Especial Dia do Estudante 2016

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GAZETA DO SUL, Quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Experiências para a vida inteira

Diariamente milhares de pessoas vão para a escola ou buscam conhecimentos por meio de aulas a distância. Independente da forma como estão aprendendo, esses estudantes encontram novas possibilidades e oportunidades a todo instante.


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Dedicação

Lula Helfer

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para aprender sempre A rotina de atividades pode ser exaustiva, mas todo esse empenho é capaz de proporcionar resultados muito gratificantes ao futuro profissional

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s compromissos de um estudante vão além da sala de aula. Temas, trabalhos e muita leitura em torno dos conteúdos apresentados pelos professores exigem um elevado nível de dedicação, mas nem por isso devem desmotivar quem sabe da importância do aprendizado para o seu desenvolvimento. Prestes a concluir o terceiro ano do ensino médio, Alexandre Bergonsi Bernat está com 17 anos e pretende cursar alguma área relativa às engenharias quando estiver na universidade. Ele diz que se identifica com esse ramo Evolução por ter afinidade com matemática, química e física. Além disso, considera o Até hoje, o jovem engenheiro um facilitador para a sonascido em São ciedade em geral. Miguel do Oeste (SC) Mas para atingir esse objetivo e trocou de escola uma se tornar um profissional diferenciavez e considerou a do diante de um mercado altamente experiência importante. competitivo, o rapaz segue à risca a Segundo ele, isso fez orientação de estudar sempre. “Muicom que deixasse a ta gente enxerga os estudos como um zona de conforto em ‘sofrimento’, mas na maioria das veque estava há quatro zes acredito que isso não passe de má anos para iniciar vontade. Estudo todos os dias, termiuma nova trajetória. nei pelo menos seis livros didáticos Essa mudança, diz, até este mês, desde o início de fepossibilitou que ele vereiro”, conta orgulhoso. Durante passasse a conviver em a semana, ele estuda durante as tarum ambiente diferente, des, com pausas conforme vai ficano que se refletiu na do cansado, frequenta o cursinho em forma de pensar e agir. alguns dias, mas de noite estuda mais algumas horas. Eventualmente ainda se dedica à prática esportes, conforme a disponibilidade de tempo. “A organização é fundamental. Como um professor já disse, é necessário ter foco, disciplina e sequência para se obter bons resultados. Entretanto, conciliar as atividades de lazer com o estudo é muito importante para manter saudável a mente, já que uma distração como um filme, por exemplo, ajuda a aliviar a tensão após horas de estudo”, ensina.

A família como base O incentivo familiar também é capaz de fazer toda a diferença no desempenho escolar. Essa é a análise de Alexandre, que considera esse papel decisivo para sua vida e escolhas até o momento. Embora saiba que a pressão familiar é algo comum, conta que nunca sentiu esse tipo de comportamento. “Nunca fui cobrado por resultados na escola, ou até mesmo escolhas

A evolução vem através do conhecimento, e ser estudante nos faz evoluir para alcançar os objetivos almejados! %HUoiULR 0DWHUQDO -DUGLP 3Up HVFROD 1XWULFLRQLVWD $XOD GH LQJOrV 3VLFyORJD $XODV GH %DOOHW 5HFUHDomR $XODV GH DOHPmR 3URIHVVRUHV TXDOLILFDGRV 0HOKRUHV SUHoRV

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relativas à carreira. Sempre fui incentivado a buscar melhores resultados, algo que se tornou hábito. Essa maior liberdade de escolha e autonomia, a meu ver, faz colossal diferença para o psicológico do estudante/ vestibulando”, avalia. Para Alexandre Bergonsi Bernat, buscar conhecimento

tem ainda outro aspecto a se ser considerado. E Ele acredita que é nessa hora que sse pode refletir acerca de virtudes e valores. “Acho que o hábito de estudar aquilo de que se gosta proporciona bem-estar e gratificação, especialmente quando dificuldades são superadas ou objetivos e metas, alcançados.”


