, tem impressionantes 150,4 milhões de habitantes, em franco crescimento, o que já é um terrível problema humanitário. Enquanto isso, um País gigante como a Austrália, com 7.686.850 km2, em 6º lugar, tem a 52ª maior população, com apenas 20,4 milhões de habitantes. Já o Canadá, com 9.984.670 km2, em 2º lugar, tem a 35ª maior população, com 33,4 milhões de habitantes. 107

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É interessante notar que a maioria dos Países superpopulosos são muçulmanos - Bangladesh, Paquistão, Nigéria e Indonésia - enquanto essas 2 áreas gigantescas - Austrália e Canadá - pouquíssimo povoadas, são Países da comunidade britânica recentemente colonizados, frente aos outros. Nesse mundo superpopulado, Estados Unidos, Brasil e, especialmente, Rússia, encontram-se em situações mais confortáveis para as suas populações. O problema russo é que grande parte de seu território é quase inabitável, sendo a Sibéria a área mais conhecida. AS MAIORES DENSIDADES POPULACIONAIS DAS 10 MAIORES POPULAÇÕES JULHO 2007 LUGAR

PAÍS

DENSI DADE

POPULAÇÃO

LU GAR

ÁREA KM

LU GAR

Bangladesh

1.044,8

150.448.339

144.000

93º

Índia

343,7

1.129.866.154

3.287.590

Japão

337,3

127.433.494

10º

377.835

61º

Paquistão

204,9

164.741.924

803.940

35º

Nigéria

146,2

135.031.164

923.768

32º

China

137,7

1.321.851.888

9.596.960

Indonésia

122,3

234.693.997

1.919.440

16º

Estados Unidos

31,3

301.139.947

9.631.418

Brasil

22,3

190.010.647

8.511.965

10º

Rússia

8,3

141.377.752

17.075.200

A densidade da Índia ultrapassou a do Japão em 2007. Cálculo Baseado em Dados da CIA - The World Fact Book 2009. PRODUTO INTERNO BRUTO - PPP A única forma justa de cálculo do Produto Interno Bruto - PIB (GDP - Gross Domestic Product), de um País é através da Paridade de Poder de Compra PPC (PPP - Purchasing Power Parity), que mede quanto uma determinada moeda pode comprar em termos internacionais (normalmente em dólar), corrigindo as diferenças de preço de um País para outro e permitindo que se chegue mais perto de números realistas. Adotado pelas Nações Unidas em 2003, o PIB/PPP tornou-se consenso em todo o mundo atual e passou a ser adotado por instituições que vão do Banco Mundial à CIA, em seu "The World Fact Book" (NOTA), fonte do Governo dos Estados Unidos. 108

108


O PIB sintetiza a riqueza e produção nacionais em um ano. Calculado pelo método do PPP, o Brasil encontrava-se em 9º lugar no mundo desde 2003, apenas superado por : EUA, China, Japão, Índia, Alemanha, França, Reino Unido e Itália. Em 2008, o PIB do Brasil pelo método de Paridade de Poder de Compra ficou em US$ 1,977 trilhão, permanecendo na posição de 9ª maior economia mundial, segundo o Banco Mundial. Por estes dois quadros abaixo, entende-se melhor porque China, Índia e Brasil são hoje expoentes necessários a uma real e justa representação da riqueza mundial junto ao G-8. O mesmo aplica-se ao Conselho de Segurança da ONU no caso de Índia e Brasil, pois a China já é um país membro. AS 10 MAIORES ECONOMIAS MUNDIAIS - 2008 PELO BANCO MUNDIAL PIB (GDP) / PPP US$ TRILHÕES LUGAR

PAÍS

2008

Estados Unidos

14,204

China

7,903

Japão

4,355

Índia

3,388

Alemanha

2,925

Rússia

2,288

Reino Unido

2,176

França

2,112

Brasil

1,977

10º

Itália

1,727

109

Tabela baseada em dados do Banco Mundial de 2008. PIB mundial em US$ 69,698 trilhões. Wikipedia Lista de Países por PIB - Paridade de Poder de Compra Wikipedia - List of countries by GDP - PPP Wikipedia - List of countries by future GDP estimates - PPP AS 10 MAIORES ECONOMIAS MUNDIAIS DE 2003 A 2006 PIB (GDP) / PPP US$ TRILHÕES LUGAR

PAÍS

2006 *

2006

2005

2004

2003

Estados Unidos

12,980

12,980

12,410

11,750

10,990

China

10,000

10,000

8,182

7,262

6,449

Japão

4,220

4,220

3,914

3,745

3,582 109


Índia

4,042

4,042

3,699

3,319

3,033

Alemanha

2,585

2,585

2,454

2,362

2,271

Reino Unido

1,903

1,903

1,869

1,782

1,666

Brasil

1,880

1,616

1,568

1,492

1,375

França

1,871

1,871

1,822

1,737

1,661

Itália

1,727

1,727

1,651

1,609

1,550

10º

Rússia

1,723

1,723

1,539

1,408

1,282

PIB (GDP) / PPP da CIA - The World Fact Book 2009. Dados do BRASIL. (*) De acordo com a nova metodologia do IBGE anunciada em março de 2007, o PIB/PPP do Brasil em 2005 foi de US$ 1,803 trilhão e situou-se próximo a US$ 1,880 trilhão em 2006, tendo assumido a posição de 7ª maior economia mundial, e tendo ainda ultrapassado Rússia, Itália e França, além de aproximar-se bastante do Reino Unido. Em 18 de dezembro de 2007, fora divulgado relatório do Banco Mundial informando que o Brasil teria subido mais uma posição em 2005, passando a ser então a 6ª (sexta) economia do mundo pelo PPP. O Programa de Comparação Internacional (ICP, na sigla em inglês) comparou o tamanho da economia de 146 países. A pesquisa tem como base os números de 2005, quando toda a riqueza produzida em todo o mundo somou US$ 55 trilhões. O texto diz que 40 % de todas as mercadorias e serviços produzidos saíram dos países em desenvolvimento. De acordo o Banco Mundial, uma mudança na formula de avaliação permitiu a elevação do Brasil e de outros países, como a China, que saltou do 4º para o 2º lugar. O documento pusera os EUA em 1º lugar e a China em 2º em 2005. O Japão estava em 3º; a Alemanha, em 4º, e a Índia, em 5º. O Brasil ocupava então a 6ª colocação, na mesma posição que Reino Unido, França, Rússia e Itália. A Espanha e o México ficavam em 7º. Pelo novo parâmetro, EUA, China, Japão, Alemanha e Índia respondiam juntos por quase a metade da economia mundial em 2005.

110

110


PRODUTO INTERNO BRUTO - NOMINAL A partir da conversão NOMINAL das taxas oficiais de câmbio, costumava-se calcular o Produto Interno Bruto (PIB ou GDP - Gross Domestic Product) das Nações. Entretanto, para o objetivo de comparar-se economias com realidades totalmente diferentes, tal método vem caindo em desuso por não refletir a realidade sobre a situação dentro de cada país. Portanto, para as comparações entre nações, somente é utilizado hoje o método conhecido como Paridade de Poder de Compra (PPP - Purchasing Power Parity), já descrito acima. Somente a título de comparação entre esses dois índices - NOMINAL e PPP, e porque é necessário calcular a dimensão do Orçamento de Defesa (DEFESA BR) em relação ao PIB, utiliza-se tal índice NOMINAL aqui. Até 1998, o Brasil ainda ocupava a 8ª posição, com PIB NOMINAL de US$ 788 bilhões, mas foi largamente ultrapassado por Canadá e Espanha em 1999, México em 2001 e Coréia do Sul em 2002, passando assim a ser a 12ª maior economia mundial, devido à mencionada expressiva desvalorização de sua moeda em 1999 e à recessão continuada. Em 2003, o Brasil foi ultrapassado pela Índia, Holanda e Austrália, caindo mais três posições no ranking mundial, atingindo o inédito 15º lugar mundial, com US$ 493 bilhões. Iniciando um movimento de reversão e ascensão, o PIB brasileiro já em 2004 atingiu US$ 605 bilhões, devido à recente e progressiva desvalorização do Dólar e ao crescimento da economia, de 4,9 %. Com isso, O País recuperou 3 posições, passando Índia, Coréia do Sul e Holanda, e voltando à 12ª posição. De fato, a situação mostrou-se tão conjuntural que a cotação do Dólar médio anual caindo para R$ 2,43 em 2005 fez o PIB voltar à 10ª posição mundial. Pois em 2005, com um crescimento de apenas 3,2 %, o Brasil atingiu um PIB de quase US$ 800 bilhões (como previsto pelo ECONOMIA BR), com exatos US$ 797 bilhões, praticamente voltando a 1998. Foi R$ 1,937 trilhão a um câmbio médio de R$ 2,43. Ultrapassou México e Austrália. A Holanda sumiu do mapa dos 15 maiores. A 111

111


Rússia acompanhou o crescimento do Brasil bem de perto. Em fevereiro de 2006, o PIB brasileiro atingiu R$ 1,975 trilhão, o que em Dólar a R$ 2,10 à época já significara um avanço para US$ 940 bilhões. Ao final de 2006, poderia até ultrapassar US$ 1,2 trilhão com um possível Dólar médio a R$ 2,00 ou ainda menor. Fechando o câmbio médio de 2006 a 2,1776, precisaria ter tido um PIB de R$ 2,1776 trilhões para atingir novamente a faixa de US$ 1 trilhão. Na realidade, supunha-se um PIB de 2006 próximo a R$ 2,095 trilhões e US$ 962 bilhões ao mesmo Dólar médio de R$ 2,1776. Entretanto, em março de 2007, o IBGE anunciou nova metodologia para o cálculo do PIB NOMINAL do Brasil que veio a mudar a história, tendo havido uma revisão dos números para cima entre 2002 e 2005. Com isso, o crescimento do PIB de 2005 aumentou de 2,3 % para 2,9 %. O de 2004, aumentou de 4,9 % para 5,7 %; o de 2003 foi recalculado de 0,5 % para 1,1 %; e o de 2002 saiu de 1,9 % para 2,7 %. Tendo como base o ano de 2000, verificou-se que o PIB de 2005 obteve um aumento de 10,9 % sobre o cálculo anterior. Assim, o PIB de 2005, que era tido como de R$ 1,937 trilhão ou US$ 797 bilhões a um câmbio médio de R$ 2,43, passou a ser de R$ 2,147.944 trilhões ou US$ 884 bilhões (US$ 883.928 bilhões), verificando-se o referido aumento de 10,9 %. Já o PIB NOMINAL de 2006 foi de R$ 2,322.818 trilhões e US$ 1,067 (US$ 1,066.687 trilhão ao Dólar médio de R$ 2,1776). Frente ao PIB mundial de US$ 47,915 trilhões, o Brasil participou com apenas 2,2 %. Dentro das 10 maiores economias mundiais em 2006, que concentravam 70 % da riqueza mundial e com PIB total de US$ 33,152 trilhões, o Brasil tinha somente 3,2 % de participação. Em 11 de março de 2008, o IBGE anunciou que o PIB NOMINAL do Brasil tinha crescido 5,7 % em 2007, somando R$ 2,6 trilhões, com 100 % de acerto para a previsão feita pelo ECONOMIA BR em julho de 2007. O PIB atingiu US$ 1,332 trilhão, com um dólar médio de R$ 1,95.

