Grande Consumo N.º 20

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MOSQUETEIROS PORTUGAL

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20 É costume dizer-se que o nível de evolução de uma determinada sociedade se mede pelo tipo de jornalismo que se pratica no país. Se assim fosse, e ainda que o seja em muitos e interessantes casos que o poder político se encarrega rapidamente de camuflar, não haveria exemplos tristes e menos oportunos como aquele que recentemente foi proporcionado por um estudo enviado aos media pela consultora A.T. Kearney. Nesse mesmo relatório, intitulado Global Retail Index, é possível verificar que a maioria das suas conclusões cheira a mofo, antecipando uma mão cheia de nadas que o tempo já se havia encarregado de confirmar e mais do que do conhecimento público. Pelo menos para os mais atentos, e não tanto para os mais desatentos à evolução da nossa economia, lá longe dos grandes cabeçalhos dos jornais sensacionalistas, ou das notícias em prime-time cujo único propósito é fazer disparar audiências, com base em, regra geral, notícias mal estruturadas fundadas no desconhecimento e na ignorância. Não tenho dúvidas de que o timing da publicação deste estudo se apresenta perfeitamente desajustado face à realidade, sobretudo quando têm sido veiculados com alguma regularidade alguns dados de duas das principais auditoras do mercado – TNS e AC Nielsen - a partir das quais é possível rapidamente perceber que as mesmas conclusões veiculadas no Global Retail Index se encontravam desajustadas quanto à realidade. Não sei que interesses serviu tal expedição inoportuna, mas os da A.T. Kearney não foram seguramente, a qual caiu, assim, na boca da opinião pública pelas piores razões e que não vão de encontro ao prestígio da instituição e dos profissionais que a servem. Mas como, infelizmente, os maus exemplos parecem ser aqueles que acabam por ter mais repercussão na agenda mediática nacional, não foi um, nem dois, nem três, os ditos meios de referência que decidiram publicar o estudo em causa. Sem questionar a sua origem, sem confrontar com notícias que, provavelmente, escreveram dias antes, ou simplesmente efectuar um telefonema às associações do sector para tentar apurar um pouco mais sobre o que acabaram de receber. É certo que o jornalismo é, cada vez mais, uma profissão precária, sujeita – praticamente – às mesmas circunstâncias de qualquer actividade de índole comercial, o que leva a que muitos dos seus princípios básicos sejam regularmente metidos na gaveta. Todavia, não deixa de ser preocupante a sensação de que se publica praticamente tudo o que se recebe nas cada vez maiores caixas de e-mails, desde os órgãos de comunicação mais modestos, àqueles que mobilizam e viabilizam a participação das forças vivas da nação portuguesa. O que não deixa de ser assustador, com tantos escribas dotados e capazes nesta nobre área em Portugal, mas que, à primeira casca de banana, escorregam em erros de palmatória. Errar será sempre humano, mas quando se acredita que o nível de jornalismo praticado é um dos principais indicadores de civismo não posso deixar de ficar consternado. Não que nunca tenha errado e vá continuar a deixar de errar, mas porque ainda acreditava que o jornalismo feito a esse nível tinha pés e cabeça. Pelos vistos não tem mais do que a boa vontade de quem acreditou estar a fazer o correcto, sem questionar o que se passa à sua volta. Assustador sem dúvida e terrivelmente verdadeiro.



rias - Bruno Fa Director onsumo.com ec nd ra s@revistag ia ar of un br 09 EZEMBRO 20

MBRO/D º 20 NOVE EDIÇÃO N.

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Luís Simões cresce no sector das bebidas

Staples distinguida por boas práticas ambientais

Após dez meses de parceria, a Luís Simões faz um balanço muito positivo do serviço de operações logísticas integrais prestadas ao cliente espanhol Cervezas Universales. A armazenagem e distribuição das bebidas para toda a Península Ibérica e Ilhas Baleares são centralizadas no centro de operações logísticas da Luís Simões em Alovera, região de Castilla La Mancha, que faz fronteira com a região de Madrid. Esta nova operação logística está a alavancar a expertise da Luís Simões no sector ibérico das bebidas, que já representa 11% da quota de mercado de operações de transporte e logística no mercado da cerveja em Espanha. O centro de Alovera tem superfície total de 20.000m², capacidade de armazenamento de 22.000 paletes e está idealizado para clientes dos sectores de bebidas, alimentar,

A Staples foi distinguida com a maior referência em design e arquitectura sustentável nos Estados Unidos, a LEED Gold Certification. Esta nomeação premeia o compromisso da marca, a nível internacional, no que às práticas ecológicas e ambientalmente conscientes diz respeito. A loja Staples em Roslindale, no estado norte-americano de Massachusetts, foi recentemente galardoada com a distinção LEED Gold Certification, do U.S. Green Building Council. Esta loja apresenta índices de poupança de energia na ordem dos 34%. Eis algumas das medidas que levaram à distinção da Staples: colocação de clarabóias (permitem a entrada de luz natural e a poupança de energia eléctrica), utilização de materiais que incorporam componentes reciclados, selecção de mais de 3000 produtos eco-responsáveis e criação de áreas de reciclagem no interior das lojas da marca. As iniciativas EcoEasy já levaram a que a Staples em 2009 arrecadasse o segundo lugar - no retalho - no ranking das empresas com práticas sustentáveis da Newsweek. Em 2008, a Staples recebeu ainda a distinção de Empresa do ano por parte do New England Clean Energy Council.

produtos de higiene, limpeza e PLV. O volume ocupado pelas Cervezas Universales ronda as 5.400 paletes, valor que representa uma média de 1.700 pedidos mensais, 4.500 caixas por dia e entregas em mais de 700 pontos. A Cervezas Universales resulta da compra da Scottish & Newscastle pela Heineken e Carlsberg e tem vindo a introduzir novas marcas na Península Ibérica. A empresa conta com um conjunto de 55 referências, onde se incluem a Foster, Guiness, John Smith ou Paulaner.

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AEP assina protocolo com Bancos Alimentares

As empresas portuguesas que apresentam excedentes de produção estão a ser convidadas pela AEP a canalizarem esses artigos para o Banco Alimentar Contra a Fome ou para o Banco de Bens Doados para que possam ser distribuídos por pessoas carentes. Este aproveitamento de alimentos ou outros produtos é possível graças a um protocolo, assinado entre a FPBA, Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a fome, a ENTRAJUDA, associação que apoia instituições de solidariedade social e a Associação Empresarial de Portugal (AEP), em entrevista à Lusa, o vicepresidente da AEP, Paulo Nunes de Almeida, explicou que vai entrar em contacto com as 383 empresas que participam na iniciativa “Compro o que é nosso” para aproveitar os excedentes de produção. Segundo o protocolo, a AEP compromete-se a organizar e gerir a bolsa “Partilho o que é nosso”, que articula a oferta e a procura de bens destinados a organizações de solidariedade social, sob a tutela da FPBA e da ENTRAJUDA. A AEP pretende ainda promover uma feira anual exclusivamente dedicada a fins de solidariedade social.

Jumbo chega a Guimarães Guimarães foi a cidade escolhida para acolher o 21.º hipermercado Jumbo, do Grupo Auchan em Portugal. Localizado no Centro Comercial Espaço Guimarães, trata-se da 31.ª loja em funcionamento no País e resulta de um investimento de cerca de 30 milhões de euros. Esta abertura contribuiu para a criação de 307 postos de trabalho directos o equivalente a 62 mil horas de formação.

Dando continuidade ao posicionamento que mantém nas regiões onde está implantado, o Grupo Auchan, com as insígnias Jumbo e Box, reafirma o compromisso de ser a insígnia mais barata da região. O Jumbo de Guimarães ocupa uma área de vendas de 11.000 m² mais uma loja BOX (1.000 m²) que põe à disposição dos clientes as mais recentes tendências a nível tecnológico e um espaço Saúde e Bem-Estar e Óptica (140 m²). Está ainda prevista a abertura de uma gasolineira Jumbo, em Guimarães, até final do ano.


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Produto do Ano com 43 categorias vencedoras em França O Produto do Ano, em França, este ano na sua 22ª edição, contou com 43 produtos vencedores, de entre os quais são especialmente representativos os englobados em três grandes sectores: higiene e beleza, produtos alimentares e produtos de limpeza. Estes produtos, escolhidos pelos critérios atractividade, inovação e valor de uso, foram eleitos pelos consumidores franceses, tendo sido alvos de um estudo da TNS Wordpanel. Segundo este estudo, 75% dos respondentes afirmaram que comprariam de boa vontade um produto com o selo “eleito produto do ano”. O Produto do Ano é uma Marca desenvolvida em Portugal e na América do Sul pela Peres & Partners e reconhecida pela maioria dos consumidores europeus. Esta certificação premeia anualmente os novos produtos lançados no mercado de grande consumo, do ponto de vista da inovação e da mais-valia que trazem ao consumidor, tornando-se numa referência na escolha do consumidor. Em Portugal e Espanha, o crescimento de Produto do Ano é da ordem dos 15% em termos de números de inscrições.

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PrimeDrinks distribui Herdade dos Grous A marca Herdade dos Grous, com assinatura do enólogo de referência Luis Duarte, acaba de integrar o portfolio de vinhos e azeite da PrimeDrinks, distribuidora líder no mercado nacional de vinhos e bebidas espirituosas. Os Vinhos Regionais Alentejanos da Herdade dos Grous são vinhos que apresentam um estilo internacional, mantendo a tipicidade do terroir da Herdade dos Grous. Marcados pela frescura e pela franqueza do seu frutado, são vinhos de grande guarda quando se trata de tintos, e de singular riqueza aromática no caso dos brancos, reflectindo o compromisso e a paixão de produzir grandes vinhos e azeites enaltecendo o notável património alentejano. Mais uma grande marca exclusiva num portfolio de grandes marcas de referência, como Esporão, Vinha da Defesa, Follies, Quinta da Aveleda, Dona Ermelinda, Hendricks, Balvenie, Glenfiddich, Piper-Heidsieck, entre outras, com uma expressão particularmente relevante no mercado da restauração nacional.

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Dan Cake Doce de Ovos Para celebrar este Natal, a Dan Cake oferece um novo sabor, já reconhecido da doçaria tradicional portuguesa: a sua gama Doce de Ovos - torta, mini-tortas e croissants – para os momentos de festa e de celebração da quadra que se avizinha. Esta inovadora gama de bolos recheados com verdadeiro Doce de Ovos é única no mercado. A sua qualidade superior é garantida através dos mais controlados processos de fabrico. O Doce de Ovos é cozido a temperaturas elevadas, o que previne riscos alimentares e mantém intactas as suas propriedades nutritivas e organolépticas. A gama Doce de Ovos da Dan Cake é também uma opção saudável para as celebrações em família. Todos os produtos revelam baixo teor de gordura na sua composição. Por exemplo, cada mini-torta apresenta apenas 1,2gr de gordura, o que corresponde a um teor calórico de apenas 119kcal. A gama Doce de Ovos está já disponível nos hiper e PRODU supermercados e em todos TOS Nº20 | NOV os locais de compra habitual. EMBRO /DEZE MBRO 2009 As mini-tortas e croissants apresentam-se em embalagens individuais, o que permite levar e consumir em qualquer lugar. Os PVP recomendados para esta gama são: Torta (300gr) € 1,99;Mini Tortas (5 x 40gr) € 1,99; Croissants (embalagem 9 unidades) – € 2,66.

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Pastéis de Nata Gelpeixe Chef A Gelpeixe Chef aprimorou os seus Pastéis de Nata com uma nova receita ainda mais deliciosa, agora numa embalagem original e bem familiar. Os Pastéis de Nata Gelpeixe Chef são um produto tipicamente português e estão ainda mais deliciosos, a partir de uma receita ainda mais apurada e com um toque Chef. O sistema de ultracongelação utilizado permite conservar o seu sabor tradicional. Deste modo torna-se prático e cómodo preparar os melhores Pastéis de Nata em sua casa e partilhá-los com os seus familiares e amigos. Basta descongelar e cozê-los no forno. Através da nova imagem, os Pastéis de Nata Gelpeixe Chef ganham uma nova identidade e transmitem toda a qualidade que sempre característica dos produtos Gelpeixe.

Sagres Duty Free A Sociedade Central de Cervejas e Bebidas lançou um novo pack com a marca Sagres Duty Free que já se encontra disponível nas lojas Just for Travellers dos Aeroportos de Lisboa, Porto e Faro (tradicionalmente conhecidas como Duty Free). Integrado no conceito Just Taste Portugal, cujo portfolio é uma selecção do que de melhor se faz em Portugal, este lançamento exclusivo irá reforçar a oferta deste espaço. Com a menção “Edição Especial – Rótulos Históricos” este novo produto pretende apelar à longa história da marca Sagres, ao recriar o produto rótulo desta cerveja lançado em 1940, por ocasião da Exposição do Mundo Português, destinada, então, à exportação. As características especiais deste pack “vintage” pretendem incentivar os consumidores à compra de um produto genuinamente português, único em termos de portugalidade, consolidado tanto pela qualidade como pela história e que pode ser apresentado como uma recordação de Portugal. Esta edição especial de Sagres irá ser comercializada em quatro packs de quatro unidades de cerveja Sagres de 33cl.

Absolut Vodka Rock Edition Inspirada nos mais loucos anos do Rock’n’Roll, a nova garrafa de Absolut Vodka é uma homenagem a todo um universo que uniu gerações. Este ano, a garrafa convida-o a entrar no mundo Absolut ao som de guitarras e a juntar-se à celebração do Rock nesta edição especial. Absolut Vodka Rock Edition é música, estilo, ousadia, autenticidade, com o mesmo sabor de sempre. Nesta edição limitada, a vodka premium líder internacional surge numa garrafa de couro, com pequenas tachas, que lhe conferem uma força e personalidade únicas, transformando-a numa verdadeira peça de colecção e design. Ao bom estilo do Rock’n’Roll, Absolut Vodka Rock Edition é um convite para quem gosta de viver intensamente os grandes prazeres da vida. Desenvolvida em parceria com a agência de design Family Business, a nova garrafa Absolut é a garantia do presente ideal para amigos e familiares, cheio de carácter e bom feeling. Seja hard ou seja glam, jazz-rock ou rockabily, Absolut Vodka Rock Edition inspira qualquer um a fazer a diferença revelando o seu lado mais autêntico.


NOVIDADE – Caixas 20 pastilhas N

INDUCCI

MOMENTOS ÚNICOS A Nicola, marca de referência da Nutricafés, lançou em 2008 no mercado uma marca de café eem pastilhas - Inducci. Esta nova marca, associada à Nicola, resulta da experiência da marca nna criação de um café de excelência. Inducci posiciona-se como uma marca de prestígio, ‘tipo italiana’, com 3 lotes de café em pastilhas, para diferentes momentos do dia, para aque‘t les clientes que querem algo de sofisticado e de qualidade. le Cada lote difere entre si na percentagem de arábicas e robustas bem como nas origens, para C pproporcionar um perfil de bebida com aromas e sabores diferentes para os apreciadores mais eexigentes em cada momento do dia (manhã, meio dia ou mesmo à noite). Inducci tem como oobjectivo proporcionar sensações que vão além do paladar. A marca Inducci é composta por cinco lotes de café - Mattina, Giorno e Decaffe - que correspondem a três momentos diferentes do dia: um café mais forte para a manhã, outro mais equilibrado para beber durante o dia e um descafeinado. Inducci está disponível através do site www.inducci.pt e nas principais insígnias da grande distribuição, com um novo formato – caixa com 20 pastilhas Os lotes de café Inducci encontram-se disponíveis no formato de pastilhas standard E.S.E. que, para além de oferecerem a dose perfeita e a moagem ideal, entregam todo o sabor, aroma e características do café acabado de moer, tornando deste modo o processo mais simples, prático e limpo. Acima de tudo, houve a preocupação de lançar um formato “standard” que não obriga o consumidor a ficar preso a uma máquina, como acontece com as cápsulas. As pastilhas Inducci podem ser utilizadas na maioria das máquinas expresso, desde que a máquina tenha uma adaptador para pastilhas, que pode ser adquirido contactando o fabricante da marca da máquina. Descubra todos estes momentos e experimente todas as sensações que o Inducci lhe poderá proporcionar!

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O Grupo Os Mosqueteiros abriu ao público em Porto Salvo, concelho de Oeiras, o maior Mercado em Portugal. Infra-estrutura representativa de um investimento de cerca de 20 milhões/€, este Mercado ocupa uma área total de mais de 12.300 m2 e permitiu a TEXTO Bruno Farias

criação de cerca de 150 postos de trabalho directos tendo ainda servido de palco para a apresentação da nova imagem das insígnias do Grupo, que estima para este ano um crescimento de 3,3%, atingindo, assim, os 2 mil milhões/€ de volume de negócios.


