Revista_ACA_00

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Revista ACA N.º 000 Outubro 2009 Distribuição gratuita www.grupo-aca.com

Um estádio nas montanhas

Impossível? Nada é impossível

Global Stadium constrói estádio em Cabo Verde Velódromo Nacional Inauguração da obra AngolACA 1º Torneio de Futebol


PONTAPÉ DE SAÍDA

“Pretendo que se criem equipas geradoras de ideias.” Para o Grupo ACA, mudar é um sinal de evolução. O que já é hábito não causa surpresa. Foi a pensar nisso e dado que somos já um Grupo transcontinental, que decidimos deixar a nossa Newsletter e evoluir para a publicação de uma revista. Trata-se, sem dúvida, de um projecto bastante ambicioso e arrojado, mas estou seguro que o nosso Departamento de Comunicação e Imagem, apoiado por todos os colaboradores do Grupo ACA saberá levar por diante. Parece-me ser a mudança que faz sentido neste momento. O importante é inovar, criar. Sabemos onde estamos, sabemos para onde queremos ir. É para isso que conto convosco. Pretendo que se criem equipas geradoras de ideias. Só assim teremos sucesso. • Temos de pensar positivo • Temos de exceder expectativas • Temos de superar a concorrência • Temos de ser criativos • Temos de ser diferentes Será importante fixarmos uma periodicidade para este novo desafio, mas muito mais do que isso será o efectivo envolvimento de cada um de nós para que a revista venha a ser, não só um veículo de comunicação interno, mas externo também. Foi para mim muito gratificante constatar que a Angolaca participou em força neste número zero da nossa revista. Vamos dar a conhecer quem somos e o que fazemos. Vamos dar a conhecer qual o papel que desempenhamos na nossa envolvente. Lanço aqui o desafio a todos. Enviem para o Departamento de Comunicação e Imagem, fotos das nossas obras em diferentes fases, notícias, curiosidades, etc., pois haverá seguramente espaço para a correspondente divulgação. Também é nossa intenção darmos a conhecer através da revista, os novos colegas que fazem parte do Grupo ACA. Sei que nem todos constam desta publicação pois não corresponderam ao pedido de envio de fotografia, que lhes foi feito pelo Departamento de Recursos Humanos. Eu teria gostado que todos estivessem presentes, mas estou seguro que daqui para a frente este pedido não passará em branco. Termino reforçando o meu pedido de colaboração. Alberto Couto Alves Presidente do Conselho de Administração do Grupo ACA

Uma pessoa motivada faz as coisas acontecerem. Uma empresa motivada acontece com as pessoas

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TEMA DE CAPA

Global Stadium constrói estádio em Cabo Verde. Este projecto de sucesso assume-se como uma etapa de referência no caminho da internacionalização da empresa.

Fruto da vontade de tornar a qualidade dos seus serviços acessível além fronteiras, a Global Stadium concluiu recentemente a primeira etapa do seu processo de internacionalização. Depois de ter recebido o voto de confiança da Câmara Municipal de Ribeira Brava de São Nicolau que, perante a possibilidade de optar por um de entre vários sistemas de relva sintética oferecidos pelo mercado, decidiu apostar naquele que, se bem instalado, com recurso a equipamento adequado, permite uma maior aproximação aos melhores relvados naturais, a Global

Stadium implementou todos os procedimentos necessários ao cabal respeito por todos os compromissos, formal e informalmente assumidos, permitindo cumprir o desejo de bem construir, sem derrapagens orçamentais e dentro dos prazos acordados. Nas palavras do Ex.mo Sr. Presidente do Município de Ribeira Brava de São Nicolau, em conferência de imprensa no dia anterior à inauguração, “esta foi uma aposta ganha”. Também o Ex.mo Sr. Primeiro Ministro de Cabo Verde, que presidiu à cerimónia de inauguração a 10 de Maio de 2009, agraciou a Global Stadium com o lisonjeante comentário, e passamos a citar, ”… este foi o melhor relvado que já inaugurei”. Todas as reacções positivas provenientes dos atletas, adeptos e entidades públicas, são resultantes da qualidade dos métodos de instalação de um sistema de relva sintética

onde emerge o facto de serem usadas as fibras orgânicas (geofill) em substituição do vulgarizado granulado de borracha, resultando numa superfície ambientalmente irrepreensível, perfeitamente ajustada ao fim desportivo a que se destina, que possibilita a essencial redução do consumo de água e a obtenção de uma mais adequada temperatura do piso à prática do futebol em locais mais quentes. A forma apaixonada com que todos os colaboradores da Global Stadium encaram cada novo desafio é reflexo da interiorização de um sentido de responsabilidade que obriga à execução cuidada das soluções que propõe.

