Godzine 13 Março / Abril 2013)

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Mar/Abr’13 Uma Igreja, dois Papas... pág. 18


Indíce

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Nota de abertura

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Dialetos da palavra

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Youcat

Parábolas

11 13 Folha dos santos

16 18 Cristo Jovem Brasil

Juventude que acredita

Ajuda à Igreja que Sofre


NOTA DE ABERTURA

Quaresma: Tempo de Renúncia Olá Juventude que acredita, Esta edição chega até vós no tempo Quaresmal, já próximo da Páscoa. Com esta edição queremos disponibilizar-vos alguns contributos para que possam viver melhor este tempo que nos leva à alegria pascal. Não nos podemos esquecer as palavras do profeta Isaías (Is 58, 6-7): “O jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos injustamente, livrá-los do jugo que levam às costas, pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a espécie de opressão, repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão”. Só assim ressuscitaremos com Jesus em cada Páscoa. Desejamos que a renúncia de Bento XVI e a eleição de Francisco reflictam em nós uma atitude de humildade e renúncia e uma verdadeira aproximação a Jesus Cristo, que Se manifestou principalmente nos mais debilitados, nos mais pobres. Um abraço em Cristo Jovem, Pl’A Coordenação da GODzine Sara Amaral

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YOUCAT e a Páscoa Ir. Darlei Zanon Religioso paulista, editor do YOUCAT para a língua portuguesa


YOUCAT

Sabias que o termo “aleluia” vem do hebraico e significa “louvai a Deus”? (dá uma espreitadela na p. 128 do YOUCAT). Por isso o “aleluia” marca e enfatiza a alegria trazida pela Páscoa. «O Senhor Ressuscitou! Aleluia, aleluia!», assim desejamos a todos uma feliz e santa Páscoa. De facto, o Senhor ressuscitou e está no nosso meio. Ele transforma a nossa vida, anima-nos e impulsiona-nos à vida nova, e por isso devemos “louvar a Deus”. O Tempo Pascal é o momento privilegiado para se viver e sentir a alegria de ser cristão, filho de Deus. É na celebração da Páscoa que encontramos o sentido mais profundo da nossa fé, como escreve Paulo aos Coríntios: «se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vazia e também é vazia a fé que tendes.» (1COR 15,14). O YOUCAT ajuda-nos a compreender o que é a ressurreição e o que significa para a nossa vida e fé a ressurreição de Jesus, que professamos no Credo: «por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado; ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras, e subiu ao céu, onde está sentado à direita da Deus». As questões 94 a 112 explicam ao pormenor esta parte do Credo referente ao mistério Pascal (Paixão, Morte e Ressurreição), mostrando de modo especial como

aconteceu a ressurreição de Jesus e que implicações ela trouxe para a Humanidade, ou seja, «o que mudou no mundo com a ressurreição?» (YOUCAT, n. 108).

O YOUCAT ajuda-nos a compreender o que é a ressurreição e o que significa para a nossa vida e fé a ressurreição de Jesus Mas o YOUCAT conduz-nos também por um outro percurso de leitura, que é o memorial deste mistério pascal, evento central da fé. Um caminho que passa pela dinâmica do rito, da liturgia e do calendário litúrgico (perguntas 166 ss). Na questão n. 186, por exemplo, lemos que «o ano litúrgico começa com o advento (o tempo de espera), tem o seu primeiro clímax no tempo do natal e o segundo, ainda mais alto, na celebração da Paixão, Morte e Ressurreição redentora de Cristo, na Páscoa». A Páscoa é centro da vida cristã, por isso é repetida a cada domingo, como nos diz o número 197: «ao domingo celebramos a ressurreição de Cristo, e cada domingo é uma pequena páscoa».

