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Priscilla Silveira

Tecnologia na Formação Profissional

São Paulo Rede Internacional de Universidades Laureate 2015


Sumário Capítulo 1: Pesquisar com tecnologia----------------------------------------------------------- 5 Introdução------------------------------------------------------------------------------------------- 5 1 Localizando e coletando informações na internet------------------------------------------- 7 1.1 Utilizando mecanismos de busca ----------------------------------------------------------- 8 1.2 Usando operadores de pesquisa  --------------------------------------------------------- 10 1.3 Usando filtros e ferramentas de pesquisa ----------------------------------------------- 13 1.4 A qualidade da informação na internet e os direitos autorais ------------------------ 14 Síntese--------------------------------------------------------------------------------------------- 18 Referências Bibliográficas----------------------------------------------------------------------- 19


Capítulo 1

Pesquisar com tecnologia

Introdução Andrey tem 35 anos e é administrador. Acompanha quatro blogs da sua área, assiste a vários vídeos no YouTube, tem 345 pessoas adicionadas em seu Facebook, lê as notícias diárias seguindo os principais jornais do país no Twitter, faz um curso on-line, distribui suas fotos em um banco de imagens na web, troca e-mails com colegas de sua profissão que conheceu em eventos... Ele consegue fazer tudo isso graças à internet. Estamos todos conectados em um mundo conectado, toda hora. É a era da informação e do conhecimento. Esta semana vi uma cena no aeroporto que ilustra bem o momento do qual estou falando, veja se concorda: Uma maravilha, não é mesmo? Se você ainda está em dúvida sobre o quanto estamos imersos em uma sociedade informatizada, veja o que uma revisão de dados estatísticos sobre o uso da internet revelou (AVELLAR; DUARTE, 2015) consultando diferentes fontes, tais como Associação Brasileira de Telecomunicações (2014), Índice de Desenvolvimento Humano (2013), TIC Domicílios (2013) e Associação Brasileira de Educação a Distância (2014):

Figura 1 – Freira conectada em seu notebook Fonte: Autora.

1. Praticamente metade da população brasileira conta com acesso à internet; 2. O número de acessos em banda larga no Brasil chegou a 156 milhões em maio de 2014, 51% a mais que em maio de 2013. No período de doze meses, 53 milhões de novos acessos foram ativados, ou 1,7 nova conexão por segundo; 3. A última partida da Copa do Mundo de 2014, entre Alemanha e Argentina, no Maracanã, foi marcada por um recorde de envio de fotos pelos torcedores;

4. Nos lares com PCs, os portáteis foram os preferidos, presentes em 57%. Em 2012, representavam 50%. Dos domicílios com computador, 12% também tinham tablets, proporção superior à registrada em 2012, 4%; 5. As matrículas de alunos na Educação a Distância cresceram 52%; 6. Quando analisado o tipo de rede social, 66% dos órgãos públicos federais e estaduais estão presentes em redes de relacionamento, tais como Facebook ou Google+, 59% em plataformas como o Twitter e 43% em plataformas de vídeos, como YouTube e Vimeo. A quantidade de informação gerada com os avanços tecnológicos e consequente aumento no número de usuários é enorme e sempre crescente, uma vez que estes não só acessam, assistem e/ou leem conteúdo, mas também o criam e/ou compartilham. Diante disso, você, aluno(a) e futuro profissional, deve se perguntar: como coletar informações sobre um tema usando a internet de forma rápida e precisa? Como saber se as informações que encontrou são confiáveis e possuem credibilidade acadêmica? Como registrar os resultados de sua pesquisa respeitando os direitos autorais?

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Pesquisar com tecnologia

Esses questionamentos têm a ver com o nosso desafio sobre como pesquisar com tecnologia. Esperamos que, ao final desta leitura, você possa: 1. localizar e coletar informações da internet, através de mecanismo de busca; 2. avaliar a qualidade da informação coletada e usá-la respeitando os direitos autorais.

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1 Localizando e coletando informações na internet Para que você realize uma pesquisa on-line com efetividade, é importante que saiba usar um navegador, que é o software/aplicativo indicado para acessar sites da internet. Os mais conhecidos são:

Internet Explorer

Mozilla Firefox

Google Chrome

Safari

Figura 2 – Exemplos de navegadores Fonte: Iconfinder

Todo navegador possui uma função básica: digitar o endereço de um site na barra de navegação e acessá-lo (Figura 3).

