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GRANDES POETAS BRASILEIROS PRESENÇA
É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas, teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento das horas ponha um frêmito em teus cabelos…
É preciso que a tua ausência trescale sutilmente, no ar, a trevo machucado, as folhas de alecrim desde há muito guardadas não se sabe por quem nalgum móvel antigo…
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Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir como sinto – em mim – a presença misteriosa da vida… Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista que nunca te pareces com o teu retrato…
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.
Isabel Lucas
N Lida Pi On Em Portugal
Quanto pode caber num livro que começou com uma sentença de morte? Quase tudo. Uma Furtiva Lágrima assinala o fim de um ano de vida da escritora brasileira Nélida Piñon em Portugal. Contém literatura, música, arte, ética, política, uma grande atenção ao quotidiano e a confissão de que ser Deus é uma tentação para o escritor, mas o resultado sai sempre falhado.
Durante um ano, a mulher mais jovem de sempre a integrar a Academia Brasileira de Letras (1990), Prêmio Príncipe das Astúrias de Letras em 2005, romancista, contista, ensaísta, cronista, autora de memórias, viveu em Lisboa para escrever um romance passado em Portugal. Não adianta muito sobre isso. Apenas que o livro está adiantado. Antes de regressar ao Brasil, publica Uma Furtiva Lágrima (Temas e Debates), quase um manual sobre os temas da sua literatura. Começou por ser o diário de uma sentença de morte e acabou num conjunto de textos breves. São ideias, confissões de uma escritora brasileira, também galega, uma mes - tiça, imigrante, atraída pelos clássicos, apaixonada pela língua portuguesa e pela música a que retirou o título, nada mais que a uma ópera de Donizetti. “Pois foi”, confirma Nélida Piñon, sorriso de olhos quase fechados no fim de uma conversa onde conta como a sentença não se cumpriu e deixou clara a sua comoção com o Brasil, agora, na hora do regresso, aos 81 anos, a agendar para Abril o lançamento da edição brasileira desta espécie de preparação para a morte.
Pergunta: Uma Furtiva Lágrima nasce de uma sentença de morte que não se cumpriu.
Resposta: É verdade. Passaram-se três anos e aparentemente tudo bem. Mas o escritor escreve por qualquer razão, qualquer pretexto. Não é todo o dia que alguém me diz que vou morrer. Foi uma novidade. Não quer dizer que eu não tivesse idade, seria até razoável, mas eu não estava pensando em morrer, estava com projetos e, de repente surge isso na minha vida, uma sentença inesperada. Associo essa sentença a um teste à minha dignidade, eu tinha de saber morrer, queria educar-me, havia uma pedagogia da morte. Era muito importante para a minha vida como a vivi, nas opções que fiz, no modo como sou feminista, mulher, escritora, como entendo a dignidade da escrita, os compromissos morais, éticos, etc. Disse: tenho de morrer bem. Foi isso que me levou a imaginar as consequências de uma sentença: morrer bem. Com elegância, se possível. Encarei tudo com muita naturalidade, pelo menos naquele momento.
Agora teria outra reação, porque depois de tudo sou outra. Somos outros em cada avanço pela vida. O grande problema da nossa sociedade é imaginar que o que somos é imutável. Há pequenos sobressaltos e pequenas mudanças ao longo da vida. Isso dá-me uma sensação de progresso, de avanço quase tecnológico, se é possível falar em tecnologia em termos existenciais. Eduquei-me a ser assim, a imaginar que há na vida uma metamorfose contínua. E os resultados são óptimos, não há que reclamar das mudanças.
Pergunta: Este é um livro cheio de referências clássicas.
Resposta: Faz parte da minha formação intelectual. Não é pretensão.
Pergunta: Diz: “sou mestiça e gosto”, e que é “filha da imigração”.
Resposta: É verdade. An - tes não dizia isso porque não tinha a noção que tenho hoje. Tenho muita noção do que a minha família fez com dignidade. Aos dez anos vim à Península Ibérica, passei praticamente dois anos na Galiza, eu falava galego, desenvolvi o meu imaginário, que era brasileiro e produto das leituras. De repente, olhava para a linha do horizonte nas aldeias galegas e tinha a sensação de que via uma cavalgada. Imaginava os etruscos, os celtas, os visigodos. Todos foram meus íntimos, até hoje. Depois estudei num colégio alemão. Até hoje não sei por que razão os meus pais imigrantes quiseram que eu estudasse com beneditinos, alemães, mas foi uma maravilha, apaixonei-me por Lutero, e a madre da minha classe tinha pavor de que eu pudesse ser convertida ao protestantismo.
