Nome:
GABARITO
Professor: Gizele Caparroz de Almeida Avaliação: Português
nº:
Ano: 9º F.II Trimestre: 2º
Data: 21/06/13 Nota:
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Orientações gerais:
A duração da avaliação é de 100 minutos. Não haverá tempo suplementar. O tempo mínimo para a realização da avaliação é de 60 minutos. Mantenha-se em silêncio. Durante a avaliação o professor não responderá a nenhuma questão. O entendimento do enunciado faz parte do processo avaliativo. Todas as questões devem ser respondidas somente a caneta azul ou preta. Deve-se obrigatoriamente respeitar o espaço deixado para resposta. Não será permitido o uso de corretivos. Quando ocorrer um erro coloque-o entre parênteses e risque apenas uma vez. Ex. O (conserto) concerto deve começar em uma hora. Revise, releia, avalie e corrija a redação deste instrumento de avaliação, de acordo com a Norma Padrão da Língua e as novas regras do acordo ortográfico. Será descontado 0,05 de cada questão com problemas de caligrafia, ortografia, acentuação e uso de registro inadequado à produção acadêmica (vocabulário informal ou inadequado ao conteúdo estudado). Será descontado até o valor total da questão com problemas de coesão textual que comprometam a coerência da resposta. Consulte sempre o relógio e gerencie bem o seu tempo. Após a entrega, permaneça na sala realizando outra atividade sem atrapalhar os demais. Não será permitida a saída da sala de aula.
Orientações específicas da disciplina:
Apenas esta avaliação, em especial, deverá ser realizada com consulta da síntese de estudos, elaborada pelo aluno. A síntese deverá ser anexada ao final e agregará o valor de até 1,0 ponto à avaliação.
Competências e habilidades desenvolvidas nesta avaliação: Competência de área 5: H15 - Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político. Competência de área 6: H18 – Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos. H19 – Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução. H21 – Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não-verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos. Competência de área 8: H27 - Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
Objetivos específicos: - Reconhecer o tema central dos textos apresentados neste instrumento de avaliação. - Em noções de versificação, reconhece os conceitos de estrofe, verso, metrificação e rima. - Identificar a denotação e a conotação nos significados do signo linguístico; - Na leitura e interpretação de textos, compreender o papel das figuras de linguagem na construção de sentido dos textos. - Reconhecer os Períodos compostos por Coordenação e por Subordinação. - Classificar as Orações Coordenadas Sindéticas.
PARTE A – VALE A PENA VER DE NOVO (1,0 ponto)
Fiz uma retirada sustentável. a) Na fala acima, indique o tipo de Sujeito. (0,25) H27 Temos um sujeito desinencial ou oculto (eu). b) Da mesma fala, copie o Predicado e faça sua análise completa. (0,25) H27 Predicado Verbal: Fiz uma retirada sustentável. Núcleo do PV: fiz, verbo transitivo direto Objeto direto: uma retirada sustentável. c) Que palavra do cartum foi utilizada com duplo sentido? Informe qual é o sentido denotativo e qual é o sentido conotativo desta palavra. (0,25) H 18, 19, 21 A palavra “sustentável” foi utilizada com duplo sentido. Sentido denotativo: suster, carregando o peso de; segurar no alto. Sentido conotativo: dar ou receber o necessário para a vida, garantir meios para a sobrevivência. d) Que recurso de humor foi utilizado pelo cartunista para provocar crítica a um problema social? Explique. (0,25) H 18, 19, 21 O recurso de humor foi construído a partir da interpretação literal que o operário fez do termo “sustentável”. Esperava-se que ele garantisse a manutenção da espécie de árvores. É feita uma crítica ao desmatamento que ameaça as espécies de extinção.