Em 2008, o PIB NOMINAL cresceu 5,1 %, somando R$ 2,9 trilhões, atingindo US$ 1,554 trilhão, com um dólar médio de R$ 1,86. Para 2009, o ECONOMIA BR 112

112


previa em agosto que ele permaneceria no mesmo patamar, a US$ 1,570 trilhão, com um dólar médio de R$ 2,00. Já 2010 será o ano de crescimento com forte valorização do real frente ao dólar e PIB bem mais forte. NOVOS NÚMEROS PARA O PIB NOMINAL BRASILEIRO R$ TRILHÕES E US$ TRILHÕES 2000 a 2010

ANO

R$ TRI

US$ TRI

2000

1,179.482

-

2001

1,302.136

-

2002

1,477.822

-

2003

1,699.648

0,493

2004

1,941.498

0,665

2005

2,147.943

0,884

2006

2,322.818

1,067

2007

2,597.611

1,332

2008 *

2,889.719

1,554

2009**

3,140.000

1,570

2010 ***

3,490.000

2,327

113

(*) Previsão do ECONOMIA BR em dezembro de 2008 foi de R$ 3 trilhões, prevendo dólar médio de 2008 a R$ 1,86. (**) Previsão do ECONOMIA BR em junho de 2009, prevendo dólar médio de 2009 a R$ 2,00. (**) Previsão do ECONOMIA BR em agosto de 2009, prevendo dólar médio de 2010 a R$ 1,50. DÓLAR MÉDIO ANUAL 2004 a 2010

ANO

R$

VAR. %

2004

2,92

-

2005

2,43

- 16,8 %

2006

2,16

- 11,1 %

2007

1,95

- 9,7 %

2008

1,90

- 2,6 %

2009*

2,00

+ 5,3 % 113


2010 *

1,50

- 25 %

(*) Previsões do ECONOMIA BR em agosto de 2009. Com melhor crescimento da economia em 2006, o Brasil poderia ter ultrapassado Espanha e Canadá, e vindo a retomar seu histórico lugar de 8ª maior economia mundial. Em seguida, deveria rumar para tomar os lugares dos 4 Países europeus restantes (Itália, França, Reino Unido e Alemanha), além do Japão, juntamente com Rússia e Índia, os outros BRICs junto com a China. Um estudo do Banco de Investimentos Goldman Sachs conhecido como "Sonhando com os BRICs" e divulgado em outubro de 2003 prevê que o Brasil estará entre as 5 maiores potências mundiais em 2050. CRESCIMENTO % DO PIB DOS BRICS ENTRE 2005 E 2009 PAÍS

2005

2006

2007

2008

2009

China

10,1

11,0

11,5

9,5

4,0

Índia

7,1

10,0

10,0

8,0

2,0

Rússia

6,4

10,0

9,0

7,0

- 1,0

Brasil

3,2*

4,0*

5,7*

5,1*

2,0**

114

(*) Brasil inferior ao seu potencial por causa de política econômica restritiva e por adiamento de reformas urgentes. (**) Previsão do ECONOMIA BR em maio de 2009. 2008 Em 10 de setembro, o IBGE anunciou que a economia brasileira teve um crescimento robusto no segundo trimestre, de 6,0 % sobre o mesmo período do ano anterior. Em valores absolutos o PIB do trimestre foi de R$ 716,9 bilhões. Esse resultado poderia projetar um PIB em 2008 de R$ 2,88 trilhões, ou US$ 1,745 trilhão a um dólar médio de R$ 1,65. Já o terceiro trimestre mostrou crescimento de 6,8 %. Houve forte crescimento na formação bruta de capital fixo, de 16 % entre abril e junho. A produção de insumos típicos para a construção civil aumentou 10 % no período e o consumo aparente de máquinas e equipamentos (produção mais importação, menos exportação) subiu 22,3 %. Além do investimento, o outro grande motor da demanda tem sido o consumo das famílias. O mercado de trabalho continua pujante, com o emprego e a renda em expansão firme. O consumo das famílias cresceu 6,4 % em relação ao mesmo período do ano passado. 114


Além do mercado de trabalho, o ritmo impressionante de expansão do crédito, superior a 30 % no acumulado em 12 meses, também representa uma alta muito forte desse principal componente da demanda. AS 15 MAIORES ECONOMIAS MUNDIAIS ENTRE 2003 E 2007 PIB NOMINAL US$ BILHÕES LUGAR

PAÍS

2007

2006

2005

2004

2003

Estados Unidos

13,840

13,262

12,760

11,757

10,857

Japão

4,384

4,464

4,960

4,780

4,291

Alemanha

3,322

2,890

2,600

2,734

2,386

China

3,251

2,554

2,230

1,543

1,381

Reino Unido

2,773

2,358

2,280

2,113

1,752

França

2,560

2,227

2,112

2,026

1,732

Itália

2,105

1,841

1,735

1,669

1,459

Espanha

1,439

1,217

1,046

971

819

Canadá

1,432

1,273

1,047

957

851

10º

Brasil

1,314

1,067

884

665

493

11º

Rússia

1,290

975

765

535

419

12º

Índia

1,099

854

753

594

510

13º

Coréia do Sul

957

877

727

582

521

14º

Austrália

909

744

650

622

508

15º

México

893

811

757

649

612

115

Dados do IBGE. Valor do PIB de cada País convertido em dólar, compensada a projeção de inflação. PIB do Brasil já com a nova metodologia do IBGE anunciada em março de 2007. Wikipedia - List of Countries by GDP - Nominal Wikipedia - List of Countries by Future GDP Estimates - Nominal RENDA PER CAPITA O Brasil teve em 2007 uma baixíssima Renda Per Capita (por cabeça) de US$ 9.700 (US$ 8.600 em 2006, US$ 8.400 em 2005 e US$ 8.100 em 2004), estando posicionado em 98º lugar no mundo. Renda Per Capita da CIA - The World Fact Book 2008. 115


FORÇA DE TRABALHO A Força de Trabalho no Brasil seria a 5ª maior no mundo atual, segundo o "The World Fact Book 2007" da CIA, com 96,3 milhões de trabalhadores. Em anos anteriores, somente consideravam nossa Força de Trabalho em 45 % da população. O ECONOMIA BR precisou reajustar o quadro para 50 %, decisão que demonstra ter sido acertada, visto que foi acompanhada pelos últimos Fact Books, de algum modo. Na origem, considerando que outros Países possuem uma Força de Trabalho na faixa de 50 % de sua população, e que a população brasileira ainda tem um perfil jovem, recalculamos a força nacional em 2003 de 82,6 para 92 milhões, metade da população de então 184,1 milhões de habitantes, em vez de 45 %, como constava na citada fonte. Nos anos anteriores, além de serem dados antigos (1999) e estimados, não parece ter sido computada a parcela da Força de Trabalho informal, tendo havido somente um cômputo cartorial, com carteiras de trabalho assinadas. Desde 2005, o trabalho melhorou. FORÇA DE TRABALHO EM 2007 MILHÕES DE TRABALHADORES LUGAR

PAÍS

FORÇA

POPULAÇÃO

% FORÇA

China

803,0

1.321,9

61 %

Índia

516,4

1.129,9

46 %

Estados Unidos

153,1

301,1

51 %

Indonésia

108,0

234,7

46 %

Brasil

99,7

190,0

52 %

Rússia

75,1

141,4

53 %

Bangladesh

69,4

150,4

46 %

Japão

66,1

127,4

52 %

Nigéria

50,1

135,0

37 %

10º

Paquistão

49,2

164,7

30 %

Cálculo Baseado na Força de Trabalho da CIA - The World Fact Book 2009.

