Rede

MATA DE SANTA GENEBRA DESCUBRA ESSE PARAÍSO CAMPINEIRO, QUE É PATRIMÔNIO NATURAL

revista

redeimobiliária ANO 4

EDIÇÃO 13

campinas

NOVEMBRO / DEZEMBRO DE 2013

DINÂMICA DO FINANCIAMENTO PLANEJAMENTO É FUNDAMENTAL PARA ACERTAR NO NEGÓCIO ESPECIAL

MALHA URBANA Cidades que inspiram ações de revitalização

COMPRA VENDA ALUGA

IMÓVEIS RESIDENCIAIS, COMERCIAIS E INDUSTRIAIS, OS MELHORES COM EXCLUSIVIDADE DAS PRINCIPAIS IMOBILIÁRIAS DE CAMPINAS E REGIÃO

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Sumário

redecampinas.com.br Edição 13 | Ano 4 | Novembro / dezembro de 2013

Mata de Santa Genebra #36

Promoção do convívio sustentável em sintonia com interfaces de afetos e sensações.

Dinâmica do financiamento #30 Acompanhar a decisão potencializará o planejamento assertivo do negócio.

Cautela contra impostores #28 Golpistas são um fato recorrente no mercado da Região Metropolitana de Campinas, aponta pesquisa.

Atualidades do setor #14 Política de conservação é revisada em Campinas.

Iniciativa busca reunir esforços de revitalização urbanística.

Malha urbana

Cidades que inspiram ações de revitalização

#16

10 | Revista da Rede

Editorial Planejar e agir de forma integrada

N

ossa briga se concentra em atingir indicadores internacionais e sair do lugar comum.

Temos a certeza de que Campinas está em um caminho pleno de prosperidade, pronta para superar as expectativas solicitadas e convencer a comunidade de investidores, em dimensões ainda mais complexas, que possam agregar força e visibilidade em toda a cadeia produtiva do setor imobiliário.

Estamos otimistas com a recuperação crescente da municipalidade quanto ao segmento, sobretudo acerca das deliberações favoráveis à entrada de novos empreendimentos. Ao acompanharmos locais como Québec e Barcelona, temos a convicção de que precisamos redefinir nossas metas, em direção a patamares que reúnam criatividade, tecnologia de informação, gestão descentralizada e muito empenho, para fazer valer uma

É uma publicação bimestral da Rede Imobiliária Campinas. Distribuída gratuitamente, com design e conteúdo desenvolvidos pela Gracioli Editora. Tiragem: 20.000 exemplares COMISSÃO EDITORIAL Rede: Gustavo Henrique Carnib Gracioli: Cristiane Gracioli / Juliano Sanches

nova paisagem na RMC, em uma rede de valores dirigida ao urbanismo de ponta, a resolução de conflitos socioambientais e a um empreendedorismo comprometido com o conjunto de instâncias participativas.

Nessa edição, a Revista da Rede traz à tona os vínculos entre sustentabilidade, arquitetura, cultura e desenvolvimento, sob o pano de fundo de projetos sofisticados, que têm motivado as lideranças em estratégias ambiciosas de mudança, com praticidade e dinamismo.

A ética nos negócios é o conceito que defendemos em contratos, relações com colaboradores e parceiros. Reivindicamos a legalidade e o compromisso com o cumprimento das etapas da dinâmica interpessoal. O funcionamento pleno dos equipamentos públicos, a liberdade de comércio e o diálogo contínuo são critérios imprescindíveis para o cenário

da atualidade. Os investimentos federais e estaduais possibilitam uma conjuntura de reformulação de paradigmas para a cidade, com a projeção de inúmeros incentivos à competitividade. Com o apoio às economias paralelas ao âmbito habitacional, instaura-se uma nova tomada de decisão, em que o fomento à geração de novas aplicações ganha protagonismo e permite uma aceleração altiva da cooperação entre os atores.

De Lucca Antonio De Lucca Junior, presidente.

EDITORA Cristiane Gracioli cris@gracioli.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Juliano Sanches - MTB: 52700/SP TEXTOS E REPORTAGENS Juliano Sanches redacao@gracioli.com.br DEPTO. COMERCIAL E PUBLICIDADE Gracioli Comunicação LTDA. contato@gracioli.com.br - (19) 3201-5715.

PRESIDENTE: Antonio De Lucca Junior

executivo@redeimobiliariacampinas.com.br VICE-PRESIDENTE: Dra. Rosana Cristina Chiminazzo Moreira DIRETOR TESOUREIRO/FINANCEIRO: Mário Augusto Uchoa Filho

Rua Dr. Guilherme da Silva, 413 - Cambuí - Campinas - SP | F: (19) 3254.0815 | redecampinas.com.br novembro / dezembro 2013 | 13

NEWS

Foto: Carlos Bassan

Atualidades do setor

Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP), o segmento fechará o ano com crescimento de 2%, ante o mesmo período do ano passado.

