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IndĂce
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Nota de abertura
2 4 Youcat
ParĂĄbolas
7 9 11 Dialetos da Palavra
5 minutos com o Mestre
Folha dos santos
15 17 19 Cristo Jovem Brasil
JMJ Rio 2013
Juventude que acredita
NOTA DE ABERTURA
“Queremos, com Cristo, caminhar contigo neste iniciar de 2012.” Olá juventude que acredita! Depois de um interregno de algum tempo eis que a GODzine chega novamente até ti com novas rubricas e com uma coordenação renovada. Esperamos que a GODzine continue a ser para ti mais um meio de chegares até a esse Cristo atual que necessitas e queres para a tua vida. Queremos, com Cristo, caminhar contigo neste iniciar de 2012. Saudações em Cristo Jovem Nuno Sousa Sara Amaral
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Youcat o que é isso? Ir. Darlei Zanon | Religioso paulista, editor do YOUCAT para a língua portuguesa
YOUCAT. Se em janeiro do ano passado qualquer um de nós usasse este termo numa conversa entre amigos, certamente seria incompreendido. Uns ficariam curiosos, outros desconfiados. Uns talvez sorrissem, pensado se tratar de um livro sobre gatos, ou um vídeo engraçado que estivesse a circular pela internet. Outros pensariam se tratar de alguma modernice trazida do estrangeiro.
Mas foram suficientes alguns meses e dois grandes eventos (entrega do primeiro exemplar ao Papa, em abril, e a JMJ, em agosto) para todos os jovens de Portugal e do mundo saberem o que significa esta palavra simples e muito profunda: YOUCAT, abreviação em inglês de Catecismo Jovem (Youth Catechism). Hoje o YOUCAT já faz parte da nossa vida, presença garantida na nossa mochila, na cabeceira da cama, na conversa com os amigos, na catequese. Mas gostaria de mostrar-vos um pouco mais sobre este projeto tão importante para a nova evangelização e para o enriquecimento da fé dos jovens de hoje. Na verdade, em cada edição da GODZINE a partir deste mês falaremos sobre temas interessantes que giram em torno do YOUCAT. Se tens alguma curiosidade, ou queres aprofundar alguma questão específica, este será o espaço ideal. Em cada edição mergulharemos um pouco mais fundo neste Catecismo feito por jovens, para os jovens. Tenho a certeza de que vais gostar desta viagem, pois quanto mais conheceres, mais encantado ficarás com o YOUCAT. A coisa mais importante a saber sobre o YOUCAT é que ele não é um livro. Ou não é
YOUCAT
apenas um livro. É um projeto muito maior que tem como objetivo principal ajudar os jovens a responderem ao desafio lançado pelo Papa Bento XVI: «Tendes de saber em que credes. Tende de estar enraizados na fé ainda mais profundamente que a geração dos vossos pais. Estudai o catecismo com paixão e perseverança!» Os desafios e as tentações de hoje são muito maiores do que no tempo em que os nossos pais, ou os pais deles, eram jovens. A fé já não é um dado adquirido, que faz naturalmente parte das nossas vidas. Temos muito mais oposição e repressão por manifestarmos a nossa fé. Por isso não basta dizermos que temos fé, é preciso aprofundarmos e partilharmos aquilo que acreditamos. Foi assim que nasceu o YOUCAT. Um grupo de jovens que se encontrava todos os anos em um acampamento de verão na Alemanha resolveu aceitar o desafio de refletir sobre a sua fé. Orientados por dois sacerdotes e dois teólogos, cerca de 50 jovens começaram a estudar o Catecismo da Igreja de 1992 e apontaram as suas dúvidas. Todas aquelas questões foram depois organizadas e respondidas cuidadosamente, com exemplos concretos da vida dos
jovens que facilitassem a compreensão. Em 2008, as respostas foram enviadas ao Vaticano, a fim de serem analisadas pela Congregação para a Doutrina da Fé e aprovadas pelo Santo Padre. Em 2009 o Papa
Hoje o YOUCAT já faz parte da nossa vida, presença garantida na nossa mochila, na cabeceira da cama, na conversa com os amigos, na catequese. leu pela primeira vez o YOUCAT e resolveu escrever um prefácio para incentivar os jovens do mundo todo a fazerem do YOUCAT um dos seus livros preferidos. Apesar de as perguntas e respostas serem num estilo muito jovem, o YOUCAT precisava de algo mais. Precisava ser dinâmico como os jovens de hoje. Precisava ser atraente, colorido, descontraído, hipertextual, de acordo com a nova simbólica da geração virtual. Mas isso é uma conversa para aprofundar na próxima edição. Até lá!
