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Priscilla Silveira

Tecnologia na Formação Profissional

São Paulo Rede Internacional de Universidades Laureate 2015


Sumário Capítulo 4: Aprender com Tecnologia----------------------------------------------------------- 5 Introdução------------------------------------------------------------------------------------------- 5 1 A forma de aprender ao longo do tempo----------------------------------------------------- 6 1.1 Fontes de aprendizagem com --------------------------------------------------------------- 8 tecnologia------------------------------------------------------------------------------------------- 8 1.2 Aprender a aprender------------------------------------------------------------------------ 12 Síntese--------------------------------------------------------------------------------------------- 18 Referências Bibliográficas----------------------------------------------------------------------- 19


Capítulo 4

Aprender com Tecnologia

Introdução Maria, que ingressou recentemente no curso de Gastronomia, encontrou dificuldades iniciais ao usar a tecnologia para ações corriqueiras na faculdade, tais como fazer apresentação em PowerPoint ou um trabalho no Word. Ela se dedicou bastante para aprender tais ferramentas, vencendo esses obstáculos tecnológicos! Mas identificou que não devia parar por aí... A estudante percebeu que o uso da tecnologia não é só importante para as suas atividades na faculdade, mas o mercado de trabalho também requer profissionais com habilidades tecnológicas. Seu colega de classe a incentivou e deu uma ótima sugestão: a própria tecnologia poderia ajudá-la a melhorar suas habilidades tecnológicas. Ele referiu que havia feito um treinamento on-line da Microsoft e hoje maneja com segurança o computador. A sugestão do colega de Maria é um ótimo exemplo de que a maneira de ensinar e aprender vem sofrendo transformações ao longo do tempo, ligadas ao avanço da tecnologia. O fácil acesso a qualquer informação através da internet tem possibilitado que alunos adquiram conhecimentos de forma autodidata ou até com professores que estejam do outro lado do mundo. É a globalização do conhecimento. Hoje um aluno pode optar por fazer um curso de graduação e pós-graduação totalmente a distância ou de forma híbrida, isto é, parte da carga horária da disciplina é presencial e outra parte é on-line. É o chamado ensino blended (“misturar”). Os cursos de graduação presencial ainda podem preencher 20% da carga horária de sua grade curricular com disciplinas 100% online, além, claro, da forte influência da tecnologia como ferramenta educacional nas disciplinas presenciais desses cursos. Grandes mudanças que estão por vir irão transformar a forma de ensinar/aprender nos próximos cinco anos. Essa entrada do ensino on-line na Educação não acontece à toa e é um movimento que não tem volta. Em um futuro próximo não haverá mais distinção entre ensino presencial e ensino on-line porque ambos vão coexistir em um curso naturalmente. Várias são as fontes de informação acadêmicas na internet que permitem uma formação contínua de alunos e profissionais, muitas vezes, gratuitamente. Nosso último desafio é, a partir desta leitura, torná-lo(a) apto(a) a: • identificar as várias fontes de informação on-line que possam ser usadas como apoio ao desenvolvimento acadêmico e profissional; • criar uma meta pessoal de desenvolvimento acadêmico e realizá-la a partir das diversas ferramentas tecnológicas; • desenvolver a atitude de aprender a aprender.

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1 A forma de aprender ao longo do tempo Imagine como as pessoas de cada geração aprenderam/aprendem na escola. Será que é da mesma forma? Será que com os mesmos comportamentos e necessidades? Observe, no Quadro 1, as diferentes gerações e suas principais características, e pense em uma resposta a esses questionamentos:

Quadro 1 – As diferentes gerações e suas principais características. Fonte: SANTOS NETO; FRANCO (2010).

Certamente sua resposta deve ser não. A revolução tecnológica ao longo do tempo também trouxe mudanças na Educação. As pessoas que nascem no mundo digital, conectadas desde criança – os chamados nativos digitais –, possuem uma relação com a tecnologia tão intrínseca que, se as instituições de ensino não se adaptarem a essa nova forma que usam para processar a informação, o fracasso e a desmotivação certamente ocorrerão. E você? A qual geração pertence? Independentemente da resposta, é possível que a internet faça parte de sua vida e influencie muitas de suas ações, inclusive a forma como você estuda.