Política de conservação é revisada em Campinas

Modalidade de crédito impulsiona valor de imóveis

Iniciativa busca reunir esforços de revitalização na malha urbana

Panorama mobilizará mudanças na tomada de decisão dos investidores

O

Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc) inicia o trabalho de definição dos imóveis destinados à conservação no Centro, entre os perímetros Expandido e Histórico. Na catalogação, estão listadas 400 propriedades, inseridas em uma política de tombamento, que aguardam pelo corte do Imposto Predial e Territorial (IPTU), enquanto benefício inerente à modalidade.

Medida busca a defesa dos valores acumulados ao longo da história.

14 | Revista da Rede

A

elevação do limite de financiamento de propriedades de R$500 mil para R$750 mil, por meio do acumulado do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), incidirá sobre as precificações posteriores. O cenário terá reflexos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal. As pesquisas dirigidas ao setor revelaram que o m² teve alta de 10,5% no Rio e de 8,6% em São Paulo até agosto. Em Minas Gerais, a aceleração ficou atenuada, com 1,5% e 2%.

SP aquece procura de imóveis no segundo semestre Amostragem sinaliza potencialização da capacidade de ampliação

S

egundo o Sindicato da Habitação (Secovi-SP), a comercialização de bens imobiliários na capital paulista atingiu o marco de elevação de 45% nesse ano. Somente em agosto, a alta chegou a 86% em relação ao mesmo período do ano passado. O montante de novos empreendimentos, até o oitavo mês, alcançou 18.261 unidades, o que representou 39,1%.

Na amostragem de participação no mercado, foram 22.368 aquisições, ante 15.530, em 2012.

Especial

Malha urbana

Cidades que inspiram ações de revitalização

E

m um conjunto de frentes de planejamento, a urbanização passa a instaurar processos sustentáveis e inteligentes.

0 caminho das novas dinâmicas do setor habitacional tende a se alinhar às prerrogativas da gestão da informação, sobretudo em Campinas, que apresenta uma competitividade significativa em pesquisa. A cidade conta com inúmeras instituições de nível superior de alta visibilidade, como a Unicamp, classificada em segundo lugar pela SIR World Report 2013, no ranking de produção científica (entre 2007 e 2011) das 2.740 brasileiras. O idealismo de expansão se reporta a modelos de referência em todo o mundo, como o Vale do Silício, Califórnia, Estados Unidos.

16 | Revista da Rede

Com a presença de referenciais pujantes, como o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (Ctbe), a Companhia de Desenvolvimento do Polo de Alta Tecnologia de Campinas (Ciatec), através de aplicação de recursos do governo federal, as interfaces institucionais passam a induzir novas políticas complementares, com eixos diretos e indiretos.

Foto: Valeria Abras

ESPECIAL MALHA URBANA

Ciatec, em Campinas. Em oito anos, R$ 2,7 milhões movimentados em projetos.

ACELERAR PARA ATINGIR UM NOVO POSICIONAMENTO

E

m Campinas, os dois polos de alta tecnologia, em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), promovem inúmeros estímulos à geração de novos vetores industriais, agregados à promoção de políticas públicas.

Entre as instâncias apoiadoras, estão a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Ulysses Semeghini,

18 | Revista da Rede

em atenção à ampliação do número de terrenos comerciais, estuda elevar o perímetro da Ciatec 2 (Macrozona 2) até próximo ao pedágio da Rodovia Adhemar de Barros. A medida busca potencializar o aproveitamento da região do polo, por meio de uma mudança no zoneamento, conforme a lei de uso e ocupação do solo. Com três milhões de m², 36 empresas, áreas de preservação permanente (APP) e verdes, o espaço cada vez mais se destaca no estado de São Paulo. Em oito anos, a Ciatec movimentou R$2,7 milhões em projetos. A função da Prefeitura tem sido colaborar, por meio da oferta de incentivos fiscais e com as políticas de redefinição das Ma-

crozonas (regiões determinadas através do planejamento local).

Uma série de fluxos viários está em debate, para permitir o acesso com rapidez e combater os congestionamentos. Entre as alterações, está a conexão entre o viaduto do Shopping D. Pedro com o centro da Ciatec 2 (que está em construção até o balão da Unicamp). A continuidade da Avenida Érico Veríssimo, a instalação da ponte do Ribeirão Anhumas e a duplicação de trechos específicos (ligados com Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, Cargill, CPqD) fazem parte das operações da municipalidade.

VALORES DO MODELO IMPLEMENTADO NO CANADÁ

R

espaldado pelo acompanhamento das ações de ponta de capitais como Londres e Paris, com o empreendedorismo focado na melhoria contínua dos meios de intervenção no entorno (enquanto modalidade de responsabilidade institucional), o diálogo entre os agentes da cadeia produtiva imobiliária passa a exigir novos esforços público-privados, em favor de requalificar o aproveitamento do espaço urbano, através de convênios entre municipalidade, empresa, fornecedores e universidade.

Com o cenário, em sinergia com a cultura socioambiental, por consequência, os âmbitos de infraestrutura, economia, mobilidade urbana, descentralização, cultura e lazer se

tornam demandas da configuração da paisagem em ascensão. A Cidade Multimídia, em Montreal, lançada em 1998, figura entre os casos mais bem avaliados, devido à projeção do polo local, enquanto catalisador de novos dínamos sociais e culturais e, consequentemente, do Produto Interno Bruto (PIB). O mercado residencial se aqueceu, o que fez surgir 500 unidades habitacionais, além de uma série de empreendimentos comerciais e de serviços (cafés, lanchonetes, oficinas gráficas), para atender às necessidades dos usuários. Além de Montreal, Toronto e Vancouver se apresentam como centros de referência em plataformas e patentes destinados a softwares e equipamentos.

