Dezembro de 2016 | Quarta Edição
Grand’olhar Oh! Oh! Oh!
Edição| Bárbara Baptista, Beatriz Assunção, Beatriz Sobral, Cristiana Liberato, Inês Amaral, Laura Mendes, Maria Pereira, Miguel Pereira. Capa| Cristiana Liberato, Maria Espada
Editorial Mais um ano letivo e com ele uma nova edição do nosso jornal. Temos o prazer de vos trazer novos segmentos e novos colaboradores. Esta edição terá algumas rubricas das edições anteriores, como os “Destaques”, as “Leituras”, o “Tudo visto, tudo escrito” e a “Agenda”, e outras novas , como a “Banda do mês”, “Escrituras” e “Curiosidades”. A edição do Jornal tem um espírito natalício, como que a desejar boas festas a todos os leitores. Venham fazer parte deste projeto que visa a participação dos alunos de qualquer ano de escolaridade, podem falar diretamente com a Cristiana Palas Liberato. Obrigada Grand’Olhar
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Destaques Mês Internacional das Bibliotecas Escolares
cartazes, originais, tendo como tema "A Biblioteca Escolar é um Mundo" no Outubro foi o Mês Internacional das Biblio- site https://magic.piktochart.com/ tecas Escolares e como tal sensibilizou-se os A imaginação e o entusiasmo estiveram alunos para a importância dos livros e da lei- presentes em todos os desafios! tura. Visita ao Modelo/Continente Na E.B.1 de Grândola desenvolveram-se várias atividades: No passado dia 17 de novembro, a turma E Os alunos do 1º ano do nono ano realizou um trabalho de camforam convidados a par- po no Modelo/Continente de Grândola, no tilhar, com os colegas âmbito da disciplina de geografia. Pelas das outras turmas, as 10:45, saímos da escola e fomos no autocarhistórias que mais ro da câmara municipal até ao local, onde tinham gostado que lhes ficámos, aproximadamente, 100 minutos. contassem. Após a audi- Ao chegarmos ao Continente, fomos dividição da história " A Meni- dos em grupos de três elementos, tendo na que não queria cada grupo percorrido os vários setores. Livros" de Luísa Ducla Segundo a professora Helena Santos, o Soares, os alunos do 2º objetivo destas visitas de estudo é, princiano recordaram algumas regras de utilização palmente, alertar os alunos para a imporda biblioteca e todos perceberam a importân- tância, enquanto consumidores, da necessicia de estimar os livros. Os alunos do 3º ano, dade de lerem os rótulos dos produtos para deram a sua opinião sobre a leitura e escreve- se informarem sobre a sua origem, modo de ram ideias muito interessantes sobre o produção, preços, etc. "Livro" (exprimiram emoções, atribuíram Deste modo, poderão ser consumidores mais responsáveis e preocupados com questões como a segurança dos alimentos e a preservação do ambiente. Estas visitas também servem para melhorar a capacidade de localização dos países do mundo, pelo facto de os termos de assinalar no mapamundo.
Praça do Natal
qualidades, escolheram adjetivos). Houve ainda um intercâmbio de marcadores de livros, entre as turmas do 2.º ano, que desafiou os artistas para a imagem e para a escrita de frases alusivas ao livro ou à leitura. Os alunos dos 4.º e 5.º anos "descobriram", em grupos, a Biblioteca Escolar com atividades diversas e ficaram a conhecer melhor o espaço e as suas regras de funcionamento. Os alunos do 6.º ano foram desafiados a criar
Na praça de natal, que se situa ao lado dos CTT, no dia 11 de Dezembro, pelas 16:00h realizaram-se algumas atividades, para alegrar as crianças e o seu natal. 3
Destaques Chá com letras
dos participantes lido pequenos contos ou excertos de artigos publicados, bem como divulgado receitas típicas ou dado conhecimento de algumas vivências entre pessoas de diferentes nacionalidades. Foi um serão agradável, onde, no final, não faltou o habitual momento
de
convívio, acompanhado de chá com biscoitos e alguns doces, que tornaram o ambiente mais acolhedor.