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O reflexo do uso da tecnologia no mercado de trabalho também é marcante e, para qualquer geração, imprescindível, concorda? Um estudo do NMC – The New Media Consortium (JOHNSON et. al, 2014) aponta as principais tendências e tecnologias emergentes que vão fazer parte da rotina universitária ao longo dos próximos cinco anos. São elas: a) Aprendizado on-line Entre os próximos um ou dois anos, espera-se que o aprendizado on-line se popularize e seja cada vez mais visto como uma alternativa viável para algumas formas de ensino presencial. A justificativa para esse modelo se popularizar, segundo o relatório, é a possibilidade que oferece de flexibilizar, facilitar o acesso e oferecer uma maior integração de recursos tecnológicos com os conteúdos pedagógicos. b) Ensino híbrido Modelos de ensino híbrido (presencial + on-line) devem ganhar força, pois possibilitam o equilíbrio entre os ambientes presenciais e virtuais e permitem que o aluno tire o melhor proveito de cada um deles. c) Conteúdo aberto A médio prazo, entre três e cinco anos, os especialistas apostam no potencial do movimento de open source e na produção massiva de recursos educacionais on-line. No mesmo período, é apontado o crescente uso das redes sociais como meio para compartilhar notícias sobre conteúdos acadêmicos e desenvolvimentos científicos. Essa combinação levará a uma mudança de postura dos próprios estudantes, que deixam de ser simplesmente consumidores de conteúdos e passam a ser criadores. d) Sala de aula invertida É o nome que se dá ao método que inverte a lógica de organização da sala de aula. Com ela, os alunos aprendem o conteúdo em suas próprias casas, por meio de videoaulas ou outros recursos interativos, como games ou arquivos de áudio. A sala de aula é usada para a realização de exercícios, atividades em grupo e projetos. O professor aproveita para tirar dúvidas, aprofundar o tema e estimular discussões. e) Gameficação É o uso dos conceitos e da mecânica utilizada nos games para solucionar um determinado problema, ou alcançar um objetivo esperado. Entre as técnicas estão o estímulo à competição e/ ou à colaboração e a utilização de recompensas. f) Aplicativos móveis Uso maciço de aplicativos de smartphones e tablets para o ensino-aprendizagem. g) Análise da aprendizagem Tem o objetivo de traçar o perfil do aluno através de um processo de coleta e análise de grandes quantidades de detalhes sobre suas interações individuais em atividades de aprendizado on-line. O objetivo é construir melhores pedagogias, capacitar os alunos a terem um papel ativo na sua aprendizagem e avaliar os fatores que afetam o sucesso. Percebeu quantas mudanças ainda virão por aí? Seus filhos certamente aprenderão de uma forma totalmente diferente de como você aprende hoje. Vários são os caminhos que você pode percorrer para aprender com tecnologia na internet. Sua atitude de identificar o que quer/precisa aprender e gerar ações para garantir essa aprendizagem é um diferencial importante para um bom desenvolvimento acadêmico e profissional. Já se foi a época em que para aprender algo você precisava esperar que um professor o ensinasse, não é mesmo?

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Figura 1 – O estudo on-line abre as portas para a busca pelo conhecimento. Fonte: Thinkstock

Não que o professor tenha perdido sua importância! Na verdade, seu papel tem mudado de transmissor do conhecimento para facilitador/mediador da aprendizagem porque o aluno, ativo nesse processo, também ganha um papel de destaque.

1.1 Fontes de aprendizagem com tecnologia Conheça agora algumas fontes do conhecimento da internet para que você possa aprender com tecnologia: cursos on-line, videoaulas e bibliotecas eletrônicas. a) Cursos on-line Um curso on-line é uma das formas mais flexíveis de atualização acadêmico-profissional. Imagine você poder estudar em qualquer lugar, fazendo seu próprio horário e no seu próprio ritmo... Apesar da difusão do ensino on-line ser cada vez maior, ainda há muitas dúvidas sobre essa modalidade. Muitas vezes, a desinformação induz as pessoas a fazerem julgamentos precipitados, o que aumenta ainda mais o desconhecimento.

