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expediente Diretora Jussara F. S. Rocha (11) 94110.4965 diretoria@grupomaisfood.com.br Editor Cauê Vizzaccaro caue@grupomaisfood.com.br Gerente de Contas Clecio Laurentino (11) 95557.4355 clecio@grupomaisfood.com.br
Administrativo / Financeiro financeiro@grupomaisfood.com.br Assinatura/Subscription Brasil: R$ 130,00 USA, Latin America, Europe and Africa: US$ 150,00 Tel.: (11) 2369-4116/4054 e 2386-1584 www.grupomaisfood.com.br Tiragem: 9.000 exemplares
SUMÁRIO
04 | Expediente
32 | Especial: embutidos cárneos
04 | Sumário
38 | Empresas: Bizerba
06 | Editorial
39 | Especial: fluido refrigerante
08 | Produtos: Handtmann
40 | Eventos: Food Ingredients
10 | Artigo: Abimaq
42 | Empresas: Isape
14 | Eventos: Abrava
43 | Sustentabilidade: embalagem
16 | Guia Anutec Brazil
50 | Índice de anunciantes
24 | Produtos: Poly-clip
50 | Circulação em feiras
26 | Capa: cadeia do frio
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3 | Expediente
34 | Empresa: DânicaZipco
4 | Sumário
36 | Histórias de sucesso: Ceratti
6 | Editorial
46 | Eventos: Handtmann
8 | Produtos: Poly-clip
47 | Caderno de Aquicultura e Pesca
10 | Produtos: GEA
48 | Aquicultura e Pesca: Maquiplast
12 | Produtos: Middleby
53 | Caderno de Sustentabilidade
14 | Empresa: Max Mac
54 | Sustentabilidade: Geza
16 | Artigo técnico: proteção natural
56 | Sustentabilidade: Sealed Air
26 | Capa: embalagens
57 | Sustentabilidade: Hexport
32 | Ponto de vista: Rodney Kaiser
58 | Índice de anunciantes
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EDITORIAL O mundo voltado para Curitiba
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segmento de proteína animal estará no Expo Unimed, em Curitiba (PR), nos dias 2, 3 e 4 de agosto, para a Anutec Brazil. Multinacionais, juntamente com as maiores empresas do país, apresentarão as maiores novidades e melhores tecnologias do mercado no evento. Desse modo, nós da revista Mais Carne apresentamos o Guia de Expositores da Anutec Brazil 2016 para que o leitor possa entrar em contato com todos os expositores. Abordamos na matéria de capa os desafios logísticos na cadeia do frio, pois, o comércio global aproxima mercados de diferentes países, estabelecendo fluxos regulares de abastecimento para atender demandas locais e regionais. O acesso a produtos e bens produzidos no mundo inteiro se deve, entre outros fatores, aos avanços da logística na cadeia do frio. Produtos altamente perecíveis, sensíveis à temperatura, alcançam mercados longínquos, obedecendo a rígidos padrões de qualidade e às legislações locais. Na editoria Especial temos um artigo sobre a proteção natural para embutidos cárneos. Neste artigo, o foco está no uso de culturas para a fabricação de produtos de maior valor agregado, tais como salames, embutidos e carnes maturadas, e o uso de conservantes naturais para o controle de bolores e leveduras. No Caderno de Sustentabilidade, a embalagem é o destaque, uma vez que atualmente cresce o número de consumidores que se atentam com a saúde e eliminam produtos químicos da dieta. Nesta edição há também o artigo sobre como inovar em tempos de crise, já que neste cenário político-econômico, o empresário carece conhecer três pontos: o cliente, o contexto e a forma como conduz o seu negócio. Por fim, parabenizamos a nova diretoria da Abrava e o engenheiro Arnaldo Basile, que tomou posse como presidente para o triênio de 2016 a 2019. A cerimônia foi realizada na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo (SP). Bons negócios e leitura!