QUEBEC PROPÕE NOVOS DESAFIOS URBANÍSTICOS A província de Quebec, ao inserir, em 1997, os Centros de Desenvolvimento de Tecnologia de Informação (CDTI), tem apostado em um estatuto de manejo peculiar. No arcabouço de iniciativas, as esferas de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) e Ciência & Tecnologia (C&T) atuam continuamente na recuperação das regiões em condição de degradação, enquanto resposta à rede de colaborações, que se faz presente por meio das parcerias introjetadas. As políticas locais buscam conquistar a juventude, com criatividade e abertura para novas alternativas de participação, sobretudo por meio da retenção de talentos nas indústrias multimídias. O bairro Faugbourg des Récollets, através de esforços instaurados no desenho, passa a ganhar um redimensionamento progressivo, com várias etapas de aprimoramento em alusão à região portuária e às produções de informatização.

Museu Biosphere na cidade de Montreal, Canadá. novembro / dezembro 2013 | 19

ESPECIAL MALHA URBANA

BARCELONA VERSATILIDADE EM FAVOR DE RUPTURAS

O

legado da arquitetura de Antoni Gaudi (1852-1926) tem estabelecido um contraste potente frente às novas plataformas comerciais e culturais de Barcelona, Espanha. Desde os Jogos Olímpicos de 1992, o manejo de lixo se tornou uma prioridade de alta demanda, com a oferta de ruas limpas, por meio do sistema de captação subterrânea, que dispensa o uso de caminhões de coleta. A iniciativa reduz as despesas dos cofres públicos e promove a geração de eletricidade.

Quando a matéria orgânica é sugada, através de escotilhas espalhadas em um conjunto de pontos disponíveis, a teia de tubos estabelece um percurso de 70 km/h, até um centro de triagem, em que um complexo de turbinas é impulsionado, o que culmina em geração de energia elétrica. O recurso é similar à inserção de gás, água e fiações. Em 1999, a Câmara Municipal criou o Departamento da Cidade do Conhecimento,

20 | Revista da Rede

em vínculo com o programa 22@ BCN. O idealismo se concentra em tonar a região um centro de referência em P&D e C&T. Com a intenção de superar as lacunas, as atividades criativas, em consonância com a política de retenção de talentos, representam 10% do montante da economia. A recuperação de 200 hectares de áreas degradadas, inseridas na zona de Poblenou, a menos de 5 km do Ramblas, está entre os fatores de junção do planejamento. São mais de um milhão de m² de instalações industriais circundantes. Entre os fatores pujantes das deliberações, está o oferecimento universal da banda larga e a energia renovável em todos os empreendimentos imobiliários.

A usina de energia verde, no sul da Avenida Diagonal, faz com que a água da chuva e os detritos estejam interligados em um dispositivo de aproveitamento, capaz de abastecer a propulsão elétrica de metrôs e estações de compartilhamento

O design favorece os contatos entre os habitantes, por meio de combinações de aprendizagem e diversão.

Acrescentam-se ao planejamento as especialidades de entretenimento, finanças, saúde e educação de bicicletas públicas. Por meio da alocação de novas praças e parques, em uma área verde de 7,5 hectares e construção de quatro mil novas unidades habitacionais, o município busca consolidar-se com vantagem competitiva e dinamismo, para maximizar a entrada de investidores de outros países. www.22barcelona.com

Cidade de Barcelona, na Espanha: Entre os fatores pujantes das deliberações, está o oferecimento universal da banda larga e a energia renovável em todos os empreendimentos imobiliários.

CORRIDA PELA MODERNIZAÇÃO

N

os países em protagonismo, os fatores preponderantes dos aglomerados incluem novos investidores imobiliários e o aparecimento progressivo de novas silhuetas na topografia da extensão, com o fortalecimento do turismo e da gastronomia, além de outros segmentos paralelos do comércio. Com a dinâmica de interligação, há uma troca constante entre equipamentos públicos, mão de obra especializada, informação técnica, insumos, acordos de complementaridade, treinamentos, arranjos produtivos otimizados, amostragens de desempenho, e dispositivos. O urbanista, professor da PUC-PR, em Curitiba/PR, Fábio Duarte, traz alguns dos posicionamentos validados acerca da geração de novas junções no espaço de convívio.

De que modo o desenvolvimento local pode induzir parcerias e, consequentemente, gerar eficiência na atuação dos equipamentos públicos?

Um bom exemplo da cooperação interinstitucional e eficiência dos equipamentos públicos são algumas unidades do SESC. Em Curitiba, o antigo Paço Municipal, que ficou por anos abandonados, foi restaurado e hoje abriga um SESC, que tem excelência em prover serviços culturais e de lazer para a população.

De que maneira a presença de polos tecnoléogicos beneficia a geração de novas vocações para a malha urbana?

