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CRÔNICA

Maria Teresa Freire

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Amores

Amor tem idade para acontecer? Não sei dizer. Creio que apareça em qualquer idade. Para cada um deve ser diferente. Até porque não temos um só amor. Ou temos? Também não sei dizer. Depende de cada um.

Amores aparecem na infância, para várias pessoas. Com outras, acontece na adolescência. Ainda uma porção de pessoas, encontram-no quando adultos. Para mais alguns, na maturidade.

Ah! Os amores da infância! O garotinho que oferece uma florzinha, copia a tarefa da aula para a amadinha, compra um lanchinho na escola, envia um bilhetinho. A garotinha espera por ele no corredor, fingindo conversar com uma amiguinha. Dispensa olhares pelo canto do olho para saber o que ele está fazendo. Prontifica-se em ajudar na tarefa da escola. Dá um adeusinho tímido quando se despede. Tem pequenas atitudes cativantes que deixam o garotinho enlevado. Assim seguem todos os dias, sorrindo ao se verem. Encantados.

Atualmente, o garotinho, agora sabidinho, envia mensagem pelo celular, mas o resto não faz. Ainda há os que são realmente infantis, por relatos de mães, avós e tias amigas. O desfrute puro e inocente da infância se perde em debates despropositais sobre cores (azul e rosa), gêneros, entre outros muito mais fortes e piores. Vamos pensar, ou talvez iludir-nos, que ainda hajam crianças, de verdade.

A juventude traz o amor mais apimentado, erótico, com beijos frequentes, intimidade constante e sexo ansioso. Aos namoros que encaminham ao casamento, não obrigatoriamente. À convivência conjugal, melhor dizendo. Seja como for, jovens juntam-se, casam, constituem família. Vivem amorosos, às vezes nem tanto. Amor sincero aparece, encanta a vida, deixa uma marca indelével e lembrança para sempre. Mais de um amor pode aparecer. Não tem que ser um só. Na maturidade? Amor igual! Empolgante, envolvente. Dá um novo fôlego. É companhia. Anima para se realizar novos passeios, para se inventar o que fazer. Repetir o que se gosta: um filme, um concerto, um show, um almoço, jantar, café e por aí vai. É difícil encontrar esse amor maduro? Pode ser para alguns, pode não ser para outros. Na realidade, não há matches perfeitos. Uma boa conexão, entendimento, um carinho amoroso, um sexo prazeroso, dão um alento para se usufruir momentos da vida. E como não há perfeição, deve haver aceitação, compreensão. Ninguém é como queremos que seja. Não somos como os outros querem que sejamos. Entretanto, podemos ser um pouco do que o outro deseja e podemos ter um pouco do que almejamos. Temos que saber escolher? Ou acontece sinergia, empatia? Acredito que isso aconteça. Olhamos alguém e dá um clic, ou melhor, um sentimento diferente, um interesse diferente. Explica-se?

Não. Percebemos um despertar de algo que mexe com a gente. Dá vontade de abraçar, beijar, estar junto. Diversas vontades. A conexão se estabelece, a relação avança para um namoro, uma vida a dois ou uma bonita amizade.

Ah! Amores! Que bem fazem à vida!

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