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OBRAS

Inauguração da intervenção na Escarpa da Serra do Pilar em V.N.Gaia

Inauguração da Avenida Cidade de León em Bragança

Dia 30 de Abril de 2009 foi assinalada a conclusão da obra de estabilização da escarpa da Serra do Pilar, em V.N. Gaia, que teve como principal objectivo garantir a segurança das pessoas e das habitações. Os trabalhos contemplaram o corte da vegetação e limpeza do talude, estudo geológicogeotécnico, estabilização de taludes, muros de contenção e drenagem de águas pluviais. Nesse dia inaugural, a Governadora Civil do Porto, Dra. Isabel Oneto, e o LNEC verificaram pessoalmente as intervenções cuja execução envolveu um elevado risco e complexidade de execução.

No passado dia 17 de Junho foi inaugurada a obra Avenida Cidade de León e contou com a presença do Exmo. Sr. Presidente da República, Professor Doutor Anibal Cavaco Silva, que presidiu à inauguração, o Presidente do Municipio, Eng.º Jorge Nunes, bem como vereadores, directores e funcionários da Câmara Municipal.

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OBRAS

Lançamento da 1ª pedra do Centro Escolar de Joane - V.N.Famalicão

Inauguração da obra do Parque da Cidade de V.N.Gaia

A ACA está a construir o Centro Escolar de Joanne, no concelho de Famalicão. A 2 julho 2009 assinalou-se o início dos trabalhos com o lançamento da 1ª pedra. Na cerimónia participaram, entre outros, a Câmara Municipal, representada pelos Senhores Vereadores, e o Presidente da Junta de Freguesia de Joane. O novo centro pre-escolar prevê condiçoes de excelencia para a pratica de uma educaçao de qualidade sendo este um factor determinante para o aumento da qualidade de vida das famílias locais.

A 11 de Julho de 2009 foi inaugurada a obra do Parque da Cidade de Gaia, pelo Presidente da Câmara Municipal de V.N. Gaia, Dr. Luis Filipe Menezes. A inauguração contou com inúmeras actividades desportivas, entre as quais o futebol, o atletismo, a ginástica, o karaté, as danças de salão e os jogos tradicionais.

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OBRAS

1ª pedra do parque de estacionamento subterrâneo de Vale de Cambra

Inauguração da Variante à EN 103-1 em Esposende

A 5 Setembro 2009 foi o lançamento da 1ª pedra do parque subterrâneo de Vale de Cambra, uma obra que pretende resolver o problema do estacionamento no centro da cidade. O Presidente da Câmara, Eng.º José Bastos, presidiu à cerimónia onde o Dr. André Rodrigues, Administrador da ACA, teve oportunidade de endereçar à cidade o compromisso de tudo fazer para minimizar o transtorno causado durante o período de construção. Este projecto nasce de uma parceria público-privada estabelecida com a Câmara Municipal de Vale de Cambra.

No passado dia 11 de Setembro de 2009 foi inaugurada a Variante à EN103-1 em Esposende. O evento foi marcado pela presença do Secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, do Vice-Presidente da Estradas de Portugal, da Adjunta do Governador Civil de Braga e da Administração do Grupo ACA. Tendo uma extensão curta – cerca de 3200 metros ­– esta obra integra duas rotundas e duas obras de arte, o que lhe conferiu uma exigência técnica especial, mesmo à altura dos desafios do Grupo.

