Segurança e Negócios – Ed. 2 – dezembro/2015

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SEGURANÇA E NEGÓCIOS RENOVAÇÃO EMPRESARIAL EM 4 ANOS. JOSÉ FRANCISCO RIBEIRO, PRESIDENTE DO BANCO LUSO BRASILEIRO, CONTA OS DESAFIOS DE REESTRUTURAR PROCESSOS E TRANSFORMAR A CULTURA DE UM BANCO

NEGÓCIOS: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA 2016

GESTÃO: NETWORKING PARA VENDER MAIS

MUNDO GOCIL: LIMPEZA TAMBÉM É ESTRATÉGICA

SAÚDE: ESTRESSE PODE PARAR VOCÊ E A EQUIPE

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ANO 1 | DEZEMBRO 2015 EDIÇÃO EXCLUSIVA PARA CLIENTES GOCIL


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editorial Com uma visão otimista sobre as turbulências do atual momento político e econômico do País, nossa reportagem de capa traz José Francisco Ribeiro, presidente do Banco Luso, que conta os principais desafios vividos nos quatros anos de sua gestão, entre eles, o de transformar a cultura familiar da instituição em uma cultura 100% profissional (pág. 6). E por falar em crise, perguntamos a um especialista em vendas quais são as estratégias certeiras para manter um departamento comercial gerando negócios e oportunidades de crescimento mesmo em momentos de turbulência do mercado (pág. 20). Inovar parece ser a palavra de ordem do momento. É preciso mesmo se reinventar e, muitas vezes, rever o planejamento estratégico da empresa. Veja como esta implantação pode auxiliar a criar oportunidades de crescimento em seu negócio (pág. 16). Sobre estratégia, você sabia que incorporar alguns recursos tecnológicos à sua rotina operacional pode auxiliar na melhoria de processos internos? Saiba como transformar a aptidão tecnológica em um grande diferencial (pág. 14). Ah! Falando em melhoria, temos uma ótima notícia (e, sim, adoramos dar boas notícias!): o Brasil tem se destacado pelo aumento das construções sustentáveis, ocupando o 4º lugar na lista dos países com o maior número de ecoedifícios no mundo. Conheça alguns dos edifícios que fazem a diferença no planeta, pensando desde o material de construção com baixo impacto ambiental até numa forma eficaz de reutilizar a água (pág. 24). E mudando de assunto, da água para o vinho, sabia que os consumidores brasileiros têm mudado seus hábitos de compra? A indústria nacional de vinhos tem ganhado força e, por isso, selecionamos algumas dicas para escolher o melhor vinho brasileiro (pág. 32).

Boa leitura! Daniella Barbosa

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#02

ÍNDICE ENTREVISTA O PRESIDENTE DO BANCO QUE VENDE OPORTUNIDADES EM TEMPOS DE CRISE

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GESTÃO

MUNDO GOCIL

SEGURANÇA

TECNOLOGIA

NETWORKING: UMA FERRAMENTA DE CRESCIMENTO PROFISSIONAL

ATENDIMENTO ANALÍTICO É DESTAQUE NA GOCIL SERVIÇOS

VÍDEOS EMBARCADOS: TECNOLOGIA QUE VEIO PARA FICAR

APLICATIVOS SÃO TENDÊNCIA PARA OTIMIZAR A GESTÃO DE PROJETOS

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NEGÓCIOS

ARTIGO

MOTIVAÇÃO

COMPORTAMENTO

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NAS ORGANIZAÇÕES

DIÁLOGO COM O CLIENTE É ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO

ATUAÇÃO COMERCIAL EM TEMPOS DE CRISE

À PROCURA DA FELICIDADE

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SUSTENTABILIDADE

SAÚDE

GOLFE

ONDA VERDE NA CONSTRUÇÃO CIVIL

BURNOUT, A DOENÇA DOS PROFISSIONAIS ESTRESSADOS

GOCIL INAUGURA ESPAÇO DRIVE RANGE

VALE A PENA IR INTERNACIONAL

VALE A PENA IR NACIONAL

PARA DEGUSTAR

BIBLIOTECA CORPORATIVA

TIGRE, A INCRÍVEL CIDADE AQUÁTICA

O OUTRO LADO DO CEARÁ, RODEADO POR MATA E MUITO VERDE

COMO ESCOLHER UM BOM VINHO NACIONAL

LIVROS

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expediente Segurança e Negócios é uma publicação da Gocil. Gestão de marketing: Daniella Barbosa Jornalista responsável: Patricia B. Teixeira (MTB: 51202/SP) Redação: Trixe Comunicação Estratégica (Colaboraram nesta edição: Alexia Raine, Carla Nogueira, Paola Brescianini e Tatiane Moretti) Fotografia: Paulo Pampolin, Newton Santos, Marcos Teixeira e Fábio Mendes Revisão: Larissa Helena Projeto Gráfico: Zinnerama | Fellipe Rocha Editoração: Zinnerama | André Sousa

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José Francisco Ribeiro, Presidente do Banco Luso Brasileiro.

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ENTREVISTA

O presidente do Banco que vende oportunidades em tempos de crise Texto: Carla Nogueira | Foto: Paulo Pampolin.

Em 2012, o Banco Luso Brasileiro, fundado em 1989 pelo Grupo Tavares de Almeida, passou por uma reestruturação. Foi anunciada uma nova composição societária, com a entrada da RC Participações S.A. – dos Grupos Ruas e Cunha, acionistas da fabricante de ônibus Caio-Induscar e da Amorim Aliança B.V. – empresa pertencente ao grupo português Américo Amorim.