Uma das características nos novos polos tecnológicos é que, diferente dos industriais, eles não demandam grandes áreas e não são poluentes -

não geram gases nem ruídos. Assim, eles podem estar inseridos na malha urbana. Normalmente, também, a maioria das pessoas que trabalha nos polos tecnológicos está aberta a inovações, como por exemplo, atuar em áreas centrais, morar mais próximo ao trabalho, de modo a se locomover a pé ou de bicicleta. Além disso, a relação com as universidades é constante. O que pode ser benéfico, se também a universidade se abrir para a cidade, sem se encastelar em campi isolados, de modo a se distribuir pelas áreas já urbanizadas. A relação do polo de inovação de Nova York, os investidores e as universidades é grande, pois todos estão concentrados em uma mesma região, ao mesmo tempo que distribuídos pela malha urbana ‘normal’ - o que faz com que a cidade se beneficie dessa vitalidade. novembro / dezembro 2013 | 21

ESPECIAL MEIO AMBIENTE

Em Campinas, há um polo tecnológico em expansão. Como o vínculo com universidades, com a Unicamp que está instalada na RMC, colabora com o desenvolvimento de estratégias em favor de ações integrativas?

Do ponto de vista tecnológico e científico, é fundamental a proximidade dos polos com as universidades. Mas, e para a cidade? Se universidade e polo se isolarem da cidade, o único benefício será econômico. Mas, pode ser muito mais, fazendo com que essas atividades se espalhem pela cidade, aproveitando espaços já existentes.

Como o caso das cidades informacionais deve ser observado, ao se levar em consideração os desafios que o país enfrenta em áreas como redes de comunicação, mobilidade urbana e sustentabilidade?

Apesar de vivermos na chamada sociedade da informação, a proximidade física interessa, pois é, no acaso e na diversidade, que novas ideias surgem. A vitalidade das cidades é fundamental para a inovação - não por outra razão que polos tecnológicos como os de Montreal, Nova York, Cambridge, têm empresas, universidades, laboratório, misturados em um ambiente urbano, onde também há praças, residentes, restaurantes, atividades comerciais. A multiplicida22 | Revista da Rede

de de atividades é fundamental para a vida das cidades, para a otimização dos recursos. Para que um metrô se sustente, por exemplo, é preciso ter passageiros o dia todo, não só nas horas de pico. E só a diversidade do ambiente urbano permite isto.

Como você avalia o diálogo entre as representações das políticas nacionais, estaduais e locais?

Dificilmente poderia ser pior. Em nível municipal, dificilmente temos uma equipe técnica competente, que dê o suporte necessário para o desenvolvimento urbano - exceções a algumas grandes cidades. Já nos níveis nacional e estadual, a resposta está em uma pergunta: você se lembra para quem votou para deputado estadual ou federal? Poucos de nós nos lembramos.

O voto distrital é uma possibilidade

de fazer com que os políticos eleitos mantenham-se ligados às regiões que os elegeram e trabalhem por ela, não apenas como ‘currais eleitorais’, mas, de fato, como promotores do desenvolvimento.

Quais as intervenções necessárias para atrair novos invetidores e estimular a economia local das cidades?

Isto depende muito dos recursos naturais, humanos e tecnológicos de cada município. Brotas, no interior de São Paulo, soube se aproveitar dos recursos naturais e de um interesse crescente para o ecoturismo. Há 30 anos, pouca gente conhecia a cidade.

Há 20 anos, tornou-se um destino para paulistanos. Claro que também soube se aproveitar da infraestrutura rodoviária em melhoria – de modo a mostrar um diálogo necessário entre

Foto: Divulgação

políticos e empresários locais com estratégias de desenvolvimento estaduais.

Quais as condições necessárias para melhorar o diálogo entre as instâncias representativas municipais brasileiras?

A disjunção entre políticas urbanísticas municipais fica evidente nas regiões metropolitanas. Apesar de haver agências de planejamento para algumas delas, cada município individualmente tem poder para definir alguns pontos cruciais, como o zoneamento urbano, que dificultam uma integração efetiva. Por outro lado, como importantes impostos são municipais (como o IPTU), as cidades legitimamente usam o zoneamento para melhorar a arrecadação. Talvez a única solução possível seja aumentar a autonomia das agências metropolitanas,

fazendo-as de fato uma unidade de gestão territorial.

Como as ecologias sociais e ambientais devem ser pensadas acerca da melhoria contínua dos municípios?

Os temas ambientais e sociais estão na agenda de todos os políticos e de quase todas as grandes cidades.

Mas, pouco se faz. O que precisamos são medidas objetivas de eficiência energética de edifícios e transporte, por exemplo, e que os municípios sejam premiados com mais recursos por isto; ou também linhas de financiamento e compensações, para aqueles que atingirem acessibilidade universal em edifícios e logradouros públicos, mostrando maior inclusão social. Sem parâmetros, medições e premiações por resultados, pouco avançaremos.