A abertura do Mercado de Porto Salvo representa ainda a mudança oficial da imagem do Grupo os Mosqueteiros no nosso país, acompanhando o mercado nacional a mudança efectuada a nível europeu e que resultou, entre outras coisas, no fim da insígnia Ecomarché e no rebranding da insígnia Stationmarché, que se apresenta agora ao mercado como Roady. Em suma, novas imagens, renovados conceitos comerciais e o atingir da marca das 313 lojas no país, 20 das quais são novas e até ao momento, número que conta já com a abertura de mais três lojas no Mercado de Portimão. Os Mosqueteiros prosseguem assim o seu plano de expansão em Portugal, cuja continuidade foi assegurada pelo Presidente do Grupo, Tomé Lopes: “O plano de expansão manter-se-á como previamente delineado, vamos continuar a abrir lojas, investindo os valores já anunciados e sempre com base nos mesmos valores que o Grupo defende desde a sua entrada em Portugal. Assumimos a nossa determinação em abrir mais pontos de venda, numa actuação que contraria, claramente, o ciclo económico”. Em causa está, em termos práticos, um total de investimento de 20 milhões/€ até final do ano (16 milhões/€ dos quais já alocados no Mercado de Portimão entretanto inaugurado) para lojas e postos de combustíveis que irão criar mais de 500 novos postos de trabalho. Tomé Lopes assinalou ainda “a decisão estratégica de deslocar o centro administrativo do Grupo de Alverca para Alcanena”, assim como a intenção de implementar o novo conceito de lojas até 1/3 do parque de lojas instaladas nos próximos três anos, associando-se, sempre que possível, a remodelação das lojas ao alargamento da área útil das mesmas, num investimento representativo de 60 milhões/€. Questionado sobre a construção da nova base logístico do Grupo, em lugar a designar na região Centro do País, o Presidente do Grupo Os Mosqueteiros assumiu algumas dificuldades inesperadas no decorrer desse processo, que, no pior dos cenários, irá conduzir à deslocalização do investimento para outro país da UE – França e Polónia são possibilidades. Em causa está um investimento directamente suportado pela casa mãe, pelo que a estrutura nacional dos Mosqueteiros tem agora cerca de um ano para arrancar com a obra sob risco de ver ser retirado o montante disponibilizado para o investimento cujos estudos de viabilidade haviam sido conduzidos na proximidade do novo aeroporto de Lisboa. Novidades avançadas por Tomé Lopes aquando da apresentação do Mercado de Porto de Salvo que, e à semelhança do espaço homólogo apresentado no dia seguinte em Portimão, é composto por três lojas das insígnias Intermarché, Bricomarché e Roady, designações que, a partir de agora, compõem a face visível da operação do grupo nas áreas de negócio alimentar, bricolage e automóvel, num rebranding feito em consonância com França e que, em última instância, resultou no “fim da insígnia Ecomarché, resultado de uma decisão europeia tomada de forma a haver coerência em termos comerciais e de comunicação”, garante Anne Sainte Marie, Administradora da Direcção Comercial do Grupo os Mosqueteiros e responsável pela insígnia Intermarché. Ou seja, a partir de agora é possível verificar a divisão da insígnia em dois formatos perfeitamente assumidos: o supermercado generalista, identificado como Intermarché Super para lojas com

mais de mil m2, que procura ser líder na sua zona de implementação e principal local onde os clientes fazem as suas compras graças ao equilíbrio entre a oferta alimentar e não-alimentar, com grande oferta de produtos frescos, com foco nas frutas e legumes, carnes e peixe; e o supermercado alimentar, Intermarché Contact, adoptado por espaços com menos de mil m2 de área de venda que procura ser diferenciador, ao apostar no comércio de proximidade e ao apresentar uma oferta alargada dedicada às necessidades da família, com foco nos produtos frescos e no tradicional. A loja Intermarché deste novo Mercado irá empregar cerca de 100 colaboradores e disponibiliza uma superfície de mais de

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ÃO009 2 UIEÇ B BRO M I TREMBRO/DEZ S I D 0 | NOV Nº2

1.980 m2, onde os clientes poderão desfrutar de um serviço que se pauta pelos padrões de qualidade característicos desta insígnia histórica do Grupo Os Mosqueteiros, ao encontrar num ambiente moderno uma oferta variada de produtos aos melhores preços, perfeitamente segmentada e identificada através da utilização de um código cromático que simplifica a visita e o ciclo de compra, num espaço pensado para ter mais conforto e onde é, igualmente, visível o esforço do Grupo em elevar a vertente de serviço em áreas tão decisivas como os perecíveis e os frescos, assim como a secção de frio que também se apresenta inteiramente remodelada e organizada. Por sua vez, a loja Bricomarché, disponibiliza uma área de venda de 1.550m2 e emprega um total de 33 colaboradores, dividindo-


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se em cinco áreas de bem diferenciadas onde se podem encontrar os mais variados produtos habitualmente existentes em lojas deste universo: decoração, construção ligeira, bricolage, artigos de jardim e petshop. Recorde-se que esta insígnia foi a primeira do Grupo a arrancar com o projecto de reconversão do modelo de loja. Roady é, como já aqui foi dito, o nome pelo qual se dará a conhecer a partir de agora a marca do Grupo destinada ao negócio da reparação, manutenção e venda de acessórios automóveis, abrindo as portas no Mercado de Porto Salvo com uma loja de 380 m2 em que 17 colaboradores asseguram o seu correcto funcionamento. A escolha do nome Roady deve-se ao facto de ser curto e fácil de reter (o que leva a que seja facilmente reconhecido), sendo espontaneamente associado a uma insígnia de centros-auto, logo facilmente exportável para outras realidades. Recorde-se ainda que o Mercado Os Mosqueteiros de Porto Salvo (que disponibiliza uma galeria comercial com dez lojas, uma cafetaria e uma padaria, para além de um parque de estacionamento com 15.000m2 com capacidade para 650 viaturas) irá servir não só os mais de 170.670 habitantes potenciais clientes residentes no concelho de Oeiras, como também, devido à proximidade, a população residente no concelho de Lisboa, composta por cerca de 510.000 habitantes. Este novo Mercado procura ser uma referência na região, não só pela oferta diversificada e de qualidade, como pelo papel activo que terá no apoio à produção local, reforçando, deste modo, o Grupo Os Mosqueteiros a sua crescente aproximação aos principais centros urbanos de Portugal. NOVAS IDENTIDADES A criação da nova identidade do Grupo Os Mosqueteiros teve como fundamento o cumprimento de três objectivos: 1) acompanhar o desenvolvimento internacional do Grupo; 2) uniformizar a imagem de todas as insígnias; 3) renovar a imagem junto dos colaboradores, parceiros e clientes do Grupo Os Mosqueteiros, através de uma imagem que, para além de ser mais moderna, reflecte os valores do Grupo e ilustra a sua dinâmica de crescimento, não só em França, como em Portugal, a maior

das suas operações fora do país de origem e onde desempenham um papel activo no sector da distribuição moderna em Portugal. Composto por três elementos distintos, o Apoio – sinónimo de segurança e equilíbrio; o Combate – evocando força e determinação; e a Pluma – expressão de uma visão de uma empresa construída tendo como base um empresário independente, o novo logótipo do Grupo os Mosqueteiros, apesar de evocar dinamismo, modernidade e inovação, não deixa de remeter para o património visual do Grupo, devido ao uso das cores vermelho e preto, estandarte de uma operação de sucesso que nasceu em Portugal em 1991 e que se estima, em 2009, que atinja os 2 mil milhões/€ de volume de negócios (ver caixa). No sentido de modernizar a imagem já reconhecida e enraizada pelos portugueses, e de modo a não criar uma ruptura ao nível da imagem, as insígnias do Grupo decidiram evoluir o nome e logótipo, com declinação do novo conceito. O que permitirá reflectir a sua diversidade e demonstrar, de forma rápida e imediata, as especificidades dos novos pontos de venda, sem perder a ligação com o logótipo do Grupo que evoca os valores de preços baixos, proximidade e confiança, onde o vermelho e o preto continuam a ser as cores nucleares de um grupo em crescimento.

NÚMEROS-CHAVE 2008 Volume de Negócios: 1,914 mil milhões € (crescimento de 9,7% – com combustível) Investimentos: 60 milhões de euros Pontos de venda: 296 Concelhos: 180 Empresários independentes: 249 Estimativa 2009 Volume de Negócios: 2 mil milhões de euros (crescimento de 3,3%) Investimentos: 62 milhões de euros Pontos de venda: 316 Concelhos: 183 Empresários independentes: 255



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(R)Evolução

GS1

DataBar

A GS1 Portugal já apresentou ao mercado o mais recente código de barras do seu Sistemas de Normas. Trata-se do GS1 DataBar, um código de barras de dimensão reduzida e que poderá ser implementado já a partir de Janeiro do próximo ano, apresentando como principal novidade a possibilidade efectiva de aplicar as TEXTO Duarte Cunha

recomendações para a rastreabilidade dos produtos frescos ou perecíveis. Mas afinal, estamos perante uma revolução ou uma evolução trazida pela codificação?


Em termos práticos, o novo código de barras GS1 DataBar confere a possibilidade de incluir mais informação e apresenta como principal argumento um tamanho mais reduzido do que os actuais códigos de barras em utilização, conferindo, assim, novas possibilidades na etiquetagem de produtos de dimensões reduzidas e de elevada rotação no comércio alimentar, como uma simples peça de fruta ou um mero legume. Artigos diariamente presentes nos hábitos de consumo de milhões de pessoas em todo o Mundo, sem que imaginem todo o processo adjacente à sua chegada aos lineares dos hipermercados ou à sua refeição. Um imenso percurso desde o produtor até ao consumidor final, que obriga a um enorme rigor no seu acompanhamento ao longo circuito comercial. Procedimento tão mais importante quando a segurança alimentar faz hoje parte do léxico do senso comum. “Julgamos que a introdução do GS1 DataBar no mercado terá um impacto muito elevado por duas razões. Por um lado, vai possibilitar não só o colmatar de uma série de actuais ineficiência, como também vai facilitar a aplicação de diversas técnicas de gestão aos negócios em geral e à Distribuição em particular. Por outro lado, o GS1 DataBar vai apresentar um elevado grau de visibilidade junto do público em geral, ao posicionar-se como a ferramenta de resposta a uma grande preocupação: a forma de garantir automaticamente uma barreira de segurança no momento em que o cliente efectua a aquisição final dos produtos - a rastreabilidade efectiva do seu ponto de vista”, começa por explicar Silvério Paixão, responsável pela área de codificação da GS1 Portugal. Um aspecto aparentemente emocional mas que de emotivo não tem nada, uma vez que o DataBar permite, e para além da identificação básica do produto, a marcação de produtos de pequenas dimensões e respectivo transporte de informações adicionais (data de validade, lote, número de série, quantidade, tamanho, etc.), assim como todo o tipo de dados considerados necessários para se determinar a identificação inequívoca do

artigo em causa. Em suma: rastreabilidade. Esta é, seguramente, a maior vantagem trazida por este novo código de barras, que através da condensação de maior informação no seu interior oferece maior segurança a todas os operadores presentes na cadeia de valor, em termos da eficácia que confere aos processos

de identificação de lotes contaminados e a consequente facilidade de recolha das embalagens desse mesmo lote no mercado. Assim como, e, em última instância, ao consumidor, parte integrante deste vértice composto ainda por distribuidores e produtores. Se não, veja-se: mediante a adopção deste sistema, os produtores passam a dispor de mais espaço nas embalagens para outros fins ou, por outro lado, vão ter a possibilidade de colocar mais elementos informativos (por exemplo, lote ou data de validade) na forma automática. “Em alguns casos, e em sentido contrário ao que ocorre actualmente, todos os produtos passam a dispor de soluções de identificação automática que vão permitir a identificação directa e universal do produtor em causa, eliminando soluções transitórias de circulação restrita, bem como a necessidade de duplicação de custos quando a operarem em diferentes mercados”, prossegue Silvério Paixão. Já os distribuidores vão poder dispor, na forma automática, de mais informação, o que vai possibilitar a optimização das suas tarefas operacionais (aprovisionamento, recolhas, etc.) e de gestão (categorias, stocks, prazos, etc.), permitindo ainda a directa e total identificação inequívoca dos produtores associados aos produtos. Por outro lado, ao contribuir para a redução da intervenção humana no processo de identificação, reduz o nível de quebras e perdas, por erros humanos de introdução de dados. No caso dos consumidores, estes - e para além de colherem os benefícios que os anteriores intervenientes da cadeia julguem por bem passar a todos seus clientes, informação mais ou menos pertinente para a decisão no

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acto de compra - vão ainda beneficiar directamente do aumento dos níveis de qualidade e segurança, proporcionados pela possibilidade da aplicação automática dos sistemas de rastreabilidade. Assim como tudo aponta para que possam ainda beneficiar dos novos modelos de negócio que a Distribuição irá, certamente, implementar com vista à melhoria das experiências de compras dos seus utilizadores, um conceito em crescente desenvolvimento ao qual as insígnias de retalho prestam cada vez mais atenção como parte integrante do nível de serviço disponibilizado.

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CUSTOS O agilizar de processos e operações contribui, assim, para a redução dos custos totais das cadeias de abastecimento e consequente criação de mais-valias que, naturalmente, interessam a todos os intervenientes na cadeia de valor. “À semelhança de outro tipo de inovações no âmbito dos sistemas de codificação, será fundamental que a produção veja este sistema como uma oportunidade. Uma melhor estruturação da informação traz mais confiança aos parceiros e uma optimização dos fluxos. Desde que haja um diálogo aberto entre os vários parceiros, e não surjam exigências desajustadas por parte dos clientes, a introdução do DataBar terá um impacto positivo no sector. Sobra, no entanto, uma questão que se prende com os A 9 custos e forma de transição dos P A 0 C 0 DEO/DEZEMBRO 2 actuais modelos”, recorda Pedro A R M B M TE20 | NOVE Queiroz, Director-Geral da FIPA. Nº Uma ideia corroborada por José António Rousseau, Director-Geral da APED, “Dadas as suas características de maior capacidade de informação neles contida, estes novos códigos poderão contribuir para melhorar a gestão do produto através da cadeia de valor e para aperfeiçoar os mecanismos de rastreabilidade dos produtos. É uma solução que se encara com agrado e interesse embora não se tenham ainda determinado com rigor os investimentos necessários em termos de adaptação dos equipamentos de leitura óptica”. Uma questão pertinente, à qual Silvério Paixão responde com pragmatismo, colocando no ar a seguinte possibilidade: “quem sabe, mesmo que aproximado, o custo actual de uma unidade do

FAMÍLIAS A família GS1 DataBar criada corresponde a sete diferentes simbologias lineares, que apresentam segmentos de aplicação diferenciados, ainda que apenas quatro dessas simbologias sejam destinadas a ser usadas nos POS’s. Do ponto de vista de conteúdo de informação, dentro dessas quatro opções, apenas duas podem transportar a tradicional identificação já existente na maioria dos produtos (GTIN), enquanto as outras duas estão capacitadas a transportar mais informação para além dessa. Na óptica do grafismo dos símbolos em causa, os quatro símbolos dividem-se em outros dois grandes grupos: um de aparência próxima dos correntes símbolos EAN-13 (uma linha de barras e espaços), mas sobretudo com uma altura mais reduzida; e outro grupo, em que se evidencia uma sequência de sobreposição de 2 ou mais linhas, de barras e espaços. As restantes três simbologias destinam-se a aplicações mais específicas e destinadas a circular e serem lidas sobretudo em ambientes diferenciados dos da fase final da grande distribuição (POS).