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Produtos
Lançamento no Brasil na Anutec 2016: VF 800
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Handtmann apresentou em Frankfurt (Alemanha), na IFFA 2016, as novas embutideiras a vácuo série VF 800, e agora trás para o Brasil e Anutec 2016 esta nova série de máquinas, tendo como lema: “Enchimento a vácuo tem um novo nome”. A nova série VF 800 possui 5 modelos com 9 níveis de desempenho disponíveis para os produtores médios e industriais: VF 830, VF 838 “S”, VF 840, VF 842 e VF 848 “S”. Os modelos complementares para pequenos produtores estarão disponíveis no próximo ano. A VF 800 possui características totalmente inovadoras, salientando a liderança em tecnologia da Handtmann e ampliando o caminho para o contínuo crescimento no mercado de alimentos: também com aplicações para produtos vegetarianos, assados, lácteos, de confeitaria e de conveniência. A nova série VF 800 foi desenvolvida com amplo know-how de especialistas, além da experiência e do “feedback” dos clientes globais, cujos quesitos foram perfeitamente implementados no projeto até os mínimos detalhes. Além da apresentação construtiva de desenho moderno e atemporal; é importante destacar as incomparáveis e inéditas inovações ergonômicas, alto nível de sanitariedade, sistemáticas em cada subfunção e função auxiliar do processo de enchimento/porcionamento devido à configuração simples, por exemplo: limpeza intermediária automática do funil e da bomba de massa, opções de diversas conectividades e interfaces, sistema de
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vácuo variável ajustável, alimentação automática, novo desenho da bomba de alimentação, maior vida útil dos componentes, assistente de nivelamento, assistente de instalação e produção, redução do tempo de inatividade, degerminação do ar de resfriamento (tratamento do ar com lâmpadas UV) devolvendo ao ambiente o ar purificado livre de bolores e fungos, monitoramento de qualidade do produto, excelente eficiência de energia etc. Há também a flexibilidade e ampliação do leque de aplicações para a máquina, por exemplo: produtos fluidos com inserções de pedaços, produtos quentes etc. Outra característica inovadora, exclusiva e patenteada do modelo VF 800 “S” é a escalabilidade na capacidade de bombeamento. Isso permite ao cliente comprar inicialmente exatamente a capacidade nominal de enchimento de que realmente precisa. A capacidade dos modelos VF 800 “S” pode ser aumentada futuramente quando necessária. A qualidade superior no projeto e construção, ampla gama de funções, materiais de alta qualidade e processamento de precisão estável por longo prazo, além do baixo custo de manutenção e a perfeição nos mínimos detalhes, colocam a nova série VF 800 no patamar de máquinas “Premium”. A nova série VF 800 embutideiras e porcionadoras a vácuo é um elemento central de alto desempenho para soluções complexas e automáticas de processos chave na mão.•
NOVOS DESENVOLVIMENTOS CONVINCENTES E CONFIÁVEIS Desde o enchimento até o depositar na embalagem. Desfrute dos benefícios do mais recente estado de arte da tecnologia!
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NOVA LINHA DE CARNE PICADA COM NOVO SISTEMA EM LINHA DE MOAGEM Agora ainda mais rápido e potente: novo porcionador de carne picada com a VF 800 e novo sistema de moagem em linha.
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Handtmann do Brasil Ltda.
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+ 55 41 3668-4410
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vendas@handtmann.com.br
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Artigo
Enfrentemos tão somente o problema da siderurgia? Por Carlos Pastoriza, presidente do Conselho de Administração da Abimaq/Sindimaq
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fato, e ninguém discorda, que a indústria do aço no Brasil vive uma grave crise. Mas, e os demais setores da indústria de transformação que se utilizam do aço como seu principal insumo (máquinas, componentes, construção civil, automotivo, autopeças, eletroeletrônico, linha branca etc...)? Será que estes setores estão em situação melhor? Claro que a resposta é não! Toda a indústria de transformação, assim como a do aço, vive uma crise sem precedentes. Do portão para dentro as empresas são competitivas, mas do portão para fora as consequências da falta de uma política industrial nos últimos anos, do Real supervalorizado, das altas taxas de juros, da complexa e pesada carga tributária que recai sobre a atividade produtiva e do Custo Brasil, por exemplo, somadas, agora, à estagnação da demanda no mercado interno, estão fazendo com que a indústria agonize. Nos últimos 24 meses, assistimos aos setores supramencionados demitirem, juntos, mais de 750 mil trabalhadores, com uma queda assustadora de 40% no faturamento. A utilização da capacidade instalada desses setores despencou e está
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em torno de 50%, o pior nível dos últimos 40 anos. Logo, não é difícil compreender que toda a indústria de transformação está na U.T.I. É preciso, sim, em caráter emergencial, um programa ágil e inteligente, que permita, no curto prazo, fazer com que toda a indústria de transformação, e não só a do aço, volte a operar em torno de 85% da sua capacidade. Contudo, sendo a taxa de penetração de aços importados no Brasil baixíssima, da ordem de 10% (a título de ilustração, a taxa de penetração de importados no setor de máquinas é de 50%), parece-nos descabido propor a elevação da alíquota do imposto de importação para resolver, ou minimizar, os problemas enfrentados pelo setor siderúrgico. As dificuldades enfrentadas por este setor são consequências de outros fatores, como o excedente de produção mundial, a baixa demanda para o produto no mercado interno, reflexo da forte queda nos investimentos e no consumo das famílias e da falta de competitividade do país que também afeta, sem exceção, todos os demais setores da indústria. Estou convicto de que a elevação de alíquota, além de não resolver o problema da indústria siderúrgica, resultará em um efeito colateral extremamente danoso para os setores da indústria que se utilizam do aço, que terão os seus custos de produção aumentados, com
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A SEW-EURODRIVE investe de forma constante no desenvolvimento de soluções que otimizam a indústria de alimentos. É assim que ela se tornou a líder mundial em acionamentos. São 80 anos de Nova unidade SEW-EURODRIVE BRASIL Indaiatuba/SP
tecnologia e inovação, presentes nas 15 fábricas e nos 77 centros de tecnologia, distribuídos por 49 países, movimentando mais de 15 mil colaboradores em todo o mundo. Agora, a história da SEW-EURODRIVE BRASIL dá um salto tecnológico com a nova unidade em Indaiatuba/SP, uma das mais modernas do grupo. São 300 mil
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metros quadrados de terreno, espaço ideal para gerar maior capacidade tecnológica e produtiva, com uma planta que tem como filosofia a sustentabilidade e o máximo aproveitamento dos recursos empregados. Na nova unidade, estão em operação os mais avançados processos, máquinas e equipamentos para fabricação e montagem nacional de acionamentos industriais, que atendem o mercado mundial. Para isso, os departamentos de desenvolvimento de produtos e serviços trabalham em absoluta sintonia com as demandas reais dos mercados. Tudo isso para acompanhar sua empresa no seu principal movimento: o da EXPANSÃO.