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OBRAS

Inauguração do Velódromo Nacional de Sangalhos (Anadia) Centro de Alto Rendimento

Dia 12 de Setembro de 2009 foi inaugurado o Centro de Alto Rendimento de Sangalhos, pelo Presidente da Câmara Municipal de Anadia - Litério Marques - e pelo Ministro da Presidência - Pedro Silva Pereira. Estiveram presentes vários atletas e ex-atletas, nomeadamente Carlos Lopes, Telma Monteiro, Venceslau Fernandes, Nuno Delgado, Joaquim Andrade, Aurora Cunha, Rosa Mota, entre outros. Aos 77 anos, Alves Barbosa, antigo vencedor da Volta a Portugal, estreou a nova pista com 2 voltas inaugurais. Esta infra-estrutura única em Portugal, de valor superior

a 10 milhões de euros, é uma nova casa para o Ciclismo, o Judo, a Ginástica, a Esgrima, o Trampolim e os Desportos Acrobáticos. O complexo dispõe de uma pista de ciclismo coberta e um Hotel Centro de Estágio com 16 quartos e equipamento de preparação e recuperação de atletas.

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Responsabilidade Social

Funcionários e familiares do grupo ACA Grupo ACA reconhecido pela sua com descontos nos cuidados de Saúde política de apoio ao emprego

Os funcionários do grupo ACA e seus familiares, já podem beneficiar de descontos nos serviços médicos do grupo Trofa Saúde. Este é o resultado de uma parceria oficializada entre as duas entidades a 14 de Maio de 2009, e que concede a cerca de 500 pessoas facilidades no acesso aos serviços de ambulatório e urgência, desde a Pediatria, à Clínica Geral, passando pela Cirurgia Geral e Ortopedia. A assinatura do protocolo decorreu nas instalações do Hospital de Dia de Famalicão, com os Presidentes do Conselho de Administração do grupo Trofa Saúde (José Vilanova) e do grupo ACA (Alberto Couto Alves).

Dia 24 de Abri de 2009, no Auditório da Associação Comercial e Industrial de Braga, o Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social apadrinhou a assinatura de contratos com 85 empresas, instituições sociais e autarquias que permitem inserir profissionalmente perto de mil pessoas através de estágios e contratos de emprego - inserção. O Grupo ACA, representado pelo nosso Administrador Dr. André Rodrigues, esteve presente e recebeu, ao abrigo da iniciativa de emprego 2009, a aprovação de um estágio profissional, directamente das mãos do Ministro Vieira da Silva, o 8º estágio desde o início de 2009 (e o 16º desde Outubro de 2008), um reconhecimento pela política de apoio ao emprego que tem vindo a ser demonstrado pelo nosso Grupo.

DISTINÇÕES

2 Certificados FIFA DUAS ESTRELAS para relvados Global Stadium É com orgulho que comunicamos que a Global Stadium tem agora dois relvados que, pela sua qualidade, comprovada por ensaios laboratoriais, consta da lista de instalações detentoras de Certificado FIFA DUAS ESTRELAS, publicada na página oficial da FIFA na Internet em http://www.fifa.com/aboutfifa/developing/ pitchequipment/footballturf/star=2/company=8/ confederation=27275/index.html Os relvados em causa pertencem ao campo do Estádio Municipal de Mondim de Basto e ao campo do Complexo Desportivo de Barroselas. Esta é claramente a confirmação que a aposta na qualidade é um caminho que vale a pena continuar a percorrer.

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responsabilidade ambiental

Consumos de água nos escritórios da sede do Grupo ACA em 2007 e 2008

Consumos de energia eléctrica nos escritórios da sede em 2007 e 2008

O aumento de consumo de água reflecte o aumento do número de trabalhadores. No entanto, algumas medidas de sensibilização efectuadas, como por exemplo a colocação nos WC´s de algumas dicas para poupar água, deverão ter minimizado o valor desse aumento. Assim, continuamos a sugerir: • Não deixe a torneira aberta enquanto escova os dentes; • Não transforme a sanita em recipiente de lixo, deve efectuar uma só descarga (evite efectuar 2 ou mais descargas). E já agora em sua casa: • Na lavagem da loiça não utilize água a correr, mas sim a bacia com água e não lave peça a peça; • Enquanto toma duche não se esqueça de ser rápido e enquanto se ensaboa não deixe a água a correr.