Além de produtos e distribuidores, também os consumidores serão beneficiados com a inclusão do DataBar, pois, e para além de colherem os benefícios que os anteriores intervenientes da cadeia julguem por bem passar a todos seus clientes, informação mais ou menos pertinente para a decisão no acto de

código de barras EAN-13?”. Dúvida que serve para lançar a discussão entre os vários parceiros envolvidos, para, de seguida, ser respondida do ponto de vista da codificação. “A maturidade desta tecnologia (códigos de barras lineares) e das tecnologias de impressão que as suportam, a sua aplicação expandida por todos os sectores e em todo o mundo, leva, certamente, a valores individuais perfeitamente irrelevantes. Portanto, não havendo genericamente certezas sobre o valor exacto de actualmente se imprimir um EAN-13, todos concordam que o valor é marginalmente pequeno. Por exemplo, se concordarmos que um valor na ordem de 0,001€ faz sentido, então aplicar um código GS1 DataBar em vez de um código EAN-13, poderá custar qualquer coisa como mais ou menos 0,0011€”, assume.

compra, vão ainda beneficiar directamente do aumento dos níveis de qualidade e segurança, proporcionados pela possibilidade da aplicação automática dos sistemas de rastreabilidade. Assim como usufruir de possíveis novos modelos de negócio que possam ser implementados e visem a melhoria da experiência de compra por parte do consumidor

EVOLUÇÃO Questões quantitativas ainda por responder na prática mas que poderão servir de condicionante à velocidade de adesão a este progresso da tecnologia – pelo menos para aqueles que a encararem como um custo e não como um investimento - em que, pela primeira vez em 30 anos após a introdução globalizada do Sistema GS1, um sistema de identificação universal baseado em códigos de barras normalizados se posiciona na introdução de uma nova simbologia no circuito de codificação comercial (grande distribuição). Período de tempo considerado excessivo num primeiro olhar, tendo em conta o impacto e as mais-valias que a implementação do célebre código de barras teve aquando da sua implementação no mercado, mas que Silvério Paixão considera como normal derivado a um conjunto variado de motivos paralelos. “Uma vez que a GS1 é a organização de Normas Globais, com participação aberta e que congrega mais de 90% do comércio mundial, obriga-se a que as suas deliberações sejam devidamente ponderadas por todos os intervenientes nos processos. Ora, como é evidente, este é um modelo moroso, dependente de uma série de factores, nomeadamente os tecnológicos que tenham directamente maior ou menor impacto nos negócios. Os aspectos relacionados com a evolução tecnológica, a ponderação sobre o próprio parque tecnológico existente e as suas capacidades, tiveram de ser equacionados com a perspectiva das necessidades, das regulamentações e da adequação de meios aos fins. Todo este processo foi necessariamente longo, mas leva pela primeira vez a um acordo a nível global dos diferentes intervenientes (Produção, Distribuição, Parceiros Tecnológicos e


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Organismos Reguladores). Resumindo, pode dizer-se que agora estão reunidos acordos alargados e abrangentes, sobre as necessidades, sobre os meios a aplicar e sobre as formas de o fazer”¸ considera. Até porque, e para além da tradicional identificação baseada na estrutura informativa do Sistema GS1 (País, Produtor do país e Produto do produtor), o GS1 DataBAr possibilita a utilização dos elementos exclusivos dos Sistema GS1, conhecidos como

O GS1 DataBar possibilita

Identificadores de Aplicação (IA’s). Elementos que permitem a introdução, em componentes de leitura automática, de variada informação, de forma normalizada, logo, percepcionável por todo e qualquer parceiro integrado no sistema GS1 a nível Mundial. “As possibilidades são extensas, uma vez que, presentemente, o Sistema GS1 comporta mais de 100 IA’s, variando do muito conhecido Lote ao menos comum País de Processamento, passando por diversas outras possibilidades como variadas datas, diversas medidas, e muitas outras”, prossegue o responsável de codificação da GS1 Portugal. Nesse contexto, e de acordo com a GS1 Portugal, o GS1 DataBar é a solução que vem: “facilitar a gestão de rupturas e de categorias, permitir aos fornecedores identificar uma única vez e expedir para todos os seus clientes”, isto além de permitir ter sistemas compatíveis além-fronteiras ao apresentar-se como um standart global para identificar os produtos de peso variável vendidos no ponto de venda como os hortofrutícolas, cárnicos, pescado, lacticínios, sobremesas, panificação e pastelaria. Em bens de pequena dimensão, ou difíceis de comunicar, a GS1 Portugal considera que o DataBar “melhora a performance de leitura, garantindo uma melhor experiência de compra aos

componentes de leitura

ainda a utilização dos elementos exclusivos dos

consumidores, inclusive a passagem mais eficiente pela saída de caixa” em artigos tão distintos como cosmética, joalharia, hardware ou produtos farmacêuticos.

Sistema GS1 Identificadores de Aplicação (IA’s). Elementos que permitem a introdução, em

automática de informação diversa, de forma normalizada e percepcionável por qualquer parceiro integrado no sistema GS1 a nível Mundial, o que vem facilitar a gestão de rupturas de stocks e de categorias, assim como permitir ter sistemas compatíveis alémfronteiras ao apresentarse como um standart global para identificar os produtos de peso variável vendidos no ponto de venda, de pequena dimensão ou difíceis de comunicar

RASTREABILIDADE Verdadeiro propulsor da sua concretização, a rastreabilidade foi um dos pontos que mais directamente contribuiu para que se avançasse para a introdução desta nova simbologia junto dos

consumidores finais. Como já aqui foi dito, as capacidades postas à disposição são as necessárias para cobrir todas as necessidades relativas não só à automatização do cumprimento dos aspectos de rastreabilidade, mas também da sua extensão até ao consumidor final, algo impossível até aqui. Ou seja, finalmente a expressão “do prado ao prato”, ganha verdadeiro conteúdo, uma vez que agora será possível transportar e transmitir de forma automática, o conjunto de informações básicas para a rastreabilidade (identificação de artigo + lote) “desde o prado, realmente até ao prato”. A simbologia GS1 DataBar, apresenta-se, assim como a única simbologia universalmente aceite para as soluções de leitura em POS’s (ver caixa) da grande distribuição de qualquer parte do mundo, que tem capacidade para transportar as informações de rastreabilidade necessárias ao cumprimento dos diferentes requisitos legais aplicáveis. “No que toca aos produtos préembalados, a indústria alimentar já dá cumprimento às exigências legais no âmbito da rastreabilidade através da utilização do EAN 128. No entanto, esta nova solução tecnológica vai permitir optimizar os sistemas tendo um alcance muito para além da rastreabilidade, passando a constituir um


suporte aos sistemas de gestão. No que respeita aos produtos a granel existe uma boa oportunidade de melhoria. O grande desafio ao nível da rastreabilidade é conseguir-se que toda a fileira consiga gerar, manter e transmitir uma informação consistente e integrada. Todavia, aponto como medida prioritária e paralela a qualquer sistema a formação dos operadores”, acrescenta Pedro Queiroz, director-geral da FIPA.

Em nenhum caso se considera o desaparecimento da simbologia EAN, entendendo-se sim que, e a partir de 1 de Janeiro de 2014, existe legitimidade para que qualquer

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TRANSIÇÃO Quatro anos é o período de tempo acordado entre os diferentes parceiros como sendo o mais adequado para a adaptação ao mercado da tecnologia apresentada pelo GS1 DataBar. Isto ao ter-se em conta factores de diversa ordem como: a normal evolução tecnológica, os usuais ciclos de renovação de equipamentos, os próprios ciclos de vida de produtos, os diferentes estágios de desenvolvimento dos parceiros e inclusive a maturação de outras tecnologias. Aspectos que levam a que o período de transição seja considerado como “máximo, até ao qual todos os parceiros devem estar preparados para receber e processar a informação decorrente de um símbolo GS1 DataBar. Contudo, espera-se que a adaptação decorra de acordo com o desenvolvimento das necessidades do mercado, começando por alicerçar-se, desde já, no desenvolvimento de acordos bilaterais entre parceiros. Estes acordos iniciais contemplam a utilização dos dados actualmente disponíveis (GTIN) num novo símbolo, o que assegura a compatibilidade retroactiva. Progressivamente, os equipamentos e os sistemas de suporte devem estender a sua capacidade à interpretação de informação adicional, de forma a assegurar uma compatibilidade proactiva, à eventual introdução de novos elementos informativos”, antecipa Silvério Paixão. Saliente-se o facto de que, em nenhum caso, se considerar o desaparecimento da simbologia EAN, entendendo-se que, e a partir de 1 de Janeiro de 2014, existe legitimidade para que qualquer produtor opte pela utilização da nova simbologia GS1 DataBar nos seus produtos e se apresente ao mercado com a expectativa de que não existam barreiras que obstem o seu processamento perfeito. Em termos de expectativas da sua evolução futura, o responsável de codificação da GS1 Portugal recorda o tempo que o “velhinho código de barras EAN” levou até estar perfeitamente disseminado nos dias de hoje, de forma discreta mas verdadeiramente galopante, constituindo hoje parte integrante de praticamente todas as transacções comerciais sem que se dê conta da sua presença e real importância. “Atrás dele, um sistema universal de apoio às transacções comerciais assegura diariamente a realização de mais de 8 milhões de operações. É o Sistema GS1 baseado nas suas

TEM A D E C APA

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produtor opte pela utilização da simbologia GS1 DataBar nos seus produtos e se apresente ao mercado com a expectativa de que não

existam barreiras ao seu processamento perfeito. Até porque as crescentes exigências da sociedade, não só em termos informativos, como de qualidade e mesmo de segurança, requerem cada vez mais a universalidade das aplicações e promovem a rápida introdução de soluções comprovadas, tendo em conta a racionalidade das aplicações financeiras necessárias

Chaves de Identificação inequívocas e sistema de Dados Adicionais, ambos alicerçados no funcionamento dos Identificadores de Aplicação”, acrescenta. Até porque as crescentes exigências da sociedade, não só em termos informativos, como de qualidade e mesmo de segurança, requerem cada vez mais a universalidade das aplicações e promovem a rápida introdução de soluções comprovadas, tendo em conta a racionalidade das aplicações financeiras necessárias. Razão pela qual a conjugação de todos estes factores leva a crer que “os graus de adesão serão elevados a todos os níveis: em grande número de utilização e em baixo tempo de aplicação. Não será de estranhar, que no decurso de uma década passe a ser normal ver em muitos produtos as novas simbologias, GS1 DataBar, tal como hoje é normal vermos o EAN-13”, conclui Silvério Paixão. O tempo o dirá, mas a julgar pelo exemplo clássico deste universo poderá estar-se perante mais uma pequena revolução trazida pelas tecnologias de codificação. O seu real impacto apenas poderá ser calculado num futuro próximo, mas as premissas iniciais apontam para o crescente interesse da indústria na sua adesão. Quem sabe se fartos de esperar pelo messianismo do RFID cujo custos de implementação continuam a ser, ao que tudo indica, mais elevados do que os necessários para a adaptação do DataBar. Enquanto a tecnologia de identificação por rádio-frequência tarda em afirmar-se e em baixar custos de implementação, o “velhinho” código de barras surpreende o mercado e reinventa-se.

BENEFÍCIOS O GS1 DataBar oferece vários benefícios para os fornecedores e retalhistas, entre outros: A identificação única e global dos produtos frescos, substituindo a informação genérica utilizada hoje em dia O aumento da eficácia da identificação dos produtos perecíveis através do scanning versus digitação manual dos códigos (PLU); O controlo de rupturas/quebras; A rastreabilidade (Número de Lote, País de Origem, etc.) Melhorias no reabastecimento dos produtos/antecipação de rupturas; Permite a gestão de categorias, sobretudo naquelas onde actualmente tal não acontece; Facilita a sincronização de dados; Acaba com a limitação da codificação dos preços até 4 dígitos, pode codificar para além de que 99,99€; Possibilita a gestão das vendas por fornecedor e da data de validade; Permite a gestão do peso dos produtos; Melhora as taxas de leitura nos símbolos EAN muito pequenos e de baixa performance; Promove a ECR - Efficient Consumer Response; Melhora a experiência de compra do consumidor; A informação sobre o País e a Origem; A capacidade de impedir a compra de produtos fora do prazo de validade ou sujeitos a recolha.



20 ME RC AD | NO O V

Nº 20

EM BR O/ DE ZE MB RO

Os preços médios do bacalhau desceram significativamente ao longo do ano em Portugal, com este mercado a apresentar 20 09

subidas em volume na ordem de 24,6%. Crescimento que se deve ao aumento das quantidades comercializadas e à estagnação da valorização do seu preço médio, o que permitiu um maior acesso às categorias superiores deste universo. Uma ideia que os números se encarregam de confirmar.

mais

BACALHAU a menor preço TEXTO Duarte Cunha

O mercado nacional de bacalhau apresentou uma interessante subida das quantidades comercializadas ao longo do último ano em território nacional, ao apurar taxas de crescimento a dois dígitos nos volumes colocados no mercado. Em causa está um crescimento de 24,6% nas quantidades consumidas ao longo de 2008, igual período onde este mercado apresentou uma desvalorização dos preços médios em quase meio ponto percentual. O que quer dizer que houve um maior acesso a este bem alimentar, devido a uma intensa redução dos preços médios praticados. Em suma, mais bacalhau a um menor preço, o que


possibilitou que mais portugueses pudessem ter acesso a este produto, habitualmente associado a um consumo mais requintado, fruto do seu PVP médio relativamente alto para a bolsa de muitos portugueses. Divido entre avulso e embalado (seco ou congelado), este mercado é responsável por uma facturação anual estimada na ordem dos 300 milhões/€, encerrando em si uma intensa concorrência, quer em termos de formato quer no que ao produto diz respeito. Claro está que o formato avulso (bacalhau seco) continua a ser o grande propulsor deste importante mercado da indústria alimentar ao valer 76% da sua facturação global. Todavia, é digno de nota a crescente evolução dos formatos de conveniência trazida pelas referências de bacalhau ultracongelado e que vieram revolucionar a forma de consumir o rei dos mares no nosso país. Conveniência versus formato tradicional são os dois grandes vértices que se colocam actualmente a este mercado que reforçou a oferta ao longo dos últimos anos com as referências demolhadas ultracongeladas, um artigo que tem vindo a aumentar os seus níveis de penetração nos lares nacionais ao apresentar-se como um produto consistente, já processado e pronto a confeccionar. Praticidade é, então, o grande argumento de comercialização reconhecido a este formato que tem vindo a apresentar mais e melhores formas de se comer o fiel amigo, apresentando, no último exercício, subidas de 3,9% em valor e de 9,5% em quantidade. O que vem reforçar a ideia de que, também nos formatos ultracongelados, se registou uma redução dos preços médios e um consequente maior acesso a esta categoria inovadora de produto. Em causa está uma facturação anual de 41 milhões/€ ano, equivalente a, aproximadamente, 4 mil toneladas de bacalhau congelado colocado no mercado. ACESSO Mas a grande tónica do mercado é mesmo a redução de preços que caracterizou o último exercício, aspecto que se verificou no avulso, mas sobretudo no embalado, onde praticamente todas as categorias apresentaram acentuadas quedas em valor. Casos do bacalhau embalado corrente (-55,6%), crescido (-16,8%), graúdo e jumbo (-21,2%), postas NA (-17,1%) e sortidos (27,4%), cujos significativos decréscimos nas vendas em valor conduziram a uma redução global de 17,5% na riqueza gerada por esta categoria em 2009 face a 2008. Isto apesar de ter subido 5,2% em quantidade, não obstante as quebras de 53,8% do corrente e de 25,7% no sortido. Mas também aqui os formatos Premium saem reforçados, com o crescido (+13,1%), especial (+5,4%), o graúdo e jumbo (+25,1%) a aumentarem os seus níveis de venda em volume, apesar das intensas quebras em valor que todas as categorias sofreram à excepção do bacalhau embalado especial. Em suma, também aqui a baixa dos preços médios repercutiu-se em maiores níveis de venda de um segmento de mercado responsável por uma facturação anual acima dos 11 milhões/€ e que vem comprovar o quanto as subfamílias do bacalhau já encontram espaço nos hábitos de consumo dos portugueses. Ainda que, como já se disse, o formato tradicional – bacalhau avulso – continue a dominar a preferência dos consumidores, o que se deve a uma relação preço/qualidade mais acessível

TOTAL PORTUGAL - BACALHAU

Bacalhau Avulso (KG) Corrente Crescido Especial Graúdo e Jumbo Sortidos Bacalhau Congelado (KG) Bacalhau Derivados (KG) Bacalhau Embalado (KG) Corrente Crescido Especial Graúdo e Jumbo Postas NA Sortidos Total

Vendas Valor 228,612,461 25,501,950 112,857,248 27,425,598 55,416,752 7,384,921 41,060,285 19,448,623 11,221,364 208,500 1,489,168 2,757,709 4,007,543 1,559,056 1,199,388 300,342,733

Valor (%) -0.4 -25.4 1.7 3.6 6.2 29.7 3.9 -3.9 -17.5 -55.6 -16.8 1.1 -21.2 -17.1 -27.4

Vendas Volume Volume (%) 29,740,465 24.6 3,863,534 -3.2 16,025,667 33.4 2,353,906 4.8 6,255,510 29.6 1,237,769 56.1 4,051,105 9.5 2,899,829 -1.6 1,453,288 5.2 28,879 -53.8 214,195 13.1 228,531 5.4 606,490 25.1 199,227 4.0 175,966 -25.7 38,144,687

FONTE: AC Nielsen Ano Móvel S 2009 41

21 MER CAD O

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para a maioria das bolsas dos portugueses. Com uma facturação anual estimada de 228 milhões/€, representativa de cerca de 29,7 mil toneladas anualmente transaccionadas, o bacalhau seco continua a ser o principal driver de crescimento deste mercado, ao apresentar crescimentos em ambas os indicadores em praticamente todas as categorias. À excepção do corrente que perdeu 25,4% nas vendas em valor e 3,2% em


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O BR DORO/DEZEM A RCNOVEMB ME | 0 º2

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N

volume, sem deixar de ser, contudo, a terceira maior categoria deste ranking com 25,5 milhões/€ facturados. Quem continua a liderar este universo é o crescido, que voltou a crescer no último exercício em ambos os indicadores, com particular destaque para as vendas em volume que subiram 33,4%, enquanto em valor a subida foi mais modesta não chegando a 2%. Em causa está uma categoria que vale 50% das vendas em valor de bacalhau avulso e 54% em volume, ao apresentar um compromisso interessante - e valorizado pelos consumidores - entre qualidade e preço, posicionando-se entre as categorias mais baixas e as mais altas deste mercado. Mais concretamente entre o corrente e o especial, graúdo e jumbo, as duas categorias top deste mercado, que disponibilizam um tipo de bacalhau mais alto e, regra geral, mas saboroso. Por isso mesmo, as suas vendas acabam por estar mais reféns do seu PVP médio mais alto, o que faz com que sejam objectos de refeições mais requintadas devido ao preço de comercialização com que se apresentam ao mercado. Sinal da sua qualidade intrínseca, valorizada por cada vez mais portugueses que ajudaram estas categorias a aumentar vendas no período analisado, ao apresentar acréscimos em ambos os indicadores. Nomeadamente, +3,6% em valor e +4,8% em volume no caso do especial e +6,2% em valor e +29,6% no caso do graúdo e jumbo, o que diz bem o quanto a redução dos preços médios possibilitou um maior PUB

O bacalhau crescido continua a liderar as vendas no formato avulso, ao voltar a crescer no último exercício em ambos os indicadores, com particular destaque para as vendas em volume (+33,4%), enquanto em valor a subida foi mais modesta ao não chegar a 2%. Em causa está uma categoria que vale 50% das vendas em valor do segmento e 54% em volume, ao apresentar um compromisso interessante - e valorizado pelos consumidores - entre preço e qualidade

acesso a outros tipos de bacalhau. Com claro impacto nas vendas de graúdo e jumbo, a categoria mais cara deste universo e responsável por 55,4 milhões/€ de bacalhau vendidos por ano. Ou seja, 25% da facturação da categoria e 18,5% do total global deste mercado, o que diz bem do seu preço médio unitário e posicionamento Premium.