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Artigo consequente impacto na inflação e perda adicional de competitividade da cadeia de transformação, justamente em um momento que o país necessita de medidas que possam sinalizar para uma retomada dos investimentos. É importante destacar que o custo do aço no mercado interno é muito superior ao praticado no mercado internacional. No atual estágio de deterioração da economia brasileira, medidas protecionistas não contribuirão para eliminar as assimetrias que tanto tiram a competitividade da indústria nacional de transformação. Toda a indústria brasileira de transformação está agonizando e necessita de medidas emergenciais que possam contribuir para eliminar as distorções impostas pelo Custo Brasil, juros altos e alta carga tributária, no sentido de restabelecer a competitividade da economia brasileira.
De nada adiantará elevar a alíquota do imposto de importação do aço se não for gerada a demanda nos setores que se utilizam do aço. Em várias reuniões com o governo expusemos sugestões de medidas que possam estimular o aumento da produção e vendas de toda a cadeia de transformação do aço. Com um mercado interno deprimido, esse aumento de vendas, no curto prazo, só pode vir de um aumento das exportações, para o que sugerimos, dentre outras medidas, a volta imediata do Reintegra (Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para Empresas Exportadoras). O remédio a ser utilizado para o setor siderúrgico não poderá significar o veneno que irá matar os demais setores da indústria. A já combalida indústria nacional de transformação não suportaria mais esse duro golpe!•
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Eventos
Abrava tem novo presidente O engenheiro Arnaldo Basile toma posse e está à frente da gestão de 2016 a 2019
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Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) elegeu como presidente para o próximo triênio o engenheiro Arnaldo Basile que, junto com a diretoria executiva, tomou posse no dia 23 de junho, em cerimônia em São Paulo (SP), na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A Abrava representa estes quatro setores que, juntos, faturam cerca de R$ 32 bilhões e empregam mais de 300 mil profissionais. Atualmente, a entidade conta com 420 associados. De acordo com Basile, a sua gestão tem como missão “agregar valor à Abrava de maneira que seja reconhecida dentro do cenário empresarial-econômicogovernamental como a ´legítima entidade de classe´ que representa as empresas do setor HVAC-R, oferecendo-lhes benefícios percebidos compatíveis com
suas necessidades e expectativas”. Em seu discurso de posse, ressaltou que, junto com os Departamentos Nacionais da Abrava, dará ênfase às atividades relacionadas à eficiência energética, qualidade do ar interior dos ambientes, gases refrigerantes alternativos, boas práticas de engenharia, processos de normatizações, procedimentos legais e jurídicos, apoio à exportação, treinamento e capacitação profissional. “Gerar valor não para si própria, mas para os seus associados”, é o principal mote defendido pelo novo presidente. “Neste período de revisões estratégicas e decisões complexas que demandam ações diretivas de maior risco e elevado grau de austeridade, as empresas identificam que, juntamente com outros associados podem desenvolver políticas sérias, objetivas e transparentes a almejarem resultados que não conseguiriam isoladamente”, ressalta Basile.
Novo presidente executivo Arnaldo Basile Júnior
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Eventos Perfil de Arnaldo Basile Formado em Engenharia Mecânica na Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), com especialização em ar-condicionado e refrigeração, pós–graduado em Marketing pela ESPM e com MBA em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas, Arnaldo Basile, 58 anos, atuou durante 12 anos como vice-presidente executivo e jurídico da Abrava e, antes de ser eleito para a gestão 2016-2019 da entidade, presidiu o XIV Congresso Internacional Brasileiro de Refrigeração e Aquecimento (Conbrava), realizado em setembro de 2015.