DÍVIDA EXTERNA A Dívida Externa mundial em 2003 era de US$ 2 trilhões, enquanto que em 2005 pode ter chegado a estrondosos US$ 38,5 trilhões, devido ao até então crédito barato e farto. 116

116


Nesse campo, o Brasil conseguia antes ter destaque absoluto de acordo com o CIA Fact Book de 2003, perdendo apenas para os EUA, e sem ter mostrado qualquer alavancagem em sua economia para ter tamanho débito internacional. Entretanto, a partir do Fact Book de 2004, houve uma profunda mudança de atores, amplamente benéfica ao Brasil. De 2003 para 2004, o País caiu de 2º para 6º colocado. A posição do Brasil é conhecida e sua dívida deverá diminuir nos próximos anos por causa de sua política econômica restritiva. O País procura atrair hoje IED e remessas de imigrantes, como maiores fontes de financiamento, conforme visto no próximo item. Segundo o Fact Book de 2003, o país mais endividado eram os EUA, cujos números abaixo referem-se a 2001. Portugal, Austrália e China surgiam logo após os EUA e o Brasil como os maiores devedores mundiais. CIA FACT BOOK 2003 AS 10 MAIORES DÍVIDAS EXTERNAS MUNDIAIS US$ BILHÕES - 2003

117

LUGAR

PAÍS

2003

Estados Unidos

1.400,0

Brasil

223,6

Portugal

211,7

Austrália

193,0

China

184,0

Rússia

165,4

México

159,3

Argentina

142,0

Turquia

141,3

10º

Coréia do Sul

134,9

Dívida Externa da CIA - The World Fact Book 2003. Já segundo o CIA Fact Book de 2004, houve uma mudança bastante radical no ranking dos principais Países endividados, tendo o Brasil caído para 6º lugar e sido explosivamente ultrapassado por Itália, Espanha, Portugal e até mesmo 117


Austrália como os maiores devedores mundiais. Com o CIA Fact Book de 2005, viu-se uma mudança ainda mais radical no ranking dos principais Países endividados externamente, tendo o Brasil caído para 13º lugar. Foi ultrapassado por enorme lista de Países, sendo que muitos nem constavam entre os 10 mais endividados em 2003 e 2004. A dívida de US$ 7,107 trilhões (na versão anterior em US$ 4,71 trilhões) do Reino Unido, se não tiver sido um erro contínuo do Fact Book de 2005, seria quase uma impossibilidade. Mas, manteve-se este dado na versão 2006 do livro. Uma lenta mudança ocorre na economia mundial e a União Européia pode encontrar-se no limiar de profunda crise econômica (junto com os EUA e mesmo o Japão, hoje ainda sem dívida externa), em que a imprevisível cotação do petróleo - puxada por China e Índia - ditará o ritmo e os maiores perdedores nos anos que se seguem. Já o Fact Book de 2006 veio registrar o Brasil distante em 2005, já na 23ª posição mundial, corrigida pelo ECONOMIA BR para a justa 24ª posição, pelos dados abaixo disponíveis. Em 2006, o País já se encontrava em 27º lugar, com uma dívida próxima a US$ 172 bilhões, significando apenas 11 % de seu PIB por PPP. A dívida externa do Brasil fechou 2007 com US$ 197,7 bilhões, mas em 2008, as reservas já cobriam em muito este patamar (ver quadro abaixo). Muitos países antes insuspeitos estão entrando com muita força nesta preocupante relação em muito pouco tempo, em que a grande maioria importa petróleo, mas alguns até o produzem. O crédito mundial é farto e barato, por enquanto. CIA FACT BOOK 2007 AS 10 MAIORES DÍVIDAS EXTERNAS MUNDIAIS E SUAS PARTICIPAÇÕES NO PIB (GDP) / PPP US$ BILHÕES - 2006

LUGAR

PAÍS

Estados Unidos

DÍVIDA

PIB

10.040,0 12.980,0

DÍVIDA / PIB 77 %

118

118


Reino Unido

8.280,0

1.903,0

335 %

Alemanha 3.904,0

2.585,0

151 %

França

3.461,0

1.871,0

185 %

Itália

1.957,0

1.727,0

113 %

Holanda

1.899,0

512,0

271 %

Espanha

1.591,0

1.070,0

149 %

Japão

1.547,0

4.220,0

37 %

Irlanda

1.392,0

177,2

686 %

10º

Suíça

1.077,0

252,9

326 %

27º

Brasil

172,5 *

1.880,0

9%

* A CIA estimava o Brasil em 2004 erradamente com US$ 219,8 bilhões, e em 2005 com US$ 211,4 bilhões. De 2003 para 2004, o País caiu de 2º para 6º colocado. Já em 2005, desceu para a 13ª e, no mesmo ano, para a excelente 24ª posição mundial. Em 2006, foi para o 27º lugar e, em 2007, para o 26º lugar com US$ 230,3 bilhões. Dívida Externa da CIA - The World Fact Book 2009.

119

Wikipedia - List of countries by external debt Wikipedia - Foreign Exchange Reserves Sabe-se que ao final de 2004 a Dívida Externa do Brasil caiu para U$ 203 bilhões e em 2005 para US$ 183,2 bilhões. Somente em abril de 2006, a dívida externa já tinha baixado para US$ 161,862 bilhões, segundo levantamento do Banco Central. O estoque de dívida teve redução de US$ 6,395 bilhões em relação a março. A redução de 3,8 % deveuse aos pagamentos de US$ 6,459 bilhões em bônus do tipo Bradies e US$ 113 milhões ao Clube de Paris – grupo de bancos. O Risco Brasil (índice Embi+ do JP Morgan) caiu para 400 pontos em dezembro de 2004 e 303 pontos em 2005. Chegou a 2006 com apenas 193 pontos, recorde de baixa batido em 28 de dezembro. Em maio de 2007, já girava na faixa de 150 pontos, abaixo da média dos países emergentes. Veja abaixo a evolução da dívida externa desde 1980. DÍVIDA EXTERNA DO BRASIL 1980 a 2010 ANO

DÍIDA EXTERNA

RESERVAS 119


US$ BILHÕES US$ BILHÕES 1980 54 9,6 1990 96 9,4 1994 120 38 1996 142 60 1998 242 44 1999 241 42 2000 236 33 2002 228 36 2003 235 49 2004 203 53 2005 183 53,8 2006 172,5 85,8 2007 197,7 180,3 2008 200 210 2009 * 230 250 2010 * 210 350 (*) Previsões do ECONOMIA BR em outubro de 2009, com as Reservas já superiores à Dívida Externa. Wikipedia - List of Countries by External Debt Após ter pago antecipadamente suas dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Clube de Paris, mudando seu perfil de devedor para credor, ainda em 2007 o Brasil deverá entrar como sócio pleno de 2 associações de credores internacionais : o referido Clube de Paris e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Clube é uma entidade informal onde se reúnem os governos credores. Desde 1983, o montante de dívida renegociada nessa entidade alcança US$ 504 bilhões. De seus 19 membros, só a Rússia não faz parte da OCDE, espécie de clube das Nações ricas. Os outros são EUA, Alemanha, Japão, Reino Unido, França, Canadá, Áustria, Austrália, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Irlanda, Itália, Holanda, Noruega, Espanha, Suécia e Suíça.

INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO - IED Em 2005, os números do Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil eram de parcos US$ 15,066 bilhões (menos 17,1 % sobre 2004). Porém, já em 2006, o IED brasileiro cresceu para US$ 18,782 bilhões, números 120

120


24,7 % melhores que os de 2005, talvez já prenunciando uma retomada de investimentos, como os que chegariam por causa da ERA DOS BIOCOMBUSTÍVEIS e do aguardado investment grade para o País em 2008. A partir desse ano, o IED no Brasil cresceria muito. De fato, essa nova Era conseguiu desequilibrar fortemente as tendências anteriores do mercado mundial de IED, voltadas a Países “IT oriented”. Em 2007, entraram US$ 34,616 bilhões, O Brasil só perdeu para a Holanda naquele ano, na classificação de País que mais crescimento teve no IED, com um crescimento de 84 % sobre o ano anterior (US$ 18,782 bilhões). Enquanto isso, o IED na China era de US$ 67 bilhões. Os analistas prevêem redução de IDE na China por causa da nova lei fiscal, em vigor desde 1º de janeiro de 2008, a qual aumentou de 15 % para 25 % os impostos das empresas estrangeiras, enquanto reduziu de 33 % para 25 % a carga fiscal sobre as empresas chinesas. Já em 2008, houve um impressionante salto, tendo os investimentos estrangeiros diretos alcançado US$ 45,06 bilhões, sendo o maior valor desde 1947, quando começou a série histórica do BC. Só em dezembro de 2008 esses investimentos ficaram em US$ 8,117 bilhões, sendo que em dezembro de 2007 ficaram em apenas US$ 886 milhões. O recorde anterior em investimentos estrangeiros diretos, que era o ano de 2007, já havia sido batido no acumulado até o mês de outubro de 2008, que ficara em torno de US$ 34,7 bilhões.

INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS DIRETOS NO BRASIL 2000 a 2010 ANO

US$ BILHÕES

% PIB

2000

32,779

5,44

2001

22,457

4,41

2002

16,590

-3,61

2003

10,144

2,00

2004

18,166

3,01

2005

15,066

1,91

2006

18,782

1,91 121

121


2007

33,705

2,70

2008

43,886

3,27

2009 *

30,000

2,00

2010 *

45,000

-

(*) Previsões de ECONOMIA BR em outubro de 2009. Brasil e México estavam na moda no fim dos anos 90 e começo da atual década. Depois, voltaram-se todos para a China e em 2005 quem esteve na moda foi a Índia. Do bolo total de investimento externo planejado para o futuro, 42 % queriam ir para a Índia, 17 % para a China, 11 % para a Europa, 5 % para os Estados Unidos e o Brasil estava na lista do “resto do mundo”. Em 2005, o que interessava no mundo era ser “IT oriented” ou, uma economia voltada para a indústria de tecnologia. Para os investidores norteamericanos, o Brasil era o 5º mais atrativo, sendo sua melhor colocação. Para os europeus, era o 9º mais atrativo e, para os asiáticos, nem estava na lista dos 15 primeiros. Entretanto, o Brasil já era considerado o 3º mais atraente do mundo para os investidores do setor de varejo e atacado, só perdendo para China e Índia. Nesse campo, já pesava o tamanho do mercado interno e as perspectivas de expansão do consumo. Estava também na lista dos 10 mais dos investidores do setor primário e de manufaturados. Era considerado o 6º mais atraente para o fabricante de automóveis. Mas não estava na lista dos 10 primeiros dos setores de serviços financeiros e não financeiros, nem no de telecom e serviços públicos. O Brasil possuía um estoque de IED de US$ 201,283 bilhões em 2005, segundo a Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). ESTOQUE TOTAL DE INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS DIRETOS NO BRASIL 1980 a 2005 ANO