Verifica-se uma diferença de consumos que teve por base o aumento do número de salas (devido ao aumento de pessoal) e a incorrecta utilização do equipamento de trabalho e/ou não aplicação das regras de minimização dos consumos de electricidade. Por isto, apelamos novamente para o cumprimento das seguintes regras: • Se for a última pessoa a sair do seu local de trabalho, desligue as luzes do gabinete e todos os equipamentos (computador, impressoras, fotocopiadoras, AC, etc); • Retire das tomadas os carregadores de baterias, após o respectivo carregamento. Obrigado pela Colaboração!

INTERCÂMBIO CULTURAL

Receita de Moamba de Galinha*

Feijão de Óleo de Palma

Ingredientes: Galinha Tomate Óleo Palma Cubos Knorr Sal

Ingredientes: Óleo de Palma Feijão manteiga/branco Sal

PREPARAÇÃO: Fazer um refogado com tomate, óleo de Palma, sal e Knorr. Deixar refogar bem, mas lentamente. Juntar a galinha. Ir acrescentando água para não secar o molho. A galinha deverá ficar bem cozida. Para engrossar o molho, se necessário, juntar um pouco de maizena. Servir com feijão de Óleo de Palma, funge e couve.

PREPARAÇÃO: Pôr o feijão a cozer na panela de pressão com o óleo de palma e sal. Deixar apurar.

*Receita gentilmente cedida pela cozinheira da AngolACA no Huambo, Maria Raimundo.

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Angola

1º Torneio de Futebol AngolACA

A província de Benguela foi palco do 1º Torneio de Futebol AngolACA. Com início a 23 de Maio, este evento conseguiu mobilizar cerca de 100 colaboradores da empresa, entre eles jogadores, treinadores, árbitros e todos aqueles que contribuíram de variadas formas para a realização do mesmo. Desde o dia em que a ideia da realização de um torneio de futebol foi lançada pelo Eng. Hugo Gonçalves, esta foi recebida com grande entusiasmo e foi motivo de convívio nas horas de lazer. Começando pelos preparativos que antecederam o evento com a construção do campo de futebol, onde vários funcionários dispuseram da sua tarde de sábado para execução dos trabalhos de terraplanagem, fabrico de balizas, marcação do terreno, entre outras tarefas até ao dia do jogo inaugural, que era aguardado com muita ansiedade. Foi requisito do torneio a formação de equipas mistas (Portugueses e Angolanos) para fomentar a igualdade e integração de todos os colaboradores da AngolACA, política que a administração da empresa muito se orgulha em promover e defender. Totalizaram-se 8 equipas participantes, o que superou as expectativas, sendo elas: Betumes, Bulldozer’s, Catengue, G.D. Serra Pneus, James Bond, Os Pesados, Pré-Fabricação A e Pré-Fabricação B.

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De modo a abrilhantar o torneio, cada equipa adquiriu equipamentos cujo custo foi assumido pelos portugueses que compunham as referidas equipas. As bolas, apitos, cartões, taças (1º, 2º e 3º lugar, melhor marcador e fair-play) e restante material necessário foram suportados pela empresa. O torneio decorreu de forma entusiasta, onde todas as equipas mostraram motivação, empenho e vontade de se divertir. A final do 1º Torneio AngolACA realizou-se no sábado de 25 de Julho de 2009 onde se apuraram os vencedores – a equipa “Bulldozer´s”. A equipa “G D Serra Pneus” ficou em 2º lugar, cabendo a 3ª e 4ª posições aos “PréFabricação A” e “James Bond”, respectivamente. Correu tudo lindamente e ainda foi organizado no final um convívio para todos os jogadores e colaboradores da empresa onde houve churrasco, música (que ficou a cargo, e bem, dos Angolanos) e muita dança. Em jeito de conclusão podemos referir que os principais objectivos desta iniciativa foram largamente atingidos, permitindo que todas as pessoas se integrem e relacionem fora do ambiente de trabalho, reforçando assim o espírito de equipa, imprescindível em qualquer instituição.


