Gazeta do Sul Rural

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rural

SEGUNDA-FEIRA I 29 DE AGOSTO I 2016

NOVIDADE N

GAZETA DO SUL

Edição: Carmem Ziebell e Otto Tesche - Textos: Carmem Ziebell

carmem@gazetadosul.com.br

I4I PRRO PRODUTORES APOSTAM EM AP P NOZ-PECAN N

3715 7849 4 - Diagramação: Derli A. Gonçalves 49

EXPOINTER 2016

Expointer/Divulgação

A vitrine do agronegócio

FOTO

P

rincipal vitrine para o agronegócio gaúcho, a 39ª Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer) começou sábado no Parque Assis Brasil, em Esteio. A expectativa para esta edição é superar até o próximo domingo o público de 545 mil visitantes registrado em 2015, chegando a 580 mil pessoas, e a arrecadação com as vendas, que no ano passado totalizaram R$ 1,7 bilhão. A feira deste ano mostra 6.372 animais do Rio Grande do Sul e de outros estados, sendo 4.285 de argola de 156 raças e 2.087 rústicos. Os visitantes podem conferir a programação diariamente, das 8 horas às 20h30. Mais de 60 mil pessoas foram ontem até a 39ª Ex-

pointer, somando quase 110 mil visitantes ao longo deste fim de semana. A comercialização de animais foi centralizada nos leilões de cavalo crioulo, impulsionados pela final do Freio de Ouro 2016. O volume de negócios somou R$ 4,45 milhões até a noite de sábado, com preço médio de R$ 37,3 mil. No setor de máquinas, as vendas devem se intensificar a partir de amanhã. Na 18ª Feira da Agricultura Familiar houve crescimento de 10% no volume de vendas em relação ao primeiro dia de 2015, atingindo R$ 219,7 mil. A expectativa é manter este crescimento e chegar aos R$ 2,5 milhões até o final da feira. No Pavilhão do Artesanato, o sábado movimentou R$ 110,2 mil com a venda de 2.721 peças. PÁGINAS 2 e 3


2e3 capa

GAZETA RURAL I SEGUNDA-FEIRA I 29 DE AGOSTO I 2016

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PODA EM VIDEIRAS Banco de Imagens/GS

No mĂŞs de agosto se realiza a poda de inverno (poda seca) das videiras. O momento ideal para isso ĂŠ quando as gemas estĂŁo bem “inchadasâ€?. O objetivo ĂŠ manter o equilĂ­brio da produção. AlĂŠm disso, conduzimos a planta de forma a facilitar a colheita e os tratos fitossanitĂĄrios. A poda (foto) mais utilizada ĂŠ a mista, que visa selecionar ramos/guias (4 ou 5 gemas) e esporĂľes (1 ou 2 gemas). De maneira geral, deixase 8 a 10 gemas por metro quadrado, cerca de 40 a 50 gemas por planta, considerando as variaçþes (espaçamentos, idade da planta, vigor entre outros fatores). Complementa-se a poda de inverno com a poda verde (primavera/verĂŁo). â– â–

ADUBAĂ‡ĂƒO EM PASTAGENS PERENES DE VERĂƒO

Com as condiçþes climĂĄticas favorĂĄveis (elevação da temperatura e aumento da intensidade de radiação solar), as pastagens perenes de verĂŁo (tiftons, jiggs, aries, aruana, capim elefante, entre outras) iniciam o processo de brotação. Visando favorecer e intensificar o desenvolvimento da massa foliar das pastagens, deve-se proceder a adubação com NPK (nitrogĂŞnio, fĂłsforo e potĂĄssio). A fonte de nutrientes pode ser quĂ­mica, orgânica ou conjugadas. A quantidade de adubo recomendado por hectare ĂŠ baseada no que indica a anĂĄlise do solo. O investimento em adubação do pasto ĂŠ compensado com a produção de carne ou leite. Todo o bovinocultor (corte ou leite) deve pensar em fazer uma boa lavoura de pasto. Assim terĂĄ uma boa eficiĂŞncia produtiva. â– â–

