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[Português I]

PORTUGUÊS SUMÁRIO UNIDADE 1 - COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 1.1. Elementos da comunicação ...................................................................................................................... 03 1.2. Linguagem denotativa e conotativa .......................................................................................................... 05 1.3. Linguagem verbal e não verbal ................................................................................................................. 06 1.4. Variações linguísticas ................................................................................................................................ 06 1.5. Compreensão textual x interpretação textual ........................................................................................... 08 1.6. Coesão textual .......................................................................................................................................... 08 1.7. Gêneros x tipos textuais ........................................................................................................................... 09

UNIDADE 2 - FONOLOGIA 2.1. Encontros Vocálicos ................................................................................................................................. 14 2.2. Encontros consonantais ........................................................................................................................... 15 2.3. Dígrafos .................................................................................................................................................... 15

UNIDADE 3 - ACENTUAÇÃO GRÁFICA 3.1. Regras de acentuação gráfica ................................................................................................................. 17

UNIDADE 4 - SEMÂNTICA E ORTOGRAFIA 4.1. Significação das palavras ......................................................................................................................... 20 4.2. Ortografia ................................................................................................................................................. 25

UNIDADE 5 – MORFOLOGIA: ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 5.1. Elementos Mórficos .................................................................................................................................. 29 5.2. Processos de Formação .......................................................................................................................... 36

UNIDADE 6 - CLASSES GRAMATICAIS 6.1. Substantivo ................................................................................................................................................ 38 6.2. Artigo ........................................................................................................................................................ 40 6.3. Adjetivo ..................................................................................................................................................... 41 6.4. Numeral .................................................................................................................................................... 43 6.5. Pronome ................................................................................................................................................... 43 1.6. Coesão textual .......................................................................................................................................... 08 6.6. Colocação Pronominal ............................................................................................................................. 48

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UNIDADE 7 - CLASSES GRAMATICAIS II 7.1. Verbo ....................................................................................................................................................... 50 7.2. Advérbio .................................................................................................................................................... 55 7.3. Preposição ................................................................................................................................................ 56 7.4. Conjunção ................................................................................................................................................ 58

UNIDADE 8 - ANÁLISE SINTÁTICA 8.1. Sujeito ....................................................................................................................................................... 61 8.2. Predicado ................................................................................................................................................. 63 8.3. Complementos verbais ............................................................................................................................ 64 8.4. Agente da passiva .................................................................................................................................... 65 8.5. Adjunto Adverbial ..................................................................................................................................... 65 8.6. Adjunto Adnominal .................................................................................................................................... 65 8.7. Predicativo ................................................................................................................................................ 66 8.8. Complemento Nominal ............................................................................................................................. 66 8.9. Aposto ...................................................................................................................................................... 67 8.10. Vocativo ................................................................................................................................................. 67

EXERCÍCIOS Enem e Vestibulares ....................................................................................................................................... 68

Material didático elaborado pela Prof. Giovana Souza, formada em Letras pela UFSM, com ampla experiência em cursos preparatórios para vestibulares e ENEM. Ministra aulas desde 2000.

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[Português I]

UNIDADE 1 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Para compreender e interpretar textos, faz-se necessário entender como a língua e o processo de comunicação se caracterizam. a) Comunicação: ocorre quando uma mensagem é transmitida e decodificada, ou seja, quando ela é compreendida. b) Linguagem: é todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação. Pode ser verbal e não verbal. c) Língua: é a linguagem que se utiliza da palavra para realizar o ato de comunicação. Língua é a linguagem verbal utilizada por um grupo de indivíduos que constitui uma comunidade e, portanto, também é considerada um aspecto da linguagem. d) Fala: é a realização concreta da língua, feita por um indivíduo da comunidade em um determinado momento. É um ato individual que cada membro pode efetuar com o uso da linguagem. e) Código: é um sistema de sinais preestabelecido entre emissor e receptor empregado para a transmissão de mensagens.

1.1. Elementos da comunicação

Função Referencial: transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere. Ex.: "Um dos temas estudados na fonologia é a ortoépia, que é o estudo da pronúncia correta das palavras. A prosódia, por sua vez, trata também da pronúncia das palavras, mas se limita à tonicidade das sílabas." https://www.todamateria.com.br/funcao-referencial/ Função Emotiva: reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores da função emotiva em um texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação.

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[Português I] Ex.: "Não permita Deus que eu morra Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu’inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá." (Trecho da Canção do Exílio, de Gonçalves Dias) Função Apelativa: objetiva influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. Ex.: Dê férias para seus pés. (Chinelos Rider)

Função Poética: É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade. Ex.:

https://portugues.uol.com.br/redacao/funcao-poetica.html

Função Fática: Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende? Não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares. Ex.: “Ei você aí, me dá um dinheiro aí Me dá um dinheiro aí” (Trecho de Me Dá Um Dinheiro Aí, de Ivan Ferreira)

Função Metalinguística: Refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem.

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[Português I] Ex.: "di.ci.o.ná.rio sm (lat dictione) Coleção de vocábulos de uma língua, de uma ciência ou arte, dispostos em ordem alfabética, com o seu significado ou equivalente na mesma ou em outra língua. Sin: léxico, vocabulário, glossário. D. vivo: indivíduo muito erudito ou de grande memória." (Definição retirada do Dicionário Michaelis)

1.2 LINGUAGEM DENOTATIVA E CONOTATIVA Sentido conotativo é a linguagem em que a palavra é utilizada no sentido figurado. É muito utilizado na literatura, porque, no meio literário, muitas palavras têm forte carga de sensações e sentimentos. Já o sentido denotativo é a linguagem em que a palavra é utilizada em seu sentido próprio, literal, original, real, objetivo. Nas tirinhas abaixo é possível perceber claramente o sentido conotativo da linguagem.

https://www.google.com.br/search?q=tirinha+armandinho+vendo+por+do+sol&rlz=1C1GGRV_enBR821BR821&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiqqoWp0YbfAhUCIJAKHUl3CvEQ_AUIDig B&biw=1366&bih=657#imgrc=SfdRr_iPi_9qKM:

https://www.google.com.br/search?q=tirinha+armandinho+vendo+por+do+sol&rlz=1C1GGRV_enBR821BR821&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiqqoWp0YbfAhUCIJAKHUl3CvEQ_ AUIDigB&biw=1366&bih=657#imgrc=SfdRr_iPi_9qKM:

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1.3 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL Tanto a linguagem verbal quanto a não verbal são modalidades comunicativas já que representam o uso da língua em diferentes situações. Linguagem não verbal

Linguagem verbal

https://www.google.com.br/search?q=%C3%A9+proibido+fumar&rlz=1C1GGRV

Linguagem mista

https://www.google.com.br/search?q=%C3%A9+proibido+fumar&rlz=1C1GGRV_

1.4 VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS A variação linguística é um fenômeno natural que ocorre pela diversificação dos sistemas de uma língua em relação às possibilidades de mudança de seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe). Ela existe porque as línguas possuem a característica de serem dinâmicas e sensíveis a fatores como a região geográfica, o sexo, a idade, a classe social do falante e o grau de formalidade do contexto da comunicação. Tipos de variação linguística: Variedade regional: São aquelas que demonstram a diferença entre as falas dos habitantes de diferentes regiões do país, diferentes estados e cidades.

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[Português I]

A tirinha acima representa claramente a linguagem “caipira”, muitas vezes associada à região rural. Já a que aparece a seguir é a representação do povo gaúcho.

etrasmarques2013.blogspot.com/2013/08/regionalismos.html

Variedades sociais: São variedades que possuem diferenças em nível fonológico ou morfossintático. Ex.: “Muié” em vez de mulher; “coiê” em vez colher; “vi ela” no lugar de vi-a. Variedades estilísticas: São as mudanças da língua de acordo com o grau de formalidade, ou seja, a língua pode variar entre uma linguagem formal ou uma linguagem informal. 

Linguagem formal: é usada em situações comunicativas formais, como uma palestra, um congresso, uma reunião empresarial, etc.

Linguagem Informal: é usada em situações comunicativas informais, como reuniões familiares, encontro com amigos, etc. Nesses casos, há o uso da linguagem coloquial.

Gíria ou Jargão: É um tipo de linguagem utilizada por um determinado grupo social, fazendo com que se diferencie dos demais falantes da língua. A gíria é normalmente relacionada à linguagem de grupos de jovens (skatistas, surfistas, rappers, etc.). O jargão é, em geral, relacionado à linguagem de grupos profissionais (professores, médicos, advogados, etc.)

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1.5 Compreensão textual x interpretação textual Compreender um texto não é o mesmo que interpretar, pois o compreender está no texto e as questões de vestibulares e concursos públicos trazem no comando expressões como “segundo o texto”, “segundo o autor”, “o texto informa que”, “está explícito que”...; já o interpretar está além do texto e os comandos das questões são “depreende-se que”, “infere-se”, “conclui-se”, “é possível afirmar a partir do texto”, “está implícito”... Sendo assim, é relevante, durante a leitura, sublinhar e tomar notas, criar imagem mental, parafrasear partes do texto, sintetizar à medida que avança. Para uma boa interpretação, é preciso levar em conta os enunciados das entrelinhas, ou seja, os implícitos: pressupostos e subentendidos.  Pressuposto: pressupor um conteúdo consiste em apresentá-lo como já conhecido pelo leitor, como algo comum do qual o novo discurso partirá. Sendo assim, o enunciador pode sempre atribuir o pressuposto ao senso-comum, a fatos que são conhecidos por todos. 

Subentendido: deixar algo subentendido é construir a enunciação de tal forma que se deixe algo dito sem necessariamente dizê-lo. Assim, o enunciador assume a responsabilidade do que está implícito.

Com isso, concluímos que, ao deixar algo subentendido, o autor da frase assume a responsabilidade de deixar propositalmente algo dito nas entrelinhas‖. Ao deixar algo pressuposto, o autor da frase presume que os seus ouvintes/falantes têm conhecimento sobre o que foi dado como conhecido por todos. Ex.: a)

Alunos

que

estudam

de

manhã

costumam

ter

melhor

esqueça

de

levar

rendimento.

Pressuposto: Há alunos que não estudam de manhã. b)

Quando

sair

de

casa,

não

se

um

casaco.

Subentendido: Está frio lá fora.

1.6 Coesão textual A coesão é o recurso linguístico responsável por encadear as palavras e frases ao longo do texto. Estratégias coesivas Substituição: Uma expressão pode ser colocada no lugar de outro elemento textual, a fim de evitar repetições. Esse recurso é muito utilizado em textos de provas, e pode ser objeto de questão de prova. Ex.: Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Eles foram acompanhados pelos professores da escola. Elipse: Neste caso, uma expressão é omitida, pelo fato de ser facilmente compreendida no contexto em que está aplicada. Ex.: Maria faz o almoço e ao mesmo tempo (Maria) conversa ao telefone com a amiga.

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[Português I] Conexão: As sentenças de um texto se relacionam umas com as outras por meio de palavras que estabelecem ligações, conexões. As principais classes gramaticais que funcionam como conectivos (elementos de conexão) são os advérbios (e, logicamente, locuções adverbiais) e as conjunções (e locuções conjuntivas). Ex.: Como não consegui ingressos, não fui ao show, contudo, assisti ao espetáculo pela televisão. Coesão lexical: ocorre por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos ou heterônimos. Ex.: Machado de Assis é considerado o maior escritor brasileiro. O carioca nasceu no dia 21 de junho de 1839 e faleceu no Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1908. Gênio maior de nossas letras, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. ATENÇÃO!  Hipônimos: todos os vocábulos que, em um processo de coesão, apresentam um significado menos abrangente. 

Hiperônimos: todos os vocábulos que, em um processo de coesão, apresentam um significado mais abrangente.

Observe alguns exemplos: Animais é hiperônimo de gato e cachorro. Legume é hiperônimo de batata e cenoura. Bebida é hiperônimo de refrigerante e suco. Doença é hiperônimo de sarampo e rubéola.

1.7 Gêneros x tipos textuais Gêneros textuais são grupos específicos de textos de qualquer natureza, literários ou não. Dessa forma, podem ser considerados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites, atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comédias, contos de fadas, convênios, crônicas, editoriais, ementas, ensaios, entrevistas, circulares, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, instruções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias, entre outros. Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que existem inúmeros gêneros textuais dentro das categorias tipológicas de texto. Em outras palavras, gêneros textuais são estruturas textuais peculiares que surgem dos tipos de textos: narrativo, descritivo, dissertativo- argumentativo, expositivo e injuntivo. Tipos textuais  Narrativo Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. Sua estrutura é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos: - Romance - Novela - Crônica - Contos de Fada - Fábula - Lendas

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[Português I] 

Descritivo

Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos, os quais descrevem ou apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do locutor (emissor). São exemplos de gêneros textuais descritivos: - Diário - Relatos (viagens, históricos, etc.) - Biografia e autobiografia - Notícia - Currículo - Lista de compras - Cardápio - Anúncios de classificados -

 Dissertativo-argumentativo Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese (desenvolvimento), nova tese (conclusão). Exemplos de gêneros textuais dissertativos: - Editorial Jornalístico - Carta de opinião - Resenha - Artigo - Ensaio - Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado -

 Texto expositivo Os textos expositivos possuem a função de expor determinada ideia, por meio de recursos como: definição, conceituação, informação, descrição e comparação. Alguns exemplos de gêneros textuais expositivos: - Seminários - Palestras - Conferências - Entrevistas - Trabalhos acadêmicos - Enciclopédia - Verbetes de dicionários  Texto injuntivo O texto injuntivo, também chamado de texto instrucional, é aquele que indica uma ordem, de modo que o locutor (emissor) objetiva orientar e persuadir o interlocutor (receptor). Por isso, apresentam, na maioria dos casos, verbos no imperativo. Alguns exemplos de gêneros textuais injuntivos: - Propaganda - Receita culinária - Bula de remédio - Manual de instruções - Regulamento - Textos prescritivos

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[Português I] Gêneros textuais Tirinha: as tirinhas são geralmente voltadas para o humor. Logo, um dos conteúdos que pode ser cobrado é a relação entre o humor provocado pela tirinha e os recursos linguísticos que o possibilitam. Um item bastante explorado neste gênero é a linguagem coloquial, muito utilizada em várias tirinhas. A banca também pode aproveitar para cobrar alguma construção gramatical interessante utilizada nos balões da tirinha, portanto é nesse gênero textual que você deve cuidar a ligação entre gramática e interpretação de textos. Além disso, a linguagem não verbal é parte essencial da compreensão de uma tirinha. Charge: muito similares às tirinhas, as charges apresentam um conteúdo mais preocupado com o aspecto social, muitas vezes político-social. Geralmente, a charge apresenta um humor voltado para a crítica. Sendo assim, o aluno deve saber que uma das principais questões cobradas, quando o texto de uma prova é uma charge, é aquela que solicita a crítica que está implícita na charge. Além disso, a charge depende, quase sempre, do contexto. É muito mais fácil ler e compreender uma tirinha que não possua a data de publicação do que uma charge. Notícia: a notícia é geralmente um texto curto que relata algum fato atual. O objetivo principal é informar o leitor sobre algo que aconteceu há pouco tempo ou que está acontecendo. Sendo assim, a notícia é um exemplo clássico de texto informativo, isto é, não-literário. Em provas de vestibulares, acaba sendo utilizado em função de sua praticidade e objetividade. A notícia às vezes é acompanhada de texto não verbal. Reportagem: mais extensa do que a notícia e não necessariamente sobre um fato atual, a reportagem tem como principal marca os comentários feitos pelo autor em relação ao fato que está sendo relatado. Geralmente, uma reportagem pressupõe um fato que já fora noticiado. Diante disso, a reportagem apresenta marcas de opinião, explícitas ou implícitas. É comum também a presença de dados estatísticos e da voz de outros autores, para corroborar o que está sendo reportado. A reportagem geralmente é acompanhada de texto não verbal. Crônica: É importante destacar que este é um dos gêneros em prosa mais cobrados em vestibulares. A crônica se caracteriza diretamente pela manifestação explícita da opinião crítica do autor. Diante disso, a crônica pode apresentar (ou não) aspectos da linguagem coloquial, numa tentativa de aproximar o leitor do texto. Há também constantes presenças de referências ao leitor, com o mesmo objetivo. Ao encontrar uma crônica em uma prova de vestibular, esteja preparado para questões que envolvam a opinião do autor do texto. Poema: O poema se caracteriza principalmente pela subjetividade da linguagem, ou seja, por ser um ótimo exemplo de texto literário. Figuras de linguagem são utilizadas em larga escala, o que exige uma maior atenção do aluno e uma necessidade de identificar os recursos linguísticos utilizados para a composição deste gênero textual. Mais cobrado em provas de literatura brasileira, ninguém está livre de encontrar um poema na prova de língua portuguesa. Publicidade: O gênero publicidade compreende todo e qualquer tipo de propaganda e se caracteriza principalmente pelo destaque à função conativa ou apelativa da linguagem. Assim, as provas geralmente utilizam este tipo de texto para cobrar questões relacionadas ao verbo (modo imperativo, por exemplo) ou à análise sintática e pontuação (vocativo). Além disso, esteja preparado para questões que cobrem os recursos linguísticos (incluindo a linguagem não verbal) utilizados para captar a atenção do leitor.

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UNIDADE 2 FONOLOGIA Fonologia é o ramo da linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira como os fones (sons) se organizam dentro de uma língua, classifica-os em unidades capazes de distinguir significados, chamadas fonemas. A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono ("som, voz") e log, logia ("estudo", "conhecimento"). Significa literalmente "estudo dos sons" ou "estudo dos sons da voz". O homem, ao falar, emite sons. Cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar esses sons no ato da fala. Essas particularidades na pronúncia de cada falante são estudadas pela fonética. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras: amor - ator morro - corro vento - cento Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que você, como falante de português, guarda de cada um deles. É essa imagem acústica, esse referencial de padrão sonoro, que constitui o fonema. Os fonemas formam os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparecem representados entre barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc. Fonema e letra 1) O fonema não deve ser confundido com a letra. Na língua escrita, representamos os fonemas por meio de sinais chamados letras. Portanto, letra é a representação gráfica do fonema. Na palavra saia, por exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra casa, a letra s representa o fonema /z/ (lê-se zê). 2) Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x. Exemplos: zero brasa exame 3) Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra x, por exemplo, pode representar: - o fonema sê: texto - o fonema zê: examinar - o fonema chê: enxame - o grupo de sons ks: nexo

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[Português I] 4) O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas. Exemplos: Nexo Ganho

fonemas:

/n/e/k/s/o/

fonemas:

12345 /g/a/nh/o/

letras:

nexo

letras:

1234 ga lho

12 3 4

12345

5) As letras m e n, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: planta = plãta canta = cãta Nessas palavras, m e n indicam a nasalização das vogais que as antecedem. Veja ainda: nove: o /n/ é um fonema; ronda: o n não é um fonema; o fonema é /õ/, representado na escrita pelas letras o e n. 6) A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema. Exemplos: Hora

fonemas:

ho / j / e /

letras:

1 2 3

hora 1234

Vogais

As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas. Portanto, em toda sílaba há necessariamente uma única vogal. Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser: a) Orais: quando o ar sai apenas pela boca. Por exemplo: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/. b) Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. Por exemplo: /ã/: rã, manto, tampa / /: gente, tempero / /: rindo, mim /õ/ conde, rombo / / nunca, álbum

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2.1. Encontros Vocálicos Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato. 1. DITONGO: encontro, em uma mesma sílaba, de uma semivogal e uma vogal ou vice-versa. Pode ser:  Decrescente (SV+V) = mãe  Crescente (V+SV) = in – fân – cia Na língua portuguesa, os sons podem ser orais ou nasais. São sinais de nasalização: m, n e til. Dessa forma, o ditongo da palavra infância é oral e o da palavra mãe é nasal. Para que o m ou o n sejam sinais de nasalização, é preciso aparecerem no final de sílabas das palavras. AM, AN EM, EN IM, IN OM, ON UM, UN

No final de sílabas, serão sinais de nasalização.

Ex.: Cantam Mentem Mim Próton Mundo IMPORTANTE: esses encontros são nasais, mas nem sempre ditongos. Para que possam ser classificados como ditongos, é necessário que apareçam no final da palavra e só vale para os grupos: am, em, en. Ex.: Can – tam DITONGO DECRESCENTE NASAL

2. TRITONGO: encontro de SV + V + SV na mesma sílaba. Também pode ser oral ou nasal. Ex.: Paraguai = tritongo oral Enxáguem = tritongo nasal Observação: é preciso ter cuidado com os grupos GU/QU, pois nem sempre o /u/ é pronunciado, não constituindo fonema (quero = /k//e//r//o/). 3. HIATO: encontro de duas vogais em sílabas separadas. Ex.: Sa – a – ra Ru – í – na Ju – iz

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2.2 Encontros consonantais Encontros consonantais são encontros de consoantes, sem vogais intermediárias, na mesma ou em outra sílaba.  Encontros consonantais perfeitos são os que ocorrem na mesma sílaba: blu-as; bra-ço; pneu.  Encontros consonantais imperfeitos são os que ocorrem em sílabas separadas: ad-je-ti-vo; sublo-car.

