MECANIZAÇÃO
Poda mecânica
Pressionada por fatores como competitividade e escassez de mão de obra, a vitivinicultura passa cada vez mais a demandar o uso da mecanização para o manejo da videira. E um dos aspectos que precisam ser considerados nesse processo é o efeito das operações sobre a qualidade da produção Divulgação
A
vitivinicultura é uma atividade importante para a sustentabilidade da pequena propriedade no Brasil e consome uma quantidade expressiva de mão de obra para a realização das operações de campo, força de trabalho que tem se tornado cada vez mais escassa ao longo dos últimos anos. Ao mesmo tempo que o cultivo se expande, novos polos de produção vitivinícola, tanto nacionais como internacionais, pressionaram a indústria do setor, que busca se ajustar à competição dos novos tempos. A videira apresenta uma forma livre em ambiente natural, onde o mecanismo da autorregulação do crescimento e desenvolvimento prevalece. Geralmente, plantas não podadas apresentam alternância de safras, ou seja, anos com alta produção, seguidos por anos de baixa produção. A poda como estratégia de manejo tem a finalidade de equilibrar o número de frutos e o desenvolvimento vegetativo, controlar a arquitetura do dossel e adequar o crescimento e desenvolvimento com a exploração econômica do cultivo. O manejo vegetativo é uma prática comum aplicada às videiras e tem por finalidade melhorar a distribuição dos ramos e folhas para favorecer a captação da radiação solar, diminuir o sombreamento no interior da copa e evitar a formação de microclima favorável ao desenvolvimento de doenças. O equilíbrio entre a área foliar e a produção beneficia o desenvolvimento das plantas e a composição da uva. De modo geral, o manejo vegetativo pode ser classificado em poda de formação, produção e de limpeza, podendo receber denominações diferentes de acordo com as épocas em que são realizadas (poda de inverno e verão), com o enfolhaNovembro 2020 • www.revistacultivar.com.br
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