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Texto: Pe. Ricardo José, scj Ilustração: Solange Costa
Vinho novo em odres novos MATEUS 9, 16-17
Ninguém põe um remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo puxa parte do tecido e o rasgão torna-se maior. Nem se deita vinho novo em odres velhos; de contrário, rompe-se o odres, derrama-se o vinho e estragam-se os odres. Mas deita-se o vinho novo em odres novos; e, desta maneira, ambas as coisas se conservam. Tudo começa com a experiência, algo de novo! O início do cristianismo foi exactamente assim, a experiência dos primeiros discípulos foi tão profunda que tinha de ser contada; e assim a história foi‐se repetindo até aos nossos dias. A fé cristã continua a narrar‐se com formas, linguagens e símbolos antigos e que podem não se adequar mais aos nossos dias. Quem não experimentou uma sensação de irrealidade nas nossas celebrações religiosas? Como é possível não se as-
sustar diante a burocracia no interior da Igreja? Podemos pensar que não, mas a experiência cristã, a sua narração e fórmulas de fé nasceram dentro de um horizonte cultural estático, de uma realidade onde tudo estava estabelecido “desde o princípio”. O mundo moderno introduziu‐nos numa visão dinâmica; hoje, ver é interpretar, conhecer é interpretar; e, como ninguém conhece as coisas tal como são, todos interpretamos!
PARÁBOLAS
Agora o problema do “remendo novo em pano velho” é que a fé e a religião cristãs não se enquadram bem nesta paisagem moderna. Isso torna-se evidente na indiferença das jovens gerações. E não, não estou a acusar os jovens. E claro para mim, e incomoda-me muito que, em alguns casos, lhes exigimos algo que nem sempre nós próprios o fazemos. Os jovens fazem-nos chegar uma mensagem clara e aguda, a das queixas pelo mau estado em que lhes queremos deixar o mundo (desemprego, injustiça...); e a religião (distante, sem sentido, oca). A maior denúncia que os jovens fazem à nossa vivência cristã, está no desinteresse que mostram por ela. É que não tentam sequer acusar ou atacar: simplesmente ignoram as nossas instituições, as nossas vozes. Os nossos jovens dizem-nos que os cristãos que somos não lhes interessam. Quantas vezes somos Igreja que man-
têm as fachadas bonitas, com estruturas e princípios nos quais acreditamos pouco e vivemos menos? A fé e a religião não estão, em grande medida, em sintonia com a sensibilidade do homem moderno e deixaram de responder às suas questões vitais pois eles vivem preocupados e ocupados com outras prioridades. Para a mulher ou o homem «verdadeiramente religioso», a religião tem de nascer das buscas, angústias e ilusões de cada Homem. Precisamos do tal “vestido novo” que o contexto cultural e espiritual do nosso tempo nos podem dar assistimos, efectivamente, ao fim de um mundo que é, ao mesmo tempo, o final de um certo cristianismo. E, no entanto, não é o fim do mundo nem do cristianismo. É um tempo novo, com tudo o que implica em termos de lamento, de sofrimento mas também de satisfação pelo que morre, ao mesmo tempo de incerteza mas de esperança pelo que nasce.