US$ BILHÕES

1980

17,480

1990

37,243 122

122


2000

103,015

2004

161,259

2005

201,283

Em 2000, o volume de IED mundial foi de US$ 1,3 trilhão. Em seguida, vieram o desaquecimento da economia americana, os ataques terroristas, a Guerra no Iraque e as devastadoras fraudes contábeis de grandes empresas americanas. O IED para os Países em desenvolvimento aumentaram em 41 % em 2004, para US$ 233 bilhões. Para os Países desenvolvidos, diminuiu em 14 %, para US$ 380 bilhões. Para os primeiros, foram 36 % de todo o IED do mundo em 2004. O estoque de investimentos estrangeiros dos EUA era de US$ 1,4 trilhão. O da China já era de US$ 443 bilhões, sendo que recebeu US$ 53 bilhões só em 2002. A China só perdia então para os EUA, Grã-Bretanha (com 639) e Alemanha (452). O Brasil já ocupava em 2005 o 7º lugar na lista. Em 1990, detinha apenas US$ 37 bilhões. Na América Latina, o fluxo de IED vinha caindo desde 1999 em resultado do lento crescimento econômico no Brasil e no México e da crise na Argentina. O fluxo de IED na América Latina e Caribe totalizara US$ 49,7 bilhões em 2003, contra US$ 107,4 bilhões de 1999. REMESSAS As remessas dos cerca de 25 milhões de residentes no exterior aos seus Países de origem na América Latina e no Caribe chegaram a US$ 53,6 bilhões em 2005, recorde absoluto. Em 2006, esse volume atingiu a cifra de US$ 68 bilhões, sendo 27 % superior a 2005. Já a Ásia recebeu US$ 114 bilhões. Isso significa que as estratégias de desenvolvimento locais falharam e milhões de pessoas precisam simplesmente continuar emigrando para arranjarem empregos dignos. Vivem nos EUA 75 % desses imigrantes, enquanto 15 % estão na Europa, especialmente, Espanha, Itália, Portugal e Reino Unido. O restante vive no Japão. No Brasil, as remessas somaram US$ 7,4 bilhões em 2006 (valor 16 % maior que os US$ 6,4 bilhões de 2005), o segundo maior volume depois do México, que recebeu US$ 24,2 bilhões (21 % maior que os US$ 20 bilhões de 2005). 123

123


Existem 5,5 milhões de brasileiros fora do País, sendo 2,5 milhões somente nos EUA O México foi o segundo País que mais recebeu remessas de emigrantes do mundo em 2006, depois da Índia, com um total de US$ 24,5 bilhões para uma população dez vezes maior. A China vem em terceiro, com US$ 21 bilhões. As remessas registradas enviadas por estrangeiros oriundos de Países em desenvolvimento chegaram ao total de US$ 199 bilhões em 2006, em comparação com R$ 188 bilhões em 2005. Um total de 150 milhões de imigrantes em todo o mundo enviaram US$ para casa US$ 300 bilhões em 2006.

RESERVAS MONETÁRIAS As reservas monetárias internacionais líquidas do Brasil em 2005 eram de apenas US$ 53,8 bilhões. Mas o país entrou em 2006 sem mais qualquer dívida com o FMI. Já em 2009, passou a ser cerdor do FMI, com um empréstimo de US$ 10 bilhões. Em julho de 2006 as reservas eram de US$ 64,379 bilhões, pela primeira vez ultrapassando a dívida pública externa da União (sem incluir as estatais, que chegava a US$ 63,284 bilhões). Fecharam 2006 em US$ 85,839 bilhões. O Brasil já encontrava-se em julho de 2007 na 7ª posição entre as maiores reservas monetárias do mundo inteiro, com um total de US$ 150 bilhões, valor alcançado no dia 11 daquele mês. Fechou 2007 já com US$ 180,334 bilhões. Aqui, o Brasil começava a demonstrar ser também um BRIC. Durante o ano de 2008, o Brasil ganhou uma posição, passando a ter as 6ªs maiores reservas mundiais. AS 10 MAIORES RESERVAS MONETÁRIAS MUNDIAIS US$ BILHÕES - DEZEMBRO 2008 LUGAR

PAÍS

RESERVAS

China

2.000,000 124

124


Japão

977,700

Rússia

435,400

Taiwan

280,680

Índia

245,857

Brasil

207,539

Coréia do Sul

200,500

Cingapura

168,802

Hong Kong

160,557

10º

Argélia

149,806

Fontes : Wikipedia - List of Countries by Foreign Exchange Reserves CIA - The World Fact Book 2009 Wikipedia - Foreign Exchange Reserves Mesmo com o agravamento da crise mundial no 4º trimestre de 2008, o Brasil conseguiu mater suas reservas monetárias. O BC precisava vender Dólares à vista no mercado diversas vezes, mas ainda conseguiu aumentar as reservas. O anos de 2008 fechou com US$ 207 bilhões em reservas. 125

No início de outubro de 2009, as reservas monetárias brasileiras atingiram a inédita cifra de US$ 232 bilhões.

RESERVAS MONETÁRIAS INTERNACIONAIS LÍQUIDAS DO BRASIL 2005 a 2010 ANO

US$ BILHÕES

2005

53,8

2006

85,8

2007

180,3

2008

207,0

2009 *

250,0

2010 *

350,0

(*) Previsões do ECONOMIA BR em outubro de 2009. 125


FONTES & LINKS CIA - The World Fact Book 2009 Obs : as informações desta fonte são dinâmicas, mudando continuamente. The Magazine of Future Warfare - World Powers Wikipedia - List_of_countries_by_GDP_- Nominal Wikipedia - List_of_countries_by_GDP - PPP IBGE - Novo Sistema de Contas Nacionais - 2000 a 2005 Wikipedia - List_of_countries_by_future_GDP_estimates_- PPP Wikipedia - List_of_countries_by_future_GDP_estimates_- Nominal Wikipedia - List_of_countries_by_external_debt Wikipedia - List_of_Countries_by_Foreign_Exchange_Reserves Wikipedia - Foreign_Exchange_Reserves Abradif - Crescem as Barreiras ao IED em Todo o Mundo AS GUERRAS POSSÍVEIS 1. guerras do ar (os créditos-débitos de carbono são os anúncios preambulares): Protocolo de Kyoto O que é, objetivos, ações, diminuição do aquecimento global, gases poluentes

Objetivo é diminuir a emissão de gases poluentes e o aquecimento global Introdução O Protocolo de Kyoto é um instrumento internacional, ratificado em 15 de março de 1998, que visa reduzir as emissões de gases poluentes. Estes, são responsáveis pelo efeito estufa e o aquecimento global. O Protocolo de Kyoto entrou oficialmente em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005, após ter sido discutido e negociado em 1997, na cidade de Kyoto (Japão). Objetivos e Informações No documento, há um cronograma em que os países são obrigados a reduzir, em 5,2%, a emissão de gases poluentes, entre os anos de 2008 e 2012 (primeira fase do acordo). Os gases citados no acordo são: dióxido de 126

126


carbono, gás metano, óxido nitroso, hidrocarbonetos fluorados, hidrocarbonetos perfluorados e hexafluoreto de enxofre. Estes últimos três são eliminados principalmente por indústrias. A emissão destes poluentes deve ocorrer em vários setores econômicos e ambientais. Os países devem colaborar entre si para atingirem as metas. O protocolo sugere ações comuns como, por exemplo: - aumento no uso de fontes de energias limpas (biocombustíveis, energia eólica, biomassa e solar); - proteção de florestas e outras áreas verdes; - otimização de sistemas de energia e transporte, visando o consumo racional; - diminuição das emissões de metano, presentes em sistemas de depósito de lixo orgânico. - definição de regras para a emissão dos créditos de carbono (certificados emitidos quando há a redução da emissão de gases poluentes). Expectativas Os especialistas em clima e meio ambiente esperam que o sucesso do Protocolo de Kyoto possa diminuir a temperatura global entre 1,5 e 5,8º C até o final do século XXI. Desta forma, o ser humano poderá evitar as catástrofes climáticas de alta intensidade que estão previstas para o futuro. Protocolo de Kyoto Do que trata o Protocolo de Kyoto Compromete a uma série de nações industrializadas (Anexo B do Protocolo) a reduzir suas emissões em 5,2% - em relação aos níveis de 1990 – para o período de 2008- 2012. Esses países devem mostrar “um progresso visível” no ano de 2005, ainda que não se tenha chegado à um acordo sobre o significado desse item. Estabelece 3 “mecanismos de flexibilidade” que permitem à esses países cumprir com as exigências de redução de emissões, fora de seus territórios. Dois dessesmecanismos correspondem somente a países do Anexo B: a Implementação Conjunta(Joint Implemention) e o Comércio de Emissões (Emission Trading); o terceiro, oMecanismo de Desenvolvimento Limpo-MDL (Clean Development Mechanism),permite atividades entre o Norte e o Sul, com o objetivo de apoiar o desenvolvimentosustentável. Espera-se que os distintos “crédito de Carbono”, destinados a obterreduções dentro de cada item, serão comercializados entre países de um mesmo mercado de Carbono. As negociações acerca dos detalhes, incluindo a forma em quese distribuirão os benefícios, estão em andamento. O Greenpeace considera que os projetos relacionados com sorvedouros de Carbono, energia nuclear, grandes represas e “Carbono limpo” não cumprem com os requisitosnecessários para receber “créditos” de emissão, de acordo com o MDL. O MDL requerque os projetos produzam “benefícios à longo prazo, reais e mensuráveis”. Especifica que as atividades compreendidas nos mecanismos mencionados devem serdesenvolvidas adicionalmente às ações realizadas pelos países 127

127


industrializados dentrode seus próprios terriotórios. Entretanto, os Estados Unidos, como outros países,tentam, à todo custo, evitar limites sobre o uso que podem fazer desses mecanismos.Permite aos países ricos medir o valor líquido de suas emissões, ou seja, contabilizaas reduções de Carbono vinculadas às atividades de desmatamento e reflorestamento. Atualmente existe um grande debate em relação à essas definições. Há outra cláusula que permitiria incluir “outras atividades” entre os sorvedouros de Carbono, algumas delas, como a fixação de Carbono no solo, são motivo de preocupação especial. Determina que é essencial criar um mecanismo que garanta o cumprimento do Protocolo de Kyoto. Esses são alguns dos temas-chave no debate de novembro de 2000, na VIConferência das Partes Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre MudançasClimáticas (COP6 - 6th Conference of the Parties - UNFCCC United NationFramework Convention on Climate Change). A fim de entrar em vigência, o Protocolo de Kyoto deve ser ratificado por, no mínimo55 governos, que contabilizem 55% das emissões de CO2 produzidas pelos paísesindustrializados. Essa fórmula implica que os Estados Unidos não podem bloquear o Protocolo sem o respaldo de outros países. Até o momento, 23 países, incluindo Bolívia, Equador, El Salvador e Nicarágua, já o ratificaram e outros 84 países, entreeles os Estados Unidos, somente o assinaram (em 7 de agosto).