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PARTE B – QUESTÕES DISCURSIVAS (9,0 pontos com a síntese) 1) Anexe a esta avaliação sua síntese de estudos.(até 1,0) As árvores Arnaldo Antunes (poema) e Jorge Ben Jor (música) As árvores são fáceis de achar Ficam plantadas no chão Mamam do sol pelas folhas E pela terra Também bebem água Cantam no vento E recebem a chuva de galhos abertos Há as que dão frutas E as que dão frutos As de copa larga E as que habitam esquilos As que chovem depois da chuva As cabeludas, as mais jovens mudas As árvores ficam paradas Uma a uma enfileiradas Na alameda Crescem pra cima como as pessoas Mas nunca se deitam O céu aceitam Crescem como as pessoas Mas não são soltas nos passos São maiores, mas Ocupam menos espaço Árvore da vida Árvore querida Perdão pelo coração Que eu desenhei em você Com o nome do meu amor. In: Antunes, Arnaldo. As coisas. SP: Ed. Iluminuras, 2006. Cd Ao vivo lá em casa, São Paulo: BMG Ariola,2010. Sobre o autor: Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho (São Paulo SP 1960). Poeta e compositor. Aos 15 conhece os amigos com os quais mais tarde forma o grupo de rock Titãs. Ingressa, em 1978, no curso de Letras da Universidade de São Paulo - USP e no ano seguinte transfere-se, com a família, para o Rio de Janeiro, onde continua os estudos na Pontifícia Universidade Católica - PUC. Em 1980, volta a São Paulo, vai morar na casa do artista plástico José Roberto Aguilar (1941), com ele realiza diversas performances e funda a Banda Performática. Nesse ano, apresenta-se pela primeira vez a banda Titãs do Iê-Iê, que, desde seu primeiro disco, em 1984, passa a se chamar apenas Titãs. Em 1983, Antunes estréia na literatura com o livro de poemas visuais Ou e, seguido, três anos depois, por Psia, As Coisas (1992) - pelo qual ganhou o Prêmio Jabuti de Poesia - e outros. Participa de diversas exposições de artes visuais no Brasil e no exterior. Com forte influência do concretismo e pós-modernismo, conjuga sons, imagens, movimento e novas mídias na sua obra poética. É a chamada “poesia digital”. In:http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_lit/index.cfm?fuseaction=biografias_t exto&cd_verbete=5027 Acesso em 25/07/2011.
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2) O poema “As árvores” foi publicado no livro “As Coisas”, de Arnaldo Antunes, e posteriormente, ganhou mais 5 versos e se tornou música, com a parceria de Jorge Ben Jor. O livro de poesia As Coisas configura-se como um livro, cuja perspectiva lírica, busca falar do mundo e das coisas pelo olhar de uma criança. Foi escrito para sua filha Rosa que colabora com ilustrações. Mas será um livro infantil? Leia o poema e a biografia do autor com atenção e responda: H 15, 18, 19, 21 a) Quando foi escrito o poema? Como é o contexto?(0,5) O poema foi publicado em 1992, num contexto pós-moderno, com a interferência do concretismo e de novas mídias na literatura e quando o autor já tem uma filha que influencia sua obra. b) Alguém fala no poema? Quem é provavelmente o eu-lírico? Por quê?(0,5) Sim. O eu-lírico é provavelmente uma criança ou alguém que se apropria das lembranças infantis e de sua visão de mundo. Isto está presente na maneira como descreve as árvores e na brincadeira de esculpir corações em seus troncos quando acontecem os primeiros amores. c) Para quem o eu-lírico fala? Justifique com versos do poema. (0,5) Fala para as pessoas e para as árvores. Isto fica claro nos últimos versos, quando se dirige a elas: “Árvore da vida/ Árvore querida”. d) Sobre o que fala o eu-lírico? Justifique com versos do poema. (0,5) Fala sobre a generosidade das árvores, comparando-as aos seres humanos. 3) O poema e sua forma. a) Comente a estrutura do poema em versos e estrofes (indique a quantidade). (0,25) O poema tem uma estrofe, com 28 versos . b) Comente a estrutura do poema quanto à métrica. A métrica é regular? Dê nome a esse tipo de métrica. (0,25) O poema tem versos livres, pois a métrica é irregular. c) Comente a estrutura do poema quanto às rimas. Existe um esquema de rimas regular? Dê nome a esse tipo de verso. (0,25) O poema tem versos brancos em sua maioria, mas há alguns versos com rimas emparelhadas: As árvores ficam paradas Uma a uma enfileiradas d) Qual é a relação entre esse tipo de estrutura poética e a biografia de Arnaldo Antunes? (0,25) O poema pode ser mais livre em sua estrutura, pois foi criado num contexto pós-moderno, com influências da poesia concreta.