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Pe. Nuno Westwood
“Já não és escravo, mas filho” “Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher e sujeito à Lei, para resgatar os que estavam sujeitos à Lei e nos tornar seus filhos adotivos. E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: «Abbá! Pai!» Assim, já não és escravo, mas filho. E, se és filho, também és herdeiro, por graça de Deus.” (Gal 4,4-7) Chegamos ao ano de 2012. Vivemos estes novos dias do calendário com forte expectativa: Que sentido tem para nós o
tempo que nos escapa como a areia da praia entre os dedos? Na nave da história que não deixa de mover-se ao longo dos séculos e dos milénios, para onde estamos a ser empurrados? Tem algum sentido a nossa existência pessoal, tão efémera, e existência de nossa espécie, que frente à vastidão do universo parece tão irrelevante? Em vez de fazer perguntas tão sérias, muitos preferem, para não pensar muito, organizar uma boa festa e deixar-se ensurdecer com um pouco de música, bebida e baile à mistura. Nós, cristãos, sem renunciarmos à alegria e à celebração com os irmãos, agradecemos a Deus pelo dom da vida e pela existência de todas as coisas. Damos graças, sobretudo, porque em seu filho Jesus Cristo, que se fez humano como nós, Deus quis percorrer connosco os enigmáticos caminhos da história, convidando-nos a acolher o seu Evangelho, a Boa Notícia de seu amor incondicional por nós, seus filhos.
DIALETOS DA PALAVRA
Por isso, o Apóstolo Paulo recordava aos gálatas, e agora a nós, algo de fundamental: Cristo, o “Filho”, foi enviado ao mundo pelo Pai para libertar os homens de uma religião de ritos estéreis e inúteis, que não favorecia o encontro entre Deus e os homens; e Cristo levou-os a um novo tipo de relacionamento
Esta é a nossa grande dignidade: a de não ser apenas imagem, mas filhos de Deus. com Deus e fê-los “filhos” de Deus. Em Cristo, já não somos escravos (que cumprem obrigatoriamente regras e leis) mas passamos ser para Deus “filhos” livres e amados. Por isso podemos chamar a Deus “abbá” (“papá”). Esta expressão revela uma relação muito próxima, muito íntima, do género daquela que uma
criança tem com o seu pai: exprime o abandono absoluto, a entrega incondicional, o amor sem limites. Jesus usou-a para expressar a sua confiança filial em Deus e a sua entrega total à sua causa. Ora, é este tipo de relação que os cristãos, identificados com Cristo, são convidados a estabelecer com Deus. Esta é a nossa grande dignidade: a de não ser apenas imagem, mas filhos de Deus. Perante as incertezas e os desafios de um novo ano, já não há nada mais a temer porque nos sabemos filhos de Deus e, portanto, amados, conduzidos, protegidos por Ele. Já não temos medo do mundo, nem do futuro, nem da nossa fraqueza. O Senhor concedeu-vos viver neste momento da história, mais um ano, que será certamente repleto de grandes possibilidades e oportunidades, para que, graças à nossa fé e à certeza feliz de sermos filhos de Deus, continue a ressoar o nome de Cristo em toda a terra.
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Corações frios
Nestes dias o Inverno começa já a querer manifestar a sua presença entre nós. Os dias começam a ficar mais frios, as pessoas começam a vestir mais roupa, os aquecedores começam a ser ligados
Adriano Batista
nas nossas casas, nos nossos quartos. Isto, para fazermos frente ao frio que por vezes parece quebrar-nos os ossos de tal forma, que nos deixa imobilizados. Deixa-nos imobilizados física e psicologi-
5 MINUTOS COM O MESTRE
camente. O frio que nos gela os ossos, por vezes é tão forte que nos penetra no mais íntimo. Chega aos lugares mais recônditos do nosso corpo. Percorre todo o corpo através das veias e chega final-
A maior doença do mundo é a falta de amor, já dizia a Beata Madre Teresa de Calcutá.
