espacotempo e psicologia

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Espaçotempo e Psicologia 1. Mecânica Psicanalítica 2. Mecânica Psico-Sintética 3. Mecânica Econômica 4. Mecânica Sociológica 5. Mecânica Geográfica 6. Mecânica Histórica 7. φet 8. Mecânica φet 9. Fluxos e Hiperfluxos φet 10. Políticadministração de φet

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Vitória, sexta-feira, 05 de fevereiro de 2010. José Augusto Gava.

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Capítulo 1 Mecânica Psicanalítica OBSERVE QUE A ABERTURA DA PIRÂMIDE DO CONHECIMENTO SE DÁ PARA CIMA (em poder explicativo da realidade e na montagem dos seres que percebem o universo a seqüência da pontescada) MATEMATIZAÇÃO % CONHECIMENTOS

MICROPIRÂMIDE

MESOPIRÃMIDE

MACROPIRÃMIDE

100 % 9º Matemática 76 a 100 7º Técnica, 8º Ciência 51 a 75 5º Ideologia, 6º Filosofia 26 a 50 3º Religião, 4º Teologia 00 a 25 1º Arte, 2º Magia AS TRÊS PIRÂMIDES DA PERCEPÇÃO p.6 multiverso universos dialógica superaglomerados aglomerados p.5 galáxias constelações cosmologia sistemas estelares planetas mundos p.4 nações informática estados cidades-municípios p.3 empresas grupos psicologia famílias indivíduos corpomentes p.2 órgãos biologia células ADRN química moléculas átomos física sub-campartículas campartícula fundamental cê-bóla © É evidente que, paradoxalmente (o que indica definição errada), a Física é a mais complexa (no estágio em que as de cima se situam hoje, muito atrasadas matematicamente) e ao mesmo tempo a mais simples (no modelo pirâmide) das ciências PORQUE ela está bem na base da compreensão, enquanto por outro lado, tendo se matematizado, ela comporta equações de difícil solução (mas não tanto quanto as que aparecerão mais para cima). Para colocar as dificuldades da Psicologia-p.3 entre mentalmente numa festa dançante de jovens e tente prever como eles se comportarão nas diversas situações: é praticamente impossível no estágio em que nos encontramos. A Biologia-p.2 mal está colocada no patamar de matematização elementar, depois de sair da mera coleta de dados durante 2

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500 anos, mais recentemente tendo dado alguns passos desde os classificadores do século XIX, particularmente a partir de Gregor Mendel. MECÂNICA PSICANALÍTICA ESTÁTICA MECÂNICA DINÂMICA PSICANALÍTICA PSICANALÍTICA PSICANALÍTICA desenhos das figuras desenhativos das figuras atividades das figuras

Simplesmente não temos mecanismos psicológicos preditivos. Não temos! Cada qual emite sua opinião e “dá certo” ou não. A porta do trem do metrô está aberta, o indivíduo estende a perna para entrar, apostaríamos que entraria, um som o distrai ou ele se lembra de algo e recua. Não há a mínima chance de prever o que os indivíduos farão no instante seguinte: vivemos com “graus de incerteza” (ou de certeza). Como prever o que as pessoas usarão no dia a dia? PRÉ-VISÕES SÃO INÚTEIS NO DETALHE (mas não totalmente, pois em grandes números as pessoas se comportam como números; veja a nonalogia Fundação, de Asimov; excelente estudo sobre as possibilidades da psicologia matemática – recomendo fortemente)

PELE DE GENTE (o corpo humano tem, segundo alguns, 25 mil cm2 ou – na base de 100 x 100 cm – 2,5 m2 de área) – em virtude de várias situações sociais exigirem os corpos humanos devem ser decorados, especialmente os das fêmeas. Para decorar nossos corpos estamos sempre agredindo os ambientes, especialmente os animais, mas não só. 3

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uma pele humana já curtida

uma assassina com o produto dos seus ataques (todos nós que comemos carne estamos atacando os animais e suas famílias) ABAIXO ALGUNS DE NOSSOS VIOLENTOS INIMIGOS

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O próprio ato do ser humano de se vestir é uma agressão! Era e ainda é. Era quando usávamos peles e ainda é, quando usamos produtos sintéticos. 4


AGRESSÃO DAS PESSOAS AOS AMBIENTES (e vice-versa, os ambientes respondem) a) AGRESSÕES PESSOAIS: a.1. agressões individuais; a.2. agressões familiares; a.3. agressões grupais; a.4. agressões empresariais; b) RESPOSTAS AMBIENTAIS: b.1. respostas urbano-municipais; b.2. respostas estaduais; b.3. respostas nacionais (por exemplo, o Mar de Aral secou na antiga URSS); b.4. respostas mundiais (o aquecimento global tem contribuição humana e estamos pagando um preço cada vez mais alto pelos desregramentos de outrora). Não temos nenhuma psicologia-matemática para conduzir os seres humanos nem isolados nem em grupo, principalmente visando diminuir as agressões mútuas ou aos ambientes. Sequer sabemos vestir as pessoas e “cuidar de seu visual” de figuras, desde os adereços até as roupas. Nós estamos muitíssimo atrasados, queira crer. VESTINDO AS PESSOAS (se algo “tão simples” assim não sabemos fazer, quanto mais as coisas verdadeiramente complicadas!; já trabalhei bastante essa questão, vá buscar)

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O comércio psicológico ainda representa agressão aos ambientes e aos outros seres humanos. Vamos dizer que (contando crianças) seja 1,0 m2 de pele, para os (a caminho de) 7,0 bilhões de seres humanos são outros tantos bilhões de metros quadrados ou (um milhão de metros quadrados por quilômetro quadrado) 7,0 mil km2 para decorar dia após dia, no caso das mulheres não podendo repetir. 5


Capítulo 2 Mecânica Psico-Sintética Se a mecânica psicanalítica é complicada, porque envolve essa coisa que é o cérebro humano (de 100 reduziram a 86 bilhões de célulasneurônios; cada neurônio pode ter até 100 mil portas de entrada-saída). PESSOAS DIGLADIAM COM OUTRAS E COM OS AMBIENTES (são 12 mil anos sobrepostos desde Jericó) – todo mundo briga com todo mundo, em razão dos objetivos ou metas conflitantes as mais idiotas possíveis.

Os seres humanos brigam por qualquer coisa. A luta pela sobrevivência das pessoas e dos ambientes é acirradíssima, diária, “minutária” (para criar essa palavra, relativa ao minuto) ou até “segundária”, de segundo em segundo; é uma briga de foice no escuro, mesmo. LUTA DE HUMANOS GRANDES (a coisa toda está ficando cada vez mais horrível à medida que as pessoas e os ambientes vão se dando objetivos cada vez mais altos e as pessoambientes vão ficando cada vez mais orgulhosas)

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A CURVA DO SINO DAS METAS E SUA MECÂNICA INTERCRUZADA (é preciso ter capacidade para inventar um conjunto minimax orgânico de finalidades)

metas metas metas metas facílimas, fáceis, difíceis, inatingíveis que ninguém poucos muitos sem esforço deseja mais almejam derrotados esgotante Você sabe, os faraós inventaram as pirâmides e deram unidade ao povo egípcio com símbolos facilmente visíveis que eram referência nacional. Os franceses fizeram a Torre Eiffel, os americanos receberam a Estátua da Liberdade, o Brasil tem o Cristo Redentor, a China tem as muralhas e assim por diante: sempre um símbolo que se perpetua, colocado acima das rixas. GRANDES SÍMBOLOS (promovem a reunião nacional em torno de identidades notáveis; só os idiotas não as constroem)

Brasil

China

Estados Unidos

França

Inglaterra

Egito 7

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Itália Índia Na Terra os (a caminho de) 7,0 bilhões de humanos tem fins conflitantes e poucos recursos, muito focados. É preciso construir grandes coisas que reúnam os povos e eleger metas elevadas que foquem as elites nos propósitos. Você conhece quem saiba indicar caminhos ou prover sendas às pessoambientes, principalmente trilhas CATIVANTES e decididamente entusiasmantes? Nem prática nem teoricamente - através da tecnociência ou de qualquer Conhecimento, muito menos o de matemática - há tal pessoa. Nós conseguimos união com base nesses símbolos acima, mas é tudo na base da tentativa e erro: mão se pode afirmar com certeza que vá dar certo. Às vezes dá, às vezes não dá.

Capítulo 3 Mecânica Econômica Como é que a psicologia-econômica pode ser descrita como uma mecânica matemática? É preciso transformar os objetos da Economia geral em entes matemáticos de matrizes. Para isso (como também para as outras vertentes; mas nas outras ninguém está interessado em pagar o preço porque não há lucro, quer dizer, interesse de suplantamento da predação dos demais) precisamos de algo que a Rede Cognata anunciou (como se eu fosse o futuro inventor), algo denominado “mecânica matemática”, que nem existe ainda. Precisamos colocar cada objeto em interação COM TODOS OS DEMAIS. Como fazer isso se as matrizes são planas, por mais elementos que tenham? Podem ter 100 mil equações com 100 mil incógnitas, mas sempre são fileiras/linhas (horizontais) e colunas (verticais). Por si mesma uma equação é uma submatriz, devendo ser resolvida para apresentar seu resultado, que entra então no cômputo geral. MATRIZ SIMPLES (os pontos são pontos tão somente)

MATRIZES COMPLEXAS (os pontos são equações, linhas de instruções)

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MATRIZES SUPERCOMPLEXAS (os pontos serão matrizes)

Dyadic tensor From Wikipedia, the free encyclopedia In multilinear algebra, a dyadic is a second rank tensor written in a special notation, formed by juxtaposing pairs of vectors, along with a notation for manipulating such expressions analogous to the rules for matrix algebra. Each component of a dyadic is a dyad. A dyad is the juxtaposition of a pair of basis vectors and a scalar coefficient. As an example, let be a pair of three-dimensional vectors. Then the juxtaposition of A and X is

each monomial of which is a dyad. This dyadic can be represented as a 3×3 matrix

Definition Following Morse & Feshbach (1953), a dyadic (in three dimensions) is a 3×3 array of components Aij, i,j = 1,2,3 expressed in coordinates that satisfy a covariant transformation law when passing from one coordinate system to another:

Thus a dyadic is a covariant tensor of order two. The dyadic itself, rather than its components, is referred to by a boldface letter A = (Aij). Operations on dyadics 9

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A dyadic A can be combined with a vector v by means of the dot product:

where the vectors ei denote the coordinate basis. The resulting expression transforms like a covariant vector. This suggests employing the notation

so that the dot product associates with the juxtaposition of vectors. The tensor contraction of a dyadic

is the spur or expansion factor. It arises from the formal expansion of the dyadic in a coordinate basis by replacing each juxtaposition by a dot product of vectors. In three dimensions only, the rotation factor arises by replacing every juxtaposition by a cross product. The resulting vector is the complete contraction of A with the Levi-Civita tensor: Examples The dyadic tensor J=ji竏段j= is a 90ツー rotation operator in two dimensions. It can be dotted (from the left) with a vector to produce the rotation: or in matrix notation A General 2-D Rotation Dyadic for ホク angle, anti-clockwise

The identity dyadic tensor in three dimensions is I = i i + j j + k k = iTi + jTj + kTk. This can be put on more careful foundations (explaining what the logical content of "juxtaposing notation" could possibly mean) using the language of tensor products. If V is a finite-dimensional vector space, a dyadic tensor on V is an elementary tensor in the tensor product of V with its dual space. The tensor product of V and its dual space is isomorphic to the space of linear maps from V to V: a dyadic tensor vf is simply the linear map sending any w in V to f(w)v. When V is Euclidean n-space, we can (and do) use the inner product to identify the dual space with V itself, making a dyadic tensor an elementary tensor product of two vectors in Euclidean space. In this sense, the dyadic tensor i j is the function from 3-space to itself sending ai + bj + ck to bi, and j j sends this sum to bj. Now it is revealed in what (precise) sense i i + j j + k k is the identity: it sends ai + bj + ck to itself because its effect is to sum each unit vector in the standard basis scaled by the coefficient of the vector in that basis. 10

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SUPERMATRIZES SUPERCOMPLEXAS (os pontos supercomputadores operando a velocidades tremendas)

serão

A matrix da ficção é imitação da matriz chamada Vida (cada ser humano é uma matriz dentro da supermatriz). Neste último caso cada SC (supercomputador) estará calculando furiosamente. Digamos uma geladeira, antes tida como estática: é preciso levar em conta o tempo de dar o primeiro defeito, o tempo de troca segundo as diferentes classes do ter, o calor. Algumas dessas matrizes serão pequenas, mas caracteristicamente um navio possui centenas de milhares de peças interconectadas que podem dar defeito, sendo preciso associar uma matrizcomputável a cada uma delas e assim também para todos os bilhões de produtos das tarefas humanas. Pense em todas essas matrizes injetando-se mutuamente números que entram em computação paralela! Evidentemente no futuro cada objeto produzido terá uma matriz-compartilhável embutida num chipe que reagirá com todo o ambiente humano planetário e multiplanetário. Os objetos deixarão de ser privados para se inserirem no grande ambiente. OS OBJETOS FORAM SE TORNANDO MAIS COMPLEXOS COM O PASSAR DO TEMPO a) objetos pessoais: a.1) individuais (escova de dente); a.2) familiares (geladeira, fogão); a.3) grupais; a.4) empresariais; b) objetos ambientais: b.1) urbano-municipais; b.2) estaduais; b.3) nacionais; b.4) mundiais. Evidentemente as plaquetas de identificação de patrimônio, em vez de serem essas coisas simples que são, se tornarão objeto de estudos, pesquisas & desenvolvimentos. IDENTIFICAÇÃO INDIVIDUAL OU FAMILIAR OU GRUPAL OU EMPRESARIAL DE POSSE

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Capítulo 4 Mecânica Sociológica Veja que esta cartilha não se assemelha a Geo-História Psicológica, nem de longe. Aquela trata do aproveitamento prático da teoria e esta trata da DEFINIÇÃO TEÓRICA DA PRÁTICA. Aqui devemos perguntar como o espaçotempo, que é total, que é de todos e cada um, quando chega ao “cada um” é interpretado de tantos modos distintos! O MESMO ESPAÇOTEMPO VISTO PELAS TECNARTES (na realidade, há tantas abordagens quantos e são os indivíduos) 1. ET DA VISÃO: da prosa, da poesia, da dança, da moda, da pintura, da fotografia, do desenho, etc.; 2. ET DA AUDIÇÃO: da música, do discurso, etc.; 3. ET DO OLFATO: da perfumaria, etc.; 4. ET DO PALADAR: das comidas, das bebidas, das pastas, dos temperos, etc.; 5. ET DO TATO: do cinema, do teatro, do urbanismo, do paisagismo-jardinagem, da arquiengenharia, da tapeçaria, da esculturação, da decoração, etc. Sendo tantos os tempos dinâmicos, estando os espaços estáticos constantemente sob pressão transformadora, como é que os estabilizaremos? Enfim, tendo herdado do passado tantas coisas (todas as coisas que temos, todos os objetos vindos do milissegundo anterior, “de agora há pouquinho”, como diz o povo) como faremos para ter - a partir dessa contínua vibração humana - QUADROS ESTÁVEIS onde fixar momentaneamente nossos olhares estruturantes? E, principalmente, como não nos viciaremos NO PRINCÍPIO ORGANIZANTE que adotarmos, por exemplo, um daqueles oferecidos na cartilha Geo-História Psicológica (ou qualquer outra fonte)? DOIS PROBLEMAS 1. conseguir fotografar (sem retirar passado e futuro daquele quadro) a utilidade presente: 2. não se viciar na utilidade instrumental derivada da teoria, a ponto de paralisar a indagação autêntica, mesmo as que conduzam a becos sem saídas ou a erros? E, afinal de contas, o que é utilidade? Essa foi uma das indagações mais antigas do modelo pirâmide, só que com outras palavras. Em resumo: QUEM organiza e com que propósitos? Para quem? Com quais objetivos tais ou quais levando à produção determinadas, ligadas com os interesses alheios? 12