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om a chegada dos novos investidores o patrimônio líquido foi de 40 milhões para 150 milhões de reais. Estabeleceram também um novo foco dos negócios, ser referência nacional no financiamento do transporte de passageiros. O banco ainda oferece produtos nas áreas de câmbio, investimentos e middle marketing; este último, junto a empresas com faturamento mensal entre 15 e 100 milhões de reais. Para implementar a nova estrutura e conduzir a gestão desta nova fase neste mesmo ano, José Francisco Ribeiro foi convidado a presidir o Luso Brasileiro. O administrador mineiro trouxe como experiência neste segmento suas passagens pelo Banco Mercedez-Benz, no Brasil e no DaimlerChrysler

Financial Services, na Venezuela, ambos como executivo. Por seu know-how, o profissional conhece e tem contato próximo com todos os empresários de ônibus do Brasil, assim como domina o perfil de cada empresa, o que facilita o contato para os dois lados. Nestes quase quatro anos de gestão, Ribeiro passou por muitos desafios. O primeiro deles foi transformar a cultura da empresa, que tinha um cunho familiar e passou a ser 100% profissionalizada. Outra mudança realizada foi no quadro de colaboradores, pois foram contratados profissionais com conhecimentos mais amplos sobre os produtos que a instituição iria oferecer, com capacidade para se engajar no novo perfil do banco, seguir os novos processos e atingir

as metas mais rapidamente. “Nós não vamos chegar a lugar algum sem as pessoas certas ao lado. Por mais que haja sistemas e ações bem definidas, elas são essenciais”, declara Ribeiro. Hoje, o Luso Brasileiro possui 700 milhões de reais em ativos de crédito, sendo que em 2012, era de 225 milhões. Mesmo em tempo de crise econômica no Brasil, Ribeiro mantém o otimismo: “Crise ajuda a perceber oportunidades. Em momentos assim, deve-se acelerar um pouquinho para sair na frente dos demais. É como diz o autor Maurício Werner: ‘Não existe crise para todo mundo ao mesmo tempo; enquanto uns choram, outros vendem lenços’. Eu sempre prefiro a segunda opção: capitalizar as chances que se abrem”.

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Networking: uma ferramenta de crescimento profissional Texto: Carla Nogueira | Foto: Newton Santos

É cada vez mais essencial construir e manter um bom networking, ou seja, uma rede de contatos e relacionamentos, desde o início da vida profissional. Isto vale para todas as pessoas, desde o estagiário até o mais alto escalão. Esta prática faz a diferença porque é uma ferramenta que pode gerar ou mesmo ampliar as oportunidades de trabalho e negócios, portanto, favorece tanto os indivíduos quanto as empresas.

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m dos modos mais tradicionais de fazer networking é em eventos. No entanto, este também pode ser feito em cursos, palestras, conferências, feiras de negócios, em encontros de grupos e comunidades de interesse em comum, ou até os que não tenham a ver com sua profissão ou seu negócio. “Mesmo que haja conhecidos, é importante conhecer gente nova. Não é necessário fazer muitos novos contatos num único dia, visto que um só já basta. É desta maneira que a rede de relacionamentos cresce”, explica Marcelo Miyashita, palestrante e professor no curso de Networking e Marketing Pessoal da Miyashita Consulting. Como é possível estabelecer novos contatos frequentemente, é sempre bom ter cartões de visita à mão, a

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fim de criar relacionamento com pessoas que podem ser um potencial fornecedor, parceiro de negócios, funcionário, ou até alguém que vá indicar o seu trabalho, o seu serviço ou a sua empresa. Se não houver cartão – atualmente, existem aplicativos de cartões virtuais -, pode-se trocar número de telefone, e-mail, perfil no LinkedIn e outras redes sociais. É importante cadastrar e taguear os cartões recebidos com informações sobre a pessoa, podendo acrescentar onde a conheceu. O networking é uma via de mão dupla, de retribuição. Portanto, o ideal é não visar somente o benefício que o outro pode trazer, mas também o que se pode oferecer, seja uma informação, um conselho ou uma indicação de trabalho e serviço, por exemplo. Quando há troca, o contato fortalece

os dois lados, pela certeza de que estão disponíveis para se ajudarem. Para muita gente fazer um novo contato é difícil e desafiador, especialmente para os mais introvertidos. Mas é preciso deixar a vergonha de lado, uma vez que pode-se perder a oportunidade de conhecer profissionais e empresários interessantes, além de interessados nas suas habilidades. Em um evento, por exemplo, chegar mais cedo garante um ambiente mais calmo, com poucas pessoas presentes, permitindo aproximar-se de alguém de forma mais tranquila, tornando a situação menos


GESTÃO

constrangedora e desconfortável. Envolver-se na conversa, ouvir com atenção, fazer perguntas e mostrar entusiasmo, cria um clima positivo, causa boa impressão no seu interlocutor e ajuda a colher muitas informações do contato. A maioria das pessoas, senão todas, busca visibilidade, reconhecimento e prestígio. Até as tímidas. No entanto, muitas não trabalham sua imagem, sua postura e seu marketing pessoal, itens fundamentais no networking. É preciso pensar na estratégia de carreira, entender onde está e onde quer chegar, saber quais são seus

pontos fortes e o que melhorar, assim como o que pode oferecer ao outro. Segundo Miyashita, “As pessoas devem divulgar seu trabalho e suas realizações, para que os contatos saibam quais são os potenciais dela. Também é importante ter valores universais, como ética, moral e honestidade, passar credibilidade”. No entanto, não basta somente criar, é necessário manter o relacionamento para ser lembrado, ver e ser visto, estar no raio de oportunidades. Para tanto, é preciso manter uma comunicação regular, com o cuidado de não

ser interesseiro, cansativo e inconveniente. Agir desta forma requer habilidade que, se não for nata, pode ser adquirida e aprimorada. “Algo muito importante a ser considerado é não entrar em contato para sempre pedir favores. Leve algo em troca, ofereça retribuição. Peça conselhos e não favores, afinal as pessoas adoram aconselhar e isso mostra que você confia nela. Sempre que possível, encontre seus contatos pessoalmente, mesmo que para um cafezinho. E foque nas pessoas, não nos negócios, pois estes podem mudar”, finaliza o especialista.

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Atendimento analítico é destaque na Gocil Serviços Texto: Tatiane Moretti | Foto: Paulo Pampolin.

Quando o assunto é oferecer soluções aos seus clientes, integrar técnicas operacionais com as melhores práticas de gestão é um dos diferenciais da Gocil.