Barra de navegação

Figura 3 – Navegador Safari. Fonte: Autora.

No entanto, existem algumas funcionalidades desses softwares/aplicativos, tais como salvar seus sites favoritos, gerenciar os arquivos baixados da internet, instalar plug-ins (recursos necessários para algumas funcionalidades), configurar a segurança da navegação, entre outras, que, se conhecidas, poderão tornar a sua experiência on-line muito mais rica e útil.

NÓS QUEREMOS SABER! Você conhece todas as funcionalidades do navegador que usa para acessar a internet? Quais acha mais úteis? O que acha de conhecer todas as funcionalidades do navegador que você usa?

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Pesquisar com tecnologia

Bem, com navegador aberto e “lupa na mão”, seu primeiro passo para começar uma pesquisa na internet é acessar o mecanismo de busca de sua preferência. Mas o que é um mecanismo de busca?

1.1 Utilizando mecanismos de busca As pesquisas na internet podem ser realizadas por mecanismos de busca, que são sites projetados para ajudar os usuários a encontrar informações armazenadas em outros sites. Em uma pesquisa realizada pela At Internet (2014) sobre qual é o mecanismo de busca mais utilizado pelos brasileiros, o Google obteve uma média de visitas de 96,9%. Por isso, a partir de agora, usaremos o Google para falar sobre pesquisar com tecnologia. No entanto, saiba, de forma resumida, que qualquer mecanismo de busca funciona com três aspectos básicos (GOOGLE, 2014): 1. Realizar busca na internet ou selecionar dados da internet com base em palavras-chave; 2. Manter um índice das palavras que encontra e onde as encontra; 3. Permitir que os usuários procurem palavras ou combinações de palavras localizadas nesse índice. Vamos conhecer de forma mais detalhada o mecanismo de busca do Google, a fim de descobrir o que podemos pesquisar e como realizar uma boa pesquisa? Quando você realiza uma pesquisa no Google, veja o que encontra na tela de resultados (Figura 4): 1. 2. 3. 4. 5. 6.

Area de login Campo de pesquisa Componentes da página Filtros de busca Links patrocinados Paginação

Figura 4 – Página de resultados de uma pesquisa no Google. Fonte: Google (2014).

Fiz uma pesquisa no Google usando os termos educação a distância e, dentre os 15.900 resultados, encontrei o seguinte:

Figura 5 – Estrutura de um resultado de pesquisa no Google. Fonte: Google (2014).

Observe, na Figura 5, que todo resultado no Google possui: 1. Título: é a primeira linha de qualquer resultado da pesquisa e corresponde ao título da página da web. Clique no título para acessá-la; 2. URL: o endereço da web relativo a cada resultado é exibido na cor verde;

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3. Snippet: abaixo do URL, há uma descrição da página da web. Os termos de pesquisa aparecerão em negrito para que você verifique se a página contém o que você está procurando. Além disso, ao clicar no botão , você pode visualizar uma versão da página armazenada em cache, ver resultados semelhantes a ela ou compartilhá-la com alguém.

NÃO DEIXE DE LER... Você sabe o que é o mapa do conhecimento do Google? Descubra sobre esta funcionalidade que pode enriquecer alguns tipos de pesquisas! http://www.google.com/insidesearch/features/search/knowledge.html Saiba que existe um recurso do Google que facilita bastante a busca para o usuário. É o recurso de preenchimento automático. Quando você começa a digitar na caixa de pesquisa, surgem previsões de pesquisa similares aos termos que você está digitando. Por exemplo, quando você começa a digitar como criar, o navegador sugere outras pesquisas populares relacionadas a esses termos iniciais (Figura 6).

Figura 6 – Exemplo de uso do recurso de preenchimento automático do Google. Fonte: Google (2015).

Mas nem sempre o que é sugerido é o que você precisa. Em qualquer pesquisa na internet você terá sempre uma importante decisão: quais palavras-chave ou termos usar a fim de obter melhores resultados? Geralmente, pode-se começar por uma espécie de tempestade de ideias relacionada ao tema a ser pesquisado, na qual você tem várias possibilidades de palavras e enunciados e seus sinônimos. Por exemplo, se você precisa fazer uma pesquisa sobre segurança na internet pode pensar nas seguintes palavras-chave ou enunciados: Vale salientar que o Google não se preocupa com pequenos detalhes dos termos utilizados, tais como acentuação, maiúscula/minúscula, erros de ortografia ou preposições (de, na, em...). Assim, pesquisar por São Francisco de Assis é o mesmo que pesquisar por sao francisco assis. Muitas pessoas sabem pesquisar na internet, mas uma busca típica, muitas vezes, retorna muitos resultados, ou mesmo resultados que não são relevantes para o tema pesquisado. O interessante é não utilizar enunciados longos e saber que, ao

