Jul/Ago’13 Yes, YouCat! pág. 13
Indíce
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Nota de abertura
Youcat
Parábolas
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Dialetos da palavra
Folha dos santos
Ajuda à Igreja que Sofre
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Cristo Jovem Brasil
Juventude que acredita
NOTA DE ABERTURA
Não tiremos férias d’Ele! Olá Juventude que acredita! As férias de verão estão a chegar. Muitos de nós aproveitamos estas férias para trabalhar, para descansar, para ir a festivais de verão, enfim, muitas são as ocupações e distrações. Ora, mas Deus não tira férias de nós. Também não tiremos d’Ele. Sejamos assíduos à Eucaristia e na oração. Encontramo-nos por aí nas mais diversas atividades, principalmente no Festival Jota em Paúl e nas Jornadas Mundiais da Juventude no Rio de Janeiro. Um abraço em Cristo que é Jovem,
Sara Amaral
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Férias com o YOUCAT Ir. Darlei Zanon
religioso paulista, editor do YOUCAT para a língua portuguesa.
YOUCAT
Queres uma ótima sugestão para as férias? Atende ao pedido do nosso estimado Papa-emérito, Bento XVI: “Estudai o catecismo! Este é o desejo do meu coração. Estudai o catecismo com paixão e perseverança!” Ok, eu sei que deves estar a pensar: “Não, não... não quero mais saber de livros, cadernos e sebentas até o próximo ano”. Mas o Papa pede para lermos um livro diferente, especial: o YOUCAT. Este foi o pedido que fez aos jovens em Madrid e este é o pedido que continua a fazer a cada jovem hoje. As férias podem se tornar um excelente momento para lermos com calma o nosso YOUCAT e refletirmos sobre os pontos que mais nos chamam atenção, que mais nos tocam. Temos tempo livre, temos disposição, temos oportunidades para partilhar estes temas com os nossos amigos ou mesmo familiares que neste tempo de férias estarão ainda mais próximos e disponíveis. Por isso, o YOUCAT tem que fazer parte da tua mochila (ou mala) de férias, assim como fez parte da mochila de cada um dos jovens presentes na JMJ em Madrid. E já agora, seria muito bom aproveitar as férias para fazeres as orações propostas pelo YOUCAT - Orações para jovens. São roteiros curtos, ideais para rezarmos durante as férias, no aconchego da nossa casa, no jardim, no acampamento, na praia. Encontrarás dicas interessantes para rezares com o ambiente, em sintonia com Deus e com a Sua criação... onde estiveres. Fica
o conselho, o Papa ficaria muito feliz, não há dúvida. Entretanto, gostaria de partilhar convosco qual é o verdadeiro sentido das férias, segundo o Catecismo. É verdade que não há nenhuma questão específica sobre o tema “férias” no YOUCAT, mas há imensas referências à importância do domingo, o dia do Senhor, que é também o dia do descanso, que bem visto é as nossas férias semanais.