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MUNDO GOCIL

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empresa, que está há 30 anos entre as maiores do segmento de segurança privada, reforça a qualidade no atendimento e conta, desde 1994, com uma divisão de serviços gerais que responde por 35% de seu faturamento anual. A empresa enxerga na oferta de serviços uma expertise de entender a necessidade do cliente e ir além da segurança. Isso se dá pela possibilidade de oferecer um pacote integrado de atendimento que inclui soluções em portaria, bombeiro e recepção, higienização hospitalar, limpeza predial, jardinagem e outros. Entre os segmentos atendidos pela empresa estão shopping centers,

centros empresariais, instituições de ensino, centros logísticos, hospitais e indústrias. “Este cuidado nos torna muito mais próximos de nossos clientes, pois asseguramos a eles uma equipe de profissionais capacitada e treinada com o foco em cada ramo de atuação”, afirma Maura Pereira Souza, Gerente de Operações e Serviços da Gocil. A preocupação com o melhor custo-benefício atrelado a um planejamento sustentável é destaque nos serviços da companhia. A empresa desenvolve planejamento estratégico focado no aumento da produtividade e na otimização dos recursos operacionais do cliente. “Nossas

soluções incluem desde a substituição de equipamentos e processos de gestão, até programas de prevenção e controle de ocorrências”, diz Maura. No último projeto de melhoria, a empresa conseguiu reduzir o consumo hídrico de 12.045 litros por ano para 365 litros anuais, usando técnicas avançadas, entre elas a incorporação de lavagem a seco. A área de atuação da Gocil se estende por grande parte do território nacional, contemplando São Paulo e interior, além dos estados de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Bahia, Goiás, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal.

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Vídeos Embarcados: Tecnologia que veio para ficar Texto: Tatiane Moretti | Foto: Paulo Pampolin.

As ordens do mercado atual são pautadas por dois pilares: otimização de tempo e redução de custos. Para isso, novas tendências tecnológicas são desenvolvidas constantemente para acompanhar as demandas do mundo dos negócios e, quando o assunto é tecnologia em segurança, o aperfeiçoamento dos sistemas eletrônicos traz mais uma novidade: os Vídeos Embarcados.

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termo “Vídeos Embarcados” consiste em um sistema de comunicação de câmeras embarcadas, ou seja, instaladas em veículos em movimento, como viaturas policiais. Por meio de posicionamento via GPS, um software analítico é interligado previamente a uma câmera. A partir desta conexão, os sistemas MDVR ou SDCAR coletam, gravam e transmitem, em tempo real, arquivos de som e imagens internas ou externas de um veículo em movimento. Todos os dados são préprogramados para serem direcionados a destinos específicos, que podem ser desde centrais de monitoramento até um Smartphone que possua o aplicativo apropriado para o recebimento dos arquivos. Isso quer dizer que uma pessoa pode adquirir o sistema de Vídeo Embarcado e programá-lo no celular de alguém conhecido, para que, em

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uma situação de abordagem com o carro em movimento as imagens e áudios sejam previamente enviados ao celular indicado reduzindo o tempo de socorro. Aliados da segurança patrimonial no que diz respeito aos negócios, as vantagens em adquirir o sistema são enormes. Entre elas, está uma das mais desejadas no universo corporativo: a redução de custos. Os Vídeos Embarcados são grandes aliados das empresas de segurança, pois conseguem integrar controle de processos e, principalmente, a auditoria em serviços de segurança. Para Ricardo Bacci, Gerente de Gestão de Desempenho da Gocil Serviços e Segurança, “o serviço complementa o trabalho do vigilante e confere transparência e flexibilidade na operação até a sua solução”. Para as empresas do segmento de vigilância, os sistemas embarcados vieram para potencializar o

trabalho dos agentes de segurança. “As câmeras agregam qualidade indiscutível neste tipo de serviço. Protegemos o patrimônio e também o operacional humano que atua no processo em todos os níveis”, diz Bacci. Os Vídeos embarcados já são um apoio bastante utilizado pela Polícia Militar. Na Gocil, o sistema funciona como suporte nas operações de campo e é instalado tanto em carros quanto em motos. Ao oferecer este serviço, a empresa preza pela valorização patrimonial de maneira particular. “Essa inteligência em segurança permite a integração de prevenção de perdas e gestão dos riscos. Conseguimos fazer isso sempre com o foco em cada segmento. Com o crescimento da necessidade em otimização de segurança, investimos para atender shoppings, aeroportos e ônibus urbanos”, finaliza o Gerente.


SEGURANÇA

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TECNOLOGIA

Aplicativos são tendência para otimizar a Gestão de Projetos Texto: Tatiane Moretti | Foto: Paulo Pampolin.

Em meio a um mercado altamente agressivo, tanto as empresas como seus profissionais, procuram mecanismos para aumentar o poder de competitividade. Uma das principais iniciativas estratégicas na busca por melhores resultados para aprimorá-los é investir na gestão de projetos e, tão importante quanto isso, saber usufruir da tecnologia.

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construção de um prédio, ou até mesmo a organização de uma Copa do Mundo são exemplos de projetos que exigem expertise, pois para sua realização é preciso alinhar práticas e ferramentas específicas para administrar tempo, risco, orçamento, entre outras funções. Para Catarina Careta, professora e pesquisadora na área de Economia e Tecnologia em Gestão de Operações, da USP, “a gestão de escopo (delimitação de requisitos e objetivos), tempo, custo, qualidade e riscos é a base da gestão de projetos”. Quando se fala em ter um diferencial competitivo no mercado, fica difícil não mencionar o grande “boom” de aplicativos e ferramentas que estão sendo incorporados na rotina operacional e estratégica das empresas. A facilidade de acesso é muito grande, e alguns apps estão disponíveis para download gratuito, podendo ser acessados por Smartphone, Google Docs, Windows e outras interfaces.

VARIEDADE EM APLICAÇÕES E DISPOSITIVOS As funcionalidades variam. Existem apps para gestão do tempo, outros para organizar tarefas e até para planilhas e gráficos. Catarina diz

que entre a grande variedade de softwares, um dos mais elogiados é o EAP (Estrutura Analítica de Projeto), usado para visualizar atividades e prazos de entrega. A professora também sugere o uso do Gantter, que pode ser integrado com o Google Docs e permite a criação de gráficos que auxiliam na análise de projetos. “O uso da tecnologia da informação, em suas diversas formas, permite a criação de novos negócios e a inserção em novos mercados”, completa Catarina. Além da melhoria de processos e a redução de tempo, a mobilidade desse tipo de ferramenta pode ser um ingrediente a mais para a comunicação com os clientes, pois proporciona a interação em tempo real, tanto da equipe envolvida no projeto quanto a dos contratantes. Ainda para os profissionais que querem maior autonomia e monitorar suas tarefas de qualquer lugar, Fernando Berssaneti, Coordenador dos Cursos de Capacitação em Gerenciamento de Projetos da Fundação Vanzolini, indica o app Web Project que agiliza a organização de tarefas, assim como o Trello, mas alerta: “é preciso pesquisar sobre as funcionalidades das ferramentas e também sobre os possíveis riscos em relação à segurança da informação”.