No dia 24 de novembro, pelas 20h30, teve lugar na Biblioteca Escolar da Escola Secundária António Inácio da Cruz o sarau "Chá com Letras", que contou com a presença de mais de duas dezenas de participantes, entre alunos e professores. O tema escolhido foi a “Interculturalidade”, tendo vários
Corta-Mato Escolar No dia 23 de novembro de 2016 realizou-se o 33.º corta-mato escolar concelhio de Grândola na Escola Básica D. Jorge de Lencastre. Esta atividade contou com a participação de 820 alunos inscritos, estudantes do Ensino Básico e Secundário, Ensino Profissional, Unidade Especializada para a Multideficiência do Agrupamento de Escolas e Cercigrândola. Foi uma manhã desportiva muito animada.
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Curiosidades
Por Maria Pereira
No mês de dezembro, a grande maioria de
car e canela). Ao Pai Natal chamam EL GOR-
nós, independentemente da idade, do idio-
DO. A troca de presentes ocorre dia 6 de
ma ou raça recordamos e até comemoramos
janeiro.
o Natal. Esta festividade tem caraterísticas
Na Moldávia, a família reúne-se no dia 7
muito próprias, diferente e/ou semelhante
de Janeiro para celebrar o Natal o qual é
de países para países. A seguir apresento
muito idêntico ao português.
algumas tradições relatadas por colegas, da nossa escola: Em Portugal, o Natal começa no dia 24 de dezembro com a consoada, a família reúnese à mesa e come-se peru, polvo, bacalhau, arroz doce, farófias, fritos, rabanadas, bolo rei, entre outros. A mesa dos doces fica posta até de manhã. À meia noite a família católica vai a missa do galo e ao chegar a casa trocam-se as prendas. Na Roménia, a tradição é idêntica à portuguesa, embora os pratos típicos sejam sarmale (carne de porco com couve) e mamaliga (acompanhamento a base de farinha de milho). Em Espanha, existem demasiados doces, come-se:
nougat,
marzipan
(pequenos
doces coloridos feitos de maçapão) e polvorón (doce feito de manteiga, amêndoas, açú-
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Leituras
por Inês Amaral The Mortal Instruments
por onde passam as personagens.
Após se ter apaixonado por livros de ficção como “As Crónicas de Nárnia” durante a sua juventude, a autora Cassandra Clare decidiu criar o seu próprio mundo.
Após o lançamento do último livro desta colecção, a autora anunciou o nome de novas colecções que iriam dar continuação ao seu mundo. De entre estes estão: “The Infernal Devices”; “The Dark Artifices”; “The Last Hours”; “The Bane Chronicles”; “Tales From The Shadowhunter Academy” e ”The Shadowhunter’s Codex”.
Em 2004 começou a escrever o seu primeiro livro dentro do mesmo género, “The City Of Bones”, que veio a ganhar popularidade após o seu lançamento em 2007. Cassandra criou um mundo em que todas as histórias são verdadeiras, desde os vampiros aos caçadores de sombras e desde as fadas aos demónios. Um livro que retrata a aventura em que Clary embarca ao descobrir que toda a sua vida não passa de uma mentira e que o destino que para ela foi escolhido não corresponde ao verdadeiro. Cassandra permitiu-nos acompanhar Clary na descoberta do que lhe foi predestinado, bem como na descoberta do real valor da amizade e do amor verdadeiro neste Mundo de Sombras.
Para além do primeiro livro ter sido adaptado para o cinema em 2010, em 2015 a
Uma das maiores qualidades deste livro é sem dúvida o facto de quebrar os estereótipos que existem no nosso mundo, daí que a autora quisesse, não só, incluir uma mulher valente e corajosa como personagem principal, Clary, mas também uma relação entre um casal homossexual que conta uma das maiores histórias de amor existentes, Alec e Magnus, mas que abordam questões que a todos são comuns.