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A conferência culminou na decisão por consenso de adotar-se um Protocolo segundo o qual os países industrializados reduziriam suas emissões combinadas de gases de efeito estufa em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990 até o período entre 2008 e 2012. Esse compromisso, com vinculação legal, promete produzir uma reversão da tendência histórica de crescimento das emissões iniciadas nesses países há cerca de 150 anos. Para que o Protocolo de Kyoto possa tornar-se obrigatório, terá de ser ratificado - ou seja, aprovado pelo Parlamento - dos países que respondem por pelo menos 55% das emissões de gases que provocam o efeito estufa. A maior quantidade de gás carbônico - 25% do total - é emitida pelos Estados Unidos. Outros países industrializados, como o Japão, a Austrália e o Canadá, também emitem grandes quantidades. Enquanto os Estados Unidos, em 1997, emitiam 20,3 toneladas de dióxido de Carbono (ou gás carbônico) por habitante, nos países em desenvolvimento como a China essa relação é de apenas 2,5 toneladas por habitante e na Índia, de 900 quilos por habitante. Desde a aprovação do Protocolo de Kyoto, várias reuniões têm sido realizadas na tentativa - até agora frustrada - de retirar o documento do papel e transformá-lo em realidade. Quanto mais tempo passa, mais os 128


países industrializados, à frente os Estados Unidos, aumentam suas emissões de gás carbônico, que representa mais de 85% dos gases-estufa. Propostas de Kyoto

Políticas e medidas propostas pelo Protocolo de Kyoto e que deverão serem Implementadas e/ou aprimoradas de acordo com as circunstâncias nacionais: Os envolvidos aplicarão e elaborarão políticas e medidas (em conformidade com as circunstâncias nacionais), como exemplo: fomento da eficiência energética nos setores pertinentes da economia nacional; 2. proteção e melhora dos sumidouros e depósitos de gases, tendo em conta, os acordos internacionais pertinentes ao Meio Ambiente; 3. a promoção de práticas sustentáveis de manejo florestal, florestamento e reflorestamento; 4. promoção de formas sustentáveis de agricultura à luz das considerações sobre a mudança do clima; 5. pesquisa, promoção, desenvolvimento e o aumento do uso de formas novas e renováveis de energia, de tecnologias de seqüestro de dióxido de Carbono e de tecnologias ambientalmente seguras, que sejam avançadas e inovadoras; 6. Medidas para limitar e/ou reduzir as emissões de gases de efeito estufa nosetor de transportes; 7. redução progressiva ou eliminação gradual das deficiências de mercado, incentivos fiscais, isenções tributárias e subvenções que sejam contrários ao objetivo da convenção em todos os setores emissores de gases; 8. fomento de reformas apropriadas dos setores pertinentes, visando promover políticas e medidas que limitem ou reduzam as emissões de gases. O acordo foi assinado pela administração Bill Clinton, pelos países membros da União Européia e o Japão, mas a Casa Branca disse que o presidente George Bush não concorda com os termos do protocolo e que ele solicitou ao seu gabinete uma revisão da política relacionada às mudanças climáticas.Vários países manifestaram preocupação com o anúncio feito pelo governo norte-americano de que os EUA não irão implementar o protocolo de Kyoto. A chefe da Agência de Proteção Ambiental americana, Christie Whitman, disse que os co-signatários do protocolo de Kyoto terão que encontrar formas alternativas de lidar com a questão do aquecimento global. O governo da Suécia, que ocupa a presidência rotativa da União Européia, chamou a decisão americana de preocupante e provocativa, e a organização 129

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ambiental internacional Amigos da Terra disse que ela pode criar um "desastre climático". A Posição Brasileira

O ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg adiantou que o Brasil vai reafirmar na Holanda sua posição favorável ao Protocolo de Kyoto. "O Brasil está convencido de que a mudança do clima é um tema de natureza global que representa um desafio às atuais lideranças mundiais, em prol do bem-estar das futuras gerações em todo o planeta". Histórico do Protocolo de Kyoto 1988 A primeira reunião entre governantes e cientistas sobre as mudanças climáticas, realizado em Toronto,Canadá., descreveu seu impacto potencial inferior apenas ao de uma guerra nuclear. Desde então, uma sucessão de anos com altas temperaturas têm batido os recordes mundiais de calor, fazendo da década de 1990 a mais quente desde que existem registros. 1990 O primeiro informe com base na colaboração científica de nível internacional foi o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, em inglês), onde os cientistas advertem que para estabilizar os crescentes níveis de dióxido de Carbono (CO2) – o principal gás-estufa – na atmosfera, seria necessário reduzir as emissões de 1990 em 60%. 1992 Mais de 160 governos assinam a Convenção Marco sobre Mudança Climática na ECO-92. O objetivo era “evitar interferências antropogênicas perigosas no sistema climático”. Isso deveria ser feito rapidamente para poder proteger as fontes alimentares, os ecossistemas e o desenvolvimento social. Também foi incluída uma meta para que os países industrializados mantivessem suas emissões de gases-estufa, em 2000, nos níveis de 1990. Também contém o “princípio de responsabilidade comum e diferenciada”, que significa que todos os países têm a responsabilidade de proteger o clima, mas o Norte deve ser o primeira a atuar. 1995 O segundo informe de cientistas do IPCC chega a conclusão de que os primeiros sinais de mudança climática são evidentes: “a análise das evidências sugere um impacto significativo de origem humana sobre o clima global. Um evidente desafio para os poderosos grupos de pressão em favor dos combustíveis fósseis, que constantemente legitimavam grupos de cientistas céticos quanto a essa questão, para sustentar que não haviam motivos reais de preocupação. 1997 Em Kyoto, Japão, é assinado o Protocolo de Kyoto, um novo componente da Convenção, que contém, pela primeira vez, um acordo vinculante que compromete os países do Norte a reduzir suas emissões. Os detalhes sobre 130

130


como será posto em prática ainda estão sendo negociados e devem ser concluídos na reunião de governos que se realizaráentre 13 e 24 de novembro deste ano em Haia, Holanda. Essa reunião é conhecida formalmente como a COP6 (VI Conferência das Partes). Fonte: www.greenpeace.org.br

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Protocolo de Quioto Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. O Protocolo de Quioto é consequência de uma série de eventos iniciada com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro de 1988), seguida pelo IPCC's First Assessment Report em Sundsvall, Suécia (agosto de 1990) e que culminou com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC, ou UNFCCC em inglês) na ECO92 no Rio de Janeiro, Brasil (junho de 1992). Também reforça seções da CQNUMC. Constitui-se no protocolo de um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que agravam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa antropogênicas do aquecimento global. Discutido e negociado em Quioto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em 11 de Dezembro de 1997 e ratificado em 15 de março de 131


1999. Sendo que para este entrar em vigor precisou que 55% dos países, que juntos, produzem 55% das emissões, o ratificassem, assim entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em Novembro de 2004.

o Protocolo de Quioto é o resultado coercitivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática Protocolo de Kyoto Aberto para 11 de Dezembro de 1997 em Quioto Assinaturas Data da entrada 16 de fevereiro de 2005. em vigor Ratificação por cinqüenta e cinco países e que Condições para representem pelo menos 55% das emissões de gases do entrada em vigor efeito estufa ocorridas no ano de 1990 pelos países incluídos no anexo I. Partes 175 países

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Por ele se propõe um calendário pelo qual os países-membros (principalmente os desenvolvidos) têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012, também chamado de primeiro período de compromisso (para muitos países, como os membros da UE, isso corresponde a 15% abaixo das emissões esperadas para 2008). As metas de redução não são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados para os 38 países que mais emitem gases. Países em franco desenvolvimento (como Brasil, México, Argentina e Índia) não receberam metas de redução, pelo menos momentaneamente. A redução dessas emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas. O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas ações básicas: • Reformar os setores de energia e transportes; • Promover o uso de fontes energéticas renováveis; Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção; • Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos; • Proteger florestas e outros sumidouros de carbono. Se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que a temperatura global reduza entre 1,4°C e 5,8°C até 2100, entretanto, isto 132


dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução de 5% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do aquecimento global. Lista dos países membros do Protocolo de Quioto

Mapa do Protocolo de Quioto em 2009. ; Legenda : :* Verde : Países que ratificaram o protocolo. :* Amarelo : Países que ratificaram, mas ainda não cumpriram o protocolo. :* Vermelho : Países que não ratificaram o protocolo. :* Cinzento : Países que não assumiram nenhuma posição no protocolo. Estados Unidos e o Protocolo de Quioto Os Estados Unidos negaram-se a ratificar o Protocolo de Quioto, de acordo com a alegação do ex-presidente George W. Bush de que os compromissos acarretados por tal protocolo interfeririam negativamente na economia norte-americana. A Casa Branca também questiona a teoria de que os poluentes emitidos pelo homem causem a elevação da temperatura da Terra. Mesmo o governo dos Estados Unidos não assinando o Protocolo de Quioto, alguns municípios, Estados (Califórnia) e donos de indústrias do nordeste dos Estados Unidos já começaram a pesquisar maneiras para reduzir a emissão de gases promotores do efeito estufa — tentando, por sua vez, não diminuir sua margem de lucro com essa atitude. Sumidouros de carbono Em julho de 2001, o Protocolo de Quioto foi referendado em Bonn, Alemanha, quando abrandou o cumprimento das metas previstas anteriormente, através da criação dos "sumidouros de carbono". Segundo essa proposta, os países que tivessem grandes áreas florestadas, que absorvem naturalmente o CO 2 , poderiam usar essas florestas como crédito em troca do controle de suas emissões. Devido à necessidade de manter sua produção industrial, os países desenvolvidos, os maiores emissores de CO 2 e de outros poluentes, poderiam transferir parte de suas indústrias mais poluentes para países onde o nível de emissão é baixo ou investir nesses países, como parte de negociação. Entretanto, é necessário fazer estudos minuciosos sobre a quantidade de carbono que uma floresta é capaz de absorver, para que não haja super ou subvalorização de valores pagos por meio dos créditos de carbono. Porém, a partir da Conferência de Joanesburgo esta proposta tornou-se inconsistente em relação aos objetivos do Tratado, qual seja, a redução da emissão de gases que agravam o efeito estufa. Deste modo, a política deve ser deixar de poluir, e não poluir onde há florestas, pois o saldo desta forma continuaria negativo para com o planeta. 133