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A EVOLUÇÃO E A SUPEREVOLUÇÃO DOS ESPAÇOTEMPOS TIPO CONTAGEM VELOCIDADE EVOLUÇÃO físico-química lentíssima biológica-p.2 lenta SUPEREVOLUÇÃO psicológica-p.3 rápida informacional-p.4 rapidíssima Cada vez maior densidade de conhecimento está sendo processada em menor espaço e menor tempo. O APURO NA INTERPRETAÇÃO DO ESPAÇOTEMPO [a grande maioria da humanidade (1/40n) vai reduzindo drasticamente até chegarmos aos mais ricos em capacidade; VOCÊ SABE, a busca e o uso de informações também comporta classificações: em geral a riqueza econômica, que é psicológica, corresponde à riqueza de informações, mas nem sempre] CS DO INFO-CONTROLE

miseráveis pobres médios médio-altos ricos Você sabe também que os telejornais, os jornais e todo interpretador age sob a ótica do auto-favorecimento, isto é, o âncora está ancorado no barco no Proprietário (que não é só o dono da mídia, é o conjunto de proprietários, no Capitalismo geral os capitalistas): em termos de palavra aprendida no livro nojento, Abarat (de Clive Barker), os blocos de informações são “os costuradinhos”, os Frankenstein da notícia. Os interpretadores interpretam como querem e oferecem o que desejam oferecer, dentre tudo que possuem. As notícias são como icebergs, a maior parte não é mostrada; e de tudo que acontece só são mostradas as notícias validadoras do domínio do dominador. Como diz o ditado asqueroso, “quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é bobo ou não entende da arte” (isso me disse um pastor boboca que se diz crente de Cristo). Fôssemos nós desejar mecânicas psicológicas, desejaríamos que elas organizassem primeiro sob a ótica da verdade ou, na impossibilidade dela, sob a de nossas convivências e convicções, pois estas são os pontos de partida para nossos caminhos na vida-psicológica. Se for para organizar, desejaríamos que os programáquinas psicológicos tratassem dos vetores psicológicos dentro das matrizes hiper-complexas SEGUNDO NOSSAS CONVENIÊNCIAS. Infelizmente quase todo mundo faz isso ou sonha com esse estado de perfeição em que o seu umbigo seja o centro do mundo e do mundo todo traga de tudo para alimentá-lo. Isso é o certo? Não, não é, precisamos mesmo é da verdade.

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Capítulo 5 Mecânica Geográfica Vamos supor algo com que convivíamos no Fisco/ES: o produtor rural produzia café e saía com ele sem tirar nota. Vinha pelas estadas do ES até os portos daqui ou levava para Minas Gerais e outros estados sem guiar e sem devolver o imposto progressivo pago pelos consumidores ao longo da cadeia de acréscimo de valor. As chefias mandavam vigiar e fora as combinações clássicas daqui e dali, fora alguma coisa pega, creio que 90 % ou mais trafegava sem qualquer dificuldade, pois não havia como deter o fluxo ilegal. Se tivéssemos o Google Earth (ele só surgiu em 2005) naquelas datas a partir de 1984 teríamos podido fazer muito, se fosse possível ver as plantações de café, medir os quadriláteros, avaliar os aclives e declives dos morros e das plantações, o tipo de café (arábica ou conilon), a produtividade local, etc. É sobretudo estranho os governos não terem investido muito ou largamente, com gente e tecnociência, nas investigações profundas das transformações geográficas (teriam servido para ver terrenos baldios, medindo os tributos urbanos incidentes; ou as dimensões reais das propriedades, etiquetando-as a partir dos cartórios) promovidas pelas PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) ou pelos AMBIENTES (cidades-municípios, estados, nações e mundo). Teria sido fácil estabelecer um vigilante universal (VU) das propriedades rurais e urbanas, dos trânsitos, dos acúmulos. Os VUn (começando pelo VU 1.0) facilmente conseguiriam aferir todo gênero de transferência. Claro, seria sem controle o detestado superirmão, o Big Brother, o estado supervigilante, mas bem sabemos que com a vigilância cresce também a resistência até o ponto de equilíbrio eventual. EIS UMA PERGUNTA CRUCIAL

Por quê os governos não investiram em mecânicas psicológicas?

Não é só porque não viram, nem porque não tinham um modelo completo através do qual ver. Foi porque não quiseram, porque feriria seu domínio sobre a realidade, o que fatalmente adviria do vazamento dos programas ao povo, como aconteceu com os programas e os filmes piratas. Cresceria a autonomia. As pessoas fariam perguntas não autorizadas pela Escola geral. Não todas as pessoas, lógico, elas também percorrem a Curva do Sino da independência, da curiosidade, da criatividade e vários itens promotores da autonomia, pois elas são estatisticamente ricas ou pobres. Para dizer logo tudo, os trens sairiam dos trilhos. As pessoas fariam perguntas maravilhosas e obteriam respostas maravilhosas dos programáquinas automáticos sobre a densidade das riquezas, 14

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das posses de terras, das viagens ao trabalho e de volta e assim por diante. Logo toda a coletividade estaria contaminada de curiosidade.

Capítulo 6 Mecânica Histórica MECÂNICA GEOGRÁFICA PLANO GEOGRÁFICO CURSO HISTÓRICO G1 H1

PLANO GEOGRÁFICO G2

Entre dois planos geográficos ou ambientais há sempre um tempo histórico Hn: os ambientes não mudam sem que AGENTES ajam e eles precisam decidir agir, querer agir. É porisso que os agentes de Hitler não podiam se eximir das responsabilidades de suas ações. Terem colocado-as a serviço de outra vontade só mostra como era estúpida gente servil. Quem faz tempo (no nível físico-químico ninguém faz tempo, o tempo é uma decorrência; porisso não se pode culpar um meteorito, ele não tem vontade, impulso seu não-externo; a exterioridade do objeto é o universo, nele TODO o universo se situa fora naquilo que nele não é inércia) FAZ HISTÓRIA, decide. Não existe isso de a história estar sendo feita em determinados momentos especiais: o que acontece nestes e o que as pessoas estão afirmando é que certos acontecimentos serão supostamente contados, enquanto outros, não. Sendo assim, SEMPRE HÁ DECISÃO em qualquer H1. Quando olhamos a História geral vemos pessoas decidindo: seus espíritos decidem, mesmo nas situações mais corriqueiras. Entre dois planos (ou esferas) geográficos (as) sempre temos pessoas decidindo a construção, sempre temos soldados a generais psicológicos, cadeias psicológicas de comando. O que levou as pessoas a decidirem por este ou aquele curso de ação, por esta ou aquela transformação? Vê?, é psicológico. Fala dos motivos, das conformações dos espíritos. Evidentemente não podemos penetrar (nem seria moral ou ético fazê-lo) o interior das pessoas, mas podemos ver pelos seus movimentos construtivos o que elas são EM NÉVOA, quer dizer, difusamente, pois mais que isso seria errado. É como uma lógica fuzzy, podemos ver a MANCHA PSICOLÓGICA de cada qual. A NÉVOA OU NUVEM PSICOLÓGICA

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MENTE SOCIAL (é como construir um fantasma sólido, com o qual interagir em substituição do invisível fantasma, obtendo respostas muito próximas da realidades e permitindo previsões)

Em Fundação, de Isaac Asimov, o matemático mestre fictício do PsicoHistória (seria apropriado, como sabemos agora, chamar de Psico-GeoHistória) Hari Seldon.

Hari Seldon Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Hari Seldon é o personagem central da série de ficção científica Fundação, de Isaac Asimov. Na realidade, ele só protagoniza o primeiro conto da coleção inicial Fundação, e Prelúdio da Fundação, escrito posteriormente por Asimov, apesar de aparecer nos demais em uma gravação holográfica em todo momento que ocorre uma crise de Seldon. Na série fundação, Hari Seldon cria uma nova ciência, a Psico-história, fundamentada na psicologia e na estatística, onde seu principal postulado afirmava que um único indivíduo seria imprevisível, porém uma massa humana de bilhões de indivíduos seria altamente previsível. Assim Hari Seldon consegue prever a derrocada do império galáctico, e cria assim um plano para diminuir o período em que a humanidade mergulharia numa "era de trevas". Após os cinco romances iniciais da série, Asimov produziu duas prequelas, contando a história da vida de Seldon: Prelúdio à Fundação e Forward the Foundation, lançado no Brasil com o nome Crônicas da Fundação. Esse seria realmente um governo fantasma. Os ambientes não teriam acesso (como não devem mesmo ter; seria sufocante) às pessoas reais, porém as ficções-pessoais seriam bastante boas como representação, com grau de probabilidade ajustável durante a afinação dos instrumentos. Já é isso que existe, você sabe - porém num nível 16

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muito tosco – em determinadas seções governamentais como polícia, fisco e outros, particularmente desde há algum tempo com as impressões digitais, sempre com técnicas bastante invasivas, como seguir uma pessoa através do cartão de crédito. A GROSSEIRA INVASÃO DE NOSSAS VIDAS (ela é direta, movida a desconfiança, não age através do trato probabilístico-estatístico: instala câmeras de vigilância, dedura através do “diga como estou dirigindo” e comete outras sandices)

Primeiro não deveríamos usar esse tipo de coisa. Se, em casos extremos, necessitássemos realmente deveríamos ser mais sutis que isso e apenas com autorização do juizado. Deveríamos ter uma mecânica psicológica probabilísticoestatística de pontos-e-campos com obediência de todas as leis da físicoquímica, da biologia-p.2 e da psicologia-p.3 já descobertas.

Capítulo 7 φet MECÂNICA PSICOLÓGICA ESTATÍSTICO-PROBABILÍSTICA DE GIBBS-FREUD (se tivesse havido algo assim desde o começo “estaríamos feitos”, realmente feitos e terminados)

Por pouco, muito pouco, pouco mesmo não se chegou diretamente a tratar a psicologia como mecânica psicológica; se Freud tivesse se interessado pela mecânica estatística de Gibbs teríamos tido logo de cara, há 100 anos ou mais, a MECÂNICA ESTATÍSTICO-PROBABILÍSTICA DE GIBSSFREUD para processos psicológicos. 17

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FREUD E GIBBS (tivesse Gibbs se interessado pela psicologia ou Freud pela matemática um longo salto de até 150 teria sido dado) QUEM ÁREA CIENTÍFICA VIDA MEIO-DE-VIDA GIBBS matemática 1839-1903 1871 FREUD psicanálise 1856-1939 1898 Separação de 27 anos que fez toda diferença. Por essa ninharia de tempo e alguns detalhes não tivemos um salto de mais de 100 anos. Quanto aos detalhes, seria preciso também que os pontos psicológicos tivessem sido determinados (e não teriam sido PORQUE os marcadores tributários não estavam à disposição).

Capítulo 8 Mecânica φet COPIADO DA CARTILHA GEO-HISTÓRIA PSICOLÓGICA (na posição de bandeira, seqüencial) NÚCLEO PSICOLÓGICO economia

psicanálise

GEOGRAFIAHISTÓRIA

psico-síntese

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sociologia O QUADRADO ARISTOTÉLICO

Para ser verdadeiro o modelo pirâmide deve ser verdadeiro para tudo (não no começo, mas quando estiver perfeitamente compreendido e elaborado e for de todos e não de um só). 18


NA POSIÇÃO DE QUADRADO psicanálise/figuras psicossíntese/objetivos economia/produção sociologia/organização SERÁ VERDADE? (no quadro de cima, da psicologia, como em todas as chaves e bandeiras; não fiz tais comparações) CONTRADITÓRIAS CONTRÁRIASSUBALTERNAS SUBCONTRÁRIAS psicanálise-sociologia figuras-objetivos figuras/economia psicossíntese-economia produção-organização objetivos/sociologia Contraditórias são contrário-complementares com mais força e o aumento de uma significará necessariamente a diminuição da outra. Assim, se aumentam os objetivos (ou demandas ou metas ou desejos) devem reduzir as produções. Pode parecer que não é assim, mas desejo é o de consumir, gastar, e os ricos não consomem, ao contrário do que se pensa em geral. Quanto de seu patrimônio os ricos gastam consigo mesmo? Na verdade é um infinitésimo, eles poupam muito. Enquanto os pobres gastam 100 % ou mais do que produzem (e se gastam mais a seguir gastam menos porque têm de pagar juros), os ricos vão consumindo cada vez menos: 10 %, 1 %, (1/10)%, (1/100)%, (1/1000)% e assim por diante. É claro que a casa de Bill Gates, de 100 milhões de dólares, é um absurdo humano, mas do patrimônio dele de – dizem - US$ 45 bilhões significa 100/45.000 ou 0,22 % e todo ano ele estará incorporando várias casas. Não o estou justificando, pelo contrário, é só raciocínio. Então, quanto mais deseja uma pessoa e quanto mais gasta do que produz para satisfazer aqueles objetivos, mais estará trabalhando CONTRA a prosperidade da economia. De fato, é o contrário do que parece: são os ricos que gastam pouco. Do mesmo modo, a superafirmação das figuras, o egoísmo leva necessariamente à redução das organizações, pois estas correspondem ao aquietamento das presenças. Deixo a cargo dos pesquisadores aprofundarem o assunto para ver se os pólos do modelo no que tange ao espírito estão colocados corretamente. É importante ter dado início aos raciocínios, mas não dependemos deles aqui e agora. Dependemos de saber que a geo-história, abordagem racional do espaço tempo, está colocada corretamente no centro de todos os eventos. QUADRADO PIRÂMIDE

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Neste ponto coloque vértice a vértice quatro quadrados, formando um quinto, nos vértices do qual estarão figuras, objetivos, produção e organização, no centro a geo-história. E então veja o centro levantando-se para formar uma pirâmide, no alto da qual, no cume você se sentará para olhar o mundo, perguntando-se: “o quê está acontecendo?” E dali olhará cada um dos vértices do quadrado de base para neles enquadrar tanto as PESSOAS quanto os AMBIENTES. Quando pudermos determinar todas as linhas de fluxo de todas e cada uma das pessoambientes teremos plenos domínio da mecânica φet (pet).

Capítulo 9 Fluxos e Hiperfluxos φet Existem fenômenos e chamei de “hiperfenômenos” a organização deles em leis compreensivas; correspondentemente teremos fluxos e hiperfluxos. FENÔMENOS 

substantivo masculino 1 tudo o que se observa na natureza 2 Derivação: por extensão de sentido. fato ou evento que pode ser descrito e explicado cientificamente 3 Rubrica: filosofia. apreensão ilusória de um objeto, captado pela sensibilidade ou reconhecido de maneira irrefletida pela consciência imediata 4 Derivação: por extensão de sentido. Rubrica: filosofia. no kantismo, o objeto do conhecimento na relação que estabelece com o sujeito humano que o conhece, e captado segundo a perspectiva da intuição (espaço e tempo) e das categorias inatas do intelecto 5 fato ou acontecimento raro e surpreendente; prodígio, maravilha 6 Derivação: por metonímia. ser ou objeto com algo de anormal ou extraordinário Ex.: ele é um f. em matemática

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FLUXOS

substantivo masculino 1 ato de fluir 2 escoamento ou movimento contínuo de algo que segue um curso Exs.: f. de sangue f. de carros 3 movimento alternado de aproximação e afastamento do mar em relação à praia 4 transbordamento de um curso fluvial; cheia, enchente 5 Rubrica: medicina. descarga para o exterior de material mais ou menos líquido, de uma cavidade ou superfície do corpo Ex.: f. menstrual 6 quantidade excessiva; superabundância 7 Derivação: sentido figurado. sucessão (de acontecimentos, pensamentos etc.) 8 Rubrica: física. quantidade que pode ser obtida calculando a integral do produto escalar entre o vetor que está associado a cada ponto da região em que atua um campo vetorial, que descreve uma grandeza física, e um vetor que representa um elemento de área infinitesimal 9 Rubrica: física. número de partículas que escoam, por unidade de área, de uma secção transversal

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de um feixe de partículas [Tb. pode referir-se a quantidades físicas, como carga, energia, massa etc.]