Sugestões de navegação: www.youcat.org | www.paulus.pt | youcat.cristojovem.com

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Num sentido mais amplo, recordamos o mistério pascal cada vez que celebramos a missa, pois ela é “memorial” deste mistério. Cada celebração litúrgica é uma pequena festa pascal, pois «Jesus celebra connosco a passagem da morte à vida, abrindo-a a nós», afirma o YOUCAT (n. 171). Neste mesmo número 171,

Tornou-se a festa da esperança em uma vida nova, da alegria de ter Deus a caminhar ao seu lado. é-nos recordado o momento da instituição da eucaristia (na ceia que Jesus celebrou com os Seus discípulos) e a mudança de sentido da festa da Páscoa que já era celebrada pelos judeus (ou Pessach, que significa passagem). No capítulo 12 do livro do Êxodo temos a narração da origem da Páscoa judaica: antes de enviar a 10.ª praga ao Egito, Deus chamou todas as famílias hebreias a sacrificar um cordeiro e a molhar os umbrais das portas com o seu sangue, para que não

fossem atingidos pela praga, a passagem do anjo da morte que levaria todos os primogénitos. Da passagem da morte, os judeus começaram a celebrar a passagem da vida após cruzarem o mar Vermelho. A Páscoa tornou-se a festa da libertação do povo hebreu da escravidão no Egito. Tornou-se a festa da esperança em uma vida nova, da alegria de ter Deus a caminhar ao seu lado. Com Cristo, a passagem da morte para a vida completa-se e torna-se definitiva: «Jesus celebrou a libertação de toda a humanidade do poder da morte. Antes, fora o sangue do cordeiro que preservou os israelitas do anjo da morte; agora, seria Ele próprio o cordeiro cujo sangue salvaria a humanidade da morte. Portanto, a morte e ressurreição de Jesus são um testemunho de que se pode morrer e, apesar disso, voltar à vida» (YOUCAT, n. 171). Isto é o que celebramos anualmente na Páscoa e em cada celebração eucarística. Que este tempo de alegria e esperança impulsione-nos a refletir sobre a salvação trazida por Cristo com a Sua morte e ressurreição e agradecer a Deus com muitos “aleluias”. O YOUCAT certamente te ajudará neste caminho.


PARテ。OLAS

Parテ。bola dos vinhateiros homicidas Mateus 21, 33-42 Pe. Ricardo Josテゥ, scj

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«Escutai outra parábola: Um chefe de família plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, construiu uma torre, arrendou-a a uns vinhateiros e ausentou-se para longe. Quando chegou a época das vindimas, enviou os seus servos aos vinhateiros, para receberem os frutos que lhe pertenciam. Os vinhateiros, porém, apoderaram-se dos servos, bateram num, mataram outro e apedrejaram o terceiro. Tornou a mandar outros servos, mais numerosos do que os primeiros, e trataram-nos da mesma forma. Finalmente, enviou-lhes o seu próprio filho, dizendo: ‘Hão-de respeitar o meu filho.’ Mas os vinhateiros, vendo o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Matemo-lo e ficaremos com a sua herança.’ E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e mataram-no. Ora bem, quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?» Eles responderam-lhe: «Dará morte afrontosa aos malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que lhe entregarão os frutos na altura devida.» Jesus disse-lhes: «Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram transformou-se em pedra angular?


PARÁBOLAS

Nesta parábola contada por Jesus o proprietário da “vinha”, confiou-a a uns “vinhateiros” que deviam dar-lhe, cada ano, uma percentagem dos frutos. A chacina que se seguiu quando o dono da vinha pediu os frutos é verdadeiramente ultrajante. A parábola aplicada ao tempo de Jesus é de fácil interpretação. A “vinha” de que Jesus aqui fala é o Povo de Deus. O dono da “vinha” é Deus. Os “vinhateiros” são os líderes religiosos judaicos – os encarregados de fazer com que ela produzisse frutos. Os “servos” são os profetas que os líderes da nação, tantas vezes, perseguiram e mataram. O “filho” morto “fora da vinha” é Jesus, assassinado fora dos muros de Jerusalém. E nós, com esta interpretação, como “bons cristãos”, ficamos tranquilos a pensar que malvados vinhateiros. Diante de tantas notícias sobre o comportamento de membros do clero português e internacional eu, como padre, não deixo de me perguntar: e hoje, Jesus, não te referes antes a esta minha Igreja? Muito honestamente, nestes dias, tenho me sentido imensamente triste e desconfortado com esta sucessão de acontecimentos e notícias. Na parábola, diante deste quadro, Jesus