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Os céticos e o Protocolo de Quioto O Protocolo de Quioto somente faz sentido para aqueles que acreditam que as emissões de gases poluentes, principalmente aqueles provenientes da queima de combustíveis fósseis, são os principais responsáveis pelo aquecimento global. Como conseqüência do Protocolo, os países desenvolvidos teriam que diminuir drasticamente suas emissões, inviabilizando, a médio prazo, o seu crescimento econômico continuado que, acreditam os cé(p)ticos, é a única forma de se atingir a abundância de bens e serviços de que tanto necessita a humanidade. Assim, o segundo maior emissor de gases causadores do efeito estufa do planeta, os Estados Unidos, não ratificaram e, provavelmente não o ratificarão num prazo previsível. Tal atitude é considerada prudente por parte dos cé(p)ticos. De fato, todas as nações europeias e o Japão ratificaram o Protocolo, e algumas delas, embora tenham concordado em diminuir suas emissões em 2010 em 8% abaixo dos níveis de 1990, já admitem que não conseguirão atingir esta meta e somente poderão conseguir reduzir as emissões em 1% em 2010. A União Europeia esperava atingir as metas compromissadas, aproveitando as possibilidades da Inglaterra, França e Alemanha de reduzir suas emissões aos níveis de 1990, utilizando a política de abandonar o uso do carvão, aumentar o uso da energia nuclear e fechar as portas das indústrias poluidoras do leste alemão. Considerando estas vantagens, as outras nações não precisariam ser tão severas na redução das suas emissões sob a política original do Protocolo de Quioto. Como conseqüência, estes países aumentaram maciçamente suas emissões, apagando assim os ganhos dos países grandes. Pelo menos 12 dos 15 países europeus estão preocupados em poder cumprir as suas metas; nove deles romperam-nas, com emissões aumentando entre 20% e 77%. A realidade, então, crêem os cé(p)ticos, é que o Protocolo de Quioto tornarse-á "letra morta" e que a Comunidade Europeia, sua grande defensora, está destinada a revelar isto ao mundo. O desenvolvimento deste tema pode melhor ser apreciado no artigo de Iain Murray, publicado pelo Tech Central Station, em 5 de maio de 2005[1]. No entanto, o quadro mudou consideravelmente em 2007 com a publicação dos relatórios do IPCC sobre mudança climática. A opinião pública, assim como de políticos de todo o mundo, tem cada vez mais entendido que a mudança climática já começou e que medidas são necessárias. Sequestro de carbono O "carbon sequestration" é uma política oficial dos EUA e da Austrália que trata de estocar o excesso de carbono, por prazo longo e indeterminado, na biosfera, no subsolo e nos oceanos. Os projetos do DOE's Office of Science dos EUA são: 1. Sequestrar o carbono em repositórios subterrâneos; 2. Melhorar o ciclo terrestre natural através da remoção do CO2 da atmosfera pela vegetação e estoque da biomassa criada no solo; O sequestro do carbono nos oceanos através do aumento da dissolução do CO2 nas águas oceânicas pela fertilização do fitoplâncton com nutrientes e pela injeção de CO2 nas profundezas dos oceanos, a mais de 1000 metros de profundidade. 4. O sequenciamento de genoma de microorganismos para o gerenciamento do ciclo do carbono. 5. Enviar através de foguetes (naves) milhares de mini-satélites (espelhos) para refletir parte do sol, em média 200.000 mini-satélites, 134

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reduziriam 1% do aquecimento. O plano de seqüestro de carbono norte-americano já está em andamento e demonstra a preocupação dos céticos em ajudar a remover uma das causas (embora a considerem insignificante) do aquecimento global. A Austrália possui um plano semelhante ao dos EUA. Para maiores detalhes sobre os programas de sequestro de carbono norte-americano e australiano ver as publicações "Carbon Sequestration - Technology Roadmap and Program Plan" de março de 2003, do U.S. DOE Office of Fossil Energy - National Technology Laboratory e o "Carbon Dioxide - Capture and Storage" do Research Developments & Demonstration in Australia, 2004[2]. O aumento das emissões dos países em desenvolvimento Um dos fatores alegados pelos Estados Unidos para a não ratificação do Protocolo de Quioto foi a inexistência de metas obrigatórias de redução das emissões de gás carbônico para os países em desenvolvimento. Apesar de não serem obrigados a cumprir metas de redução, tais países já respondem por quase 52% das emissões de CO² mundiais e por 73% do aumento das emissões em 2004. Segundo a Agência de Avaliação Ambiental da Holanda, em 2006, a China, um país em desenvolvimento, ultrapassou em 8% o volume de gás carbônico emitido pelos EUA, tornando-se o maior emissor desse gás no mundo, emitindo, sozinha, quase um quarto do total mundial, mais do que toda a UE. Um dos motivos dessa escalada das emissões chinesas é a queima do carvão mineral, que responde por cerca de 68,4% da produção de energia na China. Segundo relatório da AIE, 40,5% das emissões mundiais do CO² são provenientes da queima desse mineral, sendo este considerado o maior contribuidor para o aquecimento global. O consumo de carvão mineral em 2006 na China saltou 8,7%, quase o dobro do aumento mundial; paralelamente, o consumo de energia elétrica teve uma elevação de 8,4% nesse país, e seu PIB aumentou 10,7%. Logo, o crescimento vertiginoso da economia chinesa gera pressão pelo aumento da produção de energia, que deve acompanhar rapidamente a crescente demanda, já que apagões parciais viraram rotina em algumas cidades chinesas, tamanho o consumo de eletricidade. Esse país se tornará até 2010 o maior consumidor de energia do mundo. Para suprir a demanda há, atualmente, cerca de 560 usinas termoelétricas em construção no território chinês. Em 2007, quase duas novas termoelétricas eram inauguradas por semana, então, a tendência é um crescimento continuado do consumo de carvão mineral, bem como das emissões de CO² na China, algo também verificado na Índia. Esses dois países juntos responderão por 45% do aumento mundial da demanda por energia até 2030. Tal aumento pode significar uma elevação em 57% da emissões mundiais de gás carbônico no mesmo período. Assim, as atuais 27 bilhões de toneladas de CO² lançadas anualmente na atmosfera passariam para 42 bilhões em 2030. Frente ao rápido crescimento econômico de economias emergentes, cuja matriz energética é extremamente dependente da queima de combustíveis fósseis, em especial do carvão mineral, o aumento nas emissões de gás carbônico parece inevitável para as próximas décadas, frustrando possivelmente as pretensões do Protocolo de Quioto. Depois de 2012 O protocolo de Quioto expira em 2012, e já há o compromisso da ONU e de alguns governos para o delineamento de um novo acordo ou o que é mais 135

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provável de uma emenda no Protocolo de Quioto, que estabeleceria novas metas a serem cumpridas após 2012. As discussões começaram em 16 de Fevereiro de 2007 em Washington, os chefes de estado do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Reino Unido, Estados Unidos, Brasil, China, Índia, México e África do Sul concordaram em princípio sobre o esboço de um sucessor para o Protocolo de Quioto. Eles discutiram, em especial, a criação de um limite máximo para o comércio dos créditos de carbono, bem como a aplicação de metas de redução das emissões de CO 2 aos países em desenvolvimento, e se propuseram a delinear tal esboço até o término de 2009. Em 7 de Junho de 2007, os líderes na 33ª reunião do G8, afirmaram que as nações do G8 visam reduzir, pelo menos, para metade as emissões globais de CO 2 até 2050. Os detalhes que possibilitariam cumprir tal meta de redução seriam negociados pelos ministros do meio ambiente dos países do G8 dentro da Convenção das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC), em um processo que poderia também incluir as grandes economias emergentes. Uma rodada de conversações sobre as alterações climáticas, sob os auspícios da Convenção das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC) (Viena, encontro sobre mudanças climáticas, 2007), foi celebrada em 31 agosto 2007 com o acordo sobre os principais elementos para uma eficaz resposta internacional às alterações climáticas, o Mapa do Caminho (roteiro de negociações que nortearam tal convenção), não propunha um novo protocolo para substituir o de Quioto, já que o mesmo exigiria uma nova rodada de ratificações que poderia perdurar por anos como foi o caso do Protocolo de Quioto (que só entrou em vigor após ser ratificado por uma quantidade de países que perfaziam 55% das emissões mundiais de CO 2 , tendo decorrido da abertura para às adesões até sua entrada em vigor mais de sete anos), mas sim um segundo período de vigoração do protocolo, com novas metas a serem definidas. Uma característica chave das conversações foi um relatório das Nações Unidas que mostrou como a eficiência energética poderia trazer significativas reduções nas emissões de baixo custo. As conversações tinham por objectivo definir o cenário para uma grande reunião internacional que se realizou em Nusa Dua, Bali, Indonésia, em 3 de Dezembro de 2007. A Conferência de 2008 foi realizada em dezembro, em Poznan, Polónia. Um dos principais tópicos sobre esta reunião foi a discussão de uma possível implementação do "desmatamento evitado", também conhecido como redução das emissões de desmatamento e degradação florestal (REDD), o que tange a adoção de um sistema de créditos de carbono concedidos à projetos que evitem o desflorestamento, já que o "desmatamento evitado" é suposto servir como medida de redução das emissões de CO 2 (como sumidor de carbono), posto que as florestas são importantes fontes de absorção de gás carbônico e que o desmatamento por meio de queimadas é o principal fator de emissões em alguns países em desenvolvimento. De todo, negociações da ONU estão avançando em direção a uma reunião de cúpula que será sediada em Copenhague, Dinamarca em dezembro de 2009[3]. No dia 24 de outubro de 2009, celebrado como Dia Internacional da Ação Climática, milhares de pessoas em 180 países, manifestaram-se pela diminuição dos níveis de CO 2 na atmosfera. Estas manifestações foram convocadas por uma ONG chamada 350.org, que advoga que os níveis de CO 2 136