Freeform anunciou a realização de uma série que tem como inspiração os livros de Cassandra e que estreou em Janeiro de 2016. Os fãs desta série estão ansiosos pela segunda temporada que irá estrear no dia 2 de Janeiro de 2017 nos EUA.
Devido ao grande sucesso do primeiro livro desta colecção, Cassandra escreveu mais cinco obras (“City of Ashes”; “City of Glass”; “City of Fallen Angels”; “City of Lost Souls”; “City of Heavenly Fire”). Obras estas que nos permitem criar laços com as personagens e que dão asas á nossa imaginação devido á descrição detalhada que a autora nos dá de todos os sítios mágicos
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Tudo Visto, Tudo Escrito por Cristiana Liberato
-Suicide Squad-
resumo do filme. Na minha opinião, existe um único ponto alto na história que é o romance maluco e doentio de Harley e Joker, sendo também este o ponto mais destacado ao longo do filme. Vê-se que o filme foi muito bem trabalhado, muito bem editado e muito bem publicitado mas ficou muito abaixo das minhas espectativas. Como o crítico Jorge Pinto disse “A maior frustração de "Esquadrão Suicida" é o desaproveitamento de todo o potencial que estava reunido dentro e fora do ecrã.” Mas nem tudo é mau! As músicas compostas para este filme, pela banda Twenty One Pilots, Skrillex, Queen e outros são, GENIAIS! Resumindo, acho que “Suicide Squad” é um filme bom para ver mas não demasiado bom para se rever.
Um dos filmes mais ansiados e falados, escrito e dirigido por David Ayer, finalmente, estreou em Portugal, a 4 de Agosto de 2016. Todos os apaixonados por ação, aventura e fantasia foram diretos às salas de cinema para ver o filme dos filmes de 2016, porém não foi tão surpreendente quanto o esperado. A início, o filme surpreende-nos, pois não é muito comum vermos os vilões a serem recrutados para salvar o mundo, vilões esses que incluíam o Pistoleiro (Will Smith), a Harley (Margot Robbie), o Capitão Bumerangue (Jai Courtney), El Diablo (Jay Hernandez), o Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje) e a Magia (Cara Delevingne), que se juntam a duas peças das forças do governo, Rick Flag (Joel Kinnaman) e Katana (Karen Fukuhara). Como se costuma dizer, “o resto é história” pois eu estou aqui para fazer uma crítica e não para fazer um
Avaliação:
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Escrituras por Bárbara Baptista
Num dia de sol Acordei de manhã, Com um raio de sol, Mas eu só queria, Estar debaixo do lençol.
Consigo levou O seu leque e o chapéu E à sombra de um limoeiro Ali permaneceu.
Logo a mãe Me mandou levantar, E disse que já estava Na hora de almoçar.
Eu no entanto Fui almoçar Sozinha e feliz Sem ninguém me chatear.
Quando me levantei Olhei pela janela, Desci as escadas E dei de caras com ela.
Mas logo, logo, Comecei a estranhar A companhia de minha mãe, Que nunca senti faltar.
Lá estava a minha mãe Feliz e contente Com a sua cara bonita E o sorriso de sempre.
A partir desse belo dia Em que me custou a levantar Nunca mais eu cheguei tarde Para a hora de almoçar.
Eu disse-lhe bom-dia Ela disse-me olá E foi para o jardim Beber o seu chá.
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Banda do Mês por Inês Amaral
COUNTERFEIT uma carta a um amigo de infância que cometeu suicídio, demostrando a confusão que este sentiu quando recebeu a notícia da sua morte. Após os atentados em Paris no dia 13 de Novembro de 2015, como forma de dar voz á população, Jamie compôs a canção “Enough”. Uma canção que demonstra o que Depois de iniciar a sua carreira no cinema,
terão sentido as testemunhas deste atenta-
Jamie Campbell Bower, decidiu explorar
do e que foi recebida pelos fãs da banda com
outra vertente artística. O actor britânico
entusiasmo em relação ao futuro da mesma.
formou uma banda de punk/rock com
Recentemente a banda anunciou a sua nova
alguns dos seus amigos e também o seu
canção, “Addiction”, bem como a sua Turnê
irmão, Sam Bower, que veio a revolucionar
pela europa e pela Grã-Bretanha em 2017.
a música britânica desde o seu começo.