2.3 Dígrafos Dígrafo é o encontro entre duas letras com apenas um fonema. Assim, ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, gu e qu são dígrafos. Atenção aos encontros –am, -an, -em, -en, -im, -in, -om, -on, -um, -un que também são dígrafos (vocálicos) quando no final de sílabas. Exemplos: chuva, velho, vinho, carro, nascimento, nasço, excelente, sangue, aquilo, canto, rindo, vendo...

http://atividadeslinguaportuguesa.blogspot.com/2014/05/atividades-diversas-sobre-tipos-de.html

Observe as palavras retiradas da tirinha acima: pessoa – importante – trabalho – isso – gentil – bem – mundo. - pessoa = dígrafo - importante = dígrafos - trabalho = encontro consonantal e dígrafo, respectivamente - isso = dígrafo - gentil = dígrafo - bem = ditongo decrescente nasal - mundo = dígrafo

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UNIDADE 3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA A acentuação gráfica, quando indica a sílaba tônica da palavra em questão, obedece a uma lógica própria. Observe as palavras cítara, citara e citará. A leitura proparoxítona da primeira e a leitura oxítona da última são indicadas pelos acentos respectivos. Já a leitura paroxítona da segunda é indicada pela ausência do acento gráfico. Assim, de acordo com a lógica que rege o sistema de acentuação gráfica, a ausência do acento gráfico é tão significativa quanto sua presença.

https://www.colegioweb.com.br/acentuacao-grafica/classificacao-dos-vocabulos-quanto-ao-acento-tonico.html

Quando ouvimos a emissão de uma palavra com duas ou mais sílabas, percebemos sempre que existe uma sílaba de intensidade sonora maior que as outras. Veja as palavras abaixo: Na palavra “motor”, tor tem mais intensidade. Em “ligeiro”, gei tem intensidade maior. Já no vocábulo “sólido”, o só é quem ganha mais destaque. Quando ocorre de uma sílaba possuir maior intensidade na palavra, em meio às demais sílabas, temos um processo que confere melodias às frases. Essas silabas podem ser classificadas quanto às suas intensidades: Tônica: trata-se da sílaba com pronúncia mais intensa. Átona: aquela sílaba que possui menor intensidade na pronúncia. Subtônica: são as sílabas intermediárias. São possíveis em algumas palavras derivadas e fazem parte da sílaba tônica primitiva. Confira alguns exemplos abaixo: Palavra inicial: ca –fé, com sílaba átona e tônica Palavra derivada: ca -fe -zi –nho, com sílaba átona, subtônica, tônica e átona POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA A partir do local em que está situada a sílaba tônica, podemos classificar cada vocábulo da língua portuguesa, seja ele com duas ou mais sílabas. Oxítona: aquela palavra cuja sílaba tônica é a última. Exemplos: avó, urubu, parabéns Paroxítona: aquela palavra cuja sílaba tônica é a penúltima. Exemplos: dócil, suavemente, banana Proparoxítona: palavra cuja sílaba tônica é a antepenúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo

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3.1. Regras de acentuação gráfica

https://www.colegioweb.com.br/wp-content/uploads/2012/05/219.jpg

OXÍTONAS As palavras oxítonas necessitam receber acento gráfico quando forem terminadas em A – E – O (seguidos ou não de S) – EM – ENS. Exemplos: Paraná, cafés, cipós, alguém, parabéns. Atenção a algumas palavras oxítonas: cateter, mister, Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter.

PAROXÍTONAS As palavras paroxítonas devem ser acentuadas quando forem terminadas em i(is), u(us), um, uns, ão(s), ã(s), r, l, x, n, ps, ditongos. Exemplos: júri, vírus, órgão, ímã, éter, ônix, pólen, ágil, bíceps, lírio. Atenção a algumas palavras paroxítonas: avaro, aziago, boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, Normandia, pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubrica, subido(a).

PROPAROXÍTONAS Acentuam-se todas as palavras proparoxítonas. Exemplos de proparoxítonas: aerólito, bávaro, bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pântano, trânsfuga.

MONOSSÍLABAS TÔNICAS Monossílabas tônicas são aquelas que possuem autonomia fonética, ou seja, não necessitam se apoiar em outro vocábulo para demonstrar valor fonético. Dessa forma, tendo em vista as regras de acentuação, das quais já temos certo conhecimento, vale dizer que aqueles que os representam são terminados em: -a(s):há, chá, pá, cá, lá... -e(s):dê, lê, ré, pé, vê... -o(s): nó, dó, pôs, só, nós...

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[Português I] Os monossílabos considerados como átonos não possuem essa autonomia fonética, sendo necessário se apoiarem em sílabas de vocábulos posteriores, fato que faz prevalecer mais o som desta (sílaba do vocábulo posterior) do que daquela (monossílabo átono). A título de constarmos, analisemos um exemplo: “Sei que não vai dar em nada Seus segredos sei de cor”. Constatamos que os monossílabos que se encontram (que, em e de) em destaque realmente não apresentam o mesmo aspecto que os tônicos (a autonomia fonética). Portanto, são exemplos de tal modalidade: o (s), a (s), me, te, se, lhe, nos, de, em, que, etc.

DITONGOS ABERTOS

https://professordiegodelpasso.wordpress.com/2016/03/06/regras-de-acentuacao-grafica/

Os ditongos abertos na língua portuguesa são ÉI, ÓI, ÉU e, após a Reforma Ortográfica, ÉI e ÓI sofreram alteração na regra de acentuação. Ou seja, esses ditongos só recebem acento gráfico em palavras oxítonas ou monossílabas, portanto a palavra “bóia” que aparece no quadrinho acima deve ser grafado sem o acento gráfico. Exemplos de monossílabos que perderam o acento gráfico: ideia, assembleia, jiboia, joia... (todas paroxítonas) Exemplos de monossílabos que continuam com o acento gráfico: coronéis, constrói, rói... (oxítonas ou monossílabas) O ditongo aberto ÉU não sofreu alteração com a Reforma, pois esse encontro não aparece em paroxítonas. Exemplo: chapéu, réu, céu...

HIATOS A regra de acentuação gráfica para hiatos, após Reforma Ortográfica, permaneceu apenas para o I ou U tônicos. Quando o I ou o U constituírem a sílaba tônica de uma palavra, devem-se considerar alguns aspectos: - precisam estar sozinhos na sílaba ou acompanhados de S; - precisam ser a segunda vogal do hiato; - não podem ser vogais repetidas; - não podem ser seguidos de NH; - não podem ser antecedidos de ditongo. Exemplos: heroína, balaústre, viúvo, ruína, ventoinha, xiita, feiura.

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[Português I]

ACENTO DIFERENCIAL Os acentos diferenciais servem para diferenciar palavras homógrafas (aquelas que apresentam a mesma grafia), indicando a pronúncia aberta ou fechada da sílaba tônica. Atualmente, algumas poucas palavras continuam a receber o acento diferencial.

Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)

Pôr (verbo) Por (preposição)

Atenção à acentuação de alguns verbos! Ele tem – eles têm Eles vem – eles vêm

Leitura complementar: Reforma Ortográfica Uma reforma ortográfica é uma grande alteração no sistema ortográfico de uma determinada língua. Foi o que ocorreu com o acordo ortográfico entre os países de língua portuguesa, em 1º de janeiro de 2009, que teve como objetivo simplificar as regras ortográficas, unificar a grafia e aumentar o prestígio social da língua no cenário internacional.

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[Português I]

UNIDADE 4 SEMÂNTICA E ORTOGRAFIA Em linguística, a semântica estuda o significado e a interpretação do significado de uma palavra, de um signo, de uma frase ou de uma expressão em um determinado contexto. Nesse campo de estudo se analisa, também, as mudanças de sentido que ocorrem nas formas linguísticas devido a alguns fatores, tais como tempo e espaço geográfico. Enem 2012

4.1. Significação das palavras SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS

Sinônimos são palavras que possuem significado próximo dentro de um contexto como, por exemplo, casa, lar, moradia e residência, porém é importante observar que nem sempre todas se encaixam adequadamente em todos os contextos. Observe que comprar uma casa nova não é como comprar um lar novo – o que ficaria estranho. Obs.: o uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade nos processos de retomada de elementos que inter-relacionam as partes dos textos. Antônimos são palavras de sentidos opostos, contrários, como, por exemplo, feliz – triste, ausência – presença, etc.

HIPÔNIMOS E HIPERÔNIMOS Hiperonímia = como o próprio prefixo já nos indica, esta palavra confere-nos uma ideia de um todo, sendo que desse todo se originam outras ramificações. Hiponímia = demarcando o oposto do conceito da palavra anterior, podemos afirmar que ela representa cada parte, cada item de um todo.

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[Português I] GATO BORBOLETA ANIMAIS

PEIXE

CAVALO

POLISSEMIA A polissemia representa a multiplicidade de significados de uma palavra. Ex.: Com o decorrer do tempo, determinado termo adquiriu um novo significado, entretanto, ainda se relaciona com o original, por exemplo: A criança quebrou a perna porque caiu de bicicleta. A perna da cadeira quebrou porque estava enferrujada.

https://brainly.com.br/tarefa/12136785

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO A conotação designa o sentido virtual, figurado e subjetivo da palavra, alargando o seu campo semântico. Assim, depende do contexto. Na maioria das vezes, a conotação é utilizada nos textos poéticos com o intuito de produzir sensações no leitor. A denotação designa o sentido real, literal e objetivo da palavra. Ela explora uma linguagem mais informativa, em detrimento de uma linguagem mais poética (conotativa). É muito utilizada nos trabalhos acadêmicos, jornais, manuais de instruções, dentre outros.

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[Português I]

HOMONÍMIA São palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas significados diferentes. Os vocábulos que possuem a mesma pronúncia, mas grafia diferente são chamados de homônimos homófonos e os que possuem a mesma grafia, mas pronúncia diferente são os homônimos homógrafos.

acender (colocar fogo) acento (sinal gráfico) acerto (ato de acertar) apreçar (ajustar o preço) bucheiro (tripeiro) bucho (estômago) caçar (perseguir animais) cegar (deixar cego) cela (pequeno quarto) censo (recenseamento) céptico (descrente) cerração (nevoeiro) cerrar (fechar) cervo (veado) chá (bebida) cheque (ordem de pagamento) círio (vela) cito (forma do verbo citar) concertar (ajustar, combinar) concerto (sessão musical) coser (costurar) esotérico (secreto) espectador (aquele que assiste) esperto (perspicaz) espiar (observar) espirar (soprar, exalar) estático (imóvel) esterno (osso do peito) estrato (camada) estremar (demarcar) incerto (não certo, impreciso) incipiente (principiante) laço (nó) ruço (pardacento, grisalho) tacha (prego pequeno) tachar (atribuir defeito a)

VOCÁBULOS HOMÓFONOS ascender (subir) assento (local onde se senta) asserto (afirmação) apressar (tornar rápido) buxeiro (pequeno arbusto) buxo (arbusto) cassar (tornar sem efeito) segar (cortar, ceifar) sela (forma do verbo selar; arreio) senso (entendimento, juízo) séptico (que causa infecção) serração (ato de serrar) serrar (cortar) servo (criado) xá (antigo soberano do Irã) xeque (lance no jogo de xadrez) sírio (natural da Síria) sito (situado) consertar (reparar, corrigir) conserto (reparo) cozer (cozinhar) exotérico (que se expõe em público) expectador (aquele que tem esperança, que espera) experto (experiente, perito) expiar (pagar pena) expirar (terminar) extático (admirado) externo (exterior) extrato (o que se extrai de algo) extremar (exaltar, sublimar) inserto (inserido, introduzido) insipiente (ignorante) lasso (frouxo) russo (natural da Rússia) taxa (imposto, tributo) taxar (fixar taxa)

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[Português I] VOCÁBULOS HOMÓGRAFOS almoço (substantivo, nome da refeição) almoço (forma do verbo almoçar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo) gosto (substantivo) gosto (forma do verbo gostar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo) jogo (substantivo) jogo (forma do verbo jogar na 1ª pessoa do tempo presente do modo indicativo colher (substantivo) colher (verbo) Fica evidente que para entender o significado das palavras homógrafas é preciso de um contexto. HOMÔNIMOS PERFEITOS Possuem a mesma grafia e o mesmo som. Por exemplo: Eu cedo este lugar para a professora. (cedo = verbo) Cheguei cedo para a entrevista. (cedo = advérbio de tempo)

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[Português I] VOCÁBULOS PARÔNIMOS É a relação que se estabelece entre palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita. absolver (perdoar, inocentar) apóstrofe (figura de linguagem) aprender (tomar conhecimento) arrear (pôr arreios) ascensão (subida) bebedor (aquele que bebe) cavaleiro (que cavalga) comprimento (extensão) deferir (atender) delatar (denunciar) descrição (ato de descrever) descriminar (tirar a culpa) despensa (local onde se guardam mantimentos) docente (relativo a professores) emigrar (deixar um país) eminência (elevado) eminente (elevado) esbaforido (ofegante, apressado) estada (permanência em um lugar) flagrante (evidente) fluir (transcorrer, decorrer) fusível (aquilo que funde) imergir (afundar) inflação (alta dos preços) infligir (aplicar pena) mandado (ordem judicial) peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos) precedente (que vem antes) ratificar (confirmar) recrear (divertir) soar (produzir som) sortir (abastecer, misturar) sustar (suspender) tráfego (trânsito) vadear (atravessar a vau)

absorver (aspirar, sorver) apóstrofo (sinal gráfico) apreender (capturar, assimilar) arriar (descer, cair) assunção (elevação a um cargo) bebedouro (local onde se bebe) cavalheiro (homem gentil) cumprimento (saudação) diferir (distinguir-se, divergir) dilatar (alargar) discrição (reserva, prudência) discriminar (distinguir) dispensa (ato de dispensar) discente (relativo a alunos) imigrar (entrar num país) iminência (qualidade do que está iminente) iminente (prestes a ocorrer) espavorido (apavorado) estadia (permanência temporária em um lugar) fragrante (perfumado) fruir (desfrutar) fuzil (arma de fogo) emergir (vir à tona) infração (violação) infringir (violar, desrespeitar) mandato (procuração) pião (tipo de brinquedo) procedente (proveniente; que tem fundamento) retificar (corrigir) recriar (criar novamente) suar (transpirar) surtir (produzir efeito) suster (sustentar) tráfico (comércio ilegal) vadiar (andar ociosamente)

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[Português I]

4.2. Ortografia

https://dicionarioegramatica.com.br/2016/11/02/mao-de-obra-nao-leva-hifen-na-nova-ortografia/

A Ortografia estuda a forma correta de escrita das palavras de uma língua. Do grego "ortho", que quer dizer correto e "grafo", por sua vez, que significa escrita. A ortografia é influenciada pela etimologia e fonologia das palavras. Além disso, são feitas convenções entre os falantes de uma mesma língua que visam unificar a sua ortografia oficial. Algumas regras: Uso do x/ch O x é utilizado nas seguintes situações: Geralmente, depois dos ditongos: caixa, deixa, peixe. Depois da sílaba -me: mexer, mexido, mexicano. Palavras com origem indígena ou africana: xará, xavante, xingar. Depois da sílaba inicial -en: enxofre, enxada, enxame. Exceção: O verbo encher escreve-se com ch. O mesmo acontece com as palavras que dele derivem: enchente, encharcar, enchido. Uso do s/z O s é utilizado nas seguintes situações: Nos adjetivos terminados pelos sufixos -oso/-osa que indicam grande quantidade, estado ou circunstância: bondoso, feiosa, oleoso. Nos sufixo -ês, -esa, -isa que indicam origem, título ou profissão: marquês, francesa, poetisa. Depois de ditongos: coisa, maisena, lousa. Na conjugação dos verbos pôr e querer: pôs, quis, quiseram. O z, por sua vez, é utilizado nas seguintes situações: Nos sufixos -ez/-eza que formam substantivos a partir de adjetivos: magro - magreza, belo - beleza, grande grandeza. No sufixo -izar, que forma verbo: atualizar, batizar, hospitalizar. PALAVRAS E EXPRESSÕES QUE OFERECEM DIFICULDADES Abaixo / A baixo Leia mais sobre esse assunto abaixo. (em posição inferior) Olhou-me de cima a baixo com olhar de desaprovação. (relação com a expressão "de cima" ou "de alto") Onde / Aonde Não sei onde deixei meus livros. (não sugere movimento) Aonde vamos no final de semana? (sugere movimento)

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[Português I] Mas / Mais Eu falo, mas ele nunca me ouve. (porém) Isto é o que mais gosto de fazer! (aumento de quantidade) Acerca / A cerca / Há cerca Nossa opinião acerca do tema é que tais ações são de extrema importância. (sobre) Estamos a cerca de 15 km de São Paulo. (proximidade) Há cerca de um mês que estamos esperando a consulta. (tempo decorrido) USO DO HÍFEN Regra Geral A letra “H” é uma letra sem personalidade, sem som. Em “Helena”, não tem som; em "Hollywood”, tem som de “R”. Portanto, não deve aparecer encostado em prefixos:    

pré-história anti-higiênico sub-hepático super-homem

Então, letras IGUAIS, SEPARA. Letras DIFERENTES, JUNTA. Anti-inflamatório

neoliberalismo

Supra-auricular

extraoficial

Arqui-inimigo

semicírculo

sub-bibliotecário superintendente Quanto ao "R" e o "S", se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá ser dobrada: suprarrenal (supra+renal)

ultrassonografia (ultra+sonografia)

minissaia

antisséptico

contrarregra

megassaia

Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito nenhum.   

Sub-reino ab-rogar sob-roda

ATENÇÃO! Quando dois “R” ou “S” se encontrarem, permanece a regra geral: letras iguais, SEPARA. super-requintado

super-realista

inter-resistente

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[Português I] CONTINUAMOS A USAR O HÍFEN Depois dos prefixos “ex-, sota-, soto-, vice- e vizo-“: Ex-diretor, Ex-hospedeira, Sota-piloto, Soto-mestre, Vice-presidente , Vizo-rei Depois de “pós-, pré- e pró-“, quando TEM SOM FORTE E ACENTO. pós-tônico, pré-escolar, pré-natal, pró-labore pró-africano, pró-europeu, pós-graduação Depois de "pan-", "circum-", quando juntos de vogais. Pan-americano, circum-escola OBS. “Circunferência” – é junto, pois está diante da consoante “F”. NOTA: Veja como fica estranha a pronúncia se não usarmos o hífen: Exesposa, sotapiloto, panamericano, vicesuplente, circumescola. ATENÇÃO! Não se usa o hífen após os prefixos “CO-, RE-, PRE” (SEM ACENTO) Coordenar

reedição

preestabelecer

Coordenação

refazer

preexistir

Coordenador

reescrever

prever

Coobrigar

relembrar

Cooperação

reutilização

Cooperativa

reelaborar

https://www.stoodi.com.br/blog/2016/02/01/novo-acordo-ortografico-da-lingua-portuguesa-tudo-sobre-hifen/

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[Português I] OS PORQUÊS

https://www.infoenem.com.br/ora-pois-os-porques-em-portugal-sao-diferentes/

PORQUE (junto e sem acento é uma conjunção explicativa e equivale a “pois”) Ex.: Fomos bem na prova porque (pois) estudamos muito durante o semestre. POR QUE (separado e sem acento pode ser um pronome relativo antecedido por preposição ou advérbio interrogativo de causa) Ex.: A rua por que passamos estava escura. (pela qual = pronome relativo) Não sei por que fizeste isto. (advérbio) Por que fizeste isto? (advérbio) PORQUÊ (junto com acento é um substantivo, sempre precedido por artigo, pronome ou numeral) Ex.: Não entendo o porquê desta fala. Explique teus porquês. POR QUÊ (separado com acento, necessita encostar no ponto) Ex.: Não vieste à aula, por quê?

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[Português I]

UNIDADE 5 MORFOLOGIA – ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. A análise destes elementos mostranos que as palavras podem ser divididas em unidades menores, a que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas. Observe os exemplos abaixo:

cachorr – inh – a – s Nesta palavra identificamos claramente a presença de 4 elementos. São eles: cachorr = elemento base da palavra, ou seja, o que traz seu significado; inha = elemento que indica que a palavra está no diminutivo; a = elemento que indica o gênero da palavra; s = estrutura que sinaliza que a palavra está no plural. Os elementos acima identificados são chamados de morfemas, ou seja, pequenas unidades que compõem uma palavra. Algumas palavras não podem ser divididas em unidades menores como, por exemplo, lua, mar, sol...

5.1. Elementos Mórficos São elementos mórficos: 

Radical: elemento básico que carrega a significação da palavra. Ex.: cas-a; pedr-a; vend-er... Observe que, se tentarmos derivar essas palavras, o morfema radical se mantém: cas-ebre; pedregulho; vend-o. Em algumas palavras, o radical pode sofrer pequenas alterações: feliz – felicidade, por exemplo.

Vogal temática: as vogais temáticas podem ser nominais (A – E – O) ou verbais (A – E – I). Nos nomes, as vogais A, E, O serão vogais temáticas quando a palavra não puder sofrer alteração de gênero: cas-a; pedr-a, leit-e, carr-o. Nos verbos, as vogais indicam a conjugação a que o verbo pertence: A (1ª conjugação), E (2ª conjugação), I (3ª conjugação): am-a-mos, vend-e-rei, part-i-mos.

Tema: é a soma do radical com a vogal temática. Ex.: cas+a = casa; am+a = ama.

Afixos: são elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que se agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas. Sabemos que o acréscimo do morfema "-mente", por exemplo, cria uma nova palavra a partir de "real": realmente, passando de adjetivo a advérbio.

[29]


[Português I] De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas "a-" e "-ar" à forma "cert-" cria o verbo acertar. Observe que a- e -ar são morfemas capazes de operar mudança de classe gramatical na palavra a que são anexados. Quando são colocados antes do radical, como acontece com "a-", os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como "-ar", surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos. Veja os exemplos: em – pobr – ecer in – feliz – mente i – legal – idade PREFIXOS: Os prefixos são afixos que formam palavras a partir de um morfema que antecede o radical. Assim, eles modificam o seu sentido, mas, geralmente, mantêm a classe gramatical a qual pertencem. PRINCIPAIS PREFIXOS DE ORIGEM LATINA Prefixos

Significados

Exemplos

a-, ab-, abs-

desafetamento, ruim e mal

abstenção, abdicar

ambi-

ambiguidade, duplicidade

ambivalente, ambíguo

bene-, bem- excelência, bem

beneficente, benfeitor

ante-

anterioridade

anteontem, antepassado

aquém-

longe do desejado, insuficiente, fraco

bis-, bi-

repetição

bicampeão, bisavô

cis-

posição aquém de

cisandino, cisalpino, cisplatino

dis-

separação, negação

dissidência, disforme

e-, em-, en-

introdução, sobreposição

engarrafar, empilhar

extra-

posição exterior, excesso

extraconjugal, extravagância

intra-,

posição interior

intrapulmonar, intravenoso

i-, im-, in-

negação, mudança

ilegal, imberbe, incinerar

justa-

posição ao lado

justalinear, justaposição

per-

movimento através de

perpassar, pernoite

pós-

ação posterior, em seguida

pós-datar, póstumo

pre-

anterioridade, superioridade

pré-natal, predomínio

pro-

antes, em frente, intensidade

projetar, progresso, prolongar

preter-, pro- além de, mais para frente

prosseguir

re-

repetição, para trás

recomeço, regredir

retro-

movimento mais para trás

retrospectivo

semi-

metade, quase

semicírculo

trans-

posição além de

transamazônica, transatlântico

tri-

três

tricolor

vis-, vice-

substituição

visconte, vice-reitor

[30]


[Português I] PRINCIPAIS PREFIXOS DE ORIGEM GREGA Prefixos

Significados

Exemplos

acro-

alto

acrobata

aero-

ar

aerodinâmica

agro-

campo

agrônomo, agricultura

antropo-

homem

antropofagia, filantropo

homo-

igual

homogêneo, homógrafo

idio-

próprio

idioma, idioblasto

macro-, megalo- grande, longo macronúcleo, megalópole metra-

mãe, útero

endométrio, metópole

meso-

meio

mesóclise, mesoderme

micro-

pequeno

micróbio, microscópio

mono-

um

monarquia, monossílabo

necro-

morto

necrópole, necrofilia, necrópsia

nefro-

rim

nefrite, nefrologia

odonto-

dente

odontalgia, periodontista, odontologia

oftalmo-

olho

oftalmologia, oftalmoscópio

onto-

ser, indivíduo ontologia

orto-

correto

ortópteros, ortodoxo, ortodontia

pneumo-

pulmão

pneumonia, dispneia

SUFIXOS: os sufixos em língua portuguesa possuem origem variada, mas predominam os de origem grega e latina. Quanto ao sentido, costumam assumir inúmeros significados. Dividem-se em nominais e verbais.

