Poesias Gilmar da Silva Paiva

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Livreto PoĂŠtico X


Coleção Poética – I _____________________________________________________________________ Coleção dirigida por Me.Gilmar da Silva Paiva

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Ramlig Ad Avlis Aviap

LIVRETO POÉTICO X

I EDIÇÃO

Editora Chronos


Poesias

A amência de nossos dias. Escassez de conhecimento. Discrepância. Olhar árido sem norte. Cantar de bacana. Vícios de pobres. Pobreza de ricos. Remédios. Martírio ,não suplicio. Tortura da lei, justiça. Que faltas.


Passo fome aqui nesse casebre. Tem fumo bom. NĂŁo tem comida. Alguns mandam-me capinar. Por um prato de comida. O mofo esta por todo lado. Tem arroz para o cafĂŠ da tarde.


Se quiser zé ninguém. Outro diz – finja de louco e se interne. Uma louca grita ,se descabela por qualquer coisa. A loucura não se esboroa.


Nunca fui ilustre. Oh meus ais. Quando vejo invalido ,desafortunado. Minha casa ,casa dela. NĂŁo tem nada na panela. O pouco se foi.


Não restou o cantar do coleiro mirante. Hoje se vai os últimos tostões. Co seu amante. Tem pouco papel higiênico pouca pasta de dente.


Se estivesse me drogando. Muito achariam bom. O que pode o pobre. Que não tem comida. Querer da vida. Morar nas ruas como quis seu pai. Não sou nada para uma família de seis. Mas pouco me importa ,agora jazem estão mortos.


Que tanto invejam, Quando curei-me divirto-me. Neguem! Minha careira nas letras voa como aves por oceanos. Que quere do meu coração. Se o cosmos conhecem. Pois bem com toda a sua maldade atirem-se pela janela.


Já quis muita chuva, vida. Mais a flor morreu. Que posso fazer se sou plebeu. Erudito sou ,conheço essa cultura branca pós-colonial de racismo contra nos negros. Do italiano ,latim ,grego , e toda soberbia dessa cultura. Invejam-me pois como eu não serão. Sou pardo ,sou da força da razão e não sou o homem branco. A sátira em meus versos vem de ante-mão. Não sou rico um milionário. Ainda não tem cabeças de gado e uma casa na praia não.


Sou eu quem traduz mil , cem línguas. Isso não me trouxe amargura irmão e irmãs de cor e irmãs sem.


Um livro para ler ,uma estante vazia. Uma aula particular nunca pois sou negro. Ai de mim se nĂŁo sou um homem de saber.


O cigarro a fumaça. Estão em minha mão quando escrevo. Quando pedia fósforo a madraça. Ela dava-me um palito. E dizia – acenda se puder vagabundo. Mais sei vagabundo não sou nem fui. Mãe , pai e irmãos.



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