23 MERC ADO Nº20 | NO V

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RANKING A latente redução dos preços médios não trouxe alteração em termos de ordem de importância à tabela do mercado nacional de bacalhau. O avulso continua a liderar seguido pelo congelado, que tem vindo a reforçar a sua presença no mercado com crescimentos sustentados e progressivos, muito por força da introdução de novas referências por parte da indústria e ao beneficiar ainda do factor novidade. Em terceiro lugar surgem os derivados que, apesar de perderem cerca de 4% em valor e 1,6% em volume, não baixam a sua posição na tabela graças a uma facturação anual a rondar os 20 milhões/€, equivalente a aproximadamente 3 mil toneladas de sub-produtos colocados no mercado. O que leva a que o bacalhau embalado continue a ser a última categoria deste universo, isto apesar de continuar a subir as suas vendas em valor, o que significa que há mais portugueses a optar pela compra deste tipo de bacalhau seco e previamente embalado. Se o factor preço é, por um lado, abonatório à sua comercialização, por outro lado, o facto de já se encontrar embalado sem o consumidor verificar o modo como é cortado ou processado poderá levantar alguma suspeita relativamente à sua qualidade ou origem. Mas certo é que esta categoria também beneficiou da redução generalizada dos preços médios para aumentar as vendas em volume. Uma tendência generalizada aos restantes segmentos deste mercado que viu as categorias

Premium aumentar os seus níveis de comercialização, independentemente do formato com que se apresentam ao mercado. Ou não fosse os portugueses verdadeiros apreciadores do fiel amigo.


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009 ÃOO/DEZEMBRO 2 I N OPI NOVEMBR 0 | Nº2

A missão da Centromarca, “criar para as marcas um ambiente de concorrência leal e intensa que encoraje a inovação e dê um máximo de valor ao consumidor”, tem três valores centrais: marcas, concorrência e inovação; e um destinatário: o consumidor. É esta missão que nos tem norteado. Muita da nossa actividade decorre deste valor em que acreditamos: da concorrência. Mas não de qualquer concorrência, nem a qualquer custo, primeiro que tudo precisamos que seja leal e só depois intensa. Porque acreditamos em regras iguais para todas as marcas e porque acreditamos que os sectores mais competitivos são o resultado de sectores onde a concorrência entre empresas e marcas é intensa. No 8.º Seminário de Reflexão Estratégica da Centromarca, a Concorrência esteve presente de três formas: na assinatura pública do Código de Conduta dos Associados, na

Práticas CIP/APED. Este código pioneiro na Europa retoma os seus trabalhos com o seu primeiro presidente, o Dr. Luís Miguel Pais Antunes. Esta é uma forma de autoregulação que pretende reunir à mesa a indústria e a distribuição, para que, com uma mediação eficaz, sejam resolvidos os problemas/questões que surgem nesta relação tensa que existe muitas vezes entre as partes. A Centromarca deposita novas esperanças neste Código e na mediação eficaz exercida pelo seu novo presidente. Por último, uma nota sobre a reflexão pública que agora iniciamos em matéria de concorrência e no seu entendimento mais lato. Eduardo Lopes Rodrigues, da UTL, José Luís da Cruz Vilaça, da PLMJ, Carlos Botelho Moniz, da Morais Leitão, Galvão Teles Soares, da Silva & Associados e João Confraria, da UCP, integraram um painel cujo debate se centrou nas Regras de

Conferência Centromarca

Beatriz Imperatori Directora-Geral da CENTROMARCA

reflexão sobre o Código de Boas Práticas CIP/APED e numa reflexão alargada sobre questões de concorrência com uma perspectiva do direito, da economia e de quem tem larga experiência nestas matérias. Uma nota sobre o Código de Conduta da Centromarca que vincula as cinquenta e quatro empresas associadas e a associação. Este código de conduta estabelece as regras para que a forma de estar das empresas na Centromarca, e a forma de interagir com a associação estejam perfeitamente enquadradas com aquelas que são as exigências de hoje, de trabalhar no estrito cumprimento das regras do Direito da Concorrência e, de uma forma transparente, dar a conhecer ao mercado o seu posicionamento nestas matérias. Uma segunda nota sobre o Código de Boas

Concorrência para o funcionamento eficiente do mercado. Entre diversos temas de elevado interesse abordou-se a questão do papel da Autoridade da Concorrência, a evolução da defesa da concorrência em Portugal, a necessidade de novas regras, a avaliação dos resultados da actuação das entidades reguladoras e os desafios da evolução internacional e do seu impacto no plano nacional. A ideia de um debate amplo e aberto sobre as questões de concorrência, que traga para perto das empresas a discussão de políticas que determinam a sua própria competitividade, é fundamental. A Centromarca, com a promoção deste primeiro debate, espera ter dado o contributo inicial para que publicamente, e entre todos os interessados, se realize esta reflexão.


Na escola, aprendemos que a água é um recurso natural, incolor, insípido e inodoro. Falamos com certeza de águas extremamente purificadas. No entanto, a água que bebemos não tem apenas estas características e ainda bem. Basta, para isso, pensarmos que o consumo regular de água é fundamental para controlar a temperatura do corpo, é responsável pelo transporte dos nutrientes, está envolvida no equilíbrio dos ácidos, regula a pressão sanguínea e participa na eliminação das impurezas. Na realidade, esta definição simplista pode originar uma aparente banalização do processo de compra de um produto cujas diferenças são muitas e sem o qual o nosso organismo não sobrevive. As Águas Minerais são um produto naturalmente preservado, proveniente de reservatórios profundos e cuja composição

O cálcio ajuda a fortalecer os ossos e consequentemente a prevenir a osteoporose, o magnésio participa no equilíbrio nervoso, na protecção contra o stress e na saúde cardiovascular. O bicarbonato e o pH neutro contribuem para neutralizar o ácido láctico produzido durante o esforço, logo, reduzem a sensação de fadiga e melhoram o desempenho físico. Como sabemos, o nosso mercado sofre hoje constantes mutações, influenciado maioritariamente pela mudança de hábitos de consumo, mas também pela capacidade de intervenção dos agentes de distribuição. Inúmeras vezes discutido, o fenómeno de crescimento das marcas próprias é um pequeno exemplo. Desta forma, a menor capacidade de diferenciação de um produto como água, no seu estado mais natural, faz com que, o factor “preço” assuma

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Porque as águas não são todas iguais específica a diferencia de todas as outras, nomeadamente pela concentração de sais minerais (bicarbonato, cálcio, magnésio, potássio, fluoreto, sílica, entre outros). Já as Águas de Nascente provêm de uma reserva naturalmente protegida mas pouco profunda e cuja estabilidade da composição química pode não se manter. Há ainda as Águas com Gás que eliminam a sede e repõem rapidamente os sais minerais e também as Águas Funcionais que garantem baixos valores calóricos mas acabam por ser soft drinks e não apenas água. Porque as águas disponíveis no mercado não são todas iguais, e porque diariamente devemos consumir entre um litro e meio a três litros de água, cabe ao consumidor escolher aquelas cujas características únicas se adequam às suas necessidades, lendo o rótulo e conhecendo as vantagens de cada um dos seus constituintes, seleccionando desta forma a água indicada para cada um dos momentos de consumo.

demasiada preponderância no processo de decisão consumidor. Por isso, é muito importante que exista um contributo crescente das marcas, no sentido de providenciar ao consumidor a informação necessária à valorização de um produto cujo consumo é vital para a nossa sobrevivência. Devemos contribuir activamente para que o consumidor revele na sua escolha não apenas uma análise superficial da beleza da embalagem e do preço, mas também uma análise racional dos benefícios intrínsecos do produto os quais estão directamente relacionados com o estilo de vida, a idade e a saúde de cada um. Sabendo que as águas não são todas iguais, este é um dos principais desafios das várias marcas, na construção de um mercado crescente, também em valor e não apenas em volume, e de um mercado forte e competitivo, consequentemente preparado para discutir o consumo com todas as outras bebidas que também contribuem para saciar a sede.

Pedro Esteves Director Comercial Empresa de Águas do Vimeiro

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Tratando-se de uma primeira colaboração na revista Grande Consumo nada me parece mais indicado do que começar por expressar aquela que é a minha opinião sobre o papel do consumo na sociedade quotidiana. Uma vez que o espaço que me foi disponibilizado não será suficiente para tudo, terei que deixar para um próximo número a apresentação de algumas pistas sobre os principais desafios para o futuro, mas avançarei desde já com uma breve contextualização. Sendo a espécie humana uma espécie consumidora, ou seja, que não produz nada, apenas transforma o que já existe ou o que outras espécies produzem, é óbvio que o consumo é um elemento inerente à nossa natureza. Tendo este pressuposto por base, temos que aceitar que seremos sempre uma espécie condenada a ter impacto no ambiente que nos rodeia. É aqui que o grande problema se começa a desenhar. Em

009 ÃOO/DEZEMBRO 2 I N OPI NOVEMBR 0 | Nº2

Este desrespeito pelos limites do planeta Terra acontece quando apenas mil milhões de pessoas têm uma vida abastada, mil a dois mil milhões vivem em economias de transição e cerca de três a quatro mil milhões sobrevivem com apenas alguns euros por dia. Perante este cenário será, à partida, fácil compreender a necessidade de agir com urgência. E esta acção nunca poderá ser eficaz a atingir os resultados pretendidos se não juntarmos forças. Já passou o tempo de diabolizar este e aquele. De apontar quem são “os maus”. O facto é que em termos de consumo todos temos telhados de vidro. Como já referi, não prevejo que consigamos alterar a nossa condição de consumidores em breve (não obstante visões mais ou menos filosóficas sobre tal possibilidade). Não me parece, assim, necessário que os sectores ligados ao consumo devam ter receio pelo seu negócio no futuro. A uma

A Economia enquanto cometa

Susana Fonseca Presidente Quercus

relação à nossa natureza nada podemos fazer, mas quanto ao impacto que temos podemos fazer, de facto, muito. E este muito decorre directamente do facto de pouco fazermos actualmente. O nosso modelo de desenvolvimento assenta na ideia base que temos que consumir. Não é de ânimo leve que se usa o indicador do consumo das famílias para avaliar o “bom estado” da economia de um país ou região. Face a esta abordagem estamos, enquanto civilização humana, prestes a causar um cataclismo de magnitude planetária. A nossa aposta no consumo, tal como tem sido feita até hoje, pode ser comparada à imagem de um cometa que vem em rota de colisão com o Planeta Terra. Para já, estamos a sentir apenas a chegada de pequenos fragmentos que acompanham o cometa principal. Contudo, a aproximação é rápida, pelo que o tempo para reagir começa a escassear.

redução significativa dos padrões de consumo (absolutamente necessária para se conseguir evitar a tal colisão com consequências planetárias) teremos que juntar a possibilidade/capacidade de muitos que hoje pouco ou nada têm poderem ter acesso ao que nós teremos (não ao que temos no presente, ou pelo menos não da mesma forma). A ausência de sinais da concretização da mudança necessária é razão suficiente para urgentemente começarmos a inflectir o nosso caminho e procurar outras perspectivas, mais ou menos ousadas, mais ou menos conhecidas e desenvolvidas, mas de qualquer modo imperativas. Numa próxima oportunidade falarei sobre algumas possíveis estratégias de compatibilização consumo/planeta, com o objectivo de podermos “desviar” o cometa a tempo. Até lá deixo-vos com este contexto para reflexão.


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NOVEMBRO /DEZEMBR O

A luta para que o retalho não tenha de pagar IRC ao Estado sobre os artigos furtados em loja tem sido difícil de ser travada entre os profissionais deste sector e a DGCI, cujos argumentos ditavam como imprescindível a comprovação através de documento justificativo da causa que motivou a diferença de inventário com a necessária apresentação de queixa na entidade policial competente na falta dos bens, assim como a contratação de um seguro que permitisse salvaguardar estes custos. Na posição anterior da DGCI – de nãoaceitação – as consequências para os contribuintes eram várias, nomeadamente custos acrescidos consequentes de processos judiciais, inviabilidade de apresentação de queixa, uma vez que o momento da detecção do furto não coincide com a ocorrência e cujo autor é difícil de identificar e a impossibilidade de contratação de um seguro (como argumentava a DGCI) devido ao risco da ocorrência ser quase certa. Todas estas consequências, e outras, castravam a possibilidade do retalho ganhar qualquer batalha contra o Estado. Esta não-aceitação da dedutibilidade do custo incorrido pela diferença de inventário manteve-se até este ano. Agora, a DGCI tem uma nova posição, aceitando a dedutibilidade do custo fiscal impondo, no entanto, condições que passam pelo reconhecimento das quebras como inerentes à actividade normal das empresas do sector. Estas condições reúnem, no entanto, muitas burocracias e dificuldades para alguns retalhistas, especialmente os que não possuem sistemas de segurança em loja que comprovem os furtos como, por exemplo, sistemas anti-furto, segurança privada, locais de venda assistida, câmaras e circuito fechado de TV (CCTV). A boa notícia é para os retalhistas que implementem sistemas de segurança contra o furto, sendo recompensados na hora de apresentar no IRC relativamente ao valor de quebras em loja. Esta é uma situação muito recente – datada deste ano (2009) -, constituindo uma importante conquista alcançada pelo retalho, uma vez que até hoje o valor dos artigos furtados não era dedutível. Isto representava um grave prejuízo para os profissionais, uma vez que investiam para ter o artigo em loja – pagando-o aos seus fornecedores -, e sendo este furtado, não podiam reaver os dividendos da facturação ao cliente, tendo ainda de suportar o custo de imposto sobre

algo que não venderam, mas pagaram. Na opinião da Gateway, enquanto player de mercado no sector das soluções de segurança, seria viável - tanto para as empresas como para o Estado - se as organizações que investissem na prevenção e segurança pudessem ser recompensadas a nível fiscal sobre os artigos furtados. Quanto mais uma empresa investisse em segurança, mais elevada seria a dedução. Esta última alternativa poderia inclusive ser considerada por escalões, com correspondência percentual: ou seja, empresas com um menor índice de aposta em sistemas de segurança (mais susceptíveis à quebra) veriam a possibilidade de dedução em IRC mais reduzida. Porque se as empresas não investirem em segurança ficam, naturalmente, mais expostas ao furto, então, para as que não se

lucros. E, consequentemente, criaria um maior investimento das empresas nos seus espaços comerciais, criando mais postos de trabalho e potenciando o próprio restabelecimento da conjuntura económica actual, já que aumentaria também a receita de impostos para o Estado (por via do investimento em soluções de segurança). Uma vez que as soluções de segurança não viriam apenas permitir ao retalho um paybacktime, como também potenciariam as vendas através de um merchandising seguro e atraente para os artigos expostos. Na Gateway acreditamos que é um ciclo vicioso, e por vezes há males – ou complicações – que vêm por bem. Queremos acreditar que esta é uma delas, ajudando o retalho a ganhar maior consciência sobre a potencialidade dos sistemas de segurança para o seu negócio.

