Ayurveda — A Ciência da Autocura

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Dr. VASANT LAD

AYURVEDA A Ciência da Autocura (UM GUIA PRÁTICO)

Tradução Jurema Maurell

EDITORA GROUND


Sumário

PREFÁCIO,

11

CAPÍTULO I - HISTÓRIA

E

FILOSOFIA,

15

A Primeira Ciência da Vida, 19 Ayurveda e o Potencial Humano, 19 Ayurveda, Ioga e Tantra, 20 Ayurveda e a Mente Ocidental, 21

CAPÍTULO II - OS CINCO ELEMENTOS

E O

HOMEM,

23

O Homem como Microcosmo, 24 Os Sentidos, 26

CAPÍTULO III - A CONSTITUIÇÃO HUMANA,

29

Compreendendo o Tridosha, 33 Determinando a Constituição Individual, 35 A Constituição Vata, 36 A Constituição Pitta, 37 A Constituição Kapha, 38 Constituições Mentais, 41

CAPÍTULO IV - O PROCESSO

DA

DOENÇA,

43

Classificação da Doença, 44 Propensão à Doença, 44 A Chave para a Saúde ou para a Doença – ’Agni’, 46 Emoções Reprimidas, 47 Os Três Malas, 49 Os Sete Dhatus, 53


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AYURVEDA - A Ciência da Autocura

CAPÍTULO V - ATRIBUTOS, 57 CAPÍTULO VI - DIAGNÓSTICOS,

63

Exame do Pulso Radial, 64 Diagnóstico pela Língua, 71 Diagnóstico pela Face, 74 Diagnóstico pelos Lábios, 77 Diagnóstico pelas Unhas, 78 Diagnóstico pelos Olhos, 80

CAPÍTULO VII - TRATAMENTO,

83

Liberação Emocional, 83 Pancha Karma, 84 • Vômito Terapêutico (Vaman), 84 • Purgativos (Virechan), 85 • Enema (Basti), 89 • Administração Nasal (Nasya), 91 • Redução Sangüínea (Rakta Moksha), 94 Atenuação, 95

CAPÍTULO VIII - DIETA,

97

Jejum, 100 Vitaminas, 102

CAPÍTULO IX - PALADAR,

107

Rasa, Virya e Vipak, 108

CAPÍTULO X - ESTILO

DE

VIDA

E

ROTINA,

121

Sugestões para uma Vida Criativa Saudável, 122 • Rotina, 122 • Dieta e Digestão, 123 • Higiene Física, 124 • Higiene Mental, 125

CAPÍTULO XI - O TEMPO, O Sol e a Lua, 129

127


9

Astrologia, 130 Épocas da Vida Humana, 130

CAPÍTULO XII - LONGEVIDADE,

133

Ioga, 138 Respiração e Meditação (Pranayama), 140 Mantra, 151 Meditação, 151 Massagem, 154

CAPÍTULO XIII - MEDICAMENTOS,

157

A Farmácia de Cozinha, 158 Os Metais, 172 Gemas, Pedras e a Terapia das Cores, 176 • Calendário das Pedras de Nascimento, 176 • O Uso das Gemas, 177 • As Cores, 181

CONCLUSÃO, APÊNDICES

183

Apêndice A - Antídotos dos Alimentos, 187 Apêndice B - Primeiros Socorros, 191 Apêndice C - Receitas, 197