Apesar de vivermos na chamada sociedade da informação, a proximidade física interessa, pois é, no acaso e na diversidade, que novas ideias surgem. A vitalidade das cidades é fundamental para a inovação - não por outra razão que polos tecnológicos como os de Montreal, Nova York, Cambridge, têm empresas, universidades, laboratório, misturados em um ambiente urbano novembro / dezembro 2013 | 23

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PRECAUÇÃO

Golpistas são um fato recorrente no mercado da RMC, aponta pesquisa

Mario Augusto Uchoa Filho, diretor financeiro da Rede Imobiliária Campinas.

Longe de falsas embusteiras, o correto é realizar escolhas profissionais em imobiliárias credenciadas junto ao CRECI

M

uitas vezes, o acordo que parece ter sido um motivo de realização pessoal, devido às circunstâncias da operação, torna-se um oneroso embate, com direito a brigas judiciais quase intermináveis. A posse do conhecimento, por parte de quem quer combater a imprudência a qualquer preço, faz com que os mal-intencionados fracassem e sejam descobertos nos tribunais.

ENTRE A PREVENÇÃO E O CRIME

A Rede Imobiliária Campinas, através de uma pesquisa realizada de janeiro a se28 | Revista da Rede

tembro de 2013 acerca das transações do setor na cidade, identificou um fato recorrente no mercado. Os golpistas, através de um monitoramento incisivo das mídias sociais e de outros recursos direcionados à oferta e à procura, fazem um levantamento dos possíveis focos de atuação, com a finalidade de atacarem os proprietários de imóveis desocupados há pelo menos quatro meses para locação. Por trás do discurso miraculoso, toma-se por base a Lei do Inquilinato ou das Locações Urbanas, nº 8.245, com a pretensão de culminar a tática em processos judiciais, em favor da obtenção de uma série de vantagens.

Foto: Divulgação

Cautela contra impostores

REPENSAR AS RELAÇÕES COMERCIAIS

U

ma recente alteração na lei 8245/91 permite ao juiz deliberar em favor do locador uma liminar para desocupação do imóvel em 15 dias, em caso de ações judiciais de despejo por falta de pagamento. A regra somente é válida para as situações em que não há fiador ou outros mecanismos de garantia. Para as demais, em que existe a modalidade de garantia contratada, como a fiança, não é possível o juiz conceder a liminar para desocupação em 15 dias, e o processo judicial pode se arrastar por até dois anos. Uma decisão abrupta torna inviável a obtenção dos rendimentos, devido ao fato de que os trâmites são postergados por muitos anos. Entre as alternativas, consultar um advogado especializado evita o mal-estar futuro, através de informações de credibilidade e confiabilidade. O diretor financeiro da Rede Imobiliária Campinas, Mario Augusto Uchoa Filho, reforça as iniciativas para inibir a falácia.

COMO SÃO IDENTIFICADOS OS FALSOS CORRETORES E IMOBILIÁRIAS?

Nós fizemos um levantamento sobre essa ocorrência, por meio do contato com os nossos clientes, que informaram sobre como foram surpreendidos com o golpe. Desde 2011, há evidências da prática. Em cada momento, apresentam-se com nome e razão social diferentes, o que dificulta a represália. Conseguem falsos fiadores, optam por regiões nobres de Campinas e falam tudo aquilo que o proprietário quer ouvir, com a intenção de convencê-lo de imediato a cair na armadilha.

QUAIS SÃO AS MEDIDAS PREVENTIVAS?

Ao ser abordado, é fundamental pedir a pessoa que apresente a sua identificação de corretor, o CRECI. São imprescindíveis o nome da Imobiliária que trabalha, o número do respectivo CRECI, telefone, endereço, etc. Vá pessoalmente à sede, conheça suas instalações, procure ao menos saber quem é o representante legal, peça indicações de clientes que já foram atendidos pela empresa. Solicite referências do profissional e da instituição.

COMO COIBIR A AÇÃO?

Aquele que sofreu o golpe precisa divulgá-lo à sociedade. É preciso despertar uma cultura diferente no setor. O Ministério Público deve ser convocado à participação no debate, com a finalidade de desmantelar os grupos.

Trata-se do exercício ilegal da profissão. A omissão reforça o motivo pelo qual, até hoje, muitas pessoas ainda caem até na promessa de bilhete premiado. Por isso, todas as denúncias devem ser levadas à mídia.

QUAL O PERFIL DOS CRIMINOSOS?

Eles não trabalham com a internet, porque não querem deixar rastros, seja por e-mail ou mídias sociais.

Por terem uma retórica de fazer tudo muito rápido, por consequência, no mercado, as empresas sérias, que solicitam mais tempo para análise, acabam por comprometer a própria imagem.

FONTE: REDE IMOBILIÁRIA CAMPINAS

FACÇÃO ENDOSSA CONSTRANGIMENTO

Segundo a Rede, foram mais de 20 casos registrados. Seja por telefone ou visitas, com uma persuasão incredível, os supostos corretores dos escritórios fajutos estão esparramados nos locais mais improváveis.

Através de uma análise minuciosa do histórico de despejos, e consultas ao Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI-SP), são conferidos os aspectos pertinentes ao manejo.

No entanto, a denúncia formal dos fraudadores, na maioria dos casos, não ocorre, porque quem sofreu a ação não quer admitir publicamente que se deixou ser enganado.