Personagem

Lula Helfer

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Retribuição para a sociedade

de um mundo globalizado Dar conta das tarefas escolares, fazer contato com culturas e ainda ter a oportunidade para conquistar o desenvolvimento pessoal são aspectos decisivos na vida do estudante

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duarda Boettcher está com 17 anos e cursa o terceiro ano do ensino médio. Na medida em que se prepara para os novos desafios que estão por vir, a santa-cruzense faz planos para o dia em que deixar a escola que frequenta desde a sexta série. Em meio a isso, mantém uma rotina repleta de compromissos que podem fazer toda a diferença no futuro. A jovem ,que morou por dez anos nas Filipinas e dois na Indonésia, aprendeu a reconhecer o papel do estudante em um contexto global, no qual a troca de experiências e descoberta de novas culturas são fundamentais para o desenvolvimento. Com as descobertas e amizades que fez enquanto esteve no exterior, a vontade de aprender ficou ainda mais forte. Hoje, quando elege a principal lembrança de sua vida até o momento, ela não tem dúvidas ao falar do intercâmbio que fez para a Ar-

gentina. Com um grupo de colegas, viajou a Buenos Aires por uma semana e teve a oportunidade de conviver com uma família de lá. “Durante o dia, frequentamos a escola local e passeamos por vários pontos turísticos da cidade. Esse intercâmbio teve continuidade com a vinda dos argentinos para Santa Cruz do Sul, onde também hospedei uma estudante. As diferenças acadêmicas e culturais entre os dois países se mostraram evidentes, mas tudo resultou na formação de uma grande amizade”, conta. Além de se dedicar às tarefas escolares e focar no vestibular, Eduarda ainda encontra tempo para uma série de atividades extracurriculares, incluindo treinos de ginástica rítmica, aulas de alemão, curso de artes e o trabalho voluntário no Lar das Meninas. “Equilibrar os estudos com atividades extracurricu-

lares consome tempo e exige muita organização. A forma que adotei para cumprir as atividades semanais é escrever uma lista de metas que pretendo realizar a cada dia. Dessa maneira, consigo visualizar e priorizar tudo que precisa ser feito”, revela.

Parabéns aos estudantes, estrelas da nossa universidade! 11 de Agosto - Dia do Estudante.

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Com planos de cursar Arquitetura na universidade, Eduarda viu o interesse por essa área aflorar depois do contato que teve com um escritório e profissionais. Nessa experiência, constatou também as oportunidades que a carreira proporciona. Enquanto fala sobre o futuro, a jovem demonstra consciência da importância de ser estudante e da necessidade de se manter sempre atualizada, acompanhando as transformações científicas e tecnológicas. “Ser estudante vai muito além de participar das aulas e obter aprovação. É também aproveitar as oportunidades que o colégio proporciona, participando de esportes, aprendendo línguas, engajando-se em grupos de teatro, dança ou debates para obter o máximo de ensinamento disponível.” Tudo isso, segundo ela, contribui para a conquista de conhecimento.


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Um mundo

de novas possibilidades A cada dia de aula, além dos conteúdos tradicionais, estudantes podem vivenciar situações e fazer descobertas decisivas para seus futuros

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vida pulsa nas salas de aula. Com a orientação dos professores, os estudantes aprendem desde os conteúdos mais elementares até as disciplinas mais complexas. Em meio a essa dinâmica, jovens ou adultos sabem que é naquele espaço, onde o conhecimento transita pelos corredores, que eles vão se desenvolver como pessoas e futuros profissionais. Ser estudante, ao contrário do que já se pensou, é assumir responsabilidades, cumprir prazos e apresentar resultados no momento da avaliação. Tudo isso exige empenho constante e é capaz de promover grandes transformações. Há, naturalmente, momentos para a descontração, troca de experiências entre os colegas e professores. Mas isso também faz parte da vida dos estudantes, que hoje comemoram o dia dedicado a eles.

Onde os planos começam a ganhar forma À medida que avançam de ano nas escolas, os estudantes vão fazendo planos para o futuro. Em todos eles, o verbo “estudar” está sempre presente. É assim para Eduarda Rehbein Fetter. Aos 16 anos, ela está no segundo ano do ensino médio e frequenta a mesma instituição há dez anos. Lá aprendeu a ler, escrever e foi recebendo o suporte decisivo para que chegasse até o nível em que se encontra. Como estudante, a santa-cruzense sabe da importância de estar sempre atenta ao que acontece ao seu redor, seja na escola, na vida em família ou na sociedade. “Para mim, ser estudante é poder frequentar uma instituição de ensino onde eu possa aprender os conteúdos programáticos e, ao mesmo tempo, formar minhas próprias opiniões.” Nesse cenário de possibilidades, a adolescente destaca ainda a conquista de amizades e a participação no grêmio estudantil da instituição.