GLOSSÁRIO, 199 BIBLIOGRAFIA, 205 ÍNDICE, 207 GLOSSÁRIO SÂNSCRITO,

215


Prefácio

A inspiração do autor para este livro emergiu de uma forte crença de que Ayurveda deveria ser partilhada com os povos ocidentais de uma maneira simples e prática. Até o momento, no Ocidente, Ayurveda tem sido vista como uma ciência esotérica. No entanto é uma ciência de vida simples e prática, cujos princípios são universalmente aplicáveis à existência diária de cada indivíduo. Ayurveda fala a cada elemento e aspecto da vida humana, oferecendo uma orientação que vem sendo testada e aperfeiçoada por muitos séculos para todos os que buscam maior harmonia, paz e longevidade. O conhecimento fornecido por este livro será de valor permanente para o leitor. A ciência Ayurveda não se baseia em dados de pesquisas constantemente reformuladas, mas na sabedoria eterna dos rishis que receberam essa ciência, expressiva da perfeita totalidade da Consciência Cósmica, através da introspecção religiosa e meditação. Ayurveda é uma ciência eterna, e a reflexão e elucidação aqui expostas, como se espera, servirão ao leitor por toda sua vida. Ayurveda diz respeito a oito ramos da medicina: pediatria, ginecologia, obstetrícia, oftalmologia, geriatria, otorrinolaringologia (ouvido, nariz e garganta), clínica geral e cirurgia. Cada uma dessas especialidades médicas é endereçada de acordo com as teorias dos cinco elementos (Éter, Ar, Fogo, Água, Terra); o tridosha, ou os três humores corporais; os sete dhatus ou tecidos do corpo; três malas


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AYURVEDA - A Ciência da Autocura

(urina, fezes, suor); e a trindade da vida: corpo, mente e percepção espiritual. Esses conceitos são profundamente elucidados nesta introdução. Este livro procura principalmente apresentar uma visão geral básica de Ayurveda, incluindo técnicas de exame, diagnóstico e tratamento; promoção da longevidade; uso de remédios à base de ervas e outros aspectos práticos do dia-adia para manter a saúde. A partir do momento em que o discípulo tenha adquirido uma visão geral básica de Ayurveda, ainda resta uma riqueza de conhecimento antigo para ser explorado nos documentos dos sábios ayurvédicos – como o cirurgião Sushruta (que, há mais de dois mil anos, escreveu um texto clássico sobre cirurgia, Sushruta Samhita –, e também nos ensinamentos dos médicos ayurvédicos modernos. Os escritos de Sushruta anteciparam muitos dos conceitos da medicina moderna de maneira impressionante. Entre outros tópicos, trataram detalhadamente da dissecação pós-morte e dos procedimentos da cirurgia plástica que, séculos depois, foram usados como base para a cirurgia plástica moderna. Sushruta aperfeiçoou técnicas para ligar ossos quebrados com unhas; identificou pontos vitais do corpo, marmas, que estão relacionados aos órgãos vitais. Um trauma exterior que incida sobre esses pontos pode ser extremamente sério ou fatal. Entre suas numerosas contribuições, Sushruta delineou um tratamento especial de flebotomia para curar desordens provenientes da corrente sangüínea. A partir dessa profunda elucidação, deve ser óbvio que temos muito a aprender com os antigos mestres ayurvédicos. A sabedoria da Ayurveda está registrada em sânscrito, o antigo idioma da Índia. Daí o fato de o autor às vezes empregar termos sânscritos para explicar determinados conceitos médicos ayurvédicos quando carecem de tradução adequa-


Prefácio

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da. Em sua primeira aparição neste texto, cada uma dessas palavras está clara e simplesmente esclarecida*. Este é o primeiro livro do autor e ele deseja agradecer aos seus mentores em Ayurveda, principalmente: Vaidya B.P. Nanal; Tilak Ayurveda Mahavidhyalaya Medical School, onde o autor estudou, tendo sido posteriormente indicado como conferencista e professor de Medicina Interna; e Seth Tarachand Ramnath Ayurvedic Hospital, onde recebeu seu treinamento prático como médico residente, ocupando mais tarde o cargo de diretor médico. O autor deseja ainda agradecer a seus alunos e amigos, cujo amor, compaixão e apoio o inspiraram a escrever este texto. Também é grato ao leitor, que em seu compromisso de aprender e no seu próprio processo de crescimento, se abre para a ciência Ayurveda conforme ela vai sendo apresentada nestas páginas.

Dr. Vasant Lad Santa Fé, Novo México Janeiro de 1984

* Consultar também o glossário sânscrito no final do livro.