interpela directamente os seus ouvintes: “quando vier o dono da vinha, que fará àqueles vinhateiros?”

E porque Deus, que lá escreve direito por linhas tortas, sabe fazer da pedra rejeitada a pedra angular Deus decidiu retirar a “vinha” das mãos destes “vinhateiros” maus e confiá-la a outros – a um povo que fizesse a “vinha” produzir bons frutos e que entregasse ao “senhor” os frutos a que ele tem direito. Se cada um de nós, como cristão, deve produzir frutos bons e testemunhar diante do mundo a vida nova que Jesus nos veio ensinar, muito mais o devem fazer os pastores! Felizmente, como eu costumo dizer não é o fim do cristianismo, mas sim o fim de um tipo de cristianismo distante, oco e de fachada que a nada e a ninguém serve! E porque Deus, que lá escreve direito por linhas tortas, sabe fazer da pedra rejeitada a pedra angular, também, como no dia de Páscoa, nos fará ressurgir para seguirmos a Cristo o nosso único e verdadeiro Pastor.

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“Viu e começou a crer” Pe. Nuno Westwood


DIALETOS DA PALAVRA

“Maria Madalena foi ao túmulo logo de manhã, ainda escuro, e viu retirada a pedra que o tapava. Correndo, foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, o que Jesus amava, e disse-lhes: «O Senhor foi levado do túmulo e não sabemos onde o puseram.» Pedro saiu com o outro discípulo e foram ao túmulo. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo correu mais do que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no túmulo e ficou admirado ao ver os panos de linho espalmados no chão. Então, entrou também o outro discípulo, o que tinha chegado primeiro ao túmulo. Viu e começou a crer”. (Jo 20, 1-4.6.8)

A festa da Páscoa é o centro da vida cristã. Neste dia não celebramos a memória de um herói morto, mas a presença de um vivo e vivente, Jesus de Nazaré, o Filho de Deus. A Ressurreição de Jesus projeta assim uma luz explicadora sobre esta realidade tão vital: a razão de nossa vida, a nossa postura diante da morte. Através da ressurreição, o ser humano desabrocha totalmente, é a realização completa e plena de toda humanidade. A Páscoa é a festa da vida, vida do Cristo ressuscitado e todos os cristãos. Jesus está vivo, é real. A mensagem profunda da ressurreição – não procurar entre os

mortos quem está vivo – acontece, no nosso dia-a-dia, perante os sinais de morte. Como cristãos distinguimo-nos dos demais pela nossa esperança na vida. Nesse sentido, o Evangelho da ressurreição destaca três elementos-chave. Em primeiro lugar menciona o sepulcro vazio: Maria Madalena vai ao sepulcro e encontra a pedra removida. E isto faz-nos recordar as palavras de Jesus que agora se tornam realidade: “se o grão de trigo...” (Jo 12, 24). Tal significa que a terra produziu o seu fruto, germinou e brotou a semente da vida. Por isso, o

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sepulcro não é o lugar da tristeza, de desolação, mas de esperança porque dele brotou a vida nova, o triunfo da ressurreição. Em segundo lugar, o gesto de fé e amor: é a atitude do discípulo amado que vê os sinais e acredita. Na verdade, só o amor faz reconhecer o Jesus ressuscitado que aparece várias vezes, só o amor torna fecunda a fé, como nos recorda o Papa Bento XVI na sua mensagem para a Quaresma deste ano: “acreditar no amor suscita o amor”. Só quem ama muito percebe certas coisas que passam despercebidas aos outros e que a

morte não pôs fim à vida. Esse descobre (porque o amor leva à descoberta) que Jesus está vivo e presente nos sinais de cada dia. Por fim, o testemunho de Cristo ressuscitado a partir do qual Maria Madalena torna-se a primeira mensageira. Como ela, porque fazemos a experiência de Cristo ressuscitado, hoje somos nós nos mensageiros da boa nova. Num mundo acabrunhado por sinais de morte, somos as testemunhas que proclamam aos homens de hoje que se encontram ecos de ressurreição e de vida nova à nossa volta.


FOLHA DOS SANTOS

Karol Wojtlya

Fontes:

http://blog.pa7.com/beatojoaoauloii/biografia/ http://cflamego.home.sapo.pt/jp2.htm

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Karol Wojtlya nasceu a 18 Maio de 1920, na Polónia em Wadowice. Foi batizado dias depois após o seu nascimento na Igreja de Santa Maria de Wadowice. Com apenas 9 anos perdeu a mãe ao dar à luz uma bebe que morreu antes de nascer. Mais tarde, em 1941, faleceu o pai. Na juventude de Karol Wojtlya, o teatro e as artes literárias polonesas foram duas artes às quais se dedicou. Pensou seriamente seguir os estudos de Filologia y Ligüística polonesa todavia, foi ao escutar o Cardeal Sapieha numa visita pastoral, que Karol Wotjya reconsiderou escutando o seu coração – SACEDÓCIO. No inicio da II guerra mundial as universidades Polonesas foram fechadas pelos alemães todavia, Wojtya juntamente com um grupo de jovens organizou uma universidade clandestina. Aqui estudou filosofia e literatura. Karol trabalhou arduamente como operário numa mina antes de entrar no seminário. Esta experiência, fê-lo conhecer mais de perto o cansaço físico, a simplicidade, a sensatez e o fervor religioso de todos os trabalhadores e pobres. No ano de 1942 entrou o Departamento teológico da Universidade Jaguelloniana e, a sua estadia lá teve que permanecer oculto bem todos os outros seminaristas acolhidos pelo Cardeal de Cracóvia. Com apenas 26 anos, este jovem foi ordenado sacerdote no Seminário Maior de Cracóvia e celebrou a primeira Eucaristia na Cripta de S. Leornado na Ca-

tedral de Wavel. Algum tempo depois licenciou-se em Teologia na Universidade Pontifícia de Roma Angelicum e mais tardiamente fez o doutoramento em filisofia A 28 de Setembro de 1958 foi nomeado Bispo Auxiliar do Administrador Apostólico de Cracóvia, D.Baziak. todos estes anos, o Bispo Karol Wotjlya desempenhava um trabalho apostólico com muito sucesso. Dedicou-se sobretudo aos jovens, partilhando com eles reflexões e orações de forma a cativá-los. Com 47, o Papa Paulo VI nomeou Karol a Cardeal. Após a morte do “Papa Sorriso”, João Paulo I, a 22 de Outubro de 1978 o Cardeal Polonês Karol Wotjyla foi ungido Sumo Pontífice, com o nome de João Paulo II, virando uma nova página na Igreja um novo dinamismo e, ao mesmo tempo um maior rigor teológico e disciplinar. João Paulo II foi um Homem de luta num mundo de mudança. Isto porque, desde sempre pediu “ Não tenhais medo” devido à sua experiência durante as guerras mundiais sob um regime comunista. João Paulo II lutou com garras e dentes pela “Grande Europa”. Ele afirmou “Deve respirar com os dois pulmões, alimentar-se com a riqueza das suas tradições: cristã – ocidental e eslavo-ortodoxa.” O seu papel foi fundamental na medida em que, tem uma consciência crítica referenciando sempre ao Evangelho. A 2 de Abril de 2005, falecia Karol Wojtlya então Papa João Paulo II.


