4 minute read

2.3. Vírus: Seres Sem Reino

Next Article
3.1. Imunologia

3.1. Imunologia

OBSERVAÇÃO: CIRCULAÇÃO COMPARADA ENTRE CORDADOS

Advertisement

Fonte: https://biologiaparaavida.files.wordpress.com/2016/09/a2b73-vertebrados1.png?w=1088 (02.04.2018)

OBSERVAÇÃO: CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO DE EXCRETA

- Amoniotélicos (animais que excretam amônia) → essa substância é extremamente tóxica aos organismos, sendo a alta solubilidade em água, uma propriedade química considerável durante a evolução principalmente dos invertebrados aquáticos e peixes ósseos. - Ureotélicos (animais que excretam ureia) → substância solúvel em água, contudo menos tóxica que a amônia. Sintetizada no fígado dos vertebrados a partir da reação da amônia e o gás carbônico, representa uma estratégia adaptativa de certos animais terrestres: os anelídeos, os peixes cartilaginosos, os anfíbios, e os mamíferos. - Uricotélico (animais que excretam ácido úrico) → substância de toxicidade baixa e insolúvel em água, uma forma mais adaptável à vida terrestre, utilizada pelos insetos, répteis e aves.

2.3. Os Vírus: Seres Sem Reino

A atual classificação de seres vivos não inclui os vírus entre os Reinos, uma vez que o conceito de “ser vivo” mais aceito até hoje, diz que todo e qualquer ser vivo é composto de células e possui metabolismo próprio. Assim, pelo fato de serem seres acelulares, não se encaixam como “ser vivo”. Porém, muitos cientistas defendem a ideia de que os vírus, por possuírem alta capacidade de mutação, capacidade de reprodução e hereditariedade, devem ser considerados como seres vivos de pouca complexidade.

O primeiro vírus estudado e descoberto foi o vírus do mosaico do fumo (VMF). Este, inicialmente, levou milhares de plantas de fumo à morte em plantações sem uma causa aparente conhecida. Inicialmente os cientistas pensaram que poderia se tratar de alguma bactéria ou fungo. Após sucessivos testes, perceberam que não se tratava de nada que conhecessem até o momento, então imaginaram se tratar de um veneno (vírus) que passava de planta a planta pelo ar, água ou solo. Mas com o advento do microscópio eletrônico de varredura (ME), a ciência começou a enxergar a existência desses diminutos organismos.

Sabemos, hoje, que os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, uma vez que não possuem mecanismos para fabricar as substâncias que os compõem. Todo e qualquer tipo de vírus é composto basicamente por uma capa proteica (capsídeo) que envolve um dos tipos de material genético (DNA ou RNA). Em casos emergenciais, os vírus podem utilizar a célula hospedeira para sintetizar um envoltório extra – o envelope – de constituição lipídica que garantirá uma proteção a mais para o vírus.

Todas as moléculas que compõem os vírus são “roubadas” das células hospedeiras, assim, podemos dizer que os vírus são “piratas das células”, isto é, entram na célula, retiram tudo que precisam e saem das células para contaminar outras células. No entanto, cada vírus fora de uma célula, não apresenta atividade nenhuma, sendo assim chamados de VÍRION.

Estrutura Viral

Fonte: https://2.bp.blogspot.com/-eIEjzrxWTeE/WLd888RyyDI/AAAAAAAAAJs/8CnRapSfJ1QpMKuVh2PmpSgiwLqdRtSPwCLcB/s1600/7.jpg (em: 03.04.2018)

A reprodução viral pode se dar de duas maneiras distintas, ambas no interior das células hospedeiras:

1ª) Ciclo Lítico: o material genético viral é injetado na célula hospedeira, multiplicado, encoberto por novos capsídeos e sai da célula rompendo-a. Em seguida os novos vírus contaminarão novas células.

2ª) Ciclo Lisogênico: o material genético viral, assim que entra em contato com a célula hospedeira, associase com o DNA celular. Só depois de um determinado tempo, será multiplicado e sairá da célula para contaminar novas células. Esse tipo de mecanismo pode gerar células hospedeiras com defeitos genéticos.

OBSERVAÇÕES

- Fagos: são vírus que atacam especificamente bactérias; - Príon: os príons NÃO são vírus, mas sim considerados apenas proteínas infectantes, como a do Mal da Vaca-Louca (Encefalopatia Espongiforme Bovina). - Citomegalovírus: é um tipo de vírus que possui os dois tipos de material genético simultaneamente. É anômalo em relação aos demais que possuem apenas DNA ou RNA. - No ano de 2015 foram descobertos vírus que possuem metabolismo próprio, sendo, apenas estes, chamados de seres vivos. São exceções dentre os vírus. - Arbovírus: são vírus transmitidos por artrópodes, como o vírus da Dengue que é transmitido por um mosquito.

Leitura complementar: Tipos de Vírus Quanto ao Material Genético

Disponível em: http://soumaisenem.com.br/biologia/programa-de-saude/virus-ii (03.04.2018) Por: Bruno Pires

Existem duas classificações básicas dos tipos virais, eles são divididos de acordo com o tipo de material genético que possuem.

- Adenovírus: Vírus que carregam DNA. Exemplos: Bacteriófago, Papilomavírus (HPV).

- RNA vírus: Vírus que possuem RNA.

Existe uma subdivisão do grupo dos RNA vírus, onde nós podemos encontrar mais quatro tipos virais:

*RNA fita positiva (+): Nesse tipo de vírus seu RNA atua diretamente como RNAm (mensageiro) viral, podendo ser diretamente traduzido pelos ribossomos citoplasmáticos da célula alvo, gerando rapidamente proteínas virais. Exemplos: Flavivírus (dengue / febre amarela) e Coronavírus (resfriados comuns).

* RNA fita negativa (-): O RNA desses tipos virais não pode atuar diretamente como RNAm, eles devem sofrer uma transcrição em outra fita complementar de RNA através de uma RNA replicase. Esse processo origina uma nova fita que pode atuar como RNAm viral. Exemplos: Rhabdovírus (raiva), Rubulavírus (rubéola) e Influenza (gripes).

* RNA dupla fita (ds): Uma das fitas de RNA desse tipo de vírus atua como RNAm viral, a outra é apenas um molde para replicação de novos materiais genéticos. Exemplos: Rotavírus (gastroenterite)

* Retrovírus: Esse tipo de vírus possui um RNA que sofrerá transcrição reversa (com a enzima transcriptase reversa), produzindo um DNA viral que é integrado ao genoma da célula hospedeira. Posteriormente esse DNA viral é transcrito em RNAm viral, dando início ao processo de síntese proteica. Exemplo: HIV (AIDS).

RASCUNHO

This article is from: