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3.1. Imunologia

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B) Reino Protista

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UNIDADE 3 IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA 3.1. Imunologia

A imunologia é o ramo das ciências da saúde que estuda as maneiras ou formas com que os organismos podem reagir ou se defender de certa doença ou patologia, em especial as enfermidades causadas por agentes externos. Nesse caso, para que haja uma reação de defesa adequada, é necessário que o organismo reconheça o agente causador da doença e produza as defesas específicas para isso, ou seja, precisamos de uma relação ANTÍGENO X ANTICORPO correta e de intensidade adequada. Mas afinal, o que são antígenos e o que são anticorpos?

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- O antígeno é uma molécula ou micro-organismo que provoca a reação de defesa em uma célula ou organismo. Pode ser um patógeno (vírus, bactéria) ou um estimulante de imunidade artificial como em uma vacina.

- O anticorpo, por sua vez, é o agente de defesa criado pelo organismo, em resposta à entrada de um antígeno. Os anticorpos podem ser proteínas específicas (imunoglobulinas e gamaglobulinas) ou células de defesa (macrófagos, linfócitos, mastócitos, glóbulos brancos em geral).

OBSERVAÇÃO: SORO X VACINA

O SORO é um conjunto de anticorpos prontos, produzidos por outros organismos, de curta duração e resposta “curativa” imediata. São usados em situações em que o organismo não possui capacidade de se defender por conta própria, como no caso de picadas de animais peçonhentos.

A VACINA é a inserção de um antígeno no organismo para estimulá-lo a produzir seus próprios anticorpos antes mesmo que ocorra uma invasão de um agente patogênico. Neste caso, injeta-se um antígeno falso, um antígeno morto, atenuado ou muito enfraquecido, que o organismo tenha a capacidade de reconhecer, criar os anticorpos e terminar de destruir. Dessa forma, quando o antígeno verdadeiro entrar em contato, o organismo já estará com anticorpos específicos montados e prontos para se defender no ato da invasão. A defesa promovida pelas vacinas tem “efeito preventivo” e podem ter longa duração, como no caso da vacinação contra o Tétano que dura cerca de dez anos.

A produção total de anticorpos de um determinado organismo compõe seu Sistema Imune ou Sistema de Defesa. Assim sabemos que a nossa imunidade pode ser dividida em dois tipos: PASSIVA e ATIVA.

- Passiva: os anticorpos recebidos já estão prontos não havendo a necessidade de montá-los e, portanto, duram pouco, uma vez que o organismo não “aprendeu” como fabricá-los. Ex.: soro antiofídico e leite materno.

- Ativa: o organismo fabrica os próprios anticorpos em resposta a um estímulo de antígeno ou infecção. Neste caso, como o próprio organismo precisou se defender, ele poderá se defender novamente, cada vez que o mesmo agente infeccioso voltar. É um tipo de defesa que pode durar muito. Ex.: Vacinas e doenças adquiridas.

FUNCIONAMENTO DO MECANISMO IMUNOLÓGICO

As principais defesas do organismo são células sanguíneas fabricadas na medula óssea de ossos longos. Essas células são os Leucócitos ou Glóbulos Brancos. Os leucócitos são subdivididos em cinco tipos celulares específicos, dos quais os mais usados para a defesa imune são os Linfócitos e os Monócitos. Quando estes dois tipos celulares migram do sistema circulatório para o sistema linfático e demais tecidos, mudam para Plasmócitos e Macrófagos, respectivamente.

Os Monócitos (Macrófagos) são responsáveis por fagocitar quaisquer elementos estranhos dispersos pelos tecidos. Estas células “avisam” os Linfócitos T auxiliares liberando uma substância chamada interleucina.

Os Linfócitos, através do estímulo dos monócitos, desencadeiam a eliminação de invasores. Podem permanecer como células de memória. Os Linfócitos classificam-se como:

- Linfócitos B: Produzem proteínas de defesa que permanecem soltas pelo plasma reconhecendo e marcando antígenos (defesa humoral).

- Linfócitos T Auxiliares (Linfócitos T4 ou Células CD4): reconhecem os invasores e estimulam a produção de Linfócitos B e Linfócitos T8 (Linfócitos matadores ou Células CD8). Em casos de AIDS, por exemplo, essas células são contaminadas e mortas, dessa forma não podem comunicar ao resto do sistema de defesa a necessidade de aumentar as defesas e, por consequência, a imunidade vai diminuindo e o indivíduo morre em decorrência da entrada de doenças oportunistas.

- Linfócitos T Matadores (Citotóxico ou CD8): reconhece e fagocita células defeituosas, infectadas por antígenos/invasores, de pessoas estranhas. Essas são as células que rejeitam órgãos transplantados. Produz Imunoglobulinas (proteínas recebedoras de antígenos nas membranas dos Linfócitos).

OBSERVAÇÃO: MEMÓRIA IMUNOLÓGICA

Cada vez que somos contaminados por uma determinada doença pela primeira vez (ou quando somos vacinados), o nosso organismo incia uma produção de anticorpos que irão destruir esses invasores. Nessa primeira invasão, o organismo sofrerá um pouco e levará certo tempo para se recuperar até que fabrique todos os anticorpos necessários para se proteger. No entanto, caso haja uma segunda exposição ao mesmo tipo de antígeno, já existirão células de defesa prontas e espalhadas pelo organismo, assim, o ataque aos antígenos será bem mais rápido e em maior intensidade, acelerando a expulsão dos agentes patogênicos. Veja no gráfico:

Fonte: https://1.bp.blogspot.com/

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copobqzpVntOZ_fcACLcBGAs/s1600/Abbas%2B8ed%2B image8.jpg (em: %2BImunologia%2BCelular%2Be%2BMolecular%2B_page1262_ 04.04.2018) Gráfico: Memória imunológica intensificada por repetidas exposições ao antígeno.

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