Sócio-fundador da Alfa Soluções Térmicas, empresa lançada em 2014, Basile tem um histórico em corporações como as alemãs Trox e Armacell, como diretor executivo e diretor comercial e de produtos, respectivamente, além da experiência no grupo britânico TI – Divisão Bundy de Refrigeração, na nipônica Hitachi e nas norte-americanas RheemSAIAR, Trane e Honewell. Entre suas atuações estão reestruturações comerciais e corporativas, desenvolvimento de políticas comerciais, expansão de linhas de produção, ampliação de redes de distribuição, culminando com expressivos incrementos em vendas.•
Diretoria executiva da gestão 2016-2019 Presidente executivo: Arnaldo Basile Júnior (Alfa) Vice-presidente executivo: Gilberto Carlos Machado (Pro-Air) Past presidente: Wadi Tadeu Neaime (Climpress) Presidente de Relações Internacionais: Samoel Vieira de Souza(CACR) Vice-presidência de Governamentais: Mauro Apor (LG Electronics) Vice-presidente de Desenvolvimento Profissional: Amaurício Gomes Lúcio (Tuma Ind.) Vice-presidente de Economia: Wagner Marinho Barbosa (Evapco) Vice-presidente de Eficiência Energética: Leonilton Carlos Thomaz Cleto (Yawatz) Vice-presidente Jurídico: Juliana de Araújo Pereira (Termodin) Vice-presidente de Marketing e Comunicação: Arnaldo Lopes Parra (Positron) Vice-presidente de Meio Ambiente: Paulo Neulaender Júnior (GSP Neulaender) Vice-presidente de Operações e Finanças: Duílio Terzi (Fundament-AR) Vice-presidente de Relações Associativas e Institucionais: Ricardo Gibrasil (Air System) Vice-presidente Social: Eduardo Brunacci (Armec) Vice-presidente de Tecnologia: Manoel L. Simões Gameiro (Samsung)
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Guia Anutec Brazil
GUIA DE EXPOSITORES ANUTEC BRAZIL 2016 GUIA DE EXPOSITORES DA ANUTEC BIZERBA DO BRASIL BRAZIL 2016 Estande H03 11 94190-2560 ABIPACK www.bizerba.com Estande D05 11 5072-7835 BREMIL www.abipack.com.br Estande A09 51 3716-9500 ALCO FOOD-MACHINES www.bremil.com.br Estande A06 49 5403 79330 BRUKER DO BRASIL www.alco-food.com Estande G18 11 2119-1750 ALPINA ORION www.bruker.com.br Estande H01 11 4397-9169 BRUSINOX www.alpinaorion.com.br Estande A13 47 3351-0567 AMERICAN FOOD EQUIP. COM. www.brusinox.com.br Estande A06 1 510 7830255 BUHMANN SYSTEME GMBH www.amfec.com Estande A12 49 8387 92010 ANDHER www.buhmann.com Estande A12 34 0926562473 BUSCH DO BRASIL www.andher.com Estande A07 11 4016-1400 BERTOLDI www.buschdobrasil.com.br Estande C03 47 3371-6152 CABINPLANT www.bertoldi.ind.br Estande C09 45 63 732020 BETTCHER DO BRASIL www.cabinplant.com Estande B08 11 4083-2510 COBRA CORRENTES www.bettcher.com.br Estande C04 54 3209-0815 www.cobra.ind.br
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CPM WOLVERINE PROCTOR Estande I05 1 215 4435200 www.wolverineproctor.com CSB-SYSTEM AG Estande C11 49 2451 6250 www.csb-system.com BEMIS LATIN AMERICA Estande A10 11 2928-2000 www.dixietoga.com.br DYBVAD STAAL INDUSTRI Estande I02 45 98 864299 www.dsi-as.com ELECTRA Estande A03 49 3442-2700 www.hobi.com.br ENWAVE CORPORATION Estande H02 1 778 3789616 www.enwave.net EQUINDO Estande C06 11 4557-2163 www.equindo.com FESSMANN Estande A12 49 7195 7010 www.fessmann.de
Guia Anutec Brazil FOODLOGISTIK Estande A12 49 395 779900 www.foodlogistik.de
GROTHAUS PENDELTÜREN Estande G05 49 5422 7049020 www.grothaus-pendeltueren.de
HARRER & KASSEN Estande H01 49 7084 92480 www.harrerkassen.com
FOODMATE BRASIL Estande ASA1A15 19 3308-7768 www.foodmate.nl
GULTON INCORPORATED Estande H16 1 800 3560399 www.gulton.com
HAVER & BOECKER Estande D05 19 3879-9100 www.haverbrasil.com.br
GEIGER Estande B01 41 3667-1192 www.geiger.ind.br
HAARSLEV INDUSTRIES Estande D06 41 3089-0555 www.haarslev.com
HIGEL KÄLTETECHNIK Estande G05 49 7854 9090 www.higel-kaeltetechnik.de
GEM ALLIED INDUSTRIES Estande F21 91 33 22177328 www.gemforgings.com
HANDTMANN DO BRASIL Estande A02 41 3668-4410 www.handtmann.com.br
HIGH TECH Estande B18 49 3361-5555 www.hightech.ind.br