“Talvez esta tenha sido uma das experiências mais marcantes da minha trajetória escolar, pois podemos participar de diversas decisões que afetam todos nós, alunos, e ainda sugerir possíveis melhorias para a escola”, orgulha-se a jovem. Ciente de que a vida de estudante ainda tem muitas outras etapas, Maria Eduarda deseja cursar Comunicação Social na universidade. Depois, quem sabe, fazer um intercâmbio para ampliar suas vivências. Independente dos rumos que serão seguidos, ela sabe da importância do suporte que recebe em casa. “Minha família sempre me ajudou em tudo que precisei na escola, seja com temas e trabalhos ou, simplesmente, sempre estando presente. Sei que eles vão me apoiar em qualquer decisão que, futuramente, eu tome.”

Fotos: Bruno Pedry

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Chance para entender o mundo Em alguns momentos, as lições e conteúdos, bem como as práticas adotadas pelas instituições de ensino, podem deixar os estudantes apreensivos. Afinal, qual o motivo de tudo aquilo? Porém, chega um momento em que as peças começam a se encaixar e tudo passa a fazer sentido. E nessa hora, novos horizontes começam a se abrir. Ao mesmo tempo, os alunos evoluem. É o que entende a santa-cruzense Eduarda Michelin. Hoje ela frequenta o segundo ano do ensino médio e, aos 16 anos, já percebeu que toda a base recebida até agora foi decisiva para sua formação e definição de planos. “Ser estudante, para mim, é ter a oportunidade não só de crescer, mas de poder vivenciar maiores experiências. É também ter a chance de entender o mundo e a sociedade que me cercam”, ressalta. Nessa caminhada, ela teve a chance de participar de grandes projetos desenvolvidos pela escola. Um deles foi o Deputado por um Dia. “Os alunos eram escolhidos pela própria turma para criar e votar leis fictícias criadas pela nossa e pelas outras es-

colas participantes. Isso proporcionou a experiência de como é o trabalho de um deputado. Além disso, a escola sempre foi muito aberta no sentido de que devemos ter e expressar a nossa própria opinião, criando debates sobre assuntos polêmicos em aula, por exemplo”, conta. Hoje, envolvida em várias atividades na instituição onde está matriculada desde a pré-escola, Eduarda também pensa nos próximos passos como estudante. Por enquanto ainda não definiu a área que vai cursar, mas sabe da importância de aprender sempre. E a orientação recebida em casa pode ajudar, como sempre ajudou. “Minha família sempre foi muito ativa quanto à escola e ao estudo, questionando-me em relação a provas e trabalhos, além de, em caso de dúvidas, sempre procurando me ajudar quando possível”, revela.


Encanto

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Lula Helfer

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pelas descobertas Absorver os ensinamentos dos professores e acompanhar a própria evolução escolar são alguns dos aspectos que servem de motivação para o aprendizado

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odo estudante é um descobridor. No rotina de sala de aula, nas explicações dos professores e convivência com os colegas, jovens e adultos conquistam novas possibilidades para suas vidas. Aos 17 anos, Ana Carolina Forgiarini está prestes a concluir o ensino médio e sabe da importância dos estudos para o presente e futuro. Para ela, além da dedicação em absorver as lições, todo estudante deve saber equilibrar e relacionar os conhecimentos adquiridos com os acontecimentos do cotidiano. Enquanto faz planos para cursar a faculdade de Arquitetura, a jovem destaca outros aspectos positivos de ser estudante. “Aprendizados, amigos, experiências para a vida. Bom, eu interpreto o ‘ser es-