AJUDA À IGREJA QUE SOFRE

De Espanha para Taiwan, China O sonho de ser missionário Ajuda à Igreja que Sofre

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Em casa, na sua terra natal, Taragona, em Espanha, é Esteban Aranáz. Mas agora, desde que, há um par de anos está a viver em Taiwan, mudou de nome. Os amigos espanhóis divertem-se a pronunciar Chiou (Qiu) Shenfú, acentuando os “shhh”, como se eles estivessem também na China. Aranáz nasceu numa família católica e desde cedo percebeu que queria seguir a vida religiosa. Desde o princípio, também, tornou-se claro que desejava ser missionário. Ir para fora, onde o destino quisesse, para levar a Palavra de Deus. Algum tempo mais tarde, já sacerdote, em Saragoça, conheceu um jovem, sensivelmente da sua idade, mas que tinha já um testemunho de vida surpreendente: como era imigrante ilegal, a sua vida decorria numa certa clandestinidade. Os dois aproximaram-se, tornaram-se amigos, e Aranáz passou a convidá-lo com frequência para sua casa. UM CLIQUE Um dia, ao entrarem numa Igreja para assistirem à Missa do Galo, Yen, o amigo chinês, aproximou-se da imagem do Menino Jesus e exclamou: “Que menino tão bonito. Esta imagem quer dizer três coisas”. Aranáz olhou para Yen, surpreendido, e perguntou-lhe que coisas eram essas, tanto mais que o seu amigo não tinha qualquer ligação com a religião cristã. A não ser ele próprio, claro. “Sim – respondeu. A primeira é que este Menino não é como nós, pois veio do Céu. A segunda é


AJUDA À IGREJA QUE SOFRE

que tem uma mãe que O adora e Lhe quer muito”. “E a terceira?” - perguntou, espantado, Esteban Aranáz. “A terceira é que está de braços abertos pois quer abraçar todas as pessoas de todo o mundo”. Foi um clique. Se Yen, o seu amigo, que nunca tinha tido qualquer formação religiosa, que praticamente nunca tinha estado numa igreja, conseguia exprimir de forma tão sensível e extraordinária o mistério da Natividade, o que seria se tivesse tido, como ele, oportunidade de se relacionar com Deus desde sempre. Ficou tudo decidido naquele instante. A vida de Aranáz seria na missão e na Chi-

na. Não descansou até ir parar a Taiwan. Hoje dedica-se a aprender o mandarim para exercer o seu trabalho sacerdotal em pleno. Quando liga para casa, já fala de si como Chiou (Qiu) Shenfú. Todos os anos, na altura da Missa do Galo, recorda palavra por palavra a lição do amigo Yen. E agradece-lhe, pois foi também por causa dele que agora está ali, em plena China, a cumprir o seu sonho de vida: ser missionário.

Mais informação em: www.fundacao-ais.pt

A PERSEGUIÇÃO DOS CATÓLICOS NA CHINA O CORDEIRO E O DRAGÃO O livro é uma denúncia fortíssima da existência, ainda hoje, de campos de prisioneiros onde são encarcerados presos de delito comum, mas também dissidentes do regime e fiéis de diversas confissões religiosas. Os “laogai”, como são conhecidos estes campos de concentração, albergarão actualmente, segundo os autores do livro, entre 3 a 5 milhões de pessoas, sendo que o assunto é considerado “segredo de Estado”. saiba +

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Aos pĂŠs do mensageiro Roberto Alves


CRISTO JOVEM BRASIL

“Nos seus pés é possível encontrar a beleza do mensageiro que anuncia a paz”