RECOMENDAÇÕES PARA A APICULTURA

•Recolocar as melgueiras vazias retiradas no final do outono, deixando as colmeias mais fracas com uma melgueira e as mais fortes com duas. •Para aqueles que pretendem capturar enxames com caixas-iscas, estĂĄ na hora de colocĂĄ-las no campo, com tiras de cera aleveoladas instaladas nos caixilhos. •Revisar os ninhos e desbloquear aqueles que estĂŁo com excesso de mel. •Limpar os apiĂĄrios, roçando a vegetação nativa excessiva. Essas sĂŁo açþes bĂĄsicas na apicultura, necessĂĄrias para essa ĂŠpoca. â– â–

CULTURAS DE VERĂƒO

Estamos no início do período recomendado para semeadura das culturas de verão. Faça adubação de acordo com anålise de solo e utilize variedades recomendadas no zoneamento agroclimåtico. Para maiores informaçþes, o escritório da Emater estå à sua disposição, inclusive para elaborar projetos de crÊdito. Colaboração do escritório regional da Emater/RS-Ascar

Menina ginete tenta novo prĂŞmio no concurso do Freio de Ouro A santa-cruzense Luiza Caroline Lopes, 12 anos, viaja quintafeira para Esteio. Vai em busca do segundo prĂŞmio como ginete. Na Expointer do ano passado, montando a ĂŠgua Candidata 13 ReverĂŞncia, ela participou pela primeira vez de uma competição oficial – o Freio de Ouro Jovem 2015 – e conquistou o primeiro lugar Infantil Feminino. Neste ano, concorrerĂĄ na categoria Juvenil, e com outro animal, o cavalo PO Verdugo. O animal jĂĄ competiu em vĂĄrias provas, mas com o pai de Luiza, Charles Lopes. A competição deste ano ocorre sĂĄbado e domingo. Luiza começou a treinar em março. Classificou-se em abril e parou um pouco para descansar. HĂĄ 60 dias retomou os treinos diĂĄrios, segundo Angela, mĂŁe da menina.

Visite-nos na Expointer, estande 130!

“O evento ĂŠ uma Melado de Vera forma de fazer Cruz estĂĄ entre dinheiro rĂĄpidoâ€? as atraçþes Duas das agroindĂşstrias da regiĂŁo do Vale do Rio Pardo que estĂŁo nesta edição da Expointer sĂŁo a Embutidos Hermes e a Panificadora Hermes, de Arroio do Tigre. A primeira coloca Ă disposição do pĂşblico salame, copa e linguiça. A segunda levou bolachas caseiras e cucas alemĂŁs, feitas a partir de receitas antigas. As bolachas e cucas sĂŁo feitas de forma artesanal e assadas em forno a lenha. Vânia Regina Zuchetto dos Santos, filha dos proprietĂĄrios, diz que a expectativa ĂŠ muito boa. “A Expointer ĂŠ a nossa safra, ainda mais agora, ĂŠpoca de crise. É uma forma de fazer dinheiro rĂĄpidoâ€?, afirma. As duas unidades existem hĂĄ mais de 30 anos. “Começaram na ĂŠpoca dos meus avĂłsâ€?, conta Vânia. Atualmente, envolvem os pais dela, mais o esposo, uma tia, o irmĂŁo e a cunhada. A participação na feira de Esteio se iniciou em 2001. Durante esta semana, parte da famĂ­lia vai para a feira e parte fica atuando nas agroindĂşstrias.

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O melado natural produzido pela agroindústria Koch, de Vera Cruz, assim como os outros produtos feitos por ela, tambÊm estão à disposição do público da 39ª Expointer, no pavilhão da Agricultura Familiar, pelo segundo ano consecutivo. Segundo Romeu e Roseli Koch, a pequena indústria produz melado 100% natural, uma segunda linha menos natural, schmier colonial, açúcar mascavo e rapadura. Mas o melado Ê o carro-chefe dos negócios. A agroindústria existe desde 1996, mas foi formalizada em 2000. Foi o primeiro empreendimento da årea implantado em Vera Cruz. Para a família Koch, a participação na feira Ê importante para divulgar seus produtos e prospectar negócios com outras regiþes. Hoje, a unidade vende sua produção para supermercados, padarias e fruteiras de 50 municípios e a ideia Ê expandir as vendas. Em um mês, só do melado natural são comercializados, em mÊdia, 5 mil quilos.