“O descanso dominical, um antegozo do descanso celeste, encontra-se acima do trabalho, o qual nos prepara para ele”. O descanso não é só um direito dos trabalhadores e estudantes, mas é um direito divino, que vem desde a criação. A pergunta 47 do YOUCAT aborda exatamente este tema: “Porque descansou Deus no sétimo dia?” E na resposta vemos que o descanso serve para aperfeiçoar a criação. E mais: “O descanso dominical, um antegozo do descanso celeste, encontra-se acima do trabalho, o qual nos prepara para ele”. Alguns de vocês agora pode estar a perguntar-se: “Mas afinal, o dia de descanso é o sétimo (que seria o sábado) ou o pri-
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meiro dia da semana (o Domingo)?” Há uma explicação para isso, ligada à nova criação gerada na Ressurreição de Cristo. No número 362 do YOUCAT lemos que “O sábado é, para o Povo de Israel, a grande memória de Deus, Criador e libertador. O sábado recorda o sétimo dia da Criação, autorizando de certa forma todas as pessoas a interromperem o trabalho e a tomarem novo fôlego”. Alguma relação com as nossas férias? Não há dúvidas de que as férias servem para tomarmos novo fôlego, recarregarmos as nossas baterias. Para os judeus, portanto, o sábado é o dia do descanso e o dia da festa da liberdade humana (mesmo os escravos descansavam neste dia, em Israel). Jesus Cristo provocou uma mudança no modo como vemos o dia de descanso. No n. 364 do YOUCAT temos a explicação: “Os cristãos trocaram a celebração do sábado pela celebração do domingo (o dia do Senhor) porque Jesus ressuscitou dos mortos num domingo”. O domingo recorda, portanto, na tradição cristã, a criação do mundo, a nova criação (renovação) em Cristo e o direito ao descanso para santificar o dia do Senhor e para preparar o descanso eterno em Deus. No domingo (e o mesmo vale para as férias), diz-nos o Catecismo Jovem (n. 365), “um cristão católico deixa de lado todos os trabalhos que o
impedem de adorar a Deus e de viver este dia nas suas dimensões de festa, alegria, descanso e restabelecimento”. Temos aqui um excelente programa de férias: festa, alegria, descanso, revitalização. O que podemos desejar mais?
“Os cristãos trocaram a celebração do sábado pela celebração do domingo (o dia do Senhor) porque Jesus ressuscitou dos mortos num domingo”. Nos nn. 366 e 445 temos ainda uma interessante reflexão sobre a necessidade de defendermos o tempo de descanso e os dias santos. O domingo, os feriados e as férias não são apenas um direito, mas uma necessidade para proteger o ser humano contra o mecanicismo ou as leis exploratórias do mercado e do capital. Aprofunda estas e outras questões presentes no YOUCAT... e aproveita muito bem as tuas férias! •
Sugestões de navegação: www.youcat.org | www.paulus.pt | youcat.cristojovem.com
PARテ。OLAS
Parテ。bola do rico insensato Lucas 12, 16-21 Pe. Ricardo Josテゥ, scj
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Jesus contou esta parábola: “O campo de um homem rico produziu muitos frutos. Ele pensou consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde armazenar a minha colheita’. Então disse: ‘Já sei o que vou fazer. Vou derrubar os meus celeiros e construir outros maiores, e ali guardarei toda a meu esforço e todos os meus bens. Depois direi a mim mesmo: tens muitos bens, armazenados para muitos anos. Descansa, come, bebe e regala-te’. Deus, porém, disse-lhe: ‘Insensato! Nesta mesma noite vai ser reclamada a tua vida; e o que acumulaste para quem será?’ Assim acontecerá ao que guarda para si as suas riquezas, e não é rico em relação a Deus”.
O tema desta edição da nossa GODzine cinge-se às férias e a escolha desta parábola prende-se com o facto de, por vezes, neste período haver também férias de Deus. A parábola que Jesus apresenta ilustra a atitude do homem voltado para os bens materiais, mas que podemos facilmente transpor para todo o tipo de bens. É um homem previdente, responsável, trabalhador, que até podíamos admirar e louvar; mas que, de forma egoísta e obsessiva, vive apenas para aquilo que parece assegurar tranquilidade e bem-estar. Representa, aqui, todos aqueles cuja vida
é apenas um acumular sempre mais, esquecendo tudo o resto – inclusive Deus, a família e os outros. Qualquer estudante ou mesmo trabalhador – muitos de nós, provavelmente – passa a vida numa “escravatura” dos resultados e dos bens, que não deixa tempo nem disponibilidade para as coisas importantes – Deus, a família, os irmãos que nos rodeiam. Muitas vezes, não temos outra hipótese; outras vezes, essa escravatura resulta de uma opção consciente… Quantas pessoas escolhem prescindir dos outros, para poder dedicar-se a uma carreira
PARÁBOLAS
de êxito... Quantas pessoas esquecem as suas responsabilidades familiares, porque é mais importante assegurar o dinheiro suficiente para as férias… Quantas pessoas renunciam à sua dignidade e aos seus direitos, para aumentar a conta bancária… Tornamo-nos, assim, mais felizes e mais humanos?