Vamos pegar duas afirmações do povo: 1. “Deus tudo vê”: ver e perder a memória não seria muito bom, seria desesperador; porisso o tudo-vê de Deus deve corresponder a memória não-finita; o que Deus visse estaria fora de Deus, que por definição é tudo; 2. “Deus tudo sabe”: isso impediria o porvir DENTRO DE DEUS e o desenvolvimento de novas idéias – imaginar um Deus incapaz de ter novas idéias seria o fim da picada. A DEFINIÇÃO DE i DEUS-NATUREZA NO MODELO NATUREZA i DEUS a parte que se oculta de DEUS-NATUREZA (não há a parte que se oculta da Deus (segundo os nada oculto) Natureza (segundo os racionais) racionais)

i Deus-Natureza não tem nada oculto, e só a racionalidade vê como partido: a explicação é que o livre-arbítrio, o livre-querer permitido é um espaço DE DEUS-NATUREZA em que i DN está sendo em liberdade de si. i DN não está vendo o fluxo de tudo - tudo-vendo - como estranho a si, fora de si, fora dele, ele ESTÁ SENDO, sendo o fluxo mesmo. Só nós vemos o fluxo como estranho a nós, porque não temos consciência da totalidade, nossa consciência é segmentada, contida em nossos cérebros e nossas mentes pequenas. DEUS-NATUREZA E A GENTE (o retângulo é falsa delimitação do não-finito e o círculo-esfera é nossa seçãozinha de liberdade, precisamente delimitada, mas ainda assim fazendo parte de i; i não a toca com a não-finito, isto é, a racionalidade não imerge na não-finitude, mas é ela)

Em resumo, nós não vemos i, somo-lo EM IGNORÂNCIA DE SER; i vê-nos, sente-nos, estamos dentro dele-dela, deli. Assim também o espaçotempo: não o vemos todo, não o temos todo; mas ele é-nos. Nossa consciência de espaçotempo é o de imersão, quer dizer, de intuição; não é o de absorção, DE SER ESPAÇOTEMPO. O espaçotempo existe e é independentemente de nós. O QUE É O TEMPO? (já falei muito sobre isso no modelo pirâmide)

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O que é o tempo? Alexandre Versignassi Se não me perguntarem, eu sei o que é. Se tiver de explicar para alguém, não sei. O problema é que o passado não está mais aqui, o futuro ainda não chegou e o presente voa tão rápido que parece não ter extensão alguma. Aliás, se o presente só surge para virar passado, não daria pra dizer que o tempo é uma caminhada rumo à não-existência? Santo Agostinho, Bispo cabeça do século 5. Famoso por ter adaptado o pensamento da Grécia antiga ao cristianismo. É o jeito que a natureza deu para não deixar que tudo acontecesse de uma vez só. John Wheeler, Um dos maiores físicos do século 20. Uma ilusão. A distinção entre passado, presente e futuro não passa de uma firme e persistente ilusão. Albert Einstein, o cara. Não há fluxo. Os eventos, independentemente de quando ocorram, simplesmente existem. Todos existem. Eles ocupam para sempre o seu ponto particular no espaço-tempo. Se você estava se divertindo a valer no réveillon, você ainda está lá, pois esta é uma das localizações imutáveis do espaço-tempo. Brian Greene, Físico americano da universidade de Colúmbia e autor best seller de divulgação científica. Aqui o professor explica do jeito dele o ponto de vista de Einstein. O QUE É O ESPAÇO? (se o espaço depende de tempo para definição, obviamente não sabendo um não saberemos o outro)

O que é espaço? O que é o espaço? Reconhecemos e usamos o espaço, mas se alguém perguntar o que é o espaço, muitos irão ter dificuldades em explicar. Na verdade, é mais fácil explicar o que se pode fazer com este ente primitivo que não tem definição para nós. "Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar." João 14:2, A Bíblia Sagrada Uma primeira tentativa para explicar isto, é dizer que é tudo o que nos envolve e é o local onde podemos nos mover para a frente, para o lado e para cima. Pelo conceito expresso, observamos que vivemos em um ambiente tridimensional. Basta então conhecer as três direções para identificar a posição relativa que ocupamos. Quando afirmamos que vamos andar para a frente, para o lado e para cima, devemos quantificar e identificar o quanto iremos nos 22

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deslocar nestas direções, logo necessitamos conhecer uma origem para o sistema e identificar este ponto como (0,0,0) pois esperamos que ele esteja localizado a uma distância num ponto de referência para todos os outros pontos. Pois o espaço e o tempo não são somente o que (a caminho de) 7,0 bilhões dizem que são; embora esses tantos bilhões sejam o conjunto de todos os sentires, cada sentir desses é um sentimento de espaçotempo. Nós não sabemos mesmo o que é o espaçotempo, só temos idéia-sentimento do que seja – trafegamos em meio a ele sem o entendermos. Existimos em Natureza, o lado inconsciente no qual somos consciência, porém incompleta. Conforme vamos subindo os degraus (das pessoambientes, da psicologia, do Conhecimento e assim por diante) da pirâmide mais longe vamos vendo e mais vamos vendo o conjunto Deus-Natureza, i. Quanto mais alto tivermos chegado mais veremos os hiperfenômenos e os hiperfluxos, quer dizer, a integração dos fenômenos em leis e a dos fluxos em informações ou resumos. Em particular, os hiperfluxos φet, ou seja, os intensos fluxos psicológicos (de palavras, de produtos, de objetivos, de figuras – digamos, nos metrôs -, de trocas e assim por diante). Se pudéssemos ver as trocas de palavras veríamos os diálogos envolvendo todas as pessoas do mundo. Se pudéssemos observar as trocas seríamos capazes de ver os mapas econômicos mudando sob nossos olhos. Ora, é EXATAMENTE disso que precisamos.

Capítulo 10 Políticadministração de φet

PSIC OLO

Assim como fomos excluídos de i Deus-Natureza ao ganharmos a autonomia do livre-querer ou livre-arbítrio, também estamos excluídos do espaçotempo (mas, evidentemente, i é o espaço tempo e muito mais, porém o espaçotempo não é i, é muito menos). Não somos capazes de perceber o espaçotempo. O tempo, já ficou claro há muito tempo, não entendemos o que seja, assim como a energia; o espaço, já tivemos bastante espaço para perceber que, estando ligados ao tempo e pela razão do que Einstein disse (diferentes tempos nos colocam em diferentes espaços; no entando, já falei da existência dum elemento comum chamado “horizonte de simultaneidades”) não sabemos mesmo do que se trate. Podemos vê-lo, podemos medi-lo, podemos usá-lo, mas não sabemos o que é realmente. DADO UMA ‘PALA’, COMO SE DIZIA NA MINHA GERAÇÃO Veja assim: como tudo tem velocidade tanto para trazer a nós os dados quanto para internamente transformá-los em informações, essa alteração dependendo de nosso estado-deser, NÓS INFERIMOS, julgamos e decidimos a respeito de distâncias, dizemos estarem as coisas a tal ou qual distância; contudo, quem pode dizer que estejam mesmo? É fácil nos enganarmos quanto a distâncias. RECOLOCANDO E INTERPRETANDO OS CAPÍTULOS TRANSIÇÃO CIENTÍFICA COMENTÁRIO ELUCIDADOR Psicanalítica Você pode contar que são seis: quatro verdadeiras (psicanálise, psico-síntese, Psico-Sintética economia e produção), duas Econômica 23

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montadoras (geografia e história) e um centro de onde sai tudo: pirâmide com cume a partir do quadrado. Desde os princípio deveríamos ter pensado numa psicologia do espaçotempo (como Krishnamurti viu). Mecânica φet Disso adviria uma mecânica, um tratamento matemático do estáticodinâmico. Fluxos e Hiperfluxos φet Vendo assim trataríamos os dados intertraçados como fluxos psicológicos, a partir daí vendo hiperfluxos organizados em condutos preferenciais dominantes-dominados por uma mecânica estatístico-probabilística freud-gibbsiana. Políticadministração de φet Então estaríamos prontos para a política-administração ou organizaçãoprodução governempresarial pessoambiental. VOCÊ SABE, governos são politicadministrações, embora quase irracionais, principalmente os do Brasil. Que eles nada entendem de φet’s e de mecânicas delas está mais do que claro, pois agora é que começamos a falar delas; só de pensar nelas já podemos pressentir quanto estamos atrasados. Estamos ainda nos mais estúpidos ou roscofinhos dos níveis práticos, quando qualquer um fala e faz o que quer, sem qualquer idéia sobre o que derivará disso. Mesmo na área tributária, que é relativamente simples perante as outras, onde milito, onde trabalho, a ignorância deles é ilimitada. O QUE EINSTEIN DISSE (sobre a ignorância humana)

PAφET

MECÂNICA PSICOLÓGICA

Sociológica Geográfica Histórica φet

Só duas coisas são infinitas: o universo e a ignorância humana. ...e eu não tenho certeza sobre o universo..."

Albert Einstein. Ele tinha razão mesmo, hem? Mas, como diz o ditado, “ninguém nasce sabendo” (muitos ditados são triviais, são truísmos, mas mesmo assim são legais): este nos diz para desculparmos a estupidez, pois todos nós temos uma queda para ela. É também um conselho otimista sobre arregaçar as mangas e procurar saber. Vitória, segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010. José Augusto Gava.

ANEXOS Capítulo 1 Asimov, um Raro Estudioso do Futuro Isaac Asimov Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 24

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Nascimento

2 de Janeiro de 1920 Petrovichi

Morte

6 de Abril de 1992 Nova Iorque

Nacionalidade

norte-americana

Gênero literário

ficção científica

Magnum opus

Fundação

Página oficial:

Isaac Asimov Home Page

Isaac Asimov, em russo Айзек Азимов (Petrovichi, 2 de janeiro de 1920 — Nova Iorque, 6 de abril de 1992), foi um escritor e bioquímico estadunidense, nascido na Rússia, autor de obras de ficção científica e divulgação científica. A obra mais famosa de Asimov é a série da Fundação, também conhecida como Trilogia da Fundação, que faz parte da série do Império Galáctico e que logo combinou com sua outra grande série dos Robots. Também escreveu obras de mistério e fantasia, assim como uma grande quantidade de não-ficção. No total, escreveu ou editou mais de 500 volumes e umas 90.000 cartas ou postais, e têm obras em cada categoria importante do sistema de classificação bibliográfica de Dewey, exceto em filosofia. Asimov foi reconhecido como mestre do gênero da ficção científica e, junto com Robert A. Heinlein e Arthur C. Clarke, foi considerado em vida como um dos "Três Grandes" escritores da ficção científica. Asimov foi membro e vice-presidente por muito tempo da Mensa, ainda que com falta: ele os descrevia como "intelectualmente combalidos". Exercia, com mais freqüência e assiduidade, a presidência da American Humanist Association (Associação Humanista Americana). Em 1981, um asteróide recebeu seu nome em sua homenagem, o 5020 Asimov. O robô humanóide "ASIMO" da Honda, também pode ser considerada uma homenagem indireta à Asimov, pois o nome do robô significa, em inglês, Advanced Step in Innovative Mobility, além de também significar, em japonês, "também com pernas", em um trocadilho linguístico em relação à propriedade inovadora de movimentação deste robô. Biografia Asimov nasceu entre 4 de Outubro de 1919 e 2 de Janeiro de 1920, em Petrovichi shtetl ou Oblast de Smolensk, RSFSR (hoje Província de Mahilou, Bielorrússia). A mãe foi Anna Rachel Berman Asimov e o pai, Judah Asimov, um moleiro de uma família de Judeus. Sua data de nascimento não pode ser precisada, por causa das diferenças entre o Calendário Gregoriano e o Calendário hebraico e por causa da falta de registros. Asimov celebrou sempre o seu aniversário a 2 de janeiro. A família deriva seu nome de 25

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озимые (ozimiye), uma palavra da língua Russa que significa um cereal de inverno que o seu bisavô negociava, ao qual o sufixo paterno foi adicionado. Sua família emigrou para os EUA quando ele tinha só três anos de idade. Como seus pais falavam sempre hebraico e inglês com ele, ele nunca aprendeu russo. Enquanto crescia em Brooklyn, New York, Asimov aprendeu a ler, por si próprio, quando tinha cinco anos e permaneceu fluente em iídiche, bem como em inglês. Seus pais tinham uma loja de doces, e toda a gente da família tinha de lá trabalhar. Revistas baratas de papel de polpa, chamadas pulp sobre ficção científica eram vendidas em lojas, e ele começou a lê-las. Por volta dos onze anos, começou a escrever histórias próprias e, por volta dos dezenove anos, tendo-se tornado fã de ficção científica, começou a vender suas histórias a revistas. John W. Campbell, o editor de Astounding Science Fiction,, para quem ele vendeu suas primeiras histórias, foi uma forte influência formativa e tornou-se um amigo. Asimov foi aluno das New York City Public Schools, inclusive a Boys' High School, de Brooklyn, New York. A partir daí, ele foi para a Universidade de Columbia, onde se graduou em 1939, depois tirando um Ph.D. em bioquímica, em 1948. Entretanto, passou três anos, durante a Segunda Guerra Mundial, a trabalhar como civil na Naval Air Experimental Station, do porto da Marinha em Philadelphia. Quando a guerra acabou, ele foi destacado para o Exército Americano, tendo só servido nove meses antes de ser honrosamente reformado. Durante sua breve carreira militar, ele ascendeu ao posto de cabo, baseado na sua habilidade para escrever à máquina, e escapou por pouco de participar nos testes da bomba atómica em 1946 no atol de Bikini. Depois de completar seu doutoramento, Asimov entrou na faculdade de Medicina da Universidade de Boston, com a qual permaneceu associado a partir daí. Depois de 1958, isto foi sem ensinar, já que se virou para a escrita em tempo integral (suas receitas da escrita já excediam as do salário académico). Pertencer ao quadro permanente significou que ele manteve o título de professor associado e, em 1979, a universidade honrou sua escrita promovendo-o a professor catedrático de bioquímica. Os arquivos pessoais de Asimov, a partir de 1965, estão arquivados na Mugar Memorial Library da universidade, doados por ele a pedido do curador, Howard Gottlieb. A colecção preenche 464 caixas em setenta e um metros de prateleira. Asimov casou-se com Gertrude Blugerman (1917, Canadá–1990, Boston), em 26 de julho de 1942. Tiveram duas crianças, David (n. 1951) e Robyn Joan (n. 1955). Depois da separação, em 1970, ele e Gertrude divorciaram-se em 1973, e Asimov casou-se com Janet O. Jeppson mais tarde, no mesmo ano. Asimov era um claustrofilo; ele gostava de espaços pequenos fechados. No primeiro volume da sua autobiografia, ele conta um desejo infantil de possuir uma banca de jornais numa estação de metrô no New York City Subway, dentro da qual ele se fecharia e escutaria o ruído dos carros enquanto lia. Asimov tinha aviophobia, só o tendo feito duas vezes na vida inteira (uma vez, durante seu trabalho na Naval Air Experimental Station, e outra, na volta para casa da base militar deOahu, em 1946). Ele raramente viajava grandes distâncias, em parte por causa de sua aversão a voar, adicionada às dificuldades logísticas de viajar longas distâncias. Esta fobia influenciou várias das suas obras de ficção, como as histórias de mistério de Wendell Urth e as novelas sobre robôs de Elijah Baley. Nos seus últimos anos, ele gostava de viajar em navios de cruzeiro e, em várias ocasiões, ele fez parte 26