TOTAL ATENÇÃO EM CADA PROCEDIMENTO

O objetivo é iludir por meio da obtenção de dados de comportamento

e, consequentemente, instaurar uma pressão psicológica, capaz de induzir a uma tomada de decisão incoerente, a ponto de desestabilizar o controle sobre o fluxo e colocar em risco o patrimônio. Entre as características, há a aceitação sem questionamento das condições oferecidas, a supervalorização da propriedade, a afirmação de que há um locatário interessado, uma vontade de assinar logo a documentação, e a confirmação da intenção de se mudar para a residência o mais breve possível.

DESPREPARO GERA INCIDENTES

Não é incomum receber o contrato pronto, com reconhecimento de firma das assinaturas em cartório, em uma sexta-feira ou sábado à tarde e ainda ter a prerrogativa de acelerar a dinâmica, porque o mediador tem mais

compromissos com clientes no mesmo dia. Todas as etapas são pensadas para fazer com que seja concedida a permissão formal para ocupar ilicitamente o espaço. Depois de exaustivas negociações com o representante da empresa por mais de quatro meses, descobre-se, finalmente, que se trata de uma manipulação, devido à constatação da incongruência dos dados, como em situações em que os nomes das assinaturas não são os mesmos dos que se mudaram. Muitos funcionários das portarias de prédios não verificam se quem conduz o mobiliário para o apartamento está legitimado, tal como a definição entre as partes. Conhecedores assíduos da legislação, os agentes do infortúnio, além de contarem com extenso histórico de faltas de pagamento, articulam a apropriação de cinco aluguéis, e informam endereços inexistentes. novembro / dezembro 2013 | 29

SEU DINHEIRO

Dinâmica do financiamento

Atenção aos documentos inerentes evita transtornos e garante a finalização com tranquilidade e eficiência

Acompanhar a decisão potencializará o planejamento assertivo

A

aquisição de uma nova residência exige atenção acerca da relação com a economia do país. Mudanças na conjuntura devem ser pensadas pelo cidadão ao longo do processo de credenciamento a uma determinada prática, devido à influência dos trâmites atuais sobre os contratos futuros. A tabela price aparece como fator de relevância no cenário macro, justamente em decorrência do retorno da modalidade.

TABELA PRICE

A volta da regra faz com as parcelas não mudem, desde o começo até a quitação. Para os analistas de mercado, a precaução, ao bater o martelo é fundamental, para evitar dores de cabeça. O plano recorrente nos últimos anos era o do Sistema de Amortização Constante (SAC), em que as prestações eram reduzidas ao longo do período de participação.

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VALIDADE DA OPORTUNIDADE

Através de um cálculo realizado pela instituição, é definida a quantia, em uma relação de pagamento mensal, conforme o tempo restante para o término. Com menos denúncias no Procon do que as demais possibilidades de operações, o objetivo da opção é favorecer o acesso ao programa federal “Minha Casa, Minha Vida”. Em junho, 3% das inscrições dirigidas pela Caixa foram efetivadas a partir do uso do recurso. Segundo a Associação Brasileira das Incorporadoras (Abrainc), a renda para adesão se tornou 35% menor, ante a outra. Em 2009, através da Lei 11.977, com divulgação na internet e em outras mídias, ganhou força a cultura de novas incursões de amortização. No conjunto de interações favoráveis, está o fato de que, quando recebe um valor adicional, o usuário tem a chance de antecipar as emissões subsequentes.

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MEIO AMBIENTE

Promoção do convívio sustentável em sintonia com interfaces de afetos e sensações

Fotos: Carlos Bassan

Mata de Santa Genebra

Dedicação à geração de uma cultura de atenção socioambiental progressiva.

Agentes convocam à realização de um conjunto de projetos integrativos 36 | Revista da Rede

F

ora dos condicionamentos que o dia a dia impõe de modo abruto e com regularidade nas grandes cidades, as novas gerações, diante de alertas como o aquecimento global e as mudanças climáticas, motivam-se em encontrar novas respostas em grupos, principalmente com a intenção de conhecerem um lado da vida urbana, que poucos têm contato na atualidade. Em Campinas, a Fundação José Pedro de Oliveira (FJPO), ARIE Mata de Santa Genebra (MSG), catalisa o anseio por focos de trabalho que reúnam políticas em alusão ao verde e, em paralelo, parcerias público-privadas de desenvolvimento social, capazes de criar junções entre a sociedade da informação que se faz presente e as iniciativas de requalificação das silhuetas naturais, que foram constituídas ao longo dos anos. Ouvir o canto dos pássaros silvestres e observar a adaptação natural na paisagem conduzem a uma busca de si mesmo, em pleno aprendizado

com os elementos ao redor. A conexão traz uma diversidade de formas, tons, movimentos, emoções. Por consequência, o cenário produz reflexão, identificação e construção de valores.

CONHECIMENTO ALIADO AO BEM-ESTAR

Por meio de complexos ecossistemas, a fauna e a flora mantêm uma teia de trocas crescente, mesmo em meio à poluição e ao declínio de regiões. Enquanto contrapartida, o novo panorama urbanístico, presente em grande parte dos países da Europa, que prevê as fontes renováveis e limpas de energias (como no caso das torres eólicas), em consonância com o empreendedorismo e o lazer, impulsionam a uma tomada de posição alinhada à produção de diferenças, capaz de revisar a conjuntura atual e propor novas frentes de debate, em que os municípios passam a ser pensados como um todo, referendados em redes organizativas.