CAPÍTULO I

História e Filosofia

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yurveda abrange não só a ciência como também a religião e a filosofia. Usamos a palavra religião para denotar crenças e disciplinas que conduzam a estados de espírito em que as portas da percepção se abrem para todos os aspectos da vida. Em Ayurveda, a jornada da vida em sua totalidade é considerada sagrada. A palavra filosofia refere-se ao amor pela verdade e, em Ayurveda, a verdade é Ser, Existência Pura, A Fonte de toda a vida. Ayurveda é uma ciência da verdade, como esta se expressa na vida. Toda a literatura ayurvédica baseia-se na Filosofia da Criação Samkhya (as raízes do termo Samkhya são duas palavras em sânscrito: sat, que significa “verdade”, e khya, cujo significado é “saber”). O leitor é convidado a cultivar mente e coração abertos rumo à filosofia Samkhya, devido a sua estreita ligação com Ayurveda. Os seres antigos realizados, os rishis, ou videntes da verdade, descobriram essa verdade por meio de práticas e disciplinas religiosas. Através de intensa meditação, manifesta-

A

1 Este capítulo, que pode ser difícil para leitores que não possuam conhecimento anterior dos assuntos aqui discutidos, pode ser adotado como início de leitura, final de leitura, ou em qualquer momento que lhe pareça adequado.


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AYURVEDA - A Ciência da Autocura

vam a verdade em suas vidas diárias. Ayurveda é a ciência da vida cotidiana, cujo sistema de conhecimento evoluiu a partir da iluminação prática, filosófica e religiosa dos rishis, sistema esse que se encontrava enraizado neles, em sua compreensão da criação. No estreito relacionamento entre o homem e o universo, eles perceberam como se manifesta a energia cósmica em todas as coisas vivas ou não. Compreenderam também que a fonte de toda a existência é a Consciência Cósmica, que se manifesta como energia masculina e feminina Shiva e Shakti. O rishi Kapila, que compreendeu a Filosofia da Criação Samkhya, descobriu vinte e quatro princípios ou elementos do universo2, dos quais Prakruti, ou criatividade, é o mais básico. Purusha é a energia masculina, enquanto Prakruti é a feminina. Purusha é sem forma, sem cor e ainda sem atributos, além de não ter uma participação ativa na manifestação do universo. Essa energia é consciência sem escolha, passiva. Prakruti tem forma, cor e atributos: é consciência com escolha. É Vontade Divina, Aquela que deseja tornar-se muitas. O universo é a criança nascida do útero de Prakruti, a Mãe Divina. Prakruti gera todas as formas no universo, enquanto Purusha é a testemunha dessa criação. É energia física primordial contendo os três atributos, ou gunas, encontrados em toda a natureza, o cosmos em evolução.

2

Os vinte e quatro princípios ou elementos específicos da filosofia Samkhya são os seguintes: Prakruti; Mahad; Ahamkar; as Cinco Faculdades dos Sentidos; os Cinco Órgãos Motores; a Mente; os Cinco Sentidos, isto é, Éter, Ar, Fogo, Água, Terra. Purusha é freqüentemente considerada submissa a Prakruti, como o são os três gunas, isto é, Satva, Rajas e Tamas. (Ver Gráfico 1 sobre a Filosofia da Criação Samkhya).


História e Filosofia

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Os três gunas são satva (essência), rajas (movimento) e tamas (inércia). Esses três são o fundamento de toda a existência. Estão contidos em equilíbrio em Prakruti . Quando esse equilíbrio é perturbado, há uma interação dos gunas que impulsiona a evolução do universo. A primeira manifestação de Prakruti é o Intelecto Cósmico. Do Mahad é formado o Ego (Ahamkar). Então o Ego manifesta-se nos cinco sentidos (tanmatras) e nos cinco órgãos motores com a ajuda de satva, criando assim o universo orgânico. Posteriormente, o mesmo Ego manifesta-se nos cinco elementos básicos (bhutas) com o auxílio de tamas, para criar o universo inorgânico. Rajas é a força ativa, vital da vida no corpo, que movimenta tanto o universo orgânico quanto o inorgânico, para satva e tamas, respectivamente. Assim, satva e tamas são energias potenciais inativas, que necessitam da força ativa e cinética de rajas. Satva é potencial criativo (Brahma); rajas é força cinética protetora (Vishnu); e tamas é força potencial destrutiva (Mahesha). Criação (Brahma), Proteção (Vishnu) e Destruição (Mahesha) são as três manifestações do primeiro som silencioso cósmico, aum, que está agindo constantemente no universo. O gráfico da página seguinte ilustra essa manifestação do universo.