Sufixos Nominais

Sufixos Aumentativos

Sufixos

-ão -aço -alhão -aréu -arra -(z)arrão -eirão -uça

[31]

Exemplos

paredão ricaço grandalhão povaréu bocarra homenzarrão boqueirão dentuça


[Português I]

Sufixos Nominais

Sufixos

Exemplos

-inho -zinho -acho -icho (a) -eco -ela -ote -isco

Sufixos Diminutivos

Pedrinho avozinho riacho barbicha soneca viela velhote chuvisco

Confira na tabela abaixo outros exemplos de sufixos nominais: Sufixos

Exemplos

Significado

-dor -tor -sor -eiro -ista -nte -rio

causador tradutor professor padeiro dentista estudante bibliotecário

-dade -ência -ez -eza -ice -ície -ismo -or -ude -ume -ura

credibilidade paciência sensatez beleza meiguice imundície patriotismo frescor amplitude azedume formosura

qualidade, estado

-ado -ato -aria -douro -tório -tério

principado orfanato padaria matadouro dormitório cemitério

lugar, ramo de negócio

-ia -ismo -ica -tica

geometria cristianismo física política

ciência, técnica, doutrina

agente, profissão, instrumento

[32]


[Português I] Sufixos

Exemplos

-al -agem -ada -ama -ame -ário -aria -edo -eiro -eira -ena

cafezal ferragem boiada dinheirama vasilhame mobiliário gritaria arvoredo formigueiro fumaceira dezena

-az -ento -lento -into -enho -onho -oso -udo

sagaz ciumento sonolento faminto ferrenho medonho jeitoso barrigudo

-eo -aco -iaco -aco -aico -ano -ão -enho -eno -ense -ês -eu -ino -ista

ósseo demoníaco paradisíaco polaco hebraico paraibano catalão panamenho chileno cearense francês europeu argentino paulista

-ável -ível -óvel -úvel -iço -ivo

amável audível móvel solúvel movediço lucrativo

Significado

coletivo

qualidade em abundância, intensidade

natureza, origem, que tem a qualidade de

possibilidade, tendência

[33]


[Português I] Sufixos -ada -agem -ança -aria -eria -ata -ção -ura -ela -ença -ência -mento -or

Exemplos cabeçada aprendizagem esperança pirataria selvageria passeata correção formatura olhadela parecença continência juramento temor

Significado

ação, resultado de ação

Sufixos Verbais Os sufixos verbais se juntam ao radical para formar verbos. Sufixos

Exemplos

Significado

-ear -ejar

folhear, espernear gotejar, apedrejar

ação que se repete

-icar -itar -iscar

bebericar saltitar petiscar

ação diminutiva que se repete

-ecer -escer

amanhecer, anoitecer florescer, rejuvenescer

ação que principia

Sufixos Adverbais Os sufixos adverbiais se juntam ao radical para formar advérbios. Há apenas um sufixo adverbial em português: -mente. Exemplos: cuidadosamente, firmemente, francamente, justamente, rapidamente. 

Desinências: são os elementos terminais indicativos das flexões das palavras. Dividem-se em nominais e verbais.

NOMINAIS: indicam o gênero (feminino / masculino) ou o número (singular / plural) dos nomes. Ex.: menin-o / menino-s menin-a / menina-s Observação: só é possível falar em desinência de gênero ou número nos nomes em que essas flexões sejam possíveis. Ex.: Casa, leite, carro, mesa, tribo (não possuem desinência de gênero). As vogais destacadas são vogais temáticas. Lápis, pires, ônibus (não possuem desinência de número)

[34]


[Português I] VERBAIS: Indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos. Ex.: compr-o compra-s compra-mos compra-is compra-m compra-va compra-va-s A desinência "-o", presente em "compr-o", é uma desinência número-pessoal, pois indica que o verbo está na primeira pessoa do singular; "-va", de "compra-va", é desinência modo-temporal: caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do indicativo, na 1ª conjugação. QUADRO DAS DESINÊNCIAS MODO-TEMPORAIS (Indicam modo e tempo) MODO INDICATIVO TEMPOS 1ª CONJUGAÇÃO 2ª E 3ª CONJUGAÇÕES Presente ----Pretérito Perfeito ----Pretérito Imperfeito VA / VE A/E Pretérito Mais-que-perfeito RA / RE (átonas) RA / RE (átonas) Futuro do Presente RA / RE (tônicas) RA / RE (tônicas) Futuro do Pretérito RIA / RIE RIA / RIE MODO SUBJUNTIVO Presente Pretérito Imperfeito Futuro

E SSE R

A SSE R

FORMAS NOMINAIS TEMPOS Gerúndio Infinitivo Particípio

DESINÊNCIAS NDO R DO, TO

QUADRO DAS DESINÊNCIAS NÚMERO PESSOAIS (Indicam o número (singular/plural) e as pessoas (1ª, 2ª, 3ª) dos verbos) FORMAS NOMINAIS PESSOAS SINGULAR PLURAL 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª

Presente do Indicativo Pretérito Perfeito do Indicativo Pretérito Imperfeito do Indicativo Pretérito Mais-que-perfeito do Ind. Futuro do Presente do Indicativo Futuro do Pretérito do Indicativo Presente do Subjuntivo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Futuro do Subjuntivo

M RAM M M O M M M EM

O I I -

S STE S S S S S S ES

U -

[35]

MOS MOS MOS MOS MOS MOS MOS MOS MOS

IS STES IS IS IS IS IS IS DES


[Português I] 

Vogais e consoantes de ligação: são morfemas cujas funções são formar, facilitar ou possibilitar a pronúncia de determinadas palavras da Língua Portuguesa. As vogais e as consoantes de ligação são fonemas que permitem a ligação entre o radical e as desinência ou entre radicais, contribuindo com a pronúncia das palavras. Ex.: café-t-eira; felic-i-dade; gira-s-sol.

5.2. Processos de Formação DERIVAÇÃO

Formação de palavras

COMPOSIÇÃO

PREFIXAL SUFIXAL PREFIXAL E SUFIXAL PARASSINTÉTICA REGRESSIVA IMPRÓPRIA

JUSTAPOSIÇÃO AGLUTINAÇÃO

Os principais processos de formação das palavras são a derivação e a composição. A derivação consiste em formar nova palavra a partir de uma outra chamada primitiva; a composição consiste na junção de duas palavras já existentes para a formação de uma nova palavra. DERIVAÇÃO: - prefixal: in – feliz (ocorre com o acréscimo de um prefixo). - sufixal: feliz- mente (ocorre com o acréscimo de um sufixo). - prefixal e sufixal: in – feliz – mente (ocorre com o acréscimo simultâneo de um prefixo e um sufixo). Importante destacar que na derivação prefixal e sufixal os afixos podem ser retirados sem prejudicar a significação da palavra: in- feliz / feliz – mente

- regressiva: ajuda (ocorre em substantivos deverbais, ou seja, derivados de verbos. Sendo assim, acontece apenas em substantivos que indicam ação). - imprópria: o morrer (ocorre com a mudança de classe gramatical da palavra). “Morrer” é verbo, mas antecedido de artigo passa a ser substantivo. Chuchu: substantivo masculino. Planta trepadeira, da família das cucurbitáceas, (Sechium edule), cujo fruto verde se torna comestível após ser cozido. Na expressão “bacana pra chuchu” na imagem ao lado, houve claramente a mudança de classe da palavra chuchu que passou a ser advérbio de intensidade.

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https://www.google.com/search?q=tirinha+estou+feliz+pra+chu+chu&rlz

- parassintética: en – trist- ecer (ocorre com o acréscimo simultâneo de um prefixo e de um sufixo) Importante aqui é notar que os afixos são fundamentais para a significação da palavra: en-trist / trist-ecer


[Português I] COMPOSIÇÃO: - por justaposição: girassol (não há alteração fonética em nenhum dos elementos formadores – gira + sol) - por aglutinação: planalto (ocorre alteração fonética nos elementos formadores – plano + alto)

OUTROS PROCESSOS: Neologismo - Criação de novas palavras a partir de palavras já existentes na língua.

http://veredasdalingua.blogspot.com/2011/09/processos-de-formacao-de-palavras-ii.html

Hibridismo - Criação de palavras através da junção de dois radicais de origens diferentes. Ex.: Monóculo - (greg. “monos” + lat. “oculus”); automóvel ( greg. auto + lat. móvel). Onomatopeia - Formação de palavras através da repetição de seu som.

Abreviação vocabular ou Redução - Redução da palavra até o limite de sua compreensão. Ex.: Cinema - cine; automóvel – auto; refrigerante – refri. SIGLA - Redução de expressões a fim de formar palavras através da junção de suas iniciais. Ex.: USP - Universidade de São Paulo; ONU Organização das Nações Unidas.

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https://www.mundovestibular.com.br/articles/850/1/ SIGLAS-DOS-ESTADOS-BRASILEIROS/Paacutegina1.html

http://veredasdalingua.blogspot.com/2011/09/processos-de-formacao-de-palavras-ii.html


[Português I]

UNIDADE 6 CLASSES GRAMATICAIS Classe gramatical é o conjunto formado por todas as palavras que têm uma mesma finalidade. Para um estudo mais aprofundado, dividimos as Classes em duas unidades, a 6 e a 7.

6.1. Substantivo Classe gramatical que dá nome aos seres em geral. Além de nomear os seres propriamente ditos (livro, árvore), o substantivo também nomeia ações (beijo), conceitos físicos (velocidade), afetivos (saudade, amor, raiva) e socioculturais (beleza, dignidade), entre outros, que não podem, é claro, ser considerados “seres” no sentido usual da palavra. CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS SUBSTANTIVOS O substantivo, dependendo do ponto de vista segundo o qual é analisado, apresenta diferentes classificações. Aspecto analisado Origem

Forma

Designação

Tipo de ser nomeado

Classificação Primitivo: não se origina de qualquer palavra da língua. Ex.: rua, cidade, fantasma. Derivado: origina-se de outra palavra. Ex.: lapiseira, bondade, negociação. Simples: constituído por uma única palavra. Ex.: planta, menino, lapiseira. Composto: constituído por mais de uma palavra (ou radical). Ex.: mula-sem-cabeça, passatempo. Comum: nomeia, genericamente, todos os elementos de uma mesma espécie. Ex.: cidade, árvore, Marte. Próprio: dá nome a um único ser de uma espécie. Ex.: Brasília, Fernanda. Concreto: nomeia seres de existência própria (real ou imaginária). Ex.: lapiseira, Deus, bruxa, alma. Abstrato: dá nome a sentimentos (ódio, solidão); qualidades/defeitos (beleza, falsidade); sensações (frio, dor), ações (vingança, crítica, choro); estados (vida, viuvez, morte)

SUBSTANTIVOS COLETIVOS: chama-se coletivo todo substantivo comum que, mesmo no singular, denomina um agrupamento, um conjunto de seres de uma mesma espécie. Ex.: rebanho (agrupamento de bois). O quadro abaixo apresenta alguns exemplos: Coletivo Alcateia Acervo Banca Banda Cáfila Elenco Fato Resma Vara

Conjunto de Lobos Obras de arte Examinadores, advogados Músicos Camelos Atores Cabras Folhas de papel Porcos

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[Português I] FLEXÕES DO SUBSTANTIVO O substantivo é uma palavra variável, isto é, uma palavra que pode ter sua forma alterada para exprimir determinados aspectos gramaticais. Observe, por exemplo, as variações de forma do substantivo aluno:  Aluna – flexão para mudar o gênero: masculino – feminino  Alunos – flexão para mudar o número: singular – plural  Aluninho – flexão para mudar o grau: normal - diminutivo GÊNERO DO SUBSTANTIVO  Biformes: substantivos que têm uma forma para o masculino e outra, diferente, para o feminino. Ex.: homem – mulher; cão – cadela; genro – nora; zangão – abelha.  Uniformes: substantivos que têm uma única forma para os dois gêneros. Podem ser: Sobrecomum: a criança; a testemunha; o cônjuge Comum-de-dois: o/a estudante; o/a cientista Epiceno: o tatu macho / a tatu fêmea; a pantera fêmea / o pantera macho MUDANÇA DE SENTIDO COM A MUDANÇA DE GÊNERO – Certos substantivos têm um significado quando usados no masculino e outro quando no feminino. Ex.: O capital (bem material) – a capital (cidade) O cabeça (chefe, líder) – a cabeça (parte do corpo) O rádio (aparelho) – a rádio (emissora) NÚMERO DO SUBSTANTIVO Número do substantivo é a flexão que exprime a quantidade de seres que a palavra nomeia, podendo ser singular ou plural. Atenção a alguns plurais 1. Muitos substantivos terminados em –ão admitem mais de uma forma de plural. Alguns deles: Alazão – alazões e alazães Aldeão – aldeões, aldeãos, aldeães Guardião – guardiães e guardiões 2. O plural do substantivo caráter é caracteres; o de júnior é juniores. 3. Os substantivos mal e cônsul não seguem a regra. O mal – os males; o cônsul – os cônsules PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS Regra geral: se o primeiro elemento, sozinho, admite plural, coloque-o no plural; faça o mesmo com o segundo elemento. Ex.: cartão-postal Cartão = cartões cartões-postais Postal = postais Ex.: abaixo-assinado Abaixo = não se flexiona Assinado = assinados

abaixo-assinados

Complementos à regra:  Se os dois elementos são ligados por preposição, somente o primeiro vai para o plural. Ex.: pé-de-moleque = pés-de-moleque 

Se o segundo elemento indica finalidade ou semelhança do primeiro. Nesses casos, o substantivo admite duas formas de plural. Ex.: tubarões-martelos / tubarões-martelo; navios-escolas / naviosescola.

[39]


[Português I] 

Quando o verbo faz parte de um substantivo composto, ele fica no singular. Ex.: guarda-chuva / guarda-chuvas.

GRAU DOS SUBSTANTIVOS Além do grau normal, o substantivo pode se apresentar no grau aumentativo ou no grau diminutivo. Esses dois graus são expressos por meio de dois diferentes processos:  Sintético: nesse processo, juntam-se ao substantivo certos sufixos aumentativos ou diminutivos. Ex.: livro + inho = livrinho / casa + ebre = casebre / papel + ão = papelão  Analítico: consiste no emprego das palavras grande ou pequeno (ou de sentido equivalente) junto com o substantivo. Ex.: livro pequeno / casa enorme AUMENTATIVOS E DIMINUTIVOS PEJORATIVOS E AFETIVOS Muitas vezes, o aumentativo e o diminutivo sintéticos não são usados para indicar o tamanho dos seres, e sim para expressar ironia, desprezo, desconsideração. Ex.: Ele é um padreco que nem conhece direito a Bíblia. As formas sintéticas podem também expressar afeição, ternura, carinho. Ex.: Filhinha, a mamãe te ama muito.

6.2. Artigo Artigo é a palavra que se coloca antes do substantivo para determiná-lo de modo particular (definido) ou geral (indefinido). A partir desse conceito, é possível classificar os artigos de definidos (o, a, os, as) e indefinidos (um, uma, uns, umas).

http://ead.uepb.edu.br/arquivos/letras/Lingua_portuguesa_III_final.pdf

Observe as duas situações a seguir: a) Durante a reunião, o presidente propôs o acordo. b) Durante uma reunião, um presidente propôs um acordo. Fica evidente que a primeira frase só faz sentido se os interlocutores souberem antecipadamente qual é o acordo; já a segunda deixa vagos os três substantivos “reunião”, “presidente” e “acordo”.

PRINCIPAIS EMPREGOS DO ARTIGO A SUBSTANTIVAÇÃO O artigo sempre aparece associado a substantivo. Dessa forma, se associado a qualquer outro tipo de palavra, ela passará a exercer o papel de substantivo – mecanismo denominado substantivação. Na tirinha acima, a palavra “verde”, que é um adjetivo por natureza, foi substantivada por estar antecedida por artigo.

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[Português I] OS ARTIGOS E SUAS COMBINAÇÕES Os artigos podem se combinar com algumas preposições e formar com elas uma só palavra. Ex.: Vamos à praia neste final de semana.

a + a (preposição + artigo) Meu irmão mora num bairro tranquilo.

em + um (preposição + artigo) PALAVRAS QUE NÃO ADMITEM ARTIGO  Nomes de cidades e de pessoas conhecidas, famosas. Ex.: Final de semana que vem, conheceremos Fortaleza. Colombo chegou à América em 1492. Se, no entanto, o nome da cidade ou da pessoa vier caracterizado, o artigo é obrigatório. Ex.: Final de semana que vem, conheceremos a Fortaleza (dos meus sonhos). O (sonhador) Colombo chegou à América em 1492.  Palavras precedidas de cujo(s), cuja(s) Ex.: Ajudaremos as crianças cujo pais morreram na enchente. ARTIGO OPCIONAL  Antes de pronomes possessivos. Ex.: O Brasil está em suas mãos. O Brasil está nas suas mãos.  Antes de nomes personativos de pessoas comuns. Ex.: Ana esteve aqui ontem. A Ana esteve aqui ontem. Neste caso, o uso do artigo estabelece uma relação de intimidade, familiaridade com o nome da pessoa.

6.3. Adjetivo Adjetivo é a palavra que tem por função expressar características, qualidades ou estado dos seres. LOCUÇÃO ADJETIVA É toda expressão iniciada por preposição e que, como o adjetivo, atribui características a um ser. A maioria das locuções adjetivas pode ser substituída por um adjetivo como, por exemplo, “amor de mãe” na imagem ao lado – amor materno. Algumas vezes, a substituição não se faz adequada por uma questão de coerência. Ex.: Ele tem uma doença do coração = cardíaca Ele é meu amigo do coração ≠ cardíaco (neste caso, o ideal seria amigo cordial) FLEXÕES DO ADJETIVO  GÊNERO: o adjetivo acompanha o gênero do substantivo a que se refere. “Nova escola”; “bairro pequeno”. Existem adjetivos que não se flexionam em gênero, apresentando uma única forma para o masculino e para o feminino. “Menina inteligente”. “Menino inteligente”.

https://www.infoescola.com/portugues/locucao-adjetiva/

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[Português I] 

NÚMERO: o adjetivo concorda com o substantivo a que se refere. “Novas escolas”, “bairros pequenos”.

PLURAL DOS COMPOSTOS Para pluralizar um adjetivo composto, observe o último elemento. Se ele sozinho for um adjetivo, ele irá para o plural; caso contrário, ficará no singular: Ex.: casaco verde-escuro – escuro é um adjetivo, portanto ele vai para o plural = casacos verde-escuros. Casaco verde-oliva – oliva é um substantivo, portanto ele não vai para o plural = casacos verde-oliva. Observe que o primeiro elemento nunca vai para o plural As expressões adjetivas formadas por cor + de + substantivo são invariáveis: casacos cor-de-rosa. Às vezes, parte dessas expressões fica subentendida: casacos laranja (casacos cor-de-laranja)  GRAU: existem dois: o comparativo e o superlativo. Comparativo: estabelece uma relação entre dois seres e compara uma característica que os dois têm. Há 3 tipos de grau comparativo: Comparativo de Superioridade Igualdade Inferioridade

Estrutura de comparação mais ... (do) que tão ... quanto/como menos ... (do) que

Exemplo Ana é mais alto que Lúcia. Ana é tão alta quanto Lúcia. Ana é menos alto que Lúcia.

O comparativo também pode estabelecer relações entre duas características de um mesmo ser. Ex.: Nosso amigo é mais esforçado do que inteligente. Superlativo: indica que uma característica é atribuída em máxima intensidade ao substantivo. Pode ser: Superlativo absoluto – a característica é atribuída a um ser de forma absoluta. Ex.: Esta árvore é muito alta. (superlativo absoluto analítico) Esta árvore é altíssima. (superlativo absoluto sintético) Superlativo relativo – a característica é atribuída a um ser, relacionando-o com outros seres. Ex.: Esta árvore é a mais alta do pomar. (superioridade) Esta árvore é a menos alta do pomar. (inferioridade)

Leitura complementar: Os adjetivos bom, mau, pequeno e grande possuem algumas formas particulares para o comparativo de superioridade e para o superlativo. Adjetivo Comparativo de Superlativo absoluto Superlativo relativo superioridade sintético de superioridade bom melhor que ótimo o melhor de mau pior que péssimo o pior de grande maior que máximo o maior de pequeno menor que mínimo o menor de As formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor) dos quatro adjetivos acima devem ser empregadas quando a característica é comparada em dois seres diferentes. Ex.: Esta escola é menor que a nossa. As formas analíticas (mais bom, mais mau, mais pequeno e mais grande) devem ser usadas quando são comparadas duas características a um mesmo ser. Ex.: Esta escola é mais grande que confortável.

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[Português I]

6.4. Numeral Os numerais se dividem em quatro grupos: cardinais, ordinais, multiplicativos e fracionários. Cardinais: indicam quantidade Ordinais: indicam ordem Multiplicativos: exprimem multiplicação de uma quantidade Fracionários: indicam a divisão de uma quantidade LEITURA DOS NUMERAIS Se o numeral posiciona-se antes do substantivo, lê-se como ordinal (V República – Quinta República) Se o numeral aparece depois do substantivo: até dez, deve ser lido como ordinal – Século VI (Século sexto); De onze em diante, como cardinal (Século XI (Século onze).

https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwidxd6J3KvfAhVIUZAKHQO7CuUQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2 F%2Fmuraldeaulas.blogspot.com%2F2012%2F05%2Fartigo-e-numeral.html&psig=AOvVaw2bl5RsfChXoWj8P4nVfamf&ust=1545302660683473

6.5. Pronome

https://www.webestudante.com.br/pronomes/

Pronome é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo definindo-lhe os limites de significação. PRONOMES PESSOAIS São os pronomes que representam as três pessoas gramaticais. 1ª – aquela que fala 2ª – aquela com quem se fala 3ª – aquela de quem se fala. Os pronomes pessoais se subdividem em retos e oblíquos. Os pronomes do caso reto são os que funcionam como sujeito da oração e os oblíquos como complementos.