mente ao lugar mais temido. O Coração! E é o local mais temido porque quando o coração não está “quente”, avizinham-se atitudes menos boas, que sabemos serem erradas, mas que mesmo assim nos invadem e nos possuem de tal forma que acabam por nos dominar por completo. Sempre que o coração “arrefece” o mal triunfa. E o mal não é só roubar, matar alguém. O mal não é só difamar o outro. O mal é aquele que cada vez mais vivenciamos na nossa sociedade. O mal é querer-se pôr à frente da pessoa hu-
mana, um sistema capitalista extremamente desenfreado que pensa apenas em números e que esquece a dignidade de cada um. (In)felizmente este sistema parece ter os dias contados! O mal é também quando não nos queremos desinstalar do nosso conforto para ajudar quem precisa. A maior doença do mundo é a falta de amor, já dizia a Beata Madre Teresa de Calcutá. Este frio que se começa a sentir parece que nos bloqueia as “artérias do amor”, parece que não deixa o sangue aquecê-las, e isto acaba sempre no mesmo. Com isto, temos gente de “coração frio”, temos gente indiferente, gente arrogante, gente que só pensa em si. Nesta época de Natal as campanhas de solidariedade para isto e para aquilo são imensas, os pedidos de ajuda são inúmeros. Contudo, quero começar por ser solidário comigo próprio, quero me proteger deste frio atormentador, e quero ajudar-me a mim mesmo. Depois, quero ajudar os outros a libertarem-se dos seus “fardos”, daquilo que os perturba, para que juntos, possamos “aquecer” a nossa sociedade, o nosso mundo, que carece do “calor” do amor como nunca!
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Francisco de Assis Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis foi um frade católico da Itália. Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo do seu tempo. Dante Alighieri disse que ele foi uma “luz que brilhou sobre o mundo”, e para muitos ele foi a maior figura do Cristianismo desde Jesus. A sua vida é reconstruída a partir de biografias escritas pouco após a sua morte e, segundo alguns críticos, essas fontes primitivas ainda estão à espera de edições críticas mais profundas e completas. De qualquer forma, a sua posição como um dos grandes santos da Cristandade firmou-se enquanto ele ainda era vivo, e permanece inabalável. Foi canonizado pela Igreja Católica menos de dois anos após falecer, em 1228, e devido ao seu apreço à natureza é mundialmente conhecido como o santo padroeiros dos animais e do meio ambiente.
FOLHA DOS SANTOS
JUVENTUDE E CONVERSÃO Tornou-se um jovem popular entre os amigos, devido à sua indisciplina e extravagância, à sua paixão pelas aventuras, pelas roupas de moda e pela bebida, e pela sua liberalidade com o dinheiro, mas mostrava uma índole bondosa. Em 1202 alistou-se como soldado na guerra que Assis desenvolvia contra Peruggia, mas foi capturado e permaneceu preso, à espera de um resgate, por cerca de um ano. Ao ser libertado caiu doente, com episódios de febre que duraram quase todo o ano de 1204. Depois de recuperado tentou novamente a carreira das armas, entrou em 1205 no exército papal que lutava contra Frederico II, incentivado por um sonho que tivera. Em Assis, durante uma algazarra com os amigos foi tocado pela presença divina, e desde então, começou a perder o interesse pelos seus antigos hábitos de vida e mostrar preocupação pelos necessitados. Eleito “rei da juventude” num festejo folclórico tradicional, em vez de preparar-se para a entrada numa vida de casado, como seria o costume, retirou-se para uma caverna a fim de meditar.