Flores de Passo do Sobrado dĂŁo mais cor Ă feira

Ovinos Dorper, de Rio Pardo, buscam prĂŞmio

O município de Passo do Sobrado tambÊm estå representado na 39ª Expointer. Entre suas atraçþes no evento estão flores naturais produzidas por Dulce Dupont e Delesia Amara Schwengber. São bromÊlias, orquídeas, samambaias, cactus e plantas ornamentais, que consistem em algumas das variedades produzidas no Viveiro Recanto Verde, de Dulce, e na Casa das BromÊlias, de DelÊsia. A produção das duas estå num mesmo estande, sob responsabilidade de DelÊsia. Conforme Dulce, que não foi para Esteio por estar se preparando para outro evento no qual representarå DelÊsia, elas jå participaram de outras ediçþes e as vendas foram boas. A participação na feira objetiva divulgar as flores que produzem e aumentar os negócios, atraindo mais clientes. DelÊsia diz que a Expointer recebe visitantes de vårios municípios da região, que acabam conhecendo a produção delas.

A Cabanha Nossa Senhora da Conceição, de Rio Pardo, pertencente a Hamilton Silveira, estå com 10 ovinos Dorper no Parque de Exposiçþes Assis Brasil, em Esteio. São cinco machos e cinco fêmeas, que participam de julgamentos da raça, previstos para quarta-feira, e irão à venda. Silveira conta que esses animais estão concorrendo pela primeira vez, mas a expectativa Ê conquistar os títulos de grande campeão e grande campeã Dorper e depois vender algum. O proprietårio relata que a cabanha tem conquistado vårios campeonatos da raça na Expointer nos últimos 17 anos. A chegada dos ovinos ao parque ocorreu na manhã da última quarta-feira. Conforme Silveira, para ele e todos os produtores rurais, a Expointer Ê uma vitrine para vendas futuras nas cabanhas. Durante o evento, normalmente os campeþes são comercializados. TambÊm de Rio Pardo, Erivon de Aragão participa da feira com oito ovinos Texel.

O ambiente da zona rural do Rio Grande do Sul e Santa Catarina estĂĄ livre de pelo menos 12 milhĂľes de embalagens de agrotĂłxicos vazias, que poderiam prejudicĂĄ-lo. Elas foram recolhidas pelo Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de AgrotĂłxicos, implantado em 2000 pelo Sindicato Interestadual da IndĂşstria do Tabaco (SindiTabaco) e empresas associadas, com apoio da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). Pioneiro no Brasil, o projeto foi criado antes de a legislação exigir dos usuĂĄrios de agrotĂłxicos a devolução desses recipientes ao estabelecimento revendedor. O presidente do SindiTabaco, Iro SchĂźnke, diz que no total de embalagens jĂĄ recolhidas estĂŁo tambĂŠm as usadas em outras culturas. O projeto começou com dois objetivos: preservar o meio ambiente de possĂ­vel contaminação por descarte inadequado dos recipientes, mais o cuidado com a saĂşde e a segurança dos fumicultores e suas famĂ­lias. Com a instituição do decreto 4.074/2002, tambĂŠm passou a atender Ă legislação. Com o passar do tempo, a iniciativa foi ampliada e oportunizou aos produtores a devolução das embalagens perto de sua propriedade. “Contratamos uma empresa especializada e validada para poder fazer o recolhimento e caminhĂľes passam nas localidades prĂłximas de onde o produtor moraâ€?, destaca SchĂźnke. Ao todo, sĂŁo 2.300 pontos de coleta e recebimento no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A coleta ĂŠ itinerante e ocorre em 563 municĂ­pios.

