Maio de 2020 | 20ª Edição
Grand’olhar
JORNAL DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE GRÂNDOLA Colaboração| Professores e alunos do Agrupamento Capa | Duarte Galhego, 3º ano, EB 1 Grândola Revisão | Professoras Esperança Calado e Sara Moura Edição | Biblioteca Escolar do Agrupamento de Grândola
Índice Editorial ....………………...……………………………..………………………………………….,,,.… 3 Grand’Estaque ....……...….......……........……...……...………………...……….….………….…… 4 Destaques ….…….……..……….….....…….….........…..…...……........……...…….………………… 6 Escritas ..…..…………………..….......……...….......….…...…….………..…………...….………....… 9 Leituras ..………...…………………………...…...…….….........……...…….………………..…........ 11 A Biblioteca Celebra… ……………………….……..….......……...…….………………..…........ 12 Grand’Entrevista ..…...…….…………………………….........……...…….……...………..…........ 15 O Dia da Liberdade em Quarentena ………………………………………………………….. 16 Passa o Tempo ………....…………….….….......……..........….…...…….………...…….…………. 18 Sugestões Relevantes …………….….…….....……..........…………….………..…….………….. 19
Porquê Grand’olhar? Segundo uma das lendas locais, D. Jorge de Lencastre, gostava de organizar aqui as suas caçadas. “Certo dia, no fim de uma caçada, enquanto cozinhavam um enorme javali, alguém terá exclamado: - Oh!!! Que grande olha! Daí em diante o lugar passou a chamar-se “Grandolha”, mais tarde “Grandolla”, até chegar à forma atual de Grândola.” A escolha do nome Grand’olhar faz referência à lenda e ao mesmo tempo brinca com as palavras “Grande” e “Olhar” fazendo ainda uma alusão ao andar por Grândola, à procura do que acontece por aqui. In: http://www.cm-grandola.pt/pages/553, visto a 2 de novembro de 2018.
Editorial Por Prof. José Abreu O Grand’olhar regressa neste tempo estranho, em que o nosso quotidiano foi invadido por palavras como covid 19, vírus, contágio, infetados, positivos, negativos, epidemia, pandemia, mortos, e essas palavras tomaram conta das nossas vidas e enviaram-nos para casa. Com medo, assustados, confinados, à espera que tudo isto melhore, que tudo isto passe, que tudo isto se esfume com o tempo. As ruas, as avenidas, as praças, as praias, as escolas, as salas de aula, os corredores e os espaços onde habitam as nossas rotinas diárias ficaram desertos, perderam-se as conversas, as vozes, os passos apressados, os ruídos do nosso dia a dia. Pedem-nos que continuemos e temos de continuar, como no passado, que com menos meios, conhecimentos e recursos continuámos, perante outras pandemias, calamidades, ou guerras, fruto de outros vírus ou da maldade dos homens. Homens e mulheres trabalham nos hospitais, nos supermercados, nas mercearias, nos talhos, nas peixarias e em tantos outros sítios, contribuindo para a nossa segurança, para que a vida continue a correr. A escola, a nossa escola, reinventou-se a distância. Claro que não é a mesma coisa, mas soube fazer o que lhe era pedido, continuar a ensinar, a apoiar, a chegar aos seus alunos, fazê-los sentir que eles continuam a ser o mais importante, nestes tempos estranhos. Para terminar, permitam-me duas reflexões: a primeira é que não vai ficar tudo bem; muitos perderam a vida prematuramente, muitos ficarão com sequelas, muitos irão ficar desempregados ou falidos, muitos não esquecerão o tempo em que o medo tomou conta das suas vidas. A segunda, é sobre a liberdade, o mais precioso dos bens, agora que nos vimos privados de circular, de conviver, de sair quando queremos e com quem queremos; imaginem que a todos estes impedimentos que visam a nossa saúde e o nosso bem estar futuro, se juntassem outros, defendidos por aqueles que estigmatizam populações e que pretendem impor o seu pensamento e a sua censura. A escola, como o mundo, em presença ou à distância, ao vivo ou virtual, tem de ser um espaço de todos e em que todos possam ser aquilo que querem ser e que possam dizer aquilo que querem dizer. Porque só assim teremos a alegria para vencer estes tempos estranhos e recuperarmos a total liberdade das nossas vidas. Fiquem bem.