...


CAPÍTULO II

Os Cinco Elementos e o Homem

yurveda desenvolveu-se nas mentes meditativas dos videntes da verdade, os rishis. Por milhares de anos seus ensinamentos foram transmitidos oralmente de mestre para discípulo, e mais tarde foram transcritos na melodiosa poesia sânscrita. Embora muitos desses textos tenham se perdido pelos tempos, um volume significativo do conhecimento ayurvédico sobrevive. Originando-se na Consciência Cósmica, essa sabedoria foi intuitivamente recebida nos corações dos rishis. Eles perceberam que a consciência era energia manifestada dentro dos cinco princípios ou elementos básicos: Éter (espaço), Ar, Fogo, Água e Terra. Esse conceito dos cinco elementos repousa no coração da ciência ayurvédica. Os rishis perceberam que no início do mundo esses elementos existiam em um estado de consciência não-manifestado. Desse estado de consciência unificada, as vibrações sutis do som silencioso cósmico aum manifestaram-se. A partir dessa vibração, primeiramente apareceu o elemento Éter. Esse elemento etéreo começou então a movimentar-se; seus movimentos sutis criaram o Ar, que é o Éter em atividade. O movimento do Éter produziu a fricção e através dessa fricção o calor foi gerado. Partículas de calor-energia coorde-

A


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AYURVEDA - A Ciência da Autocura

naram-se para formar uma luz intensa e dessa luz manifestou-se o elemento Fogo. Assim, o Éter manifestou-se no Ar e foi o mesmo Éter que, posteriormente, expressou-se em Fogo. Através do calor do Fogo, certos elementos etéreos dissolveram-se e liquidificaram-se, manifestando o elemento Água, solidificandose depois para formar as moléculas da Terra. Dessa forma, o Éter revelou-se dentro dos quatro elementos – Ar, Fogo, Água e Terra. A partir da Terra, todos os corpos orgânicos vivos, inclusive os do reino vegetal tais como ervas e grãos, e os do reino animal, incluindo o homem, foram criados. A Terra também contém as substâncias inorgânicas que compreendem o reino mineral. Portanto, do útero dos Cinco Elementos nasceu toda matéria. Os cinco elementos básicos existem em toda mátéria. A Água fornece o exemplo clássico: o estado sólido da água, o gelo, é uma manifestação do princípio da Terra. O calor latente (Fogo) liquefaz o gelo, manifestando o princípio da Água; e então, finalmente, transforma-se em vapor expressando o princípio do Ar. O vapor desaparece no Éter, ou espaço. Assim, os cinco elementos básicos – Éter, Ar, Fogo, Água e Terra – estão presentes em uma única substância. Todos os cinco originaram-se na energia que flui da Consciência Cósmica; todos os cinco estão presentes em todas as matérias do universo. Portanto energia e matéria são uma só.

O HOMEM

COMO

MICROCOSMO

O homem é um microcosmo da natureza, assim os cinco elementos básicos presentes em toda matéria existem também dentro de cada indivíduo. No corpo humano há muitos espaços que são manifestações do elemento Éter. Por exemplo, os