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Diretores da FeNas Business Intelligence João Batista de Paula e Helder de Sá (esq. para dir.)

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NEGÓCIOS

A importância do planejamento estratégico nas organizações Texto: Carla Nogueira | Foto: Paulo Pampolin.

Atualmente, muitas empresas em todo o mundo, especialmente as renomadas e conhecidas pelo grande público, estão anunciando a reestruturação e o reposicionamento de estratégia no mercado.

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ferramenta utilizada na reorganização das instituições é o planejamento estratégico, que também é um grande aliado em tempos de crise econômica, pois este é um momento em que a empresa tem de estar aberta para enxergar e criar oportunidades quando todo o mercado está retraído. “O planejamento estratégico possui a capacidade de analisar tendências, antecipar os movimentos do mercado e mapear possibilidades para que a empresa desenvolva competências e tenha agilidade a fim de mudar de direção quando necessário”, explica João Batista de Paula, diretor da FeNas Business Intelligence. A implementação de um planejamento estratégico está fundamentada entre dois pontos: onde a empresa está e, o mais importante, aonde quer chegar. É ele quem dá o direcionamento e estabelece o caminho a ser seguido. Sua elaboração passa por algumas

etapas. A primeira é definir as diretrizes estratégicas: a missão, ou seja, a razão de existência do negócio; os valores, que são os princípios sob os quais a empresa age; e a visão, criando a imagem da corporação no futuro. A partir destas definições, analisam-se os ambientes interno e externo, a estrutura da organização, o fluxo de informações e as práticas de gestão em vigência. Com o resultado, desenvolve-se o mapa estratégico com todos os objetivos e perspectivas que orientarão as ações internas e externas do negócio -, as metas e os projetos operacionais para alcançálas, e são estabelecidos os planos de áreas voltados para as equipes, assim como às tarefas individuais. A fim de dar uma guinada nos negócios, empresas como a Editora Abril e o Grupo General Electric (GE) anunciaram recentemente seus planos de reestruturação. Em julho deste ano, Alexandre Caldini assumiu a presidência da Abril e apresentou

uma nova estrutura das Unidades de Negócios, contabilizando quatro ao todo, alicerçadas em três pilares: Editorial, Publicidade e Marketing. Com as mudanças, alguns cargos foram criados e outros extintos. Sete de suas revistas foram vendidas à Editora Caras, que em 2014 já tinha adquirido outros dez títulos da Abril. Outros veículos deixaram de ser impressos e continuam somente na plataforma digital. Já a reestruturação do Grupo GE incluiu a venda da maior parte de seus imóveis por 26,5 bilhões de dólares, além de se desfazer de muitos dos seus negócios de empréstimos da unidade financeira da GE Capital. A empresa também apresentou como parte do plano de reorganização um programa de compra de ações podendo alcançar 50 bilhões de dólares e uma carga líquida de 16 bilhões de dólares já nos primeiros meses da implementação. A Gocil Segurança e Serviços está

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NEGÓCIOS

DURANTE TODO O PROCESSO, A ESTRATÉGIA PODE SER REAVALIADA E AJUSTADA, POIS ALÉM DAS QUESTÕES CONCRETAS, HÁ TAMBÉM AS VARIÁVEIS

em fase de reposicionamento estratégico, que foi iniciado em março deste ano. O objetivo é aumentar o valor de mercado da empresa. “Como parte das ações, houve mudanças e um aperfeiçoamento no sistema de gestão da organização. A base de seu mapa estratégico é a gestão de pessoas, assim ocorreu um aprimoramento no investimento para a qualificação de seus profissionais”, explica Batista. Há também o empenho constante na inovação dos produtos, explorando novos nichos no mercado, e sempre oferecendo qualidade,

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preço e custo. De acordo com o planejamento estratégico da empresa, a Gocil tem 40 objetivos estratégicos que devem ser atingidos até 2020. O prazo de execução do planejamento para atingir todos os objetivos varia de uma instituição para outra. As decisões tomadas devem estar interligadas com a visão de futuro da empresa e as ações devem ser monitoradas e medidas por meio de métricas. “Durante todo o processo, a estratégia pode ser reavaliada e ajustada, pois além das questões concretas, há também as variáveis”, informa Batista. Segundo pesquisa da revista

Fortune, apenas 10% das estratégias desenhadas são implementadas com sucesso. Helder de Sá, diretor da FeNas Business Intelligence, afirma que “Mais importante que a elaboração do planejamento é a execução da estratégia e o acompanhamento desta”. O resultado esperado requer empenho e eficiência de todos da empresa, uma vez que a gestão adequada dos processos é de responsabilidade dos colaboradores, especialmente da liderança executiva. “O fator humano é o principal ativo das empresas, é por meio das pessoas que as coisas acontecem”, diz Batista.


ARTIGO

Em uma relação de amizade, amor ou até trabalho, o diálogo é sempre o melhor caminho, não é mesmo?

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Laercio Antonio Silva é Coordenador de Qualidade na Gocil Segurança e Serviços.