Grand’Estaque Cartas a Abril A Rede de Bibliotecas de Grândola desafiou a comunidade educativa a celebrar a liberdade, escrevendo uma carta original. Aqui ficam algumas das cartas enviadas! Grândola, 20 de abril 2020 Cara Liberdade Venho por este meio informá-la que existem pessoas que fazem coisas graves, em seu nome. Vi no outro dia um senhor a fazer uma festa com muito barulho. O seu vizinho, que trabalhava de noite e tinha de dormir de dia, pediu-lhe para baixar o volume e o senhor disse que não, pois estava na sua casa e tinha a sua liberdade. O que muitas pessoas não percebem é que a sua liberdade termina, onde começa a liberdade dos outros. Com os melhores cumprimentos Maria Leonor Pereira PS: Com respeito uns pelos outros, todos podemos ter liberdade. Grândola, 20 de abril de 2020 Querida liberdade Sou uma criança de apenas 11 anos, sempre vivi em liberdade nunca tive as dificuldades que as pessoas tinham antigamente. Os meus avós contam como era viver no outro regime, as pessoas tinham medo da PIDE e do Salazar, trabalhavam muito e o dinheiro era pouco, por isso os meus avós paternos foram para Moçambique, à procura de uma vida melhor. Pelo que eles contam era tudo muito diferente e difícil, assim, resolvi escrever-te esta carta para te agradecer por me dares esta vida excelente e espero que o tempo não volte atrás. Obrigado Liberdade por tudo o que me deste! Despeço-me com amizade. Um abraço do teu amigo Guilherme Ferreira Portugal, 25 de abril de 1974 Exmos. Senhores Venho por este meio informar-vos sobre a revolução dos cravos. A revolução dos cravos aconteceu em 1974 no dia 25 de abril. Esse dia foi muito marcante e importante para Portugal, pois foi aí que a democracia começou a existir. Antes da democracia, as pessoas tinham uma vida sem direitos e tudo o que o Governo dizia para as pessoas fazerem elas tinham de fazer, senão eram castigadas. Mas houve um dia, o dia 25 de abril de
Grand’Estaque Cartas a Abril 1974, em que algo marcante e especial aconteceu! Milhares de militares e pessoas juntaramse nas ruas, contra o governo. Os militares iam usar balas nas suas armas, mas apareceu uma senhora que lhes deu cravos, para ser uma guerra de paz, em vez de ser uma guerra civil! E assim foi, a partir desse dia todas as pessoas tiveram direitos e melhores formas de viverem! Com os meus cumprimentos Patrícia Espada
Grândola, 25 de abril de 2020 À Liberdade Desde o dia 25 de abril de 1974 que podemos comemorar o teu dia e sim, somos livres. Até esse dia tínhamos regras, não podíamos ter opinião própria sobre política, não podíamos discordar do regime e, desde o teu dia, podemos escolher quem nos governa e o caminho que tomamos. Também a partir desse dia, todas as pessoas que estavam presas, os chamados “presos políticos”, foram libertadas e os que fugiram para fora do país voltaram para Portugal. Obrigada a ti por nos teres dado estas possibilidades que temos agora e por garantires que temos futuro, enquanto país e indivíduos. Viva a Liberdade! Ana Santos
Grândola, 23 de abril de 2020 Caros amigos Cabe-nos o dever de vos informar do que se está a passar, por aqui. Deixamos claro que há um vírus à solta, é mais seguro ficar em casa, lavar as mãos com mais frequência, não sair à rua, só por motivos muito fortes. Até isto passar não vamos ter a liberdade de dar abraços, de dar beijinhos, de passear com a família e visitar os familiares que estão longe. Juntos vamos conseguir ultrapassar este vírus! Carolina Janeiro
Destaques O MONSTRO DOS BEIJINHOS ESPALHOU POZINHOS A escritora Marta Chambel, autora do livro O Monstro dos Beijinhos, esteve em Grândola para apresentar o seu Monstro aos mais pequenos. Foram sessões muito animadas, onde todas as crianças dançaram, representaram e cantaram, com muito entusiasmo. Os pozinhos mágicos ficaram no ar e encheram todos de alegria, de emoção e de muitos sorrisos.