Certo dia saiu num passeio pelos campos nos arredores, e ao penetrar numa clareira ouviu o som do sino que os leprosos, proscritos pela sociedade, deviam usar para indicar a sua aproximação, e logo se viu frente a frente com o homem doente. Fazia frio e o leproso tinha apenas trapos sobre o corpo. Francisco sempre sentira repulsa dos leprosos, mas naquele mo-
Dante Alighieri disse que ele foi uma “luz que brilhou sobre o mundo”, e para muitos ele foi a maior figura do Cristianismo desde Jesus. mento desceu do seu cavalo e cobriu o homem com o seu próprio manto. Espantado consigo mesmo, olhou nos olhos do outro, e viu a sua gratidão, e enquanto ele mesmo chorava, beijou aquele rosto deformado pela moléstia. Este parece ter sido o ponto de virada na sua vida, mas a
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sua vocação não se declarou toda subitamente, e a cronologia desses e outros episódios preparatórios para sua conversão não é clara nas fontes antigas. Também parece ter tentado seguir o ofício do seu pai, mas sem conseguir devotar-se a ele. Ao contrário, estava cada vez mais interessado em ajudar os pobres. Mas certa feita entrou para orar na igreja de São Damião, fora das portas da cidade, e ali, diz a tradição, ele ouviu pela primeira vez a voz de Cristo, que lhe falou de um crucifixo. A voz chamou a sua atenção para o estado de ruína da Igreja, e instou para que Francisco a reconstruísse. Imediatamente voltou para a sua casa, recolheu diversos tecidos caros da loja do seu pai e os vendeu a baixo preço no mercado da cidade, e voltou para a igreja onde tivera a sua revelação doando o dinheiro para o padre, a fim de que ele restaurasse o prédio decadente. Ao saber disso o pai enfureceu-se e mandou que o buscassem. Atemorizado, Francisco escondeu-se num celeiro, onde o seu amigo lhe levava um pouco de comida. Passado algum tempo, decidiu revelar-se, e diante do povo de Assis acusou-se de preguiçoso
e desocupado. A multidão tomou-o por louco e divertiu-se apedrejando-o. O pai ouviu o tumulto e recolheu-o para sua casa, mas o acorrentou no porão. Alguns dias depois a sua mãe, por compaixão, livrou-o das correntes, e Francisco foi buscar refúgio junto ao bispo. O pai seguiu-o e o acusou de dissipador da sua fortuna, reclamando uma com-
“...entrou para orar na igreja de São Damião, (...), e ali, diz a tradição, ele ouviu pela primeira vez a voz de Cristo, ...!
pensação pelo que ele havia tirado sem licença da loja. Então, para a surpresa de todos, Francisco despiu todas as suas belas roupas e colocou-as aos pés do pai, renunciou à sua herança, pediu a bênção do bispo e partiu, completamente nu, para iniciar uma vida de pobreza junto do povo, da qual jamais
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retornou. O bispo viu nesse gesto um sinal divino e tornou-se o seu protector para o resto da vida. O LEGADO DAS SUAS IDEIAS E O EXEMPLO DE VIDA A fama de santidade que angariou em vida e perdura até os dias de hoje não decorreu de grandes manifestações de erudição religiosa, que jamais fez questão de possuir, e tampouco dos seus milagres, que não obstante foram muitos e impressionantes, mas do seu exemplo de uma vida de completa dedicação ao próximo, dedicação que era animada por uma compreensão profunda, uma sinceridade espontânea, uma simplicidade autêntica em todas as coisas, qualidades banhadas de uma calorosa fraternidade, simpatia e caridade. Todos os seus primeiros biógrafos ressaltam esses aspectos do seu carácter, e por esses motivos a sua figura é também admirada por muitos fora da esfera do Catolicismo. Na visão dos seus contemporâneos ele era o mais perfeito seguidor de Jesus Cristo, e a sua presença em qualquer cidade era sempre um aconte-
cimento, enquanto que os seus irmãos eram tidos na mais alta estima por muitos prelados importantes e autoridades civis. A despeito das críticas a que ele é ocasionalmente submetido, que o acusam de obscurecer a figura do próprio Jesus, e das dúvidas que às vezes surgem sobre sua sanidade mental em vista do seu carácter emocional arrebatado, as suas oscilações entre extremos de intensa euforia quando falava de Deus e de profunda tristeza quando observava as suas supostas fraquezas, a sua imaginação exuberante e pelas constantes visões e revelações que alegava ter, para Kenneth Wolf a sua enorme importância histórica e espiritual confirma-se na abundante literatura devocional e erudita que é continuamente produzida sobre ele nos tempos recentes, e assinala que mesmo os académicos laicos, por mais distanciados que procurem se manter de uma análise emocional e adulatória de sua vida e obras, acabam com frequência por reconduzi-lo ao pedestal de onde o baixaram para seus estudos científicos.