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Guia Anutec Brazil
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HOLAC MASCHINENBAU Estande A06 49 7321 9645 0 www.holac.de
JR PISANI Estande I14 11 4335-4227 www.jrpisani.com.br
MAX MAC Estande D02 19 3478-4558 www.maxmac.com.br
HP EMBALAGENS Estande I08 11 4612-5088 www.hpembalagens.com.br
K+G WETTER Estande A06 49 6461 98400 www.kgwetter.de
MEYN DO BRASIL Estande A01 19 3112-0100 www.meyn.com
IBRASMAK Estande B15 11 48289700 www.ibrasmak.com.br
KLIPPA Estande C02 11 2337-5640 www.klippa.com.br
MIDDLEBY DO BRASIL Estande B12 11 3321-5869 www.middleby.com.br
ICB PACKING Estande G19 11 3501-5875 www.icbpacking.com.br
MASCHINENFABRIK LASKA Estande A12 43 7229 6060 www.laska.at
MILMEQ Estande D01 64 9 5265943 www.milmeq.com
INCOMAF Estande A05 11 3797-8550 www.incomaf.com.br
LINCO FOOD SYSTEMS Estande B03 41 3087-9900 www.lincofood.com
MBS - MONTEMIL Estande G02 49 3319-7200 www.montemil.com.br
INOTEC Estande A12 49 7121 585960 www.inotecgmbh.de
MAGURIT GEFRIERSCHNEIDER Estande A06 49 2191 966200 www.magurit.de
MORRIS TAVARES Estande H07 11 2366-4521 www.morrisdobrasil.com.br
ISHIDA DO BRASIL Estande A04 11 3526-5831 www.ishidabrasil.com.br
MAJA-MASCHINENFABRIK Estande C16 49 7854 1840 www.maja.de
MPS MEAT PROCESSING SYSTEMS Estande A12 31 544 390500 www.mps-group.nl
JARVIS DO BRASIL Estande B06 19 3283-9100 www.jarvis.com.br
MAREL STORK FOOD SYSTEMS Estande A14 41 3888-3400 www.marel.com/brazil
MULTIVAC DO BRASIL Estande B09 19 3795-0818 www.br.multiva.com
JO-BEX-MAN Estande A12 34 972 221715 www.jobexman.com/es/contacts/
MAUTING Estande A06 420 519 3527613 www.mauting.com
MURZAN Estande H12 1 770 4480583 www.murzan.com
NEW MAX Estande D02 19 3468-6362 www.newmaxindustrial.com.br
RGO MÁQUINAS Estande A16 54 3443-3293 www.rgomaquinas.com.br
NEWMAQ AUTOMAÇÃO Estande A11 45 3323-4420 www.newmaqautomacao.com.br
ROSS INDUSTRIES Estande A06 1 540 4393271 www.rossindinc.com
NI SOLUTIONS Estande A11 41 3018-0761 www.nisolutions.com.br
SAEPLAST AMERICAS Estande G01 1 506 6330101 www.stjohn.promens.com
NORD DRIVESYSTEMS BRASIL Estande B16 11 2402-8855 www.nord.com
SELOVAC Estande B19 11 5643-5599 www.selovac.com.br
POLY-CLIP SYSTEM Estande A12 11 2404-9633 www.polyclip.com.br
SEPAMATIC Estande A12 49 2204 98590 www.sepamatic.com
PRAEMBALAR EMBALAGENS Estande I17 54 3293-3318 www.praembalar.com.br
SEW-EURODRIVE BRASIL Estande H08 19 3835-8000 www.sew-eurodrive.com.br
PRIME EQUIPMENT GROUP-BRASIL Estande ASA2I01 49 3328-3322 www.primeequipmentgroup.com
STERITECH Estande A12 33 388 710433 www.steritech.fr/contact.html
PRIMEDGE DO BRASIL Estande F02 11- 4134-2230 www.primedge.com
SULMAQ Estande C16 54 3443-8822 www.sulmaq.com.br
REOCLEAN POSITIVE DRIVE BELTING Estande G06 49 4153 5999860 www.reoclean.de
SULMETAX Estande C18 49 3353-2831 www.sulmetax.ind.br
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Guia Anutec Brazil
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SUNNYVALE Estande A11 11 3048-0100 www.sunnyvale.com.br
VARIOVAC PS SYSTEMPACK Estande A06 49 38851 8230 www.variovac.eu
TECMAES Estande D04 14 3302-2222 www.tecmaes.com.br
VEMAG DO BRASIL Estande A06 48 3286-3009 www.vemag-brasil.com
TOLEDO DO BRASIL Estande H09 11 4356-9000 www.toledobrasil.com.br
WEBER Estande A12 49 6465 9180 www.weberweb.com
TOYO SOLUÇÕES INDUSTRIAIS Estande A11 51 3589-7700 www.toyosolucoes.com.br
WEINERT MASCHINENBAU Estande A12 49 6152 171840 www.weinert-mb.de
TURAN PLASTIK AMBALAJ Estande H15 90 212 778180008 www.turanambalaj.com
WENGER MANUFACTURING Estande H12 1 785 2842133 www.wenger.com
TVI Estande A12 49 8062 725800 www.tvi-gmbh.de
WORLD PAC INTERNATIONAL AG Estande A12 423 388 2030 www.worldpac.eu
ULMA PACKAGING Estande B04 11 3274-1415 www.ulmapackaging.com.br
ZIEGRA-EISMASCHINEN Estande A06 49 511 902440 www.ziegra.com
USINOX Estande B02 49 204-9110 www.usinox.com.br
* Dados fornecidos pelo organizador do evento e expositores.