CHÁ COM LETRAS No passado dia 18 de fevereiro, pelas 19:30 horas, na Biblioteca da Escola Secundária António Inácio da Cruz, teve lugar o encontro cultural Chá com Letras, que, associando-se ao International Book Giving Day, pretendeu oferecer aos presentes um pouco da riqueza dos livros, Entre Livros e Afetos, o tema aglutinador, organizado pelo Centro Qualifica com a colaboração da equipa das Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Grândola. A sessão foi dinamizada por formandos, alunos e professores do Agrupamento de Escolas de Grândola, que contribuíram para o tema lendo textos e refletindo sobre eles: poemas, textos narrativos, autobiográficos e de ficção. Todas as intervenções, individuais e coletivas, revelaram como a afeição está presente tanto no interior dos livros, como na relação destes com os leitores e ouvintes. Por fim, e como a noite foi longa e animada, foi servido um pequeno bufete retemperador das energias gastas na expressão dos afetos dos intervenientes, que contou com os talentos culinários dos participantes.
Destaques MÊS DOS AFETOS Durante o mês de fevereiro, mês dos afetos, a Biblioteca Escolar em articulação com a CPCJ e o Movimento Democrático de Mulheres (MDM) dinamizaram um conjunto de iniciativas de sensibilização direcionadas às áreas da prevenção e combate à violência no namoro tendo como publico alvo as turmas do 9.º ano. Neste sentido fomos alertados para as várias dimensões deste fenómeno, nomeadamente as consequências psicológicas, tantas vezes ignoradas. A violência psicológica, exercida pelos agressores, através das redes sociais e atitudes de coação e controlo (sobre os amigos, vestuário, hábitos…) pela sua invisibilidade e tolerância social, assume contornos de grande expressão e que perduram na vida das vítimas. Estudos realizados de caracterização do fenómeno revelam que mais de metade dos jovens portugueses já sofreram de violência no namoro. Pelas instituições envolvidas e pela importância do tema, temos a expectativa que esta mensagem e alerta cheguem a todos, porque cabe a cada um de nós fazer a diferença na sua resolução. Por: alunos do 9º A
TEMPOS DE ISOLAMENTO PODEM SER TEMPOS CRIATIVOS Com o intuito de estimular os seus filhos e ajudá-los a “passar” o tempo em casa fechados, a mãe da Inês Tomé (7º ano) e do Dinis (2º ano) dinamizou uma atividade muito criativa com os filhos. A atividade realizada foram cartazes em tecido e com diferentes materiais e técnicas. Uma ótima ideia, com certeza! Um belo momento de família. Estão de parabéns! A alegria deles encheu-me o coração de esperança e de saudades por tempos melhores!
Destaques CIENTIFICAMENTE PROVÁVEL No dia 2 de março realizou-se uma palestra sobre “Higiene e Parasitas”, na ESAIC, destinada aos alunos dos 9º e 10º anos, no âmbito do “Projeto Cientificamente Provável”. A Doutora Isabel Maurício (Bióloga no Instituto de Higiene e Medicina tropical), falou sobre os diferentes parasitas, explicou as doenças provocadas pelos mesmos e alertou para a importância dos hábitos de higiene, em diferentes contextos. Em todas as sessões se levantaram questões pertinentes, que foram o ponto de partida para um debate esclarecedor.
