Anatomia da Cura

Page 1


Dra. Christine R. Page

Anatomia da Cura O Significado da Doença Física, Mental e Espiritual

Tradução Dinah Abreu Azevedo

EDITORA GROUND


Sumário Introdução, 9 Capítulo 1 A origem da alma, 27 Capítulo 2 A energia dos corpos sutis, 54 Capítulo 3 A energia dos corpos sutis... continuação, 69 Capítulo 4 Os chacras, 94 Capítulo 5 O significado da doença, 110 Capítulo 6 A doença através dos chacras, 127 Capítulo 7 O chacra da base, 128 Capítulo 8 O chacra sacral, 155 Capítulo 9 O chacra do plexo solar, 183 Capítulo 10 O chacra do coração, 207 Capítulo 11 O chacra da garganta, 235 Capítulo 12 O terceiro olho, 254 Capítulo 13 O chacra da coroa, 266 Capítulo 14 Outras ligações psico-espirituais com a doença, 280 Bibliografia, 291 Índice, 293

7


Introdução

Uma das perguntas que me fazem freqüentemente é: “Quando foi que você se interessou por questões espirituais?” Minha resposta é que não me lembro de uma época em que eu não tivesse familiaridade com o mundo espiritual. Minha mãe envolveu-se com a cura espiritual e lembro-me de prestar atenção quando ela falava de “medicina alternativa” e repetir ensinamentos esotéricos. Para mim, ela estava reforçando visões que já faziam parte de minha própria verdade interior. Eu mal podia imaginar a importância que essa introdução precoce às ligações entre a mente, o corpo e o espírito teriam mais tarde em minha vida, e principalmente na carreira que escolhi. A lembrança mais antiga que tenho da infância gira em torno da época em que eu tinha mais ou menos 1 ano e 2 meses de idade. Lembro-me de estar olhando quando uma de minhas bonecas favoritas caiu entre duas cadeiras de madeira e quebrou-se em pedacinhos diminutos. Fiquei arrasada; assisti com horror enquanto os pedaços eram atirados na lata de lixo sem nenhuma cerimônia. Eu não conseguia acreditar que não era possível restaurar a integridade dessa vida, por mais imaginária que fosse e que tão pouco fosse feito para alcançar esse objetivo. Parece que aquele incidente desencadeou um desejo meu de fazer tudo o que estivesse a meu alcance para ajudar as pessoas a alcançar a saúde e a totalidade. Na verdade, as palavras que designam saúde e cura em inglês (health e healing, respectivamente), derivam da palavra alemã que significa “totalidade”, ou tornar inteiro. Logo percebi que esse tipo de cura tinha de começar com o terapeuta, comigo. Quando chegou a hora de tomar uma decisão relativa à carreira profissional, escolhi a área da saúde com a esperança de que ali eu teria 9


condições de ajudar as pessoas em sua caminhada pela vida com uma abordagem amorosa, mas objetiva. E assim, quando cruzei as portas de minha escola de medicina há mais ou menos 18 anos atrás, eu estava convencida de que ali estava a realização de um sonho. No meu primeiro dia de aula, fiquei com oito colegas em volta de uma mesa onde estava deitado meu primeiro corpo morto, pronto para eu aprender tudo o que pudesse sobre um ser humano. Portanto, esperei ansiosamente pelo curso prático no hospital. Ali, nós, como estudantes de medicina, tínhamos permissão de apalpar e cutucar os pobres pacientes ingênuos a fim de expandir nossos conhecimentos da doença. Em geral, qualquer interrupção verbal feita pelo paciente era considerada uma intrusão indesejada. Só responda ao que estou perguntando, por favor. Havia pouco tempo para discussão de problemas sociais e emocionais. Reconheço, por experiência própria, que, quando trabalhamos num hospital, costuma ser difícil lembrar que todos os pacientes têm uma outra vida lá fora e que, antes de mais nada, são pessoas. Quando ouvia meus pacientes conversando, ficava claro que muitos deles tinham vidas estressantes que incluíam casamentos destroçados, problemas com os filhos, perda do emprego, parentes enfermos etc., e que, apesar de minha formação médica, eu não estava bem preparada para enfrentar esses problemas. As doenças corporais e mentais eram claramente consideradas entidades distintas, sendo estas últimas transferidas para os departamentos de psicologia e psiquiatria do hospital. Qualquer relação que pudesse ser feita vinha com a etiqueta de doença psicossomática (psique = corpo; soma = corpo). Mas era freqüente esse termo ser usado como diagnóstico quando um grande número de testes não conseguia revelar uma causa para a doença do paciente. O paciente saía da sala do médico acreditando que os sintomas estavam “todos na sua cabeça”, o que gerava mais tensão ainda, além de um sentimento de impotência. Ficou óbvio que esse era um defeito grave no pacote de tratamentos de saúde oferecido pela classe médica, um pacote que agora felizmente está sendo discutido nos cursos modernos de medicina. 10