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Angola

Inauguração do Bar Kachipundo no estaleiro de Caluquembe No passado dia 13 de Junho de 2009 viveu-se mais um momento de sucesso Angolaca por terras de Angola. Tratou-se da inaguração do bar no estaleiro de Caluquembe localizado na província da Huíla ao sul de Angola. Batizado com o nome de “Kachipundo” palavra que em Umbundo (língua falada pelos naturais das montanhas centrais de Angola) significa local de encontro e confraternização, foi motivo de festa para Portugueses e Angolanos. Coincidente com o dia de Stº António, entre um bom arroz de “pica no chão” e um porco no espeto servidos ao almoço, não faltaram as nossas típicas sardinhas assadas como não poderia deixar de ser. Contou com a especial presença de representantes da Admisnistração e Polícia local. Foi um momento de convívio que fortaleceu novos laços de amizade e que proporcionou aproximação entre duas culturas que, apesar de diferentes descobrem ter muito em comum.

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PESSOAS

Angola na 1ª pessoa, por Filipe Teixeira.

Respondendo ao desafio lançado pela Dr.ª Maria Virgínia, venho falar-vos um pouco do que está a ser a experiência de trabalhar na Angolaca. Desde a minha entrada na ACA, foi-me falada a possibilidade de vir para Angola. Apesar de ter pensado nessa possibilidade mais cedo, apenas passado ano e meio se concretizou. Pode não parecer, mas apesar de ser uma decisão ambiciosa, é uma decisão de coragem para um jovem sem muita experiência de vida e de trabalho deixar para trás família, namorada e amigos para partir na aventura. Os dias que antecederam a viagem não foram fáceis, nem para mim, nem para a Marta (minha namorada) nem para os meus pais (sou filho único e nunca me ausentei de casa por mais de 1 mês seguido). Foram dias muito curtos para tudo o que havia para resolver e para o que se queria fazer. Aterrei em Luanda dia 29 de Janeiro, de onde parti para Benguela no dia seguinte. À chegada encontrei os colegas que haviam embarcado uns dias antes (Eng.º Adolfo Fernandes, Eng.º Hugo Gonçalves e a Engª Paula Rodrigues). As expressões deles transmitiram confiança, dando-me assim a entender que se estavam a adaptar bem. Passados estes meses posso afirmar que a experiência tem sido muito positiva. Fomos bem recebidos e integrados, pelo que o trabalho e o dia-a-dia correm de forma normal. Profissionalmente, a realidade que encontrei em Angola é diferente da portuguesa, com uma componente muito mais técnica e com mais contacto com o “campo de operações”. A equipa é mais numerosa que em Portugal, o que faz surgir um pouco de competitividade entre alguns elementos, mas o espírito de equipa e entreajuda vivido em Fafe também aqui está presente, permitindo que sejam solucionados e reduzidos os imprevistos característicos ao meio de trabalho. O facto de termos um contacto mais próximo com as máquinas, com as oficinas e com os mecânicos, permite-me adquirir saber, experiência e desenvolver competências mais rapidamente. Ter esta possibilidade de “crescer” e evoluir mais rápido é sem dúvida a mais-valia que vou levar desta experiência. O ambiente em que vivemos em Benguela é saudável, fazendo com que os dias não sejam um sacrifico.