Inor Assmann

Mais de 12 milhĂľes de embalagens recolhidas

Divulgação/GS

rodutores, criadores e em- expþem seus produtos no pavilhão preendedores da årea rural da Agroindústria Familiar. São elas do Vale do Rio Pardo parti- a Embutidos Hermes, Panificadora cipam da 39ª Expointer, que ocor- Hermes, Henning, Eccelso, Nossa re desde såbado no Parque de Ex- Casa Produtos Coloniais, Bolachas posiçþes Assis Brasil, em Esteio. Tia Leci, Markel Produtos CaseiSão moradores dos ros, Agroindústria municípios de ArKoch, Tigre, GiAgroindústrias roio do Tigre, Canrassol e Agro 66. familiares de pelo delåria, Encruzilhamenos 11 municípios Ao todo, esse pada do Sul, General vilhão abriga 227 da região expþem Câmara, Mato Leiparticipantes, enprodutos no pavilhão tre agroindústrias, tão, Passo do Sodestinado ao setor brado, Rio Pardo, flores, plantas e Santa Cruz do Sul, gastronomia. Venâncio Aires e Vera Cruz, mosDa região, tambÊm participam trando um pouco do potencial da três produtores de flores, alÊm de região e prospectando negócios. expositores de ovinos, bovinos e Das agroindústrias familiares equinos e competidores em julgainscritas no evento, pelo menos 11 mentos e provas com animais de são de cinco municípios da região e diferentes raças.

Divulgação/GS

As frutíferas em geral (laranjeiras, bergamoteiras, pessegueiros, figueiras, entre outras) necessitam de adubação de manutenção, que deve ser realizada todos os anos visando ter uma estabilidade de produção. Essa ação deve ocorrer logo após a poda (início da brotação). Pode-se usar adubo químico ou orgânico. Com base na anålise do solo e observaçþes visuais (vigor da planta e sintomas de deficiências), determina-se a quantidade de adubo a aplicar. O adubo pode ser colocado na superfície ou incorporado na årea de projeção da copa das frutíferas.

O que a regiĂŁo mostra na 39ÂŞ Expointer P Lula Helfer

ADUBAĂ‡ĂƒO EM FRUTĂ?FERAS

Lula Helfer

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Rodrigo Assmann

Dicas do mĂŞs

MEIO AMBIENTE

Hoff: depĂłsito para os defensivos

Após a coleta, o caminhão leva as embalagens para uma central de recebimento e triagem credenciada. O agricultor recebe um comprovante da entrega para mostrålo à fiscalização. O programa trouxe mais tranquilidade ao produtor Carlos Alberto Hoff, 46 anos, de Linha Capão, em Vera Cruz. Ele relata que antes era complicado dar uma destinação correta aos recipientes. Eles eram lavados e guardados em uma parte do galpão. Agora, ele faz a tríplice lavagem e inutiliza os vasilhames, furandoos para evitar reutilização. TambÊm construiu depósito para as vasilhas e o pulverizador. Hoff ainda ressalta o fato de ser possível entregar embalagens de produtos usados em outras culturas. Outro fator importante Ê o uso de equipamentos de proteção individual para lidar com o defensivo agrícola.

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4 diversificação GAZETA RURAL I SEGUNDA-FEIRA I 29 DE AGOSTO I 2016

O

Aposta no plantio de noz

cultivo de noz-pecan foi a propriedade, de forma a não se a atividade escolhida pela desfazer da terra. A ideia foi defifamília Raupp para ocu- nir uma cultura perene, para longo par 12 dos 23 hectares da pro- prazo, e de rentabilidade. “Avapriedade herdada de Francisco liamos várias culturas e decidiJosé Raupp, localizada em Linha mos pela noz-pecan. É um projeMonte Alverne, interior de Santa to para durar, quem sabe garantir Cruz do Sul. Os outros 11 hecta- uma futura aposentadoria e para res são de mata nativa e benfeito- deixar aos netos”, revela o jovem, rias. O projeto começou a ser pen- destacando que a nogueira dá frusado no final de março e o plan- tos por até 130 anos. tio se iniciou em Frantz diz es27 de julho e foi tar ciente de que é A rentabilidade concluído em 10 é o principal atrativo preciso bem mais de agosto. Ao todo que plantar e para o investimento do, foram plantadeixar o pomar se no cultivo de das 1.896 mudas. formar. ”É precinogueira em A área estava há so poda, adubadois anos sem neção, roçadas, conSanta Cruz do Sul nhuma plantação. trole de pragas e A expectativa é que, daqui a 15 irrigação.” O investimento, abrananos, seja obtida uma produção gendo limpeza, compra de mudas de 10 quilos por pé. e plantio, é estimado em R$ 180 Guilherme Frantz, 24 anos, mil. Com o objetivo de prepararque coordena o cultivo junto com se para a atividade, o jovem partio tio Jair Raupp, conta que a de- cipou de um curso no Colégio Pocisão de plantar nogueiras se deu litécnico da Universidade Federal a partir de estudo feito pela famí- de Santa Maria (UFSM). O prolia para definir um projeto para jeto também prevê irrigação, por