NÓS QUEREMOS SABER! E você, será que conhece bem sobre a modalidade de ensino on-line? Para descobrir, julgue se estão corretas as afirmações a seguir: • Um curso on-line é mais fácil que um curso presencial; • Estudar pela internet é mais rápido. Por ser mais flexível, o aluno pode fazer como quiser; • A dedicação em um curso on-line é menor que em um curso presencial; • O aluno tem menos contato com o professor em um curso on-line.

Se você identificou todas as afirmações do “Nós queremos saber” como erradas, você acertou! Vamos descobrir mais sobre essa modalidade? Para que ocorra um curso on-line, é necessário o suporte de uma sala de aula virtual, denominada Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Trata-se de um sistema que permite que professor e alunos estejam conectados em um mesmo local virtual e suas ferramentas devem permitir que

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o processo de ensino-aprendizagem ocorra. São exemplos de AVAs conhecidos mundialmente: Blackboard (http://blackboard.grupoa.com.br) e Moodle (http://moodle.com). Um AVA pode possuir ferramentas didáticas síncronas e assíncronas. As ferramentas assíncronas são aquelas que permitem a comunicação entre os usuários em tempo distinto. São exemplos desse tipo de ferramenta: questionário, fórum, enquete, correio etc. Já as ferramentas síncronas são aquelas que permitem a comunicação entre os usuários em tempo real, tais como o chat e videoconferência. Entre as ferramentas de um AVA, o fórum é uma das mais utilizadas em cursos on-line, pois proporciona uma rica interação entre professor vs. aluno e aluno vs. alunos. Para que você aprenda bem em um curso/disciplina on-line, é imprescindível que saiba como funciona a participação nessa ferramenta. Um fórum permite que professor/tutor e alunos discutam sobre um mesmo tema, da seguinte forma: • Identificando no tópico de discussão do fórum qual a temática que será discutida; • Lendo as postagens já realizadas (se houver muitas, pelo menos ler a do professor/tutor e selecionar algumas postagens de seus colegas para sua leitura); • contribuindo com a discussão do fórum: concordando, discordando, apresentando questionamentos, sempre procurando se fundamentar com a teoria (citar a fonte/autor) e dirigindo-se a quem você está respondendo. São exemplos de postagens em fórum consideradas adequadas para uma discussão de qualidade:

Você, no momento, está estudando on-line em um AVA. Existem vários no mercado. É de extrema importância que o aluno, em um curso ou disciplina on-line, domine tecnicamente as ferramentas do Ambiente Virtual de Aprendizagem, para que não perca tempo com dúvidas técnicas, e sim estudando, concorda? Procure sempre o suporte técnico caso tenha necessidade. Os cursos on-line mais famosos no momento são denominados MOOCs. Você já ouviu falar nessa sigla? Massive Open Online Course (MOOC). Em tradução livre, temos: cursos on-line gratuitos e massivos. O sucesso desses cursos ocorre por serem ofertados por grandes universidades do mundo, tais como Harvard, Columbia, Stanford, USP, entre outras. Assim, sem sair de casa, o

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acadêmico ou profissional pode se atualizar em sua área e sem gastos.

NÃO DEIXE DE VER... Acesse os MOOCs abaixo e descubra cursos da sua área que você pode começar a fazer agora mesmo, gratuitamente, sem sair de casa! Coursera – https://www.coursera.org/ Veduca – http://www.veduca.com.br/ Edx – https://www.edx.org/

Existem outros cursos on-line gratuitos disponíveis na rede não ofertados por grandes universidades, mas também de boa qualidade. Indicamos alguns para você no Quadro 2:

Quadro 2 – Exemplos de cursos on-line reconhecidos mundialmente. Fonte: Autora.