Anatomia da Cura


Durante essa época, eu estava tendo os meus próprios problemas. A experiência de estar muito próxima do sofrimento dos outros fez um estrago enorme em minha sensibilidade. Eu ficava arrasada com a dor física e emocional de meus pacientes e achava que não estava em condições de ajudar devido à falta de conhecimento. Por causa disso, em várias ocasiões eu desmaiei, deslizando graciosamente para o chão quando via sangue e dor. Naquela época, a solução foi enterrar meus sentimentos embaixo de um frenesi de atividade toda vez que me sentia vagamente inadequada. O uso de uma bata branca deu proteção extra a uma alma sensível. Dentro dela eu ficava anônima e parecia distante, fria e profissional. Pelo menos era o que eu achava. Em retrospecto, vejo que tudo quanto consegui foi enterrar meus sentimentos e acredito que, essa postura faz muito mal a muitos médicos e que deve ser considerada uma das causas mais comuns de nossos elevados índices de suicídio e alcoolismo. Levei algum tempo para perceber que como era importante eu me dar valor pelo simples fato de “estar ali” e que, embora os conhecimentos médicos propriamente ditos sejam cruciais, era a compaixão incondicional que acelerava o processo de cura. Durante meus estudos, fui tomando uma consciência cada vez maior de que, apesar de diagnósticos semelhantes, pacientes diferentes reagiam de formas diferentes à doença e ao tratamento escolhido. Não havia a certeza sobre se um paciente saía do hospital inteiramente curado ou podia morrer de repente, sem qualquer aviso. Fui instruída no sentido de falar em termos de prognósticos estatísticos. “80% das pessoas morrem de uma certa doença em dois anos.” Ninguém nunca me disse o que acontecia com os outros 20%. O que fazia com que vivessem? Por quê eram diferentes? Concluí que nenhuma doença poderia ser atribuída aos micróbios. Foram feitos numerosos estudos que mostraram que, apesar da existência de um vírus ou bactéria dentro de uma comunidade fechada, ou onde em várias ocasiões eles foram administrados por engano a um grupo de Introdução

11


indivíduos, somente uma pequena proporção dos envolvidos manifestou os sintomas da doença. No século XIX, Claude Bernard, um grande pesquisador da área médica, escreveu: “As doenças pairam sobre nós constantemente, suas sementes são levadas pelo vento, mas elas só se enraízam num terreno que já está pronto para recebê-las.” Dizem que Pasteur, o pai da microbiologia, disse, em seu leito de morte: “Bernard está certo. O germe não é nada; o terreno é tudo.” O terreno equivale ao meio ambiente e pode incluir tanto nosso mundo interior quanto o exterior. Outros estudos revelaram que gêmeos vitelinos criados no mesmo ambiente mostravam grandes diferenças, tanto em termos de personalidade quanto de doenças que adquiriam ao longo da vida. Da mesma forma, nem todos os fumantes morrem do coração ou de câncer no pulmão, nem todos os que gostam de beber têm lesões no fígado e os mesmos elementos que causam tensão não afetam todos da mesma maneira. As variações nesses tipos de doença vêm de dentro e, com esse fato em mente, concentrei minha atenção nos outros elementos envolvidos no paradigma holístico... a mente e o espírito. Na década de 1970 virou moda falar de tensão. Era visto como um problema difundido que afetava pessoas de todas as idades e posições sociais, e passou a ser uma resposta aceitável na busca da causa de muitas doenças crônicas. Mas, embora a tensão possa ser identificada como um problema, parecia mais difícil de erradicar, a despeito das tentativas de relaxar, meditar etc. Concluí que não era a tensão que era o problema, e sim o esforço que temos de fazer quando ela era aplicada. A tensão é fundamental para a vida. O dicionário a define como “... uma força propulsora aplicada a uma forma ou estrutura.” A palavra propulsora não implica somente movimento para a frente, mas também o grau de importância atribuído a tal ação. Sem ela vegetaríamos, não cresceríamos e morreríamos ou careceríamos de um alimento primordial. Estresse implica ser tensionado além de nosso limite normal. O estresse manifesta-se quando vamos além da amplitude ótima de nossa 12