DIA MUNDIAL DO LIVRO A Biblioteca Municipal convidou toda a comunidade educativa a celebrar l, em casa, a leitura, os livros, os autores… Assim, através de palavras e de imagens, foram muitos os que partilharam o gosto pela leitura e apresentaram livros que têm na memória ou que marcaram momentos da sua vida, pelas personagens, pelas histórias ou pelas mensagens que lhes transmitiram. Porque os livros são uma paixão… O vídeo está disponível na página do Facebook do Município de Grândola em: https://www.facebook.com/grandolamunicipio/videos/1174269146298643/
PROGRAMA “RADIO GRAFIAS” Descobriram-se novos talentos na rádio! Alguns dos alunos dos 1.º e 2.º ciclos participaram com leituras no programa de rádio, “Radio grafias” da responsabilidade da Biblioteca Municipal, que tem lugar quinzenalmente. Sugestões de leitura, textos originais, notícias e muito mais…
Escritas A PEÇA DE TEATRO Num dia de sol, a Raposa e o Caracol foram participar num casting, para uma peça de teatro. Quando chegaram à porta do teatro o Caracol disse à Raposa: - Raposa, eu não estou com esperança nenhuma! - Não tenhas medo! Faz a audição! - exclamou a Raposa. Quando eles acabaram a audição no teatro, saíram para ir almoçar a uma hamburgueria. Durante o almoço a Raposa disse: - Sabes Caracol, não é para te deixar triste, ma, eu é que vou ganhar o papel para a peça. - Eu sei! – respondeu o Caracol muito triste. Dois dias depois o Caracol e a Raposa foram chamados de novo ao teatro. Quando chegaram a Sr.ª Elefante, que era a júri do casting disse-lhes: -Todos vocês fizeram uma bela audição, mas só um poderá fazer parte da nossa peça de teatro. - Vá, diga quem ganhou Sª Elefante! – disse a raposa muito ansiosa. Então, quem ganhou foi…- disse a Sr.ª Elefante fazendo muito suspense -…o Caracol! Todos aplaudiram, menos a Raposa que disse: - Não é justo! Eu fui muito melhor que ele! e saiu a correr. No final a Sr.ª Elefante foi falar com o Caracol: - Caracol, tu no início não tinhas que perder a esperança, porque tu tens muito potencial, e nunca ouviste dizer que “A Esperança é a ultima a morrer!” Por: Jénifer Lança, 5º ano
A LIBERDADE A 25 de Abril festejamos, o Dia da Liberdade, com os cravos vermelhos, para celebrar a amizade. Ser livre é ser feliz, poder passear por todo o lado, com a família reunida, como tenho sonhado. Nesta quarentena, a liberdade foi perdida, mas quando acabar, vamos festejar toda a vida! Por: Diogo Santos, 4º ano
Escritas Os alunos do 8º A responderam ao desafio que lhes foi lançado pela professora de Português.
O QUE ME FAZ FELIZ DURANTE A QUARENTENA…
stou uando e q e u q o Sinto m mund u Música. s e n o h meus p calcom os úsica a m A . e r rse ab o impo it inteiro u m o e é alg bém ma-me a. E tam id v a h a min cuitante n sempre e u q s pais os meu e mim. daram d
O que me faz feliz neste momento é saber que nenhum familiar meu foi infetado ou está doente e é poder passar mais tempo com a minha família em casa.
xa feliz, O que me dei , é poder neste momento r o meu acordar e leva char-me e a p es d a o p m te snack a poder comer um o dia. qualquer hora d
O que m e faz fe liz duran rentena te a qua é conse g u ir estar tempo ju mais nto dos meus p jogar no a is , ler, meu com putador com a m e brincar inha gata .
O que me faz mais feliz, ne ste momento, é estar com a minha famíl ia e saber que ela está bem. Fazer c om que a minha mãe e o meu pai est ejam felizes neste momen to por mim.
Hoje, o que me vem à cabeça em relação ao que me faz mais feliz, é ter a minha família bem de saúde, nesta época de crise sanitária. Mas também, apesar de termos que estar em casa, fico animada por conseguir contactar com os meus colegas, professores e assim continuar a minha aprendizagem escolar.