Diálogo com o cliente é estratégia de crescimento

por meio dele que conseguimos entender o que o outro diz, o que deseja e o que podemos fazer para melhorar a relação. No universo empresarial, esta teoria não é diferente, mas, neste caso, o outro lado a ser ouvido é o do cliente, que é uma peça fundamental na busca por melhoria dos resultados e qualidade dos serviços. A pesquisa de qualidade no atendimento é uma das maiores ferramentas de relacionamento e transparência junto ao bem maior de uma empresa: o cliente. Afinal, de que adianta traçar planejamentos estratégicos se o nível de satisfação do público-alvo não é mensurado? É importante saber se o caminho percorrido é o ideal ou se é hora de mudar. Sendo assim, a pesquisa pontua os possíveis erros, acertos e direciona estrategicamente os negócios. Na Gocil, o investimento na elaboração desse tipo de avaliação é fator primordial na condução do atendimento. Realizada trimestralmente e composta por um questionário quantitativo e qualitativo, a pesquisa avalia pontos analíticos dos serviços gerais e de segurança. Entre eles, estão a pontualidade e rotatividade do corpo operacional, adequação e remanejamentos contratuais, assim como efetividade de suprimentos, entre outros. Além disso, o atendimento comercial e das ações de marketing também são avaliados. É preciso saber se as estratégias de abordagem são adequadas e como melhorar nas próximas ações. O melhor desse processo de qualidade é que ele é uma ferramenta de benefícios mútuos, pois o cliente a tem como um canal de sugestão e de comunicação sobre as suas expectativas ou até considerações negativas. Todo o atendimento é alinhado e reformulado com base nesse feedback. Vale lembrar que é necessário mostrar o quanto a opinião do cliente é importante e decisiva para que ele mesmo possa saber como gostaria de ser atendido. Esta atitude cria laços, fortalece o alinhamento estratégico e direciona o crescimento de qualquer companhia.

Foto: Paulo Pampolin

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Atuação comercial em tempos de crise Texto: Alexia Raine | Foto: Paulo Pampolin.

Comprometimento, responsabilidade e criatividade são habilidades ligadas diretamente ao sucesso da atividade comercial de uma empresa. Entretanto, em tempos de crise, como é possível manter engajada a equipe de vendas e fazer com que estas pessoas continuem gerando negócios e oportunidades de crescimento para a corporação?

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MOTIVAÇÃO Equipe Comercial Gocil em reunião.

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ma coisa é certa: para propor novas soluções, as crises exigem um grande esforço para que seja possível desviar de ideias e determinações estagnadas. Oferecer técnicas diferenciadas de vendas, com abordagens humanizadas e negociações efetivas tendem a ser bons caminhos a seguir, mas só vão funcionar se a empresa tiver, à frente do departamento comercial, uma equipe que vista a camisa da corporação e tenha metas bem definidas. De acordo com o professor José Ricardo Noronha, palestrante e autor do livro “Vendas, como eu faço? – As 50 questões que mais intrigam a vida de quem vende” (Editora Évora), é preciso investir rigorosamente na capacitação e no treinamento de todas as equipes de atendimento. “Se um futuro cliente é mal atendido por um vendedor infeliz com o trabalho que faz, quem perde é a empresa, que tem um dos seus ativos mais valiosos e preciosos (sua marca) diretamente

afetado em virtude desta experiência negativa, que pode ser, inclusive, compartilhada com outros prospects e criar um desafio gigantesco de gestão de crises”, explica. Confira as estratégias competitivas de Noronha para continuar gerando negócios em momentos de crise:

CUSTO

Embora o preço ainda seja um fator extremamente importante no processo decisório de compra de produtos, serviços e soluções, a tendência diante de um mercado cada vez mais exigente é que os clientes passem a dar ainda mais valor ao atendimento e poder de encantamento como fatores determinantes, para que possam consumir sempre os seus produtos e serviços ao invés de consumir os dos seus concorrentes. Ou seja, por mais que a sua estratégia, neste momento, seja voltada ao baixo custo, ofereça um atendimento de excelência com o foco absoluto no cliente – que mesmo afetado pela crise, ainda é muito valioso.

DIFERENCIAÇÃO

Pesquise e invista na criação de diferenciais competitivos que incrementem a sua oferta de valor e gerem clientes mais leais e fiéis à sua marca. Quanto mais diferenciado for o seu mercado específico, mais você precisará capacitar seus profissionais, não apenas em novas técnicas de vendas, mas em uma série de habilidades relacionais, que incluem relacionamento interpessoal, inteligência emocional, comunicação e atitude, entre outros.

FOCO

Invista em nichos de mercado específicos. É comum enfrentar uma concorrência cada vez mais forte, tendo assim de incrementar ainda mais o entendimento acerca dos desafios, necessidades e problemas dos seus clientes-alvo, para que dessa forma você seja uma referência no que faz.

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COMPORTAMENTO

À procura da felicidade Texto: Alexia Raine | Foto: Fábio Mendes.

O professor Clóvis de Barros Filho é um dos mais requisitados palestrantes do País. Além do Brasil, suas palestras são ministradas no Uruguai, França, México, Argentina e Portugal. Doutor e Livre-Docente pela Escola de Comunicações e Artes da USP, atua no mundo corporativo com diversas provocações sobre motivação, mudança, confiança, empreendedorismo e amor pelo trabalho.

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m dos temas que aborda em seus livros e palestras é a procura da felicidade. Ele conta que podemos escolher a melhor forma de viver e que a vida que realmente merecemos precisa satisfazer nossos desejos e nos tornar pessoas felizes.

De acordo com o professor, a felicidade é o que acontece quando você dá o máximo de si mesmo. “É preciso identificar nosso grande talento e passar a vida inteira aperfeiçoando essa habilidade para atingir a excelência”, explica. Clóvis ainda diz que quem busca a

excelência não vê o tempo passar: “A felicidade não precisa esperar até às 18h de sexta-feira para acontecer. Quando você faz algo que te dá prazer, o tempo gasto para executar aquela ação nunca será a sua maior preocupação”.

DICAS PARA ATRAIR A FELICIDADE NO TRABALHO E NA SUA VIDA PESSOAL DEDIQUE A SUA ENERGIA PARA DESENVOLVER O SEU MAIOR TALENTO

As pessoas que alcançam grande destaque na vida não abrem mão de explorar a sua força. Por isso, conheça seus talentos para conseguir identificar aquilo em que você é bom. É somente desta forma que suas habilidades poderão desabrochar com excelência e você será insubstituível.

USE O TRABALHO AO SEU FAVOR

O trabalho não pode ser visto apenas como uma maneira de sobreviver. O verdadeiro sentido do trabalho não está no ganho financeiro em si. Aproveite para desenvolver suas habilidades neste ambiente, trocar conhecimentos e conhecer pessoas.

PARE DE BUSCAR O CAMINHO MAIS FÁCIL

Não existem fórmulas que encaixam para todos e há a possibilidade de algo que deu certo não durar para sempre. Por isso, seja resiliente e saiba se adaptar às situações.