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4) Percebe-se nesse poema um forte teor descritivo e associativo. H 18, 19, 21 a) Copie versos que o descrevem fisicamente as árvores. (0,5) Mamam do sol pelas folhas/ recebem a chuva de galhos abertos/ Há as que dão frutas E as que dão frutos/ As de copa larga/ As cabeludas, as mais jovens mudas b) Copie versos que descrevem o posicionamento das árvores no espaço. (0,5) Ficam plantadas no chão/ As árvores ficam paradas/ Uma a uma enfileiradas Na alameda/ Crescem pra cima/ São maiores, mas/ Ocupam menos espaço c) No poema, as árvores são associadas aos seres humanos. Copie versos em que ocorre esta associação. (0,5) Mamam do sol pelas folhas/ bebem água/ Cantam no vento/ E recebem a chuva de galhos abertos/ Crescem pra cima como as pessoas Mas nunca se deitam/ Crescem como as pessoas Mas não são soltas nos passos/ São maiores, mas Ocupam menos espaço. d) Duas figuras de linguagem ocorrem na associação entre árvores e pessoas. Quais são? (0,5) Comparação e Prosopopeia (personificação) 5)
Árvore da vida Árvore querida Perdão pelo coração Que eu desenhei em você Com o nome do meu amor
a) Nos versos acima, o eu-lírico se faz presente através de um recurso gramatical. Qual? (0,25) H 27 O uso da 1ª pessoa singular (eu). b) Neste trecho, o caráter descritivo do poema desaparece e dá lugar à memória e à história do eu-lírico. Que fato é relembrado nestes versos? (0,25) H 17, 18, 19, 21 O eu-lírico relembra um jogo infantil de cravar em troncos de árvores o nome da pessoa amada. c) Por que o eu-lírico pede perdão? Pela descrição anterior das árvores, o perdão é provavelmente aceito? Justifique sua resposta. (0,5) H 17, 18, 19, 21 Pede perdão por deixar uma cicatriz visível por muito tempo no tronco da árvore. São ecos de memória e história de inúmeros apaixonados que utilizaram (e utilizam) os troncos das árvores para desenhar corações, e neles, relatarem seus amores. E as árvores os perdoam pois sempre os receberam e recebem, “de galhos abertos”.
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6) Apesar de ser um texto estruturado em versos, o poema “As árvores” apresenta períodos compostos. Assinale com um X os períodos compostos por coordenação: H 27
a) Crescem pra cima como as pessoas/ Mas nunca se deitam ( X ) (0,2) b) Mamam do sol pelas folhas/ E pela terra/ Também bebem água ( X ) (0,2) c) Cantam no vento/ E recebem a chuva de galhos abertos ( X ) (0,2) d) Há as que dão frutas (
) (0,2)
e) São maiores, mas/ Ocupam menos espaço (X ) (0,2) 7) As orações coordenadas no poema: H 27 a) Dos períodos assinalados no exercício 6, quais apresentam orações coordenadas sindéticas aditivas (indique as letras das alternativas)? (0,5) B, C b) Dos períodos assinalados no exercício 6, quais apresentam orações coordenadas sindéticas adversativas (indique as letras das alternativas)? (0,5) A, E c) Copie do poema mais um período composto por coordenação em que ocorra uma oração adversativa (que não tenha aparecido no exercício 6). (0,5) Crescem como as pessoas/ Mas não são soltas nos passos d) Explique qual é a importância das orações adversativas para a descrição das árvores no poema de Arnaldo Antunes. (0,5) As orações adversativas deixam evidente a relação homem/árvore, comparando suas posturas diante da vida. As árvores nunca se vergam nem se revoltam diante dos problemas: “Cantam no vento/ E recebem a chuva de galhos abertos (...) Mas nunca se deitam/ O céu aceitam (...). São seguras: “não são soltas nos passos”. Respeitam o espaço do outro: “São maiores, mas/ Ocupam menos espaço”.
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