Você, com certeza, irá pesquisar se existem na internet outros cursos de seu interesse para aperfeiçoar seu currículo. b) Videoaulas Assistir a videoaulas é uma ótima opção de aprendizagem, por se tratar de um recurso audiovisual mais atrativo que a leitura de um texto, não é mesmo? Por meio de imagens, movimento, música, sons, os muitos canais de recepção do aluno são ativados, oferecendo uma experiência de ensino diferenciada. Você pode pesquisar por vídeos na rede através dos mecanismos de busca (Google, por exemplo) ou encontrá-los em sites específicos de vídeos. O mais famoso é o YouTube. Lá você pode encontrar vídeos diversos, mas é preciso saber “garimpar” nos melhores canais para encontrar vídeos de boa qualidade.

NÃO DEIXE DE VER... Veja exemplos de alguns canais do YouTube: • Canal da revista Exame – https://www.youtube.com/user/portalexame; • Portal de serviços educacionais especializado em videoaulas para concursos públicos – https://www.youtube.com/user/onlinealfa/featured. O que acha de pesquisar no YouTube canais relacionados à área do seu curso?

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Caso o vídeo no YouTube esteja em outra língua, você pode ativar a legenda traduzida. A maioria dos vídeos do site já possui tal recurso. Para usá-lo, clique na parte inferior do vídeo em ou -----para ativar/desativar a legenda e escolha o idioma desejado no ícone -- (Figura 2). A língua não é mais um empecilho para nossa aprendizagem graças à tecnologia! Você também poderá encontrar na internet bons sites de vídeos. Selecionamos aqui alguns exemplos a fim de ilustrar quão rica é a rede com relação a esse tipo de recurso: • O site Porta Curtas (http://portacurtas.org.br) é um banco on-line dos melhores curtas-metragens brasileiros para a internet; Figura 2 – Área do menu inferior do vídeo do YouTube. Fonte: YouTube.

• O TED Talks (https://www.ted.com/talks) reúne todas as palestras e conversas com pessoas que

possuem boas ideias para o mundo e a sociedade. Todos os vídeos possuem tradução para o português. c) Bibliotecas eletrônicas As fontes de informação científicas são as mais válidas no meio acadêmico e profissional. Além da credibilidade, a velocidade com que os conteúdos chegam atualizados em revistas científicas supera a publicação em livros. Isso significa que a leitura sistemática de artigos científicos da área garante sua atualização constante. Na internet, você encontrará diversas fontes acadêmicas de conteúdo científico. Citamos algumas: • A rede SciELO (Scientific Electronic Library Online) é uma base de dados com revistas científicas de diferentes áreas do conhecimento, com artigos completos para download: http://www.scielo. org/; • Portal de Teses da CAPES é o sistema on-line oficial do governo brasileiro para depósito de teses e dissertações brasileiras, vinculado ao Ministério da Educação (MEC). Nele você encontrará o resumo da produção científica e, quando disponível, o link para o acesso ao texto completo: http://capesdw.capes.gov.br; • O Banco de Teses do IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia) é uma iniciativa vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), que visa integrar num único repositório as teses e dissertações brasileiras e também oferecer às universidades uma opção de sistema on-line para armazenamento de suas teses e dissertações. Com isso, somente as universidades que utilizam o sistema BDTD podem disponibilizar suas coleções de teses e dissertações neste repositório: http://bdtd.ibict.br/pt; • O Google Acadêmico é um mecanismo de pesquisa específico para literatura acadêmica na internet. Nele você pode pesquisar artigos, teses e livros de várias entidades acadêmicas: http:// scholar.google.com.br/.

NÓS QUEREMOS SABER! Acesse diferentes bibliotecas eletrônicas e encontre conteúdo científico da área de seu curso!