cuidados

internet

antivirus computador

hacker

segurança

invasao

internet

internet

virus computador

pesquisar um enunciado tal como segurança internet, o mecanismo de busca irá trazer todos os sites que contenham apenas a palavra segurança, sites que contenham apenas a palavra internet, sites que contenham ambas as palavras e, ainda, sites com variações (sinônimos) dessas palavras. Pesquisando dessa forma, pode ser que você não obtenha de maneira rápida e eficiente o que deseja. Como, então, resolver esse impasse? Descubra a seguir!

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1.2 Usando operadores de pesquisa Os operadores de pesquisa são palavras ou símbolos que servem para restringir os resultados de uma pesquisa, tornando mais fácil e rápida a localização da informação da qual você precisa. Vamos conhecer os principais operadores de pesquisa do Google (2015) e em que situações eles podem ser usados? a) Termos entre aspas Para encontrar exatamente os termos que procura, inclusive na mesma ordem em que são apresentados, use as aspas (Figura 7).

Figura 7 – Exemplo de pesquisa por termos entre aspas. Fonte: Google (2015).

No exemplo da Figura 7, o Google trará para o usuário apenas os sites que contenham exatamente a expressão “anatomia humana” b)Excluindo termos Mas e se você quiser encontrar qualquer anatomia menos a humana? Você pode utilizar o símbolo menos (–) para excluir uma palavra dos seus resultados (Figura 8).

Figura 8 – Exemplo de pesquisa em que se exclui um termo. Fonte: Google (2015).

Observe, na Figura 8, que o símbolo menos fica separado por um espaço do termo pesquisado (anatomia) e fica junto da palavra a ser excluída (humana). Você ainda pode excluir mais de uma palavra, colocando-as com esse símbolo separadas por espaço (anatomia –humana –ossos). c) Incluindo termos Você também pode usar o símbolo mais (+) para incluir termos a uma pesquisa (Figura 9). No entanto, saiba que, nesse caso, o Google também trará no resultado variações (sinônimos) desses termos.

Figura 9 – Exemplo de pesquisa em que se inclui um termo. Fonte: Google (2015).

Esse tipo de recurso, se não usado quando realmente necessário, pode tornar sua busca mais demorada. Se eu quisesse resultados sobre a anatomia do órgão coração e usasse em minha pesquisa anatomia +coração, veja na Figura 10 o que eu encontraria:

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Figura 10 – Exemplo de resultado de pesquisa incluindo termos. Fonte: Google (2015).

Observe, na Figura 10, que os resultados não foram efetivos porque trouxeram variações do significado do termo coração. Você descobrirá que, nesse caso, a busca será mais efetiva se pesquisar por “anatomia coração”. Comprove isso nos resultados da Figura 11:

Figura 11 – Exemplo de resultado de pesquisa por termos entre aspas. Fonte: Google (2015).

Com a prática, você vai descobrindo quais operadores são mais eficientes para determinado tipo de pesquisa. d)Termos desconhecidos ou coringa Quando precisar realizar uma pesquisa de termos em que alguns sejam desconhecidos por

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você, substitua-os pelo asterisco (*). Quando quiser encontrar uma frase de um autor, pois não a lembra direito, associe esse símbolo ao uso das aspas (Figura 12).

Figura 12 – Exemplo de pesquisa por termos desconhecidos associada ao uso de aspas. Fonte: Google (2015).

Viu na Figura 12 como você pode, se necessário, associar operadores para melhorar seus resultados? Essa pesquisa me permitiu descobrir a frase famosa de Richard Bach: ”Longe é um lugar que não existe”. O uso do asterisco também permite trazer resultados para qualquer possibilidade de palavra para uma frase. Se você pesquisar por “venda de * on-line”, o Google trará resultados de venda de livros on-line, venda de, na verdade, qualquer coisa on-line. Nesse caso, o * é denominado termo coringa. e) Um termo ou outro Quando você precisar que os resultados da pesquisa mostrem sites com um termo apenas e sites com o outro, use a palavra OR (em maiúscula) entre eles (Figura 13).

Figura 13 – Exemplo de pesquisa por termos desconhecidos associada ao uso de aspas. Fonte: Google (2015).