NÃO HÁ COMO SE LIVRAR DE VOCÊ

Você sempre será o mais frequente espetáculo da sua vida, portanto, foque sua vida em seus desejos e sonhos. Somente assim você descobrirá o verdadeiro sentido da felicidade.

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Onda verde na Construção Civil Texto: Carla Nogueira | Foto: Paulo Pampolin

As construções sustentáveis têm ganhado destaque no Brasil. Segundo pesquisa solicitada pela Green Building Council Brasil, braço local da americana Green Building Council (GBC), órgão que concede o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) de construção sustentável, e realizada pela EY (antiga Ernst & Young) em 2012, as edificações verdes movimentaram R$ 13,6 bilhões no país.

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SUSTENTABILIDADE

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lém do uso e reuso eficiente da água e a redução do consumo de energia elétrica, estas edificações também envolvem o emprego de materiais de construção de baixo impacto ambiental e outras soluções verdes inteligentes, como a utilização de janelas maiores, a fim de melhor aproveitar a iluminação natural. “Mesmo para as construções que não optam pela certificação formal, a racionalização de recursos é uma realidade já incorporada tanto pela tecnologia construtiva e de operação quanto pela própria cultura de proprietários, ocupantes e gestores”, declara Fábio Martins, diretor da área de Gerenciamento de Propriedades da JLL. O Brasil é o quarto colocado no ranking mundial com mais empreendimentos certificados pelo LEED, ficando atrás dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes. São Paulo é o Estado com mais ecoedifícios certificados - atualmente, 546 -, seguido pelo Rio de Janeiro, com 183, e Paraná, com 68. No país, o número de certificações aumentou em 412% entre 2009 e 2012. Além do LEED, há o brasileiro AQUA (Alta Qualidade Ambiental), outorgado pela Fundação Vanzolini, que certifica mais 129 construções sustentáveis no Brasil. Estes selos agregam valor aos empreendimentos verdes e aumentam o interesse sobre estes no mercado imobiliário. “O desempenho dos edifícios verdes vale o investimento em tecnologias sustentáveis. Os custos têm se tornado competitivos e a taxa de retorno pode ser bem significativa para o investidor ao longo do ciclo de vida do edifício”, afirma João Vieira, gerente de Construção e Sustentabilidade da Cushman & Wakefield. O complexo de escritórios Rochaverá Corporate Towers, localizado na Marginal Pinheiros, em São Paulo, foi o primeiro edifício da América Latina a receber o selo LEED na categoria Gold. Seus 228.000 m2 de área construída abrigam diversas corporações instaladas em quatro torres interligadas por uma praça central. A Dow Chemical Brasil, sede da multinacional na América Latina e Brasil, ocupa integralmente um dos prédios do condomínio, a Diamond Tower, que possui sete andares. As soluções e os sistemas sustentáveis utilizados nos 10.000 m2 ocupados pelas instalações da corporação refletem os valores da companhia em respeito as pessoas, inovação e proteção ao planeta. “Negociada antes mesmo do início das obras, a Dow participou de todo o projeto da torre. O edifício, que possui um avançado laboratório de pesquisa e desenvolvimento, foi planejado de modo a proporcionar melhor aproveitamento da luz natural e da água da chuva. A construção conta ainda com um sistema de coleta seletiva e reciclagem de lixo”, revela Andrea Braune, Líder de Facilities da multinacional.

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Burnout,

a doença dos profissionais estressados Texto: Alexia Raine | Foto: Paulo Pampolin

Atingir metas e cumprir prazos são atividades diárias de quem tem uma vida profissional ativa. A pressão para conseguir equilibrar as tarefas, entretanto, pode desencadear momentos intensos de estresse e transformar o problema em uma doença ainda pouco conhecida: a Síndrome de Burnout. Para reverter esse quadro, as empresas devem apostar em qualidade de vida e estimular o convívio dos colaboradores.

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SAÚDE

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m estudo da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) mostra que 30% dos profissionais brasileiros já desenvolveram Burnout, uma síndrome ocasionada por um nível intolerável de estresse que incapacita pessoas de exercerem suas funções no ambiente de trabalho. Segundo a Dra. Ana Maria Rossi, presidente da ISMA-BR, a doença – que é registrada pela Classificação Estatística Internacional de Doenças – se mostra em diversas características, mas três são marcantes para o diagnóstico: “No primeiro momento, a pessoa apresenta uma forte exaustão física e emocional, em que atenção e a concentração desaparecem. Em pouco tempo ela se torna negativa. Posteriormente, demonstra comportamentos insensíveis, distanciando-se dos colegas que fazem parte do seu convívio social”.

Desanimada e insatisfeita, a pessoa diagnosticada com Burnout trabalha no “piloto automático” e se sente cada vez mais ineficaz, pois percebe que não rende como antes. Para tentar compensar a falta de produtividade, fica mais tempo na empresa e excede seus limites, “Por isso é importante incentivar o funcionário a cumprir seu horário de trabalho e diversificar suas tarefas”, orienta a doutora. A doença ainda provoca muitas perdas sociais. “No começo, os colegas tentam oferecer ajuda para a execução das tarefas, mas em algum momento se sobrecarregam, e o que era colaboração vira ressentimento ou raiva”, conta. Após essas fases, o profissional debilitado já não reconhece o seu valor e se enxerga como completamente inútil. A Dra. Ana acredita que quem chega a este ponto não consegue lidar com a situação por conta própria, pois “Para isso, o acompanhamento médico

com antidepressivo e a terapia são os caminhos para a mudança”, diz. Um grande passo para diminuir a incidência da doença pode vir das organizações, que devem respeitar os limites dos profissionais e criar condições de transparência no ambiente de trabalho. “O colaborador precisa ter informações sobre o que está acontecendo na empresa. Muitas organizações não o envolvem por acreditar que ele só precisa saber o que é necessário para a execução de suas tarefas”, explica. Além disso, pequenas ações de RH que incentivem a interação entre os colaboradores podem ser medidas estratégicas para evitar a Síndrome de Burnout. “Criar grupos de atividade física após o expediente ou oferecer ginástica laboral para quebrar a rotina no ambiente de trabalho são ações que promovem a manutenção da saúde e estimulam a participação coletiva”, finaliza.