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devem baixar dos valores de 385-389, existentes nessa altura, para um valor seguro de 350 ppm. Para esse efeito, grupos de pessoas sentaram-se no chão, em cidades, campos de neve e no fundo do oceano, junto à Grande Barreira de Coral, formando os algarismos 350.[4][5] Referências 1. ↑ (em inglês) Artigo em Tech Central Station 2. ↑ (em inglês)Veja http://www.fe.doe.gov/coal_power/sequestration/ e http://www.co2crc.com.au/ 3. ↑ (em inglês) Notícias da ONU e (em inglês) UNFCCC 4. ↑ “International day of demonstrations on climate change” no site CNN.com(em inglês) acessado a 25 de outubro de 2009 5. ↑ “Dezenas de pessoas apelam a acordo na Cimeira de Copenhaga” notícia do DN Portugal no site Sapo.pt acessado a 25 de outubro de 2009 Bibliografia • MAGNOLI, Demetrio. História da Paz. São Paulo: Editora Contexto, 2008. 448p. ISBN 8572443967 Ver também • Sustentabilidade • Créditos de carbono • Protocolo de Annapolis • Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2007 • Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2009 • Mecanismos de flexibilização • Mecanismo de desenvolvimento limpo • Aquecimento global • Gases do efeito estufa • Bolsa do Clima de Chicago • Richard Lindzen (em inglês) • O grande nevoeiro de 1952 Ligações externas • Ministério da Ciência & Tecnologia - Texto do Protocolo de Quioto (em português) • ONU-Brasil (em português) • Página oficial da ONU (em inglês, em castelhano e em francês) • Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do ClimaUNFCCC (em inglês) • Contraponto de Richard Lindzen (em português) • Global Warming: The Origin and Nature of the Alleged Scientific Consensus (em inglês) Mudança do clima e Aquecimento global Antropogênicas: Dióxido de carbono · Desflorestação · Escurecimento global · Potencial de aquecimento global · Efeito estufa · Gases do efeito estufa · Ilha de calor urbana · Poluição Causas atmosférica Naturais: Glaciação · Esfriamento global · Variação orbital · Variação dos Oceanos · Tectónica de placas · Deriva dos continentes · Ciclo solar · Vulcanismo Elevação do nível dos mares · Estresse ambiental · Recuo dos Efeitos glaciares Assuntos Degradação da ozonosfera · Declaração de Leipzig 137

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Energia renovável · Desenvolvimento sustentável · Créditos de carbono Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas · Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente · Convenção-Quadro das Política Nações Unidas sobre a Mudança do Clima · Relatório Stern · Relatório Brundtland · Agenda 21 · Agenda 21 local Protocolo de Quioto: Mecanismos de flexibilização · Mecanismo de desenvolvimento limpo-MDL · Comércio internacional de Mitigação emissões-CIE · Implementação conjunta-IC · Sequestro de carbono Mercado Voluntário: Bolsa do Clima de Chicago 2. guerras da água (já começaram): Guerra da água ameaça o século* Previsões de escassez global impõem ação rápida para evitar catástrofe de abastecimento e crise de segurança Publicado em 03/06/2005 - 16:39 Por Flávio Henrique Lino** A fartura de água no planeta Terra é enganadoramente aparente. Apenas 2,5% da massa líquida são compostos de água doce, e menos de 0,01%, de potável. Com o explosivo crescimento demográfico no século XX, a população triplicou nos últimos 70 anos, enquanto o consumo de água sextuplicou. Cerca de 1,1 bilhão de pessoas não têm acesso à água potável e 2,4 bilhões, a saneamento básico. Dos recursos hídricos disponíveis anualmente, 54% já são utilizados e, em 2025, poderemos estar usando 70%. As previsões da ONU são de que nesse ano dois terços da Humanidade viverão em países sofrendo de escassez de água. Para atender às demandas de água potável e saneamento básico são necessários investimentos de US$ 23 bilhões por ano, mas apenas US$ 16 bilhões são investidos, abrindo espaço, segundo a Organização Mundial de Saúde, para a morte anual de 3,4 milhões de pessoas por doenças transmitidas pela água. Acabar com o desperdício, o maior desafio das próximas décadas O quadro anunciado de escassez mundial de água nas próximas décadas põe na ordem do dia uma questão básica: como aproveitar melhor os recursos hídricos em função do crescimento populacional acelerado. O melhor aproveitamento da água é um dos caminhos apontados para tentar desativar o que especialistas consideram uma bomba-relógio. Nas últimas três décadas, a área de terra irrigada - que responde por 40% da comida produzida no planeta - subiu de 200 milhões de hectares para 270 milhões, sugando 70% da água doce consumida anualmente. No entanto, 60% dessa água (ou seja, 42% do total geral consumido a cada ano) se perdem por ineficiência dos sistemas de irrigação. Para corrigir esse e outros problemas estruturais de aproveitamento da água, a ONG de pesquisa ambiental americana Worldwatch Institute propõe uma "revolução azul". - À medida que a água se torna mais escassa no mundo, o desafio é descobrir como melhorar sua utilização e gastar menos - explica Sandra Postel, diretora do Projeto de Políticas Globais para Água do Instituto. - Teremos de combinar um uso mais eficiente da tecnologia com políticas corretas de alocação e gerenciamento de água. Assim, conseguiremos satisfazer as necessidades humanas sem tirarmos mais água do meio ambiente, protegendo a saúde dos rios, lagos e ecossistemas que sustentam nossas vidas e nossa economia. Segundo Postel, está ocorrendo uma rápida deterioração dos ecossistemas de 138

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água doce e a não utilização do precioso líquido de forma sustentável já está gerando sérias conseqüências atualmente. - Vários rios importantes secam em parte de seu percurso durante certas épocas do ano e muitas espécies de peixes e moluscos de água doce estão correndo o risco de extinção por mudanças em seu hábitat - adverte ela. Uma outra mudança que o manejo adequado dos recursos hídricos vai exigir é a criação de uma nova mentalidade em relação à água. Até países como o Brasil - dono de quase um quinto das reservas de água doce da Terra e em tese a salvo de escassez - terão de se adaptar à futura realidade de um planeta que até 2050 verá sua população aumentar em 50%, passando a abrigar nove bilhões de habitantes. - Precisamos mudar essa visão da sociedade de que a água é um recurso inesgotável e mostrar quer seu uso nos últimos séculos não foi eficiente - diz o pesquisador Samuel Roiphe Barreto, da sucursal brasileira da ONG ambientalista WWF, cujo Projeto de Conservação e Gestão de Água Doce visa a implantar um novo modelo de gerenciamento dos recursos hídricos do país por parte das autoridades e incutir uma nova mentalidade na população. Além de incentivar uma postura mais responsável da sociedade em relação ao uso da água, Barreto cobra também do poder público uma linha de atuação diferente da atual. - Qualquer intervenção nos rios hoje no Brasil passa por obras de engenharia, enquanto na Europa, por exemplo, já estão "renaturalizado" os cursos d'água, deixando-os correr livremente. Queremos garantir o atendimento da demanda de água, mas mantendo ao mesmo tempo a integridade dos sistemas aquáticos. O Brasil já está dando passos na direção de uma nova visão de seu patrimônio líquido. Em 1997 foi aprovada a Lei no 9.433, instituindo a Política Nacional de Recursos Hídricos, que estabeleceu processos participativos da sociedade e novos instrumentos econômicos visando ao uso mais eficiente da água. Em 2000, foi criada a Agência Nacional de Águas (ANA) para implementar a lei. Com isso, espera-se que o país esteja finalmente rumando para corrigir a distorção de ser o detentor de 17% da água doce do planeta e ter 8,8 milhões de residências sem água. Estima-se que para garantir acesso à água a todos os brasileiros até 2010 seriam necessários investimentos da ordem de R$ 38 bilhões. Na questão de saneamento básico, as estatísticas são piores: somente 49% dos brasileiros têm acesso a esses serviços. O investimento para resolver os dois problemas, no entanto, é autofinanciável a médio e longo prazos. Estima-se que 70% das internações hospitalares no Brasil decorram de doenças transmitidas por água contaminada, gerando um gasto adicional anual de US$ 2 bilhões ao sistema de saúde. Ou seja, com água corrente na torneira e esgoto em casa garantidos a todos os brasileiros, tais recursos poderiam ser redirecionados para outras áreas. Um outro aspecto importante em relação à água é que, num futuro de possível escassez generalizada, ela tem um potencial significativo de tornarse fonte de conflitos armados, assim como o petróleo no século XX. Há mais de 200 bacias hidrográficas partilhadas por dois ou mais países, abrigando 40% da população do planeta. Treze dos maiores rios - como o Amazonas, o Danúbio e o Nilo - cruzam as fronteiras de mais de cem nações. - Uma feroz competição por recursos hídricos pode resultar em violentos conflitos internacionais - alertou o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, no 139