tudante’ como ser alguém que sempre tenta aprender e aplicar conhecimento. Acho que o principal ponto positivo é que ele sempre acaba descobrindo novas coisas e é capaz de resolver cada vez mais situações das mais variadas”, avalia. Mas desempenhar essa missão exige muito empenho. Ana Carolina, por exemplo, revela que sua agenda costuma ter vários compromissos. Aulas diárias pela manhã e à tarde, durante dois dias da semana, mais leituras em casa para repassar os conteúdos. Quando ela consegue uma pausa, também há o que fazer. “Procuro me manter a par do que está acontecendo no mundo, mas

de uma forma leve, para não sobrecarregar”, revela. E, claro, os professores também fazem parte da vida de qualquer estudante. Nesse aspecto, a moça é bem objetiva ao falar sobre os seus. “Acho que um bom professor, que instigue os alunos, unido a uma instituição que faça com que os estudan-

tes se sintam à vontade no ambiente escolar, é fundamental. No momento em que o estudante se sente confortável onde está e sente que está aprendendo com um bom profissional, aumenta o seu interesse pelos assuntos trabalhados, cria-se um estudante confiante e interessado, o que é necessário”, avalia.


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Planejamento

antes do começo das aulas

Bruno Pedry/Banco de Imagens/GS

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Reuniões entre professores e coordenadores de cursos ajudam a definir estratégias que serão adotadas no cotidiano acadêmico na principal instituição de ensino do Vale do Rio Pardo

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caminho natural para a maioria dos estudantes é concluir a formação de nível médio e cursar uma graduação. Independente da área que vão seguir, é no curso superior que eles possivelmente definirão o rumo de suas vidas. Diante de tamanha importância, as instituições devem estar prontas para ajudar nessa hora. O estudante universitário ou aquele que está se preparando para ingressar nesse meio, contudo, nem sempre tem a exata noção da estrutura mobilizada antes do início das aulas. Um exemplo está na Universidade de Santa Cruz do Sul, a maior instituição de ensino do Vale do Rio Pardo. Responsável pela formação de diferentes gerações desde os tempos das Faculdades Integradas de Santa Cruz do Sul (Fisc), hoje a Unisc congrega cerca de 11 mil alunos e em torno de 600 professores.

Para assegurar um bom funcionamento, tanto da sede como dos campi, é necessário um planejamento constante e a sintonia entre todos os personagens envolvidos nas tarefas. “A universidade vê nos alunos a sua grande razão de ser. Se não houvesse alunos, não haveria universidade. Nós sabemos que eles vêm em busca da sua realização pessoal e profissional e, em função disso, todo o nosso trabalho faz sentido. Professores e alunos devem ser parceiros muito fortes para que uma excelente formação seja alcançada. A Unisc conta com um qualificado corpo docente, porque desejamos proporcionar aos nossos estudantes a melhor formação. O que mais esperamos é que quem vem à universidade esteja perfilado com essa meta”, reforça o próreitor de graduação, Elenor José Schneider. Nesse contexto, diferentes seto-

res estão organizados para suprir as necessidades do público interno e ainda as demandas decorrentes da atuação junto à comunidade. Assim, segundo Schneider, a própria acolhida dos professores que passarão a integrar o quadro da instituição já é vista com bastante preocupação, assim como a renovação do conhecimento dos demais por meio de atividades para atualização. “Os departamentos reúnem mensalmente seus colegiados, da mesma forma os cursos. Principalmente os colegiados dos cursos têm seu olhar voltado fortemente a questões pedagógicas. Os projetos pedagógicos estão sob constante avaliação e, sempre que necessário, são renovados ou atualizados.” Há uma reunião mensal do Conselho de Graduação, no qual todos os coordenadores dos 53 cursos têm assento e se discutem questões, acima de tudo, de cunho pedagógico.