OS PROFISSIONAIS MAIS AFETADOS PELA SÍNDROME DE BURNOUT

SEGURANÇA PÚBLICA OU PRIVADA

CONTROLADORES DE VOO E MOTORISTAS DE ÔNIBUS URBANOS

OPERADORES DE TELEMARKETING / EXECUTIVOS / BANCÁRIOS / PROFISSIONAIS DA SAÚDE

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GOLFE

Gocil inaugura Espaço Drive Range Texto: Tatiane Moretti | Foto: Newton Santos

A Gocil Segurança e Serviços acaba de inaugurar o espaço Drive Range de Golfe na Sociedade Hípica Paulista, em São Paulo. A iniciativa faz parte da cultura da empresa em relação ao apoio às práticas esportivas.

A

atmosfera do local é baseada na identidade da marca e isso é perceptível na customização das bolinhas, do ombrelone e também no envelopamento das máquinas de bolinhas. O espaço apresenta uma área específica para treinos com tacadas longas, unindo esporte e conforto em um único ambiente. O objetivo é atender tanto os esportistas quanto os convidados da Gocil para reuniões de negócios.

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O Drive Range abre das terças-feiras aos sábados, das 16h às 20h30, e recebe em média 20 pessoas por dia. Espaço Drive Range | Sociedade Hípica Paulista Rua Quintana, nº 206, Berrini, São Paulo (SP). Gostaria de agendar uma visita? Entre em contato pelo e-mail rsvp@gocil.com.br


GOLFE

Uma tacada de cada vez No começo do mês, joguei um torneio nos Açores, em Portugal. Chegando lá, me deparei com um temporal e uma das ventanias mais fortes que já vivi em um campo de golfe. Estávamos na Ilha Terceira, uma ilhota no meio do Oceano Atlântico. O clima lá era tão inconstante que bastava olhar para céu para saber o que ia acontecer nos próximos 10 minutos.

O

primeiro dia de jogo foi relativamente calmo, somente com algumas chuvas momentâneas. No dia seguinte, tivemos sol e vento. No terceiro dia, as tempestades e ventos sopravam a mais de 40 km/h. O jogo foi interrompido por horas para voltarmos a jogar em condições aceitáveis. Para resumir, tudo estava fora do meu controle. Eu até tentei falar com os árbitros para dizer que o campo estava inundado e, por isso, seria impossível continuar a jogar. Mas não adiantou. Depois de 3 horas de espera, nos mandaram acabar a partida com ainda 13 buracos a serem jogados (no golfe, fazemos 18 buracos por jogo). Geralmente, é no último dia de torneio que sentimos o cansaço físico e mental. Depois de todos estes contratempos e lutar contra a chuva e o vento, o meu corpo já

estava cansado e molhado. Meu dia no campo tinha começado muito mal: o vento estava tão forte que eu não conseguia manter o equilíbrio sobre a bola. Comecei o dia em 3º lugar, mas, com os meus erros nos primeiros 6 buracos, já tinha caído para a 15ª colocação. Voltando para o jogo, depois da pausa por conta do tempo, falei para mim mesma: “Vic, você veio do Brasil até aqui. Você não vai fazer descaso ou ser medíocre tão perto de acabar os últimos 13 buracos dos 54 que você vai completar hoje. Deus te deu tudo para estar aqui e você vai dar o seu melhor, faça chuva ou faça sol”. Eu sabia que tinha que contornar a situação, tacada por tacada. Graças a Deus pude me focar nesse processo de passo a passo e não me deixar vencer pelo que acontecia à minha volta. Quando terminei o último buraco, vi meu nome no

placar, de volta ao 3º lugar. Fiquei muito contente porque pude jogar melhor do que muitas outras jogadoras durante as condições difíceis do tempo. O que quero deixar de lição para você, leitor, é que temos sempre que dar o nosso melhor, não importa como as condições estejam lá fora. Chovendo, ventando ou fazendo sol, precisamos viver nossos dias, durante momentos fáceis ou difíceis, dando um passo de cada vez, uma tacada de cada vez. A perseverança é tudo em nossas vidas. Fé em Deus e seguimos em frente!

* Victoria Lovelady é golfista profissional e poderá representar o Brasil nas Olimpíadas de 2016. A atleta é a única brasileira a jogar no Ladies European Tour em 2014.

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VALE A PENA IR - INTERNACIONAL

Tigre, a incrível cidade aquática Texto: Paola Brescianini | Foto: Marcos Teixeira

Para quem for visitar a Argentina, uma dica de ouro é conhecer a pequena cidade de Tigre, localizada a poucos quilômetros de Buenos Aires.

R

odeada por rios e belíssimas paisagens, o lugar é perfeito para passear com a família e amigos, pois é uma região tranquila com diversas atividades, entre elas, excursões de pesca, passeios de lancha e catamarã, esportes aquáticos e até mesmo fazer um churrasco ou piquenique à beira do rio. Além disso, a cidade possui vários museus interessantes, como o Museu de Arte, Museu Naval e o Museu Sarmiento.

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A melhor forma de chegar na cidade de Tigre é pegar um trem da capital argentina até lá: o percurso demora cerca de 45 minutos e existem várias opções de rota. A cidade se encontra à margem dos rios Tigre e Luján, por isso, com frequência, saem lanchas levando os visitantes até as ilhas que fazem parte do nomeado Delta del Tigre. A cidade passou por um difícil processo de reforma para incentivar

o turismo, porém, ainda conserva algumas construções antigas; algumas localizadas em reservados e sofisticados bairros onde empresários renomados e artistas possuem incríveis mansões. Se possível, faça uma viagem a bordo do catamarã pelos rios e canais de Tigre. Elas acontecem durante o ano todo, com opções de horários, e as passagens podem ser adquiridas nas bilheterias localizadas à beira do rio.


VALE A PENA IR - NACIONAL

O outro lado do Ceará, rodeado por mata e muito verde Texto: Paola Brescianini | Foto: Paulo Pampolin

O Ceará parece ser um lugar sempre ensolarado e cercado por belíssimas praias, não é mesmo?

V

ocê sabia que por lá existem algumas regiões rodeadas por uma extensa e rica mata atlântica, como no Parque Nacional Ubajara, localizado na serra de Ibiapaba? O parque é conhecido por sua grandiosa e encantadora Gruta de Ubajara, que possui uma extensão de 1.200 metros com cerca de 75 metros de profundidade. Seu interior é escuro e o trajeto é realizado com refletores.