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do "entretenimento" no cruzeiro, dando palestras baseadas em ciência, em navios, como os RMS Queen Elizabeth 2. Asimov sabia entreter muitíssimo bem, era prolífico e procurado como discursador. Seu sentido de tempo era fantástico; ele nunca olhava para um relógio, mas, invariavelmente, falava precisamente o tempo combinado. Asimov era um participante habitual em convenções de ficção científica, onde ficava amável e disponível para conversa. Ele respondia pacientemente a dezenas de milhares de perguntas e outro tipo de correio com postais, e gostava de dar autógrafos. Embora gostasse de mostrar seu talento, raramente parecia levar-se a si próprio demasiadamente a sério. Ele era de altura mediana, forte, com bigode e um óbvio sotaque de judeus do Brooklyn. Sua motoridade física era bastante limitada. Ele nunca aprendeu a nadar ou andar de bicicleta; no entanto, aprendeu a conduzir um carro, depois de se mudar para Boston. No seu livro de humor, Asimov Laughs Again, ele descreve a condução em Boston como "anarquia sobre rodas". Ele demonstrou seu amor por conduzir, em seu conto de ficção científica, Sally, sobre carros-robôs. Um leitor atento reparará que ele faz uma descricção detalhada de um dos carros a que chama 'Giuseppe', de Milão - o que significa que Giuseppe era um Alfa Romeo. Asimov não especificou nenhum outro tipo de veículo em nenhuma das suas histórias, o que levou muitos fãs a considerarem que ele foi contratado por aquela marca de automóvel. Os interesses variados de Asimov incluíram, nos seus anos tardios, sua participação em organizações devotadas à opereta de Gilbert and Sullivan e em The Wolfe Pack, um grupo de seguidores dos mistérios de Nero Wolfe, escritos por Rex Stout. Ele era um membro proeminente da Baker Street Irregulars, a mais importante sociedade sobre Sherlock Holmes. De 1985 até sua morte em 1992, ele foi presidente da American Humanist Association; seu sucessor foi o amigo e congênere escritor, Kurt Vonnegut. Ele também era um amigo próximo do criador de Star Trek, Gene Roddenberry, e foramlhe dados créditos em Star Trek: The Motion Picture, pelos conselhos que deu durante a produção. Asimov morreu em 6 de abril de 1992. Ele deixou sua segunda mulher, Janet, e as crianças do primeiro casamento. Dez anos depois da sua morte, a edição da autobiografia de Asimov, It's Been a Good Life, revelou que sua morte foi causada por SIDA (pt-br:AIDS); ele contraiu o vírus HIV através de uma transfusão de sangue recebida durante a operação de bypass em Dezembro de 1983.[1] A causa específica da morte foi falha cardíaca e renal, como complicações da infecção com o vírus da SIDA. Janet Asimov escreveu no epílogo de It's Been a Good Life que Asimov o teria querido tornar público, mas seus médicos convenceram-no a permanecer em silêncio, avisando que o preconceito anti-SIDA estender-se-ia a seus familiares. A família de Asimov considerou divulgar sua doença antes de ele morrer, mas a controvérsia que ocorreu, quando Arthur Ashe divulgou que ele tinha SIDA, convenceu-os do contrário. Dez anos mais tarde, depois da morte dos médicos de Asimov, Janet e Robyn concordaram que a situação em relação à SIDA podia ser levada a público.[2] Asimov e a Wikipédia No livro Escolha a Catástrofe, Asimov disserta sobre os futuros problemas que poderiam levar a humanidade à extinção e como a tecnologia poderia salvá-la. Em certa parte do livro, ele fala sobre a educação e como ela 27

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poderia funcionar no futuro. Haverá uma tendência para centralizar informações, de modo que uma requisição de determinados itens pode usufruir dos recursos de todas as bibliotecas de uma região, ou de uma nação e, quem sabe, do mundo. Finalmente, haverá o equivalente de uma Biblioteca Computada Global, na qual todo o conhecimento da humanidade será armazenado e de onde qualquer item desse total poderá ser retirado por requisição. …Certamente, cada vez mais pessoas seguiriam esse caminho fácil e natural de satisfazer suas curiosidades e necessidades de saber. E cada pessoa, à medida que fosse educada segundo seus próprios interesses, poderia então começar a fazer suas contribuições. Aquele que tivesse um novo pensamento ou observação de qualquer tipo sobre qualquer campo poderia apresentá-lo, e se ele ainda não constasse na biblioteca, seria mantido à espera de confirmação e, possivelmente, acabaria sendo incorporado. Cada pessoa seria, simultaneamente, um professor e um aprendiz.

— Isaac Asimov 1979

Curiosidades Pelas numerosas trocas de títulos que foram feitas por seus editores, pode-se dizer que Asimov não era um bom "titulista". Em sua obra, "Assassinato na convenção", aparece o próprio Isaac Asimov como personagem secundário. Bibliografia selecionada

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Concepção artística de Isaac Asimov por Rowena Morrill Asimov pretendia escrever 500 livros e, por pouco, não atingiu essa marca; escreveu 463 obras. Mas, somando todos os livros, desenhos e coleções editadas, totalizam-se 509 itens em sua bibliografia completa. Asimov pode ter escrito Opus 400, que seria uma comemoração de 400 publicações; contudo, a lista de comemorativos da bibliografia vai apenas até o Opus 300. Ficção cientifica Série Robôs • The Complete Robot - Nós, Robôs (1982) (Coletânea de 31 contos sobre os robôs, publicados entre 1939 a 1977) • Robot Dreams - Sonhos de Robô (1986) (Outra coletânea de contos sobre robôs) 28


Robot Visions - Visões de Robô (1986) (Outra coletânea de contos sobre robôs) Série Espaciais: • Mãe Terra - Conto publicado em O Futuro Começou, onde aparecem pela primeira vez os espaciais • The Caves of Steel - Caça aos Robôs (1954) (primeiro romance de ficção científica com Elias Baley) • The Naked Sun - Os Robôs (1957) (segundo romance de ficção científica com Elias Baley) • Imagem Especular - Imagem no Espelho - Conto sobre uma disputa entre dois Cientistas de Aurora, a respeito de uma descoberta, mediada por Elias Baley e Daniel • The Robots of Dawn - Os Robôs do Amanhecer (1983) (terceiro romance de ficção científica com Elias Baley) • Robots and Empire - Os Robôs e o Império (1985) (seqüência da trilogia Elias Baley) • The Positronic Man (1993) (com Robert Silverberg, um romance baseado no antigo conto de Asimov "The Bicentennial Man") Série Império Galáctico • Pebble in the Sky - 827 Era Galática (1950) • The Stars Like Dust - Poeira de Estrelas (1951) • The Currents of Space - As Correntes do Espaço (1952) - Romance préimperio, sobre um planeta explorado por outro. Série Lucky Starr • David Starr Space Ranger - As Cavernas de Marte (1952) • Lucky Starr and the Pirates of the Asteroids - Vigilante das Estrelas (1953) • Lucky Starr and the Oceans of Venus - Os Oceanos de Vênus (1954) • Lucky Starr and the Big Sun of Mercury - O Grande Sol de Mercúrio (1956) • Lucky Starr and the Moons of Jupiter - O Robô de Júpiter (1957) • Lucky Starr and the Rings of Saturn - Os Anéis de Saturno (1958) Trilogia Fundação • Foundation - Fundação (1951) • Foundation and Empire - Fundação e Império (1952) • Second Foundation - Segunda Fundação (1953) Extensão da série Fundação • Foundation's Edge - Fundação II (em Portugal "No Limiar da Fundação")(1982) • Foundation and Earth - Fundação e a Terra (1986) • Prelude to Foundation - Prelúdio à Fundação (1988) • Forward the Foundation - Crônicas da Fundação (em Portugal "Notas Para um Empério Futuro")(1993) Romances que não fazem parte de séries • The End of Eternity - Fim da Eternidade (1955) • Fantastic Voyage - Viagem Fantástica (1966) (uma novelização do filme apresentando uma equipe de cientistas viajando dentro do corpo humano) • The Gods Themselves - Despertar dos Deuses (1972) • Fantastic Voyage II: Destination Brain - Viagem Fantástica: Rumo ao cérebro (1987) (não é uma seqüência do primeiro Fantastic Voyage, mas sim uma história independente) •

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• Nemesis (1989) Nightfall - O Cair da Noite (1990) (com Robert Silverberg, um romance baseado em um conto mais antigo) • The Ugly Little Boy (1992) (com Robert Silverberg, um romance baseado em um conto mais antigo) (Ainda que essencialmente independentes, alguns desses romances têm relações mínimas com a série "Fundação".) Coletâneas de pequenas histórias Lista de contos e noveletas de Isaac Asimov • I, Robot - Eu, Robô (1950) • The Martian Way and Other Stories (1955) • Earth Is Room Enough (1957) • Nine Tomorrows (1959) • The Rest of the Robots (1964) • Nightfall and Other Stories (1969) • The Early Asimov (1972) • The Best of Isaac Asimov (1973) • Buy Jupiter and Other Stories (1975) • The Bicentennial Man and Other Stories (1976) • The Complet Robot (1982) • The Winds of Change and Other Stories (1983) • Robot Dreams (1986) • Azazel (1988) • Gold (1990) • Robot Visions (1990) • Magic (1995) Mistérios Romances • The Death Dealers (1958) (republicado mais tarde como A Whiff of Death) • Murder at the ABA (1976) (republicado mais tarde como Authorized Murder) Coletâneas de pequenas histórias Black Widowers and others • Asimov's Mysteries (1968) • Tales of the Black Widowers (1974) • More Tales of the Black Widowers (1976) • Casebook of the Black Widowers (1980) • Banquets of the Black Widowers (1984) • The Best Mysteries of Isaac Asimov (1986) • Puzzles of the Black Widowers (1990) • Return of the Black Widowers (2003) coletânea de histórias da época da morte de Asimov, com contribuições adicionais de Charles Ardai e Harlan Ellison Não-ficção Ciência popular • Adding a Dimension (1964) • Asimov on Numbers (1959) • Asimov's Chronology of Science and Discovery (1989, segunda edição ampliada em 1993) • Asimov's Chronology of the World (1991) • The Chemicals of Life (1954)

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Choice of Catastrophes (1979) The Clock We Live On (1959) • The Collapsing Universe (1977) ISBN 0-671-81738-8 • The Earth (2004, revisado por Richard Hantula) • Exploring the Earth and the Cosmos (1982) • The Human Brain (1964) • Inside the Atom (1956) • Isaac Asimov's Guide to Earth and Space (1991) • The Intelligent Man's Guide to Science (1965) • Jupiter (2004, revisado por Richard Hantula) • Life and Energy (1962) • The Neutrino (1966) • Our World in Space (1974) • Quasar, Quasar, Burning Bright (1977) • Science, Numbers and I (1968) • The Secret of The Universe (1990) • The Solar System and Back (1970) • Asimov (2003, revisado por Richard Hantula) • The Sun Shines Bright (1981) • The Universe: From Flat Earth to Quasar (1966) • Venus (2004, revisado por Richard Hantula) • Views of the Universe (1981) • Words of Science and the History Behind Them (1959) • The World of Carbon (1958) • The World of Nitrogen (1958) Anotações • Asimov's Annotated "Don Juan" • Asimov's Annotated "Paradise Lost" • Asimov's Annotated Gilbert and Sullivan • The Annotated "Gulliver's Travels" Guias • Asimov's Guide to the Bible, vols I and II (1981) • Asimov's Guide to Shakespeare Outros • Opus 100 (1969) • The Sensuous Dirty Old Man (1971) • Asimov's Biographical Encyclopedia of Science and Technology (1972) • Opus 200 (1979) • Isaac Asimov's Book of Facts (1979) • The Roving Mind (1983) (collection of essays). Nova edição publicada por Prometheus Books(1997) Leis da Robótica Apresentadas no livro Eu, Robô, as 3 Leis da Robótica foram criadas, como condição de coexistência dos robôs com os seres humanos, como prevenção de qualquer perigo que a inteligência artificial pudesse representar à humanidade. São elas: • 1ª lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal. • 2ª lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei. • 3ª lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal • •

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proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis. Mais tarde, no livro Os Robôs do Amanhecer, o robô R. Giskard viria a instituir uma quarta lei: a 'Lei Zero': • 'Lei Zero': Um robô não pode fazer mal à humanidade e nem, por omissão, permitir que ela sofra algum mal. Referências 1. ↑ Asimov FAQ (2004-09-27). 2. ↑ Locus Online: Letter from Janet Asimov (2002-04-04). Ligações externas • Isaac Asimov Home Page • Império de Isaac Asimov (em português) The Complete Robot • I, Robot • The Série Robôs Positronic Man

Série Espacial

The Caves of Steel (Caça aos Robôs) • The Naked Sun (Os Robôs) • The Robots of Dawn (Os Robôs do Amanhecer) • Robots and Empire (Os Robôs e o Império)

Série Império Galáctico

Pebble in the Sky (827 Era Galáctica) • The Stars Like Dust (Poeira de Estrelas) • The Currents of Space (As Correntes do Espaço)

Série Fundação

Extensão da série Fundação

Outros livros

Foundation (Fundação) • Foundation and Empire (Fundação e Império) • Second Foundation (Segunda Fundação) Foundation's Edge (Fundação II) • Foundation and Earth (A Fundação e a Terra) • Prelude to Foundation (Prelúdio para Fundação) • Forward the Foundation (Crônicas da Fundação) The End of Eternity (O Fim da Eternidade) • Fantastic Voyage (Viagem Fantástica) • The Gods Themselves (Despertar dos Deuses) • Fantastic Voyage II: Destination Brain • Nemesis • Nightfall (O Cair da Noite) • The Ugly Little Boy • The Last Question (A Última Pergunta) • Choice of Catastrophes (Escolha a Catástrofe) • Nine Tomorrows (Nove Amanhãs)

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Capítulo 2

UM NEURÔNIO OU CORE HUMANO SÁBADO, 7 DE MARÇO DE 2009 Afinal, quantas células tem o cérebro humano? Dados recentes de contagem celular absoluta desmancham mitos da neurociência, mostra colunista O criacionismo, do qual tanto se fala hoje em dia, atribui a Deus a criação de todas as coisas, dos seres humanos em especial. Trata-se de uma tese baseada na fé, digna de respeito como qualquer crença, mas que se choca com a abordagem científica da natureza, especialmente com a teoria da evolução estabelecida tão firmemente por Charles Darwin (1809-1882), o naturalista inglês que percorreu o mundo – inclusive o Brasil. Parafraseando o Marquês de Laplace (1749-1827), eminente físico francês: Deus não é uma hipótese necessária para a teoria da evolução. Conta-se que uma frase semelhante a essa foi dita por ele em resposta a Napoleão Bonaparte que, lendo seus trabalhos, indagou-lhe: – “Não vi a presença do Criador em suas obras, marquês”. Ao que Laplace respondeu: – “A hipótese divina, senhor, de fato explica tudo; no entanto, não permite prever nada. Como cientista, minha função é produzir trabalhos que permitam previsões.” A precisa definição sobre a natureza da ciência que Laplace utilizou se aplica como uma luva aos resultados a que chegamos recentemente, Suzana Herculano-Houzel e eu, por meio da tese de mestrado do aluno Frederico Azevedo, no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nossa intenção inicial era testar a exatidão do número de neurônios estimado para o cérebro humano em todos os livros de neurociência: cem bilhões. Esse número foi sempre considerado tão verdadeiro, que eu mesmo me senti seguro em dar esse título a um livro que publiquei há oito anos e a esta coluna da Ciência Hoje On-line. No entanto, ao rever a literatura especializada, concluímos que não havia, na verdade, qualquer evidência científica sólida para esse número. E mais: os livros declaravam sempre que, para cada neurônio do cérebro, existiriam 10 células gliais, os elementos coadjuvantes dos neurônios nas funções cerebrais. E, também neste caso, nenhuma evidência científica. A foto de cima representa todos os núcleos das células cerebrais, com seu DNA marcado em azul, em uma amostra de contagem segundo o nosso método. A foto de baixo mostra apenas os núcleos daquelas que são neurônios, no mesmo campo, apontadas em cima pelas setas amarelas. Como cada célula cerebral tem apenas um núcleo, contá-los permite determinar a quantidade total de células. Novo método de contagem A motivação em encontrar evidências para esse número nos levou a inventar um método de contagem absoluta de células do cérebro de qualquer animal, com alto grau de confiabilidade. Testamos o método em ratos, depois o 33