Dedução da quebra desconhecida a nível fiscal protegem, o Estado não considera as quebras por furto um dado válido. Mas se as empresas apostarem em sistemas de segurança que lhes garantam protecção aos artigos expostos, estão a investir no seu património logístico, logo merecem ter apoio do Estado em vez de pagar a triplicar: pagamento aos fornecedores para ter o artigo em loja, pagamento pelos sistemas de segurança e, uma vez que são vítimas de furto, este constitui o terceiro custo. O resultado é terem de pagar IVA sobre algo que, na realidade, não venderam, ou seja, uma verdadeira injustiça. Se estas alternativas fossem tomadas em conta, os resultados das empresas iriam ser mais positivos com mais vendas e mais

Carlos Truta Director-Geral da Gateway Portugal


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009 ÃOO/DEZEMBRO 2 I N OPI NOVEMBR 0 | Nº2

O actual contexto económico e financeiro trouxe-nos novos desafios mas também tremendas oportunidades. Muitas empresas nacionais e internacionais questionam qual a melhor estratégia para enfrentar os tempos de crise. Muitas optam por uma redução de custos e de investimento enquanto outras procuram alternativas criativas e inovadoras para dar um “pontapé” na crise. A questão que se coloca às equipas de gestão das empresas de Grande Consumo não tem uma resposta linear, uma vez que existem inúmeros factores que podem condicionar a sua capacidade de resposta. No entanto, para a Central de Cervejas, parte da solução passa inequivocamente por uma aposta clara em Inovação. Inovação essa que se traduz, em grande parte, pelo desenvolvimento de novos produtos mas também, pela forma como se interage com o consumidor ou até mesmo no

rapidamente soubemos aproveitar e traduzir em produtos inovadores e diferenciadores, como neste caso. É muito interessante assistir à reacção dos consumidores ao perceberem que o Barril de 5L já tem a máquina incorporada. É uma revolução na forma como se consome cerveja em casa e que tem como principal objectivo oferecer o melhor produto, ao melhor preço. Por último, a forma como “activamos” as marcas pode fazer toda a diferença. A interacção que promovemos com os nossos consumidores e as experiências que lhes proporcionamos são factores preponderantes. Com a promoção “Entra em Campo”, Sagres é a única marca que oferece a oportunidade aos consumidores de viver a incrível experiência de jogar num estádio de futebol com milhares de pessoas a assistir. Esta activação da liga Sagres veio aumentar as vendas médias por ponto de venda, uma

Inovação, durante a Crise e no Futuro

Nuno Teles Director-Geral de Marketing da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas

seio da organização numa perspectiva de optimização e melhoria de processos. Na base está uma premissa constante - é fundamental procurar responder às necessidades dos nossos consumidores e dos nossos parceiros de negócio com vista a uma melhoria tangível das suas vidas e negócios. É com base nesta premissa que a SCC tem vindo a introduzir inovações no mercado português. Sagres Goolo, Sagres Barril 5L e, por último, a nossa associação ao futebol e a forma inovadora como esta é activada junto dos nossos consumidores e clientes são três exemplos distintos no que diz respeito a Inovação. Outro exemplo interessante foi o lançamento de Sagres Barril 5L. Em três semanas atingimos 5% de quota no canal de distribuição moderna, dez vezes mais quota que o produto concorrente. O facto de pertencermos ao grupo Heineken dá-nos acesso às mais recentes tecnologias que

mais-valia para a SCC e para os nossos clientes. É claramente um factor de dinamização de procura que se consegue ao proporcionar algo único e de extrema relevância para os nossos consumidores. Estas iniciativas, entre outras, permitiram-nos alcançar uma posição de liderança com a marca Sagres. Assim, e voltando à questão inicial, inovar em tempos de crise é fundamental não só como resposta aos desafios do presente mas também para podermos continuar a construir o futuro. A história ensina-nos que é nos tempos de crise que por norma surgem as grandes ideias mas para tal é preciso investir e de facto os resultados da SCC espelham esta realidade. É com imensa energia e satisfação que continuamos esta nossa caminhada e estamos certos que consumidores e clientes vão continuar a preferir Sagres como a sua marca de eleição.



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Nº2 0 | NOV EMB RO/ DEZ EMB RO 200 9

Malte Dammann, o novo Director-Geral da Mars Portugal, faz, em entrevista na Grande Consumo, o balanço dos oito primeiros meses ao leme da multinacional norteamericana. As mudanças ocorridas na gestão da empresa, TEXTO Joana Dalila Santos

a força das marcas disponíveis e a tipicidade do mercado interno são alguns dos temas que o novo homem forte da Mars Portugal não se escusou a comentar.


Grande Consumo - Está sensivelmente há oito meses em Portugal. Quais são as principais diferenças deste mercado, nas várias áreas onde a Mars Portugal se faz representar, face a outros países da Europa? Malte Dammann - Vivemos neste momento uma certa mudança de consumo em casa. O que vemos neste momento, comparando com outros mercados, é o movimento do consumo fora de casa para dentro de casa. Em supermercados, hipermercados e discount este movimento parece mais forte neste mercado comparado com os mercados do norte. Vemos a mesma tendência por toda a Europa, mas é, sem dúvida, mais forte nos mercados sul-europeus. GC - Mas isso é uma tendência que os últimos dados disponíveis dão conta de algum abrandamento. Reconhece isso? MD - Dizem os últimos dados que as marcas próprias não só têm descido, por compensação do aumento da venda das marcas de indústria, como tem havido uma maior estabilização entre o consumo out of home e o consumo home devido também ao aumento do dinheiro disponível. As pessoas já não saem tanto, não vão tanto a restaurantes como iam antes, não consomem tanto fora de casa e isto é algo que nós vemos. No topo disto, e também é algo agravado pela crise, parece que a família e a unidade se tornou mais importante o que também se reflecte mais dentro do que fora de casa. E isto é verdadeiramente uma mudança de estrutura que estamos a assistir na nossa distribuição. GC – O que abre, naturalmente, outras oportunidades de negócio. Grande parte do vosso portfolio dirige-se ao consumo em casa. Iremos assistir a alguns lançamentos próximos? O que é que a Mars Portugal tem feito para se adaptar a estas tendências de consumo? MD - Para nós há muitos actos de consumo internos que têm um papel muito importante. Se olhar para uma marca como os M&M’s tem tudo a ver com estarem todos juntos, partilhar com amigos e família em momentos da vida, para celebrar momentos. GC - É o grande lema dessa marca Friends, Family and Fun… MD - Exactamente. Portanto se houver um movimento para o que é mais relacionado com a família nuclear, com os amigos e com o consumo em casa, isso joga a nosso favor porque é a posição desta marca. Isso é definitivamente mais difícil numa marca como a Snickers mas ainda assim, através de inovação nos packs, os multipacks, os minis - que são um formato muito importante para nós -, estamos a conquistar estes momentos que se estão a tornar momentos de chocolate mais relevantes. GC - Todas essas tendências se vêem na reestruturação de algumas referências, com formatos mais pequenos e mais actualizados. É também por aqui que se vê a força das marcas e dos seus portfolios? MD - Trazer novas marcas para o portfolio não é a nossa estratégia. O que queremos fazer é activar profundamente mais momentos de chocolate e isto é o que temos feito através de novos formatos. Sabemos que resulta, se olhar para as prateleiras

de chocolates em França ou no Reino Unido verá vários formatos de packs que se adaptam a diferentes locais de uso e a diferentes partes do dia. Hoje em dia, em Portugal, ainda estamos aquém desta variedade de formatos segmentados e é por aqui que traremos inovações. Obviamente que temos de trazer sempre algo novo, sabores limitados, edições limitadas, é o que estamos a fazer. Mas não estamos a criar mais e mais marcas, não seria sustentável. GC - Até porque os consumidores portugueses são muito experimentalistas. Nesse sentido, toda esta recente produção de marcas próprias tem prejudicado, de alguma forma, o negócio das vossas marcas? MD - A realidade é que os consumidores portugueses gostam de coisas novas. Mas, ao mesmo tempo, a realidade, não só em Portugal mas em todo o

mundo, é que o turnover de novos produtos é muito alto. É uma experiência enorme nos primeiros dois ou três de seis meses mas normalmente as pessoas voltam para as suas marcas às quais são leais, aquilo a que chamamos core business. Assim sendo a nossa estratégia focaliza-se mais em construir um negócio sustentável do que em tentar sempre coisas novas.

POTENCIAL DE CRESCIMENTO O consumo de chocolate per capita em Portugal é um dos mais baixos da Europa, cuja média de consumo não ultrapassa os 1,3 quilos por ano. Todavia, é crença generalizada dos principais operadores da categoria que o mercado nacional apresenta um elevado potencial de crescimento, reivindicando a Mars Portugal uma taxa de penetração de 58% nesta categoria (snackfood) estimada em 40 milhões/€ em 2008 e que vale 55% do negócio da operação nacional. Mesma lógica pode ser aplicada ao mercado de petfood, que ao apresentar um crescimento sustentado ao longo dos últimos anos, leva a que a Mars Portugal tenha naturais expectativas numa categoria estimada em 35 milhões/€ ano e onde apresenta um índice de penetração entre os 20% (nos lares portugueses que têm gato) e os 40% (nos lares portugueses que têm cão), constituindo os chocolates e o petfood os dois principais eixos de acção da companhia em espaço nacional.

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A ST I ZE E EV RO/D TRNOVEMB N E º20 | N


32 TA EVIS RO 2009 ENT|RNOVEMBRO/DEZEMB Nº20

GC - Cada vez mais se fala da questão da obesidade infantil. Que ideia é que defende? Era mais importante ser a indústria a regular-se como tem sido até agora ou haver uma directiva comunitária que regulasse a forma como a publicidade de chocolates, por exemplo, é feita através dos meios de comunicação? MD - Penso que a primeira coisa é que, se olharmos para a realidade, o consumo de calorias não aumentou ao longo das últimas décadas dramaticamente. O consumo de calorias permanece mais ou menos estável. O que mudou drasticamente foi o modo de vida das pessoas e das famílias. Se olharmos para a nossa infância, andávamos muito mais de bicicleta… Hoje em dia isto mudou totalmente e há muito mais jogos e muito menos tempo de exercício para as crianças, há um total desequilíbrio entre as calorias ingeridas e as calorias usadas. Isto é um facto e penso que aí temos que pensar os aspectos de como poderemos voltar de novo a esse estilo de vida mais vida activo e que promova o exercício. O segundo aspecto é que estamos comprometidos a não fazer nenhuma publicidade para crianças. Nós temos as nossas diet lines portanto podem usá-las. Somos a primeira empresa a comprometer-se globalmente com estas restrições e isso significa que nós apenas fazemos publicidade dirigida basicamente aos paise que são o filtro para dar os produtos às crianças. A responsabilidade é claramente dos pais uma vez que não há comunicação directa para as crianças.

que temos um programa de treino muito forte na distribuição, quer em termos de vendas através de gestão de categorias mas também de general management. A última parte que mais uma vez diz respeito às pessoas é o reforço das grandes linhas condutoras para se fazer um bom trabalho. Penso que isto é o mais importante. GC - Portugal continua então a ser um mercado de enorme potencial nas várias áreas onde estão presentes... MD - Sim, nós ainda temos grandes oportunidades na distribuição, no melhoramento da nossa presença nas lojas e nos lineares, ao abarcar todos os momentos de consumo como disse ini-

GC - Em termos globais, e se é que é possível já fazer um balanço, o que é que mudou na Mars Portugal com a sua chegada? MD - Acredito que a melhor coisa que temos são as nossas pessoas. E o que estou a tentar fazer é concentrar-me em delegar maior responsabilidade em pessoas de toda a escala hierárquica de modo dirigir a sua responsabilidade. Tenho muita liberdade de acção e essa penso ser a maior mudança, estamos a fazer muito mais equipas cross-functional, estamos mesmo a dar poder às pessoas. A segunda coisa que estamos a fazer é seguir os nossos cinco princípios: Qualidade, Responsabilidade, Mutualidade, Eficiência e Liberdade. Se olhar para a qualidade, responsabilidade e eficiência, são as bases da nossa empresa. Eu diria que reforçar isto no nosso trabalho diário é uma parte importante, uma vez

cialmente. Há grandes oportunidades, mas também nos padrões de consumo geral. Se olharmos para o chocolate Portugal tem o consumo per capita mais baixo na Europa, portanto há um enorme potencial para melhorar isso. E hoje em dia o consumo de chocolate é muito acentuado na Páscoa e no Natal, portanto fora destes picos sazonais há grandes oportunidades de negócio para tornar os produtos mais relevantes para os consumidores.


GC - Até porque como disse a diferenciação passa por levar a que o consumo de chocolate seja mais regular ao longo de todo o ano. Estamos a aproximar-nos do Natal, altura preferida na venda de chocolate. Que novidades a Mars nos poderá apresentar? MD - Temo-nos focado muito nas nossas marcas, queremos ter marcas maiores e mais fortes e é por isso que estamos a focarnos nessas marcas que são basicamente a M&M’s, Twix e Snickers. Na M&M’s temos uma edição limitada muito especial para este Natal e que foi pensada pelas cores da bandeira nacional, não é apenas uma edição limitada para o Natal, em verde e vermelho, mas é também uma edição limitada especial portuguesa. Este é o nosso foco nesta estação. E também é relevante na área da ração para animais porque, durante o Natal, se há uma família com crianças e um cão ou um gato também se dá uma guloseima ao nosso animal de estimação. Temos uma linha muito interessante de guloseimas para cães, incluindo cuidados dentários e temos também guloseimas para gatos muito interessantes. GC - 2008 foi um ano muito difícil de uma forma geral para todas as empresas do sector. Em 2009 já se sentiu alguma retoma ainda que acredito longe daquilo que poderão ser os melhores objectivos e pretensões possíveis. Como é que está a correr o ano para a Mars tão perto que estamos da sua conclusão? MD - O interessante nas nossas marcas é o facto de apresentarem um investimento relativamente baixo e um retorno instantâneo. A recessão ajudou muito a ter bons resultados no negócio o que significa que as pessoas comem mais chocolate porque é algo que lhes aumenta a disposição e ajuda a enfrentar tempos difíceis. Mas também alimentam melhor os seus animais porque querem deixá-los feliz e ver as caudas a abanar no final do dia. É algo que joga a nosso favor, portanto estamos a ter um bom ano, não temos grandes preocupações, tem sido um bom ano para nós mas não damos mais número detalhados. GC - Sei que ainda chegou há pouco tempo a esta casa mas onde é que vê a Mars Portugal num futuro próximo? MD - Eu acredito que temos um grande potencial para crescer. Vamos ter um papel maior no imaginário diário dos consumidores nos chocolates e em pet-food. Estou certo de que daqui a dez anos a Whiskas e a Pedigree serão as marcas icónicas para a indústria pet-care. E o mesmo acontecerá para o chocolate com a M&M’s e com as nossas maiores referências Snickers e a Twix. Quando as pessoas pensarem nestas categorias elas vão pensar nestas marcas e isto é um capital de confiança imenso. Esta é a base do nosso crescimento sustentável: as pessoas, as marcas e os produtos.

M&M’S DE NATAL A M&M’s surpreende todos os seus fãs ao lançar a Edição limitada de Natal, composta apenas por drageias verdes e vermelhas. Esta aposta na inovação insere-se na estratégia da marca em reforçar a sua liderança no mercado e o seu posicionamento de companheiro ideal, durante todo o ano, dos momentos de partilha, amizade e diversão. Inserido no posicionamento da marca “M&M’s, Diverte-te com os amigos!” este lançamento celebra a amizade e os momentos de partilha com quem mais gostamos, fazendo deste Natal o mais colorido e divertido de sempre. Também na Internet, na página oficial da marca em www.m-ms.pt, é dado todo o destaque a esta edição de Natal, onde são apresentadas sugestões de receitas de Natal, wallpapers, e-cards para desejar um Feliz Natal à família e amigos e muita diversão no inesperado encontro do Vermelho e do Amarelo com o Pai Natal.

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A ISDETZEMBRO 2 V E / R EN20T| NOVEMBRO Nº


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Liderado pelos bombons, o mercado nacional de chocolates volta a pautar-se novamente pela estabilidade, ao apresentar uma ténue subida de 0,6% em valor por oposição a TEXTO Abel Martins

uma quebra de 3,6% nas quantidades comercializados. Em suma, uma evolução ligeira dos preços médios em 3%, num mercado que não apresenta alterações no ranking e que aguarda com ansiedade a chegada do Natal para aumentar consumos.