Muitas vezes, não temos outra hipótese; outras vezes, essa escravatura resulta de uma opção consciente… Somos sempre convidados a este “descansa, come, bebe e regala-te” que em muitos casos até é justo mas e depois? Esquecemos sempre do depois; e um depois sem os outros, porque não soubemos partilhar ou sem Deus porque não O soubemos louvar, é uma vida vazia e estéril. •
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“Feliz aquela que te trouxe” Lc 11, 27
Pe. Nuno Westwood
DIALETOS DA PALAVRA
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“Enquanto Jesus falava à multidão, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e disse: «Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre e Te amamentou ao seu peito». Mas Jesus respondeu: «Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática». (Lc 11, 27-28).
Verão, sol, praia, piscina, calor, bebidas, malta reunida. A televisão invade-nos com anúncios de bronzeadores, de cremes de beleza e produtos alimentares para manter a linha. Parece que nesta altura apenas importa ter um bom bronzeado e um corpo elegante, sem rugas e que dê bem nas vistas.
A beleza maior é a que nasce do nosso interior, vem de um coração feliz e puro. Mas não é agora altura que se aproveita para retomar os cuidados com o corpo e apostar no visual, se possível bem moreno e vistoso? Sim, sem dúvida, mas facilmente nos apercebemos que o bronzeado logo desaparece, que a juventude não dura a vida toda e, no fundo, sentimos uma exigência em nós, que tem de haver uma beleza que perdura para além da beleza física.
Curiosamente, dentro desta estação, celebramos a solenidade da assunção de Maria ao céu em corpo e alma, que ainda se mantem como feriado nacional. Maria de Nazaré aponta para a verdadeira beleza. Uma alma que vive feliz e fiel à graça de Deus possui uma beleza sobrenatural que nos cativa e aponta para mais além. Um coração puro mexe connosco e faz-nos sentir pequenos. Reparem nos mais pequenos. Quem pode resistir a um sorriso de uma criança? A sua pureza e inocência agradam de tal modo a Deus que o próprio Jesus nos disse: «O Reino dos Céus é das crianças e dos que se fazem como elas» (Mt 18, 3-4). A beleza maior é a que nasce do nosso interior, vem de um coração feliz e puro. Porque será que o rosto da criança é o rosto mais belo do mundo? Certamente que não é por causa dos cremes ou de algum tratamento facial, mas precisamente porque elas são genuínas, verdadeiras, puras.
A certa altura perguntaram a Miguel Ângelo, que esculpiu a bela imagem da Pietá, por que é que fez uma Nossa Senhora tão jovem, quando devia aparecer já velha, com rugas. Disse este famoso escultor que, apesar da tristeza e do sofrimento que Nossa Senhora teve, ela viveu sempre sem pecado. A sua vida era imaculada e transparecia a graça de Deus. Por isso nela, mesmo nos momentos difíceis, mesmo depois de muitos anos de vida, o seu rosto mostrava ainda a frescura da juventude. Seremos sempre jovens e felizes de coração sempre que, como Maria, por trazermos Cristo em nós!