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aplicamos a diferentes espécies de roedores. Suzana fez o mesmo para diferentes espécies de primatas, e aí a coisa começou a ficar interessante do ponto de vista da teoria da evolução. É que, quando se correlaciona o tamanho do cérebro com o seu número de neurônios e de células não-neuronais, encontra-se uma regra matemática precisa, chamada “regra de escala”, característica de cada grande grupo de animais. Na ordem dos roedores, por exemplo, o número de neurônios cresce proporcionalmente ao tamanho do cérebro, e a função matemática que descreve essa correlação é uma função potência. O cérebro dos roedores cresce mais para um menor acréscimo de neurônios do que o cérebro dos primatas, que atinge grandes números de neurônios em um tamanho menor de cérebro. Na ordem dos primatas, diferentemente, o número de neurônios também cresce proporcionalmente ao tamanho do cérebro, mas a função matemática é uma função linear. Isso significa que, se existisse um roedor com 100 bilhões de neurônios, este teria um cérebro de 45 quilos e um corpo de 110 toneladas! Foi mais vantajoso, então, durante a evolução, tirar vantagem de uma ordem de animais – os primatas – cuja regra de escala é linear, porque neste caso o aumento do número de células não exige aumento tão absurdo do tamanho do cérebro e do corpo. Uma característica das regras de escala é que elas permitem prever o número de neurônios ou de células não-neuronais de qualquer roedor, ou de qualquer primata, mesmo sem contar diretamente essas células. É a beleza do raciocínio científico tão bem enfatizado por Laplace. E o cérebro humano? Muito bem. E o cérebro humano? Nossa primeira abordagem foi aplicar a ele a regra de escala dos primatas. Quantos neurônios, de acordo com a função linear determinada, deveria ter um primata com um cérebro de 1,5 quilo, o peso aproximado do cérebro humano? Bingo! O resultado estimado ficou perto dos cem bilhões. Neste caso, porém, não poderíamos parar na estimativa, porque os evolucionistas acreditavam que o cérebro humano é especial: um cérebro enorme, muito maior do que o de qualquer outro primata, para um corpo relativamente pequeno, pelo menos em comparação com os orangotangos e gorilas. O cérebro humano devia ser um ponto fora da curva, um objeto especial na natureza! Números absolutos de neurônios e células não-neuronais nas principais regiões do cérebro humano. Modificado de Azevedo e colaboradores (2009). Nosso aluno Fred obteve cérebros masculinos fornecidos pelo Banco de Cérebros da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), pertencentes a homens de 50-70 anos de idade, falecidos de causas nãoneurológicas e sem comprometimento mental de qualquer tipo.

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Fred levou um ano para padronizar a técnica para o material humano e, no ano seguinte, conseguiu determinar o número médio de neurônios: 86 bilhões, abaixo do “número mágico” aceito até o momento. E mais: não era verdade que o número de células não-neuronais seria 10 vezes maior do que o de neurônios. Encontramos, em vez disso, uma proporção de 1 para 1. Outro mito desfeito. O mais importante de tudo é que os números obtidos experimentalmente puderam ser colocados na função matemática de escala dos primatas e casaram perfeitamente! A conclusão é que os seres humanos têm um número de neurônios previsível para o tamanho de cérebro que possuem. Não temos, assim, nada de excepcional: somos beneficiários da evolução das espécies, que selecionou uma ordem de animais cujo número de neurônios pode crescer de modo mais compacto que os demais, sem exagerar no tamanho do cérebro. E ainda temos a sorte de sermos, dentre os primatas, a espécie com o maior cérebro. Agora, a ciência que pratico com tanto prazer me criou um problema: como faço com o título de meu livro e desta coluna, que se tornaram inexatos? Estou aberto às sugestões dos leitores. Que título poderei usar para a nova edição que sairá este ano, e para a continuidade da coluna? Mande suas ideias para rlent@anato.ufrj.br. SUGESTÕES PARA LEITURA F.A.C. Azevedo e colaboradores (2009) Equal numbers of neuronal and nonneuronal cells make the human brain an isometrically scaled-up primate brain. Journal of Comparative Neurology vol. 513: pp. 532-541. S. Herculano-Houzel e colaboradores (2007) Cellular scaling rules for primate brains. Proceedings of the National Academy of Sciences of the USA vol. 104: pp. 3562-3567. S. Herculano-Houzel e R. Lent (2005) Isotropic fractionator: A simple, rapid method for the quantification of total cell and neuron numbers in the brain. Journal of Neuroscience vol. 25: pp. 2518-2521. R. Lent (2002) Cem Bilhões de Neurônios. Editora Atheneu, Rio de Janeiro, 698 pp. Roberto Lent Professor de Neurociência Instituto de Ciências Biomédicas Universidade Federal do Rio de Janeiro 27/02/2009 Cérebro humano Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Desenho representando o cérebro humano e o crânio 35

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O cérebro humano é particularmente complexo e extenso. Este é imovel e representa apenas 2% do peso do corpo, mas, apesar disso, recebe aproximadamente 25% de todo o sangue que é bombeado pelo coração. Se divide em 2 metades, o hemisfério esquerdo e o hemisfério direito. O seu aspecto se assemelha ao miolo de uma noz. É um conjunto distribuído de milhares de milhões de células que se estende por uma área de mais de 1 metro quadrado dentro do qual conseguimos diferenciar certas estruturas correspondendo às chamadas áreas funcionais, que podem cada uma abranger até um décimo dessa área. Hemisférios cerebrais

Diagrama lateral do cérebro. O hemisfério dominante em 98% dos humanos é o hemisfério esquerdo, é responsável pelo pensamento lógico e competência comunicativa. Enquanto o hemisfério direito, é responsável pelo pensamento simbólico e criatividade. Nos canhotos as funções estão invertidas. O hemisfério esquerdo diz-se dominante, pois nele localiza-se 2 áreas especializadas: a Área de Broca (B), o córtex responsável pela motricidade da fala, e a Área de Wernicke (W), o córtex responsável pela compreensão verbal. O corpo caloso, localiza-se no fundo da fissura inter-hemisférica, ou fissura sagital, é a estrutura responsável pela conexão entre os dois hemisférios cerebrais. Essa estrutura, composta por fibras nervosas de cor branca (freixes de axónios envolvidos em mielina), é responsável pela troca de informações entre as diversas áreas do córtex cerebral. O córtex motor é responsável pelo controle e coordenação da motricidade voluntária. Traumas nesta área causam fraqueza muscular ou até mesmo paralisia. O córtex motor do hemisfério esquerdo controla o lado direito do corpo, e o córtex motor do hemisférios direito controla o lado esquerdo do corpo. Cada córtex motor contém um mapa da superfície do corpo: perto da orelha, está a zona que controla os músculos da garganta e da língua, seguese depois a zona dos dedos, mão e braço; a zona do tronco fica ao alto e as pernas e pés vêm depois, na linha média do hemisfério. O córtex pré-motor é responsável pela aprendizagem motora e pelos movimentos de precisão. É na parte em frente da área do córtex motor correspondente à boca que reside a Área de Broca, que tem a ver com a linguagem. A área pré-motora fica mais activa do que o resto do cérebro quando se imagina um movimento, sem o executar. Se se executa, a área motora fica também activa. A área pré-motora parece ser a área que em grande medida controla o sequenciamento de acções em ambos os lados do corpo. Traumas nesta área não causam nem paralisia nem problemas na intenção para agir ou planear, mas a velocidade e suavidade dos movimentos automáticos (ex. fala e gestos)fica perturbada. A prática de piano, ténis ou golfe envolve o «afinar» da zona pré-motora - sobretudo a esquerda, especializada largamente em atividades sequenciais tipo série. Cabe ao córtex do cerebelo, fazer a coordenação geral da motricidade, 36

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manutenção do equilíbrio e postura corporal. O cerebelo representa cerca de 10% do peso total do encéfalo e contém mais neurônios do que os dois hemisférios juntos. O eixo formado pela adeno-hipófise e o hipotálamo, são responsáveis pela auto regulação do funcionamento interno do organismo. As funções homeostáticas do organismo (função cárdio-respiratória, circulatória, regulação do nível hídrico, nutrientes, da temperatura interna, etc) são controladas automaticamente. Córtex cerebral e lobos cerebrais

Lobos Cerebrais: ██ Lobo Frontal ██ Lobo Parietal ██ Lobo Temporal ██ Lobo Occipital No cérebro há uma distinção visível entre a chamada massa cinzenta e a massa branca, constituída pelas fibras (axónios) que entreligam os neurónios. A substância cinzenta do cerebro, o córtex cerebral, é constituído corpos celulares de dois tipos de células: as células de Glia - também chamadas de neurôglias - e os neurônios. O córtex cerebral humano é um tecido fino (como uma membrana) que tem uma espessura entre 1 e 4 mm e uma estrutura laminar formada por 6 camadas distintas de diferentes tipos de corpos celulares de neurônios. Perpendicularmente às camadas, existem grandes neurônios chamados neurônios piramidais que ligam as várias camadas entre si e representam cerca de 85% dos neurônios no córtex. Os neurônios piramidais estão entreligados uns aos outros através de ligações excitatórias e pensa-se que a sua rede é o «esqueleto» da organização cortical. Podem receber entradas de milhares de outros neurônios e podem transmitir sinais a distâncias da ordem dos centímetros e atravessando várias camadas do córtex. Os estudos realizados indicam que cada célula piramidal está ligada a quase tantas outras células piramidais quantas as suas sinapses (cerca de 4 mil); o que implica que nenhum neurônio está a mais de um número pequeno de sinapses de distância de qualquer outro neurônio no córtex. Embora até há poucos anos se pensasse que a função das células de Glia é essencialmente a de nutrir, isolar e proteger os neurônios, estudos mais recentes sugerem que os astrócitos podem ser tão críticos para certas funções corticais quanto os neurônios. As diferentes partes do córtex cerebral são divididas em quatro áreas chamadas de lobos cerebrais, tendo cada uma funções diferenciadas e especializadas. Os lobos cerebrais são designados pelos nomes dos ossos cranianos nas suas proximidades e que os recobrem. O lobo frontal fica localizado na região da testa; o lobo occipital, na região da nuca; o lobo parietal, na parte superior central da cabeça; e os lobos temporais, nas regiões laterais da cabeça, por cima das orelhas. 37

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Os lobos parietais, temporais e occipitais estão envolvidos na produção das percepções resultantes daquilo que os nossos órgãos sensoriais detectam no meio exterior e da informação que fornecem sobre a posição e relação com objetos exteriores das diferentes partes do nosso corpo. Lobo Frontal O lobo frontal, que inclui o córtex motor e pré-motor e o córtex pré-frontal, está envolvido no planejamento de acções e movimento, assim como no pensamento abstracto. A actividade no lobo frontal aumenta nas pessoas normais somente quando temos que executar uma tarefa difícil em que temos que descobrir uma sequência de acções que minimize o número de manipulações necessárias. A parte da frente do lobo frontal, o córtex préfrontal, tem que ver com estratégia: decidir que sequências de movimento activar e em que ordem e avaliar o seu resultado. As suas funções parecem incluir o pensamento abstracto e criativo, a fluência do pensamento e da linguagem, respostas afectivas e capacidade para ligações emocionais, julgamento social, vontade e determinação para acção e atenção selectiva. Traumas no córtex pré-frontal fazem com que uma pessoa fique presa obstinadamente a estratégias que não funcionam ou que não consigam desenvolver uma sequência de acções correcta. Lobos occipitais Os lobos occipitais estão localizados na parte inferior do cérebro. Coberta pelo córtex cerebral, esta área é também designada por córtex visual, porque processa os estímulos visuais. É constituida por varias subáreas que processam os dados visuais recebidos do exterior depois de terem passado pelo tálamo: há zonas especializadas em processar a visão da cor, do movimento, da profundidade, da distância, etc. Depois de percebidas por esta área - área visual primária- estes dados passam para a área visual secundária. É aqui que a informação recebida é comparada com os dados anteriores que permite, por exemplo, identificar um cão, um automóvel, uma caneta. A área visual comunica com outras areas do cérebro que dão significado ao que vemos tendo em conta a nossa experiencia passada, as nossas expetativas. Por isso é que o mesmo objeto nao é percepcionado da mesma forma por diferentes sujeitos. Para além disso, muitas vezes o cérebro é orientado para discriminar estímulos. Uma lesão nesta área provoca agnosia, que consiste na impossibilidade de reconhecer objetos, palavras e, em alguns casos, os rostos de pessoas conhecidas ou de familiares. Lobos temporais Os lobos temporais estão localizados na zona por cima das orelhas tendo como principal função processar os estímulos auditivos. Os sons produzem-se quando a área auditiva primária é estimulada. Tal como nos lobos occipitais, é uma área de associação - área auditiva secundária- que recebe os dados e que, em interacção com outras zonas do cérebro, lhes atribui um significado permitindo ao Homem reconhecer o que ouve. Lobos Parietais Os lobos parietais, localizados na parte superior do cérebro, são constituidos por duas subdivisões - a anterior e a posterior. A zona anterior designa-se por córtex somatossensorial e tem por função possibilitar a recepção de sensações, como o tacto, a dor, a temperatura do corpo. Nesta área primária, que é responsavel por receber os estimulos que têm origem no ambiente, estao representadas todas as áreas do corpo. São as zonas mais sensiveis que ocupam mais espaço nesta área, porque têm mais dados para 38