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Dia Mundial da Água, em março. A solução, apontam os pesquisadores da área, é o manejo integrado dos recursos hídricos pelos países que partilham a mesma bacia hidrográfica, de forma que todos possam utilizá-la sem que uns prejudiquem os outros. *Flávio Henrique Lino é jornalista. ** Artigo publicado no suplemento especial Planeta Terra do jornal O Globo, em 7 de agosto de 2002. A guerra da água sexta-feira 10 de março de 2006 por Clarissa Taguchi Alguns países usam menos de 10 litros de água por pessoa ao dia. Gâmbia usa 4.5; Mali, 8; Somália, 8.9; e Moçambique, 9.3. Em contraste, o cidadão médio dos Estados Unidos usa 500 litros de água por dia, e a média britânica é de 200 litros. No oeste, são utilizados cerca de 8 litros para escovar os dentes, 10 a 35 litros para nivelar a descarga, e 100 a 200 litros para tomar banho. Quantos de nós parecemos nos incomodar com a falta de água para beber, tomar banho, cozinhar ou apertar o botão da descarga? Não parece, mas somos muitos. Somos muito mais do que aqueles que reclamam quando a cisterna seca no ápice do verão. Somos aqueles que vivemos em cidades menores, que dependemos diretamente da água de rios, riachos, nascentes e de poços artesianos. Somos aqueles que vivemos em bairros esquecidos das cidades maiores onde o saneamento básico (água e esgoto) ainda não chegou. Somos mais de 45 milhões de brasileiros sem acesso à água potável e mais de 90 milhões sem acesso à rede de esgoto (dados do IBGE em 2004). No mundo somos 1,197 bilhão de pessoas sem acesso à água potável e 2,742 bilhões sem saneamento básico (dados do Relatório de Desenvolvimento Humano de 2004). De acordo com a ONU, 41% da superfície atual do planeta são formadas por áreas secas, como o semi-árido brasileiro, e 2 bilhões de pessoas vivem nessas áreas. Somos todas essas pessoas, de regiões secas ou úmidas, que não temos acesso à água para beber. Imaginem, então, quando nos multiplicarmos. Imaginem além, quando a desertificação for intensificada pelas mudanças climáticas. E imaginem mais, quando a água cristalina embalada em garrafas pet, ou que sai da torneira de nossas casas, for contaminada pelos sistemas de esgoto mal tratados, pelo uso de agrotóxicos das lavouras, pelo descarte de lixo tóxico das indústrias. Todos os dias, rios, riachos, lençóis e aqüíferos são contaminados. Todos os dias a estiagem atinge regiões onde antes não acontecia, chegando a durar o dobro de tempo do que em décadas passadas, em qualquer parte do planeta, nascentes são adquiridas por empresas transnacionais. Mas saibam também, que todos os dias seguem, um atrás do outro, sem parar nem por um segundo. Michael McCarthy, editor de meio ambiente do jornal inglês The Independent, deu início a uma série de artigos colocando a água como próximo motivo de conflito entre as Nações. "As sociedades industrializadas do Oeste ainda não perceberam, que o recurso água encontra-se cada vez mais escasso para a maioria das populações pelo mundo, cerca de 1.1 bilhão de pessoas não tem acesso à água limpa, e isso tende a piorar", diz. "A maioria das pessoas quando pensa em água, visualiza o globo terrestre composto de dois terços de água, mas a maioria não sabe que apenas 2,5% dessa água não contém sal e dessa quantidade de água, dois terços 140

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encontram-se nas geleiras e glaciais. O que está disponível, em lagos, rios, aqüíferos e pela chuva, sofre uma pressão cada vez maior", lembra. Em 2003, um relatório das Nações Unidas previu que, na pior das hipóteses, na metade deste século, sete bilhões de pessoas em 60 países enfrentariam escassez de água. Se todas as medidas políticas forem cumpridas, esse número cairia para 2 bilhões em 48 países. Mas é preciso lembrar que em 2003, período em que o relatório foi lançado, o maior colaborador do fenômeno desertificação não havia sido devidamente reconhecido: as mudanças climáticas provocadas pela ação de gases emitidos pelas atividades humanas no planeta. Para McCarthy, é provável que as mudanças climáticas aumentem em 50% as condições para escassez de água. Mudanças climáticas Segundo o jornal britânico, "o Ministro da Defesa da Grã-Bretanha, John Reid, fez uma previsão sombria de que a violência e o conflito político tornar-se-ão mais prováveis nos próximos 20 ou 30 anos, na medida em que aumentarem a desertificação, o derretimento das calotas polares e o envenenamento de fontes de água". John Reid apontou as mudanças climáticas como o motivo dos conflitos violentos causados com o crescente aumento da população e a diminuição das reservas de água. As declarações de Reid fizeram com que a pressão exercida por ambientalistas e especialistas do clima aumentasse com relação às emissões de gases do efeito estufa. Os ativistas esperam modelar uma nova campanha para exercer ações sobre as mudanças climáticas aos moldes da campanha ’Make Poverty History’ do ano passado, que exerceu imensa pressão popular. O Primeiro Ministro Tony Blair já declarou que "o aquecimento global é a maior ameaça, a longo prazo, enfrentada pelo planeta". Para o Ministro da Defesa, as mudanças climáticas podem ser consideradas tão ameaçadoras para os próximos 20 e 30 anos quanto o terrorismo internacional, as mudanças demográficas e a demanda energética. "As Forças Armadas Britânicas deverão estar preparadas para enfrentar conflitos de recursos em escassez, deveremos estar preparados para dar alento humanitário aos desastres, medidas de segurança e pacificação em locais abalados politicamente e socialmente como conseqüência de desastres da mudança climática", diz. Em contrapartida, Charlie Kornick, coordenador da campanha sobre o clima da organização ambientalista Greenpeace, diz que "bilhões de pessoas já enfrentam a pressão da escassez de água devido às mudanças climáticas na África, Ásia e América do Sul, se os políticos perceberem o tamanho da gravidade que o problema pode se tornar, por que as emissões de gases CO2 na Inglaterra ainda continuam aumentando?". Situação mundial Israel, Jordânia e Palestina: 5% da população do mundo sobrevivem com 1% da sua água disponível no Oriente Médio, nesse contexto ainda há a guerra entre árabes e israelenses. Isso poderia contribuir para crises militares adicionais enquanto o aquecimento global continua. Israel, os territórios palestinos e a Jordânia necessitam do rio Jordão, mas Israel controla-o e corta suas fontes durante as épocas de escassez. O consumo palestino é então restringido severamente por Israel. 141

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Turquia e Síria: Os projetos da Turquia para construção de represas no rio Eufrates levaram o país à beira de um conflito com a Síria em 1998. Damasco acusa Ancara de usar deliberadamente sua fonte de água enquanto o rio desce pelo país que acusa a Síria de proteger líderes separatistas curdos. A falta de água ocasionada pelo aquecimento global aumentará a pressão nesta volátil região. China e Índia: O rio Brahmaputra já causou tensão entre Índia e China e pode se tornar uma faísca para dois dos maiores exércitos do mundo. Em 2000, a Índia acusou a China de não compartilhar informações sobre o funcionamento do rio desde o Tibet que causou inundações no nordeste da Índia e em Bangladesh. As propostas chinesas para desviar o rio também concernem a Deli. Angola e Namíbia: As tensões aumentaram entre Botswana, Namíbia e Angola em torno da vasta bacia de Okavango. As secas fizeram a Namíbia reativar projetos para um encanamento da água de 250-milhas para fornecimento à capital. Drenar o delta seria letal para comunidades locais e para o turismo. Sem a inundação anual do norte, os ’swamps’ encolherão e a água sangrará até o deserto de Kalahari. Etiópia e Egito: O crescimento populacional no Egito, no Sudão e na Etiópia está ameaçando um conflito ao longo do rio mais comprido do mundo, o Nilo. A Etiópia está pressionando por uma parte maior da água azul do Nilo, mas isso prejudicaria o Egito. E o Egito está preocupado com a parte branca do Nilo que corre através de Uganda e Sudão, e que poderia ser esgotado também antes que alcance o deserto de Sinai. Bangladesh e Índia: As inundações no Ganges causadas pelo derretimento das geleiras do Himalaia chegam a Bangladesh o que leva a uma ascensão na migração ilegal à Índia. Isto fez com que a Índia construísse uma imensa cerca na beira do rio na tentativa de obstruir os imigrantes. Cerca de 6 mil pessoas cruzam ilegalmente pela beira do rio em direção à Índia a cada dia. Planeta Água 97.5% das águas do planeta são salobras, inadequadas para uso humano. A maioria da água fresca está presa nas geleiras e glaciais. A necessidade básica recomendada de água por pessoa num dia é de 50 litros. Mas as pessoas podem utilizar algo perto de aproximadamente 30 litros: 5 litros para alimento e bebida e uns outros 25 para a higiene. Alguns países usam menos de 10 litros de água por pessoa ao dia. Gâmbia usa 4.5; Mali, 8; Somália, 8.9; e Moçambique, 9.3. Em contraste, o cidadão médio dos Estados Unidos usa 500 litros de água por dia, e a média britânica é de 200 litros. No oeste, são utilizados cerca de 8 litros para escovar os dentes, 10 a 35 litros para nivelar a descarga, e 100 a 200 litros para tomar banho. Litros de água necessários para produzir alguns alimentos: • Batata 1.000 L; • Milho 1.400 L; • Trigo 1.450 L; • Galinha 4.600 L; • Carne 42.500 L. Fonte: panoramaecologia.blogspot.com 3. guerras da terra/solo (existem desde quando os primitivos começaram a se multiplicar como hominídeos e mesmo antes, guerras de primatas por territórios; antes ainda disso:

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4. guerras de energia (essas duas guerras dos EUA ao Iraque em 1991 e 2003 foram isso):

5. guerras da Vida (pela posse de rebanhos; grande parte das 14 mil guerras humanas veio disso, mas são na verdade guerras psicológicas por posse): 6. guerras da Psicologia (pelos produtos da Língua, desde 300 mil anos com os neanderthais):

Categoria:Guerras Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Subcategorias Há, nesta categoria, 19 subcategorias (dentre um total de 19). * G (continuação) S [+] Guerras por [+] Guerras de Roma • [+] Segunda país (84 C) (2 C, 8 P) Guerra Mundial (19 C, A • [+] Guerras dos 162 P) [+] Arquitetura Mongóis (5 P) • [+] Guerras militar (5 C, 27 P) I Servis (8 P) 143

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