“...mesmo nos momentos difíceis, mesmo depois de muitos anos de vida, o seu rosto mostrava ainda a frescura da juventude.” Caros amigos, nesta época do ano, aproveitemos para nos aproximarmos da Mãe de Deus e aprendamos com Ela que o segredo da verdadeira beleza e o espírito jovem começam no nosso interior. •
FOLHA DOS SANTOS
Santo Agostinho
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Foi a 13 de novemnro de 354 que nasceu Aurelius Agustinus, cujos os pais eram um pagão de nome Patrício e a ferverosa cristã Mónica. Aurelius, hoje conhecido por Santo Agostinho, foi uma criança alegre, buliçosa, entusiasta do jogo, travessa e mante da amizade. Vistos os métodos de ensino serem muito agressivos este, desinteressou-se pelos estudos. Porém, os adultos definem Aurelius como “um menino de grandes esperanças”, tendo um coração inquieto. Já na sua juventude, Agostinho, entregou-se com afinco e aprendeu toda a ciência do seu tempo. Este acaba mesmo por ser um professor extraordinário de retórica em Cartago, Milão e Roma. Agostinho, viveu sedento da Verdade e Felicidade. Ou seja, um vazio de Deus e preso ao pecado. Chega mesmo a enganar e ser engando. Porém tinha um coração que buscava a verdade. Sua mãe, através de orações, leva Agostinho ao encontro da graçapelo caminho da interioridade. Teve sempre um coração jovem. Deixou de ser docente e vai para o CASSICÁCO – recinto de paz e silêncio onde o Evangelho é colocado em prática, vivendo somente a verdade. Foi na primavera de 387 que Santo Ambrósio realiza o seu batizado. Após a morte de sua mãe, Mónica, vende todoas as posses projetando o seu programa de vida de POBREZA; ORAÇÃO e TRABALHO. Em 391, Agostinho é proclamado sacerdote. Cinco depois, os cristãos de Hipona apresentam-no ao Episcopado. Em 429 os vandâlos, atravessam o estreito de Gibraltar. Agostinho é cercado com todo o seu povo, acabando por se deixar ir abaixo. É ao terceiro mês do assédio, que Agostinho faleceu. Este ocorreu a 28.agosto.430, tinha ele 76 anos de idade. •
Fontes:
http://www.osa.org.br/osa/stoagostinho/vida.html
AJUDA À IGREJA QUE SOFRE
Yes, YouCat!
Brasil: Jornadas Mundiais da Juventude com apoio da Fundação AIS Fundação Ajuda à Igreja que Sofre
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Mais de 1 milhão de exemplares do Catecismo Jovem, o YouCat, vão ser distribuídos em Julho, no Rio de Janeiro, nas próximas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), que contarão, pela primeira vez com a presença do Papa Francisco. Uma acção só possível graças à enorme generosidade dos benfeitores da Fundação AIS. Vai ser a primeira visita oficial do Papa Francisco. E logo ao Brasil, para as JMJ. Ver e ouvir o Papa, que seguramente vai falar em português, neste encontro que vai reunir largos milhares de jovens provenientes de todos os cantos do mundo, está a ser encarado como um acontecimento excepcional. E não pode ser de outra maneira. De 23 a 28 de Julho, o Rio de Janeiro vai converter-se na capital da fé do mundo.
AJUDA À IGREJA QUE SOFRE
Olá, Papa Francisco! A cidade mais linda vai acolher este Papa que, oriundo “do fim do mundo”, está a revolucionar a Igreja, a levá-la para “as periferias”, a convertê-la ao essencial. A Fundação AIS está profundamente empenhada no apoio às JMJ. Já foi assim em Madrid, em 2011, e será assim este ano, no Brasil. Um apoio que se materializa na impressão e distribuição de mais de 1 milhão de exemplares do YouCat, o Catecismo da Igreja Católica dirigido aos mais jovens.
Fé contagiante As JMJ não são um concerto de Verão, em que multidões de rapazes e raparigas oriundos de praticamente todos os países do mundo se reúnem junto a um palco para “curtirem” as bandas do momento. Não. Estas Jornadas são uma expressão profunda da alegria da fé cristã que só os jovens conseguem transmitir. Mas não é um encontro superficial. Trata-se de um
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evento que irá seguramente deixar marcas. Nenhum jovem vai às JMJ e regressa a casa sem ter sido contagiado.