isso já foi feito um açude próximo à área de plantio. Os equipamentos serão adquiridos posteriormente, conforme a necessidade e os custos. A iniciativa tem assistência técnica do engenheiro agrônomo Jaceguay Barros, que atua em uma empresa de Cachoeira do Sul. Guilherme Frantz reside na zona urbana de Santa Cruz do Sul, onde trabalha em setor administrativo. Mas se interessa pela agricultura e divide seu dia entre os dois trabalhos. Ele pretende continuar neste projeto e, dando certo, expandi-lo. Afirma que a noz-pecan é uma cultura que está em crescimento no Brasil e cujo consumo vem aumentando no mundo. O agrônomo Jaceguay Barros observa que nos últimos 15 anos as pessoas vêm procurando consumir alimentos mais saudáveis e o perfil de consumo mudou, passando a envolver diversidade de alimentos. Com isso, há cerca de cinco anos aumentou a deman-

Clima gaúcho favorece a cultura A noz-pecan é plantada no inverno, do final de junho ao início de setembro. A colheita se inicia no final de março e se estende até o fim de maio. De acordo com Jaceguay Barros, o Rio Grande do Sul tem as características de clima, no inverno, ideais para a cultura, pois quanto mais frio melhor para plantas que perdem as folhas, como é o caso da nogueira. Apenas na Fronteira Oeste há alguma limitação. O regime de chuvas, de 1.200 a 1.400 milímetros por ano, também é bom. “Precisamos fazer irriga-

ção só no período de frutificação, no verão, para otimizar o processo”, ressalta Barros. O assistente técnico diz que a nogueira começa a produzir a partir do quinto ano, mas em escala comercial relevante, com resultado econômico mais significativo, a partir do sétimo. A produção, com uso de genética e manejo adequado, pode chegar a 1.500 quilos por hectare, mas o potencial pode ser ainda maior se houver condições muito favoráveis de solo, clima e manejo. O preço do quilo da noz em casca hoje, para o

produtor, está entre R$ 14,00 e R$ 18,00, dependendo da qualidade. Se o fruto tiver boa qualidade, um quilo terá, no mínimo, 450 gramas de amêndoas e o restante de casca. Há cultivares que chegam a apresentar de 50% a 53% de rendimento. Na região de Santa Cruz, são utilizados em torno de 30 cultivares. Barros explica que no projeto da família Raupp há o uso de quatro, sendo dois polinizadores. Ele frisa que é importante o produtor cuidar do pomar e ter treinamento para fazer isso adequadamente.

Bruno Pedry

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O plantio de 1.896 mudas ocorreu em 12 dos 23 hectares da propriedade

da por nozes, gerando o crescimento do cultivo e a valorização do fruto. Este cenário fez aumentar o valor da noz-pecan. ”Hoje é uma atividade muito interessante,

porque pode trazer rentabilidade muito boa a partir do sétimo ano e ser uma alternativa sustentável para a pequena propriedade”, ressalta o engenheiro agrônomo.

DIA DE CAMPO ●A Ao todo, d segundo d registros i d da E Emater, em S Santa C Cruz d do S Sull estão em desenvolvimento 12 iniciativas de cultivo de nogueiras em pequenas propriedades, todas em execução há pouco tempo – de um a cinco anos. Conforme Assilo Martins Correa Júnior, engenheiro agrônomo da Emater, esses apostadores na cultura são produtores de tabaco e pessoas da cidade que foram para o interior com a intenção de investir na noz-pecan. A finalidade de todos é a diversificação de culturas. Com o objetivo de orientar os produtores sobre a prática de poda, adubação e implantação de pomar, manejo e controle de doenças para obter melhores resultados, o escritório local da Emater promoveu um dia de campo sobre o assunto no final de julho, na propriedade de Elmo Backes, na localidade de 4ª Linha Nova Alta. Ele cultiva noz-pecan há aproximadamente cinco anos, em sete hectares consorciando com gado. Um dos palestrantes do encontro, Jaceguay Barros falou sobre questões básicas de um projeto para pomar de nogueira e demonstrou como se faz o plantio das mudas.

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