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Produtos
Máquinas da Poly-clip System em exibição na Anutec Brazil
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Grampeadora dupla automática modelo ICA 8700 Equipamento desenvolvido especialmente para produtos de grandes calibres embutidos em tripas fibrosas, de colágeno ou plásticas de até 200 mm, ideal para embutidos longos para fatiamento, presuntos moldados e grandes mortadelas do tipo bologna. O equipamento é dotado de um patenteado sistema separador denominado IRIS, o qual foi projetado para o trabalho com produtos contendo pedaços de carne (presuntos, apresuntados e similares). Ele fecha as extremidades das tripas uniformemente com um melhor acabamento e sem danos à embalagem. Possui um painel Easy Touch de operação simples e intuitiva facilitando o trabalho dos operadores e esteira telescópica de saída dos produtos, possibilitando o controle opcional de comprimento de peças.
Grampeadora dupla automática modelo FCA 80 A grampeadora dupla automática FCA 80 é destinada principalmente aos clientes de pequeno e médio porte. Um equipamento excelente, de simples operação e manutenção, projeto econômico, porém muito versátil operando em uma grande faixa de calibres de 38 até 160 mm (120 mm para tripas fibrosas), rápida com até 125 ciclos/minuto e com design moderno e seguro. O equipamento possui o sistema de embutimento frouxo para produtos a serem moldados como presuntos e apresuntados. Pode ser equipada para a utilização dos novos grampos da série R-ID de perfil arredondado, os quais garantem um alto desempenho no fechamento das extremidades. Painel simplificado de fácil utilização, com menor grau de automação. Toda a eficiência, confiabilidade e excelência de
ICA 8700
FCA 80
Produtos uma máquina da conhecida série FCA, apresentando uma excelente relação de custo-benefício. Grampeadora dupla automática modelo PDC A 700 As PDC A 700 grampeadoras duplas automáticas são indicadas tanto para o uso em pequenas como médias produções. Elas fecham qualquer tripa plástica, fibrosa, de colágeno ou natural com um diâmetro de até 115 mm (plásticas, 105 mm para fibrosas). Usando a PDC A significa que todos os produtos – gomos individuais ou em pencas, embutidos longos ou no formato de ferraduras e argolas – podem ser eficientemente fabricados. É indicada também para produção de carne moída embalada em tripas plásticas. • Algumas das vantagens são: • Com acessórios opcionais os quais podem ser acoplados a qualquer tempo • Alta performance a preços acessíveis • Para todos os tipos de tripas e produtos • Higiene - - Completamente construída em aço inox e plástico - - Superfícies lisas tornando a limpeza mais fácil • Muito fácil de usar • Altura ajustável • Pressão do grampo ajustável
PDC A 700
• Flexível na utilização – como modelo de mesa ou sobre suporte com rodízios • Exige pouco espaço: o suporte rolante adapta-se a qualquer mesa já existente • Leve e robusta Emulsificador INOTEC Modelo I140CD-37D Emulsificador aberto com funil de alimentação da empresa alemã INOTEC para produção de emulsões diversas como salsichas, mortadelas, patés, emulsões de pele suína, etc. Já com várias máquinas comercializadas no Brasil, atestando seu excelente desempenho com baixo consumo de energia elétrica e alta produtividade. O equipamento é dotado do revolucionário sistema de corte quádruplo da INOTEC, com 4 discos perfurados e 4 suportes de facas, garantindo um refino eficiente com ótima estabilidade da emulsão. A capacidade de refino situa-se entre 1,5 a 3,0 tonelada/hora (dependendo do produto e configuração do jogo de corte). Sistema automático de regulagem da posição de corte, via motor de passo, garante a uniformidade no refino e qualidade constante do produto refinado. Operação simples, fácil e segura.•
FIG IV – I140CD-37D
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Capa
Desafios logísticos Desafios logísticos na do frio nacadeia cadeia do frio Por Gerson Brião da Silva
O
acesso a produtos e bens produzidos no mundo inteiro com custo e qualidade satisfatórios se deve, entre outros fatores, aos avanços da logística. Produtos altamente perecíveis, sensíveis à temperatura, alcançam mercados longínquos, obedecendo a rígidos padrões de qualidade e às legislações locais. Através de cada vez mais sofisticadas cadeias de suprimentos, o comércio global aproxima mercados de diferentes países, estabelecendo fluxos regulares de abastecimento para atender demandas locais e regionais. O fluxo físico para comercialização é uma preocupação logística fundamental e crítica que desafia a gestão da cadeia do frio. Trata-se de um conjunto de atividades que tem por objetivo atender ao pedido de um cliente, fazendo chegar até ele o produto solicitado com qualidade, viabilidade econômica e no tempo certo. Para garantir a competitividade no mercado de produtos de temperatura controlada, principalmente congelados e resfriados, o controle, monitoramento e eficiência das ações logísticas são fundamentais. A gestão eficaz da distribuição física, por exemplo, busca preservar o valor agregado do produto por meio das melhores práticas logísticas e de um eficiente controle de