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1.2 Aprender a aprender Existem outras formas de você aprender com tecnologia. Aqui ilustramos algumas delas. O importante é você ter em mente que o acadêmico precisa se preocupar com a sua formação extracurricular, quer dizer, não se limitar apenas ao aprendizado oferecido no curso de graduação. Para isso, faz-se necessário desenvolver a atitude de aprender a aprender, ou seja, saber buscar fontes de aprendizagem e direcionar seu próprio estudo. Muitas vezes nos limitamos a aprender apenas em situações em que um professor é colocado à nossa frente, mas, com o mercado de trabalho exigindo cada vez mais um profissional diferenciado, o que acha de dedicar um tempo para o planejamento de seu desenvolvimento profissional já na graduação? Para você ter uma ideia de como pode fazer isso, apresentamos alguns casos de graduandos que investem em seu desenvolvimento acadêmico e profissional: a) O caso de Michelle Michelle faz o curso de Turismo. Logo ao entrar na faculdade, percebeu que precisava aprender no mínimo o inglês, caso desejasse ser uma boa profissional em sua área. Como não tinha dinheiro para investir em um curso, resolveu fazer um curso on-line gratuito. A decisão exigiu-lhe disciplina e organização, uma vez que não haveria ninguém lhe cobrando se estudou ou não. Assim, organizou um horário fixo em sua agenda para o estudo on-line no Duolingo. b) O caso de Rodrigo Rodrigo faz o curso de Enfermagem. Para facilitar seus estudos, costuma complementar as leituras obrigatórias das disciplinas do seu curso assistindo a vídeos do YouTube. Costuma pesquisar os vídeos pelo tema que precisa estudar, assiste após a aula dada pelo professor e também revisa o assunto por meio deles antes das avaliações, o que exige uma organização dos vídeos por temas e a disciplina de manter um horário de estudo, não é mesmo? c) O caso de Bruno Bruno faz o curso de Administração. Para se manter atualizado, costuma ler revistas científicas on-line da área. As leituras têm contribuído para uma visão mais prática de sua futura profissão, além de complementar o seu aprendizado, uma vez que associa tudo o que lê com o conteúdo das disciplinas da faculdade. Sempre que um professor ministra um tema novo em sala de aula, Bruno faz a pesquisa nas bases de dados de revistas científicas para ler os artigos mais atuais sobre o assunto. Com isso, traz ricas discussões às suas aulas, além de já se destacar na faculdade por estar sempre atualizado. E você? Já começou a avaliar como pode usar a tecnologia para aprender cada vez mais? Se não, chegou a oportunidade de você refletir sobre o que precisa e o que há disponível e colocar em prática seu plano de desenvolvimento acadêmico-profissional! Ser protagonista do seu aprendizado significa interagir com a informação e verificar como você pode aplicá-la. Veja a seguir algumas características do autoaprendiz (CÁZARES, 2006; CARABALLO, 2009): • Responsável: demonstra compromisso e cumpre com seus deveres; • Flexível: administra seu tempo e a execução de suas tarefas de acordo com as necessidades de estudo;

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• Colaborativo: na internet interage com outras pessoas, participa de discussões e enriquece seus conhecimentos; • Criativo: busca soluções para problemas relacionados com a aprendizagem; • Automotivador: a motivação para aprender vem de si mesmo; • Analítico e proativo: desenvolve capacidade de buscar, analisar e aplicar a informação que aprende. Faça seus próprios objetivos de aprendizagem de curto, médio e longo prazo. Isso vai otimizar a sua formação. Aprender a aprender fará a diferença em sua carreira acadêmica e profissional e, se usar a tecnologia, será melhor ainda. Convidamos você a fazer uma reflexão:

NÓS QUEREMOS SABER! Você precisa/quer aperfeiçoar-se em que academicamente e/ou para sua futura profissão? Como você pode complementar/otimizar seus estudos a fim de se tornar um futuro profissional diferenciado no mercado de trabalho?

Você sabia que o aluno antenado e o bom profissional é aquele que sempre se faz esses questionamentos? Afinal, sempre teremos no que nos aperfeiçoar, já que as mudanças no mercado de trabalho são constantes. Então, veja a seguir, no Quadro 3, um roteiro para guiá-lo me sua formação constante com a tecnologia:

Reflita...

Orientações...

1.O que você precisa/deseja aprender?

Pode ser um conhecimento/habilidade/atitude simples ou complexa. Pode ser algo para complementar o que sabe, para melhorar aquilo em que sente dificuldade, para aprofundar o que sabe ou algo totalmente novo.