Anatomia da Cura


existência, quando somos obrigados a suportar pressões emocionais muito grandes, como o medo e a culpa. Acredito que essas influências são a principal causa de muitas doenças. Em geral, os efeitos do estresse são vistos no corpo físico como no caso de uma carga extremamente pesada que é erguida do chão e resulta numa hérnia de disco. Quando assumimos trabalho demais no escritório, o estresse pode manifestar-se emocionalmente como irritabilidade ou choro e, no plano físico, como dor de cabeça. Sejam quais forem os sinais ou sintomas, tanto físicos quanto mentais, a resposta é a mesma: reduza o esforço até a quantidade normal que os sinais de mal-estar desaparecem. O único problema aqui é que parece não existir uma “quantidade normal” para toda a espécie humana, e nem mesmo para os membros da mesma família ou da mesma faixa etária. Appley e Trumbull, que estavam pesquisando o estresse em 1967, concluíram que a reação ao estresse varia consideravelmente de um indivíduo para outro, e de uma resposta para outra. Na verdade, o indivíduo pode reagir ao mesmo fator estressante de formas diferentes em situações diferentes. Na busca de entendimento da conexão entre a mente e o corpo, deparei-me com os estudos feitos por Greer et al (1979), que identificaram quatro tipos de mecanismos com os quais as pacientes enfrentam o câncer de mama. A maioria emprega mais de um deles durante sua doença, mas em geral um deles é proeminente. São os seguintes: a) ACEITAÇÃO ESTÓICA: aqui há uma avaliação realista dos fatos da doença que se manifesta por meio de uma atitude calma, fatalista e bastante passiva diante da doença. É a atitude mais comum de todas e está intimamente ligada a traços de personalidade encontrados com freqüência em pessoas que desenvolvem um câncer. b) IMPOTÊNCIA/DESAMPARO: desespero em relação à doença e nenhuma motivação para se adaptar. Introdução

13


. . .


1

A ORIGEM DA ALMA

Para entender a ligação entre mente, corpo e espírito, acho que é necessário tentar apresentar uma explanação esotérica da origem do homem espiritual. No mundo da ciência, a teoria do “Big Bang” é vista como uma explicação plausível da criação do universo. A explicação equivalente em termos esotéricos fala de uma Energia ou Vida Divina, que é a fonte de tudo quanto é visível ou invisível no Universo. Tudo o que existe é expressão dessa Vida Una. Quando essa Fonte Divina de Energia toma forma, dois pólos de expressão são criados, resultando na dualidade da vida que se manifesta por todo o universo. Esses dois aspectos da dualidade costumam ser descritos como: a) Espírito ou o Pai. b) Matéria ou a Mãe. Da união de Pai e Mãe nasce o Filho, ou Alma. Como a Alma representa a unidade entre Espírito e Matéria, também se pode dizer que, em última instância, a Alma é um reflexo da Energia Vital original. O Um gera Dois. Os Dois geram um Terceiro. Juntos, eles representam o Um. A essência do Pai e da Mãe expressam aspectos diferentes da Inteligência Divina. A essência do Pai, ou Espírito, é vista em termos de positividade, masculinidade, predomínio, movimento para fora, lógica e capacidade de 27


auto-afirmação. Expressa a Vontade de criar e, junto com ela, a vontade de crescer. A essência da Mãe ou matéria é vista em termos de negatividade, feminilidade, receptividade, movimento para dentro, sensibilidade e capacidade de alimentar. Expressa a Sabedoria de reunir tudo o que é necessário para nutrir a semente do Criador que vai levar a um novo nascimento e à continuação da vida. PAI

FILHO

MÃE

FONTE DIVINA DE ENERGIA

MÃE/MATÉRIA

PAI/ESPÍRITO

FILHO/ALMA

Sua união é promovida pelo poder de atração ou amor, que se manifesta como a essência do Filho ou Alma. O amor une tudo, acabando com a separação. A Vontade manifesta-se como uma força elétrica, enquanto o Amor se manifesta como força magnética. Juntos, criam uma energia eletromagnética que é simbolizada pelo Sol, que dá vida a todas as formas. 28

Anatomia da Cura


Em termos humanos, vemos o pai como aquele que dá a semente e os materiais necessários ao crescimento do bebê. A mãe oferece a dimensão receptiva do útero e, com sua sabedoria, usa os materiais fornecidos pelo pai para conseguir o benefício ideal para o bebê. Ambos têm a mesma importância para a criação desse filho (a Alma), que é uma expressão do poder de seu amor.