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[Português I]

http://educacao.globo.com/provas/enem-2011/questoes/129.html

Na tira acima, no segundo quadrinho, há um desvio da norma culta, pois o pronome “eles” foi indevidamente usado como complemento do verbo arrasar. De acordo com o padrão da língua portuguesa: “Vamos arrasá-los”. EU X MIM Eu: só pode funcionar como sujeito. Ex.: Ele trouxe as redações para eu corrigir. Mim: nunca funcionará como sujeito. Ex.: Para mim, corrigir estes textos é fácil. Obs.: Entre mim e ti nada há. SI, CONSIGO: funcionam sempre como reflexivas. Ex.: Em geral, as pessoas querem tudo para si. O professor leva sempre consigo a gramática. Os pronomes pessoais átonos podem ser usados para indicar a ação reflexiva ou ainda reflexiva recíproca. Ex.: O menino atirou-se no rio. (reflexiva = a si mesmo) Técnico e atleta se acusaram abertamente pela derrota. (reflexiva recíproca = um ao outro) PRONOMES DE TRATAMENTO São formas pronominais equivalentes a pronomes pessoais.

https://querobolsa.com.br/enem/portugues/pronomes-de-tratamento

EMPREGOS:  A forma Vossa é empregada quando se fala com a própria pessoa; a forma Sua quando se fala a respeito da pessoa.  Os pronomes de tratamento com a forma Vossa, apesar de indicarem a 2ª pessoa (com quem se fala), exigem que os demais pronomes e os verbos a eles referentes sejam empregados na 3ª pessoa. Ex.: Vossa Excelência se engana em relação a sua responsabilidade com o povo.

3ª pessoa

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[Português I] PRONOMES POSSESSIVOS

https://exerciciosweb.com.br/tag/pronomes-possessivos/

Os pronomes possessivos se referem a uma das três pessoas do discurso para indicar que alguma coisa lhe cabe ou pertence. EMPREGO DOS POSSESSIVOS a) Concordância dos possessivos: os pronomes possessivos concordam em pessoa com o possuidor e concordam em gênero e em número com a coisa possuída. Ex.: O professor preparou suas provas no final de semana. Eu preparei meus testes no final de semana. b) Ambiguidade das formas “seu(s), sua (s): é preciso ter atenção ao uso desses pronomes, pois podem gerar contextos ambíguos. A menina olha para sua mãe sem saber qual seria seu destino. (destino de quem? da menina ou da mãe?) c) Possessivos relacionados a pronomes de tratamento: para se referir a pronomes de tratamento, usa-se “seu”, “sua” e não “vosso”, “vossa”. Ex.: Vossa Excelência precisa prestar atenção em seus compromissos. d) Pronomes oblíquos com valor de possessivos: os possessivos podem, em certos contextos, ser substituídos por pronomes oblíquos de sentido equivalente. Ex.: A luz estava tão forte que me doeram os olhos (meus olhos). O técnico elogiou-lhe a jogada (a jogada dele).

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

http://blogs.ibahia.com/a/blogs/portugues/2013/12/07/o-espaco-e-o-tempo-dos-pronomes-demonstrativos/

Pronomes demonstrativos são os que têm por função:  Situar a posição de um ser no espaço, relativamente à 1ª pessoa do discurso (o falante);  Localizar no próprio texto elementos já referidos ou que serão referidos mais à frente;  Situar, no tempo, um fato ou uma informação.

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[Português I] EMPREGOS DOS PRONOMES DEMOSNTRATIVOS  NO ESPAÇO: Este, esta, isto – indicam o que está próximo de quem fala; Este documento que carrego é importante. Esse, essa, isso – indicam o que está próximo de quem ouve/lê; Esse documento que carregas é importante. Aquele, aquela, aquilo – indicam o que está longe de quem fala/escreve e também de quem ouve/lê. Aqueles documentos que estão em cima da mesa são importantes. 

NO TEXTO: Este, esta, isto – referem-se a algo que irá ser dito/escrito; Desejo-lhes isto: sejam aprovados. Esse, essa, isso – referem-se a algo que já foi dito/escrito; “Amai-vos uns aos outros”, Jesus disse isso. Aquele, aquela, aquilo – indicam um elemento referido anteriormente a outro. Adora matemática e literatura. Esta (literatura) desenvolve minha sensibilidade e aquela (matemática), meu raciocínio. 

NO TEMPO: Este, esta, isto – indicam tempo atual, presente; Este momento está sendo difícil, mas vai passar. Esse, essa, isso – marcam um tempo anterior próximo ou posterior próximo; As aulas estão terminando; nessas férias vou viajar para o interior. Aquele, aquela, aquilo – indicam tempo distante, bem anterior ou posterior ao momento da fala. Meus pais se mudaram para cá quando crianças. Naquele tempo, aqui era um lugar tranquilo. OUTROS PRONOMES DEMONSTRATIVOS Além dos pronomes demonstrativos anteriores, há outras palavras que, em certas frases, também podem exercer esse papel. Exemplos: É muito difícil compreender o que ele diz! aquilo Nunca imaginei viver tal situação. esta O jantar era feito pelos próprios funcionários. Eles mesmos PRONOMES INDEFINIDOS Os pronomes indefinidos referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo vago. Às vezes, o papel de indefinir a 3ª pessoa é desempenhado não por apenas uma palavra, e sim por um conjunto de palavras – locução pronominal indefinida. Ex.: “Uns tentam salvar a humanidade com alguma utopia.” Todo aquele que tenta ajudá-lo, é agredido.

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[Português I] Variáveis Singular Masculino algum nenhum todo muito pouco vário tanto outro quanto

Plural Feminino alguma nenhuma toda muita pouca vária tanta outra quanta

qualquer

Masculino alguns nenhuns todos muitos poucos vários tantos outros quantos quaisquer

Invariáveis Feminino algumas nenhumas todas muitas poucas várias tantas outras quantas

alguém ninguém outrem tudo nada algo cada

https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf50.php

PRINCIPAIS EMPREGOS DOS PRONOMES INDEFINIDOS  Algum(uns), alguma(s): Quando empregados antes do substantivo, têm valor afirmativo: Algum aluno chegou atrasado. Quando empregados depois do substantivo, têm valor negativo: Aluno algum chegou atrasado. 

Certo(s), certa(s): Antes do substantivo são pronomes indefinidos; depois do substantivo são adjetivos: “Você precisa saber o momento certo de dizer certas coisas.”

Todo(s), toda(s): a) No plural indicam a totalidade de um conjunto: Todas as árvores do quintal foram podadas. b) No singular e sem artigo significam “qualquer, cada”: Toda criança tem direito de sonhar. c) No singular e com artigo indicam a totalidade, significando “inteiro”/”inteira”, funcionando como adjetivo: Toda a superfície do lago brilhava. d) No singular e depois do substantivo também significam “inteiro”/”inteira”: A família toda se reuniu no Natal.

Cada: É empregado para indicar, individualmente, uma unidade genérica de um conjunto: O professor pediu a opinião de cada aluno.

PRONOMES RELATIVOS Os pronomes relativos retomam um substantivo (ou outro pronome) anterior a eles, substituindo-o no início da oração seguinte. Eu vi as árvores que você cortou. 1ª oração: Eu vi as árvores 2ª oração: que você cortou

o substantivo “árvores” aparece explicitamente o substantivo “árvores” está representado pelo pronome relativo “que”

A chuva aliviou o calor. A chuva caiu hoje de manhã. A chuva / que caiu hoje de manhã / aliviou o calor.

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[Português I] QUADRO DOS PRONOMES RELATIVOS VARIÁVEIS INVARIÁVEIS o/a qual, os/as quais, cujo(s), cuja(s), Que quanto(s), quanta(s) Quem Onde, aonde

RELATIVO QUE: pode ser empregado para retomar palavra que nomeia pessoa ou coisa e é substituível por o/a qual, os/as quais Ex.: As duas cidades que visitamos ficam no Rio de Janeiro. Pode ser empregado nos casos em que há exigência de uma preposição de uma única sílaba. Ex.: Você já assistiu ao filme de que lhe falei? Se a preposição tiver mais de uma sílaba, usa-se o/a qual. Ex.: Existem situações perante as quais muitos temem. RELATIVO QUEM: o antecedente precisa ser pessoa ou ser personificado e será antecedido por preposição. Ex.: Há muitas pessoas a quem devemos parte do que somos. RELATIVO CUJO(S), CUJA(S): sempre empregado entre dois substantivos, estabelecendo entre eles uma relação de posse. Ex.: A igreja cujo sino sempre toca aos domingos fica no centro da cidade. (o sino da igreja) RELATIVO ONDE: só podem ser usados para indicar lugar. A escola onde estudei na infância foi demolida. Você já visitou a escola aonde irá estudar? RELATIVO QUANTO: será pronome relativo se antecedido por pronome indefinido “tudo”, “todo(s)”, “toda(s)”, “tanto(s)”, “tanta(s)”.

6.6. Colocação Pronominal

http://sugestoesdeatividades.blogspot.com/2013/06/exercicios-colocacao-pronominal.html

As formas pronominais me, nos, te, vos, se o(s), a(s), lhe(s) juntam-se ao verbo do enunciado e podem ocupar, em relação a ele, três posições:  Próclise: pronome antes do verbo. Ex.: Alguém me contou a verdade.  Mesóclise: pronome no meio do verbo. Ex.: Encontrá-lo-ei depois da aula.  Ênclise: pronome antes do verbo. Ex.: Sinto-me mais feliz.

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[Português I] PRÓCLISE: essa colocação pronominal é obrigatória nos seguintes casos: a) Palavras negativas (não, nada, nunca, nem...) Ele nunca me fala a verdade. b) Advérbios (aqui, lá, sempre, muito...) Sempre o ouvimos com atenção. c) Pronomes relativos (que, quem, qual, onde...) Esta é a versão que me contaram. d) Pronomes indefinidos (alguém, tudo, outros...) Tudo se ajusta com o tempo. e) Pronomes demonstrativos (este, aquele, isto...) Isto me encanta nesta cidade. f) Conjunções subordinativas (que, quando, se, porque...) Não sei se me falaram a verdade. PRÓCLISE OPCIONAL – com preposição ou palavra negativa + verbo no infinitivo. Ex.: Ela não teve a intenção de me devolver o livro. Ela não teve a intenção de devolver-me o livro. MESÓCLISE: ocorre quando não há casos de próclise e o verbo encontra-se no futuro do presente ou no futuro do pretérito. Emprestar-te-ei meu livro depois de ler. ÊNCLISE: há apenas dois casos em que o pronome se posiciona obrigatoriamente depois do verbo: a) Quando o verbo inicia qualquer uma das orações do período. Concentre-se nos estudos e você será um vencedor. b) Quando o verbo, no interior da oração, é precedido de pausa. Ao final do dia, encontro-me cansada.

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[Português I]

UNIDADE 7 CLASSES GRAMATICAIS II A Língua portuguesa possui 10 classes gramaticais. Na Unidade 6, vimos algumas e nesta veremos os verbos, os advérbios, as preposições e as conjunções.

7.1. Verbo É a palavra que indica ações, estado ou fenômeno da natureza. 1. O governo investirá mais em educação. (ação) 2. A população está decepcionada com as atuações da seleção de futebol. (estado) 3. No inverno passado, nevou em Gramado. (fenômeno da natureza)

CONJUGAÇÕES VERBAIS Existem, na língua portuguesa, aproximadamente onze mil verbos, divididos em três subgrupos, denominados conjugações.  1ª conjugação: verbos terminados em –ar (estudar, agradar)  2ª conjugação: verbos terminados em –er (vender, ser)  3ª conjugação: verbos terminados em –ir (partir, sorrir)

OBSERVAÇÃO O verbo pôr e seus derivados (repor, sobrepor etc.), como têm origem no antigo verbo poer, são considerados de 2ª conjugação.

FLEXÕES DO VERBO O verbo é o tipo de palavra que apresenta o maior número de flexões. Ele pode variar em:  Pessoa: primeira, segunda e terceira.  Número: singular e plural  Modo: indicativo, subjuntivo e imperativo  Tempo: presente, pretérito e futuro  Voz: ativa, passiva e reflexiva

PESSOA E NÚMERO: um ato de comunicação envolve três pessoas gramaticais (1ª, 2ª, 3ª) Observe o quadro na próxima página

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[Português I] Pessoa 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª

Número Singular

Pronome pessoal Eu Tu Ele Nós Vós Eles

Plural

Exemplo Estudei Estudaste Estudou Estudamos Estudastes Estudaram

MODO VERBAL: Imagine a seguinte situação em uma comunicação: Alguém questiona: “Como conseguir esse documento?” Observe as seguintes possibilidades de respostas: a) Você mesmo descobrirá. b) Gostaria que você procurasse a prefeitura. c) Descubra você mesmo. Essa pessoa, ao responder de formas distintas, está usando modos verbais diferentes para expressar sua atitude em relação ao fato verbal. Modo indicativo Modo subjuntivo Modo imperativo As formas verbais desse modo As formas verbais desse modo As formas verbais desse modo exprimem atitude de certeza. exprimem hipótese, dúvida, exprimem ordem, conselho, desejo. ameaça. TEMPO VERBAL: Tomando como referência o momento em que falamos ou escrevemos, podemos montar uma linha do tempo em três partes para localizar a ocorrência de um fato. Tempo anterior ao momento da Momento da fala. fala. passado presente

Tempo posterior ao momento da fala. futuro

COMPOSIÇÃO DOS MODOS VERBAIS Modo verbal Indicativo

Subjuntivo

Imperativo

Tempo verbal Presente Pretérito imperfeito Pretérito perfeito simples Pretérito perfeito composto Pret. Mais-que-perf. Simples Pret. Mais-que-perf. Composto Futuro do pres. simples Futuro do pres. Composto Futuro do pret. simples Futuro do pret. composto Presente Pretérito imperfeito Pretérito perfeito composto Pret. mais-que-perf. Composto Futuro simples Futuro composto Imperativo Afirmativo Imperativo Negativo

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Exemplo Eu estudo. Eu estudava. Eu estudei. Eu tenho estudado. Eu estudara. Eu tinha/havia estudado. Eu estudarei. Eu terei/haverei estudado. Eu estudaria. Eu teria/haveria estudado. Que eu estude. Se eu estudasse. Que eu tenha/haja estudado. Se eu tivesse/houvesse estudado. Quando eu estudar. Quando eu tiver/houver estudado. Estuda (tu), estude (você) Não andes (tu), não ande (você)


[Português I] FORMAÇÃO DO IMPERATIVO

https://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios-gramatica/exercicios-sobre-tempos-modos-verbais.htm

Observe que na tira acima aparecem vários verbos que servem para dar ordem, orientação a alguém (pulgas). Estes verbos estão no modo imperativo, o qual se divide em afirmativo e negativo. Presente do ind. Eu estudo Tu estudas Ele estuda Nós estudamos Vós estudais Eles estudam

Imperativo Afirmativo ---------Estuda (tu) Estude (você) Estudemos (nós) Estudai (vós) Estudem vocês

Imperativo Negativo ---------Não estudes (tu) Não estude (você) Não estudemos (nós) Não estudeis (vós) Não estudem (vocês)

Presente do subj. Que eu estude Que tu estudes Que ele estude Que nós estudemos Que vós estudeis Que eles estudem

O quadro explicita de forma clara a formação do imperativo. Observe que, na forma afirmativa, a 2ª pessoa do singular e do plural são derivadas do presente do indicativo sem o –s; as outras pessoas verbais assim como o imperativo negativo são provenientes do presente do subjuntivo sem alteração alguma.

FORMAS NOMINAIS 

INFINITIVO: exprime o fato verbal em si, sem indicar seu início nem seu término. O infinitivo subdivide-se em: Pessoal – (com sujeito) Era importante voltarmos logo. (sujeito “nós”) Impessoal – (sem sujeito) Pescar é ótimo passatempo.

GERÚNDIO: exprime o fato verbal em desenvolvimento, ou seja, enquanto ele ocorre.

https://armazemdetexto.blogspot.com/2017/04/gerundio-e-gerundismo-veja-diferenca.html

[52]


[Português I]

OBSERVAÇÃO É preciso atentar para a diferença entre gerúndio e gerundismo. Gerundismo: vício de linguagem que consiste na construção de locução verbal exagerada, com excesso de verbos e um deles no gerúndio, na tentativa de reforçar a ideia de continuidade de uma ação no futuro:

https://armazemdetexto.blogspot.com/2017/04/gerundio-e-gerundismo-veja-diferenca.html

PARTICÍPIO: Exprime o resultado do fato verbal. Ex.: “Acordei para a mesma vida que tinha adormecido. Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.” (Fernando Pessoa)

CLASSIFICAÇÃO DO VERBO Considerando-se as flexões que os verbos podem apresentar quando são conjugados, eles se classificam em quatro tipos: VERBO REGULAR: dizemos que um verbo é regular quando ele não sofre nenhuma alteração no radical ao ser conjugado. Ex.: Conjugando, por exemplo, o verbo estudar, em qualquer tempo ou pessoa, o radical estud- não sofrerá alteração. VERBO IRREGULAR: é aquele que, ao ser conjugado, sofre alterações, geralmente no radical.

Verbo irregular Dizer Fazer Caber Pedir

Radical dizfazcabped-

Algumas formas irregulares digo, disser, direi faço, fizessem, faremos caibo, coubessem, caibam peço, peçamos, peçam

[53]


[Português I] VERBO ABUNDANTE: aquele que apresenta duas formas de mesmo valor, geralmente no particípio do verbo. Verbo abundante Aceitar Acender Eleger Entregar Enxugar Expulsar Extinguir Imprimir Limpar Morrer Soltar suspender

Particípio regular aceitado acendido elegido entregado enxugado expulsado extinguido imprimido limpado morrido soltado suspendido

Particípio irregular aceito aceso eleito entregue enxuto expulso extinto impresso limpo morto solto suspenso

Emprega-se o particípio regular com os verbos auxiliares ter e haver e o particípio irregular com os auxiliares ser e estar. Ex.: O povo havia elegido o presidente. O presidente foi eleito pelo povo.

VOZES VERBAIS Quando um verbo exprime ideia de ação, ele pode flexionar-se para indicar quem pratica e quem recebe essa ação. A essa flexão do verbo damos o nome de voz verbal. Voz verbal Ativa Passiva Reflexiva

Comportamento do sujeito Sujeito agente Sujeito paciente Sujeito agente e paciente

Exemplo O pedreiro construiu rapidamente o muro. O muro foi construído rapidamente pelo pedreiro. As crianças atiravam-se na piscina.

TIPOS DE VOZ PASSIVA Voz passiva analítica: Estrutura verbal

+

Verbo auxiliar

Particípio do verbo indicador de ação

Ex.: A velha ponte foi reformada em poucos dias. Suj. paciente

verbo aux. + particípio

Voz passiva sintética: Estrutura verbal

+

Verbo auxiliar

Ex.: Consertam-se roupas usadas. (roupas usadas = sujeito paciente) Aluga-se casa na praia. (casa = sujeito paciente)

[54]

Particípio do verbo indicador de ação


[Português I] INVERSÃO DE VOZ VERBAL

A chuva destruiu as casas daquela rua. (voz ativa)

As casas daquela rua foram destruídas pela chuva. (voz passiva) O sujeito da voz ativa passa a ser o agente da passiva e o complemento verbal da ativa assume o papel de sujeito da passiva. Observe a alteração ocorrida na estrutura verbal – na voz passiva analítica, haverá sempre um verbo a mais em relação à voz ativa. O cineasta irá fazer um novo filme. (voz ativa)

Um novo filme irá ser feito pelo cineasta. (voz passiva)

OBSERVAÇÃO Para fazer a inversão da voz ativa para a passiva analítica, o verbo necessita ser transitivo direto, com exceção dos verbos obedecer e responder que são indiretos, mas podem formar voz passiva. Ex.: As crianças nem sempre obedecem aos pais. (voz ativa) Os pais nem sempre são obedecidos pelas crianças. (voz passiva)

7.2. Advérbio O advérbio é um tipo de palavra que exerce basicamente o papel de modificador do verbo, indicando circunstâncias (de tempo, de lugar, de causa...) em que ocorre o fato verbal, porém pode também modificar um adjetivo ou até mesmo um advérbio. Ex.: Dormi pouco. (advérbio modificando verbo) Ele é bastante inteligente. (advérbio modificando adjetivo) Moro muito longe. (advérbio modificando advérbio)

Locuções verbais Às vezes, a circunstância em que ocorre o fato verbal é expressa não por uma palavra só, e sim por um conjunto de palavras denominado locução adverbial. Ex.: Todos os alunos fizeram a prova sem nenhuma pressa.

Circunstância de modo

Classificação do advérbio [55]


[Português I] A classificação do advérbio se dá de acordo com o sentido que tem na frase. Classificação Afirmação Dúvida Intensidade Lugar Modo Negação Tempo Meio Instrumento

Principais Sim, certamente, realmente, sem dúvida Talvez, acaso, eventualmente Pouco, bastante, muito, tão, demais, quase Aqui, lá, perto, longe, por dentro Mal, assim, devagar, às pressas, rapidamente Não, jamais, de modo algum

Exemplo Estudamos, sim. Talvez façamos os testes. Gostamos muito de português. Aqui, estuda-se muito. A escola fica no centro da cidade. Eles não responderam às perguntas. Agora, sempre, nunca, brevemente, à noite, de vez Ele viaja à noite. em quando De avião, de bicicleta Viajamos de avião. Com caneta, a lápis, com faca Fiz a redação a lápis.

DISTINÇÃO ENTRE ADVÉRBIO E ADJETIVO O trem partiu carregado. Observe que “carregado” relaciona-se com o substantivo trem e não com o verbo, é, portanto, adjetivo e não advérbio. O avião voava baixo. Observe agora que “baixo” relaciona-se com o verbo voar, portanto é um advérbio. Se houver dúvida, flexione a frase: Os trens partiram carregados. A carroça partiu carregada. Os aviões voaram baixo. As aeronaves voaram baixo.

Adjetivo

Advérbio

 

 

Relaciona-se com substantivo É variável

Relaciona-se a verbo É invariável

ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS    

Onde: Onde estão meus livros? Quando: Quero saber quando será a prova. Por que: Por que vocês fizeram isso. Como: Como conseguiram chegar aqui?