temperatura. A temperatura é a variável dependente, de controle, que melhor representa o desempenho na cadeia do frio. A busca da estabilidade térmica dentro da cadeia do frio significa integridade das propriedades qualitativas do produto. Do ponto de vista logístico, um processo com baixa variabilidade representa desempenho de alto nível através da integração plena da cadeia de suprimentos, resultado de atividades operacionais coordenadas e sincronizadas. A necessidade de aprimorar a infraestrutura e a gestão para atender demandas crescentes na cadeia do frio tem sido identificada pelos atores participantes da cadeia de suprimentos de bens perecíveis. Por outro lado, a elevação do nível de conscientização do consumidor em relação à qualidade e segurança, contribui para definição de novos marcos regulatórios, tendências de padronização e melhoria das condições de qualidade de produtos e serviços relacionados a perecíveis de temperatura controlada. Para produtores e fabricantes, o desafio é ainda maior porque assumem a responsabilidade sobre o produto mesmo que não tenham participação direta sobre algumas etapas da cadeia do frio. Uma vez que tempo e temperatura são
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Capa fatores críticos de controle nesta cadeia, a otimização da gestão e dos recursos logísticos torna-se fundamental para reduzir perdas, aumentar eficiência e potencializar a competitividade. Desafios logísticos na cadeia do frio Estruturalmente a cadeia do frio, dentro de um conceito logístico possui dois grandes tópicos concentradores: gestão e infraestrutura. A visão dessa estrutura e de suas derivações pode ser visualizada na figura 1.
com garantia da variação térmica dentro de valores toleráveis, pois o comprador da mercadoria tem acesso ao histórico das temperaturas ao longo de todo o percurso. A tecnologia para controle e monitoramento cumpre o papel de aumentar a visibilidade e compartilhamento de informações do binômio tempotemperatura. Considerando que as perdas de produtos perecíveis são relevantes e que o produto absorve valor ao longo desta cadeia são justificáveis os crescentes investimentos em controle, tecnologias de
CADEIA DO FRIO Gestão da Cadeia do Frio Boas Práticas de Fabricação Normas, Procedimentos, Regulamentos Alinanças e Parcerias Desenvolvimento de Produtos Treinamento, Capacitação Integração de Processos e Sistemas
Infraestrutura da cadeia do frio Armazém Frigorificado Veículos Frigorificados Contêiner Frigorificado Desenvolvimento de Embalagens Sistema de Monitoramento Dispositivo de Medição de Temperatura Figura 1
São ainda importantes fatores para a eficiência e garantia da qualidade na cadeia do frio a adoção de tecnologia para o monitoramento e rastreamento de produtos perecíveis, tais como: - Tecnologia de monitoramento de vida útil, utilizando microtags ou TTI – Time Temperature Integrators; - Tecnologia de monitoramento de atmosfera, através de dispositivos como etiquetas dotadas de RFID (Radio-Frequency IDentification), compartilhamento de informações através de redes e acordos de parceria para rastreamento de produtos na cadeia do frio. Essas tecnologias permitem que um produto embarcado em contêiner na Colômbia possa ser recebido em Xangai
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monitoramento, gestão e infraestrutura. Integração, sincronização e visibilidade na cadeia do frio No processo de distribuição física, os fatores relacionados na tabela 1 – de natureza logística – influenciam a temperatura do produto, sua qualidade e, portanto, o desempenho logístico como um todo. A falta de integração entre membros de uma cadeia de suprimentos é um desafio constituído pelas restrições impostas principalmente pelas incertezas causadas pela falta de informação sobre as necessidades dos clientes. Essas incertezas geram grande variabilidade e instabilidade nos processos, resultando em aumento de estoques ou lead-time.
Capa
#
Fator
Detalhamento
1
Histórico Térmico
Apenas a temperatura medida em um ponto da cadeia do frio não reflete a inércia provocada pela trocas de calor nos ambientes em que o produto passou.