Há entendimento e cooperação entre os diferentes Departamentos, que conduzem a bons resultados de produtividade. O convívio com os Angolanos também é amistoso, quer no trabalho quer fora deste. Aliás a nível de trabalho, existem algumas surpresas agradáveis com profissionais capazes e exemplares, como são o caso do Sica (mecânico de Catengue), do Luís (mecânico de Benguela) e do Paulinho (fiel de armazém de Benguela). O nosso grupo de amigos é muito unido, como uma família, havendo partilha e boa disposição entre todos. Conseguimos viver bons momentos de lazer e nos momentos mais difíceis todos se apoiam. A adaptação a Angola tem corrido de forma positiva. Como é óbvio, as condições não são as mesmas que no nosso país e que em nossa casa. Existem muitas condicionantes a nível de higiene, segurança e saúde, mas se forem entendidas e respeitadas, no geral consegue-se viver bem. Em termos de distracções pouco mais há que a praia (o clima é muito bom) e uma ou outra ida ao ginásio, quando o trabalho permite. Por esse mesmo motivo e aliado à integração dos vários colaboradores da província, fizemos um campo de futebol no nosso estaleiro e organizamos um torneio em que Angolanos e Portugueses convivem aos sábados de tarde. O que mais custou na adaptação foi a alimentação, que é um pouco limitada e a distância das pessoas que amamos. A ausência do carinho e o constante crescer da saudade tornam a distância um obstáculo duro de ultrapassar. Ao mesmo tempo, estou a viver sozinho uma etapa determinante na minha vida, assim como estou a perder uma etapa importante da vida da Marta. Mas como referi em cima, tenho cá os amigos que me apoiam, em especial o Hugo e a Paula, talvez por serem também um casal jovem. Para terminar, posso afirmar, que além de a experiência estar a ser positiva, estou a gostar e estou motivado para a viver. Continuo portanto a achar que vir foi a decisão correcta. Um abraço para todos, Filipe Teixeira

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pessoas

Entrevista a Agostinho Alves Chefe de transportes - AngolACA

Entrevista a Jacinto Cayungo Daniel Motorista de longo curso - AngolACA

P – Há quanto tempo está em Angola? R – Desde 19 de Março de 2007.

P – Quando começou a trabalhar na Angolaca? R – Junho 2008.

P – Veio logo para Benguela? R – Sim. Comecei do zero. Montei este estaleiro pedra a pedra. Formei os motoristas e os operadores de máquinas.

P – Que idade tem? R – 26 anos.

P – Assim que chegou, de que mais gostou? R – A novidade da experiência que tive. P – E o que o fez sentir-se menos “confortável”? R – A viagem de Luanda a Benguela. Fi-la sozinho. Demorou 14 horas. Cheguei a andar a 10 e a 20Kms à hora cerca de 90% da viagem. P – Conte-nos como é que é o seu dia a dia R – Ponho-me a pé às 5 horas da manhã. Dou a minha volta na pedreira e no estaleiro e tomo o pequeno-almoço na cantina local para começar a trabalhar às 7.00H. Organizo os transportes. Vou ver o que falta nas obras e vou à obra dar uma volta e tratar de assuntos diversos. P – Que conselhos daria aos colegas que cá estão? R – Muita prevenção nas estradas e muita prevenção com a saúde. P – Que conselhos daria aos colegas que estão para vir para Angola? R – Angola é um país onde se trabalha bem quando se tem os cuidados devidos. P – Fale-nos um pouco da realidade que aqui está a viver. R – Isto já foi muito mais duro no início. Trabalhei muito em Benguela. Hoje, é muito mais fácil para quem chega poder adaptar-se a tudo. Vim desbravar o caminho. Também quero acrescentar que gosto muito de conviver com os colegas nacionais. Estou realmente muito bem impressionado.

P – Tem filhos? R – Sim, tenho um filho de 3 anos e sou divorciado. P – Onde trabalhava antes de vir para cá? R – Trabalhava com um português. Fazia já o transporte de longo curso. P – Como veio trabalhar para a empresa? R – Foi o meu colega Miguel que me trouxe. Aceitaramme logo. Deram-me as boas vindas e disseram-me que trabalhasse sempre bem. P – O que o fez vir para a Angolaca? R – O dinheiro e o ambiente de trabalho pois lá onde estava não era nada bom. P – E quanto ao relacionamento com o seu chefe? R – Ele é como um pai para mim. Entendo-me muito bem com ele. Não dá para lhe negar nada. Ele ajuda-me e nunca me faltou ao respeito. P – Conhece o Presidente? R – Sim. Ele gosta de ver as coisas direitas. Neste momento não tenho “erros” a apontar-lhe. P – Se não fosse motorista, o que gostaria de ser? R – Operador de máquinas. P – Que conselho daria aos seus colegas? R – Diria que o dinheiro não é tudo. Aqui a trabalhar não chego stressado a casa. Tenho uma vida muito dura. Por exemplo daqui a pouco vou sair para Caluquembe que são 380Kms de estrada, dos quais 280 Kms em “picada de terra”. Levo 35 Toneladas de combustível para abastecer uma nossa obra. Por ser muito urgente vou viajar toda a noite. É muito difícil pois não há um lugar onde comer e qualquer problema na estrada fica muito complicado. Neste percurso não há rede de telemóvel. - Fomos encontrá-lo no dia seguinte em Caluquembe às 16.00H. Já tinha descansado, tomado o seu banho e estava pronto para regressar á estrada. Desta vez com destino a Benguela.