Estimado em 160 milhões/€ por ano, o mercado nacional de chocolates tem-se pautado pela estabilidade ao longo dos últimos anos, não constituindo 2009 um ano de grandes mudanças para este universo. Ainda que haja a ressalvar, e no período analisado, uma quebra de 3,6% nas vendas em volume e uma subida de 0,6% das vendas em valor, o que permite antecipar, e numa leitura rápida, uma subida dos preços médios na ordem dos 3%. Nada de verdadeiramente extraordinário na performance de um mercado que continua a ser muito sazonal, com as suas vendas a serem, em grande parte, dependente da performance em dois grandes épocas ao longo do ano. Uma das quais já passou (Páscoa), a outra das quais prepara-se para chegar, num contexto económico mais favorável ao consumo, ainda que longe do ideal. Certo é que, para trás, fica um ano de altos e baixos, aos quais a maior parte dos mercados alimentares soube sobreviver, em muito casos “auxiliado” por um visível reforço da posição das marcas de distribuição nos lineares das grandes superfícies comerciais e que constitui um sempre importante primeiro ponto de contacto com a categoria. Ameaça para uns, oportunidade de negócio para outros, a verdade é que são poucos os segmentos de mercado que não contam, pelo menos, com a presença de uma MDD no linear, sinal da maturidade que caracteriza este sector em Portugal. O mercado de chocolates não foi alheio a esta realidade, existindo hoje alguma diversidade de oferta disponível em termos de MDD, ainda que sem o peso que as marcas de produção ostentam, sinal evidente da preferência dos consumidores. Mars, Cadbury’s e Kraft são alguns dos pesos pesados deste mercado, que em paralelo com o case study Ferrero - com as marcas Mon Chéri e Ferrero Rocher – e alguns dos principais representantes nacionais, caso da RAR, ajudam a dar mais cor aos lineares. Ao ponto de ser hábito nas grandes superfícies comerciais atribuir-se, nesta altura do ano, um corredor específico para as inovações associadas à chegada do Natal. Mais oferta, mais possibilidade de escolha, maior liberdade para o consumidor, em suma, eis o que representa a chegada da época natalícia para os portugueses que ainda não incluem o consumo de chocolate de forma intensiva nas suas rotinas diárias, continuando a ser considerado um “pequeno prazer” e, muitas vezes, condicionado pelo fantasma, mais ou menos visível, da obesidade. Ainda que os portugueses sejam, não só, bastante fiéis às marcas, como também aos formatos, onde os bombons e as tabletes valem 64% do total de vendas em valor, um cenário que tem sido descrito ao longo dos últimos anos e que dá conta da real preferência dos portugueses na forma de consumir chocolate. Não obstante toda a força de inovação que as principais marcas do mercado têm vindo a apresentar, sobretudo com os formatos mini, em grande ascensão. Nesse sentido, os bombons continuam a liderar o mercado, com este formato a ser responsável por 37% das vendas em valor deste universo, ao gerar aproximadamente 59 milhões/€ de riqueza, isto sem ainda contabilizar as vendas alusivas à época natalícia e num período em que se observou um ajuste nos preços praticados na ordem dos 3%. Muito por força de uma subida das vendas em valor em 1,7% e de uma quebra dos volumes

introduzidos no mercado na ordem dos 1,6%. Nada que venha pôr em causa o equilíbrio deste mercado, mas que concorre para reforçar a ideia de que o preço médio dos chocolates está a aumentar. Resta saber se por inflação das matérias-primas, dos custos produtivos ou das margens de produtores e distribuidores. Ajustes que podem ser considerados normais em qualquer mercado que seja dependente da performance apurada em duas grandes épocas de comercialização e que procura fomentar a criação de necessidades de consumo através da introdução de

novos formatos no mercado que despertem a atenção do consumidor. Um investimento, essencialmente, a longo prazo e que serve como complemento de gama, uma vez que, se os bombons lideram, as tabletes vêm logo atrás, ocupando a segunda posição do ranking com 42,6 milhões/€ de riqueza gerada (-3,3%), equivalente a mais de 4,1 mil toneladas de tabletes consumidas em Portugal no período em causa. O que diz bem da apetência dos consumidores nacionais para os formatos considerados tradicionais. Números que, apesar de reflectirem um ano de menor fulgor no consumo de tabletes (-5,8%), não deixam de expressar a TOTAL PORTUGAL - CHOCOLATES

Chocolates (KG) Bombons Tabletes Fantasia Ovos Snacks Frutos Secos Cobertos Pastilhas Fantasia Outras Figuras Outros Tipos

Vendas Valor Valor (%) 160,263,979 0.6 58,968,649 1.7 42,690,123 -3.3 18,186,044 4.0 14,912,674 -4.6 12,701,695 9.1 6,630,225 2.6 4,221,936 -6.2 1,952,633 40.4

Volume Volume (%) 11,406,972 -3.6 3,200,189 -1.6 4,187,015 -5.8 589,198 4.2 1,529,154 -11.3 974,541 1.9 453,461 0.1 259,136 -9.0 214,278 44.2

FONTE: AC Nielsen Ano Móvel S 2009 41

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D CAOVEM R MEº20 | N N


importância que esta categoria tem para o total deste mercado. Ainda que penalizado por um menor preço unitário quando comparado com o PVP médio unitário praticado pelos bombons, formato geralmente associado a um tipo de consumo mais Premium. Quer no tipo de produto em causa, quer no tipo de embalagem com que se apresenta ao mercado.

Os bombons continuam a liderar o mercado, com

FRAGMENTAÇÃO Como se pode facilmente perceber, o mercado nacional de chocolates apresenta-se bastante fragmentado, uma vez que, se as duas principais categorias deste universo são responsáveis por vendas acima dos 100 milhões/€ (de um total de 160 milhões/€ facturados), já as restantes categorias analisadas pela AC Nielsen – Fantasia Ovos, Snacks, Frutos Secos Cobertos, Pastilhas, Fantasia Outras Figuras, Outros Tipos – não vão além de um total combinado de 58,6 milhões/€, apresentando comportamentos oscilantes entre si, ainda que o ranking não tenha sofrido alterações em termos de posicionamento desde o ano transacto. É nesse sentido que os Ovos Fantasia repetem o terceiro lugar do ranking, pautando-se a sua performance pela estabilidade ao apresentar taxas de MER CAD Nº2 crescimento de 4% em valor 0 | O NOV EMB RO/ (18,1 milhões/€) e de 4,2% DEZ EMB RO 200 em volume (589 mil kg), en9 quanto no período homólogo do ano transacto expunha quebras de 0,5% em valor. Lógica inversa pode ser aplicada aos snacks de chocolate que, apesar de continuarem no quarto lugar da tabela, apresentam fortes reduções na procura, com quebras de 11,3% em volume e 4,6% em valor, equivalente a uma facturação de 14,9 milhões/€.

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Já os Frutos Secos Cobertos “fecham” o ranking das categorias analisadas que facturam acima dos 10 milhões/€, ao apresentar uma das melhores performances deste universo com crescimentos de 1,9% em volume e de 9,1% em valor. Prestação que vem em linha com o comportamento já evidenciado no mesmo período de 2008 e que dava, então, conta de uma subida de 4,9% em valor e 3,7% em quantidade. Nesse sentido, é não só

este formato a ser responsável por 37% das vendas em valor deste universo, ao gerar aproximadamente 59 milhões/€ de riqueza, isto sem ainda contabilizar as vendas alusivas à época natalícia e num período em que se observou um ajuste nos preços praticados na ordem dos 3%. Muito por força de uma subida das vendas em valor em 1,7% e de uma quebra dos volumes introduzidos no mercado na ordem dos 1,6%. Nada que venha pôr em causa o equilíbrio deste mercado, mas que concorre para reforçar a ideia de que o preço médio dos chocolates está a aumentar

apenas possível verificar que o segmento continua a reforçar posição nos hábitos de consumo dos portugueses, como apresentou uma valorização de 7,2% no preço médio praticado. Pastilhas, Fantasia Outras Figuras, assim como a categoria definida pela AC Nielsen como “Outros Tipos” encerram as contas deste universo, com facturações que não vão além dos 6,6 milhões/€ alcançados pelas pastilhas, um formato ainda em crescimento no nosso país como o demonstram os números deste ano e que dão conta de uma evolução das vendas em valor de 2,6%. Já a categoria entendida como Fantasia Outras Figuras está em quebra, devido à evidente preferência pelos Ovos, um produto com perfil semelhante e com maior aceitação por parte dos consumidores, enquanto a categoria “Outros Tipos” de chocolate repete a melhor performance deste ranking, ao crescer a dois dígitos em ambos os indicadores. Claro está que esta designação engloba uma enorme quantidade de referências e formatos dispersos, o que lhe confere alguma dimensão. Ainda que seja, naturalmente, de ressalvar os crescimentos a dois dígitos em ambos os indicadores, caso cada vez mais raro no mercado alimentar, mas que este segmento repete pelo segundo ano consecutivo. Resta saber como vai evoluir nos próximos exercícios, ao saber-se de antemão a preferência dos portugueses pelos formatos tradicionais, mas que não retira valor ao esforço de diversidade e inovação que a indústria tem vindo a apresentar ao longo dos últimos anos. E será com todo o interesse que iremos acompanhar a progressão da sua performance no equilíbrio entre as quantidades vendidas e riqueza gerada, sendo que, de uma forma geral, o mercado apresenta uma valorização dos preços médios praticados, isto antes da chegada da quadra natalícia. Será, seguramente, interessante observar mais tarde o modo como evoluiu ao longo do próximo exercício.


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AGE2 O PODRET E R EMBR Z I L VEMBRO/ PUB O N 0 | Nº2

Há 20 anos assumiu-se como o primeiro vinho V.Q.P.R.D. alentejano, com umas “insignificantes” 130 mil garrafas, mas, hoje, são mais de oito milhões as que, todos os anos, chegam aos pontos de venda. Uma história de sucesso de uma marca incontornável: Porta da Ravessa.

comemora 20 Se os últimos Censos concluíram que dos 10 milhões de habitantes, mais de oito milhões têm mais de 18 anos, o mais simples exercício de aritmética pode determinar que, todos os anos, pelo menos um português consome uma garrafa de vinho Porta da Ravessa. Mas se o exercício não passa disso mesmo e apenas pretende demonstrar a real dimensão e grandeza da marca Porta da Ravessa, a verdade é que mais de 20 mil garrafas são abertas diariamente em Portugal e no estrangeiro. Na imbatível relação qualidade-preço reside o segredo do sucesso de um vinho que marcou e alterou o paradigma do panorama vínico nacional. A história remonta há 20 anos e, curiosamente, sob um mau prenúncio... A vindima de 1989 esteve longe de ser uma grande colheita em termos de volume, mas ainda assim, a Adega de Redondo teve a ousadia e a visão de seleccionar algumas dezenas de milhares de quilos de uva para uma marca nova. Nasceu então o primeiro VQPRD alentejano, a que, na altura, foi dado o nome de Porta da Ravessa e as 130 mil garrafas que, em 1990, um tanto timidamente começaram a aparecer nas prateleiras dos pontos de venda e nas mesas de refeições, rapidamente passaram a milhões. Rendidos à excelente relação qualidade-preço, os portugueses rapidamente elegeram o Porta da Ravessa como o seu vinho de eleição, ao ponto da organização independente Superbrands ter considerado a marca como uma das 50 mais importantes no mercado nacional: “Uma supermarca é aquela que oferece aos seus consumidores uma vantagem emocional e física significativa, acima da sua concorrência, vantagem essa que é desejada (conscientemente ou não) pelos seus clientes, que a reconhecem e estão dispostos a pagar por ela!”

anos Volvidas duas décadas, nem a incrível proliferação de rótulos ou a conjuntura económica impedem que, todos os anos, saiam da linha de engarrafamento do maior produtor da sub-região de Redondo mais de oito milhões de garrafas, entre versões tinto, branco e, desde 2006, rosé. No entanto, o decréscimo de produção verificado nas vindimas dos últimos dois anos vai ter reflexos

nos volumes de vendas, com algumas produções a poderem não satisfazer totalmente a procura. O Porta da Ravessa branco, por exemplo, desde Agosto que sofria da ruptura de “stocks”, o que obrigou a que a colheita de 2009 chegasse ao mercado apenas dois meses depois do término da vindima... Números e curiosidades de mercado daquela que é uma das marcas incontornáveis do panorama vínico nacional, agora a comemorar 20 anos de história. Um percurso que só um número muito restrito de marcas consegue percorrer, sobretudo com os índices de sucesso associados ao Porta da Ravessa.


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M 9 AGDEEZEMBRO 200 T R / O O R P RE20 | NOVEMB Nº

Com uma rede comercial espalhada por Portugal, Brasil e, mais recentemente, Angola, a Rui Costa Sousa & Irmão tem vindo a reforçar a sua presença comercial noutros destinos, complementares à presença no mercado nacional, onde disponibiliza as marcas Alta Qualidade e Sr. Bacalhau. Com uma unidade produtiva de tecnologia de ponta a nível mundial, este operador da Gafanha da Nazaré prepara-se para replicar os seus conhecimentos na arte de processar bacalhau no continente americano. Um projecto ainda sem data, mas já equacionado, e que vai ditar o reforço da aposta na exportação.

TEXTO Bruno Farias


39 REP ORT AGE M

Há 30 anos presente no negócio do bacalhau seco, foi apenas em 2006 que a Rui Costa Sousa & Irmão se estreou no segmento do bacalhau demolhado ultracongelado. Uma decisão que surgiu da necessidade de acompanhar as mais recentes tendências do mercado e que levou ao investimento de 10 milhões/€ numa nova unidade fabril, capaz de assegurar a capacidade produtiva da empresa em território nacional, gesto que constitui “uma excepção nesta área de negócio em particular. Este é o único modo de assegurar que o produto é processado à nossa maneira e de acordo com os nossos parâmetros de qualidade” recorda Rui Costa e Sousa, Presidente do Grupo Rui Costa e Sousa & Irmão. Data que marcou o arranque de uma nova etapa na vida desta empresa de índole familiar, mas que assenta a sua actividade numa estrutura profissional, composta por pessoas conhecedoras do mercado – caso do director industrial Gonçalo Guedes Vaz – e com base na própria experiência pessoal do seu proprietário, Rui Costa e Sousa, que acompanha de perto a evolução do projecto, sempre atento às oportunidades de negócio que possam advir do mercado e muito próximo da sua equipa de trabalho. Uma maneira própria de ser de quem acredita que só vale a pena trabalhar com qualidade. “Só vale a pena trabalhar com qualidade, essa foi a linha que orientou o nosso investimento, e os resultados estão à vista de todos, pelo que só posso falar em êxito no que é referente a este novo projecto. Não só devido às excelentes condições de produção, como também graças ao know-how da nossa equipa que assegura a qualidade e consistência do produto final. Nenhuma empresa no Mundo trabalha como nós nesta área de negócio”, assume, sem preconceitos, Rui Costa e Sousa, que acrescenta: “O feedback do mercado tem sido de tal forma favorável que estamos a equacionar, para breve, um novo investimento noutra unidade produtiva, uma vez que temos necessidade de reforçar a nossa capacidade de resposta, de modo a honrarmos todos os compromissos que temos actualmente em mãos. Quem trabalhar com qualidade e lealdade tem futuro em qualquer mercado”. Novo investimento que terá por base o mesmo padrão qualitativo, linha orientadora do negócio da RCS&I e que tem levado esta empresa a afirmar-se em outros mercados externos através de representações directas, casos do Brasil, e, mais recentemente, Angola. Destinos complementares à actividade da empresa no seu mercado de origem, Portugal, que serão reforçados a curto prazo, não existindo, todavia, uma decisão final relativamente à localização da nova unidade fabril, dividindo-se as suas possíveis localizações entre Portugal e o Brasil. O que, a acontecer, permitirá ao Grupo reforçar o seu posicionamento e aumentar as taxas de penetração nesta região (América do Sul e Latina) com perfil histórico e cultural muito próximo dos hábitos de consumo dos portugueses. “Acredito que o bacalhau ultracongelado é o futuro, uma vez que as mulheres portuguesas têm cada vez menos tempo para estar em casa, pelo que o produto sendo bom e de qualidade, permite oferecer aos portugueses um produto de excelência, como era feito há 30, 40 anos atrás. Trata-se de um produto que tem, no mínimo, quatro a seis meses de sal, e é processado com todos os trâmites de qualidade, pelo que antecipo renovados motivos de sucesso”, adianta Rui Costa e Sousa.