2. Quando deseja aprender?

Identifique s e esse aprendizado d eve ser realizado em curto, médio ou l ongo prazo. Planeje-se com base na disponibilidade do seu tempo e na necessidade em obter esse d esenvolvimento. Estabeleça uma data real para começar e para terminar.

3. Como irá aprender?

Selecione a m elhor f onte de aprendizagem c om tecnologia para desenvolver o que deseja. Será através de um curso on-line? Ou uma videoaula? Ou através da leitura de produção científica?

Quadro 3 – Roteiro para aprender a aprender. Fonte: Autora.

Percebeu como os percursos de aprendizagem on-line podem ser vários e gratificantes? Utilizando o roteiro supracitado, você tem a chave para o conhecimento em suas mãos. A seguir, otimizaremos mais ainda a sua capacidade de aprender a aprender a partir da apresentação de algumas técnicas que irão auxiliar você em seu estudo.

1.2.1 Técnicas para aprender a aprender on-line Como já vimos, aprender a aprender é uma habilidade importante para o estudante. Não importa qual fonte de aprendizagem on-line você escolheu para aprender algo, existem algumas dicas e estratégias que, quando aplicadas ao estudo, fazem grande diferença. Vamos descobrir algumas para que você aprenda com a tecnologia de forma eficiente?

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Antes, gostaríamos de destacar que as estratégias aqui apresentadas podem também ser usadas para o estudo presencial! a) Aprender com o gerenciamento de tempo Como você utiliza o seu tempo? Será que está distribuindo-o bem entre família, lazer, trabalho, estudo? São tantas coisas que podemos fazer em um dia, não é? Mas, para fazê-las bem, você precisa gerenciar o seu tempo. Para isso, é necessário:

Figura 3 – Gerencie seu tempo a favor do seu desenvolvimento acadêmico-profissional. Fonte: Thinkstock

Definir prioridades • Reserve sempre um tempo para os estudos (dependendo da demanda), mas também dedique tempo à família, ao lazer etc.; • Selecione o que estudar através do cronograma de aulas e priorize aulas e atividades com datas próximas; • Encontre um tempo para os estudos complementares; • Estude primeiro o que tiver mais dificuldade; • Nunca deixe para estudar apenas na época das avaliações.

Escolha o melhor método para administrar o tempo Agenda impressa? Aplicativo de calendário no smartphone? Quadro de horários? Lista de metas diárias e semanais? O importante é usar o método de organização com que você mais se identifique e que este permita que você possa visualizar seus compromissos de estudo facilmente. Respeite o funcionamento do seu cérebro • Programe 50 minutos de estudo. Caso precise estudar mais que isso, faça intervalos de 10 a 20 minutos e recomece; • Evite distrações como celular, televisão, pessoas passando etc.; • Inclua em seu programa de estudo revisões do que estudou; • Antes de uma aula, leia ou assista a um vídeo sobre o assunto dado e participe ativamente da aula (presencial ou on-line). b) Aprender lendo A utilização de estratégias de leitura compreende três momentos: o antes, o durante e o após a leitura. Observe quais estratégias você pode usar: Antes da leitura Faça uma análise global de todo o texto (do título, dos tópicos e das figuras/gráficos). Com isso, você já poderá inferir sobre o que o texto abordará, ativando o que já conhece sobre esse assunto antes de ler (conhecimento prévio). Pergunte-se, em seguida: o que eu já sei sobre esse assunto? Durante a leitura É hora de relacionar o que sabe com as novas informações, ler e compreender por partes (parágrafos ou páginas). A cada parte lida, falar em voz alta o que entendeu ou escrever com suas palavras, selecionar as informações mais relevantes do texto e reduzir a velocidade de leitura em passagens difíceis. Após a leitura Neste momento, você deve reler o texto ou parte dele. Se necessário, fazer um resumo sobre o que leu, reler seus resumos ou anotações em diferentes dias (revisão), imaginar possíveis questões sobre o que leu e respondê-las.