Leituras Por: Ana Peixeiro DIÁRIO DE UMA TOTÓ O diário de uma totó foi escrito por Rachel Renée Russell, esta é a sua 9ª edição, que foi publicada em março de 2012. Este diário é muito interessante, pois cativa-nos a lê-lo devido ao facto de nos contar a história de vida de uma adolescente chamada Nikki, que vai para uma nova escola, onde ela conhece as suas únicas melhores amigas, a Chloe e a Zoey, assim como a Mackenzie, a sua maior inimiga, que lhe quer pôr a vida num inferno, mas, na verdade, não passa de uma menina rica e mimada que quer o mundo só para ela e, como se não chegasse, Nikki ainda se apaixona por um rapaz, o Brandon. A moralidade que podemos retirar desta história é que devemos ser quem somos e valorizar a amizade. Gostei muito de ler este livro! É um livro de fácil leitura e com um vocabulário corrente, no entanto, existem algumas exceções em que o vocabulário utilizado podia ser melhorado, por exemplo, acho que não há necessidade de se estar sistematicamente a usar palavras como “bué”, “fixe”, “OMG”, “marado”, “népias”… Este diário cumpre as características literárias de um diário, está escrito na 1ª pessoa do singular e em algumas situações no plural e apresenta datas. A Nikki, protagonista desta história, é uma menina normal, divertida e talentosa que vive com a sua mãe, o seu pai e a sua irmã (Briana). Na realidade, Nikki, quando vai para a sua nova escola, mostrase uma rapariga forte e corajosa, pois no princípio ela enfrenta tudo e todos sozinha. No entanto, também é verdade que nem sempre conseguiu esconder a sua angústia e tristeza, mas, na verdade, ninguém é de pedra. E através do texto conseguimos entender muito facilmente as suas emoções, o que na minha perspetiva é muito bom, a Nikki consegue demonstrar o seu estado de espírito e faz com que nós sintamos o que ela está a passar. Neste diário, também encontrei várias descrições físicas e psicológicas das personagens, o que me ajudou bastante a perceber as personagens, como por exemplo quando ela descreve a Mackenzie, a Chloe, a Zoey… Penso também que as enumerações (por exemplo: “[…] cheguei cedo à escola e fiz nove. Depois fiz mais catorze, à hora de almoço, e outras dez na biblioteca[…]”) e as onomatopeias (por exemplo:“[…]ring!, ring![…]”; “[…] atchim!, atchim![…]) fazem com que o texto seja lido de uma forma mais expressiva. Na minha opinião, isto facilita a interpretação do texto, se bem que podia haver mais diversidade de recursos expressivos (por exemplo, podia existir mais eufemismos, metáforas, pleonasmos…). Em relação ao desenrolar da história, penso que nos vai contando aos poucos o dia a dia da jovem, com as suas preocupações de estudante, de adolescente, os seus desabafos, medos, receios…, o que faz com que a leitura deste diário seja empolgante. De maneira geral, gostei da forma como a história foi contada. Porém, confesso que o final podia ter sido melhor, é verdade que a moralidade foi transmitida, mas acho que a escritora podia ter pensado melhor no final deste diário. Concluindo, aconselho a leitura deste livro, pois eu adorei lê-lo e acho que é interessante como é contada a história da vida de uma simples adolescente, que, se calhar, não é assim tão simples.
A Biblioteca Celebra... No âmbito da atividade “A Biblioteca Celebra...” e para comemorar o Dia de São Valentim, organizou-se uma exposição com poemas e textos da autoria de alguns alunos e professores que agora se publicam.
O AMOR É…
SERÁ QUE ME APAIXONEI?
uma demonstração de afeto por si mesmo ou pelos outros cuidar de quem gostamos um sentimento que tem várias aspetos como o respeito, a lealdade, a confiança… algo que vai além de amar as coincidências a entrega de corpo e alma a alguém um dos sentimentos mais verdadeiros um sentimento de carinho por alguém um sentimento que é utilizado por algumas pessoas como uma motivação e, por outros, para desculpar os seus atos
É o brilho dos teus olhos que me faz acordar, pensar em ti, como se não tivesse fim, mesmo sabendo que já não pensas em mim.
um sentimento por algo a cura de tudo aceitar aquilo que é bom e que é mau o sentimento que nos leva ao desespero uma mistura de sentimentos entre a felicidade e o sofrimento um sentimento sem descrição possível um sentimento bom quando é sentido na mesma intensidade uma emoção, um sentimento. querer o melhor para a outra pessoa a vontade de viver a estrela cadente que nos faz agir com o coração. Por: alunos do 10.º E
É em ti que vejo o meu retrato, Algo muito abstrato. O meu coração está parado, Como se o tivessem atropelado. Nem olhas para mim, e eu a tentar acalmar o meu coração, de tanta emoção, que, quando te vi, senti. Dou por mim a pensar, e desejo, estar a sonhar acordada! Espero todos os dias pelo teu beijo, estarei eu apaixonada? Por: Catarina Coelho, 11º ano
A Biblioteca Celebra... LIÇÃO DE AMOR
O MEU JARDIM
Tu me ensinaste O significado do amor, Aprendi a sonhar acordada A amar sem limites, A perdoar e compreender Sempre um ao outro, A viver sem medo de mudar Para melhor,ensinaste me que Obstáculos existem, Mas que foram feitos para Serem superados, Aprendi que ninguém tem Que viver só esperando O tempo passar, mas que Devemos partilhar as nossas Emoções e sentimentos Com alguém e esse alguém Só poderia ser tu.