Tecnologia para o desenvolvimento A tecnologia é outro aspecto que segue instigando os profissionais da educação a fim de atender os alunos e assegurar que eles aprendam como devem. Como diz o pró-reitor de graduação, Elenor José Schneider, “a tecnologia caiu como uma onda gigantesca sobre o mundo moderno e, evidentemente, também atingiu a universidade”. Os laboratórios, antes tímidos, ressalta, agora estão transformados em amplos espaços com equipamentos modernos. “A tecnologia, se bem utilizada, propicia grandes alternativas de qualificar o conhecimento. O que antes se constituía em dificuldade de acesso agora é simultâneo

ao momento de uma aula, por exemplo.” O professor lembra ainda que não faz muito tempo que algumas informações só eram encontradas em livros que estavam, às vezes, em bibliotecas distantes. “Hoje, em mínimos e cada vez mais sofisticados aparelhos, são acessados na hora da necessidade. Talvez se possa inferir que tantas informações quase simultâneas acabem por superficializar o saber. Não sabemos avaliar isso ainda. O fato é que a área está em extraordinário desenvolvimento, exigindo dos professores, por exemplo, um passo mais ágil, até porque a meninada nasceu dentro dessa realidade.”

Olhar diferenciado ao professor Um ambiente diverso, em que o conhecimento circula pelos corredores e ajuda a transformar as mais diferentes realidades, é marcado pela participação de todos os agentes desse fascinante processo. Mas ao mesmo tempo, é necessário ter atenção às diferenças entre as áreas do conhecimento e, assim, planejar os caminhos a ser seguidos. Nesse contexto, uma das novidades da Unisc, segundo o professor Elenor, é a implantação do Núcleo de Apoio ao Professor (NAP), a partir deste semestre. “Sabemos que cada uma das quatro grandes áreas apresenta suas exigências especiais. As licenciaturas são diferentes das engenharias, por exemplo, por isso é preciso qualificar mais especificamente os profissionais que atuam nessas áreas. A Unisc adota também uma qualificada ação de avaliação docente. Dela procedem muitas indicações, vindas dos acadêmicos, sobre eventuais carências e, a partir disso, planejam-se ações para melhorar o nosso trabalho”, salienta.


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Cursos técnicos

são alternativa para qualificação A escolha de uma profissão nem sempre é fácil. Realizar um curso de nível técnico pode ser o primeiro passo para quem pretende continuar os estudos tendo em vista a conquista de espaço no mercado de trabalho

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lém das escolas tradicionais, instituições que oferecem cursos voltados àqueles que já se encaminham ao mercado de trabalho podem ser decisivas na vida dos estudantes. Nesse contexto, os cursos de nível técnico vêm conquistando uma fatia cada vez maior desse público. Direcionada a jovens e adultos – na maioria das vezes o aluno deve estar cursando, no mínimo, o segundo ano do ensino médio – , essa modalidade tem aberto portas no mercado de trabalho. Segundo a diretora do Senac de Santa Cruz, Daniela Roehrs Laner, há uma carência de profissionais de nível técnico no Brasil, o que aumenta as oportunidades para quem opta por essa formação. “O curso técnico é o início da trajetória profissional, mas para atingir os objetivos é necessário ter um perfil empreendedor, ter iniciativa, criatividade e habilidade para trabalhar em equipe. Esses são alguns dos requisitos obrigatórios ao profissional que busca se destacar em um mercado em constante transformação.”

Tendo em vista o atual cenário econômico e a rotina acelerada do dia a dia, os cursos na modalidade de ensino a distância também oferecem ainda mais vantagens, afirma Daniela. Para os estudos, é preciso que o aluno tenha um computador com acesso à internet. A carga horária presencial será cumprida no decorrer de cada módulo através de saída de campo, estudo de caso, seminário, pesquisa, palestra ou avaliação, conforme o cronograma do polo presencial. De acordo com levantamento feito pelo Senac, mais de 80% dos alunos dos cursos técnicos da instituição já concluem a habilitação com um emprego garantido. “Os cursos técnicos do Senac têm em seu currículo a proposta de estudo aliada à prática, bem como o perfil profissional e currículo, considerando as demandas do mundo do trabalho. Com um curso técnico, você pode também otimizar sua renda. Segundo estudo encomendado pela Confederação Nacional da Indústria, um diploma técnico aumenta a renda do trabalhador em até 24%”, enfatiza Daniela.