7.3. Preposição É a palavra invariável que liga duas outras palavras, estabelecendo entre elas determinadas relações de sentido e de dependência. A preposição, ao relacionar duas outras palavras, estabelece entre elas um vínculo tal, que uma delas funciona como palavra principal e a outra como secundária. Os cadernos de (posse) Maria ficam na (lugar) mesa de (matéria) madeira.

[56]


[Português I]

Classificação das preposições As preposições subdividem-se em dois grupos:  Essenciais: palavras que exercem exclusivamente o papel de preposição.  Acidentais: palavras de outras classes que, ocasionalmente, funcionam como preposição. Essenciais Acidentais A, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, Como, conforme, durante, fora, mediante, segundo, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre senão, visto Minha esposa irá trabalhar fora. (advérbio) Ela trabalha todo dia, fora domingo. (preposição = exceto)

Valores das preposições As preposições, nas frases, podem estabelecer uma grande variedade de relações semânticas, isto é, relações de significação. Preposição A

Com

De

Em

Para Por

Sobre

Relações de sentido Lugar Modo Distância Tempo Causa Companhia Instrumento Modo oposição Lugar Causa Tempo Assunto Lugar Tempo Modo Finalidade Lugar Lugar Tempo Causa Assunto Lugar

Exemplos Roupas coloridas secavam ao sol. Ali as coisas eram ditas a meia voz. Moro a dez quilômetros da cidade. À chegada do promotor, fez-se silêncio. Com a seca, o rio secou. Viajei com meus pais. Cortei o dedo com a faca. Todos o tratavam com carinho. Lucas lutará com Marcelo. Minha irmã voltou ontem do Amapá. Muitas crianças ainda morrem de fome. De manhã, choveu muito. Aqui ninguém gosta de falar de política. Moro em uma casa de madeira. Estarei aí em meia hora. É preciso fazer a prova em silêncio. Comprei um belo vestido para sua festa. Talvez eu vá para seu bairro. Sempre passo por essa rua escura. Ela trabalhou por cinco anos nesta empresa. Não conseguiu o emprego por ser jovem demais. Sempre conversamos sobre as provas. Aquela árvore caiu sobre o carro.

[57]


[Português I]

7.4. Conjunção

https://www.educabras.com/enem/materia/portugues/gramatica/aulas/ conjuncao_interjeicao

https://querobolsa.com.br/enem/portugues/conjuncao

Conjunção é a palavra invariável que liga:  Duas palavras de mesma função em uma oração (primeiro quadrinho “e”)  Duas orações (segundo quadrinho “mas”, “e”)

Classificação das conjunções Existem dois mecanismos básicos por meio dos quais duas orações podem se ligar uma à outra: a coordenação e a subordinação.

RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO Quando uma conjunção liga termos de mesma função ou orações independentes, chama-se conjunção coordenativa. Ex.: Meu pai pretende alugar um sítio ou uma chácara. (uma oração) Meu pai alugou um sítio, por isso tenho onde passar as férias. (duas orações) As conjunções coordenativas podem estabelecer cinco diferentes relações de sentido entre as orações coordenadas (independentes uma da outra). Principais conjunções coordenativas Aditivas (e, nem, mas também...) Adversativas (mas, porém, entretanto...) Alternativas (ou...ou, ora...ora...) Explicativas (porque, pois, que...) Conclusivas (logo, portanto, por isso...)

Relação de sentido Soma / adição Oposição Opção / escolha Explicação / justificativa Conclusão

[58]

Exemplos Estuda, mas também trabalha. Estudou, mas não foi bem na prova. Ele ora ria, ora chorava. Faça silêncio, que quero estudar. Estudou muito, portanto foi aprovado.


[Português I] RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO Quando uma conjunção liga orações dependentes sintaticamente uma da outra, chama-se conjunção subordinativa. Ex.: Estudos apontam / que a maioria da população está satisfeita com o presidente. (1ª oração) (2ª oração) Conjunção subordinativa

As conjunções subordinativas podem iniciar dois diferentes tipos de oração subordinada

substantivas

adverbiais

As conjunções que introduzem orações substantivas (estudaremos na apostila 3) são as integrantes (QUE e SE); as demais conjunções subordinativas introduzem orações adverbiais e classificam-se de acordo com a relação de sentido que estabelecem. Classificação Causais Concessivas Condicionais Conformativas Consecutivas Comparativas Finais Proporcionais

Principais conjunções porque, como, visto que embora, mesmo que, ainda que se, caso, desde que conforme, como, segundo (tão/tanto)...que (mais/menos)...que, como a fim de que, para que à proporção que, à medida que

Temporais

quando, enquanto, desde que, logo que

[59]

Exemplos Viajou porque sua mãe ficara doente. Embora estivesse doente, foi trabalhar. Se você aceitar, cuido do seu cão. Cuido do seu cão como você pediu. Ela é tão chata, que ninguém a suporta. Aquela criança come como um leão. Irei lá para que conheça meu namorado. À medida que conversávamos, entendíamo-nos. Eles namoram desde que estavam na faculdade.


[Português I]

UNIDADE 8 ANÁLISE SINTÁTICA

SINTAXE – conjunto das relações de combinação (ordenação, dependência e concordância) que se estabelecem entre as palavras e entre as orações que constituem um enunciado. Chama-se também sintaxe a parte da gramática que estuda essas relações de combinação. A análise sintática é a parte da sintaxe que tem por objetivos estudar:  As funções das palavras que se combinam para formar as orações;  A classificação das orações que se combinam para formar os períodos.

Conceitos Preliminares Frase, oração e período FRASE: é da unidade linguística (com ou sem verbo) por meio da qual transmitimos as nossas ideias. ORAÇÃO: é a frase (ou parte da frase) constituída em torno de um verbo ou de uma locução verbal. PERÍODO: é a frase formada por oração(ões). Pode ser simples (se formado por uma só oração) ou composto (se formado por mais de uma oração).

https://professoraleidomingas.blogspot.com/2013/04/frase-oracao-e-periodo-vamos-tratar-de.html

é frase (transmite uma ideia), mas não é oração. é frase e é também oração, pois tem verbo. (período simples) é frase e é também período composto (formado por mais de uma oração) https://escolakids.uol.com.br/portugues/aprendendo-o-conceito-defrase-oracao-e-periodo.htm

[60]


[Português I]

Termo da oração e função sintática Dependendo do papel que um termo exerce na estrutura a oração, ele terá uma função sintática. São as seguintes funções sintáticas que um termo pode exercer: 1. Sujeito 2. Predicado 3. Objeto (direto / indireto) 4. Agente da passiva 5. Adjunto adverbial 6. Adjunto adnominal 7. Predicativo 8. Complemento nominal 9. Aposto 10. vocativo

8.1. Sujeito

https://www.colegioweb.com.br/portugues/quem-sao-os-sujeitos-das-oracoes.html

Sujeito é o termo da oração com o qual o verbo concorda em pessoa (1ª, 2ª, 3ª) e número (singular, plural). O sujeito comanda a concordância verbal.

Classificação do sujeito O sujeito, dependendo de como se apresenta na estrutura da oração, admite duas classificações gerais: Sujeito determinado 

Sujeito indeterminado

Sujeito determinado é aquele que, na oração, aparece materialmente representado por palavra(s) ou que, no contexto do ato de comunicação, pode ser identificado pelo ouvinte/leitor. Dependendo de suas características, admite três classificações, conforme o quadro a seguir.

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[Português I] Sujeito Determinado Simples Composto Elíptico (oculto) É aquele que tem apenas um É aquele que apresenta dois ou Não aparece explícito na oração, núcleo, ou seja, uma única palavra mais núcleos. mas pode ser identificado pelo principal. ouvinte/leitor. Ex.: A crítica do técnico e dos jogadores ao juiz causou muita polêmica. (Quem causou polêmica? Crítica = sujeito simples) Chuvas intensas e ventos fortes causaram prejuízos no sul do país. (Quem causou prejuízo? Chuvas, ventos = sujeito composto) Infelizmente, vivemos em um mundo muito perigoso. (Quem vive? “Nós” = sujeito oculto) 

Sujeito indeterminado ocorre com duas estruturas sintáticas: a) Oração com verbo na 3ª pessoa do plural b) Oração com verbo na 3ª pessoa do singular + “se”

Quem roubou meu celular? (Observe que não é possível responder à pergunta, o que caracteriza o sujeito como indeterminado)

http://ponderador.blogspot.com/2015/

Quem precisa de abraço? Observe que não é possível também responder a essa pergunta, portanto o sujeito também é indeterminado.

https://www.afrase.com.br/frases/6245-precisa-se-de-abracos

OBSERVAÇÃO FUNÇÕES DA PALAVRA SE Índice de indeterminação do sujeito: ocorre com verbo intransitivo, transitivo indireto ou de ligação. O verbo fica, necessariamente, na 3ª pessoa do singular. Pronome apassivador: ocorre com verbo transitivo direto. O sujeito neste caso é paciente, ou seja, é a estrutura da voz passiva sintética, portanto deve ser flexionado de acordo com o sujeito. Aluga-se casa. (casa é alugada) Alugam-se casas. (casas são alugadas)

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[Português I] 

Oração sem sujeito ocorre quando não apresenta nenhum elemento sintático ao qual o predicado possa ser atribuído. As orações sem sujeito são construídas com certos verbos, denominados verbos impessoais que ficam sempre no singular. a) Verbo haver no sentido de existir ou acontecer b) Verbo haver indicando tempo transcorrido c) Verbo fazer exprimindo tempo d) Verbo ser indicando tempo e) Verbos indicativos de fenômenos da natureza

a) b) c) d) e)

No futuro, haverá menos florestas. Há dias não chove. Faz dias que não chove. Já é verão. Ventou muito ontem à tarde.

OBSERVAÇÃO VERBOS INDICATIVOS DE FENÔMENOS DA NATUREZA NO SENTIDO CONOTATIVO (FIGURADO) Choveram elogios no final da aula. O que choveu? Elogios = o verbo deixou de ser impessoal, portanto é flexionado de acordo com o seu sujeito.

8.2. Predicado Predicado é o termo que contém o verbo e que exprime aquilo que se declara a respeito do sujeito. No caso de o sujeito ser elíptico ou a oração ser sem sujeito, a oração é formada apenas pelo predicado. Para bem entender e classificar o predicado é importante conhecer os tipos de verbos que podem aparecer nas orações. TIPOS DE VERBOS  VERBO DE LIGAÇÃO: nada informa a respeito do sujeito, apenas liga o sujeito ao seu predicativo (estado). Ex.: O tempo continua muito frio. 

VERBO INTRANSITIVO: exprime, por si só, uma ideia completa e, por isso, não requer outro termo que lhe complete o sentido. Ex.: O velho leão morreu.

VERBO TRANSITIVO: não tem sentido completo, requer uma palavra ou expressão que complete seu sentido). Ex.: O velho leão atacou o domador.

[63]


[Português I] CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO   

PREDICADO NOMINAL: é aquele que apresenta um verbo de ligação e um predicativo do sujeito. Nesse tipo de predicado, o núcleo semântico é o predicativo. PREDICADO VERBAL: é aquele que apresenta um verbo intransitivo ou transitivo. O núcleo é sempre o verbo. PREDICADO VERBO-NOMINAL: apresenta em sua formação um verbo significativo e também um predicativo. Possui, portanto, dois núcleos.

http://superletrados.blogspot.com/2018/01/tipos-de-predicado-ensinofundamental-ii.html

8.3. Complementos verbais Os verbos transitivos, como visto anteriormente, necessitam de complemento, são eles: OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO OBJETO DIRETO: termo que se associa a um verbo transitivo direto, completando-lhe o sentido e representando o alvo, o paciente ou o resultado/produto do processo verbal. OBJETO INDIRETO: termo, que por meio, de uma preposição, vincula-se a um verbo transitivo indireto, para completar-lhe o sentido e representar o receptor; o beneficiário ou o destinatário do processo verbal.

https://mundoedu.com.br/uploads/pdf/59ef63b341702.pdf

OBSERVAÇÃO Ocasionalmente, o objeto direto pode vir precedido de preposição. Isso ocorre quando, por motivos estilísticos, de ênfase ou para evitar ambiguidade, a preposição é introduzida antes do objeto, sem que ela seja, no entanto, exigida pelo verbo. O policial sacou a arma. (objeto direto) / O policial sacou da arma. (objeto direto preposicionado) O motorista irritou o guarda. (objeto direto) / O motorista irritou ao guarda. (objeto direto preposicionado)

[64]


[Português I] PRONOMES OBLÍQUOS NA FUNÇÃO DE OBJETO PRONOMES O, A, OS, AS – funcionam sempre como objeto direto. O governador pensa que todos o apoiam. (apoiar alguém ou alguma coisa) PRONOME LHE, LHES – funciona exclusivamente como objeto indireto. O professor já lhe enviou as notas? (enviar alguma coisa a alguém) TODOS OS DEMAIS PRONOMES – variam de função dependendo do verbo ao qual se associam. Eles te viram na festa ontem. (ver alguém ou algo) Esta proposta não me interessa mais. (interessar a alguém)

8.4. Agente da passiva Já vimos que quando um verbo exprime ação, é possível estabelecer entre ele e o sujeito certas relações que determinam a classificação das vozes verbais. Sendo assim, agente da passiva é o termo que, em uma oração na voz passiva, representa quem pratica a ação verbal recebida pelo sujeito. Normalmente é iniciado pela preposição por/pelo ou, mais raramente, pela preposição de. A antiga escola foi transformada em um posto de saúde pela prefeitura. Aquela aldeia era habitada de animais selvagens.

8.5. Adjunto Adverbial Adjunto adverbial é o termo que se junta ao verbo para indicar determinadas circunstâncias em relação ao fato verbal. São inúmeras as circunstâncias expressas pelos adjuntos adverbiais:  Afirmação: Todos certamente serão aprovados.  Causa: Com o excesso de chuvas, as ruas inundaram.  Companhia: Farei o trabalho com meu colega.  Dúvida: Talvez, eu faça aquele concurso.  Instrumento: Fiz a redação com a caneta nova.  Intensidade: Todos estudaram demais.  Lugar: Farei a matrícula naquela escola pública.  Modo: Fiz a prova com rapidez.  Negação: Não entendi esse conteúdo.  Tempo: O genial Leonardo da Vinci viveu entre 1452 e 1519.

8.6. Adjunto Adnominal Adjunto adnominal é o termo que se associa a um nome para especificar, detalhar ou caracterizar o sentido dele. CARACTERÍSTICAS DO ADJUNTO ADNOMINAL 1. O adjunto adnominal pode associar-se a qualquer substantivo que seja núcleo de qualquer termo (sujeito, objeto, adjunto adverbial, agente da passiva etc.) e, na estrutura da oração, é sempre um termo secundário, ou seja, ele se posiciona “dentro” de outro termo. Ex.: A velha casa do bairro era visitada por crianças arteiras.

[65]


[Português I] 2. Entre o adjunto adnominal e o nome (substantivo) a que ele se associa não se interpõe nenhum outro termo, com exceção de outro(s) adjunto(s) adnominal(ais). Ex.: Alguns navegadores solitários já atravessaram o Atlântico.

8.7. Predicativo PREDICATIVO DO SUJEITO: termo que, por meio de um verbo de ligação, relaciona-se ao sujeito, atribuindolhe uma característica, qualidade, um estado ou modo de ser. Ex.: Na próxima semana, o tempo continuará muito quente na região. O verbo de ligação pode aparecer elíptico na oração: Os estudantes comemoraram, felizes, a aprovação.  Os alunos comemoraram a aprovação.  Os alunos estavam felizes. PREDICATIVO DO OBJETO: termo que atribui característica ao objeto. As orações com predicativo do objeto geralmente apresentam ima organização sintática um pouco mais complexa; por isso, para identificá-lo, é necessário mais atenção. Ex.: Os alunos consideraram muito difícil a prova.

OBSERVAÇÃO PREDICATIVO Exprime característica nova, circunstancial, atribuída ao nome.

ADJUNTO ADNOMINAL Exprime característica fixa, constante, já conhecida do nome.

8.8. Complemento Nominal Da mesma forma que existem os verbos com sentido incompleto (verbos transitivos) que exigem complemento verbal – objeto direto ou objeto indireto – existem nomes de sentido incompleto e que por isso exigem um termo que lhes complete o sentido.

Observe que no início do anúncio ao lado, houve o emprego da palavra racionamento que necessita de complemento. “racionamento de quê?” “de energia” é o termo que completa o substantivo racionamento, funcionando assim como complemento nominal.

[66]


[Português I]   

O nome a que um complemento nominal se associa pode ser um substantivo abstrato, um adjetivo ou um advérbio. O complemento nominal é sempre iniciado por preposição. DIFERENÇAS ENTRE COMPLEMENTO NOMINAL E ADJUNTO ADNOMINAL Quando o nome exprime uma ação: Se o termo em estudo é o agente da ação, ele é adjunto adnominal. Se o termo em estudo é o paciente da ação, ele é complemento nominal.

Quando o nome é adjetivo ou advérbio: Se o nome é um adjetivo ou advérbio, o termo em estudo funciona, sempre, como complemento nominal.

Quando o nome é substantivo concreto: Se o nome é substantivo concreto, o termo em estudo funciona, sempre, como adjunto adnominal.

Quando há ideia de posse: Se o termo em estudo exprime a ideia de posse, ele é sempre adjunto adnominal.

8.9. APOSTO Aposto é o termo que se associa a um nome anterior para especificar, explicar, resumir ou enumerar o sentido desse nome. APOSTO ESPECIFICATIVO: A hidrelétrica de Itaipu é um dos orgulhos da engenharia brasileira. APOSTO EXPLICATIVO: Machado de Assim, grande escritor brasileiro, deixou-nos grandes obras. APOSTO RESUMIDOR: Os móveis, a casa, o carro, tudo foi doado às instituições filantrópicas da cidade. APOSTO ENUMERATIVO: A professora elogiou dois alunos: você e seu irmão.

8.10. VOCATIVO

Vocativo é o termo usado para chamar, pelo nome, apelido, característica etc., o ser (pessoa ou coisa personificada) com quem se fala. Na tira acima, Armandinho faz uso do vocativo “minha senhora” no último quadrinho. Na estrutura sintática da oração, o vocativo é um termo à parte, isto é, ele não integra nem o sujeito, nem o predicado.

[67]


[Português I]

EXERCÍCIOS – ENEM & Vestibulares UNIDADE 1 – COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

vezes colabora criando preconceitos, mas o fator mais forte que motiva os falantes a extinguirem uma palavra é associar a palavra, influenciados direta ou indiretamente pela visão normativa, a um grupo que julga não ser o seu. O pinchar, associado ao ambiente rural, onde há pouca escolaridade e refinamento citadito, está fadado à extinção? É louvável que nos preocupemos com a extinção de ararinhas-azuis ou dos micos-leão-dourados, mas a extinção de uma palavra não promove nenhuma comoção, como não nos comovemos com a extinção de insetos, a não ser dos extraordinariamente belos. Pelo contrário, muitas vezes a extinção das palavras é incentivada.

1. (ACAFE Medicina 2015) Relacione os textos da primeira coluna com as variedades linguísticas listadas na segunda coluna. ( 1 ) Bão mesmo seria se um político pegasse febre aftosa... Aí nois tinha que sacrificá o rebanho inteiro, uaiii! ( 2 ) Qué sabe??? Num tô “preo” com a tal da Anita. Quero que ela se dane!!! ( 3 ) Bueno... Essa é a guria de que te falei. ( 4 ) Ave Maria! Deus do céu! Quem não merece não vai ganhá nada não. ( 5 ) Robaro todos os bichinhos que eu tava criano! Uns bichinho raro! Eles faziam assim... cócó. có-có-recórrr!

VIARO, M. E. Língua Portuguesa, n. 77, mar. 2012 (adaptado). A discussão empreendida sobre o (des)uso do verbo "pinchar" nos traz uma reflexão sobre a linguagem e seus usos, a partir da qual compreende-se que a) As palavras esquecidas pelos falantes devem ser descartadas dos dicionários, conforme sugere o título b) O cuidado com espécies animais em extinção é mais urgente do que a preservação de palavras c) O abandono de determinados vocábulos está associado a preconceitos socioculturais d) As gerações têm a tradição de perpetuar o inventário de uma língua e) O mundo contemporâneo exige a inovação do vocabulário das línguas.

( ) Falar sulista, em região de fronteira com a língua espanhola. ( ) Falar caipira, do interior de São Paulo e adjacências. ( ) Falar urbano, próprio de falante jovem, mas incaracterístico quando à região. ( ) Falar mineiro. ( ) Falar paraibano e de outros estados nordestinos. A sequência correta, de cima para baixo, é: a) 5 – 4 – 1 – 2 – 3 b) 3 – 5 – 2 – 1 – 4 c) 3 – 1 – 4 – 5 – 2 d) 4 – 2 – 3 – 5 – 1

3. (ENEM 2012)

2. (ENEM 2015) Palavras jogadas fora Quando criança, convivia no interior de São Paulo com o curioso verbo pinchar e ainda o ouço por lá esporadicamente. O sentido da palavra é o de “jogar fora” (pincha fora essa porcaria) ou “mandar embora” (pincha esse fulano daqui). Teria sido uma das muitas palavras que ouvi menos na capital do estado e, por conseguinte, deixei de usar. Quando indago às pessoas se conhecem esse verbo, comumente escuto respostas como “minha avó fala isso”. Aparentemente, para muitos falantes, esse verbo é algo do passado, que deixará de existir tão logo essa geração antiga morrer. As palavras são, em sua grande maioria, resultados de uma tradição: elas já estavam lá antes de nascermos. “Tradição”, etimologicamente, é o ato de entregar, de passar adiante, de transmitir (sobretudo valores culturais). O rompimento da tradição de uma palavra equivale à sua extinção. A gramática normativa muitas

Que estratégia argumentativa leva o personagem do terceiro quadrinho a persuadir sua interlocutora? a)

A prova concreta, ao expor o produto ao consumidor b) Consenso ao sugerir que todo vendedor tem técnica c) Raciocínio lógico, ao relacionar uma fruta com um produto eletrônico d) Comparação, ao enfatizar que os produtos apresentados anteriormente são inferiores e) Indução, ao elabora o discurso de acordo com os anseios do consumidor.