As flores do meu jardim Refletem a beleza que há em ti, Pois quando sorris, Fazes-me pensar em jasmins.
Por: Érica Santos ,10º ano
Plumérias, são as minhas flores preferidas, Já tu és a minha vida. Vejo em ti algo que me faz feliz, Tal como quando olho pró meu jardim. És tudo o que eu sempre quis, A flor mais bela do meu jardim. Sabes que vejo em ti A outra parte de mim. Amor da minha vida, Fazes-me lembrar uma tulipa, Que tenho ali na esquina Pois contigo é pra vida, Já ela acompanha-me desde pequenina. Por: Catarina Coelho, 11º ano
PASTO Na seda da tua Relva, pele, Brisa à flor da vida, A sede, o desejo, A loucura de existir. Por: Ana Baía, Ilha Graciosa, 1997
A Biblioteca Celebra... O ARCO-ÍRIS E O SEU AZUL Amor…uma palavra tão curta mas tão carregada de significado…uma palavra que carrega sorrisos, felicidade, palpitações, nervos, ansiedade e borboletas na barriga. Uma palavra que faz sonhar os mais emotivos; uma palavra capaz de mover montanhas, viajar à lua, enfrentar mundos e fundos e saltar as maiores barreiras. A isto tudo chamamos amor ou a parte “cor-de-rosa” dele. Após alguns anos, eu própria me pergunto o que será todo este mundo colorido de que tanto ouço falar. Não percebo ou não percebia toda esta maravilha deque todos falam, pois na minha casa, apesar de não faltar, nunca foi uma coisa que se demostrasse a todo o momento, pelo menos até algum tempo atrás. Aproximadamente há um ano, poderia ser mais um dia normal, com as mesmas pessoas, as mesmas conversas, as mesmas mensagens, mas ao falar com uma pessoa “habitual”, começaram as palpitações, os nervos, os sorrisos espontâneos e até mesmo as borboletas na barriga… E, para mim, que sempre gostei de preto comecei a ver todos os dias um arco-íris enorme, carregado de cores e alegria, onde aos meus olhos saltava o azul, um azul forte onde eu sonhava alcançar o céu, onde eu podia atravessar o mar. Um azul que a partir desse dia começou a fazer parte da minha vida. Hoje o azul é muito mais do que uma cor porque representa,para mim,o amor. Por: Ana Júlia Gomes, 10º ano, dezembro 2019.
Grand’Entrevista Por: Beatriz Alves, Laura Mendes e Rodrigo Teixeira (8º ano) A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) oficializou, este ano, o dia 5 de maio como o Dia Mundial da Língua Portuguesa, a Língua de Camões, como é também designada. Para celebrar publicamos aqui um trabalho realizado por alunos do 8º ano.
À CONVERSA COM DUAS LENDAS DA HISTÓRIA PORTUGUESA Supõem-se que Luís Vaz De Camões nasceu em Lisboa, no ano de 1524 e faleceu em 1580. Foi um poeta português que escreveu a epopeia, em oitava rima, “Lusíadas”, uma das obras mais importantes da literatura portuguesa. É o maior representante do classicismo português. O navegador Vasco Da Gama nasceu no ano de 1469, em Sines e faleceu numa viagem à Índia. Uma das figuras mais importantes da história porque foi o descobridor do caminho marítimo para a Índia. Jornalista: Senhor Vasco da Gama conte-nos como foi a chegada às diferentes terras? V G: Por exemplo a chegada a Mombaça parecia tranquila, mas o povo daquela terra já tinha uma cilada preparada. Os nativos queriam afundar os barcos portugueses. Em Melinde fomos recebidos pelo rei, que nos presenteou com munições e mantimentos e contei-lhe a história de Portugal, que ele ouviu muito atentamente. J: Qual foi a sensação de ficar longe da família durante tanto tempo? V G: Foi horrível não poder ver mais nada além de água durante tanto tempo, mas valeu a pena. No final, em 1498, estava descoberto o caminho marítimo para a India e quando voltei para Portugal fui recebido como um herói. Foi importante ter descoberto o caminho marítimo para a Índia, afinal deu-se a abertura da rota do Cabo e todas as especiarias orientais passaram a ser exclusivas do rei. J: As lendas de monstros marinhos de que ouvia falar eram verdadeiras? V G: Para minha surpresa, não eram. Todos os monstros de que me falavam, como por exemplo o Adamastor, eram falsos. Era tudo água do mar e ventos fortes a bater no barco e a fazê-lo abanar.