Pergunta: O que a fascinava em Lutero?
Resposta: O brilho, a inteligência, a vontade que ele teve de derrubar Roma. Ao mesmo tempo eu era uma estudiosa de Carlos V que queria defender o catolicismo, o mundo romano. E estudava a Bíblia. Por mais católico que fosse o meu colégio, o alemão sente atração pelo Antigo Testamento e eu estudava o Antigo Testamento e brigava com Deus porque o achava machista. Tudo isso foi maravilhoso para mim.
Pergunta: A paixão por Wagner também nasceu na Alemanha?
Resposta: Talvez, mas a paixão é pela música. A música ajuda-me muito a escrever. Em determinados momentos, dependendo do sentimento que quero empreender a um texto, vou a uma certa música. Gosto muito das fusões dos deuses alemães, dos nibelungos; quanto mais antigos os temas, mais gosto. Gosto dos monges perniciosos de Carmina Burana dos padres do deserto do século IV. Tudo isso me predispôs para imaginar as metamorfoses da vida e acentuou o meu amor à literatura. Tenho um grande amor à literatura. Nunca fui infiel à literatura. resposta: É o lado da ficcionista. Deus me livre se eu ia achar isso desinteres - sante!
Pergunta: É a única fidelidade?
Resposta: Não a única, porque sou fiel a princípios, a valores, mas faço qualquer sacrifício pela literatura, para escrever bem, para melhorar.
Pergunta: “Sinto-me atraída pelo pensamento alheio”, escreve. É um lado bisbilhoteiro?
Pergunta: Saber o que se come ao pequeno-almoço, por exemplo?
Resposta: Adoro. É um detalhe maravilhoso. Não tenho muito interesse em saber a intimidade sexual porque gosto de chegar a ela inventando a partir de uma certa sabedoria que tenho obrigação de ter acerca da anatomia e o que isso pode fazer em matéria de atritos. Não sou de fazer perguntas inconvenientes. Gosto muito de ficar olhando. Não sou distraída. Arrisco a dizer que sigo os transtornos humanos. Sou uma entusiasta do ser humano. Uso muito a palavra “vizinho”. É emblemático; um símbolo do humano. Senti que usando “vizinho” eu falava tudo, era o coletivo. O vizinho é um contemporâneo de vida, é um conglomerado. Tem alma, tem um corpo. resposta: A Natália Correia estranhava. Não conseguia entender como eu era entusiasta do mundo anglo-saxónico. Ela odiava. Tínhamos conversas maravilhosas sobre o mundo medievo. Mas eu desde cedo li literatura inglesa, apaixonei-me pela Inglaterra, e a literatura americana é uma grande literatura. Só Faulkner! É um grego americano. Há pessoas que não sabem porque é que fazem um certo tipo de literatura, mas beberam muito dos americanos. Veja Moby Dick, os poetas.
Pergunta: Porque é que amigos seus estranham o seu gosto por literatura americana?
Pergunta: Refere que a literatura americana tem muito que ver com a identidade. A brasileira não?
Resposta: É diferente. É uma identidade forte e acho que está também muito na literatura. Veja a questão indígena em José de Alencar. Ele faz o que [Fenimore] Cooper fez com os índios nos Estados Unidos, mas com muita independência. O índio como personagem idealizado, uma coisa de grande coragem. De certo modo, junto com Machado de Assis — embora Machado seja de um refinamento extraordinário —, tem uma preocupação com essa identidade, quem somos nós, e tenta liberar o pensamento narrativo brasileiro um pouco como Borges fez na Argentina: cada um está autorizado a escrever sobre o que quer que seja. É muito importante não se ser prisioneiro dos temas fixos. Machado de Assis, com a preocupação de uma possível identidade brasileira, escreveu um texto chamado Instinto de Nacionalidade, e ele e Alencar dizem-nos como se pode ser um escritor; o que podemos fazer para enriquecer a trajetória cultural do Brasil.