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Nós, a internet e a revolução em Cristo...
Roberto Alves
A internet é um excelente veículo de comunicação, você concorda comigo? Através dela eu consigo me comunicar em tempo real com um amigo que mora em Portugal, por exemplo. A maior constatação disso foi observada, meses atrás, com nossos próprios olhos: a última edição da Jornada Mundial da Juventude realizada em Madri foi transmitida ininterruptamente para todo o planeta durante os seis dias de realização do evento!
licas, os grupos de oração, paróquias, movimentos de base... você! Essa é a nossa missão, hoje é o tempo que temos para revolucionar em Deus.
Jovens de todos os cantos do mundo uniram-se em Madri para falar das coisas do Alto e tudo era compartilhado através do Twitter, Facebook e também pela JMJ 2011 Social Network, uma rede social desenvolvida especialmente para os peregrinos trocarem experiências evangelísticas durante e depois da JMJ. Bento XVI também declarou que “estamos em uma nova era, a da evangelização pela internet”. Todos são chamados a anunciar Cristo pela web e essa missão perpassa a Igreja, as comunidades cató-
Não esqueçamos de anuncia-LO em nosso cotidiano, mas evangelizar pela internet também tem se tornado algo cada vez mais urgente. Minha sugestão final é que você e os seus amigos criem contas nas redes sociais e e-vangelizem na velocidade do Amor. Vamos juntos nessa missão?
Essa é a nossa missão, hoje é o tempo que temos para revolucionar em Deus.
Em Cristo que é jovem, Roberto Alves
CRISTO JOVEM BRASIL
Fernando Mininelli
minhas resoluções de ano novo
Quem aqui na virada de ano, não separou um momento com Deus e fez a sua oração analisando tudo que passou de bom e de ruim e fez aquela lista de resoluções (ou como dizemos no Brasil: promessas) de ano novo para Deus? Com um monte de coisa você encheu a orelha de Jesus. Mas, agora falando sério, você vai cumprir todas essas coisas? Você está preparado para realizar tudo isso? Seu coração está curado a ponto de você não mais pecar?
“...Deus te capacita com os dons do Espírito Santo para superá-los e vencer tudo que há de vir.” Quero te oferecer uma nova proposta de resolução: Não faça nenhuma resolução que você não possa cumprir, pois Jesus conhece seu coração, suas limitações e seus pecados e o motivo pelo qual você os comete.