Retorno

24%

Profissionais com cursos técnicos têm até mais chances de serem contratados, conforme a Confederação Nacional da Indústria

Idioma como diferencial Se tecnologia e ensino andam juntos, vale destacar um segundo fator essencial para quem busca uma colocação no mercado de trabalho – o domínio de um segundo idioma. Conforme o professor de Inglês Régis Brentano Bohn, na adaptação a novas tecnologias, as formas mais básicas de programação desses eletrônicos estão diretamente ligadas a uma segunda linguagem, que é o Inglês. “Tanto o profissional como o aprendiz necessitam dessas habilidades para uma melhor colocação no mercado de trabalho. Ou o profissional se adapta às novas tecnologias de comunicação ou o seu conhecimento estará defasado, o que dificulta a inserção no mercado de trabalho. São palavras fortes, mas é melhor acordar para uma nova era de aprendizado tecnológico baseado no Inglês”, afirma.

Entenda Na educação a distância, o Senac oferece uma metodologia de ensino centrada no aluno com diversos recursos tecnológicos que facilitam a aprendizagem, com orientação e acompanhamento online diário e uma aula presencial mensal. Os benefícios ao estudante que opta por um curso EAD costumam ser grandes. Como destaque, estão a flexibilidade nos horários de estudo, o respeito ao ritmo de cada aluno, o desenvolvimento de competências valorizadas no mercado (organização, pró-atividade e responsabilidade, por exemplo), o menor custo com deslocamento e a possibilidade de conciliar a vida profissional ao estudo.

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Edição e textos: Dejair Machado dejair@gazetadosul.com.br • Diagramação: Rodrigo Sperb

Oportunidade

Divulgação/GS

de aprender a distância Avanço tecnológico tem possibilitado que estudantes de todo o País conquistem o diploma universitário sem sair de casa. Além das graduações tradicionais, a mais recente novidade é a oferta de cursos na área das engenharias

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a casa onde mora em Pantano Grande, Luís Felipe Fallavena da Rosa cursa Engenharia Elétrica. Aos 33 anos, o funcionário da Corsan vive uma nova realidade como estudante. Por meio de um curso no sistema de educação a distância, ele e outros milhares de brasileiros têm a oportunidade de conquistar um diploma universitário de uma forma mais prática. Matriculado no Polo de Santa Cruz do Sul do Centro Universitário Internacional Uninter, Luís Felipe decidiu recorrer à modalidade em 2015 e

aos poucos vem descobrindo novas possibilidades. “Nunca havia pensado que seria possível estudar desta maneira. Devido à complexidade do curso, não imaginava que seria possível cursar Engenharia Elétrica assim”, impressiona-se. No caso da graduação escolhida por Luís Felipe, a evolução na forma de ensinar e a tecnologia são alguns diferenciais. Segundo a gestora da Uninter de Santa Cruz, Luciane Lopes, o curso de Engenharia em EAD é realizado com aulas online, material didático de apoio e suporte de tu-

tores de forma presencial na instituição. Mas ainda há outro diferencial. O aluno recebe sem custos adicionais um kit com materiais e equipamentos que lhe possibilita montar em casa seu próprio laboratório para realizar as atividades práticas do curso, com as orientações transmitidas pelos professores. “Os cursos em EAD evoluíram muito. Hoje são 38 possibilidades de graduação, mais as opções de pós-graduação nesse formato”, ressalta, ao lembrar das engenharias elétrica, da computação e de produção, que passaram a ser oferecidas recentemente.

Disciplina é fundamental Além do custo mais baixo em relação ao formato presencial, as graduações EAD proporcionam praticidade aos alunos. “Esta modalidade permite que eu pause sempre que necessário, por exemplo, quando surge alguma dúvida. Ao contrário do que muitos pensam, apesar da faculdade ser a distância proporciona meios para a prática do aprendizado, disponibilizando dispositivos e equipamentos para que seja possível realizar o que aprendemos na teoria”, destaca estudante que pretende concluir o curso em junho de 2020.

Hoje, familiarizado com os conteúdos e materiais, Luís conta que apesar da grande quantidade de atividades, a adaptação transcorreu bem. Nesta fase, ele contou com apoio da equipe presencial para tirar dúvidas, bem como dos tutores do canal virtual. Mas o fato de estudar em casa não dispensa a disciplina. “Disponibilizo no mínimo três horas por dia de estudo, pois é necessário trabalhar com softwares e ferramentas para viabilizar o curso, além da prática diária na resolução de exercícios”, revela.


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