Os bilhetes para a mesma já estão disponí-
Um dos temas mais conhecidos da banda é
veis online.
“Letter To The Lost”, na qual, Jamie escreve
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Banda do Mês por Inês Amaral
”Letter To The Lost” COUNTERFEIT It's been a little while now since I last saw your
upon this earth,
face,
I just wish you could have told me and not given
And I'm hoping that in the death that you have
me this curse.
found a better place. I still think about your childhood and the future
And I know that I get lonely when I think about
you did waste.
your smile,
I guess you felt you don't belong here and that
And there's moments when I know I could have
haunts me every day.
helped or should have tried, And I'm sorry I get angry when I know what you
And I know that I get lonely when I think about
have lost,
your smile,
But now you're home.
And there's moments when I know I could have helped or should have tried,
And I'm sorry I get angry when I know what you
And I'm sorry I get angry when I know what you
have lost,
have lost,
But this fear that builds inside came at a cost.
You're not alone.
'Cos now you're home.
I just wish you could have told us you had got to
And now you're home.
go, There's so many things unanswered, So many things I wish I'd known. And I know where you belong and it's not here
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Estórias no Grand’Olhar por Beatriz Sobral
A Tela Que Agora É Quadro grande tripé junto de uma grande janela e Em apenas um dia passam por mim cerca
ali ficou, a observar-me. Ele parecia estar
de duzentas pessoas. Param, umas apenas
envolto num profundo mar de pensamen-
olham, mas outras analisam-me profunda-
tos e eu também estava. Ao olhá-lo fixa-
mente. Comentam-me para com o seu
mente, perguntava-me que tipo de artista
acompanhante ou até um estranho e conti-
seria ele? Seria um artista abstrato? Ou um
nuam a sua visita aqui no museu. E quem
artista sádico, que pinta o horror? Mas
sou eu? Uma simples tela, bem, agora um
antes que pudesse fazer-lhe outra caracte-
quadro, numa grande exposição de arte.
rização, ele pegou num pincel e, molhando-
Querem saber como aqui cheguei?
o de azul, começou a pintar! E o que pintou
A minha história começou numa modesta
ele? Um rapaz, no meio de rochas e roche-
loja de pintura. O dono era um antigo pin-
dos, a olhar o mar, e à sua frente uma onda
tor cuja carreira já tinha terminado. E ali
a rebentar, mas ele mantém-se impávido e
estava eu, uma insípida e monótona tela
sereno. Simboliza a liberdade de espírito!
branca! Sempre odiei aquela sensação, de
Eu simbolizo a liberdade de espírito!
não ser nada. Passava os dias a imaginar o
E então aqui estou eu, o pintor é agora
que poderia vir a ser, um retrato, uma pai-
famoso e reconhecido no mundo da arte
sagem, até uma pintura abstrata.
por ter pintado “O rebentar da onda” e
Um dia pela manhã entrou na loja um
dezenas de críticos e artistas vêm aqui ao
sujeito peculiar. Usava uma camisola de
museu só para me ver. Mas quem sou eu se
gola alta preta apesar de ser verão e anali-
não uma simples tela, bem, agora, um qua-
sava meticulosamente cada tela. Depois de
dro, numa grande exposição de arte, uma
uns dez minutos de profunda análise,
gota num mar de milhares. Mas sou uma
pegou-me, analisou-me ao sol e disse ao
gota singular, todos somos.
dono que compraria aquela. Ele morava no sótão de um grande prédio e nesse dito sótão predominava a cor branca. Sofá, móveis, cortinados, tudo era branco. Quando chegámos, ele colocou-me num
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Agenda Relevante
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