Os Cinco Elementos e o Homem

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espaços na boca, nariz, trato gastrintestinal, trato respiratório, abdome, tórax, capilares, linfáticos, tecidos e células. O espaço em movimento é denominado Ar. O Ar é o segundo elemento cósmico, o elemento do movimento. Dentro do corpo humano, o Ar manifesta-se nos maiores movimentos dos músculos, nas pulsações do coração, na expansão e contração dos pulmões e nos movimentos das paredes do estômago e dos intestinos. Com o auxílio de um microscópio, mesmo as células isoladas podem ser vistas em movimento. A resposta a um estímulo é o movimento dos impulsos nervosos aferentes e eferentes, que são movimentos sensoriais e motores. A totalidade dos movimentos do sistema nervoso central é governada pelo Ar corporal. O terceiro elemento é o Fogo. A fonte do Fogo e da luz no sistema solar é o Sol. No corpo humano a fonte do Fogo é o metabolismo. O Fogo trabalha no sistema digestivo. Na massa cinzenta das células cerebrais o fogo manifesta-se como inteligência. Ele ativa ainda a retina, que percebe a luz. Dessa forma, a temperatura do corpo, a digestão, os processos do pensamento e da visão são todos funções do Fogo corporal. Todo o metabolismo e os sistemas de enzimas são controlados por esse elemento. A Água é o quarto elemento importante do corpo. Manifesta-se nas secreções dos sucos digestivos e glândulas salivares, nas membranas mucosas, no plasma e no citoplasma. A Água é absolutamente vital para o funcionamento dos tecidos, dos órgãos e dos vários sistemas do corpo. Por exemplo, a desidratação resultante de diarréia e vômito precisa ser tratada imediatamente para proteger a vida do paciente. Por ser tão vital esse elemento, a Água corpórea é chamada Água da vida. A Terra é o quinto e último elemento do cosmo presente no microcosmo. A vida é possível nesse plano porque a Terra


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AYURVEDA - A Ciência da Autocura

aderem todas as substâncias vivas e inanimadas rente à sua sólida superfície. No corpo, as estruturas sólidas – ossos, cartilagens, unhas, músculos, tendões, pele e cabelo – são derivadas da Terra.

OS SENTIDOS Os cinco elementos manifestam-se no funcionamento dos cinco sentidos do homem, bem como em certas funções da sua fisiologia. Assim, os cinco elementos estão diretamente relacionados à aptidão do homem para perceber o ambiente onde vive. Também estão relacionados, através dos sentidos, a cinco ações que expressam as funções dos órgãos sensoriais. Os elementos básicos – Éter, Ar, Fogo, Água e Terra – estão relacionados à audição, ao tato, à visão, ao paladar e ao olfato, respectivamente. O Éter é o meio pelo qual o som é transmitido. Dessa maneira, o elemento etéreo está relacionado à função auditiva. O ouvido, órgão da audição, expressa ação através do órgão da fala, que cria o som humano compreensível. O Ar está relacionado ao sentido do tato; o órgão sensorial do tato é a pele. O órgão de ação do sentido do tato é a mão. A pele da mão é especialmente sensível, e é responsável pelas atividades de segurar, dar e receber. O Fogo, que se manifesta como luz, calor e cor, está relacionado com a visão. Os olhos, órgãos da visão, governam a ação de caminhar estando, portanto, relacionados aos pés. Um homem cego pode caminhar, mas esse caminhar não tem direção definida. Os olhos dão direção à ação de caminhar. A Água está relacionada com o órgão do paladar; sem a Água a língua não pode sentir o gosto. A língua está estreitamente relacionada com a ação dos genitais (pênis e


Os Cinco Elementos e o Homem

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Tabela 1

Os Cinco Elementos, os Órgãos dos Sentidos e Respectivas Atuações Elemento Éter

Sentidos Audição

Órgão do Sentido Ouvido

Ação Fala

Órgão da Ação Órgãos da Fala (língua, cordas vocais, boca)

Ar Fogo Água Terra

Tato Visão Paladar Olfato

Pele Olhos Língua Nariz

Segurar Caminhar Procriar Excrementar

Mãos Pés Genitais Ânus

Fogo

Terra Ar Água

Éter


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AYURVEDA - A Ciência da Autocura

clitóris). Em Ayurveda, o pênis ou o clitóris são considerados a língua inferior, e a da boca língua superior. A pessoa que tem controle sobre a língua superior, naturalmente controla a inferior. O elemento Terra está relacionado com o sentido do olfato. O nariz, órgão sensorial do olfato, em matéria de função está relacionado com a ação do ânus, a excreção. Esse relacionamento é demonstrado pela pessoa que sofre de constipação ou cólon obstruído: ela tem mau hálito e o seu sentido do olfato torna-se embotado. Ayurveda considera o corpo humano e suas experiências sensoriais como manifestações da energia cósmica expressadas nos cinco elementos básicos. Os antigos rishis perceberam que esses elementos fluíram da Consciência Cósmica pura. Ayurveda almeja capacitar cada indivíduo para conduzir seu corpo em direção a um relacionamento harmonioso e perfeito com essa Consciência.



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