Olá juventude que acredita, tudo em paz com vocês? Sabemos que estamos em Quaresma, mas não há como celebrar com o júbilo a novidade que nos chega lá do Vaticano: temos um novo Papa! O tempo é para silêncio e introspecção, mas como silenciar diante da alegria do coração? O mundo inteiro celebrou e tem celebrado desde últimos dias a chegada de Jorge Mario Bergoglio na doce e difícil missão de pastorear a todos nós enquanto Igreja. Acompanhar a eleição e chegada de um novo Papa em vésperas de Jornada Mundial da Juventude só faz aumentar a expectativa que gira em torno do evento. O Brasil de norte a sul e de leste a oeste já espera de braços abertos, assim como o Cristo Redentor no Rio, a vinda do Papa Francisco. Em nosso dia a dia já temos sido surpreendidos com seu exemplo de simplicidade, firmeza e sabedoria. Nos seus pés é possível encontrar a beleza do mensageiro que anuncia a paz, em suas palavras de amor e caridade enxergamos um coração cheio de Deus e em

seu peito podemos ver uma cruz que remete ao início de sua trajetória até Roma, um caminho que sabiamente foi trilhado pela via da humildade. A juventude brasileira o aguarda para ouvir tudo o que tem reservado para falar no Rio de janeiro, os milhares de jovens corações estão conectados desde a sua primeira aparição para nós. Temos sim celebrado sua chegada em Roma, mas também temos nos voltado para as orações, parte do nosso sacrifício quaresmal é destinado ao pastoreio e vida do Papa Francisco. Queremos que nossas preces cheguem até o céu em favor de sua vida missionária, e somos gratos a ele pelo “sim” que deu a Deus. Nós já o amamos pela beleza e simplicidade de Cristo que há nele. Francisco, seja muito bem-vindo! Em Cristo que é jovem, Roberto Alves.

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Uma Igreja, dois Papas, muitos testemunhos Miguel Mendes


JUVENTUDE QUE ACREDITA

Vivemos tempos históricos na vida da Igreja e do mundo em geral. São tempos de mudança, tempos de grandes acontecimentos, mas acima de tudo tempos de pequenos sinais, pequenas sementes que podem construir uma nova sociedade, uma nova “civilização do Amor”.

Cedo me disseram que Deus se manifestava nas pequenas coisas, nos detalhes… Cedo me disseram e cedo essa atenção ao detalhe integrou a minha experiência de Deus. Nunca pedi a Deus que me enviasse sinais e provas espetaculares da sua existência, mas pedi-lhe muitas vezes que me desse a capacidade de O ver em tudo o que me rodeia. Após um período de afastamento, iniciei aos 19 anos uma busca de Deus no aqui e no agora. Meses depois encontrei-O, não numa Igreja, mas numa mãe que, com o olhar mais doce do mundo, agasalhava a filha para a proteger do frio. Aquela imagem ainda hoje se faz presente no meu coração quando a mente insiste em questionar a minha fé. Deus é Amor. Ultimamente, com toda esta sucessão de acontecimentos, tenho-me perguntado sobre o que Deus espera de nós e da Sua Igreja. Qual o nosso papel no mundo atual? Qual a nossa missão? Após a morte de João Paulo II, a Igreja passou por um período de escândalos,

a que se seguiu a renúncia de Bento XVI, e agora temos dois Papas… Bento XVI e Francisco, a Teologia e a Missão, oração e testemunho, a coexistirem lado a lado numa Igreja que necessita de todos. Se colocarmos lado a lado os dois Papas, reparamos que são de facto muito diferentes. Bento XVI, Papa tímido, de sorriso doce, elevou o pensamento de toda a Igreja com o seu conhecimento, deixando-nos um testemunho riquíssimo ao nível da Teologia. Foi e é um Papa que, após a abertura que João Paulo II imprimiu na igreja, soube preparar-nos e dar-nos o conhecimento para agora, com Francisco, podermos ser evangelizadores e missionários. Bento XVI preparou o caminho, e agora, juntos com Francisco, é preciso que cada um de nós se lance nessa aventura evangelizadora de um mundo cada vez mais secular. É que, ao contrário de “ontem”, hoje a evangelização não se faz só com catequese, mas com verdadeiro testemunho!

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