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c) Aprender escrevendo Veja, no Quadro 4 , uma estratégia interessante para aqueles que gostam de estudar escrevendo:

Quadro 4 – Estratégia para aprender escrevendo. Fonte: Autora.

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d) Aprender mapeando a mente Um mapa conceitual é uma representação gráfica semelhante a um diagrama, que indica relações de conceitos ligados por palavras (TAVARES, 2007). Construir um mapa conceitual o auxiliará a ordenar e a sequencializar de forma hierarquizada os conteúdos que precisam ser estudados. Veja a seguir como fazer um mapa conceitual, no Quadro 5:

Quadro 5 – Passo a passo para construir um mapa conceitual. Fonte: Autora.

Após construir seu mapa conceitual sobre determinado assunto de estudo, você poderá sempre recorrer a ele quando for necessário fazer uma revisão. Além disso, por se tratar de um esquema visual, a memorização/internalização do que você deseja aprender é facilitada!

NÃO DEIXE DE VER... O que acha de fazer seus mapas mentais em uma ferramenta on-line? Acesse www.spicynodes.org e descubra como!

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e) Aprender em grupo Existem algumas vantagens em estudar em grupo que gostaríamos de destacar: • Quando ensinamos algo a alguém, melhoramos a nossa aprendizagem em 70%; • Ao estudar em grupo, o elemento motivação é potencializado, uma vez que um motiva o outro a aprender. Mas, para isso, é importante que o grupo mantenha o foco no estudo, evitando discussões e conversas paralelas; • Em um grupo de pessoas, há sempre compreensões diferenciadas sobre o mesmo assunto, o que permite uma troca de opiniões muito rica. São nessas trocas que ocorre facilmente a internalização dos conteúdos.

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Síntese Aprender com Tecnologia

Síntese

Aprender com tecnologia é um caminho sem volta para a geração atual e as que estão por vir. Nesta leitura, você pôde: • Identificar as várias fontes de informação on-line que podem ser usadas como apoio ao desenvolvimento acadêmico e profissional. Entre elas, apresentamos os cursos on-line, videoaulas e bibliotecas eletrônicas; • Descobrir como essas fontes de informação on-line possibilitam a criação de metas pessoais de desenvolvimento acadêmico-profissional, advindas dos seguintes questionamentos: você precisa/ quer aperfeiçoar-se em que academicamente e/ou para sua futura profissão? Como você pode complementar/otimizar seus estudos a fim de tornar-se um futuro profissional diferenciado no mercado de trabalho? • Identificar que, para atingir suas metas pessoais de desenvolvimento acadêmico-profissional, é preciso desenvolver a atitude de aprender a aprender, quer dizer, o aprendiz precisa ter: reponsabilidade, flexibilidade, ser colaborativo, criativo, automotivador, analítico e proativo. Além disso, pode usar uma série de estratégias de autoestudo que otimizam a sua aprendizagem, tais como: gerenciamento do tempo, aprender com leitura, aprender com escrita, aprender mapeando a mente e aprender em grupo.

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Referências

Bibliográficas

CARABALLO, O. La Educación a Distancia: Hacia un Aprendizaje Autodirigido. Universidad Interamericana de Puerto Rico, Recinto de Ponce, 2009. CÁZARES, Y. Aprendizaje Autodirigido en Adultos: Un modelo para su desarrollo. México: Trillas, 2006. JOHNSON, L. et al. 2014 NMC Technology Outlook for Brazilian Universities: A Horizon Project Regional Report. Austin, Texas: New Media Consortium. Disponível em: <http://cdn. nmc.org/media/2014-nmc-technology-outlook-brazilian-universities-PT.pdf>. Acesso em: 7 out. 2014. SANTOS NETO, E. dos; FRANCO, E. S. Os professores e os desafios pedagógicos diante das novas gerações: considerações sobre o presente e o futuro. Revista de Educação do COGEiME, ano 19, n. 36, jan.-jun. 2010. TAVARES, R. Construindo mapas conceituais. Ciências & Cognição, v. 12, p. 72-85, 2007.

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