J: Senhor Luís Vaz de Camões o que motivou a escrita dos Lusíadas? L C: Para quem não conhece, os Lusíadas é um poema que escrevi quando estava na Índia. Nesta obra eu queria contar vários feitos dos Portugueses tais como: a navegação de Vasco da Gama até à Índia, os perigos que o mar nos fez correr, os sentimentos dos navegadores, quis falar sobre D. Sebastião, sobre o nosso antigo inimigo que era Castela, também quis falar sobre deusas deuses e muito mais. J: Em que obras se inspirou para escrever? L C: Eu inspirei-me bastante em três obras, em duas de Homero que eram a Ilíada e a Odisseia e uma de Virgílio, que era Eneida. J: Quais são as características da sua obra? L C: A minha obra é uma epopeia, era uma forma usada antigamente em que o herói leva a vida cheia de combates terríveis, mas segue em frente e acaba vencedor, porque guerreia. Além disso, o poema é escrito em oitava rima, em que os seis primeiros versos se vão alternando e os dois últimos vêm a par. Também substitui várias palavras por termos, como por exemplo em latim pus lenho em vez de “nau”, substitui véu por “cendal” e muito mais.
Adaptação do conto "A Inaudita guerra da avenida Gago Coutinho", de Mário de Carvalho Por: Raquel Batista O DIA DA LIBERDADE EM QUARENTENA Clio, musa da História, cansada da imensa tapeçaria milenária a seu cargo, deixou descair a sua cabeça loura e adormeceu por instantes, enquanto os dedos, por inércia, continuavam a trama. Com tudo isto entrelaçaram-se dois fios e na tapeçaria formou-se um nó, misturando então as datas de quinta-feira 25 de abril de 1974 e de quinta-feira, 26 de março de 2020. Na madrugada de quinta-feira 25 de abril, militares do MFA ocupavam os estúdios da Rádio Clube Português, para, através da rádio, passarem a mensagem à população portuguesa que pretendiam que o País fosse de novo uma democracia. Fechadas nas suas casas, tentando proteger-se do surto de Covid-19, as famílias ouviam a mensagem transmitida e ficavam baralhadas, pois não sabiam o que estava a suceder. Os militares começaram a passar no ar músicas de que a ditadura não gostava, como “Grândola Vila Morena”, de José Afonso. Cada vez mais as pessoas não entendiam o que fazer e começaram a ir à janela, mas na rua estava tudo normal e não se via ninguém, pois estavam todos em suas casas. Ao mesmo tempo, uma coluna militar com tanques, comandada pelo capitão Salgueiro Maia, saiu da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, e marchou para Lisboa. Ao entrar na capital, os militares depararam-se com as ruas fechadas, estabelecimentos encerrados e com ausência de trânsito, apenas avistaram umas luzes desconhecidas a piscar, ao longo da avenida. As pessoas nas suas casas começaram a ouvir um ruído vindo das avenidas. Espantadas, decidiram ir todas às varandas ver o que se passava. Depararam-se com tanques blindados e militares com armas em marcha dirigindo-se para o centro da cidade. Os militares, sem saber o que fazer, pois esperavam todas as pessoas na rua para se dar a revolução, começaram a ver as pessoas à varanda, com um ar de espanto. Ainda assim os militares continuaram o seu caminho para junto dos ministérios, para fazerem suceder o golpe de estado e poder dar às pessoas liberdade. No caminho, a coluna militar passava por várias avenidas e em todas elas estava uma espécie de ecrã que eles desconheciam a passar uma mensagem que dizia "Por favor fique em casa". Quando chegaram à frente dos ministérios, os militares viram umas tendas com as iniciais "INEM". Com todo este aparato, o capitão Salgueiro Maia decidiu ir ver o que se passava, desceu do tanque blindado e dirigiu-se a um senhor. No fato que esse senhor tinha vestido estava um crachá a dizer "Dr. Mário Mendes". Por instantes, o capitão ficou parado a olhar para aquele doutor, pois desconhecia aquele traje. O Dr. Mário avançou e ficou a alguns metros de distância do Capitão…foi aí que começou o diálogo entre eles. -Peço desculpa, mas que traje é esse que tem vestido e que coisa é essa que tem na cara?