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[Português I] 4. (UPF 2013) O Facebook como espelho Ainda me lembro da época em que o público de um espetáculo musical estava lá para ouvir música, talvez para cantar e dançar, certamente não para fotografar e ser fotografado. Silenciosamente algo mudou. A popularização das câmaras e das redes de compartilhamento parece ter despertado até nos mais tímidos uma compulsão por mostrar tudo o que é vivido, mesmo que seja um acontecimento banal. “Se não fotografou e não publicou, então não existe.” O exibicionismo é expresso em páginas, video casts, perfis e linhas do tempo que parecem relatórios clínicos de narcisistas compulsivos, em suas várias formas: fotografias com caras e bocas, opiniões rasas a respeito de praticamente tudo, vídeos em que nada de interessante acontece e a triste alegria coletiva com o grotesco e a humilhação. A exposição é razoavelmente recente. Uma das primeiras autobiografias dedicadas ao registro do cotidiano é Confissões, de Rousseau. Arrojado e provocador para o século 18, o iluminista francês ficaria chocado com o tamanho da exibição de hoje. Desde os anos 1980, quando yuppies, computadores pessoais e o culto ao corpo abriram canais para a expressão individual, o particular é cada vez mais público e amplificado. Celulares e redes de compartilhamento transformaram os 15 minutos de fama em uma espécie de Show de Truman universal em que registros banais e confissões diversas tornaram todos um pouco inseguros, verificando a composição de sua figura no espelho do Facebook e corrigindo seu discurso e conduta de acordo com as menções e aprovações recebidas. Nem o Narciso mitológico seria tão autocentrado. Aquele que morreu afogado ao se apaixonar por sua figura refletida em um espelho d’água poderia argumentar que não sabia que via um reflexo. Como muitos usuários de redes sociais, ele se apaixonou por uma tela e sucumbiu ao confundi-la com a realidade. Essa confusão entre o real e o fictício publicado é uma das faces mais assustadoras do narcisismo digital. Muitos têm uma visão de realidade tão distorcida pela percepção alheia, tão fragmentada e amplificada pelos perfis e grupos a que pertencem que geram especulações maiores do que pode supor sua vã fenomenologia. A vida na vitrine da interface, livre da moderação e da compostura que qualquer grupo social demanda, cria uma gigantesca câmara de eco, em que mensagens são referências de referências de referências, perdendo significado e substância no processo. O sucesso de uma trilogia pornô, derivada de uma fantasia de fã da série Crepúsculo, que por sua vez é derivada das clássicas histórias de vampiros, é o exemplo mais recente. Impulsionado pela indicação do amigo do amigo do amigo nas redes sociais, 50 Tons de Cinza se transformou no maior best-seller do país que um dia foi de Shakespeare e Charles Dickens.

Há uma certa melancolia na situação. Ambientes que permitem tanta exposição e manifestação de identidades múltiplas demandam coerência de pensamento para que seus atores não se tornem reféns das personagens que representam. Sem contar que todo esse egocentrismo é muito, muito chato. Luli Radfahrer, 11/09/2012, edição 711. Reproduzido do suplemento “Tec” da Folha de S.Paulo, 10/9/2012; intertítulo do OI. Disponível em: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed711_o_facebook_ como_espelho

O texto é construído a partir de paradoxos. A única relação não contemplada é: a) particular X público. b) virtual X real. c) superficial X profundo. d) moral X imoral. e) reclusão X exposição 5. Assinale a tese defendida no texto. a) As redes sociais funcionam como um retrocesso para a sociedade atual, que perdeu seu significado e referência, razão pela qual deveriam ser evitadas. b) A exposição nas redes sociais exige cautela dos usuários, a fim de que não se confundam realidade e ficção. c) Os recursos digitais de celulares e redes de compartilhamento são negativos, pois propiciam a exposição pública sem limites. d) A participação do sujeito em redes sociais faz com que os índices de leitura de obras literárias diminuam. e) A pornografia é uma realidade constante nas redes sociais, o que confirma o uso indevido desse recurso. (UFN 2015) Autoexposição adolescente *Marion Minerbo O Facebook existe para que a indústria de produção e consumo do Eu possa se expandir. Em 1967, Debord criou a expressão "sociedade do espetáculo" para falar de um modo de vida no qual a relação entre as pessoas é mediada por imagens. A vida só é real quando se torna imagem - "se não tem foto, não aconteceu"; e a imagem é mais real do que a vida: a "família margarina" é mais família que a nossa. A visibilidade passa a ser muito importante, porque ajuda a fazer as coisas acontecerem. Na sociedade do espetáculo, aparecer é ter valor: "quem aparece é bom, e quem é bom, aparece". Embora a gente saiba que não é bem assim: há pessoas talentosas, competentes e generosas que não aparecem. A equação aparecer = ser bom acaba tendo efeitos sobre o que sentimos que é bom e desejável, sobre o que nos torna felizes ou infelizes e sobre nossos valores. Por isso, a necessidade de aparecer tem menos a ver com vaidade do que com o sentimento de existir aos olhos dos outros, de ser, ter valor e poder. Programas como o Facebook e muitos outros recursos são desenvolvidos para que a indústria da produção e

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[Português I] consumo de imagens do Eu possa se expandir. Tudo vai virando espetáculo. Paradoxalmente, até a intimidade. Isso nos ajuda a entender a autoexposição de adolescentes na net. Quando a necessidade de experimentar e testar limites, típica da adolescência, se junta à necessidade de aparecer o máximo possível, típica da sociedade do espetáculo, e ao fator tecnologia, a autoexibição se torna fenômeno cada vez mais frequente. O jovem tira a roupa diante da tweetcam para ser admirado por sua coragem e ousadia, atestada pelo "número de seguidores". E, quem sabe, tornar-se celebridade... Isso não lhe parece tão arriscado, não tanto por imaturidade, mas porque o infinito da net é demais para sua (nossa) imaginação. É difícil conceber que a imagem de seu corpo poderá ser acessada para sempre, a qualquer momento, por qualquer um, em qualquer lugar do planeta. É difícil pensar que a autoexposição não se limitará nem ao seu quarto, nem ao momento presente. Como calcular um risco que envolve outra noção de tempo e espaço? A sociedade do espetáculo oferece novas formas de testar limites criando "ritos de passagem" que estamos começando a conhecer. A autoexposição adolescente nos deixa perplexos porque a transgressão, que sempre foi feita às escondidas, se tornou espetacular.

negativas. O senso· comum tem escassa percepção de que a língua é um fenômeno heterogêneo, que alberga grande variação e está em mudança contínua. Por isso, costuma folclorizar a variação regional; demoniza a variação social e tende a interpretar as mudanças como sinais de deterioração da língua. O senso comum não se dá bem com a variação linguística e chega, muitas vezes, a explosões de ira e a gestos de grande violência simbólica diante de fatos de variação. Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua - um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas - isto é, as variedades escritas e faladas que devem ser identificadas como constitutivas da chamada norma culta. Isso pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo. Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais. Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos. Como fazer isso? Como garantir a disseminação dessa cultura na escola e pela escola, considerando que a sociedade em que essa escola existe não reconhece sua cara linguística e não só discrimina impunemente pela língua, como dá sustento explícito a esse tipo de discriminação? Em suma, como construir uma pedagogia da variação linguística? Adaptado de: ZILLES, A. M;

htt://www1.folha.uol.com.br. * Psicanalista (Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo).

6. De acordo com o texto, assinale (V) verdadeiro ou (F) falso nas alternativas dadas. ( ) Há preocupação e crítica quanto à cultura da imagem em diferentes perspectivas do mundo contemporâneo. ( ) O Brasil é um dos países que mais investe recursos financeiros para investimento em novas tecnologias. ( ) A vida só é real quando se torna imagem, a família margarina é mais família que a nossa e se não tem foto, não aconteceu são metáforas explicativas da sociedade do espetáculo. ( ) Nas redes sociais, a autoexposição e a autoexibição, antes consideradas transgressoras, hoje são espetaculares. A sequência correta é A) V – F – V – V. B) F – F – V – F. C) F – V – F – V. D) F – F – V – V. E) V – F – V – F.

FARACO, C. A. Apresentação. In: ZILLES, A. M; FARACO, C. A. orgs., Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola, 2015

8. Assinale a alternativa que contém uma afirmação correta, de acordo com o sentido do texto. a) O senso comum costuma perceber a língua como um fenômeno heterogêneo que alberga grande variação e está em mudança contínua. b) Os gestos de grande violência simbólica constituemse em fatos de variação linguística. c) O conceito de norma culta e suas características no Brasil contemporâneo são alvos de explosões de ira diante de fatos de variação linguística. d) Uma pedagogia que regule o domínio das variedades ditas populares deve ser privilegiada. e) A heterogeneidade linguística do Brasil deve ser compreendida para que se possa construir uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua.

7. A alternativa que não conserva o significado assumido por “ritos” (último parágrafo) é A) momentos. B) celebrações. C) cerimônias. D) oportunidades. E) espetáculos. (UFRGS 2016) A variação linguística é uma realidade que, embora razoavelmente bem estudada pela sociolinguística, pela dialetologia e pela linguística histórica, provoca, em geral, reações sociais muito

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[Português I] 9. Considere as afirmações abaixo, sobre a construção de uma educação de qualidade. I - Uma educação de qualidade deve, no que conceme à variação linguística, questionar as reações sociais advindas da percepção da língua como fenômeno homogêneo. II - O desafio, para uma educação de qualidade, está em preparar a escola para combater a discriminação que tem origem nas diferenças entre as variedades linguísticas. III - As variedades linguísticas próprias ao domínio da leitura, escrita e fala nos espaços públicos, que devem ser ensinadas pela escola, são as que não sofreram variações sociais. Segundo o texto, quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas I e II. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III.

Que eu aqui de novo cantando Que eu aqui de novo xaxando Óia eu aqui de novo mostrando Como se deve xaxar. Vem cá morena linda Vestida de chita Você é a mais bonita Desse meu lugar Vai, chama Maria, chama Luzia Vai, chama Zabé, chama Raque Diz que tou aqui com alegria. (BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em <www.luizluagonzaga.mus.br > Acesso em 5 mai 2013) 11. A letra da canção de Antônio Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma do falar popular regional é a) “Isso é um desaforo” b) “Diz que eu tou aqui com alegria” c) “Vou mostrar pr’esses cabras” d) “Vai, chama Maria, chama Luzia” e) “Vem cá, morena linda, vestida de chita”

(ENEM 2015) Assum preto Tudo em vorta é só beleza Sol de abril e a mata em frô Mas assum preto, cego dos óio Num vendo a luz, ai, canta de dor

(ENEM 2014) Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma de língua em suas atividades escritas? Não deve mais corrigir? Não!

Tarvez por ignorança Ou mardade das pió Furaro os óio do assum preto Pra ele assim, ai, cantá mió

Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo dos cordelistas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas.

Assum preto veve sorto Mas num pode avuá Mil veiz a sina de uma gaiola Desde que o céu, ai, pudesse oiá. 10. As marcas da variedade regional registradas pelos compositores de Assum preto resultam da aplicação de um conjunto de princípios ou regras gerais que alteram a pronúncia, a morfologia, a sintaxe ou o léxico. No texto, é resultado de uma mesma regra a

(POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 – adaptado).

a) pronúncia das palavras “vorta” e “veve”. b) pronúncia das palavras “tarvez” e “sorto”. c) flexão verbal encontrada em “furaro” e “cantá” d) redundância nas expressões “cego dos óio” e “mata em frô”. e) pronúncia das palavras “ignorança” e “avuá”.

12. Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber a) descartar as marcas de informalidade do texto. b) reservar o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla. c) moldar a norma padrão do português pela linguagem do discurso jornalístico. d) adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto. e) desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela escola.

(ENEM 2014) Óia eu aqui de novo xaxando Óia eu aqui de novo pra xaxar Vou mostrar pr’esses cabras Que eu ainda dou no couro Isso é um desaforo Que eu não posso levar

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[Português I] (ENEM 2014)

a) definir regras de comportamento social pautadas no combate ao consumismo exagerado. b) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos que visam à adesão ao consumo. c) defender a importância do conhecimento de informática pela população de baixo poder aquisitivo. d) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas classes sociais economicamente desfavorecidas. e) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a máquina, mesmo a mais moderna.

Em bom português No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Não é somente pela gíria que a gente é apanhada (aliás, não se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular como do plural: tudo é “a gente”). A própria linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia uma parte do léxico cai em desuso. Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha atenção para os que falam assim:

(ENEM 2010) Câncer 21/06 a 21/07

– Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem.

O eclipse em seu signo vai desencadear mudanças na sua autoestima e no seu modo de agir. O corpo indicará onde você falha – se anda engolindo sapos, a área gástrica se ressentirá. O que ficou guardado virá à tona, pois este novo ciclo exige uma “desintoxicação”. Seja comedida em suas ações, já que precisará de energia para se recompor. Há preocupação com a família, e a comunicação entre os irmãos trava. Lembre-se: palavra preciosa é palavra dita na hora certa. Isso ajuda também na vida amorosa, que será testada. Melhor conter as expectativas e ter calma, avaliando as próprias carências de modo maduro. Sentirá vontade de olhar além das questões materiais – sua confiança virá da intimidade com os assuntos da alma. Revista Cláudia. Nº 7, ano 48, jul. 2009.

Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não saber dizer que viram um filme que trabalha muito bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestido de roupa de banho em vez de biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca. Comprarão um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em vez de um resfriado, vão andar no passeio em vez de passear na calçada. Viajarão de trem de ferro e apresentarão sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher. (SABINO, F. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1984) 13. A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais. O texto exemplifica essa característica da língua, evidenciando que

15. O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função específica, seu objetivo comunicativo e seu formato mais comum relacionam-se com os conhecimentos construídos socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos desse texto demonstra que sua função é: a) vender um produto anunciado. b) informar sobre astronomia. c) ensinar os cuidados com a saúde. d) expor a opinião de leitores em um jornal. e) aconselhar sobre amor, família, saúde, trabalho.

a) o uso de palavras novas deve ser incentivado em detrimento das antigas. b) a utilização de inovações do léxico é percebida na comparação de gerações. c) o emprego de palavras com sentidos diferentes caracteriza diversidade geográfica. d) a pronúncia e o vocabulário são aspectos identificadores da classe social a que pertence o falante. e) o modo de falar específico de pessoas de diferentes faixas etárias é frequente em todas as regiões.

(ENEM 2010) MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE COMPUTADOR E GUARDE ESTA CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS. Revista Época. N° 424, 03 jul. 2006. 14. Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de linguagem, assumindo funções específicas, formais e de conteúdo. Considerando o contexto em que circula o texto publicitário, seu objetivo básico é

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[Português I]

UNIDADE 2 – FONOLOGIA

d) quais, fugiu, caiu, história e) órgão, dia, açaí, rua

1. (UFN) Entre os termos abaixo, qual não contém hiato? a) continuidade b) garantia c) concluído d) país e) economia

7. (PUC-SP) Assinale a alternativa que apresenta tritongo, hiato, ditongo crescente, e dígrafo: a) quais, saúde, perdoe, álcool b) cruéis, mauzinho, quais, psique c) quão, mais, mandiú, quieto d) aguei, caos, mágoa, chato e) n.d.a.

2. (UFN) Nas palavras “suína” e “Saúde”, o encontro vocálico existente é um a) dígrafo. b) hiato. c) ditongo crescente. d) ditongo decrescente. e) tritongo.

8. (F. Caxias do Sul-RS) A alternativa em que, nas três palavras, há um ditongo decrescente é: a) água, série, memória b) coração, razão, paciência c) joia, véu, área d) balaio, veraneio, ciência e) apoio, gratuito, fluido

3. (UFN) Sobre as palavras filosofia, categorias e fotografia, podemos afirmar que: I. São todas paroxítonas. II. O encontro vocálico existente nelas constitui um hiato. III. Elas têm, respectivamente, três, quatro e cinco sílabas. IV. Possuem um encontro vocálico de mesma natureza dos encontros vocálicos das palavras consciência e individuais. Está(ão) correta(s) a) apenas I e II. b) apenas I e III. c) apenas II e III. d) apenas II e IV. e) apenas III e IV.

9. (UFSC) A única alternativa que apresenta palavra com encontro consonantal e dígrafo é: a) graciosa b) prognosticava c) carrinhos d) cadeirinha e) trabalhava 10. (UFAC) Assinale a série em que apenas um dos vocábulos NÃO possui dígrafo: a) Folha – ficha – lenha- fecho b) Lento – bomba – trinco – algum c) Águia – queijo – quatro – quero d) Descer – cresço – exceto – exsudar e) Serra – vosso – arrepio – assinar

4. (PUC-SP) Nas palavras enquanto, queimar, folhas, hábil e grossa, constatamos a seguinte sequência de letras e fonemas: a) 8 - 7, 7 - 6, 6 - 5, 5 - 4, 6 - 5 b) 7 - 6, 6 - 5, 5 - 5, 5 - 5, 5 - 5 c) 8 - 6, 7 - 5, 6 - 4, 5 - 4, 5 - 4 d) 8 - 6, 7 - 6, 6 - 5, 5 - 4, 6 – 5 e) 8 - 5, 7 - 6, 6 - 5, 5 - 5, 5 – 5 5. (ACAFE-SC) Assinale, na sequência abaixo, a alternativa em que todas as palavras possuem dígrafos: a) histórias, impossível, máscaras b) senhor, disse, achado c) passarinhos, ergueu, piedade d) errante, abelhas, janela e) homem, caverna, velhacos 6. (FASP) Indique a alternativa cuja sequência de vocábulos apresenta, na mesma ordem, o seguinte: ditongo, hiato, hiato, ditongo: a) jamais, Deus, luar, dai b) joias, fluir, jesuíta, fogaréu c) ódio, saguão, leal, poeira

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[Português I]

UNIDADE 3 – ACENTUAÇÃO

5. (ACAFE) Leia com atenção: Brasil tem megajazida de petróleo e gás. Um dia depois de o Ministro interino das Minas e Energia, Nelson Hubner, ter recomendado que donos de carro não convertessem o combustível para gás, a Petrobrás anunciou a descoberta de uma reserva gigante de petróleo e gás natural na Bacia de Santos. A área de abrangência da reserva é de 800 quilômetros de extensão por 200 quilômetros de largura e vai do Espírito Santo a Santa Catarina. A expectativa oficial é de que só o primeiro poço contenha 60% de todas as reservas dos dois produtos encontradas até hoje no país. O presidente da empresa, Sérgio Gabrielli, afirmou que, com a descoberta, o Brasil deve subir do 24º lugar no ranking de maiores reservas do mundo para a 8ª ou 9ª colocação, com o acréscimo de 5 bilhões a 8 bilhões de barris à produção atual, que é de 14,4 bilhões.

1. (UFN) Marque V (verdadeiro) ou F (falso). ( ) A palavra “férias” é acentuada porque é uma oxítona. ( ) A palavra “medíocre” é acentuada porque é uma oxítona terminada em ‘E’. ( ) A palavra “terrível” é acentuada porque é uma paroxítona terminada em ‘L’. ( ) A palavra “nobilíssimas” é acentuada porque é uma proparoxítona. ( ) A palavra “conseguirá” é acentuada porque é uma oxítona terminada em ‘A’. A sequência correta é a) V – V – F – F – F. b) V – V – V – F – F. c) F – F – F – V – V. d) F – F – V – V – V. e) V – F – F – F – V.

(Fonte: <www.clicrbs.com.br/jornais>. Acesso em 10 nov. 2007.)

Analise as afirmativas a seguir: I - As palavras “quilômetros” e “subir” são, respectivamente, proparoxítona e oxítona. II - “Gás” é uma palavra oxítona. III - “Petróleo” não é proparoxítona, tampouco oxítona. IV - As palavras “abrangência” e “petróleo” são proparoxítonas terminadas em ditongo. V- A grafia da palavra “megajazida” está incorreta. Assinale a alternativa cujas afirmativas estão corretas: a) Apenas II e IV. b) Apenas I, III e V. c) Apenas I e III. d) Apenas III e V. e) Apenas IV e V.

2. (UFPR) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxítonos: a) paletó, avô, pajé, café, jiló b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis c) você, capilé, Paraná, lápis, régua d) amém, amável, filó, porém, além e) caí, aí, ímã, ipê, abricó 3. (PUC-RJ) Aponte a opção em que as duas palavras são acentuadas devido à mesma regra: a) saí – dói b) relógio – própria c) só – sóis d) dá – custará e) até – pé

6. (UEPG/2017) Passe livre? Os turistas que chegam a Boston, nos Estados Unidos, têm uma agradável surpresa: uma viagem na Silver Line, o corredor de ônibus que liga o aeroporto ao centro da cidade, sai de graça. Mas a tarifa zero só vale para quem embarca no próprio aeroporto: passageiros regulares pagam US$ 2,65. A ideia é dar uma espécie de “boas vindas” aos visitantes. A 7,5 mil quilômetros de Boston, a cidade de Agudos, no interior de São Paulo, tem passe livre integral. Todo mês o prefeito aplica R$ 120 mil na rede de 16 ônibus da cidade e só isso já garante o deslocamento de toda a população. “Considero possível a tarifa zero em qualquer cidade. Mas trata-se de uma medida que demanda reestruturação tributária nos municípios”, diz Paulo Cesar Marques da Silva, especialista em mobilidade da Universidade de Brasília. A aplicação de impostos progressivos, cuja alíquota aumenta conforme a renda do contribuinte é uma possibilidade. Outra, segundo Paulo, é “a taxação pelo uso do automóvel, seja em estacionamentos públicos, seja pela circulação”. O pedágio urbano se tornou famoso após sua implantação em Londres: em dez anos, reduziu em 21% a presença de carros no centro da cidade. “Precisamos de modelos de arrecadação. Caso contrário, a tarifa vai sempre subir e, no fim, muita

4. (ACAFE) No trecho a seguir, foram omitidos todos os acentos gráficos: grave, agudo e circunflexo. Localize as palavras que deveriam receber esses acentos. “O livro 'A cabeça do brasileiro', do sociologo Alberto Carlos Almeida, mostra que a educação e o grande corte social e etico do Brasil: os 57% de brasileiros que tem ate o Ensino Fundamental são mais autoritarios, mais estatistas e revelam menos valores democraticos; a medida que a escolaridade aumenta, os valores melhoram – o que prova, segundo o autor, que a educação e a principal matriz a transmitir valores republicanos as pessoas.” (Fonte: O Estado de São Paulo – 26 de agosto de 2007.) Assinale a alternativa correta em relação ao número de acentos gráficos que foram omitidos no trecho acima: a) Um (1) acento grave – sete (7) acentos agudos – nenhum acento circunflexo. b) Três (3) acentos graves – seis (6) acentos agudos – um (1) acento circunflexo. c) Dois (2) acentos graves – sete (7) acentos agudos – dois (2) acentos circunflexos. d) Nenhum acento grave – cinco (5) acentos agudos – um (1) acento circunflexo. e) Dois (2) acentos graves – sete (7) acentos agudos – um (1) acento circunflexo.