Pergunta: Sobre a sua identidade, confessa-se uma híbrida. Fala-me do seu hibridismo.
Resposta: Sou muita coisa mesmo porque nunca quis ser só o que eu era.
Pergunta: Por quê?
Resposta: Porque era pouco. Acha que posso ser pouco? Um escritor não é para ter vida resumida, um retrato de três por quatro.
Pergunta: Há um capítulo chamado “Resumo” em que afirma que se nega ao resumo.
Resposta: Sempre achei que tinha de expandir o horizonte da minha vida. Digo que tinha de ser múltipla, ser muita gente ao mesmo tempo. Uso uma expressão que até repito demais: Proteu; ter de assumir várias formas. Não posso ser só mulher. Não vou conseguir escrever se não for mulher, homem, bicho, vegetal...
Pergunta: Deus?
Resposta: Deus é uma tentação. Porque, de certo modo, um escritor é um deus, mas acaba derrotado pelas personagens. Os hebreus inventaram o monoteísmo, que é o supremo refinamento da abstração. Para escrever, tenho de entender o espírito do corpo de um homem e de uma mulher.
Pergunta: Diz-se feminista.
Resposta: Sim, mas eu sou histórica, muito mais do que todas essas. Essas não conheceram as dificuldades que eu conheci. Mas quero ser uma escritora com autoridade para assumir o corpo de um homem e de uma mulher, ou a literatura morre. Acho que a arte é um mistério, nasce do caos; sem o caos não há substrato, não tem material, não tem arqueologia. Depois é preciso trabalhar esse caos. Cada um de nós é constituído por uma genealogia vasta e, quanto mais se sabe, melhor vamos compor as personagens, entender que são dificílimas, que nos detestam, com elas estamos numa luta para ver se entramos num acordo. A personagem precisa de um acordo para existir.
Pergunta: Neste livro es - tão os temas que povoam a sua literatura, ideias para reflexão, entre elas saber até que ponto a América se deve também culpabilizar pela sua história.
Resposta: O passado deve ser uma eterna aprendizagem. Não dá para corrigir o passado da forma que muitos pretendem. Os historiadores não sabem tudo. Há a parte documental, mas essa não traz os sentimentos. Há suposições nossas. Nós não temos condições de perdoar, mas também não temos condições de dizer: vamos apagar isso. Foi assim e nós sabemos. A minha tarefa é nunca mais permitir isso. Há tanta coisa que continuamos a ignorar, coisas que não nos deixam saber, e vivemos num regime de acomodação.
Somos muito pobres com as nossas convicções. Não temos convicções certeiras e somos também vítimas de mensagens equivocadas e não sabemos tudo o que está acontecendo ao mesmo tempo. A realidade é tão poderosa, tão difícil; é geológica, camadas e camadas e não sabemos responder pelos milhões de camadas. Mudamos de ideias constantemente, e também somos agarrados pelas ideologias que exploram o nosso desconhecimento, e muita gente ganha muito dinheiro com as ideologias.
Confio no destino do Brasil. Com os nossos desatinos, as nossas dificuldades. Acho que o tempo sana muitas feridas. Viu os absurdos da Europa?
Pergunta: A acomodação explica o que se está a passar politicamente em muitos lugares?
Resposta: Acho que sim.
Entende a Europa? O populismo na Europa? A elite também abandonou o povo. Porque é que vou ser muito mais severa com o Brasil? O mundo de hoje precisa de grandes estadistas, e não os temos.
Pergunta: O escritor pode fazer o quê?
Resposta: Coitado, ter consciência já é muito. Mas escrever. E, se puder, falar quando necessário. Mas a tarefa principal do escritor é escrever bem.
Poesia
Lu S La Rcio Ger Nimo
E SE NÃO HOUVER AMANHÃ?
Enfrente os seus temores, supere seus dissabores
E viva uma vida sã
De que adiantará às flores
Se lhe faltarem os odores
Se não houver amanhã?
Diga sim aos amores
À alegria, às dores
Às coisas boas ou vãs
Aproveite o que lhe está diante
Não espere por algo distante
E se não houver amanhã?
Viva uma vida pulsante
Faça valer cada instante
No frio ou coberto de lã
Viver é gratificante
Agradeça cada instante
E se não houver amanhã?