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“Os formatos de conveniência vieram reforçar a aproximação entre o produto tradicional e a nova geração. A conveniência é a chave do sucesso, mas é obrigação da indústria recuperar todas as características que notabilizaram o bacalhau como iguaria gastronómica, pelo que há necessidade não defraudar as expectativas destes consumidores que, ao adquirirem estes formatos, pretendem encontrar um produto que lhes traga a memória a forma como os seus avós faziam bacalhau”, explica Gonçalo Guedes Vaz, director industrial da Rui Costa Sousa & Irmão. CONCORRÊNCIA Ainda que o mercado alimentar tenha apresentado ao longo dos dois últimos exercícios uma significativa proliferação das marcas próprias - à qual o negócio do bacalhau também não escapou ileso - a Rui Costa e Sousa & Irmão continua a apresentar índices

de crescimento, não se verificando um abrandamento da sua facturação que ronda, actualmente, os 70 milhões/€. Isto num ano em que se verificou uma quebra generalizada dos preços médios praticados, com claro reflexo nos volumes comercializados, mas onde a RCS&I reforçou as oportunidades de negócio, ao alargar a sua carteira de clientes. Um facto que o responsável máximo do Grupo resume de forma pragmática: ”Quem nos


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conhece, conhece a nossa fábrica e sabe o que somos capazes de oferecer ao mercado”. O que se deve à força das suas duas marcas – Alta Qualidade e Sr. Bacalhau –, activos que permitem a esta casa “estar presente em todo o lado”. Consciente de que os grandes volumes de compra actualmente vêm da distribuição moderna, é mediante a sua forte implementação no mercado que a RCS&I se assume como um dos maiores operadores do negócio de bacalhau em Portugal, “ao possuirmos uma carteira de clientes vasta, desde o maior ao mais pequeno, uma política que não mudou em 30 anos e que continua a prevalecer ainda hoje”, acrescenta. “Há um canal que nos é muito grato, o Horeca, porque tem a particularidade de o cliente do nosso cliente ser ele o grande juiz do nosso produto. Ao ter uma clientela fiel e que não vai procurar esmagar o preço para ganhar margem e não vaio abdicar na qualidade. Esse é o nosso compromisso”, garante Gonçalo Guedes Vaz. A disponibilidade de formatos, a par da qualidade, é outro dos trunfos da RCS&I que apresenta na sua gama um conjunto diver-

De olhos postos no amanhã, a Rui Costa Sousa & Irmão assume-se atenta às oportunidades de negócio decorrentes dos mercados externos, onde prevê, a curto prazo, a implementação de uma unidade produtiva que permita

sificado de referências, adequadas a todo o tipo de necessidades de consumo. Em suma, os formatos ultracongelados vieram permitir uma maior democratização do acesso a um produto inatingível para muitas bolsas, ainda que ao longo do último ano se tenha verificado uma positiva redução dos seus preços médios. “Nem todos os consumidores podem ser clientes de lombo, por isso é que existe um conjunto de sub-famílias que disponibilizam diferentes partes do mesmo animal, com preços distintos e de elevada versatilidade para as necessidades individuais dos vários tipos de consumidores”, reforça o director fabril da RCS&I.

reforçar os níveis de penetração das suas marcas fora de portas. A aposta recairá no continente americano, permanecendo, todavia, ainda a dúvida relativamente à sua localização final, com as possibilidades a dividirem-se entre o Brasil e os EUA. Dois mercados altamente atraentes em termos de níveis de consumo e bastante apreciadores das características do fiel amigo, processado à maneira portuguesa

FUTURO De olhos postos no amanhã, a RCS&I assume-se atenta a outros mercados, considerando o seu presidente que a empresa já “cresceu em Portugal o que tinha a crescer, pelo que temos que olhar para outros mercados e reforçar os nossos níveis de exportação. Os EUA surgem como um mercado apetecível nesse sentido, pelo facto de ser um destino onde existe um imenso número de imigrantes portugueses, brasileiros e latinos, e nós temos de estar presentes onde há consumo”, assume Rui Costa e Sousa. Os EUA são, assim, o mais recente destino onde a empresa procura reforçar a sua presença através de uma representação directa e que irá consolidar a presença do Grupo no continente americano. Uma meta a ser atingida a curto prazo (tal como o projecto da nova fábrica), ainda que sem data definida, uma vez que o projecto está equacionado mas apenas terá luz verde de acordo com determinados preceitos considerados preponderantes para esta nova etapa: controlar o processo produtivo a montante e ter staff com formação e competência, de modo a poder disponibilizar-se um produto acabado com toda a qualidade que a RCS&I já habituou o mercado. O interno e, agora, os externos, com todo o sabor português através de um dos principais embaixadores da gastronomia nacional: esse senhor, conhecido como bacalhau.



Espumantes

SOBEM

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em ambos indicadores

O mercado nacional de espumantes voltou a apresentar sinais de crescimento, ao subir 4% em volume e 1,7% em valor. Cifras suficientes para que este mercado ultrapasse os 33 milhões/€ de facturação, em muito motivado pelas categorias mais acessíveis deste TEXTO Duarte Cunha

universo, caso dos Astis e Moscatos, assim como dos Espumantes. Em claro declínio encontra-se o Champanhe, sinónimo de gosto requintado e custo elevado. Demasiado para as bolsas dos portugueses antes da chegada da época de festa rija.


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O ADEMBRO/ C R NOV MEº20 | N

Sem grande surpresa, os espumantes continuam a liderar o mercado nacional de vinhos espumosos, tendo, inclusive, reforçado a posição no período analisado e com clara tendência para ser reforçada à medida que a quadra natalícia se aproxima e a comunicação dos produtos típicos da época sobe de tom. Certo é que não há natal sem bacalhau, chocolates e espumantes, ou “champanhe” como tanto os consumidores nacionais gostam de chamar sem que isso se reverta na compra do produto correspondente à designação empregue. Se assim fosse, a quebra de 16,3% em valor e 18,5% em quantidade não teria razão de ser, apresentando, certamente, as vendas de champanhe em território nacional números mais animadores do que os 3,2 milhões/€ em valor, equivalente a pouco mais de 100 mil unidades comercializados. Demasiado pouco para um produto de alto calibre, mas compreensível em função do ciclo económico em que se vive e que concorre para evidentes efeitos de substituição em variadas categorias do universo alimentar. Os vinhos espumosos não são excepção, não só em função da existência de alguma oferta já disponível e que passa por espumantes, astis e moscatos, cavas e champanhe, assim como pela paleta de preços ao dispor do consumidor, naturalmente proporcional à oferta disponível, onde o preço tende a ditar regras.

Estimado em mais de 30 milhões/€ ano, o mercado nacional de vinhos espumosos não apresenta grandes novidades antes da chegada da quadra

natalícia, época do ano onde os volumes colocados no mercado conhecem um interessante impulso. Liderado pelos Espumantes, este mercado apresentou, no período analisado, um incremento das vendas em valor na ordem os 1,7% e de 4% em volume, o que diz bem do retorno que têm, actualmente, junto dos consumidores, fruto de uma maior oferta

Não é que esta seja a única justificação para o actual cenário deste mercado, mas temos que ter consciência da sua evidente evolução, em grande parte promovida pelas marcas nacionais que, através da elevação do produto e do packaging, souberam introduzir progressivamente os espumantes nos hábitos de consumo dos portugueses. São exemplo concreto dessa realidade as renovações de gama da Fita Azul, Raposeira, Caves Montanha, entre outros, que através de um maior equilíbrio na relação qualidade/preço e na diversificação da oferta mediante as ocasiões de consumo conseguiram introduzir, de forma progressiva, no cabaz de compras dos portugueses, sendo, ainda, frequente no portfólio de muitos produtores de vinho de maior ou menor dimensão haver pelo menos uma referência de espumante. O que se facilmente se percebe em função dos mais de 20 milhões/€ de facturação, assim como das taxas de crescimento anuais entre os 5% e os 6% em ambos os indicadores. Maior consumo, fruto de uma maior oferta disponível, mas, acima de tudo, de um maior forcing em termos de comunicação e de marketing que têm levado à sua presença em mais ocasiões de

disponível e de um importante equilíbrio entre preço e qualidade, que leva a que o consumo de espumantes não seja apenas associado a momentos de celebração

consumo do que as tradicionais, sendo hoje um complemento habitual de algumas refeições. Ao todo, são mais de 5 milhões de unidades por ano colocadas no mercado, que é o mesmo que dizer que os espumantes representam, nada mais, nada menos, do que 67% das vendas em volume e 65% das vendas em valor deste universo.

Uma posição hegemónica e bastante consolidada, apresentandose a capacidade de distribuição das principais marcas do mercado como um ónus para o seu crescimento e forte implementação nos hábitos de consumo dos portugueses, regra geral, bastante fiéis neste tipo de escolhas. Ainda que haja uma palavra a dizer para a performance dos Astis e Moscatos que, no conjunto, representam 25% e 31%, respectivamente, das vendas em valor e volume deste mercado, tendo apresentado no período em análise crescimentos de 3,3% em valor e 2% em quantidade. Ou seja, apesar de ser claramente uma segunda escolha, esta categoria apresenta, desde há alguns anos, sinais de estabilidade no consumo, sinónimo de uma franja de consumidores bastante apreciadores do seu perfil adocicado e leve e que leva a que seja o segundo maior segmento deste universo. Uma posição que não deixa de ser honrosa para quem teve o mérito de praticamente abrir este mercado em termos de mentalidade de consumo, ao demonstrar que, dentro de uma família de produtos, é possível apresentar perfis alternativos de produtos, adequados a todas as ocasiões de consumo e sem perder a linha original de produto. Com a aproximação das festividades natalícias será possível comprovar o reforçar destas posições, observando-se, ainda, um incremento das unidades comercializadas, ao saber-se o quanto os portugueses gostam de fazer um “tchim-tchim” com um bom vinho espumante. À votre santé!

TOTAL PORTUGAL - ESPUMANTES Vendas Valor Valor (%) Vinho Espumante (UN.75) 33,261,093 1.7 Astis e Moscatos 8,466,065 3.3 Champagne 3,280,841 -16.3 Outros 21,483,870 4.6 Vinho Espumoso 30,317 -34.5

Vendas Volume Volume (%) 8,629,077 4.0 2,692,878 2.0 100,436 -18.5 5,817,202 5.8 18,561 -44.0

FONTE: AC Nielsen Ano Móvel S 2009 41


Adega Mayor lança Reserva do Comendador Branco 2008 Das vinhas que desenham a paisagem em torno da Adega Mayor nasceram os frutos que deram origem ao mais recente branco da Adega de Campo Maior – o Reserva do Comendador 2008. Trata-se de um vinho regional alentejano, resultante de uma escolha cuidada de uvas das castas Antão Vaz, Roupeiro e Arinto, que fermentou e estagiou seis meses em barricas novas de carvalho francês e americano, com sistema de battonage sobre as borras finas presentes na mesma. O resultado foi

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Novo Esporão Reserva Tinto 2007 O novo Esporão Reserva Tinto 2007 acaba de ser lançado, um vinho distinto e equilibrado, com rótulo exclusivo do artista José Pedro Croft. Memorável pelo seu sabor envolvente, Esporão Reserva Tinto 2007 tem na boca uma textura sedosa e taninos bem fundidos, que lhe conferem grande riqueza e complexidade. É um vinho indicado para acompanhar desde a complexidade dos assados de carnes vermelhas, até aos queijos amanteigados, passando pela simplicidade de uma bruscheta de carne ou presunto. O nariz é elegante, sugerindo frutos do bosque, com ligeiro toque floral, bem integrado com madeira nova, sendo o

Companhia das Quintas Pegos Claros Garrafeira 2005

Vinhos da Aliança premiados pela Wine Enthusiast

Produzido na Herdade de Pegos Claros, a unidade do universo Companhia das Quintas localizada entre as regiões de Palmela e do Alentejo, acaba de chegar ao mercado o Pegos Claros Garrafeira 2005 – um tinto DOC Palmela que enaltece e honra os melhores atributos da casta Castelão potenciados pela experiência e saber dos enólogos João Corrêa e Nuno do Ó. Topo de uma gama que é complementada pelo Pegos

Os vinhos Quinta dos Quatro Ventos Reserva 2006 (Douro) e Quinta da Terrugem 2006 (Alentejo), da Aliança – Vinhos de Portugal, foram galardoados com 92 e 91 pontos, respectivamente, pela prestigiada revista norte-americana Wine Enthusiast. Parafraseando a publicação sobre o Quinta dos Quatro Ventos Reserva (Douro) 2006, composto pelas castas Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz, “trata-se de um vinho impressionante, conseguido pelo francês Pascal Chatonnet e pelo enólogo da Aliança, Francisco Antunes. O poder da fruta é equilibrado por

Claros Tinto, o Garrafeira 2005 resulta de um processo de vinificação assente nos métodos mais tradicionais - colheita manual, pisa a pé e fermentação em lagares de pedra – tendo estagiado 24 meses em pipas de carvalho francês. Com uma cor granada e um teor alcoólico de 14,6%, este tinto de qualidade apresenta um carácter complexo com notas de fumo e minerais, tendo as groselhas e o café como pano de fundo. Na boca é encorpado e simultaneamente aveludado, com boa acidez, merecendo ainda destaque o final bastante longo. Comercializado pela PortuVinus, que distribui em exclusivo todos os vinhos da Companhia das Quintas, o Pegos Claros Garrafeira 2005 chega ao mercado com um preço recomendado de €15, tendo o Pego Claros Tinto de entrada na gama o preço de €4.

notas tostadas da madeira onde estagiou, acidez, especiarias e taninos doces”. Quanto ao Quinta da Terrugem 2006 apresenta-se atraente no aroma, onde as notas profundas de frutos maduros, chocolate e alguns fumados lhe conferem complexidade. Na boca apresenta rigor, onde os taninos elegantes e bem enquadrados pela acidez fazem deste vinho cheio de fruta, um vinho poderoso, longo e persistente. No que a castas se refere, é composto por Alicante Bouschet, Aragonez e Trincadeira Preta.

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um néctar de uma grande intensidade aromática, juventude e frescura, que promete abrilhantar os diferentes momentos de convívio. Recentemente, o Reserva do Comendador 2008 foi apresentado no XVIII Concurso “Os Melhores Vinhos do Alentejo”, promovido pela Confraria dos Enófilos do Alentejo, onde venceu a talha de ouro do Melhor Vinho Branco. O novo Reserva do Comendador 2008 vai estar disponível em locais como garrafeiras e lojas gourmet, com um preço de venda ao público recomendado de 16€.

visual límpido, de cor grená. Agora com uma nova identidade visual, o Esporão Reserva Tinto 2007 conta ainda com rótulo do artista plástico José Pedro Croft, numa aliança entre o vinho e a arte que desde 1985 representa o carácter único da marca Esporão. O artista inspirou-se na complexidade de aromas, sabores e cores que diferenciam o vinho Esporão Reserva para criar um rótulo exclusivo, de desenho geometrizado e policromático. À venda nos melhores supermercados e garrafeiras especializadas entre 16 e 18€.