Na pesquisa da Figura 13, o Google entenderá que deverá trazer sites que abordem apenas a primeira guerra mundial, sites que abordem apenas a segunda guerra mundial e nunca sites que abordem as duas guerras. f) Termo em site específico Você deseja que os resultados para o termo pesquisado venham de apenas um site? Veja na Figura 14 como usar esse operador:

Figura 14 – Exemplo de pesquisa em site específico. Fonte: Google (2015).

Com a pesquisa da Figura 14, o Google entenderá que deve trazer apenas resultados sobre esta lei encontrados no domínio do site do Palácio do Planalto.

NÃO DEIXE DE LER... E se o resultado da pesquisa for até você? Descubra agora sobre esse recurso, acessando: https://support.google.com/alerts/

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1.3 Usando filtros e ferramentas de pesquisa Você pode ainda melhorar seus resultados usando os filtros e ferramentas disponíveis no navegador Google. Na parte superior da página de resultados de pesquisa, é possível encontrar uma série de maneiras de filtrar os resultados para ver um tipo de conteúdo (Figura 15):

Figura 15 – Filtros de pesquisa disponíveis no Google. Fonte: Google (2015).

Observe, na Figura 15, que você pode exibir resultados de “anatomia humana” apenas relacionados a imagens, vídeos, livros, notícias etc., bastando, para isso, clicar no filtro correspondente. Ao escolher um filtro, você pode restringir ainda mais seus resultados usando as ferramentas de pesquisa (Figura 16):

Figura 16 – Usando ferramentas de pesquisa no Google para o filtro imagens. Fonte: Google (2015).

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Podemos verificar na Figura 16 que os resultados de imagens para “anatomia humana” podem ser refinados por tamanho, cor, tipo, tempo e direitos de uso.

NÓS QUEREMOS SABER! Quais são as outras possibilidades de refinamento através de ferramentas de pesquisa para os outros tipos de conteúdo (web, vídeo, livro etc.)? Convido você a acessar o Google e descobrir! Viu como os filtros e ferramentas de pesquisa o ajudam a encontrar melhor o que precisa? Você agora já sabe como o uso de operadores, filtros e ferramentas de pesquisa colaboram para tornar sua pesquisa fácil e eficiente! Saiba que, dependendo do que você procura, também pode pesquisar em sites específicos. Por exemplo, se for um vídeo, pode pesquisá-lo diretamente no YouTube (www.youtube.com); se for uma imagem, pode procurá-la em um banco de imagens como o Flickr (www.flickr.com); se for um artigo científico, pode buscá-lo no Google Acadêmico (scholar.google.com.br) ou em bibliotecas eletrônicas, tais como: • Scielo (Scientific Electronic Library Online):http://www.scielo.org • BDTD (Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações): http:// http://bdtd.ibict.br/ Quanto mais você pesquisar, mais descobrirá sobre como achar mais fácil e com eficiência neste mundo de informação que é a internet. No entanto, questiono: toda informação da internet tem credibilidade? Toda informação da internet pode ser usada? Quais os cuidados nesse uso?

1.4 A qualidade da informação na internet e os direitos autorais Analise o caso de Carla, a seguir, para responder aos questionamentos anteriores. Carla precisa fazer um trabalho da universidade sobre o tema pena de morte. Ela resolveu realizar sua pesquisa na internet e, assim: 1. copiou o texto completo de um site e pequenos textos de outros sites que encontrou sobre pena de morte para realizar seu trabalho; 2. em sua pesquisa no Google, escolheu apenas os sites dos primeiros resultados, pois julgou que estes são mais confiáveis; 3. não se preocupou com a credibilidade dos sites, já que acha a internet uma fonte sempre rica em informações. Fonte: Thinkstock

Estariam corretas as ações de Carla na realização de seu trabalho acadêmico? Pense um pouco antes de seguir na leitura! Saiba que todas as ações de Carla foram incorretas. Para entender o porquê, precisamos descobrir como decidir sobre a credibilidade do site e de suas informações. Dogi (2003) e Sayeg (2011) fazem algumas recomendações: 1. Identifique se a informação é confiável: O autor está identificado no site? Ele é especialista no tema? A data em que foi publicado é atual? É uma fonte de informação acadêmica/científica?