Cristãos mais adultos A distribuição de mais de 1 milhão de exemplares do YouCat é a certeza de que todos os que receberem o livro vão ter mais respostas aos anseios da fé, às suas dúvidas. Vão robustecer as certezas do coração, vão tornar-se cristãos mais adultos, mais confiantes. Já foi assim em Madrid, em 2011, e o resultado excedeu as expectativas. Até ao final do corrente ano, com a edição do Catecismo jovem por causa das JMJ no Rio de Janeiro, terão sido distribuídos mais de dois milhões e trezentos mil exemplares deste livrinho de capa amarela que oferece a fé dos cristãos traduzida em respostas às muitas perguntas que os jovens fazem todos os dias. • Saiba mais em www.fundacao-ais.pt
Nessas fĂŠrias vamos fazer algo melhor! Antonio JoĂŁo do Nascimento Neto, SDB
CRISTO JOVEM BRASIL
É comum que, quando entramos de férias, a única coisa que nos vem à mente é descansar. Livres de todas as responsabilidades que nos são impostas pelos estudos e pelo emprego, pensamos apenas em nos divertir, relaxar na praia, ir ao cinema, shopping, shows ou viajar com amigos. Quando, porém o dinheiro é pouco, as viagens são substituídas por causais encontros em parques, na casa dos amigos ou passeios ciclísticos e, claro, navegar na web! Bem, se toda a turma está de férias, logo, sem muita coisa pra fazer, que tal, todos juntos fazerem algo que vai agradar não só a um, mas a vários grupos de pessoas? Porque não todos juntos procurarem uma atividade voluntária? Não seria o máximo? É graças a esse tipo de atividade que muitas ações da sociedade organizada têm suprido o fraco e até inexistente investimento governamental em educação, saúde, lazer etc. Somos cristãos e não podemos nos omitir às tristes realidades ao nosso redor. Pois como nos disse o Papa Francisco na audiência que teve com os jovens alunos das escolas jesuítas: “Nós, cristãos, não podemos agir como Pilatos e lavar as mãos, não podemos!” Portanto, conscientes de todo mal que fazemos se ficarmos parados, vamos fazer algo melhor nessas férias! Junte sua turma de amigos, se organizem e vejam: há asilos de idosos próximos às
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vossas casas, no bairro? Porque não fazerlhes umas visitas, chamar o padre para celebrar lá uma missa com eles e apresentar peças teatrais, um baile dançante, as garotas podem levar maquiagens e acessórios de beleza para as senhoras, ou mesmo um bazar em seu benefício? Já fui a alguns asilos na minha cidade e posso garantir que só a atitude de sentar e conversar com eles já lhes faz um bem sem tamanho. É inesquecível ver aqueles olhos cansados, porém atentos a ti e cheios de alegria porque eles sentem que suas vidas não estão no triste fim, mas que há alegria e coisas novas podem acontecer. Teus amigos, com certeza não sairão de uma experiência como essas da mesma forma como foram, eu posso garantir.
“Nós, cristãos, não podemos agir como Pilatos e lavar as mãos, não podemos!” Será também muito divertido reunir os amigos para, numa tarde de sol, pintarem alguns muros sujos do bairro, colocando várias cores e reavivando a paisagem ao vosso redor! Uma “pool party”, onde os convidados devem trazer uma peça amais de roupas, ou mesmo alimentos para doação. Há muitas formas de aproveitar bem as férias, fazendo o bem, pois como já cantou o grande mestre da bossa-nova
brasileira, Tom Jobim: “É impossível ser feliz sozinho.” Em Portugal, o exemplo mais antigo e importante é representado pelas Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários, pilar fundamental do exercício “Vida por Vida”. No Brasil, o Dia Nacional do Voluntariado foi instituído em 28 de agosto de 1985 para reconhecer e destacar a ação das pessoas que doam tempo, mão de obra e talento para causas de interesse social e para o bem da comunidade. Essa seria uma boa pedida para as férias! Mais que dias entediados diante do computador, da televisão ou mesmo sentado ao sol, sem nenhuma atividade que realmente traga prazer, investir uma parte do tempo de férias em atividades voluntárias é fazer história. É sentir-se bem por ser alguém útil e poder receber a melhor remuneração de todas: espalhar bons sentimentos e fazer acontecer o reino de Deus. Boas Férias! •