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Altas Quintas Obsessão 2004

Vale D’Algares Selection Tinto

Herdade das Servas Reserva 2004

Quinta Nova lança Topos de Gama

Altas Quintas Obsessão é um vinho único que será produzido apenas em anos de características excepcionais, como foi o de 2004 para Altas Quintas. Numa produção limitada, este topo de gama revela a essência de Altas Quintas: o saber, o carisma e a obsessão por nada menos do que um grande vinho. Produzido a partir das castas Alicante Bouschet e Trincadeira, colhidas manualmente e seleccionadas duas vezes, este vinho atravessou um paciente processo de maceração a frio, um longo estágio em barricas

Depois do Selection Branco (colheita de 2008) é a vez do novo Selection Tinto (colheita de 2007) vir reforçar a presença da Vale D’Algares num segmento de mercado mais exigente, com uma gama que pretende situarse entre o seu Guarda Rios e o patamar mais elevado da Marca (Viognier). O novo Selection Tinto é um vinho Regional do Tejo, do qual foram produzidas 6.400 garrafas a partir das castas Merlot e Touriga Nacional, distribuídas por uma área de 3,5 hectares de vinha, num vale de solos argilo-calcários. As castas – Merlot (60%) e Touriga Nacional (40%) – são sujeitas a maceração a frio (48 horas a cinco

O vinho Herdade das Servas Reserva 2004 foi galardoado com 90 pontos na edição do Library Collection 2009 do International Wine Challenge. A divulgação dos resultados foi feita pela prestigiada

A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo apresenta ao mercado os seus novos néctares, resultado visível do trabalho desenvolvido na sua terceira vindima. No caso, os topos de gama Douro da colheita de 2007, vinhos de grande personalidade e que chamam a atenção da crítica para o trabalho feito nesta casa duriense. Quinta Nova Grande Reserva 2007 (Vinha Velha e Touriga Nacional), Quinta Nova Touriga Nacional 2007, Quinta Nova Reserva 2007 (Vinha Velha, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Amarela e Touriga Franca) são os vinhos do Douro propostos por esta casa que, ao nível dos Vinhos do Porto, disponibiliza ainda o Vintage

novas e mais de 3 anos de amadurecimento em garrafa, que lhe conferiram uma forte estrutura e um equilíbrio distinto. De cor granada profunda, Obsessão apresenta um aroma complexo e intenso com curiosas notas de frutos negros, fumo de charuto e tosta e uma leve sugestão a especiarias. Na boca, o paladar releva-se, apresentando a frescura típica dos vinhos Altas Quintas, com um final longo e aliciante. Produzido numa quantidade muito reduzida, Altas Quintas Obsessão é um néctar em 3.350 garrafas numeradas que reflecte a obsessão da marca pela excelência dos seus vinhos. Altas Quintas Obsessão Tinto 2004 está disponível nos habituais canais de distribuição e grandes garrafeiras por um P.V.P. recomendado de 50€.

graus centígrados) e a fermentação alcoólica em lagares de pedra e balseiros de carvalho francês durante 10 dias. O estágio é feito em barricas novas de carvalho francês, durante 14 meses. O teor alcoólico é de 14,5º. O Selection Tinto é distribuído junto das principais garrafeiras, lojas gourmet e restaurantes de referência de norte a sul do país, em garrafas de 0,75 L e comercializado nos pontos de venda a um P.V.P. recomendado de 15,50€.

magazine internacional Financial Times. O concurso, estreado este ano, pretende nomear os melhores vinhos com 10 e 5 anos de idade

tendo em conta as suas capacidades de envelhecimento. Trata-se de um Tinto regional alentejano, da região de Estremoz, composto pelas castas Touriga Nacional (25%), Cabernet Sauvignon (40%), Alicante Bouschet (15%) e Aragonês (20%). Conseguido pela equipa de enologia composta por Luís Mira e Tiago Garcia, apresenta cor rubi escuro, aroma a frutos pretos bem maduros, sugerindo compotas, integrados com algumas especiarias. De sabor intenso, complexo e aveludado, conta com taninos redondos e robustos, que lhe garantem longevidade. Entre outras distinções, já arrecadou a Medalha de Ouro nos concursos Mundus Vini (Alemanha), Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados e X Concurso de Vinhos ACIC, e ainda a Medalha de Prata no Decanter World Wine Awards 2009.

2007 (Vinha velha com mais de 60 castas tradicionais). “O caminho na selecção dos lotes foi apenas um: qualidade extrema. Do clássico Reserva ao Grande Reserva, as quantidades inicialmente planeadas foram diminuídas até atingirmos um trabalho sério e consistente”, sublinha Luísa Amorim, Administradora da empresa. A aposta na consistência e na qualidade em torno da produção de vinhos clássicos que seguem as tendências do mercado exprime de forma especial o terroir característico da propriedade com 85 ha de vinhedos de letra A, evidenciando uma personalidade e uma elegância únicas nos vinhos Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, que se revela nesta quadra festiva através do lançamento destas novas propostas Premium.


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A Arsys, empresa especialista em serviços de Internet, encontra-se a comercializar no mercado nacional um dos seus mais recentes produtos: as soluções de ECommerce. Trata-se de uma útil ferramenta de gestão de um loja on-line, que permite que qualquer PME possa alargar o seu leque de canais de comercialização de forma fácil, imediata e com reduzidos custos de manutenção. Alberto Calvo, Directo de Comunicação da Arsys, apresenta-nos esta solução.

Uma loja de portas abertas

de portas abertas

24 HORAS TEXTO Duarte Cunha


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IA OG/DEZEMBRO L O CN EMBRO TE | NOV 20 Nº

Grande Consumo - O que é o Plano ECommerce? Em que reside? Alberto Calvo - As nossas soluções de ecommerce (E-Commerce e Reservas on-line) são aplicações de venda online que permitem que qualquer Pequena e Média Empresa lance a sua loja na Internet, independentemente do sector em que se encontra, dos seus conhecimentos tecnológicos ou do seu budget. As aplicações online são baseadas em tecnologia de cloud computing, como tal, oferecem vários serviços dependendo das necessidades dos clientes.

fornecedores do serviço, estamos continuamente a actualizar estas aplicações com novos serviços, para que os clientes não se tenham de preocupar. Os updates já estão contemplados no preço mensal. GC - Que requisitos em termos de TI implica a sua aplicação, como, por exemplo, servidor próprio? AC - Essa é exactamente um das principais vantagens: o investimento inicial em servidores ou infra-estruturas IT adicionais era necessário. Estas aplicações estão hospedadas nos

GC -Que vantagens acarreta este serviço? Em que modalidades se encontra disponível? AC - A grande vantagem é que integra várias soluções e aplicações que são necessárias para vender na Internet: sistemas de catálogo, edição de conteúdos, blogs, diferentes meios de pagamento e unidades monetárias, integração com serviços de correios, ferramentas de marketing, etc... E tudo isto por um pequeno pagamento mensal que permite controlar as despesas ao máximo. Desta forma, as PME’s não se têm de preocupar sobre tecnologias ou das outras opções de venda; apenas têm de se concentrar em aumentar as suas vendas. GC - Que aceitação está a ter por parte dos operadores nacionais? AC - O mercado português é constituído na sua maioria por PME’s e profissionais liberais. As tecnologias evoluíram e, graças às aplicações online, o e-commerce está ao alcance de qualquer PME, que pode ter a sua própria loja online com um pequeno investimento mensal. Cada vez mais, e graças aos serviços dos planos de E-Commerce e de Reserva On-line, muitas pequenas empresas estão a começar a considerar a Internet como um novo canal de vendas no qual podem oferecer os seus produtos. GC - Que custo envolve a sua implementação? AC - Por menos de 15€ por mês, qualquer companhia pode ter a sua própria loja on-line. Este serviço está também disponível em duas versões mais avançadas e com mais capacidade, também a um preço acessível para todas as companhias (29.90 €/mês e 49.90 €/mês). GC - Que tipo de serviços/sectores de actividade são susceptíveis de adoptar este serviço? AC - Todos os tipos de clientes e sectores estão a adoptar estes serviços. Temos companhias no sector do turismo, um sector em que as vendas on-line são estáveis, e também PME’s que, até agora, estavam apenas a vender na sua área local, mas agora decidiram expandir o seu negócio através da Internet. De um modo geral, sãs as tradicionais PME’s que vêem nesta aplicação a melhor opção para começar a vender através da Internet sem dificuldades. GC - É possível a sua incorporação com outros serviços on-line, como, por exemplo, site próprio? AC - Absolutamente, e não apenas para um web site, como também em blogs, fóruns ou qualquer outra ferramenta. Nós, os

nossos servidores e os nossos clientes não têm de estar a preocupar com tráfego gerado ou consumido nos seus sites, pois os recursos são incluídos no serviço sem custo adicional.

ARSYS EM NÚMEROS Com mais de 650 mil domínios registados e mais de 225 mil clientes, a Arsys, especialista em serviços de Internet, ocupa actualmente a primeira posição no mercado ibérico de registo de domínios e de alojamento web e encontra-se nos primeiros lugares do sector na Europa. A empresa tem como principal objectivo facilitar a presença das PMES’ e dos profissionais individuais na Internet. A Arsys conta com uma equipa de mais de 270 profissionais e presta serviços de Internet em mais de uma centena de países através da arsys.pt, arsys.es e arsys.fr.

GC - Que vertentes do negócio estão presentes neste serviço? Vendas, marketing, catálogos, etc.? AC - Os planos de E-Commerce e Reservas On-line incluem muitos serviços: sistemas de catálogo e comercialização em diversas línguas e unidades monetárias, ferramentas de fidelização, gestão de conteúdos para notícias, blogs e fóruns, certificados de confidencialidade, encriptação SSL, diferentes meios de pagamento, integração com serviços de correios, newsletters, etc. GC - Que perspectiva apresenta a evolução deste negócio em Portugal? AC - A Arsys é um dos principais fornecedores de serviços Internet no mercado Europeu e Portugal é um dos nossos mercados internacionais preferidos. Apesar da conjuntura económica, que está a afectar todos os países, tanto as companhias como as instituições públicas estão bem cientes da importância do investimento em Tecnologias de Informação e Comunicação, que não devem ser esquecidos nestes tempos. No decorrer dos últimos anos, foram adoptadas várias iniciativas para reforçar a competitividade do País, trazendo as TIC para mais perto das PMEs, que são o principal motor da economia, e também do sistema educacional, que é um investimento a longo prazo e necessário. É por esta razão que Portugal está a demonstrar um crescimento importante em serviços tecnológicos.


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O BR EM EZ /D O R MB VE NO

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ALIMENTARIA 2010 reforça papel da marca

Barcelona acolhe, de 22 a 26 de Março, a 18.ª edição da Alimentaria Barcelona. Certame que se realizará inteiramente no recinto da Gran Vía da Feira de Barcelona e que procura apresentar um conjunto de actividades que visem trazer valer acrescentado à TEXTO Bruno Farias

participação das mais de 5 mil empresas que irão ocupar mais de 94 mil m2 de área de exposição. O papel da marca como factor qualidade, diferenciação e notoriedade estará em foco na maior feira alimentar que se realiza na Península Ibérica.


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A cidade condal, Barcelona, prepara-se para receber a principal feira alimentar da Península Ibérica e que, em período de crise, procura constituir um fórum de exposição, aprendizagem e de divulgação e partilha de conhecimentos. Com um modelo de negócio perfeitamente definido e replicado em outros destinos dentro e fora da Europa, a Alimentaria Barcelona procura estar em linha com a produção nacional, ao “assumir uma perspectiva realista e ajustada à actual conjuntura económica”, explica Jose Antonio Valls, Director-Geral Adjunto da Alimentaria Exhibitions. Ajuste às necessidades do mercado que trouxe a concentração da feira num mesmo espaço de modo a assegurar a participação de empresas participantes, conduzindo, igualmente, a reflectir sobre os moldes da sua participação, ao ajustar a suas necessidades à actual conjuntura económica vivida não só Espanha, como em todo o Mundo. Deste modo, a organização do certame procura estimular a participação empresarial mediante a possibilidade de estar presente com stands mais reduzidos. De acordo com as previsões da organização, são esperadas 5 mil empresas que ocuparão um total de 94.500 m2 de área de exposição, na qual se inclui a superfície destinada às múltiplas actividades paralelas contempladas no âmbito da edição 2010 da Alimentaria Barcelona. Este adaptação surge não só do feedback recebido da indústria interna, como do próprio impacto comercial da própria feira,

ponto de encontro entre fabricantes e compradores de todas as partes do Mundo, uma vez que, na última edição, mais de 20% dos 150 mil visitantes presentes no salão eram procedentes do estrangeiro, percentagem que atinge os 30% no caso das empresas expositoras, esperando-se, ainda, um aumento de 2% no número de expositores procedentes de fora de portas. É, igualmente, evidente o esforço da organização para reforçar o cariz internacional da feira, numa clara perspectiva de aposta na internacionalização como meio para sair da crise que assola a economia espanhola e que irá levar a que a despesa pública em 2011 seja na ordem dos 61%, ainda assim abaixo da estimada para Portugal. Nesse sentido, a organização da Alimentaria Barcelona encontra-se a levar a cabo um ambicioso plano de promoção externa – em conjunto com a Federação Espanhola de Indústrias de Alimentos e Bebidas – de modo a alargar o leque de representatividade estrangeira no salão.

Quinze salões, um conjunto de actividades paralelas dirigidas e uma grande aposta na valorização das marcas são os eixos de acção da próxima Alimentaria Barcelona que, em período de crise, irá apresentar ao expositor novas formas de estar presente numa manifestação que procura, cada vez mais, proporcionar às empresas participantes soluções e tendências focadas no

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SALÕES A Alimentaria 2010 é composta pelos seguintes salões: Alimentação Ecológica Congelexpo Expobebidas Expoconser Intercarn Interlact Interpesca Intervin Mundidulce Multiproducto Olivaria Restaurama Vegefruit Pavilhão das Autonomias Premium (produtos gourmet e gastronomia de alta gama)

consumidor, interveniente cada vez mais decisivo no comportamento e evolução do mercado alimentar. Em qualquer parte do Mundo

Reajuste de alguns aspectos decisivos para o sucesso do modelo de negócio, sobretudo em tempo de crise, e que se irá estender até ao salão de Lisboa, em 2011, onde já é conhecida a decisão de condensar num mesmo certame a Alimentaria e a Horexpo. Uma decisão que tem por base as dificuldades por que passa a indústria nacional, assim como a intenção de reforçar os motivos de interesse para visitantes nacionais e internacionais. MODELO A 18.ª edição da Alimentação Barcelona, e além da aposta na internacionalização, terá como estandarte a força das marcas como meio de inovação e de diferenciação. Ao longo dos 15 salões do certame será possível observar um claro foco nas marcas de fabricante, uma aposta que tanto tem de oportuna como de necessária. É nesse sentido que actividades como o salão Innoval, ponto de encontro entre as marcas e a inovação e verdadeiro cluster de novas ideias, o Fórum Internacional da Alimentação, o espaço Sabores de Espanha, ou propostas clássicas como o BCNVanguardia, o Congresso Internacional de Gastronomia, o Congresso Internacional da Dieta Mediterrânica, ou a final do III Concurso de Cozinheiro do Ano voltarão a fazer parte das actividades paralelas da Alimentaria, que procura, também aqui, reforçar o nível de conhecimento disponibilizado ao visitante. É nesse sentido que a aposta volta a recair numa segmentação muito séria da oferta alimentar, aprofundada ao longo de mais de 30 anos, com a intenção de responder a todas as necessidades dos respectivos sectores representados. A segmentação e a especialização da oferta levam a que este modelo seja valorizado pelos visitantes e empresas expositoras. Em suma, 15 salões, um conjunto de actividades paralelas dirigidas e uma grande aposta na valorização das marcas são os eixos de acção da próxima Alimentaria Barcelona que, em período de crise, irá apresentar ao expositor novas formas de estar presente num salão que procura, cada vez mais, proporcionar às empresas participantes soluções e tendências focadas no consumidor, interveniente cada vez mais decisivo no comportamento e evolução do mercado alimentar. Em qualquer parte do Mundo.

200 9


A FIPA, Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, e a APAN, Associação Portuguesa de Anunciantes, promoveram a assinatura do acordo PLEDGE Portugal, durante o III Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar, que teve

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lugar no passado dia 5 de Novembro no Convento do Beato, em Lisboa. Trata-se de um importante passo para a regulação do modo como a publicidade a menores de 12 passará a ser feita no país.

Indústria Agro-Alimentar assinou compromisso

histórico em

Portugal O PLEDGE Portugal foi assinado pelas principais empresas da Indústria Agro Alimentar (IAA) presentes no nosso país, nacionais e multinacionais e, no essencial, transporta para o mercado português o compromisso já assumido pela IAA no âmbito europeu há cerca de dois anos, com a iniciativa EU-PLEDGE. O compromisso agora assumido pelos principais players da IAA nacional consiste num acordo de auto-regulação, no âmbito do qual as empresas se comprometem em não veicular mensagens de natureza publicitária para menores de 12 anos (nas plataformas de Rádio, TV, Imprensa e Internet), e a não promover iniciativas de natureza comercial em escolas de primeiro ciclo. Cerealis, Coca Cola, Danone, Ferrero Ibérica, Gelpeixe, Nobre, Iglo, Kellogg’s, Kraft Foods, Mars, Continente, Nestlé, Orangina Schweeps, Parlamalat, Pepsico Matutano, Pescanova, SCC, Unicer, Sumol+Compal, Sovena e Unilever Jerónimo Martins foram alguns dos nomes que assinaram este compromissos da indústria alimentar sobre Alimentação, Actividade Física e Saúde, na acções de publicidade e marketing dirigidas a crianças. Estas importantes medidas

de auto-regulação adoptadas pelas empresas da IAA constituem um apoio da indústria às políticas europeias e nacionais de luta contra a obesidade, devendo ser adoptadas em 2010 – apesar de já serem observadas em Portugal por algumas das signatárias, devido ao compromisso a nível europeu com a EU-PLEDGE. Destaque-se ainda que o PLEDGE Portugal tem como motivo adicional de credibilidade a criação de um sistema de monitorização do efectivo cumprimento do compromisso assumido publicamente pelos signatários. Em complemento, o documento prevê também que seja feita a comunicação periódica dos resultados dessa monitorização, que será assegurada, também a partir de 2010, por uma entidade independente. Jorge Henriques, Presidente da FIPA, salientou mais esta iniciativa do sector, no âmbito da responsabilidade social, que “pelo perfil e dimensão dos signatários, deverá ter impacto em mais de metade do mercado publicitário do sector. Só por aqui podemos avaliar bem o empenho do sector e a sua aposta na transparência da sua comunicação com o consumidor”.




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