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pessoas

Entrevista a Luis Soma Chango Mecânico - AngolACA

O “Carp-fishing” por Nuno Monteiro.

P - Em que dia começou a trabalhar na Angolaca? R – No dia 04 de Abril de 2007.

O carp-fishing é uma prática que teve origem em inglaterra, em que o objectivo é a pesca de grandes carpas, e onde a pesca sem morte e o respeito pela natureza é obrigatória. O peixe é pescado, pesado e devolvido ao seu habitat, sempre com o máximo de cuidado para que volte nas perfeitas condições. Esta foto mostra uma das maiores capturas que fiz, neste caso de 11,800kg, assim como uma foto com a devolução do peixe. Com isto, posso um dia voltar a encontrá-la ainda maior, ou ainda proporcionar a outro pescador o prazer de pescar este peixe magnífico. Em Portugal esta prática está a ganhar adeptos, principalmente junto dos jovens, pois estão mais familiarizados com a protecção ambiental. Para isso muito contribuiu a APCF (Associação Portuguesa de Carp-Fishing) – uma associação da qual sou sócio fundador – que tem vindo a desenvolver várias actividades no sentido de dar a conhecer esta modalidade e na protecção as nossas massas de água. Neste momento estamos a organizar o “CARP ADVENTURE” uma prova de 72horas que decorrerá entre os dias 2 a 5 de Outubro de na barragem da Teja. Serão 16 equipas de várias nacionalidades, em que vencerá a que pescar a carpa mais pesada. Podem ir acompanhando esta e outras actividades em www.apcf.pt

Colaborador nº1 em Benguela

P – O que fazia antes? R – Era mecânico na Mota - Engil. P – Que estudos tem? R – Tenho o 8º. Ano. P – Tem família? R – Sim, sou casado e tenho uma filha de 1 ano. P – O que mais lhe agrada aqui na Angolaca? R – 1º. O comportamento do meu encarregado 2º. A colaboração de todos os meus colegas P – O que acha que poderia melhorar na empresa? R – O transporte do pessoal, que entretanto já sei que estão comprados autocarros melhores. P – Então e a comida? R – Antigamente era mesmo má, mas agora e graças ao impulso do nosso encarregado Sr. Agostinho, a alimentação melhorou. P – A que horas se levanta para vir trabalhar? R – Levanto-me às 6 horas e às 22.00 já estou na cama. P – Que função desempenha na Angolaca? R – Sou mecânico.

Nuno Monteiro

P – E quanto ao futuro? R – Penso trabalhar aqui muitos mais anos. P – O que sente quando vê o logotipo da Angolaca? R – Sinto orgulho em trabalhar cá pois a empresa está a “espalhar-se” em diversas frentes. P – Conhece o Presidente da empresa? R – Sim, mas nunca tive oportunidade de falar com ele. Parece-me simpático, bom, humano, come no meio de nós o que não é natural para qualquer patrão. P – Que conselhos daria aos seus colegas? R – Diria que não pensassem que os portugueses são racistas e cínicos pois convivo com muitos portugueses e essa imagem já ficou para trás. Agora somos países irmãos.

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GRUPO ACA (Apartado 453) Av. dos Descobrimentos, Ed. Las Vegas 3, nยบ 63

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4760-011 V.N. Famalicรฃo PORTUGAL

Tel (00351) 252 308 250 Fax (00351) 252 313 694

E-mail aca@grupo-aca.com www.grupo-aca.com


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