continuação O Dr. Mário, espantado com aquela situação, respondeu: -Isto que tenho vestido é um fato de proteção e o que tenho na cara é uma máscara de proteção. O capitão Salgueiro Maia fez uma cara estranha e então disse: -De que se está você a proteger? O Dr. Mário, com a mão na cabeça, respondeu. -Não me diga que ainda não sabe, o país está a ser afetado por um surto de Coronavírus e temos de ter os máximos cuidados para não sermos infetados. Por falar em cuidados, você está a desrespeitar as normas estabelecidas. O capitão Salgueiro Maia, de olhos arregalados, questionou: -Que norma estou eu a desrespeitar? Então o Dr. Mário, espantado com aquele senhor, respondeu: -Você tem de cumprir uma distância de pelo menos 2 metros com os seus militares e devem todos evitar ajuntamentos. O capitão Salgueiro Maia, com algumas dúvidas, perguntou: -Pode explicar-me o que é esse tal de Coronavírus? O Dr. Mário, já estupefacto, começou a explicar: -Então o Coronavírus conhecido também por Covid-19 é o nome, atribuído pela Organização Mundial da Saúde, à doença provocada pelo novo coronavírus SARS-COV-2, que pode causar infeção respiratória grave como a pneumonia. Este vírus foi identificado pela primeira vez em humanos, no final de 2019, na cidade chinesa de Wuhan, província de Hubei, tendo sido confirmados casos noutros países. O capitão Salgueiro Maia a rir-se respondeu: - Se pensa que com essa conversa me vai convencer, está muito enganado, eu não me deixo levar por conversas dessas. Desculpe, mas eu vou continuar a minha missão. Foi então que a deusa Clio acordou do seu sonho, num sobressalto, e logo resolveu o erro cometido. Num instante desfez o nó na sua tapeçaria e reconduziu cada personagem ao seu tempo. A musa Clio não teve poderes para fazer com que os eventos já verificados regressassem a zero, então apenas pôde obnubilar a memória dos homens com borrifos de água do rio Letes. O capitão Salgueiro Maia e os seus militares continuaram a sua missão e fizeram a revolução, apenas ficaram um pouco zonzos. O Dr. Mário ficou sem saber o que estava ali a fazer na rua a falar sozinho. A deusa Clio foi privada de ambrósia por quatrocentos anos, o que podemos confirmar que não a impedirá de adormecer novamente. FIM
Passa o Tempo...
PROBLEMA DO MÊS O problema do mês de maio é o seguinte:
“Troca de hortas” O Sr. João e o Sr. António têm cada um a sua horta. A horta do Sr. João é quadrada, mas a do Sr. António é retangular e tem o comprimento triplo da largura. No outro dia o Sr. António encontrou o Sr.
Para participar, basta enviar a tua resposta para o email do professor responsável pelo núcleo de desporto escolar do agrupamento. O primeiro a encontrar a solução, será o vencedor do passatempo e verá o seu nome publicado aqui na próxima edição! Núcleo de Xadrez Desporto Escolar Responsável: Professor Manuel Victorino E-mail: manuel.victorino@ae-grandola.pt
PROBLEMA 4
João e disse-lhe: - Sr. João, não acha que era Jogam as brancas e dão Xeque-mate em 3 lanboa ideia trocar as nossas hortas? Ficavam- ces. nos mais perto de casa! - Talvez tenha razão, mas já comprei a rede para a vedação... - Não
tem problema. A sua vedação tem 24 metros! Serve à justa para vedar a minha. Vou pensar, amigo! Será que o Sr. João deve aceitar a troca?
Encontra a solução!!!
SugestĂľes Relevantes