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AZULINO SEMPRINI ARTISTA PLÁSTICO

MECENAS

Quando nem se falava em cenografia de carnaval ou carnavalescos de ofício, Azulino Semprini já modelava seus enormes bonecos de papier-marché, pintava murais enormes com máscaras inspiradíssimas, decorava salões e veículos para desfiles e folguedos. Sua oficina era anexa a quadra de tênis de seu irmão Luiz Semprini, o que permitia que os meninos que acompanhavam aos pais tenistas, vislumbrassem os passos deste artista da cenografia na montagem dos folguedos cachoeirenses. As máscaras, de dimensões gigantescas eram impressionantes, e o trabalho artesanal de Azulino até hoje é perpetuado pelo seu filho Eliseu, uma das figuras mais queridas da cidade.

por Gilson Leão e Beto Souza fotos gentilmente cedidas pela família

CENÓGRAFO

C

enógrafo [do gr. skenográphos.] é o profissional que cria, conceitua, projeta e coordena a construção do cenário de teatro, show, teledramaturgia, eventos e entretenimento em geral. Ele supervisiona a realização e montagem de todos os espaços necessários à cena, incluindo a programação. Aquele que idealiza o espaço cênico. Cria, desenha, acompanha e orienta a montagem do projeto cenográfico. Resumindo, é quem prepara o cenário para um espetáculo.

A

zulino, como todo artista, era dado a desafios. Só apreciava as atividades em andamento, desprezando as que davam certo. Além de comerciante, teve fábrica de tamancos, fábrica de saltos de sapatos para senhoras, fábrica de carimbos - essa ele não ligava muito porque era um sucesso - e desde a década de 30 era o cenógrafo oficial dos carnavais cachoeirenses. ai de 09 filhas e de um filho, o popular Eliseu Semprine, Seo Azulino mesclava todas estas atividades com o ofício de comerciante na papelaria Semprini. Azulino e seu irmão, o “gentleman tenista” Luis Semprini, são duas das figuras mais expressivas nascidas nesta terra de artistas. Nas fotos desta página, Azulino em vários flagrantes de sua vida e acima o artista posando com colaboradores no mezanino do antigo Clube Caçadores, decorado na época com motivos astecas. Ah, com relação a remuneração por sua cenografia Azulino recitava um refrão : “não me falem em dinheiro, não......” Incrível, essa atividade Azulino só conseguia exercer de graça....e passou a

P

Fotos de Azulino gentilmente cedidas por seus familiares. Aos Semprinis nossas homenagens nas figuras de Eliseu e Azulino, dois mecenas do carnaval cachoeirense. Com seu trabalho gratuito, eles sempre contribuiram com a tradição carnvalesca e cultural da cidade.

generosidade para Eliseu, seu filho e sucessor.


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