A Trajetória da alma Tudo o que existe é criado por meio da interação entre espírito e matéria. Portanto, tudo o que existe tem alma, de um átomo a um planeta. Em muitos casos, a alma é coletiva, isto é, um grupo de seres partilha a mesma alma. No homem, a alma é individual, criando diversidade dentro de uma forma aparentemente comum a todos. No corpo humano, essa singularidade se expressa no desenho das impressões digitais e nas informações genéticas armazenadas nos cromossomas. Tanto o espírito quanto a matéria contêm um nível inato de “inteligência” transmitida desde a Inteligência Divina original. Sua união produz a alma, que pode ser vista como o nível de percepção ou consciência que é obtido quando esses dois aspectos da inteligência se encontram (consciência é uma palavra de origem latina – scire = conhecer). Essa consciência depende do grau de interação que há entre esses dois aspectos e da natureza da forma que se expressa. As diversas formas de vida que habitam a Terra estão expressando estágios diferentes do desenvolvimento dessa consciência, isto é, a consciência de uma célula é diferente da de uma planta, enquanto certos indivíduos têm uma percepção espiritual maior que outros. O objetivo da vida é aumentar o nível de consciência através da interação entre espírito e matéria até que, finalmente, não há mais separação A origem da alma

29


. . .


2

A ENERGIA DOS CORPOS SUTIS

O homem é mais que só seu corpo físico. Tem uma alma e a alma é o produto da interação entre espírito e matéria. Estes, por sua vez, são produto da Fonte Divina de Energia. O homem também tem uma personalidade que inclui a mente lógica, as emoções e o corpo físico. Essas várias partes do homem são descritas em termos esotéricos como “corpos” e, quando o corpo físico é excluído, elas são chamadas de “corpos sutis” porque não podem ser vistos pelo olho físico.

Uma analogia

Quando a luz passa por um prisma, ela se divide nas sete cores distintas do arco-íris. Quando essas cores passam por um segundo prisma, as sete tornamse uma: a luz branca. LUZ BRANCA

LUZ BRANCA

Os “corpos” são campos de energia interconectados, cada qual vibrando com um ritmo diferente, e seus nomes lhes foram dados numa 54


ordem decrescente, que vai da maior vibração para a menor, como mostra o diagrama da página seguinte. Os corpos não existem em camadas, eles se interpenetram. Juntos, formam a “aura”, tal como é percebida por um vidente. Muitas vezes é difícil imaginar que somos mais que carne e osso quando entramos num mundo onde é preciso ver para crer. O CORPO DIVINO O CORPO ESPIRITUAL

O EU SUPERIOR

O CORPO ANÍMICO O CORPO MENTAL O CORPO ASTRAL O CORPO ETÉRICO

A PERSONALIDADE/ O EU INFERIOR

O CORPO FÍSICO

A analogia que apresentamos a seguir pode elucidar a questão:

Uma analogia

Se eu lhe der um cubo de gelo e lhe pedir para atravessá-lo com a mão por ele, você vai dizer que é impossível. Mas a aplicação de um calor moderado fará com que o gelo derreta e se transforme em água. Agora sua mão pode passar facilmente pela água gelada. Se depois eu disser que posso fazer a água desaparecer, você pode questionar mais uma vez a validade de minha afirmação. No entanto, com mais calor, a água se transforma em vapor e desaparece no ar. Quando aumentamos a vibração das moléculas, nem sempre é preciso ver para crer. A energia dos corpos sutis

55


. . .


8

O CHACRA SACRAL

O chacra sacral Posição: Aspecto espiritual: Necessidade básica: Emoções: Glândulas endócrinas: Órgãos associados: Cor:

baixo abdômen auto-respeito criatividade nas relações afetivas possessividade, comunhão ovários e testículos útero, intestino grosso, próstata, ovários, testículos laranja