A vida é, meu amigo,
Um tanto de prazer e perigo
Um misto de fel e hortelã
Por cima de medo e perigo
Grite ao mundo “Eu vivo”!
Pois pode não haver amanhã.
Resenha
En As Athan Zio
Neruda E O Brasil
Pablo Neruda (1904/1973) tinha fascinação pelo Brasil, sentimento sempre retribuído pelos incontáveis leitores brasileiros que conquistou. Ricardo Neftali Reyes y Basoalto, nascido em Parral, no Chile, adotou em 1920 o pseudônimo pelo qual ficou conhecido em todo o mundo, vinha ao Brasil sempre que podia e cultivava com carinho uma fraterna amizade com Jorge Amado e Zélia Gattai, dos quais era compadre e fora companheiro nos tempos de exílio na Europa. A célebre casa do Rio Vermelho, em Salvador, onde residia o casal de escritores, guardou muitas marcas da presença do poeta chileno, sua personalidade exuberante e os ecos da sua voz em costumeiras declamações dos próprios versos. No livro “A casa do Rio Vermelho” (Record – Rio/S. Paulo – 1999), contendo uma parcela das memórias de Zélia Gattai, as referências ao poeta são frequentes, como em outros livros da autora. Num dos capítulos mais interessantes, relata ela que Neruda foi à Bahia com o evidente propósito de se despedir. Ele pressentia que o fim estava próximo. Logo de chegada, pediu que não perguntassem por ninguém, pois “estão todos mortos e somos dos raros que ainda estão vivos.” Apesar desse começo lúgubre, a visita foi alegre e descontraída. A notícia de sua presença se espalhou e a casa se encheu de escritores, poetas, artistas, músicos, jornalistas, gente da área cultural. Neruda declamou, com sua voz pausada, Matilde Urrutia, sua mulher, cantou uma canção com letra de Neruda: “Principe de los caminos, hermoso como um clavel, enbriagador como el vino, era dom José Miguel...” E todos puderam desfrutar com liberdade da companhia daquela figura carismática que parecia estar em casa sempre que vinha ao Brasil. Organizaram à sua revelia um recital de poesia na Escola de Teatro e um encontro na Ordem dos Trovadores aos quais ele compareceu, declamou, falou à multidão de admiradores, conversou e autografou. Repentistas e trovadores o saudaram em versos de improviso que muito o encantaram. Mesmo tomando algumas notas em cadernos, Neruda afirmava que não escreveria suas memórias. “Um livro de memórias jamais tem fim. A vida continua. Novos fatos vão acontecendo...” – dizia ele, longe de imaginar que um dia seu livro de memórias seria dos mais lidos de toda sua obra. Foi Matilde, após a morte do poeta, quem organizou os originais e, driblando os perseguidores, conseguiu levá-los para a Venezuela, onde se transformaram em “Confesso que vivi”, uma das mais fascinantes autobiografias de toda a literatura. No Chile, o país natal, a polícia de Pi - nochet movia encarniçada perseguição ao poeta, mesmo tendo ele falecido poucos dias após o golpe. Uma perseguição que prosseguiu após a morte, tanto que o sepultamento do poeta foi cercado de imenso aparato policial, como se temessem que pudesse reviver e colocar em perigo a ditadura recém-estabelecida. A notícia de que Matilde Urrutia organizava os originais das memórias do poeta provocou uma constante vigilância em sua casa e foi espionada até mesmo quando esteve no Brasil, onde policiais a seguiram desde que desembarcou. São lembranças dos momentos negros em que as ditaduras grassavam na América do Sul, inclusive no Brasil.
“Confesso que vivi” e “Canto Geral” estão entre os livros mais lidos de Neruda. A L&PM Pocket vem publicando as obras do poeta em livros de bolso, contribuindo assim para a sua maior divulgação. Neruda foi dos raros escritores latino-americanos a receber o Prêmio Nobel e tem uma legião de admiradores em todo o mundo. Suas casas, em especial a de Isla Negra, atraem milhares de curio - sos. A implacável perseguição que sofreu em seu país de nada adiantou. Enquanto os perseguidores desapareceram da memória coletiva, a dele está cada vez mais viva. (09/09/09)
Neruda está de volta ao noticiário. Uma equipe de cientistas investigadores submeteu os restos mortais do poeta a minuciosa análise e concluiu, sem sombra de dúvida, que ele foi envenenado e que a causa mortis não foi câncer da próstata como alardeava a imprensa censurada da ditadura chilena. Foi mais uma vítima do tenebroso Pinochet, um dos ditadores mais sanguinários da América Latina e mais um marco entre suas múltiplas atrocidades.