HISTÓRIA QUE PREVALECE

A

origem se reporta à Fazenda Santa Genebra, cujo proprietário foi Barão Geraldo de Resende. Por meio da Lei Municipal nº 5118, de 14 de julho de 1981, foi realizada a concessão ao poder público da extensão. O tombamento, enquanto Patrimônio Natural, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT), ocorreu por meio da Resolução n° 03, de 03 de fevereiro de 1983. A topografia também se credenciou na esfera de atenção pública, por meio do Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (CONDEPACC), através da Resolução nº 11, de 29 de setembro de 1992. www. santagenebra.org.br

novembro / dezembro 2013 | 37

MATA DE SANTA GENEBRA

O Presidente da Fundação José Pedro de Oliveira, ARIE Mata de Santa Genebra, Pedro Henrique D. P. Nogueira, evidencia as relações de cooperação fomentadas pela Prefeitura de Campinas

JORNADA POR SABERES E PERCEPÇÕES O herbário da MSG, que conta com um sistema de controle sobre a temperatura, é planejado para atender a um rico material botânico, coletado através de pesquisa de campo pelas trilhas internas. São 236 exsicatas em âmbito de espécies. A instituição atua no contato com pesquisadores de inúmeras universidades, com a finalidade de fomentar a catalogação, por meio da realização de estudos acerca dos habitats de cada tipologia. Os corredores ecológicos, o viveiro de mudas nativas, a pesquisa de organismos patogênicos (que ocasionam a mortalidade de grandes árvores) se constituem como atrativos instigantes. Ao chegar no borboletário, 3.027,88 m², criado 38 | Revista da Rede

em 2000, há recursos lúdicos, que evidenciam a conscientização sobre a relevância dos insetos, em favor do equilíbrio da Mata Atlântica. O presidente da Fundação José Pedro de Oliveira, ARIE Mata de Santa Genebra, Pedro Henrique Delamain Pupo Nogueira, evidencia as relações de cooperação fomentadas pela Prefeitura de Campinas.

QUAIS SÃO AS METAS DE INTERVENÇÃO PREVISTAS PARA A MATA DE SANTA GENEBRA, EM FAVOR DA PROMOÇÃO DA INTERAÇÃO CULTURAL?

A FJPO promove o uso público da MSG, em ações de educação ambiental para grupos com diversos interesses. Os profissionais da Mata

atendem a grupos escolares, crianças da Turma do Verde, promovem visitas abertas à comunidade, a pesquisadores e observadores em geral. Para o atendimento de Grupos Escolares, são utilizados roteiros adequados à diversidade etária dos alunos interessados em visitar a ARIE MSG. A iniciativa busca oferecer aos professores uma alternativa pedagógica para abordar temas relevantes à formação dos alunos em cada ciclo de ensino. O Projeto Turma do Verde, realizado em parceria com o Núcleo de Ação Social (NAS), permite que crianças residentes no entorno da ARIE Mata de Santa Genebra participem de atividades de educação ambiental no interior da Unidade de

Fotos: Carlos Bassan O Projeto Turma do Verde, realizado em parceria com o Núcleo de Ação Social (NAS), permite que crianças residentes no entorno da ARIE Mata de Santa Genebra participem de atividades de educação ambiental no interior da Unidade de Conservação (UC) a cada 15 dias, às sextas-feiras.

Conservação (UC) a cada 15 dias, às sextas-feiras. Durante o programa, são apresentados aspectos da floresta e do entorno, conflitos socioambientais, e elaborados projetos de intervenções na Mata e na comunidade.

A visita monitorada aberta à comunidade, realizada no último domingo de cada mês, oferece a oportunidade para que os cidadãos de Campinas e região conheçam a realidade da Unidade e participem de uma atividade de educação ambiental, em contato direto com a ARIE Mata de Santa Genebra. Para o atendimento de grupos não escolares, interessados em visitar a Mata de Santa Genebra, são elaborados roteiros e materiais didáticos específicos, em considera-

ção às necessidades de cada grupo.

Dentre os grupos recebidos no ano de 2013, destacam-se: pessoas com deficiência, Terceira Idade, Observadores de Aves de Campinas (Goac), instituições de ensino e pesquisa.

DE QUE MANEIRA O LOCAL ESTÁ PLANEJADO QUANTO AOS ÂMBITOS DE CONSERVAÇÃO?

As ações da ARIE Mata de Santa Genebra estão planejadas em função de aspectos como o monitoramento da Unidade de Conservação, o controle de espécies, a recuperação de áreas degradadas, o aumento da conectividade com outros fragmentos da região, e a educação ambiental.

Dentre as ações de monitoramento

da Unidade de Conservação, estão o acompanhamento de plantios para a restauração florestal, a fiscalização de incêndios florestais no entorno do fragmento, além do levantamento e controle de fauna, flora, recursos hídricos, entre outros. O manejo preventivo envolve, principalmente, a supressão de espécies de gramíneas e lianas, que invadem a mata e impedem que a vegetação nativa se desenvolva de forma adequada.