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[Português I] gente deixa de usar o transporte”, afirma João Cucci Neto, professor de engenharia de tráfego da universidade Mackenzie. Além desses subsídios, a taxação da gasolina, a contribuição da indústria e outros empreendimentos que se beneficiem de um bom sistema de transporte são alguns modelos possíveis. Adaptado de: Galileu, mar/2016, ed. 296, p. 30.

a) As palavras “garoto”, “história”, “feliz” e “nariz”, do Texto 1, são palavras proparoxítonas, e “livro”, “dicionário”, “terminar” e “nunca”, do Texto 2, são palavras oxítonas. b) As palavras “história”, do Texto 1, e “dicionário”, do Texto 2, foram acentuadas corretamente, mas possuem regras de acentuação diferentes porque a primeira é considerada paroxítona e, a segunda, proparoxítona. c) A palavra “história”, do Texto 1, é uma palavra paroxítona e está corretamente acentuada; e “você”, do Texto 2, é uma palavra oxítona e deve ser acentuada da mesma forma que “café”, “dendê”. @ d) As palavras “nariz” e “feliz”, do Texto 1, deveriam estar acentuadas assim como as palavras “terminar”, “ler”, “grosso” e “nunca”, do Texto 2, que deveriam receber acento circunflexo. e) As palavras “história”, do Texto 1, e “dicionário”, do Texto 2, não deveriam estar acentuadas porque os acentos agudos não fazem mais parte do português brasileiro.

Sobre a acentuação gráfica das palavras agradável, automóvel e possível, assinale o que for correto. a) Em razão de a letra L no final das palavras transferir a tonicidade para a última sílaba, é necessário que se marque graficamente a sílaba tônica das paroxítonas terminadas em L, se isso não fosse feito, poderiam ser lidas como palavras oxítonas. b) São acentuadas porque são proparoxítonas terminadas em L. c) São acentuadas porque são oxítonas terminadas em L. d) São acentuadas porque terminam em ditongo fonético – eu. e) São acentuadas porque são paroxítonas terminadas em L.

8. (IFSC/2015)

7. (IFSC/2015) Texto 1 Livro Eu me livro daquele garoto chato Com um livro enfiado no meu nariz Fingindo achar a história feliz. Com relação à acentuação gráfica das palavras no texto, é CORRETO afirmar: a) A palavra por (quinto quadrinho) deveria ter recebido acento diferencial por se tratar de uma forma verbal. b) A palavra parabéns (terceiro quadrinho) recebe um acento diferencial porque está no plural. c) A palavra me (primeiro quadrinho) deveria ter recebido acento, por ser monossílabo tônico terminado em e. d) O acento na palavra é (terceiro quadrinho ) pode ser classificado como diferencial, porque não há regra que justifique seu uso. e) A palavra ótima (terceiro quadrinho) recebe acento por ser proparoxítona.

Fonte: MARIA, Selma. Isso isso. São Paulo: Petrópolis, 2010. s/p.

Disponível em:http://cantinhodebrincar-neidinha.blogspot.com.br/2011/06/tirinhas-de-hq-diversas.html. Acesso: 10 ago. 2014.

Texto 2

9. (PUC) Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acentuado: a) hífen b) ítem c) itens d) ritmo e) n.d.a 10. (Fuvest) Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam corretamente acentuadas: a) Tietê, órgão, chapéuzinho, estrêla, advérbio b) fluido, geleia, Tatuí, armazém, caráter c) saúde, melância, gratuíto, amendoím, fluído d) inglês, cipó, cafèzinho, útil, réu e) canôa, heroismo, crêem, Sergípe, bambú

Considerando a posição da sílaba tônica e as regras de acentuação das palavras, assinale a alternativa CORRETA:

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[Português I]

UNIDADE 4 – SEMÂNTICA E ORTOGRAFIA

na PUCRS, o curso de Elvis a Justin Bibier: comunicação, consumo, cultura e juventude. - O mundo digital e o real se misturam, acaba sendo uma coisa só – completa. Embora nem sempre seja fácil para os mais velhos entender o que os nativos digitais têm a dizer, é importante compreender que se trata de uma geração pronta para contribuir com o mundo hiperconectado. A internet e a infinidade de gadgets que os cercam fizeram com que eles desenvolvessem uma forma de pensamento não linear. Eles são e sabem várias coisas ao mesmo tempo, sem medo de expressar suas diferenças e formas de pensar e sem a necessidade de se encaixar em um grupo específico. (...) Para o doutor em comunicação Dado Schneider, é preciso abraçar as características da gurizada que irá definir como a humanidade se relaciona e consome. - Eles estão operando em um novo cenário, mas os pais ainda exigem comportamentos antigos. Isso é um absurdo. Não há nada de errado em ser como eles são, reforça Carolina. ZERO HORA, 1º de setembro de 2013.

1. (UFN) Observe o seguinte fenômeno linguístico: ACENDER – ASCENDER. Ele é um caso de A) homonímia. B) antroponímia. C) sinonímia. D) antonímia. E) hiperonímia.

2. (UFN) Nativos Digitais Marcelo Sarkis Nascidos a partir de 2000 formam a novíssima geração Z. Eles já vêm ao mundo totalmente conectados, não enxergam barreiras na tecnologia e influenciam hábitos e padrões de consumo e são os primeiros a entender como receber e filtrar o turbilhão de informações da era da internet. A ponta do dedo de Eric toca o visor do celular da mãe e desliza em busca de novas imagens. Com um ano e cinco meses, o guri apenas começa a dizer as primeiras palavras, mas já aprendeu, sem muito esforço, o movimento que alterna as fotos na tela do smartphone da mãe. Nascido em 2012, Eric é de uma geração que chega ao mundo digital ainda antes de entrar no real – ainda na barriga das mães, suas imagens são compartilhadas nas redes sociais, por exemplo. Nascidos a partir do ano 2000, são conhecidos como nativos digitais, geração Z, milenials, globalists e tantas outras definições. Dos mais complexos artigos acadêmicos a confusos textos em sites e blogs, todos estão tentando entender quem são as crianças e os adolescentes que, a exemplo de Eric, incorporam com facilidade tecnologias que um senhor de 20 e tantos anos teria dificuldade de absorver. Uma das corajosas que se aventuram nesse mundo é a analista de tendências Carolina Althaller, da agência WMcCann: “Eles enxergam a tecnologia e as redes como um meio. Usam o online como ferramenta para se manter conectados, não como um fim – explica”. Mais do que com tecnologia, nativos digitais têm uma relação inédita com a informação. Dominando a internet, a geração anterior, chamada de Y, abriu caminho para que, além de consumidores, todos fossem produtores de conteúdo. E em grande volume. De acordo com o estudo da consultoria norteamericana Qmee, a cada minuto que passa são geradas, em média, 72 horas de vídeo no YouTube, 41 mil posts no Facebook e 3,6 mil fotos no Instagram. Essa é a quantidade de informação que deixou a geração Y com problemas de ansiedade crônica, mas que os nativos digitais parecem ser os primeiros a conseguir filtrar e processar. - É uma juventude que tem uma vida digital, mas com bom senso de buscar experiências fora do mundo virtual – avalia Bruna Paulin, pesquisadora de comportamento que ministra,

A palavra “tendências” (sublinhado) poderia ser substituída no texto, mantendo-se seu significado original, por a) nativos. b) informações. c) comportamentos. d) experiências. e) consumo. (UFN) A saúde dos impostos (Fernando de Barros e Silva- Folha de SP -set/2011) Nos estratos mais ricos da sociedade, que costumamos confundir com a classe média, é difícil encontrar quem não levante a voz contra os impostos-extorsivos, como se gosta de dizer. De fato, a nossa carga tributária, em torno de 35% do PIB, além de alta, é atípica para países pobres como o Brasil. É uma taxa equiparável à de nações como Reino Unido, Alemanha ou Portugal, nas quais os serviços públicos são incomparavelmente melhores. Mas os países da OCDE (com renda e IDH bastante elevados) destinam, em média, 6,5% do PIB à saúde. Nós destinamos apenas 3,6%. A carga brasileira é pesada, mas o dinheiro que chega à saúde é insuficiente. Quem não precisa encarar as filas e os horrores do sistema público tende a se incomodar apenas com os excessos da tributação. Há agora um grito geral contra a criação da CSS, a Contribuição Social para a Saúde. Entre impostos, contribuições e taxas federais, seria o 64º tributo do país. Mas a questão assim está mal posta. Como lembrou Gustavo Patu, nesta mesma página, entidades empresariais contrárias à contribuição não abrem mão das taxações destinadas às confederações da indústria e do comércio. Os que pregam que a tragédia social se resolve apenas combatendo a corrupção e os desperdícios do Estado são tão demagogos quanto aqueles para quem isso não tem importância. Num país

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[Português I] tão desigual, é preciso desmistificar quem paga o que em benefício de quem. Com os impostos indiretos embutidos no que consome, o pobre destina proporcionalmente mais que o rico ao Estado. Os impostos por aqui são regressivos. Taxamos muito o consumo (ninguém percebe o que paga), mas a tributação da renda e do patrimônio é baixíssima para os padrões internacionais. Os ricos reclamam da voracidade do Estado. Enquanto isso, ser pobre e ficar doente no Brasil segue sendo um péssimo negócio.

ENEM 2012

3. A expressão “não abrem mão” (sublinhado) pode ser substituída, no texto, por a) não perdem. b) não perdoam. c) não continuam. d) não desistem. e) não negociam

Disponível em: www.ivancabral.com. Acesso em: 27 fev. 2012. (Foto: Reprodução/Enem)

6. O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular. b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”. c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o espaço da população rica. d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico. e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso da família.

4. (UCSAL) TEXTO Quando saí de casa, o velho José Paulino me disse: Não vá perder o seu tempo. Estude, que não se arrepende. Eu não sabia nada. Levava para o colégio um corpo sacudido pelas paixões de homem feito e uma alma mais velha do que o meu corpo. Aquele Sérgio, de Raul Pompéia, entrava no internato de cabelos grandes e com uma alma de anjo cheirando a virgindade. Eu não: era sabendo de tudo, era adiantado nos anos, que ia atravessar as portas do meu colégio. Menino perdido, menino de engenho. José Lins do Rego – Menino de Engenho, Ed. Moderna Ltda., São Paulo, 1983. No texto, o verbo cheirar tem significado de: a) agradar. b) parecer. c) enfeitiçar. d) indagar. e) bisbilhotar.

7. (ENEM 2012) TEXTO I Antigamente Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais, e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua nem escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para comparecer todo liró ao copo-d’água, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas de molho diante de treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco. ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento).

5. (UFPE) Observe: 1) A mochila ideal: o modelo que seu filho insistiu em ganhar pode não ser o indicado. Veja porquê. 2) Saiba porque somos a maior empresa de mudanças do Brasil. 3) Por que 40% dos passageiros têm pavor de voar? 4) A clonagem de árvores faz a produção aumentar, porque as mudas mantêm as características da planta doadora. 5) É fácil entender o porquê da estreita relação entre o destino das línguas e o destino das culturas. As expressões destacadas estão corretamente usadas em: a) 3 e 4 apenas b) 1, 2, 3, 4 e 5 c) 3, 4, e 5 apenas d) 1, 4 e 5 apenas e) 2, 3 e 4 apenas

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[Português I] TEXTO II

chovia, ou melhor, caía um pé-d’água. A Cláudia estava

FIORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado).

Expressão

Significado

Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos não mais o são no português brasileiro atual. Esse fenômeno revela que a) a língua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do cotidiano. b) o português brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente do português europeu. c) a heterogeneidade do português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo temporal. d) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua independente. e) o léxico do português representa uma realidade linguística variável e diversificada.

Cair nos braços de Morfeu

Dormir

Debicar

Zombar, ridicularizar

Tunda

Surra

Mangar

Escarnecer, caçoar

Tugir

Murmurar

Liró

Bem-vestido

Copo d’água

Lanche oferecido pelos amigos

(UCPEL 2015) Leia o texto a seguir. Mania de Perseguição Não sei se sou azarado ou sortudo. Se é verdade que, numa boa parte da vida, comi do pão que o diabo amassou, devo admitir, hoje, vendo de longe, que foi melhor comer isso que nada. De qualquer modo, por essa ou outra razão qualquer, ando ultimamente com uma espécie de miniparanoia, considerando-me, mais que os outros, vítima frequente da Lei de Murphy. Por exemplo: no momento mesmo em que, aproveitando que os carros vêm longe, atravesso a rua, tem sempre um outro cara que decide atravessar, no mesmo instante, em sentido contrário e na minha direção! Sou, então, obrigado a desviar dele e já aí os carros se aproximaram ameaçadoramente, deixando-me assustado e tenso. Por que isso? Querem outro exemplo? Digamos que eu esteja com pressa e caminho velozmente pela calçada da Avenida Copacabana: surgirá em minha frente um sujeito empurrando vagarosamente uma carrocinha de sorvete e, se tento ultrapassá-lo pela direita, ele vira para a direita; se tento pela esquerda, ele vira para a esquerda! Parece perseguição, penso comigo, esforçando-me para afastar a ideia maluca de que sou perseguido por alguma entidade maligna. Isso me faz lembrar o caso de um sujeito que não saía de casa com medo de sofrer algum acidente fatal. Um dia, ele saiu e foi vítima de uma bala perdida. Nada a ver comigo, que estou sempre na rua, como já se viu. E, se é na rua que essas coisas me acontecem, nem por isso penso em me trancar em casa. Mas, voltando à paranoia, meu carro agora deu para furar o pneu. Faz seis meses, fui visitar um amigo em Santa Teresa e deixei o carro junto ao meio-fio. Quando voltava para casa, percebi que o pneu estava vazio e tive que trocá-lo sem ajuda de ninguém, pois era tarde da noite e a rua estava deserta. Pois bem, a mesma coisa aconteceu-me semana passada, mas com uma pequena diferença:

Convescote

Piquenique

Bilontra

Velhaco

Treteiro de topete

Tratante atrevido

Abrir o arco

Fugir

comigo e tínhamos ido ao lançamento do livro de um amigo no Leblon. Para chegar à livraria, já foi um desespero, porque, além de chover, era no começo da noite: engarrafamento para todos os lados. É verdade que eu, mais uma vez, errei o caminho, e por isso nos metemos numa enrascada ainda maior. Na hora de estacionar, claro, não havia lugar. Dei outra volta no quarteirão e consegui finalmente uma vaga para deixar o carro. E exatamente lá havia um prego à minha espera. A caminho de casa, mal andamos cinco quarteirões, percebi que uma das rodas da frente apresentava algum problema... – Pneu furado de novo? – pensei comigo. Não acredito! Parece perseguição! Meu primeiro impulso foi encostar o carro em qualquer lugar, abandoná-lo ali e seguir para casa de táxi. Mas logo pensei nas consequências futuras e me submeti: parei o carro e tratei de trocar o pneu furado. É aquele negócio: afrouxa os parafusos, levanta o carro com o macaco, tira o pneu furado... Só que, quando peguei o estepe, verifiquei que ele também estava vazio. – Não acredito – gritei – e sentei no meio-fio, a ponto de começar a chorar. A chuva começou a cair mais forte ainda. Foi quando apareceram sete pessoas vestidas de vermelho. Uma delas aproximou-se de mim e perguntou se eu precisava de ajuda. – Somos os Anjos da Guarda – disse-me ele. E, de fato, no peito de cada um deles havia a inscrição “Anjos da Guarda”. Esses anjos providenciais foram comigo até um posto de gasolina que havia a quatro esquinas dali, enchemos

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[Português I] o estepe e voltamos sorrindo debaixo do aguaceiro. Eles puseram o pneu no lugar, guardaram o furado e as ferramentas na mala do carro. – Tudo pronto, amigo. Apertei-lhes a mão, mas a minha vontade era beijá-los, um a um. – Estamos sempre nas ruas para combater o crime e prestar socorro a quem necessite – disse o que falava português, porque os demais falavam espanhol e japonês. – Foi muita sorte – disse Cláudia. – Mas tenho que tomar cuidado – respondi. – Todo o mundo só tem direito a um anjo da guarda. Eu acabo de dispor de sete. Estourei minha cota! GULLAR, Ferreira. Poesia completa, teatro e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008.

o tempo todo, a percepção de que o ____ está __ espreita, na esquina, vestindo roupa de ginástica e tomando chimarrão, a vida seria quase insuportável. Qualquer fachada de banalidade nos convence – talvez ______, na maior parte do tempo, preferimos ser convencidos. O neurocientista americano Kent A. Kiehl acaba de lançar nos Estados Unidos o livro Psychopath Whisperer – The Science of Those Without Conscience. Durante os últimos 20 anos, Kiehl vem estudando o comportamento dos psicopatas para tentar entender quem eles são, como seus cérebros funcionam e se ___ algo que se possa fazer por eles. O traço comum entre os psicopatas, dos casos mais leves aos mais severos, é a incapacidade de sentir compaixão, empatia ou qualquer tipo de remorso – o que nem sempre resulta em crimes violentos, mas em geral causa algum tipo de desajuste cotidiano. O médico acredita que há, sim, algo diferente no cérebro dos psicopatas e que o problema é muito mais comum do que as pessoas imaginam – uma em cada 150 pessoas pode apresentar traços da doença, segundo suas pesquisas. E por mais que sejam retratados em filmes e seriados de forma caricata e sensacionalista, na vida real eles tendem a ser muito mais parecidos com o sujeito careca e aparentemente manso do apartamento ao lado do que com Hannibal Lecter. É pouco provável que um dia seja possível isolar a causa da doença da crueldade e da ausência de empatia. O que não é impossível é que uma sociedade seja capaz de proteger seus membros mais frágeis, as crianças, ricas ou pobres, com tantas redes de segurança, que seja cada vez mais difícil que elas se tornem vítimas daqueles que são absolutamente indiferentes ao sofrimento alheio.

8. Na linha 37, a palavra “pé-d’água” só não pode ser entendida como a) chuvarada. b) aguaceiro. c) assoalhamento. d) enxurrada. e) tromba-d’água. 9. Leia as alternativas a seguir e assinale a opção correta. I. O autor, na crônica, lembra-se de que, há alguns anos, não saía de casa com medo de sofrer algum acidente fatal. II. O texto, no quarto parágrafo, explica que o carro do autor furou um pneu, quando fora visitar um amigo em Santa Teresa. III.A narrativa faz referência a sete anjos da guarda. a) A primeira e a segunda estão corretas. b) Todas as afirmativas estão corretas. c) Todas as afirmativas estão erradas. d) A segunda e a terceira estão corretas. e) Apenas a terceira está correta. (UNIJUÍ – Agente administrativo) Entre nós – Claudia Laitano, Jornal Zero Hora Quando lemos uma palavra em que falta uma letra ou observamos um desenho que apenas sugere uma determinada forma, somos levados a instintivamente preencher os espaços que faltam com a nossa imaginação. Essa reação inconsciente é explicada pelas leis da Gestalt: em algumas situações, o conjunto nos deixa cego para os desvios de um ou mais elementos individuais. Por uma atitude semelhante, costumamos idealizar uma espécie de mediana do comportamento humano. Na ausência de argumentos em contrário, imaginamos que todos os outros em volta tendem a ser mais ou menos como nós: nem santos, nem monstros, ainda que essencialmente capazes de reações que se inclinam mais para um lado do que para o outro. Um crime violento, mais ainda quando em circunstâncias sociais e geográficas que nos parecem familiares, confronta-nos com a assustadora realidade de que essa mediana de comportamento nada mais é do que uma confortável abstração. Tivéssemos todos,

10. Marque a alternativa formada por palavras que completam correta e respectivamente as lacunas do texto a) Mau – a – por que – há. b) Mal – a – por que – a. c) Mal – à – porque – há. d) Mau – à – porque – há. e) Mal – há – porquê – há. (ACAFE) Texto 1 Desemprego no Brasil continua crescendo. Infelizmente, mais uma triste notícia para o brasileiro que já enfrenta tantos problemas. E que no primeiro trimestre deste ano a taxa de desemprego chegou a 10,9% conforme revelou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, dia 29, pelo IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sendo este o pior resultado já obtido em toda história da pesquisa, que começou em 2012.

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[Português I] E como o país atravessa uma grave crise política, a economia sente diretamente os efeitos, e a tendência é que a situação continue piorando, pelo menos nos próximos meses, já que não há um projeto para tirar o pais do caos em que se encontra. Apesar da notícia ruim, este resultado já era esperado pela maioria dos analistas de mercado, e não era muito difícil saber que o desemprego continuaria crescendo, já que o país encontra-se estagnado, muitas empresas fechando as portas e as que se mantem abertas não fazem novos investimentos por precaução, já que a crise não dá sinais de que vai melhorar. Em 2015, no quarto trimestre, a taxa de desemprego chegou a 9,0%, e já naquela época foi alertado a todos os trabalhadores para que não fizessem dívidas porque o começo deste ano seria difícil, e muitas empresas poderiam demitir, como de fato aconteceu. Se levarmos em conta os últimos resultados desta pesquisa e compararmos com os atuais, veremos que conseguir um trabalho ou manter-se no emprego está cada vez mais difícil. Já são 11,089 milhões de trabalhadores brasileiros desempregados e, o que é pior, para os próximos meses estima-se que este número cresça ainda mais.

e) autoconfiança, recém-observados, semi-intervalos, reeducação. 13. (Fuvest 2014) Leia o seguinte texto, que faz parte de um anúncio de um produto alimentício: EM RESPEITO A SUA NATUREZA, SÓ TRABALHAMOS COM O MELHOR DA NATUREZA Selecionamos só o que a natureza tem de melhor para levar até a sua casa. Porque faz parte da natureza dos nossos consumidores querer produtos saborosos, nutritivos e, acima de tudo, confiáveis. www.destakjornal.com.br, 13/05/2013. Adaptado. Procurando dar maior expressividade ao texto, seu autor a) serve-se do procedimento textual da sinonímia. b) recorre à reiteração de vocábulos homônimos. c) explora o caráter polissêmico das palavras. d) mescla as linguagens científica e jornalística. e) emprega vocábulos iguais na forma, mas de sentidos contrários.

11. Assinale a alternativa em que o(s) termo(s) destacado(s) em negrito pode(m) ser substituído(s) pelo(s) termo(s) que está/estão entre parênteses e o sentido se mantém igual ao do texto 1. a) “[...] e a tendência e que a situação continue piorando (de que a situação continua piorando), pelo menos nos próximos meses, já que não há (se bem que não haja) um projeto para tirar o país do caos em que se encontra.” b) “Apesar da notícia ruim (a não ser que a notícia seja ruim), este resultado já era esperado pela maioria dos analistas de mercado [...]” c) “Mais de 1,3 milhão de vagas de emprego foram fechadas só (apenas) no primeiro trimestre deste ano, e o número de demitidos (exonerados) não para de aumentar.” d) “Se levarmos em conta (Embora devêssemos levar em consideração) os últimos resultados desta pesquisa e compararmos (devêssemos comparar) com os atuais [...]”