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interpretar. Os lábios, a língua e a garganta recebem um grande número de estímulos, precisando, por isso, de uma maior área. A área posterior dos lobos parietais é uma área secundária que analisa, interpreta e integra as informações recebidas pela área anterior ou primária, permitindo-nos a localização do nosso corpo no espaço, o reconhecimento dos objectos através do tacto, etc. Área de Wernicke É na zona onde convergem os lobos occipital, temporal e parietal que se localiza a área de Wernicke, que desempenha um papel muito importante na produção de discurso. É esta área que nos permite compreender o que os outros dizem e que nos faculta a possibilidade de organizarmos as palavras sintacticamente correctas. Estudo científico do cérebro O cérebro e as funções cerebrais têm sido estudados cientificamente por diversos ramos do saber. É um projecto pluri-disciplinar. Nasceu assim a neurociência com o objectivo de estudar o funcionamento do Sistema Nervoso, nomeadamente do Sistema Nervoso Central, a partir de uma perspectiva biológica. A psicologia, depois de se ter emancipado da filosofia e de vários conceitos religiosos, tem por objectivo estudar cientificamente o comportamento do indivíduo e como este se relaciona com as estruturas cerebrais. A ciência cognitiva procura estudar as funções cerebrais com objectivo de desenvolver o conceito de "inteligência artificial". Métodos de Observação Pierre Flourens, por volta de 1825, começou as primeiras descobertas relacionadas com funcionamento cerebral. Anatomistas e fisiologistas desenvolveram novos métodos experimentais para intervir directamente no cérebro e observar os resultados destas intervenções sobre o comportamento de animais. Estes métodos eram: • A ablação cirúrgica seletiva de partes do cérebro de animais. • A estimulação eléctrica do cérebro de animais e seres humanos. Os estudos clínicos, ou seja, pacientes com deficiências neurológicas ou mentais tiveram seus cérebros examinados após a sua morte, numa tentativa de identificar com alterações detectáveis no tecido nervoso. A eletrofisiologia, na qual elétrodos são colocados directamente no cérebro, permite aos cientistas registrar a actividade córtex cerebral de neurônios isolados ou grupos de neurônios, mas como requer uma cirurgia invasiva, é uma técnica reservada apenas para cobaias animais. A eletroencefalografia ou EEG, dá-se com a colocação de elétrodos sobre a pele, a fim de se registarem os impulsos nervosos (de natureza electroquímica) gerados por diferentes partes do córtex cerebral. O exame detecta apenas mudanças em larga escala e ocorridas apenas nas camadas mais externas do órgão. Com o aparecimento dos métodos de imagem, a tomografia axial computorizada e da imagem por ressonância magnética, vieram revolucionar o estudo do funcionamento do cérebro e tornar o diagnóstico médico mais rigoroso. A ressonância magnética funciona medindo as mudanças no fluxo de sangue dentro do cérebro, mas a actividade dos neurônios não é diretamente medida, e não pode se distinguir onde a actividade é de inibição ou onde é de excitação. Testes de comportamento podem avaliar sintomas de doenças e o desempenho mental, mas também são medidas indirectas das funções cerebrais e podem não ser práticas em todos os animais. Análises feitas em cadáveres de animais permitem o estudo da anatomia e da distribuição de proteínas no cérebro. 39

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Capítulo 3

PREVISÕES DOS ECONOMISTAS Consertam-se bolas de cristal: As previsões furadas da economia 17 de setembro de Por Eduardo Pocetti Se algum dia alguém vier a publicar nos jornais um anúncio com o título "Consertam-se bolas de cristal", provavelmente a procura será tão grande que o referido artesão não dará conta dos pedidos. Brincadeiras à parte, o fato é que as previsões e estimativas traçadas e divulgadas por especialistas do mercado econômico se aproximam mais do exercício da premunição do que da prática ponderada dos modelos matemáticos. Mais uma vez, a grande maioria desses especialistas foi surpreendida pelos números da economia real, afinal, o PIB brasileiro cresceu 1,9% no segundo trimestre deste ano, quando comparado ao resultado dos primeiros três meses de 2009, segundo aponta o IBGE. Esta é a comprovação de que o Brasil saiu efetivamente da recessão, já que a economia havia recuado por dois trimestres seguidos: -3,4% no último trimestre de 2008; e -1% no primeiro trimestre deste ano, ambos percentuais em relação aos respectivos trimestres imediatamente anteriores. Para quem não apostava na nossa indústria, é também surpreendente perceber que o setor teve evolução de 2,1% nos meses de abril, maio e junho ante os três meses anteriores. Um dos sinais dessa melhora foi o indicador relacionado ao nível de emprego industrial apurado pelo próprio IBGE, que teve em julho a primeira alta depois de nove meses seguidos de retração. Passado um ano da quebra do banco norte-americano de investimentos Lehman Brothers - fato considerado marco do aprofundamento e generalização da crise financeira mundial -, o Brasil demonstra sistematicamente que conseguiu passar por este grave período sem sofrer grandes abalos. Em relação ao panorama global, a economia norte-americana está se estabilizando, após ter deixado para trás o pior momento da crise, segundo avaliação do próprio Fed, o banco central dos Estados Unidos. Atual esteio da economia global, a China tem divulgado dados positivos, tanto sobre a produtividade, quanto em relação ao consumo. E o Brasil deu um salto de oito posições no ranking da competitividade global apurado pelo Fórum Econômico Mundial, passando a ocupar a 56ª posição entre 133 países avaliados, mesmo durante um período de grave crise. Esse cenário mais equilibrado contribui decisivamente para a equalização da economia brasileira. Um dado especialmente positivo após este ano de turbulências é que os juros básicos da economia brasileira estão hoje no menor patamar da história. A oferta de crédito firme e barato é um dos mais importantes fundamentos para garantir o crescimento sustentado de uma economia. 40

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Com uma taxa Selic mais próxima dos juros básicos praticados internacionalmente, além do reforço no crédito oferecido a empresas e pessoas físicas - notadamente pelas instituições financeiras oficiais –, o consumo e os investimentos brasileiros têm sido mantidos em um patamar adequado para o crescimento esperado. Alguns ainda reclamam de que o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, poderia seguir a trajetória de redução dos juros, já que decidiu manter a Selic em 8,75% ao ano neste mês de setembro, interrompendo uma sequência de cinco baixas consecutivas. No entanto, muitos se esquecem de considerar que o conservadorismo do Banco Central ao longo dos últimos anos talvez tenha sido um dos fatores que evitaram o aprofundamento da crise econômica no Brasil. Não é mentira que os juros brasileiros ainda estão muito altos, mas será que vale a pena arriscar baixando mais as taxas neste momento ainda sujeito a instabilidades? A troca brusca entre um movimento de retração por uma tendência de crescimento não é a atitude mais aconselhável diante do cenário atual. Agir com cautela ainda é a melhor alternativa para garantir que a pavimentação do caminho da retomada do crescimento seja sólida e consistente. Além disso, o Brasil tem agido como protagonista de destaque no cenário internacional. Basta prestar atenção ao que a imprensa mundial tem falado de nosso país para perceber que temos adquirido certo destaque do qual não dispúnhamos anteriormente. Isso tem se refletido na capitação de importantes e vultosos recursos externos, basta olhar a tendência de valorização do real frente ao dólar. Por isso, não me constranjo em sugerir àqueles que buscam "surfar" no momento positivo pelo qual passamos: é hora de manter as apostas, mas, claro, sempre com cautela e prudência. Na primeira quinzena de agosto, em artigo publicado pela imprensa, apostava em um crescimento de pelo menos 1% para o PIB brasileiro em 2009. Mesmo mantendo a cautela, agora eu mesmo estou revendo a estimativa anterior, para 1,5%. Ao fim e ao cabo, espero sinceramente que os meus palpites econômicos fiquem aquém dos números reais. Assim, não hesitarei em mandar minha bola de cristal para o conserto. Eduardo Pocetti - sócio-diretor e CEO da BDO Trevisan. PREVISÕES FURADAS Crise mundial derruba cenário traçado por economistas no início do ano 29/12/2008 RIO - O ano de 2008 atropelou as previsões dos economistas com duas grandes crises - primeiro, a dos alimentos, que pressionou a inflação por meses e, depois, a do agravamento de uma tsunami financeira global, que fez disparar o dólar e derrubou o saldo comercial brasileiro. De acordo com reportagem de Bruno Rosa e Patrícia Duarte, publicada na edição desta terça-feira do Globo, uma das projeções mais "furadas" foi a do dólar. A maioria das apostas 41

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feitas ao fim de 2007 previa que a moeda americana ficaria entre R$ 1,80 e R$ 1,90. Na segunda-feira, estava a R$ 2,41 - um erro de 33% no cálculo. Na pesquisa Focus do Banco Central (BC), que ouve semanalmente cerca de 80 instituições financeiras, a primeira projeção feita em 2008 para o dólar em 2009 era de R$ 1,90. Agora, subiu para R$ 2,25. Quanto ao IPCA, a aposta era de que o índice ficaria em 4,3%. Chegou-se a prever que passaria o teto da meta, de 6,5%. Mas ele deve ficar em 6,03%. Para 2009, o cenário não deve ser diferente. Os economistas estão refazendo seus cálculos, mas com extrema cautela e alertando para novas mudanças ao longo dos próximos meses. - O ano de 2008 foi muito difícil para fazer projeções, porque houve muitas incertezas. E para o próximo ano, elas continuam - afirma o economistachefe do Itaú, Tomas Malaga, referindo-se aos futuros efeitos da crise. Jason Vieira, economista-chefe da consultoria UpTrend, ainda não fechou as expectativas para alguns indicadores no ano que vem. - Para 2009, a grande dúvida é o que vai acontecer nos EUA. É difícil entender também como o BC vai reagir ao cenário para decidir a trajetória de juros - diz Vieira. Há dúvidas também sobre a taxa básica Selic, cujas projeções vão de 11% a 13,25% ao ano. Leia a reportagem completa no Globo Digital (somente para assinantes) Previsões furadas 9 de dezembro de 2009 Os anos 00 começaram com uma forte candidata a ‘previsão furada da década’: o bug do milênio. Era o apocalipse, que incluiria corridas aos bancos e acidentes nucleares nos Leste Europeu. No fim, não passou de falhas pequenas, localizadas. Na Suécia, um hospital teve problemas com um eletrocardiograma. Na Coreia do Sul, o sistema de calefação foi afetado. E por aí foi. Furada. De lá para cá, foram muitas mais as previsões furadas. Bush sozinho cuidou de várias. Por exemplo: ‘O Taleban é história’; ‘os Estados Unidos vão capturar Osama bin Laden vivo ou morto’. E mais esta, meses antes de estourar a maior crise econômica desde a Grande Depressão: ‘O mercado está em processo de auto-regulação’. Sobre esta última, porém, é preciso ressalvar que Bush não errou sozinho. A crise econômica envergonhou quase todos os oráculos e derrubou o maior deles, Alan Greenspan, que em outubro de 2007 dizia o seguinte: ‘O pior já passou’. A crise econômica, por sua magnitude e amplidão, foi objeto de todo tipo previsão. Era o fim do liberalismo. Era o triunfo do Estado. Era o ocaso dos Estados Unidos. E aqui no Brasil, vimos Lula assumindo enorme risco ao predizer que, para o Brasil, tudo não passaria de uma ‘marolinha’. Tinha todo o jeitão de previsão furada. Mas era um bom palpite – ou um chute assustador, como queiram. De qualquer forma Lula também tem a sua cota de previsões furadas. Podemos lembrar, por exemplo, a estranha declaração que deu sobre o mensalão, em que creditava o escândalo a um certo ‘folclore do Congresso’. O que nos leva a uma previsão furada mais, digamos, estrutural: de que seu governo promoveria uma ‘revolução moral e ética’ na política brasileira. Consta que Lula descobriu ser necessário negociar com Judas, conforme declaração bem mais recente. Para parte da torcida, foi um gol contra, para 42

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usar uma metáfora ao gosto do presidente. E falando de futebol, nos anos 00 o Brasil conquistou uma e perdeu outra Copa do Mundo. Ganhou em 2002, quando muita gente dava por certa a derrota. E perdeu em 2006, quando muita gente… bom, quando muita gente dava por certa a derrota também. Má vontade? Talvez. O que pode estar por trás disso é mais uma previsão furada: a de que Ronaldo estava ou está acabado. É uma previsão que vem sendo reeditada ao longo da década. Em 2008, coube a Pelé fazer a sua: 1) Ronaldo não volta a jogar ‘no mesmo nível’; e 2) Ronaldo terá de perder ‘muito peso’. Alguns prognósticos são hilários de tão furados. Como este livro do comentarista conservador Shelby Steele, de 2007: ‘Por que estamos empolgados com Obama e por que ele não conseguirá vencer’. Ou mais essa do Bush, em 2008: ‘Não sou economista, mas acredito que estamos crescendo’. Ou essa de Bernard Madoff, antes de se revelar um dos maiores fraudadores da história americana: ‘No atual ambiente regulador, é praticamente impossível violar as regras’. E ainda: O acelerador de partículas LHC, na Suíça, iria acabar com o mundo. O Iraque teria um arsenal de armas de destruição em massa. O Tietê seria navegável, limpo e não só iria transbordar uma vez a cada 100 anos. O IPod seria uma fracasso. Os spams seriam história. E etc. Tem furo para todos os gostos. Quer comentar? Quer indicar outras previsões furadas? Use a área de comentários. Semana que vem a gente fecha essa fase das indicações e abre a votação. FRASES E PIADAS Alan Henriques “A Primeira Lei dos Economistas: para cada economista, existe um economista igual e oposto. A Segunda Lei dos Economistas: ambos estão errados.” "Moeda é uma instituição. Como a Igreja, o Estado, o casamento. Ninguém diz que uma instituição faliu porque existe uma ''quantidade excessiva' de instituição. O casamento está em crise, mas não porque existem muitos casamentos. Mesma coisa para a moeda: está em crise, mas não porque existe muita moeda ou porque o Banco Central não é independente, ou por causa do déficit público. Infelizmente, o problema não é tão simples Instituição não depende de quantidade. (João Sayad) “ Um economista é um sujeito que sabe o preço de tudo, mas não sabe o valor de nada" "Economia é a penosa elaboração do óbvio" "Se Ter uma pequena inflação é como se Ter uma pequena gravidez – ela rapidamente deixa de ser pequena" " Não existe almoço grátis no capitalismo" ( Milton Friedman) " A única vez que o pobre encara o rico de cima para baixo no capitalismo, é em um ônibus lotado" (Anônimo) " O pobre gasta o que ganha, o rico ganha o que gasta" ( Kalecki) 43

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"Qual é a diferença entre contador e um economista? Custo de oportunidade" " Em alguns países, há pequenos grupos radicais que se recusam a falar a língua a língua oficial e a maioria dos cidadãos não pode entendê-los. Eles são chamados separatistas. No nosso país, temos o mesmo tipo de grupo. Eles são chamados economistas." "Um economista é aquele que vê alguém trabalhando na prática e pergunta se ele não poderia trabalhar teoricamente" ( Marcos José Rodrigues Torres) " A coisa que eu mais gostaria de Ter tido em minha administração, era um economista de um lado só" Herbert Clark Hoover 31o presidente dos Estados Unidos " O objetivo de concitar o povo a poupar destina-se a criar a capacidade de criar casas, estradas e assim por diante. Portanto, uma política destinada a reduzir a taxa de juros pela suspensão de novos acréscimos ao estoque de capital, e, pois, pela contenção das oportunidades e dos propósitos de aplicação de nossas poupanças, é simplesmente suicida" John Maynard Keynes em Inflação e deflação. " O principal objetivo de minha administração é alcançar a taxa mais alta possível de crescimento econômico ... O crescimento econômico é o segredo da elevação dos padrões de vida, do legado de prosperidade que queremos deixar para nossos filhos, da melhoria das condições de existência dos mais necessitados e a base de sustentação da América no mundo. George Bush 41o presidente dos Estados Unidos " Se uma sociedade livre não pode ajudar o grande número de pobres, também não pode salvar o pequeno número de ricos" John F Kennedy 35o presidente dos Estados Unidos "Nenhuma nação jamais foi arruinada pelo comércio" Benjamin Franklin "A ciência é um parasita: quanto maior a população de pacientes, maiores os avanços na fisiologia e na patologia; e da patologia surge a terapia. O ano de 1932 marcou o fundo do poço da grande depressão, e desse solo apodrecido surgiu uma nova disciplina que hoje chamamos de macroeconomia" Paul Samuelson "Há sempre uma opção de troca temporária entre inflação e desemprego, não há opção permanente.A opção temporária não decorre da inflação de per si mas da inflação não antecipada, o que, em geral, significa de uma taxa de inflação crescente" Milton Friedman "A coisa mais difícil de entender em minha vida, não foi a teoria do átomo, mais o imposto de renda" Albert Einstein " A teoria econômica não oferece um corpo de conclusões estáveis imediatamente aplicável à formulação de políticas públicas. É um método, mais do que uma doutrina, um aparato da mente que ajuda seu possuidor a 44

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alcançar conclusões corretas" John Maynard Keynes

Frases de Economia "Somos ainda uma economia muito vulnerável. Temos ainda problemas sérios. Por isso, não podemos brincar nessa parte, para que a gente não tenha um retrocesso. " ( Luis Inácio Lula da Silva ) "Sem economia ninguém pode ser rico; e com ela poucos serão pobres." ( Samuel Johnson ) "Quando a economia capitalista entra em colapso e a classe trabalhadora marcha para o poder, então os capitalista se voltam para o fascismo como a saída. Mas o fascismo não pode resolver seu problema, porque nele, do ponto de vista econômico, nada se modifica. Na economia fascista, como na economia capitalista, a propriedade privada dos meios de produção e o lucro são básicos." ( Leo Huberman ) "O que caracteriza a economia política burguesa é que ela vê na ordem capitalista não uma fase transitória do progresso histórico, mas a forma absoluta e definitiva da produção social. " ( Karl Marx ) "O economês a gente aprende na escola. Mas se não tomar cuidado, o economista acabará falando, escrevendo e pensando em economês para o resto da vida. Mesmo porque, o economês é uma varinha mágica. Aplicado com método, pode dar resposta a qualquer problema do vasto mundo da economia." ( Joelmir Beting ) "Nós a chamamos de economia política porque não é nem economia, nem política. " ( Stephen Butler Leacock ) "Não creio que vocês possam desafiar as regras da economia global mais do que eu poderia desafiar a lei da gravidade. " ( Bill Clinton ) "Não basta a economia crescer. Com os avanços tecnológicos no mundo, muitas vezes uma empresa aumenta sua produtividade, sua rentabilidade e não gera um posto de trabalho." ( Luis Inácio Lula da Silva ) "Em matéria de economia política, o Brasil ainda está na era de Adam Smith, de Ricardo e de List, para só citar os clássicos. É por isto que reina entre nós a preocupação das indústrias chamadas fictícias e é por este motivo que a juta dá margem a intermináveis debates nem sempre escoimados de paixão, mas invariavelmente eivados de ignorância." ( Edgard Carone ) "Em economia, é fácil explicar o passado. Mais fácil ainda é predizer o futuro. Difícil é entender o presente." ( Joelmir Beting ) "Economia: aquisição do barril de uísque de que não precisamos pelo preço da carne de vaca que não nos podemos dar ao luxo de comprar." ( Ambrose Bierce ) "Economia significa ficar sem alguma coisa que se deseja intensamente, caso um dia se venha a querer algo de que provavelmente não se terá necessidade." 45

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( Anthony Hope ) "Economia freqüentemente não tem relação com o total de dinheiro gasto, mas com a sabedoria empregada ao gastá-lo." ( Henry Ford ) "É judiciosa a economia de palavras, tempo e dinheiro." ( Marquês de Maricá ) "Aconselhar economia ao pobre é grotesco e insultante. É como aconselhar que coma menos quem está morrendo de fome." ( Oscar Wilde ) "A visão do governo sobre a economia poderia ser resumida em umas poucas frases curtas: Se ela se movimenta, taxe-a. Se ela continua se movimentando, regule-a. E se ela para de se mover, subsidie-a." ( Ronald Reagan ) "A gestão da economia tem apenas dois problemas: quando as políticas fracassam e quando as medidas funcionam." ( Joelmir Beting ) "A economia, que é uma virtude, é uma necessidade na pobreza, um ato de juízo na mediania, e na opulência um vício." ( Bernard Fontenelle ) "A economia, quando se apura muito, transforma-se em avareza." ( Marquês de Maricá ) "A economia só será viável se for humana, para o homem e pelo homem." ( Papa João Paulo II ) "A economia significa o poder de repelir o supérfluo no presente, com o fim de assegurar um bem futuro e sobre este aspecto representa o domínio da razão sobre o instinto animal." ( Thomas Wittlam Atkinson ) "A economia por si só é uma grande fonte de receitas. " ( Sêneca ) "A economia não lida com coisas e objetos materiais tangíveis, trata dos homens, suas ações e propósitos." ( Ludwig von Mises ) "A economia é uma virtude distributiva e consiste não em poupar mas em escolher." ( Edmund Burke ) "A economia é poética, porque é criadora; a dissipação não, porque é destruidora." ( G. K. Chesterton ) "A economia é para o homem o que é a castidade para a mulher." ( Ed Howe ) "A economia é extremamente útil como forma de emprego para os economistas." ( John Kenneth Galbraith ) "A economia é companheira inseparável da probidade." ( Marquês de Maricá ) "A economia do tempo é menos vulgar e mais importante que a do dinheiro." ( Marquês de Maricá ) "A economia da educação torna-se refém da tecnologia da informação. De intensiva de trabalho, a escola passará a intensiva de capital. " ( Peter Drucker ) "A economia consiste em saber gastar e a poupança em saber guardar." 46

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( Orison Swett Marden ) "A economia compreende todas as atividades do país, mas nenhuma atividade do país compreende a economia." ( Millôr Fernandes ) "A economia com o trabalho é uma preciosa mina de ouro." ( Marquês de Maricá ) "A economia atual não é apenas uma arte de estabelecer empresas lucrativas, mas uma ciência capaz de ensinar os métodos de promover uma melhor distribuição do bem-estar coletivo. " ( Josué de Castro ) "A economia americana cresceu não evoluindo, mas levando aos seus limites seu estilo básico de produção, volumes cada vez maiores de produtos padronizados a custos unitários sempre menores. Isto não requeria uma aliança autêntica, mas, quando muito, uma trégua, entre as culturas empresarial e cívica." ( Robert Bernard Reich ) "O consumo é a única finalidade e o único propósito de toda produção." ( Adam Smith )

Capítulo 7

Energia livre de Gibbs Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Em Termodinâmica, a energia livre de Gibbs é um potencial termodinâmico que mede o trabalho “útil” que se obtém num sistema isotérmico e isobárico. Quando um sistema se desenvolve de um estado bem definido para outro estado bem definido, a energia livre de Gibbs (ΔG) é igual ao trabalho trocado entre o sistema e o meio envolvente menos o trabalho das forças de pressão durante uma transformação reversível do mesmo estado inicial para o mesmo estado final.[1] A energia livre foi desenvolvida na década de 1870 pelo físico e matemático Willard Gibbs. Definições A energia de Gibbs em sistemas fechados é definida como: Em unidades SI, G é definido em joules, H (entalpia) também em joules, T (temperatura) em Kelvin, S (entropia) em joules por Kelvin, V (volume) em metros cúbicos e P (pressão) em Pascal. Cada quantidade nas equações pode ser dividida pela quantidade de material (mol) para formar a energia de Gibbs molar. A energia de Gibbs pode ser um fator determinante no cálculo de outras grandezas, como a voltagem de uma célula eletroquímica e a constante de equilíbrio de uma [[reação reversível] Sinónimos A energia livre de Gibbs pode ser chamada de energia de Gibbs, função de energia livre de Gibbs, energia livre, entalpia livre, potencial termodinâmico a pressão constante entre outros. Referências 1. ↑ Perrot, Pierre (1998). A to Z of Thermodynamics. Oxford University Press. ISBN 0-19-856552-6. Josiah Willard Gibbs (Físico-matemático e químico ) 1839 - 1903 Físico-matemático e químico norte-americano nascido em New Haven, Connecticut, considerado um dos maiores gênios da ciência norte-americana, 47

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de grande influência no desenvolvimento da álgebra de vetores no espaço tridimensional e notável em eletromagnetismo e termodinâmica. Filho único (mais quatro irmãs) de Josiah Willard Gibbs, um professor de literatura sagrada na Universidade de Yale, mais conhecido por sua intervenção no episódio dos escravos amotinados no navio Amistad (1839), quando arranjou tradutores para os amotinados e, corajosamente, deu seu testemunho em defesa deles. Educado na Hopkins Grammar School, foi descrito como amigável mas retraído, de saúde delicada e pouco envolvido com a vida social da escola. Entrou para o Yale College (1854) onde ganhou honras em latim e matemática. Após diplomado (1857) permaneceu na faculdade e começou a empreender pesquisas na engenharia, até que escreveu uma tese em que usou métodos geométricos para estudar o projeto de engrenagens. No começo da guerra civil americana (1861) morreram seu pai e sua mãe, porém restou-lhe uma pequena fortuna e as quatro irmãs. Por sua tese anterior foilhe concedido um doutorado (1863), o primeiro em projeto de engenharia a ser conferido nos Estados Unidos. Foi tutor em Yale por três anos, ensinando o latim nos primeiros dois anos e filosofia natural no terceiro. Quando a guerra terminou, foi para a Europa e lá permaneceu três anos (1866-1869), sendo cada ano nas Universidades de Paris (1866-1867), Berlim (1867-1868), e Heidelberg (1868-1869), estudando basicamente matemática e física com talentosos cientistas europeus como Gustave Robert Kirchhoff (1824-1887) e Hermann Ludwig F. von Helmholtz (1821-1894). Entretanto, ao retornar ao seu país, uma das razões de sua genialidade ser reconhecida lentamente, foi o fato de se comportar mais como um europeu do que um cientista de espírito americano. Celibatário, na volta aos Estados Unidos, tornou a morar com duas das irmãs e suas famílias na casa do pai, em Hartford. Assumiu (1871) como professor sem remuneração de física-matemática em Yale University, enquanto ensinava em outras escolas para se manter. Publicou seus primeiros e grandes papers, Graphical Methods in the Thermodynamics of Fluids e A Method of Geometrical Representation of the Thermodynamic Properties of Substances by Means of Surfaces (1873), um estudo de um método de representação geométrica das propriedades termodinâmicas das substâncias por meio de superfícies, no qual começou a revelar sua genialidade na físico-química e termodinâmica dos fluidos para ao resto do mundo, com a fórmula a qual o tornou mais famoso: dU = T dS - P dV. Publicou ainda fundamentais papers, em duas partes, sobre equilíbrio de substâncias heterogêneas On the Equilibrium of Heterogeneous Substances (1876/1878), obra que fundou um novo ramo da Química, onde introduziu na termodinâmica os conceitos de variáveis extensivas, tais como a energia interna e a entropia, para a caracterização dos estados de equilíbrio de um sistema. Após uma oferta de um salário generoso pela John Hopkins University (1880), Yale resolveu pagá-lo para não perdê-lo e ele, mesmo ganhando menos, aceitou permanecer. Concebeu o enquadramento por essas variáveis de um espaço afim, conhecido como espaço de Gibbs. Seus estudos teóricos sobre sobre Termodinâmica, expostos em Vector analysis (1881), foram de suma importância para o desenvolvimento de estudos sobre o comportamento dos fluidos e a transferência de calor, em bases científicas. Produziu notas de aulas para seus próprios alunos (1881/1884) em assuntos diversos como análise vetorial, física, astronomia, mecânica, estatística, teoria do quantum etc, organizadas e publicadas posteriormente por seus discípulos (1901). Publicou uma série de cinco papers sobre a teoria eletromagnética da luz (1882-1889). Também estabeleceu a relação entre as 48

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variáveis intensivas que caracterizam um sistema, representada por uma equação diferencial, e as fórmulas que permitem determinar o valor da afinidade química nas reações isotérmicas ou nas isobáricas. Desenvolveu a formulação teórica da física-química e conduziu pesquisas em óptica. Nesta direção seu grande trabalho foi Elementary Principles in Statistical Mechanics, sobre mecânica estatística, fornecendo uma estrutura matemática para a teoria do quantum e para a teoria eletromagnética de James Clerk Maxwell (1831-1879). Embora sua genialidade tenha sido respeitada publicamente por muitos cientistas, inclusive Albert Einstein (1879-1955), seus escritos não eram fáceis de se entender por serem muitos resumidos na descrição e tratados com profundas demonstrações matemáticas, parecendo não apresentar muitas motivações para explicações sobre esses trabalhos. Morreu (1903) em casa, sem nunca ter se casado e, a exceção de seus três anos na Europa, passou toda sua vida na mesma casa que seu pai tinha construído, próxima a escola e a faculdade em que estudou, e dedicando-se ao Yale College, onde sempre trabalhou. Sua maior honraria em vida foi ser agraciado com a Copley Medal (1901) pelas suas realizações científicas. Gibbs, Josiah Willard (1839-1903) Renato Galvão da Silveira Mussi - RA 931565 Notável físico-matemático americano, Josiah Willard Gibbs contribuiu enormemente no desenvolvimento de estudos teóricos sobre termodinâmica, estabelecendo em bases científicas as noções a respeito do comportamento dos fluidos e da transferência de calor, estabelecendo a conexão da termodinâmica com a química, e assentando as bases definitivas da físicoquímica. Introduzindo na Termodinâmica um novo parâmetro, representado por variáveis extensivas tais como energia interna e entropia para caracterização dos estados de equilíbrio de um sistema, concebeu o enquadramento por essas variáveis de um espaço afim, conhecido como Espaço de Gibbs. Devem-se-lhe ainda o estabelecimento da relação existente entre as variáveis intensivas que caracterizam um sistema, representado por uma equação diferencial e as fórmulas que permitem determinar o valor da afinidade química nas reações isotérmicas ou nas isobáricas. Autor também de toda uma nova teoria para tratamento gráfico de problemas, fundou uma nova área da Química, além de publicar alguns artigos na área da teoria eletromagnética e contribuir também com um livro sobre Mecânica Estatística. Este trabalho tenta mostrar um pouco mais detalhadamente o que foi a vida deste homem, e tem a pretensão de levar ao conhecimento do leitor as grandes contribuições científicas por ele realizadas. Dados Biográficos Nascido em New Haven, estado de Connecticut, no dia 11 de fevereiro de 1.839, Josiah Willard Gibbs foi o único homem entre os cinco filhos de Josiah Willard Gibbs,um notável filologista graduado pela universidade de Yale, e onde foi professor de literatura sagrada até a morte,.que tinha por esposa Mary Anna Van Cleve Gibbs. O jovem Gibbs cresceu em New Haven onde graduou-se pela faculdade de Yale em 1.858, tendo ganho muitos prêmios tanto em latim quanto em matemática. Gibbs continuou em Yale como estudante de engenharia, na nova escola de graduação e em 1.863 recebeu um dos primeiros certificados 49