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O autor faz referência a outros autores quando cita informações ou dados estatísticos? A fonte é conhecida (uma revista científica, uma base de dados acadêmica)? Veja um exemplo de fonte acadêmica/científica encontrada na internet sobre o tema pena de morte, na Figura 17. Trata-se de um artigo de uma revista científica publicada na livraria eletrônica da Scielo:

Figura 17 – Exemplo de uma fonte acadêmica/científica na internet. Fonte: Scielo (2015). Fonte: Google (2015)

2. Avalie a qualidade das opiniões: Todo texto trará a opinião do autor. Perceba qual o interesse do autor/site sobre a informação veiculada, principalmente quando se trata de temas divergentes e/ou polêmicos, como pena de morte, por exemplo. É sempre importante você pesquisar tudo o que já foi publicado e, ao final, obter sua própria opinião; 3. Questione os primeiros resultados do Google: Apesar de o Google divulgar que não tem interesse comercial na ordem dos resultados, Sayeg (2011) afirma que algumas empresas contratam especialistas em programação para turbinar sua posição na lista. Um bom exemplo é: ao digitar “cirurgia plástica” no Google, o site de Ivo Pitanguy – uma das maiores autoridades na área – aparece apenas no final da terceira página de resultados. No topo, médicos em início de carreira e empresas que financiam intervenções estéticas. Decidido que o site é uma fonte confiável, é preciso ter cuidado em como usar o conteúdo encontrado na rede. Apesar de muitos pensarem o contrário, toda obra disposta na internet tem sua autoria e esta deve ser respeitada. Mas você sabe o conceito de obra? Qualquer criação original constitui uma obra, não importando o seu formato: um artigo publicado, o texto de um blog, um áudio, um vídeo, uma imagem, etc. (Figura 18). Se você fizer agora um desenho original, ele já está protegido pela Lei de Direitos Autorais, sem precisar que você requeira isso formalmente!

Figura 18 – Exemplos de obras que podem ser encontradas na internet. Fontes: Ecad (2015), Tribuna de Minas (2015), YouTube (2015), Scicast (2015).

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Qualquer obra (imagem, texto, áudio, vídeo etc.) é protegida pela Lei de Direitos Autorais nº 9610/98 (BRASIL, 1998), que determina como direitos do autor, entre outros: 1. conservar a obra inédita; 2. autorizar ou não os vários usos que possam fazer de sua obra; 3. ter o seu nome vinculado à obra, inclusive quando utilizada por outros; 4. reivindicar a qualquer tempo a autoria de sua obra, sob pena de punição com prisão ou multa. Quando alguém utiliza um trecho ou parte integral de uma obra, sem autorização do autor e, ainda mais, assume a autoria, caracteriza-se o plágio.

NÓS QUEREMOS SABER! Veja o significado do termo plagiar no dicionário on-line Michaelis (2009): (plágio+ar2) vtd 1 Cometer furto literário, apresentando como sua uma ideia ou obra, literária ou científica, de outrem: Acusaram Eça de plagiar Zola. 2 Usar obra de outrem como fonte sem mencioná-la. 3 Imitar, servil ou fraudulentamente. Você deve estar se perguntando: então, tudo o que eu quiser usar da internet preciso antes solicitar a autorização do autor? O que fazer se não tenho como, muitas vezes, solicitar essa autorização? Bem, a resposta a esses questionamentos é: sim, há a necessidade de ter a autorização do autor caso alguém deseje usá-la. Mas é importante saber que existem algumas formas de os autores expressarem o que eles autorizam ou não fazer com suas obras, não sendo necessário solicitar uma permissão direta a eles. Entre elas, tem-se: 1. Para fins didáticos/educacionais, não comerciais, não é preciso pedir autorização do autor para citar parte (pequeno trecho) de sua obra, contanto que esta seja referenciada, quer dizer, é preciso sempre citar o autor e o local da fonte de informação. Você pode citar o pequeno trecho copiando exatamente as palavras do autor entre aspas (citação direta) ou apresentar as ideias do autor com as suas palavras (citação indireta); 2. A maioria dos sites possui um termo de serviço, em que o autor expressa abertamente o que ele autoriza ou não no uso do conteúdo ali exposto. Esse termo geralmente fica no rodapé da página; 3. Muitas obras na internet já possuem uma licença denominada Licença Creative Commons, em que o autor indica os diferentes usos que os usuários podem fazer de sua obra: podem usar para fins comerciais ou não comerciais? Podem alterá-la criando obra derivada? Podem usá-la, mas fazendo menção ao autor? Podem distribuir a obra? A licença dirá!