UNIDADE 5 – MORFOLOGIA – ESTRUTURA E PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS 1. (UFN 2017) Marque a alternativa em que a palavra derivada de verbo é um advérbio. a) Existência (existir) b) Proibição (proibir) c) Legitimamente (legitimar) d) Inflexível (flexibilizar) e) Integração (integrar) 2. (UFN) Em qual das alternativas abaixo a palavra apresenta sufixo formador de advérbio? a) conhecimento b) visível c) incerteza d) automaticamente e) votação

12. (UFN) Se as palavras “confiança”, “observados”, “intervalos” e “educação” fossem combinadas, respectivamente, com os prefixos “auto”, “recém”, “semi” e “re”, segundo o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, teríamos a) auto-confiança, recém-observados, semi-intervalos, re-educação. b) autoconfiança, recém-observados, semiintervalos, re-educação. c) auto-confiança, recém-observados, semiintervalos, reeducação. d) autoconfiança, recém-observados, semi-intervalos, re-educação.

3. (UFN) Na palavra “impunidade”, o prefixo “-im-” expressa ideia de a) posição inferior. b) repetição. c) negação. d) afirmação. e) anterioridade.

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[Português I] (Unifesp 2013) Examine a tira.

9. (UFN 2008) Em relação à análise morfológica de “despreparados”, podemos afirmar que I o morfema ‘des-’ é um prefixo de negação. II o radical da palavra é ‘-prepar-’. III o ‘-s’ final é um sufixo de gênero. IV ‘-ado’ é a forma do particípio que pode ter função de adjetivo. V se retirarmos o prefixo ‘des-’ teremos uma palavra inexistente em língua portuguesa. Estão corretas a) apenas I, II e III. b) apenas I, II e IV. c) apenas I, II e V. d) apenas II, III e IV. e) apenas II, III e V

4. O efeito de humor na situação apresentada decorre do fato de a personagem, no segundo quadrinho, considerar que “carinho” e “caro” sejam vocábulos a) derivados de um mesmo verbo. b) híbridos. c) derivados de vocábulos distintos. d) cognatos. e) formados por composição.

10 (UFN 2012). Assinale a alternativa em que o elemento mórfico em destaque está incorretamente analisado. a) desmataram − radical b) aprovação − prefixo c) ficam − tema d) afirmam − desinência número-pessoal e) provocar − vogal temática

5. (FFCL SANTO ANDRÉ) As palavras couve-flor, planalto e aguardente são formadas por: a) derivação b) onomatopeia c) hibridismo d) composição e) prefixação

11. (ULBRA 2011) As palavras “luxuoso” (l. 1) e “respeitoso” (l. 4) são formadas pelo mesmo princípio morfológico: acréscimo do sufixo “oso”. Esse sufixo é utilizado para formar: a) Advérbio. b) Adjetivo. c) Pronome. d) Interjeição. e) Substantivo.

6. (PUC) Considerando o processo de formação de palavras, relacione a coluna da direita com a da esquerda: ( 1 ) derivação imprópria ( ) desenredo ( 2 ) prefixação ( ) narrador ( 3 ) prefixação e sufixação ( ) infinitamente ( 4 ) sufixação ( ) o voar ( 5 ) composição por justaposição ( ) pão de mel a) 3, 4, 2, 5, 1 b) 2, 4, 3, 1, 5 c) 4, 1, 5, 3, 2 d) 2, 4, 3, 5, 1 e) 4, 1, 5, 2, 3

UNIDADE 6 – CLASSES GRAMATICAIS ENEM 2011

7. (UFN) As palavras “participação”, “exatamente”, “brasileiros” e “tolerância” são formadas pelo processo de derivação a) parassintética. b) regressiva. c) sufixal. d) prefixal. e) imprópria

1. O humor da tira decorre da reação de uma das cobras com relação ao uso de pronome pessoal reto, em vez de pronome oblíquo. De acordo com a normapadrão da língua, esse uso é inadequado, pois a) contraria o uso previsto para o registro oral da língua b) contraria a marcação das funções sintáticas de sujeito e objeto. c) gera inadequação na concordância com o verbo. d) gera ambiguidade na leitura do texto. e) apresenta dupla marcação de sujeito.

8. (UFN 2008) Marque a alternativa em que o elemento sublinhado corresponde à desinência número-pessoal. a) deveriam b) chamar c) ficam d) animam e) vamos

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[Português I] 2. (PUC) Na frase: "Chegou Pedro, Maria e o seu filho dela", o pronome possessivo está reforçado para: a) ênfase b) elegância e estilo c) figura de harmonia d) clareza e) n.d.a

6. (UFN 2014) O uso de um artigo definido antes de “crianças” (ℓ. 16) e “adolescentes” (ℓ. 16) “Dos mais complexos artigos acadêmicos a confusos textos em sites e blogs, todos estão tentando entender quem são as crianças e os adolescentes que, a exemplo de Eric, incorporam com facilidade tecnologias que um senhor de 20 e tantos anos teria dificuldade de absorver”. justifica-se porque se trata a) de elementos já citados no texto. b) de dois substantivos abstratos mencionados pelo autor. c) de duas expressões da oralidade da língua. d) da totalidade de uma categoria de indivíduos. e) de pessoas conhecidas pelo autor e pelos leitores.

3. (UFPR) Complete com os pronomes e indique a opção correta, dentre as indicadas abaixo: 1. De repente, deu-lhe um livro para _____ ler. 2. De repente, deu um livro para _____ . 3. Nada mais há entre _____ e você. 4. Sempre houve entendimentos entre _____ e ti. 5. José, espere vou _____ . a) ele, mim, eu, eu, consigo b) ela, eu, mim, eu, contigo c) ela, mim, mim, mim, com você d) ela, mim, eu, eu, consigo e) ela, mim, eu, mim, contigo

7. (UFN 2016) Assinale a alternativa na qual o que não é um pronome relativo. a) A crise econômica que gerou a política ou, talvez, o contrário, inflama os ânimos. b) Estarão essas duas sociedades condenadas a ser uma assíntota da hipérbole, essas duas linhas que, mesmo caminhando juntas, nunca se encontrarão? c) Hoje nosso mundo, que tem pouco a ver com o do filósofo (não sei se mais profundo e iluminado ou mais superficial), pode dizer: "Selfio, logo sou". d) Essa moda do selfie, que dominou com força todo o planeta e também o Brasil, é antes de tudo algo democrático [...]. e) Alguém me fez observar que, enquanto nos selfies individuais podem existir fotos mais sérias, praticamente não há selfies de casais ou de grupo nos quais os interessados não estejam sorrindo.

4. (ENEM) O uso do pronome átono no início das frases é destacado por um poeta e por um gramático nos textos abaixo. Pronominais Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro. (ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São Paulo: Nova Cultural, 1988.)

8. VUNESP/2014 Na passagem do terceiro parágrafo – … veio enriquecer nosso canteirinho vulgar… –, o substantivo, empregado no diminutivo, contribui para expressar a ideia de a) exatidão. b) desprezo. c) simplicidade. d) soberba. e) abundância.

“Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na conversação familiar, despreocupada, ou na língua escrita quando se deseja reproduzir a fala dos personagens (…)”. (CEGALLA. Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1980.)

Comparando a explicação dada pelos autores sobre essa regra, pode-se afirmar que ambos: a) Condenam essa regra gramatical b) Acreditam que apenas os esclarecidos sabem essa regra. c) Criticam a presença de regras na gramática. d) Afirmam que não há regras para uso de pronomes. e) Relativizam essa regra gramatical.

9. CETRO/2014 De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e em relação às classes de palavras, assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, no trecho, a classificação correta dos vocábulos destacados. “Ninguém (1) sabe exatamente como se desenvolve o processo (2) da artrite, mas (3) sabemos que há pessoas mais suscetíveis (4). a) 1. substantivo/ 2. adjetivo/ 3. preposição/ 4. adjetivo b) 1.pronome indefinido/ 2. substantivo/ 3. conjunção/ 4.adjetivo c) 1. pronome indefinido/ 2. adjetivo/ 3. preposição/ 4. substantivo d) 1. pronome indefinido/ 2. substantivo/ 3. conjunção/ 4. substantivo e) 1. substantivo/ 2. adjetivo/ 3. conjunção/ 4. substantivo

5. (FCMSCSP) Por favor, passe _____ caneta que está aí perto de você; _____ aqui não serve para _____ desenhar. a) aquela, esta, mim b) esta, esta, mim c) essa, esta, eu d) essa, essa, mim e) aquela, essa, eu

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[Português I] 10. (FJPF) – Considerando-se o emprego do pronome sublinhado no trecho “e os mais atentos ganham terreno repetindo consigo mesmos”, pode-se afirmar que está gramaticalmente incorreta a frase: a) O professor dirigiu-se ao aluno e disse: “Carlos, quero falar consigo”. b) Reprovado, o aluno pensava consigo como daria a notícia aos pais. c) O professor levava consigo para as aulas sempre o mesmo livro. d) O universitário portava consigo a carteira de estudante. e) Contar consigo mesmo para resolver os problemas era o que convinha ao universitário.

b) Não sairei de casa hoje desde que haja necessidade. c) Leia este bilhete que recebi ontem. d) Venha logo a fim de que o problema seja resolvido. e) Hoje a partida será mais difícil que a de ontem. 15. Qual a palavra ou expressão grifada que não tem valor adjetivo: a) “Vontade de mudar as cores do vestido tão feias”. b) “De minha pátria, de minha pátria sem sapatos”. c) “Vi minha humilde morte cara a cara”. d) “Fiquei simples, sem fontes” e) “Em longas lágrimas amargas”.

11. (NCE-UFRJ) – A frase que não apresenta qualquer tipo de pronome demonstrativo é: a) Ela não é a que eu vi na festa. b) Não conheço tal livro. c) Gosto mais do primeiro do que deste que agora tenho. d) Naqueles tempos bíblicos, todos já nasciam velhos. e) O que pensas a respeito dele?

UNIDADES 7 E 8 - CLASSES GRAMATICAIS E ANÁLISE SINTÁTICA 1) (UFF) Assinale a série em que estão devidamente classificadas as formas verbais destacadas: “Ao chegar da fazenda, espero que já tenha terminado a festa”. a) futuro do subjuntivo, pretérito perfeito do subjuntivo b) infinitivo, presente do subjuntivo c) futuro do subjuntivo, presente do subjuntivo d) infinitivo, pretérito imperfeito do subjuntivo e) infinitivo, pretérito perfeito do subjuntivo

12. (FGV) – Entre os termos sublinhados das alternativas a seguir, um não exerce papel adjetivo. Assinale-o: a) “Pense num bairro de periferia, numa rua ainda de barro, numa pré-escola de terra batida,...” b) “Pense num bairro de periferia, numa rua ainda de barro, numa pré-escola de terra batida,...” c) “...onde foi inaugurada a segunda Casa de Leitura da capital.” d) “Uma sala com Internet convida os jovens a outras leituras, com CDs, música e plástica.” e) “O mate gelado corria sem pressa, e os vizinhos, convidados e imprensa se misturavam para ouvir histórias,...”

2) (ENG – MACK) Só muito mais tarde vim, a saber, que a chuva os ___________ na estrada e que não _________ ninguém que ______________. a) detera; houve; os ajudasse; b) detivera; houve; os ajudasse; c) detera; teve; ajudasse eles; d) detivera; houve; ajudasse eles; e) detivera; teve; os ajudasse.

13. (UNIFAP) – Para marcar a resposta correta tome como base o trecho: “Aumentar a oferta de vagas no ensino superior e ampliar as políticas de inclusão e assistência estudantil são objetivos que exigem significativo investimento...”.

3) (CESGRANRIO) No trecho: “...fui obrigado a dá-lo de presente a um bandido, seu amigo, quando, provou que completara na véspera o seu vigésimo nono assassinato”, o mais-que-perfeito foi empregado com seu valor normal; na linguagem literária ele pode também aparecer no valor de: a) imperativo afirmativo b) pretérito imperfeito do subjuntivo c) pretérito perfeito do indicativo d) infinito pretérito e) futuro do pretérito composto

a) Os artigos presentes no trecho foram usados para determinar os termos que referem. b) Não há artigos no trecho em destaque. c) No trecho, os artigos predominantes são os indefinidos já que houve necessidade de indeterminar os termos a que se referem. d) O termo “a” está exercendo a função de preposição, portanto não é artigo. e) Na contração “no” não há presença de artigo. 14. (VUNESP) – Assinale a alternativa em que o termo que, em destaque, é pronome relativo: a) Espero que todos os convidados cheguem logo.

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[Português I] 4) (CESGRANRIO) “Acesas” é particípio adjetivo de “acender”, verbo chamado abundante, porque possui dupla forma de particípio (acendido e aceso). Em abundância, que é geralmente do particípio, em alguns verbos ocorre em outras formas. Assim, por exemplo, é o caso de: a) coser b) olhar c) haver d) vir e) dançar

b) Se tivesse arrumado carona, chegaria cedo à cidade. c) Embora arrume carona, chegará tarde. d) Embora tenha arrumado carona, chegou tarde. e) Se arrumar carona, chegaria cedo à cidade.

9) (FUVEST-SP) Assinale a frase em que aparece o pretérito mais-que-perfeito do verbo ser: a) Não seria o caso de você se acusar? b) Quando cheguei, ele já se fora, muito zangado. c) Se não fosse ele, tudo estaria perdido. d) Bem depois se soube que não fora ele o culpado. e) Embora não tenha sido divulgado, soube-se do caso

5) (FEB) Assinale a alternativa que completa adequadamente as lacunas: “Visto que a democratização do ensino é uma necessidade, a escola pública ___________ de ser realmente apoiada e defendida, embora muitos _______________ pois _________abaixamento de nível”. a) tenha – contestem – haveria b) tem – contestam – há c) tem – contestam – haveria d) tem – contestem – haveria e) N.D.A.

10) (FAAP) Assinale a resposta correspondente à alternativa que completa corretamente o espaço em branco: “Não ________. Você não acha preferível que ele se ________ sem que você o __________?” a) interfere – desdiz – obriga. b) interfira – desdisser – obrigue. c) interfira – desdissesse – obriga. d) interfere – desdiga – obriga. e) interfira – desdiga – obrigue.

6) (Cefet-MG) Empregou-se o verbo no futuro do subjuntivo em: a) … afrontava os perigos (…) para vir vê-la à cidade. b) Se algum dia a civilização ganhar essa paragem longínqua… c) Continuaram ainda a dialogar com certo azedume. d) Tinha-me esquecido de contar-lhe que eu fizera uma promessa… e) e encontrei o faroleiro ocupado em polir os metais da lanterna.

11) (FATEC-SP) Assinale a alternativa em que a forma verbal grifada no período 2 não substitui corretamente a do período 1. a) 1. Economistas afirmam que já foi descoberto o remédio para a inflação no Brasil. 2. Economistas afirmam que já ter sido descoberto o remédio para a inflação no Brasil. b) 1. Não souberam ou não me quiseram dizer para onde você tinha ido. 2. Não souberam ou não me quiseram dizer para onde você fora. c) 1. Eram passados já muitos anos, desde o acidente. 2. Haviam passado já muitos anos, desde o acidente. d) 1. Honrarás a teu pai e a tua mãe. 2. Honra a teu pai e a tua mãe. e) 1. Ao chegar à sua casa, o seu amigo já terá partido. 2. Ao chegar à sua casa, o seu amigo já partirá.

7) (UFMG) Em todas as alternativas, a lacuna pode ser preenchida com o verbo indicado entre parênteses, no subjuntivo, exceto em: a) Olhou para o cão, enquanto esperava que lhe _______ a porta (abrir). b) Por que foi que aquela criatura não ________ com franqueza? (proceder) c) É preciso que uma pessoa se ________ para encurtar a despesa. (trancar). d) Deixa de luxo, minha filha, será o que Deus ________. (querer) e) Se isso me ______ possível, procuraria a roupa. (ser)

12) (FUEL-PR) “Pode ser que eu __________ levar as provas, se você _______ tudo para que eu __________ onde elas estão”. A alternativa que corresponde à sequência correta é: a) consiga – fará – descobriria. b) consiga – fizer – descubra. c) consigo – fizer – descobrir. d) consigo – fizer – descubro. e) consigo – fará – descobrirei.

8) (PUC-SP) Uma das alternativas abaixo está errada quanto à correspondência no emprego dos tempos verbais. Assinale-a. a) Porque arrumara carona, chegou cedo à cidade.

[84]


[Português I] 13) (CESGRANRIO-RJ) Não há devida correlação temporal nas formas verbais em: a) Seria conveniente que o leitor ficasse sem saber quem era Miss Dollar. b) É conveniente que o leitor ficaria sem saber quem era Miss Dollar. c) Era conveniente que o leitor ficasse sem saber quem era Miss Dollar. d) Será conveniente que o leitor fique sem saber quem era Miss Dollar. e) Foi conveniente que o leitor ficasse sem saber quem era Miss Dollar.

E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. Por enquanto (Renato Russo) Mudaram as estações Nada mudou Mas eu sei que alguma coisa aconteceu Tá tudo assim, tão diferente Se lembra quando a gente Chegou um dia a acreditar Que tudo era pra sempre Sem saber Que o pra sempre Sempre acaba.

14) (Fundação Carlos Chagas) Transpondo para a voz passiva a oração “O faro dos cães guiava os caçadores”, obtém-se a forma verbal: a) guiava-se b) ia guiando c) guiavam d) eram guiados e) foram guiados.

No segundo verso do poema, no qual o poeta mostra como tratará o seu amor, as expressões “com tal zelo”, “sempre” e “tanto” dão, respectivamente, ideia de

15) (Agente de Trânsito - CESGRANRIO- 2005) No passado a Ciência não _______ combater muitas doenças. Hoje, ela __________ meios de evitá-las. As formas verbais que completam corretamente as frases são: a) pôde e possui. b) pôde e possue. c) pode e possui. d) pode e possue. e) poude e possui.

a) b) c) d) e)

modo - intensidade - modo. modo - tempo - intensidade. tempo - tempo - modo. finalidade - tempo - modo. finalidade - modo – intensidade

18. (UCPEL 2016) Em “Essa gente é meio maluca...” (linhas 84 e 85), a classe gramatical do termo sublinhado é a) numeral. b) advérbio. c) substantivo. d) adjetivo. e) conjunção.

16) (FGV) Assinale a alternativa em que não haja erro de conjugação de verbo. a) Em pouco mais de três meses, a lesão do jogador poderá estar curada, se ele manter adequadamente o tratamento. b) O moderador interviu assim que ficou a par dos problemas técnicos. c) Se a Patrícia previr tempo seco para o litoral, haveremos de descer a serra antes de o sol nascer. d) Leocádia estava terrivelmente irritada. Tinha ganas de dizer a Alberto tudo o que ele merecia; mas se deteu, esperando oportunidade melhor. e) Quando o negociador propor uma saída honrosa, será o momento de todos o aplaudirmos

19. (Enem) Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como uma lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas. LISPECTOR, C.Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

17) Soneto de fidelidade (Vinicius de Moraes) De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto

A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado. Observando aspectos da

[85]


[Português I] organização, estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto, o conectivo mas:

do tempo a formação do preço acontece de forma aleatória. Isso será possível desde que você e eu nos manifestemos abertamente, pois nossa manifestação, quando multiplicada, gerará a necessária mudança da opinião pública sobre o assunto. As ofertas precisam ser homologadas antes de os vencedores serem oficialmente divulgados. As expressões destacadas expressam, respectivamente, relações de: a) consequência, finalidade, concessão e temporalidade. b) proporcionalidade, concessão, conformidade e condição. c) consequência, concessão, causalidade e d) condição. e) finalidade, conformidade, condição e temporalidade.

a)

expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto. b) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da frase. c) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase. d) contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor. e) assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso. 20. (Enem) O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo procurava fazer uma forte marcação no meio-campo e tentar lançamentos para Victor Simões, isolado entre os zagueiros rubro-negros. Mesmo com mais posse de bola, o time dirigido por Cuca tinha grande dificuldade de chegar à área alvinegra por causa do bloqueio. montado pelo Botafogo na frente da sua área. No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. Após cruzamento da direita de Ibson, a zaga alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio da área. Kléberson apareceu na jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim apareceu nas costas da defesa e empurrou para o fundo da rede quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0. O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol, realizado em 2009, contém vários conectivos, sendo que:

GABARITO UNIDADE 1 1.E 8.E 15.E

2.C 9.C

3.E 10.B

4.D 11.C

5.B 12.D

6.A 13.B

7.D 14.B

GABARITO UNIDADE 2 1.A 8.E

2.B 9.E

3.A 10.C

4.D

5.B

6.B

7.D

GABARITO UNIDADE 3 1.D 8.E

a) após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a zaga alvinegra ter rebatido a bola de cabeça. b) enquanto tem um significado alternativo, porque conecta duas opções possíveis para serem aplicadas no jogo. c) no entanto tem significado de tempo, porque ordena os fatos observados no jogo em ordem cronológica de ocorrência. d) mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais posse de bola” ter dificuldade não é algo naturalmente esperado. e) por causa de indica consequência, porque as tentativas de ataque do Flamengo motivaram o Botafogo a fazer um bloqueio.

2.A 9.A

3.B 10.B

4.E

5.C

6.E

7.C

GABARITO UNIDADE 4 1.A 8.C

2.C 9.E

3.D 10.C

4.B 11.E

5.C 12.E

6.A 13.C

7.E

GABARITO UNIDADE 5 1.C 8.E

2.D 9.B

1.B 8.C 15. C

2.D 9.B

3.C 10.A

4.D 11.B

5.D

6.B

7.C

GABARITO UNIDADE 6

21. (Acafe 2017) Analise as frases a seguir. “O ideal é utilizar remédios para dormir uma vez ou outra e, mesmo assim, de formulações mais leves, com menor potencial de causar dependência", diz Balbuena. Segundo a moderna teoria das finanças, o preço de uma ação é caracterizado por um processo estatístico chamado passeio aleatório, ou seja, a cada momento

3.C 10.A

4.E 11.E

5.C 12.E

6.D 13.A

7.E 14.C

GABARITO UNIDADES 7 E 8 1.C 8.E 15.A

[86]

2,B 9.D 16.C

3.B 10.E 17.B

4.C 11.E 18.B

5.D 12.B 19.E

6.B 13.B 20.D

7.B 14.D 21.D


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