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de Ph.D dos Estados Unidos da América. Depois de servir como tutor na Faculdade de Yale por três anos, dando instruções elementares em Latim e filosofia natural, Gibbs deixou New Haven para estudar na Europa. Neste momento, tanto seus pais como duas de suas irmãs já haviam morrido, e Gibbs viajou com suas outras duas irmãs ainda vivas. Todo o tempo que Gibbs passou na Europa: 2 anos em Paris, 1 ano em Berlim e 1 ano em Heidelberg, ele fez estudos e leituras nas áreas de física e matemática, que junto a sua formação de engenheiro proporcionaram a base cultural para a sua posterior carreira. Após voltar para New Haven em junho de 1.869, Gibbs só deixou sua cidade natal para eventuais jornadas de estudos, para participar de Congressos ou para suas costumeiras férias de verão no Norte de New England. Gibbs nunca se casou e viveu toda sua vida na casa em que cresceu, a menos de uma quadra da Faculdade de Yale, com suas irmãs. Em julho de 1.871, dois anos antes de publicar sua primeira nota científica, Gibbs foi apontado professor de física matemática de Yale. Ele assumiu o cargo sem receber salário nos primeiros nove anos, vivendo apenas de rendimentos. Foi durante este tempo que ele escreveu suas anotações em termodinâmica, as quais foram suas maiores contribuições para a ciência. Gibbs não teve problemas com o declínio de seus recebimentos da Faculdade de Bowdoin, mas estava relativamente sem dinheiro para deixar Yale quando foi convidado pela Universidade de Johns Hopkins em Baltimore para juntarse a eles. E foi só então que Yale passou a pagar um salário a Gibbs, apesar de ser apenas dois terços do que Johns Hopkins havia lhe oferecido. Gibbs permaneceu em Yale e continuou lecionando até sua morte, depois de uma forte gripe na primavera (Abril) de 1903. Contribuições Científicas A primeira publicação de Gibbs só surgiu após seus 34 anos, e demonstra seu conhecimento único em termodinâmica. Se existe algum sinal do grande poder intelectual precoce de Gibbs, ele pode ser encontrado nos seus trabalhos na área de engenharia, como na sua tese de doutorado, que mostra a sua incomum habilidade geométrica e sua preferência por justificativas geométricas aos métodos analíticos em seus trabalhos. O estilo de seus trabalhos mostra sempre a mesma austeridade e extrema economia no uso das palavras, o que dificultou a leitura de suas anotações posteriormente. Gibbs realizou muitos trabalhos importantes em engenharia, e foi a partir de um deles que se originou o seu primeiro contato com a termodinâmica. Depois de ter voltado da Europa, Gibbs projetou uma nova forma para um condutor de vapor de Watt, que não obteve maior sucesso, mas os problemas encontrados com relação ao equilíbrio dinâmico e estabilidade deste mecanismo em particular, provocaram o começo dos relatos destas questões e que viriam a ser respondidos para sistemas termodinâmicos mais gerais. Quando Gibbs teve seu interesse despertado pela termodinâmica, em 1870, esta ciência já tinha atingido um certo grau de maturidade, pois haviam na mesma época vários estudos direcionados para esta área, partindo de vários cientistas importantes como Rudolf Clausius, William Thompson, Carnot, e outros. As maiores discussões desta área giravam em torno da questão sobre quantos e quais os postulados necessários para toda a formulação das teorias básicas 50

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para a termodinâmica. Rudolf Clausius foi quem, em 1850, deu um passo essencial quando argumentou serem necessárias duas leis ao invés de apenas uma como base para a teoria de calor. Um ano antes somente, William Thompson havia escrito sobre a "questão de grande perplexidade" e as inúmeras e insuperáveis dificuldades associadas à escolha do axioma correto para a teoria. Deveria ser usada a teoria de Carnot (em que o calor deve passar de um corpo quente para um corpo frio quando trabalho é realizado num processo cíclico), mesmo sabendo que estes resultados pareciam depender no seu uso da teoria calórica do calor; ou deveria ser aceita a inconvertibilidade do calor em trabalho, mesmo que os novos experimentos de James Joule evidenciassem claramente favorecer a teoria mecânica do calor? Clausius mostrou que, desprezando a aparente necessidade de se escolher uma ou outra lei, ambas eram necessárias e ambas poderiam ser mantidas sem contradição. Assim, com algumas mudanças no axioma de Carnot, Clausius desenvolveu uma termodinâmica começando tanto com a equivalência entre trabalho e calor, como com o novo axioma. Estas duas novas leis também foram desenvolvidas em formas diferentes por Thompson, que tentou fazer aplicação delas em problemas que incluíam termoeletricidade. Clausius tentou tanto quanto pode encontrar a essência da segunda lei da termodinâmica, desde que sentiu-se incapaz de "reorganizar..., com suficiente clareza, a real natureza do teorema". Esta procura chegou finalmente em 1865 à sua mais concisa e mais completa forma para as duas leis, a formulação que Gibbs usou mais tarde como base para seu maior trabalho: " A energia do universo é constante. A entropia do universo tende a um máximo". As duas leis da termodinâmica definiam respectivamente a energia interna e a entropia, as quais são funções de estado do sistema. A importância do conhecimento do conceito de entropia não era evidente para os contemporâneos de Clausius até a publicação de sua anotações em 1865, que ele considerou ser um resumo dos conceitos, e que o significado físico da segunda lei estava bem expresso em função da desagregação, conceito que ele interpretou mecanicamente. Muitos outros trabalhos da época usavam a palavra entropia mas com significados diferentes e criou-se uma certa confusão em torno de como estabelecer definitivamente esta questão. Primeira Publicação em Termodinâmica Foi exatamente no contexto exibido acima que a primeira publicação científica de Gibbs, "Métodos Gráficos na Termodinâmica de Fluidos", apareceu em 1873, onde o autor assume que a entropia é um dos conceitos essenciais a serem usados no tratamento de um sistema termodinâmico, assim como a energia, temperatura, pressão e volume. E combinando as três equações dadas acima obteve: dU = TdS - PdV, uma relação que contém somente as variáveis de estado do sistema, e a dependência do processo do trabalho e do calor foi eliminada, e a qual Gibbs chamou de equação fundamental pois representa a energia interna do sistema em função da entropia e do volume. Neste primeiro trabalho Gibbs limitou-se a discutir o que podia ser feito com representações geométricas de relações termodinâmicas em duas dimensões. Na época já era usado o diagrama de James Watt que representava a pressão 51

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e o volume nos eixos dos gráficos, desde 1834. Mas Gibbs mostrou como as representações de outras variáveis nos eixos poderiam ser mais úteis conforme o caso abordado, como por exemplo o diagrama temperaturaentropia, para processos cíclicos. Gibbs também discutiu neste primeiro trabalho a melhor afinidade do diagrama volume-entropia para considerações gerais em termodinâmica, mostrando também como a interrelação entre as curvas descrevendo, respectivamente estados de igual pressão, temperatura, energia, e entropia era independente de como os diagramas fossem contruídos e resultantes diretamente de estabilidade de estados de equilíbrio. Segunda Publicação em Termodinâmica Em seu segundo trabalho publicado, em 1873, Gibbs estende sua discussão geométrica para três dimensões analisando as propriedades da superfície que representa a equação termodinâmica fundamental de uma substância pura. As relações termodinâmicas poderiam ser mais claramente observadas construindo-se a superfície usando entropia, energia e volume em cada um dos três eixos coordenados. Gibbs apontou que, em conseqüência da equação fundamental, a temperatura e a pressão do corpo em qualquer estado era determinado pelo plano tangente à superfície no ponto correspondente. Gibbs mostrou como usar a superfície termodinâmica para discutir a coexistência de várias fases de uma substância pura e a estabilidade destes estados sob dadas condições de temperatura e pressão. E algo de particular interesse foi o ponto crítico, estado em que líquido e gás tornam-se idênticos, um fenômeno descoberto por Thomas Andrews alguns anos antes, experimentalmente. As primeiras discussões de Gibbs eram publicadas num tipo de jornal de circulação restrita, mas não encontrou leitores potenciais para os mesmos, então mandou cópias para pessoas que ele julgou capazes de os entenderem, como Maxwell, que logo aceitou as definições dadas por Gibbs para entropia, incluindo-as em seu trabalho. Maxwell ficou entusiasmado com o trabalho de Gibbs, e logo passou a divulgá-lo, fazendo até uma superfície termodinâmica para a água e começou uma generalização para misturas heterogêneas, a qual se tornou inútil quando recebeu os novos trabalhos de Gibbs que já continham esta discussão pronta. Terceira Publicação em Termodinâmica No trabalho "Sobre Equilíbrio de Substâncias Heterogêneas", Gibbs dá sua maior contribuição para a termodinâmica, onde ele estende os domínios a serem estudados incluindo os problemas fenômenos químicos, elásticos, superficiais, eletromagnéticos e eletroquímicos num sistema simples. A idéia básica desta nova discussão vem dos seus trabalhos anteriores, onde Gibbs dá atenção às propriedades que caracterizem os estados de equilíbrio de sistemas simples para transformações de calor em trabalho e vice-versa, em tipos particulares de processos. Sobre este trabalho o próprio Gibbs escreveu o seguinte: "É uma dedução naturalmente sugerida pelo aumento geral de entropia que acompanha as mudanças ocorridas em qualquer sistema material isolado, que quando a entropia é levada a um máximo valor, o sistema estará em 52

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equilíbrio. Embora este princípio tenha tido atenção dos físicos quanto a seu significado, sua importância parece não ter sido devidamente apreciada. Pouco tem sido feito para desenvolver o princípio como um fundamento para a teoria geral de equilíbrio termodinâmico." Gibbs formulou os critérios para equilíbrio termodinâmico em dois caminhos alternativos: um em que dizia que a variação da entropia de um sistema isolado em equilíbrio sem alteração de sua energia deve ser nula ou negativa, e outra forma em que troca as palavras entropia, energia e negativa por energia, entropia e positiva respectivamente. Isto mostrou que o equilíbrio termodinâmico era uma generalização do equilíbrio mecânico, caracterizado pela mínima energia em certas condições. Assim estes critérios puderam ser trabalhados para expressar a energia como função de variáveis de propriedade e Gibbs teve, como maior aplicação deste resultado, problemas de equilíbrios químicos, o que teve importância reconhecida para a química posteriormente. O caso mais simples do desenvolvimento de Gibbs acima citado é para aquele de fase homogênea, um líquido ou um gás por exemplo, contendo n espécies químicas independentes S1,...,Sn com massas m1,...,mn que podem variar. Gibbs também mostrou como obter as condições específicas de equilíbrio quando reações químicas pudessem ocorrer num sistema, sem se restringir a componentes químicos independentes, mas considerando todas as espécies químicas relevantes. A condição de que a energia tem um mínimo e não só um valor estacionário no equilíbrio era usada por Gibbs para explorar a estabilidade dos estados de equilíbrio. Esta estabilidade depende da segunda lei da termodinâmica e manifesta o sinal de certas propriedades de toda substância. A capacidade térmica por exemplo, deve ser positiva, e a derivada isotérmica da pressão com respeito ao volume deve ser negativa para qualquer substância. O aspecto mais interessante das investigações de Gibbs era sua teoria das fases críticas, aquelas situações onde a distinção entre fases coexistentes termina e a estabilidade é de ordem menor que a usualmente encontrada. Os trabalhos de Gibbs mostram também como a teoria geral do equilíbrio termodinâmico pode ser aplicada aos fenômenos mais variados tal como a dissolução de um cristal num líquido, a dependência da temperatura da força eletromotriz de uma célula eletroquímica, e o calor absorvido quando a área de descontinuidade entre dois fluidos é aumentada. Mas mais importante que os resultados particulares por ele obtidos foi sua introdução de métodos gerais e conceitos com que todas as aplicações da termodinâmica podem ser analisadas. Esta foi a última grande contribuição de Gibbs para a termodinâmica, que limitou-se apenas a desenvolver algumas aplicações específicas de seus trabalhos, os quais foram amplamente difundidos na Inglaterra por Maxwell, e após certa resistência também obtiveram atenção na Alemanha. Apesar das várias sugestões, Gibbs recusou-se a fazer versões menos complicadas e didáticas de seu trabalhos, considerados de leitura extremamente difícil. Outras Publicações de Gibbs em Diversas Áreas Durante o ano de 1880 Gibbs concentrou-se no estudo das teorias óptica e eletromagnética da luz de Maxwell, as quais ele leu em Yale, e fez algumas publicações sobre dupla refração e dispersão, ou seja, sobre o 53

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comportamento da luz ao passar por um meio material. O tratamento de Gibbs deste assunto teve aspecto interessante na medida que ele comentou a necessidade da análise dos efeitos de irregularidades locais da distribuição elétrica devido à constituição atômica do meio, descobrindo isto através de hipóteses de vários tipos, encontrando a dependência da frequência da constante dielétrica, e isto tudo ele fez anteriormente à teoria de elétrons de Lorentz. Mais tarde Gibbs faz publicações defendendo a teoria eletromagnética de Maxwell contra a nova versão de teorias puramente mecânicas, argumentando que a teoria de Maxwell não precisava inventar as inúmeras hipóteses usadas nesta nova teoria, referindo-se às hipóteses artificiais quanto a forças internas da mesma. Outra contribuição de Gibbs foi na área da eletricidade e magnetismo, onde ele, para simplificar a explicação dos conceitos deste assunto, que possuia uma notação quaternária criada por Maxwell, resolveu fazer este estudo através de uma análise vetorial, a qual restringiu-se até 1901 a notas de aula para seus alunos em Yale, vindo a tornar-se uma publicação graças à preparação de um livro texto por um aluno seu, Edwin B. Wilson. Gibbs entrou em várias discussões através de artigos com relação à questão das notações a serem utilizadas para tratamento desta teoria. Outra publicação importante de Gibbs foi na área de mecânica estatística com o livro "Princípios Elementares em Mecânica Estatística Desenvolvido com Referência Especial para Fundamentos Racionais em Termodinâmica". O autor pensou com este livro oferecer um estudo mais geral sobre mecânica estatística que aquele feito por Boltzmann e Maxwell. Neste trabalho Gibbs faz uso do conceito do que ele chama de grupo("ensemble") que é um grande número de réplicas do sistema físico de interesse - que pode ser de uma mólecula a uma amostra de gás ou líquido - e que são idênticas na estrutura mas diferem nas coordenadas e momento, e um grupo é caracterizado por uma densidade probabilística (provável) p, onde pdq1 ... dqn dp1 ... dpn é o número fracionário de sistemas no grupo com as coordenadas {qj} e momento {pj} que estão nos intervalos {qj,qj+dqj} e {pj,pj+dpj}, respectivamente, no tempo t. Assim, o ponto de fase representando qualquer sistema individual move-se com o tempo, e a provável densidade p em qualquer ponto do espaço bidimensional varia no caminho determinado pela equação mecânica de movimento do sistema. Se o comportamento médio de sistema no grupo fosse descrever o comportamento do sistema físico atual, então um sistema físico em equilíbrio seria descrito por um grupo estacionário, com densidade provável ( constante no tempo. Gibbs analisou vários "ensembles" estacionários, mas encontrou um que chamou de canônico por ter maior aplicação. Gibbs mostrou que a energia de cada grupo tem uma distribuição de vários picos, se o sistema tem muitos graus de liberdade: somente uma pequena fração dos sistemas nos grupos canônicos têm energias consideravelmente diferentes da média. O tema principal deste livro de Gibbs é a analogia entre o comportamento médio de um grupo canônico e o comportamento de um sistema físico obedecendo às leis da termodinâmica. Quando esta analogia é trabalhada, o módulo ( da distribuição canônica é proporcional à temperatura absoluta, com uma constante de proporcionalidade universal k. Gibbs estava ciente das falhas existentes em sua mecânica estatística. Ele supôs um "fundamento racional" para a termodinâmica em mecânica estatística para estender aqueles sistemas termodinâmicos que poderiam ser 54

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tratados como se fossem sistemas mecânicos conservativos com um número finito de graus de liberdade. Ele não pôde incorporar o fenômeno da radiação que era de grande interesse na virada do século, nem pôde superar a dificuldade relativa ao teorema da repartição igual de energia. Por estas razões ele negou qualquer tentativa de "explicar os mistérios da natureza" e colocou seu trabalho como o "ramo estatístico da mecânica racional". Ele estava insatisfeito também com o esforço que havia feito para explicar a irreversibilidade na natureza na segunda lei. Seu argumento era quase completamente verbal ao invés de matemático, e suas declarações eram cuidadosamente qualificadas. As notas pessoais de Gibbs sugerem que ele ainda lutava com o problema de irreversibilidade e da natureza da entropia em sistemas fora de equilíbrio. Apesar destas dificuldades o trabalho de Gibbs em mecânica estatística constitui um enorme avanço. Seus métodos eram mais gerais e mais facilmente aplicáveis que os de Boltzmann e certamente vieram a dominar todo este campo. Gibbs não viveu para ver o real sucesso de sua mecânica estatística, por causa de sua doença fatal ter vindo após apenas um ano da publicação de seu livro. Bibliografia Enciclopédia Britânica Enciclopédia Americana Enciclopédia Mirador Enciclopédia Barsa

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