Para conhecer a Gruta, os visitantes têm duas opções de caminho: se aventurar e praticar exercícios físicos em uma trilha com extensão de 7 km e com duração de 4 horas, ou o teleférico, com um trajeto de 550 metros completados em apenas 3 minutos. Se você optar pela trilha, se encantará com a beleza da natureza no Parque: riachos, cachoeiras e muita fauna

e flora. Além disso, poderá nadar e explorar a incrível Cachoeira do Cafundó e se fascinar com a vista panorâmica do Mirante, localizado às margens do Riacho Gameleira. Todo o trajeto até a Gruta é realizado com o acompanhamento de guias da área, com total segurança. Além da trilha que leva até a Gruta, o parque oferece outras opções de longa, média ou curta caminhada.

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Como escolher um bom

vinho

nacional Texto: Carla Nogueira | Fotos: Paulo Pampolin

Cada vez mais o vinho tem conquistado os brasileiros e o seu consumo vem crescendo no Brasil. De acordo com os dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), houve um aumento de 4,6% no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2014.

C

om a economia do País passando por um momento delicado, os consumidores estão mudando os hábitos de compra. Muitos deixaram de adquirir o que consideram supérfluo, assim como estão trocando as marcas habituais por outras mais acessíveis. A alta do dólar também influenciou na limitação da entrada de produtos importados no território nacional. Mediante este cenário, a bebida produzida no País tem conquistado espaço. Mas, como escolher um bom vinho brasileiro? É preciso deixar o preconceito de lado, assim como o mito de que os importados, a “marca da moda” e os mais caros são sempre os melhores, pois em todas as partes do mundo existem produtos bons e ruins, com mais e menos qualidade. Segundo Karene Vilela, diretora administrativa da Portus Importadora: “A indústria nacional de vinhos é tão boa quanto a dos importados. No Brasil há grandes produtores que investiram em tecnologia, conhecimento

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PARA DEGUSTAR

e vinhas. Além disso, existem muitas regiões no país com bom terroir (soma das condições climáticas, do solo, da temperatura, disponibilidade de água e incidência de luminosidade, entre outras), onde é possível produzir bebidas de excelente qualidade, dependendo também do empenho do produtor”. No mundo do vinho não há certo ou errado, pois o melhor é aquele que o consumidor aprecia, o que mais agrada o seu paladar. Entretanto, faz diferença ter algum conhecimento sobre o assunto, uma vez que fica mais fácil desvendar os dados contidos nos rótulos. A variedade de uvas utilizadas, a safra, e especialmente o produtor, entre outras características, ajudam a entender o perfil da bebida. “No país há vinícolas que estão dando os primeiros passos e escrevendo a história no mundo da vitivinicultura, com o destaque para Miolo, Salton, Casa Valduga, Pizzato, Villa Francioni, Dal Pizzol e Lidio Carraro. O Brasil também tem boas opções

de vinhos orgânicos (produzidos sem o uso de agrotóxicos, herbicidas e pesticidas) e biodinâmicos (produzido de forma orgânica, com manejo natural da terra e seguindo os princípios básicos da biodinâmica), e um dos produtores cuja qualidade destaca neste cenário é o Domínio Vicari”, explica Karene. Mais de 90% da produção de vinhos no Brasil está concentrada na região sul. A Serra Gaúcha, localizada no Rio Grande do Sul, abriga grande parte das vinícolas em razão da maior altitude e do clima mais frio. Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Tannat, Chardonnay, Pinot Noir e Sauvignon Blanc são as variedades de uvas mais cultivadas no local. No entanto, há vinícolas de destaque em outras regiões brasileiras, tais como Santa Maria – produtora dos rótulos Rio Sol, Paralelo 8 e Vinha Maria, entre outros -, situada no Vale do Rio São Francisco, em Pernambuco, e a Guaspari, localizada em Espírito Santo do Pinhal, interior de São

Paulo. O Centro-Oeste é outra região brasileira que vem se desenvolvendo na vitivinicultura. Alguns estabelecimentos como supermercados e restaurantes, a fim de auxiliar os clientes na escolha do vinho, disponibilizam os serviços de sommeliers. Mas não são só estes profissionais que podem ajudar na decisão, já que várias ferramentas podem auxiliar na busca de informações sobre vinhos, como blogs (www. alexandrelalas.com.br e www.didu. com.br), sites (www.infovinho.com e www.academiadovinho.com.br), aplicativo (www.vivino.com), eBook (Guia Glupt - Vinhos que cabem no bolso, de Luiz Horta) e livros, como o Atlas Mundial do Vinho, de Jancis Robinson e Hugh Johnson, que também é uma boa opção para quem quer agregar conhecimento. “O interessante do vinho é poder encontrar tanta diversidade de sabores e aromas em uma única bebida. É uma brincadeira deliciosa, que nos conquista”, finaliza Karene.

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BIBLIOTECA CORPORATIVA

Texto: Alexia Raine

A TRÍADE DO TEMPO Christian Barbosa Valor Médio: R$ 29,90

Christian Barbosa, especialista em gestão do tempo no Brasil, explica em “A Tríade do Tempo” como definir prioridades quando tudo é urgente. No livro, o autor mostra como é possível encontrar um momento para respirar entre as atividades cotidianas e se dedicar ao o que é realmente importante.

OS 7 HÁBITOS DAS PESSOAS ALTAMENTE EFICAZES Stephen R. Covey Valor Médio: R$ 55,00

Este é, sem dúvida, um dos livros mais influentes do século XX quando falamos sobre crescimento pessoal e profissional. Após oito anos na lista dos mais vendidos, uma nova edição deste best-seller chega às bancas. O autor mostra como as mudanças de hábito podem te ajudar a alcançar seus objetivos e lista os 7 passos necessários para a transformação e o sucesso no ambiente profissional.

MANUAL DE PERSUASÃO DO FBI Jack Shafer e Marvin Karlins Valor Médio: R$ 39,00

Jack Shafer, ex-agente do FBI, desenvolveu técnicas inovadoras para entrevistar terroristas e detectar suas mentiras. Neste livro, o autor ensina como estas técnicas podem ser aplicadas nas relações interpessoais para que você seja capaz de atrair, cativar e influenciar pessoas.

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