Em O único e sua propriedade, Stirner faz uma crítica radicalmente anti-autoritária e individualista da sociedade russa contemporânea, bem como à tão citada modernidade da sociedade ocidental. Oferece ainda um vislumbre da existência humana que descreve o ego como uma não-entidade criativa além da linguagem e da realidade, ao contrário do que pregava boa parte da tradição filosófica ocidental.
Em suma, o livro proclama que todas as religiões e ideologias se assentam em conceitos vazios, que, após solapados pelos interesses pessoais (i.e. egoístas) dos indivíduos, revelam sua invalidade. O mesmo é válido às instituições sociais que sustentam estes conceitos, seja o estado, a legislação, igreja, o sistema educacional, ou outra instituição que reclame autoridade sobre o indivíduo.