Saudades
Adir Pacheco
Partida
Colore a derradeira amarra das sombras do coração. Deixa-me partir no silêncio da alva plenitude.
Que minha ausência estenda sobre o teu deserto, o sol que fui e sou no sopro do acaso a florescer entre os mitos.
E nossos gestos dentro da noite não se apaguem na memória das sombras.
Então minha partida será triunfal, no canto das renúncias dominando o meu destino.
No dia 12 de fevereiro o nosso poeta guerreiro e gentil Adir Pacheco (Lauro Muller –SC), nos deixou. Poeta dos bons, com seu canto, em verso e prosa encantou seus leitores e expectadores. O artista plural, músico, performático, poeta, contista, cronista de 70 anos, foi-se, depois de lutar há alguns anos contra um câncer.
Em novembro, em entrevista à jornalista Andréa da Luz (Plural-ND Notícias), o escritor declarou que “A literatura sempre esteve em mim” e que a inspiração, nascida da leitura dos poemas do escritor angolano Agostinho Neto, o levou já em 1965 aos seus primeiros versos.
CARTAS DEPOIMENTO SOBRE O LANÇAMENTO DO LIVRO “ESCRITORES DO BRASIL”
Caro Amorim: Inicialmente gostaria de me apresentar dizendo que me chamo Eneida (filha do Dr. Enéas) e que tive a imensa satisfação de comparecer ao lançamento da Antologia junto com a agra- dos demais Escritores que compareceram ao evento. Fiquei maravilhada e muito feliz que a literatura de nosso estado esteja nas mãos de pessoas como o Senhor, como o meu Pai e demais dessa obra. Iniciativas como essa me dão a esperança de que cresçam cada vez mais daqui em diante. dável presença do Senhor e
O livro é muito bom, a capa do livro é muito criativa e chamativa e as poesias, os contos e as crônicas são de uma qualidade muito grande, com um conteúdo tocante, sensível e esclarecedor. Gostei demais.
Durante a vida literária de meu Pai, em várias ocasiões eu acabei acompanhando-o, mas confesso que fazia algum tempo que não comparecia e consegui sentir e entender mais uma vez porque ele sempre foi tão devotado a esse mister.
Obrigada.
Eu, Dr. Enéas, sua esposa e sua filha, Eneida. Presenças importantes na festa de lançamento da antologia ESCRITORES DO BRASIL.
A antologia comemorativa dos 42 anos do Grupo escritores que participaram
Literário A ILHA e de circulação da nossa revista Suplemento Literário A ILHA já está à disposição na Amazon e no Clube de Autores.
Peça o seu exemplar impresso, procurando em uma das plataformas pelo título: ESCRITORES DO BRASIL.
Muita prosa e muita poesia em mais de 300 páginas.
Eneida
Lorena Zago
POESIA EMOÇÕES!
Observo, ao longe, a exuberância da natureza.
Descortina-se, entre vales e campinas, A histórica sapiência de um rio, que Calmo e sereno segue seu curso.
Em seu leito tranquilo, Arquitetam-se pedras milenares.
Admiráveis paisagens desenham
Encantos a nossa contemplação...
Olhares captam, e sentidos manifestam A paz e o relaxamento interior.
Fazem - se sentir e projetar por todo o ser, Notas músicas promovendo a conexão, Seres e natureza transmutam–se
Em sutis emoções.
Lembranças teimam em suscitar memórias, De um tempo, de momentos, de um amor...
Lágrimas brotam sem permissão, Do âmago emergem vibrações, Trazendo consigo recordações.
Saudades de um ser
Que, longínquo se faz lembrar. E, no calor das exaltações, A saudade emanar.
A sensibilidade capta
Da natureza, a fluidez, Da ternura, um sorriso, Do amor, um afago. Em meio à natureza, Com candura, permite absorver!