Vamos viver esse ano com os pés no chão e com o olhar no céu, reconhecendo que acima de nós existe um Deus que não quer mil promessas, mas nosso coração e nossa vida por inteira para que Ele faça dela não um ano melhor que 2011, mas uma vida melhor de todos os anos que já vivemos. Deus sabe aquilo que nos é necessário, é só ler Mateus 6. A cada dia de 2012 reze assim: “Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e Nele exultemo-nos”. (Sal 117,24) Evite reclamar dos seus problemas, mas os louve porque Deus te capacita com os dons do Espírito Santo para superá-los e vencer tudo que há de vir. Não encha Deus de promessas, mas ofereça a Ele todo seu coração. Se Cuide em Deus, Fer Mininelli
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JMJ 2013: Mochileiro em ordem de batalha Caros jovens portugueses, ou como falamos no Brasil, galera portuguesa! Me chamo Lucas, e me foi dada a missão de ser colunista na GODzine. Imaginem só a responsabilidade! Ainda maior quando me falaram o assunto: JMJ! Trabalhei no departamento de comunicação da JMJ de Madrid, na Equipe de Redes Sociais. E, aqui no Brasil, faço parte da Equipe Nacional de Jovens Comunicadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), os Jovens Conectados. Por enquanto, falarei sobre a peregrinação dos símbolos da JMJ pelo Brasil! Os símbolos estão hoje na Bahia, mas já percorreram uma parte do Estado de São Paulo e de Minas Gerais. Por onde passaram, os símbolos foram motivo de celebração, memória, festa para com a juventude. Mas, principalmente, passou pelos lugares onde existem pessoas que sofrem. O Rio de Janeiro está se preparando intensamente! Como o prazo é curto, a demanda acaba sendo muito grande. E, o facto de imaginar que, daqui a um ano e meio, milhões de jovens virão ao Brasil, tem moti-
vado o Rio, as dioceses, a Conferência Episcopal, o povo brasileiro! Se você saiu de Madrid com o espírito vivo da JMJ, entenderá aquilo que nós, brasileiros, esperamos da JMJ no Brasil. O Brasil é um país que tem a fama de acolhedor, e esperamos que a sensação que vocês tenham aqui é de uma boa acolhida, de um momento e de um evento tranquilo. As dioceses de vários lugares do país (Amazónia, Pantanal, Regiões Serranas, Pampas
As dioceses de vários lugares do país (...) estão todas se preparando, imaginando cada olhar, cada sorriso que nascerá a partir do momento em que vocês pisarão aqui. no Sul do Brasil, Nordeste) estão todas se preparando, imaginando cada olhar, cada sorriso que nascerá a partir do momento em que vocês pisarão aqui.
JMJ RIO 2013
Lucas Monteiro
Temos a plena certeza de que vocês se sentirão em casa! O povoamento do Brasil, em cada época, foi construindo a identidade nacional. Portugueses, Italianos, Alemães, Africanos, Asiáticos, Latino-Americanos, Árabes, todos esses povos e credos contribuíram para o desenvolvimento da identidade brasileira. A juventude que vocês verão no Brasil não
é uma juventude igual. Vocês verão várias manifestações de juventude. Historicamente, estamos ligados com Portugal. Fico contente de poder ter esse espaço com vocês! Chegamos ao final de 2011, desejo a todos um feliz natal e um próspero ano novo. Um forte abraço, Lucas Monteiro
Peregrinação dos símbolos da JMJ pela Arquidiocese de Mariana, em Minas Gerais | Foto: Lucas Monteiro
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Dois mil a doze Miguel Mendes
Portugal vive uma crise económica profunda e num cenário como este é inevitável o agravamento das condições de vida de muitas famílias, fazendo com que nos últimos tempos, e também por força do Natal, tivéssemos assistido a um aumento do número de peditórios e de campanhas de solidariedade que se apresentam como a última esperança para milhares de pessoas.
que nos torna fortes os suficiente para mover montanhas e navegar por mares desconhecidos sem medos, sem barreiras e sem limites. O Espírito Santo que deu a força aos apóstolos para saírem para a rua e evangelizar o mundo, dá-nos também a coragem e a determinação para agora mudar o nosso país e ajudar os que de nós precisam.
“Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo... são as que o mudam.” Steven P. Jobs Estes tempos de crise, podem ser também tempos de oportunidades, não só financeiras, como também ao nível da espiritualidade e dos valores. É neste contexto que nós, jovens cristãos, somos chamados a intervir de forma a construir uma nova sociedade mais justa e mais fraterna onde haja uma maior consciencialização e respeito pelos outros. Mais do que ter essa responsabilidade, é ter um dom dentro de nós
Aproveitando este Tempo de Natal que estamos a viver, sejamos como Ele que veio ao mundo para trazer a salvação da humanidade. Levar alegria, amor e ajuda aos nossos irmãos pode ser também uma forma de levarmos um pouco dessa salvação que Jesus nos veio dar. A todos vós, a equipa CJ deseja um feliz 2012 cheio do Espírito Santo!
JUVENTUDE QUE ACREDITA
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