Aspecto espiritual ... auto-respeito Se o chacra da base diz “Eu sou”, o chacra sacral diz, “Eu sou numa relação afetiva com... meu cônjuge, meu trabalho, minha família, minha religião, meus amigos, a natureza, o dinheiro”; é o centro de todas as relações. Qualquer coisa com a qual estamos dispostos a interagir a fim de nos encontrar torna-se algo íntimo, que nos pede para nos abrirmos para o mundo e nos dispormos trocar energia para vivenciarmos nossa essência até o fundo da alma. O resultado desse tipo de união é que criamos algo que é totalmente singular, pois não existem duas situações idênticas no tempo e no espaço. As relações afetivas não se limitam a pessoas em geral nem a uma pessoa em particular. Cada momento de nossa vida, mesmo durante o sono, oferece uma oportunidade de descobrir e interagir com diferentes 155


aspectos da Energia Universal, quer seja do reino animal, vegetal ou mineral, quer seja com nossas próprias subpersonalidades, o eu superior ou nossos guias. Aqui chegamos a um lugar de comunhão (união comum) onde, por um momento, as duas partes criam um todo maior, beneficiando ambos os participantes, consciente ou inconscientemente. Quando admiramos um botão delicado no galho de uma roseira e nos inclinamos para sentir seu perfume, entramos em comunhão com a planta. Recebemos o presente da beleza e do prazer que muda instantaneamente nosso estado de espírito e, mesmo sem termos conhecimento do fato, a rosa também se beneficia com a nossa admiração, sendo estimulada a intensificar seu perfume e sua cor. Assim como nós, a Natureza também responde positivamente a elogios, algo que vale a pena lembrar da próxima vez que caminhar num jardim. Quando paramos de nos relacionar e de estabelecer ligações, paramos de crescer, o que traz grande sofrimento para a alma, que pergunta: “O que precisa mudar... a situação ou a atitude?” Precisamos mudar de emprego, voltar a estudar ou rever essas relações? Num casamento, não é raro chegarmos a um ponto onde a euforia, a alegria da exploração e da energia criativa já se desvaneceram, deixando a apatia em seu lugar e a única coisa que os dois ainda têm em comum é o teto sobre suas cabeças. Na maioria dos casos, ambos se dispõem a resolver o problema buscando fora de casa a inspiração que possa reacender a chama no lar, criando um espaço para a reconciliação. Outras vezes são necessários reajustes maiores que, embora difíceis ou dolorosos, liberam a alma de sua paralisia e trazem consigo, inevitavelmente, novo crescimento e felicidade. As relações afetivas demandam tempo, espaço, confiança, respeito e disposição para aceitar a essência do outro no nível mais profundo de seu ser.

Independência versus dependência Os cracras da base e sacral realizam juntos uma dança intrincadíssima, onde a essência de “quem somos” costuma ser formulada pela natureza de nossas relações afetivas e, por sua vez, as relações afetivas são profundamente 156

Anatomia da Cura


. . .


Doenças associadas 1) Síndrome de irritação do intestino

Essa doença, também conhecida como “cólon espasmódico”, produz intumescimento, alternância de diarréia e prisão de ventre, dor abdominal e a passagem excessiva de gases. Pode afetar qualquer faixa etária e ambos os gêneros igualmente, e pode estar ligada a hipersensibilidade a certos alimentos, ou a uma proliferação exagerada de cândida. Psicoespiritualmente, os ataques estão associados a questões de relações afetivas, principalmente aquelas entre pais/filhos, onde há um desejo inicial de convidar os outros a ocupar nosso espaço e depois ressentimento quando eles não realizam nossas expectativas ou exigem uma quantidade grande demais de nosso tempo. Muitos desses indivíduos são “um doce”, pessoas que não se queixam, que aprenderam a engolir suas preocupações e raiva em vez de “rodar a baiana”. Preferem dar nós nas tripas e deixar o corpo expressar a natureza explosiva de suas emoções ocultas! Quando a gente consegue deixar o vapor sair da panela de pressão de uma forma educada, mas persistente, e dar voz às necessidades com respeito por todos os interessados, a pressão não se acumula e é possível encontrar um ponto de equilíbrio entre a intimidade e a asfixia. 2) Dor na parte inferior das costas (Lombalgia)

Como esse é um problema muito comum, foi incluído nesta seção, em vez de ser agrupado com outros problemas músculo-esqueléticos. A maioria dos sintomas deriva da tensão muscular, embora seja importante ter um diagnóstico preciso antes de se envolver com um tratamento psicoespiritual. A coluna representa “apoio” que, para a maioria, é obtido por meio de outras pessoas, embora alguns prefiram o conforto e a segurança do dinheiro. Quando o apoio é retirado, qualquer que seja o motivo, a parte inferior das costas começa a reclamar. O problema é que pode ser muito difícil ajudar esses pacientes, por três razões principais: 168

Anatomia da Cura


. . .



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.