NÓS QUEREMOS SABER! Você tem uma obra postada na internet e gostaria de atribuir uma Licença Creative Commons para que todos saibam o tipo de uso que você, como autor, autoriza? Acesse agora o site http://creativecommons.org/choose/ e crie uma! Outra forma de você usar livremente uma obra é quando esta cai em domínio público. De acordo com a Lei 9.610/98 (BRASIL, 1998), a regra geral para que as obras caiam em domínio público é de 70 anos após a morte de seu autor. No site www.dominiopublico.gov.br você tem acesso a obras brasileiras de uso livre. Não é necessária autorização para usar essas obras, mas você precisa referenciar sempre o autor.

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Podemos verificar agora, no caso de Carla, apresentado anteriormente, quais ações seriam corretas na realização de seu trabalho sobre pena de morte. Veja a seguir: 1. Carla realizou sua pesquisa encontrando diferentes sites e tendo cuidado com os critérios de qualidade da informação; 2. Carla também teve cuidado com as opiniões divergentes dos autores dos sites sobre o tema pena de morte. Em seu trabalho, ela apresentou os diferentes pontos de vista e se posicionou quanto ao que acredita; 3. Carla apresentou os diferentes pontos de vista dos autores a partir de recortes de trechos de suas obras, mas tomando o cuidado de citar a autoria e a fonte; 4. Carla também complementou as informações pesquisadas e escreveu com as suas palavras a ideia dos autores e, mesmo assim, citou a autoria e a fonte.

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Síntese Pesquisar com tecnologia

Síntese

A internet é uma fonte rica e variada de informações. Pesquisar na rede, portanto, requer não só a habilidade tecnológica de localizar e coletar em sites o conteúdo do qual o usuário precisa, mas também filtrar a qualidade da informação, além de usá-la tomando os devidos cuidados. Juntos descobrimos como você pode otimizar sua pesquisa na Google, dando maior velocidade e precisão aos resultados encontrados. Os operadores permitem que você realize sua busca usando termos exatos, excluindo ou incluindo termos, restringindo os resultados a um determinado site, entre outros. Além disso, os filtros e ferramentas de pesquisa garantem que rapidamente você personalize seus resultados segundo o tipo do conteúdo (web, imagem, vídeo...) ou de acordo com algumas características dele (língua, tamanho, direitos de uso...). Após encontrar seus resultados de pesquisa, concluímos sobre a importância de analisá-los do ponto de vista da confiabilidade, da qualidade das opiniões e do direito autoral. Tudo o que está às mãos, disponível, não significa livre para uso. Seja um pesquisador crítico e fundamente sempre seus trabalhos acadêmicos e profissionais com fontes que tenham credibilidade e autoria identificada e/ou referenciada por você.

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Referências

Bibliográficas

AVELLAR; DUARTE. Internet no Brasil 2014 (dados e fontes). Disponível em: <http://www.avellareduarte.com.br/projeto/conceituacao/conceituacao1/conceituacao14_ internetBrasil2014.htm>. Acesso em: 17 mar. 2015. AT INTERNET. Brasil: Mecanismos de busca, navegadores, Sistemas Operacionais, 2014. Disponível em: <http://www.atinternet.com/pt-br/documentos/brasil-mecanismos-de-buscanavegadores-sistemas-operacionais-junho-de-2014/>. Acesso em: 17 mar. 2015 BRASIL. Lei Federal nº 9.610/98 – Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências, 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/l9610.htm>. Acesso em: 17 mar. 2015 DOGI. Tutorial de literacia da informação. University of Texas System Digital Library, 2003. Disponível em: <http://www.evora.net/bpe/Linfo/default.htm>. Acesso em: 17 mar. 2015 GOOGLE. How Google works. Disponível em: <http://www.google.com/intl/pt-BR/ insidesearch/howsearchworks>. Acesso em: 17 mar. 2015 ______. Pontuação, símbolos e operadores na pesquisa. Disponível em: <https://support. google.com/websearch/answer/2466433?hl=pt-BR>. Acesso em: 14 mar. 2015. MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Editora Melhoramentos, 19982009. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br>. Acesso em: 16 mar. 2015. SAYEG, Fabiana. O mapa da pesquisa confiável na Internet: um guia para fugir das ciladas e encontrar informação relevante no universo virtual. Educar para crescer, 10 ago. 2011. Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/mapa-pesquisaconfiavel-internet-636261.shtml>. Acesso em: 17 mar. 2015

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