JUVENTUDE QUE ACREDITA
MĂşsica para os teus ouvidos Miguel Mendes
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Sento-me e preparo-me para escrever mais uma rúbrica para a Godzine, mas a verdade é que as palavras teimam em sair. Sem inspiração, começo a ouvir o CD dos Ooberfurse (uma das bandas convidadas para o Festival Jota 2013) e presto atenção à letra. São músicas não só de oração, mas também de intervenção, o que me deixa pensativo… Qual será a nossa função no mundo enquanto cristãos? Rezar, ajudar os outros, amar o Pai? Ou seremos também chamados a intervir na sociedade em que estamos inseridos? Leio e releio notícias e textos de Bento XVI e do Papa Francisco e a resposta é clara. Não somos chamados a ser cristãos apenas dentro da Igreja mas, acima de tudo, fora dela, no quotidiano. Diz-nos o Papa Francisco que devemos manifestar no quotidiano os sacramentos que recebemos, manifestando as nossas convicções nos nossos “comportamentos, gestos e escolhas”. Mas isso nem sempre é fácil… Muitas vezes enquanto jovens sentimos o peso e o estigma de ser cristão, e o receio de nos afirmarmos perante os nossos amigos e colegas toma conta de nós. Faz parte do nosso crescimento como pessoas e como cristãos. Mas como ultrapassar esse receio e mostrar ao mundo as nossas convicções? A
resposta não é fácil, mas olhemos para o exemplo da música de inspiração cristã, que cada vez mais aposta na qualidade, na originalidade e em sonoridades diferentes para chegar a mais pessoas.
Diz-nos o Papa Francisco que devemos manifestar no quotidiano os sacramentos que recebemos, manifestando as nossas convicções nos nossos “comportamentos, gestos e escolhas”. Temos hoje bandas cristãs de elevada qualidade musical, que são sucessos a nível mundial, e temos outros projetos muito interessantes a nível de sonoridade que começam a ganhar forma. No Festival Jota deste ano temos dois casos muito interessantes, por motivos diferentes: os The Sun e os Ooberfuse. Após uma fase de muito sucesso profissional a nível internacional, os The Sun passaram por um momento de
JUVENTUDE QUE ACREDITA
revelação espiritual que alterou a sua forma de ver o mundo e a música. Foram momentos de viragem que levaram a banda a transmitir, nas suas músicas, uma mensagem de esperança e atitude positiva perante a vida. As temáticas das canções abordam a sexualidade e o amor, a coragem, a gratidão, a família, a fé e o amor de Deus. Os Ooberfuse são outro exemplo, pela sonoridade diferente, que imprimiram às suas músicas de intervenção e inspiração cristã: o electro pop. Numa entrevista concedida ao Independent Catholic News em Outubro do ano passado, a vocalista Cherrie Anderson explicava que a banda procura explorar verdades centrais da Fé numa linguagem contemporânea. E o resultado está à vista! Mas desenganem-se os que pensam que só existem exemplos destes “lá fora”. Temos em Portugal, bandas de grande qualidade que aliam uma mensagem de inspiração cristã a uma sonoridade moderna e atual. Um dos exemplos mais consistentes é a Banda Jota que há anos nos continua a brindar com excelentes mensagens e músicas com sonoridade Pop Funk. Mas não é só por isso que a Banda Jota é um exemplo. O passar dos anos mostra-nos um grupo musical, uma comunidade cristã, que soube continuar a sê-lo e manteve a consciência do seu
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trabalho na evangelização, apesar das alterações das vidas pessoais de cada um. Desde que começaram, os membros da Banda Jota já terminaram cursos, casaram e tiveram filhos, mas continuam a “dar-nos música” com a mesma força e determinação que tinham no primeiro dia em que se juntaram. Existem muitos outros artistas e bandas que mereciam igual destaque, mas o espaço não permite. Para os conheceres podes passar na secção de música do portal Cristo Jovem. Aproveita e adiciona algumas bandas de inspiração cristã ao teu mp3. Vais ver que te surpreendes! •
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