A recuperação de áreas degradadas contempla o controle de inúmeras áreas, como a região que passou por um processo de queimada, com aproximadamente 28 hectares, atingida por incêndios florestais no passado, e que não demonstra capacinovembro / dezembro 2013 | 39

Fotos: Carlos Bassan

MATA DE SANTA GENEBRA

Sob a chancela de propiciar novas simbioses entre ambientes, pessoas e vegetações, o uso coletivo das instalações favorece a expansão da alteridade, através de meios criativos de engajamento dade de recuperar-se por si própria.

Dessa forma, entre os anos de 2013 e 2015, será realizado o plantio de aproximadamente 46 mil mudas, de maneira a promover a recuperação florestal. Para aumentar a conectividade com outros fragmentos da região, a Fundação tem participado de ações de recuperação de áreas como os Bens Naturais C e D, tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas, além da Área de Proteção Permanente do Córrego da Mata, situada na Zona de Amortecimento da Unidade de Conservação. Essas ações são fundamentais, por permitirem a circulação de animais entre os diversos fragmentos da região, de modo a aumentar as chances de perpetuação de espécies com populações pequenas, como é o caso da onça-parda.

EM QUE MEDIDA AS VOCAÇÕES RECREATIVAS E ARTÍSTICAS ESTÃO INSERIDAS NA DINÂMICA DE VISITAÇÃO? 40 | Revista da Rede

Com o objetivo de possibilitar uma abordagem diferenciada da temática ambiental, a Fundação realiza eventos, com foco em diversas formas de manifestações artísticas e culturais.

Assim, no ano de 2013, foram realizados os seguintes eventos abertos à comunidade: Peça teatral “Catação de histórias e contação de lixo”; Mostra de Cinema Ecocine Sessão Bem-te-vi; Oficina de Construção de Instrumentos Musicais com Sucata; dentre outros.

mental estejam representados nas discussões sobre temas, que tangem à gestão do perímetro e de seu entorno.

DE QUE MANEIRA A PREFEITURA MOBILIZA O TERCEIRO SETOR E OUTRAS INSTÂNCIAS PARTICIPATIVAS, EM FAVOR DA ATENÇÃO AO ENTORNO?

COMO A PRÁTICA DE RECUPERAÇÃO DA DEGRADAÇÃO DAS ÁREAS CIRCUNDANTES É IMPULSIONADA COM A ATUAL ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA?

A Fundação, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), iniciou as etapas para a instituição do Conselho Consultivo da ARIE Mata de Santa Genebra. Esse conselho visa à gestão participativa da Unidade, o que permite que tanto o setor governamental como o não governa-

Dentre as ações realizadas, destacam-se o monitoramento, o combate a incêndios florestais, e a elaboração de um projeto em parceria com o Núcleo de Ação Social, para a recuperação de 0,11ha de Área de Preservação Permanente, no Córrego da Mata, situado na Zona de Amortecimento da Unidade de Conservação.

QUAL A INTEGRAÇÃO ENTRE AS SECRETARIAS DA PREFEITURA DE CAMPINAS?

A integração da Fundação com as secretarias ocorre em diversos momentos e tem por objetivo desde a formação de pessoal e reformulação de programas de educação ambiental até ações para o planejamento estratégico da instituição e de recuperação florestal. Um exemplo de integração entre as diversas secretarias e órgãos da administração indireta de Campinas ocorreu durante a Semana de Meio Ambiente de Campinas (SEMEIA) 2013, quando uma programação muito ampla foi oferecida à população, por meio da articulação de diversas pastas.

COMO O DIÁLOGO COM AS EMPRESAS DA RMC É INSTIGADO PELA GESTÃO?

A Fundação realiza ações de recuperação ambiental na Mata por empresas, interessadas em valorizar o meio ambiente e cumprir condicionantes e contrapartidas. Essas intervenções proporcionam benefícios diretos à Unidade, sem onerar a Fundação.

QUAIS OS PRINCIPAIS ATRATIVOS, QUE ESTIMULAM PESQUISADORES E OBSERVADORES ACERCA DA OCUPAÇÃO REGULAR?

A Mata de Santa Genebra é utilizada como um importante laboratório para o desenvolvimento de pesquisas em áreas como Ecologia, Restau-

A visita monitorada aberta à comunidade, realizada no último domingo de cada mês, oferece a oportunidade para que os cidadãos de Campinas e região conheçam a Unidade e participem de uma atividade de educação ambiental, em contato direto com a ARIE Mata de Santa Genebra.

ração Florestal, entre outras. O uso diversificado do solo no entorno da ARIE Mata de Santa Genebra, com a realização de atividades agrícolas, industriais, ocupação residencial, além da presença de vias de grande circulação de veículos, torna esse fragmento um caso quase único de floresta impactada por fatores muito distintos. Esse fato tem motivado pesquisadores a buscar soluções, capazes de garantir a conservação da Mata, e servir de modelo para outros fragmentos em situação semelhante. novembro / dezembro 2013 | 41

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