2
Embalagem
Embalagens eficientes reduzem os efeitos da degradação por manuseio e trocas de calor em ambientes impróprios
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Sistemas de refrigeração (estoque)
Sistemas eficientes de refrigeração promovem rápida estabilização do padrão térmico do produto. Deve aliar custo e confiabilidade.
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Método de manuseio
É um procedimetno de ligação de um elo a outro da cadeia, portanto crítico.
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Picking
A forma de se montar cargas e de embarcá-la pode reduzir a exposição do produto à atmosferas degradantes.
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Sistemas de identificção e endereçamento
Uma Carga recebida perde valor qualitativo aguardando liberações, etiquetagem e endereçamento.
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Roteirização
O planejamento de rotas de produtos perecíveis deve considerar uma sequência de paradas que minimize a perda do valor térmico.
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Perfil do pedido
O nível de fracionamento da carga afeta a qualidade das operações de picking e de roteirização e, finalmente, a variável temperatura no final da cadeia.
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Variação da demanda
Campanhas promocionais e sazonalidades causam aumento nos lotes escoados, incertezas e erros, portanto, afetam a temperatura do produto.
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Aparelhamento da frota
Aparelhos de refrigeração e isolamento deficientes causam quebra da cadeia do frio.
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Força de trabalho
A falta de capacitação e motivação são responsáveis por perda de sincronização, erros, retrabalhos, atrasos e perda do padrão térmico.
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Previsão de demnada e gestão de estoques
Regras de giro de estoque, FIFO, vida de prateleira e lotes de reposição de estoques são determinantes na eficiencia da distribuição física.
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Sistema de Informação
A tomada de decisões a n´vel operacional e tático depende de informaçãoes básicas, exatas e disponíveis a todo instante.
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Sistema ou estrutura de Armazenagem
As condições de armazenagem , layout, estruturas porta paletes e sistemas de movimentação são fundamentais para a manutenção da cadeia do frio.
Tabela 1: Fatores logísticos associados à eficiência da cadeia do frio
Impactos operacionais na cadeia do frio Considerando as fases recepção, movimentação, armazenagem, separação, expedição e transporte em uma cadeia de produtos perecíveis, o gestor de logística depara-se com uma matriz de fatores operacionais (associados à tabela anterior) que causam e impactam fortemente a estabilidade térmica do produto. Essas causas são agentes geradores de gargalos logísticos no processo de escoamento físico. Considerando apenas a fase de recepção, é possível reportar abaixo os seguintes problemas: • Indisponibilidade de espaço para armazenagem – o sistema de endereçamento não é capaz de alocar o lote recebido. Essa causa está associada à gestão de estoques; • Conflitos de conferência: códigos
incompatíveis ou inexistentes, embalagem fora do padrão, quantidades, etiqueta de código de barras inutilizadas, etc.; • Encaminhamento/embalagem: necessidade de troca de embalagem ou de desmontagem/montagem de paletes, problemas de não-conformidade identificada pelo setor de qualidade; avarias no transporte, sinais de degelo e embalagem encharcada; • Indisponibilidade de mão de obra – apesar da liberação do produto para a próxima etapa, a falta ou ineficiência de mão de obra para realizar o procedimento causa atraso significativo; • Indisponibilidade de recursos – o dimensionamento de empilhadeiras e paleteiras causa impacto direto sobre a eficiência da operação e, por conseguinte, sobre a manutenção do frio;
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Capa • Também foram observadas algumas causas relacionadas a fatores mais pontuais, como picos de atendimento sem um plano Características
logística tradicional e na logística da cadeia do frio de alimentos, conforme a tabela 2. Tais princípios devem ser utilizados pelo
Logística
Cadeia do Frio de Alimentos
Fatores críticos de controle
Tempo x Espaço (distância)
Tempo x Temperatura
Orientação da gestão
Processo
Produto
Foco dos indicadores
Produtividade
Qualidade
Avaliação de desempenho
Custo e nível de serviço
Custo e integridade do alimento
Impacto da variabilidade
Estoque e Lead-time
Qualidade do produto
Tabela 2: Características da Logística tradicional e a logística da cadeia do frio de alimentos
de contingência, atraso ou falta de sincronia entre dois turnos consecutivos, problemas de falta de sincronia entre a saída de um veículo e entrada do próximo na doca etc. É importante citar que a indisponibilidade de espaço para armazenagem esta relacionada às incertezas em relação à previsão de demanda. Incertezas acarretam aumento de estoque (margem de segurança) próximo ao mercado de consumo, afetando a operação de distribuição física. Conflitos na conferência e geração de etiquetas podem estar relacionados ao projeto do sistema de controle orientado para a austeridade e baixa velocidade. A indisponibilidade de mão de obra e equipamentos está relacionada ao comando tático e operacional das ações, baseada apenas na busca de produtividade, sem considerar fatores qualitativos, eficiência e eficácia na cadeia do frio. O papel chave do gerente de logística A partir do princípio de que o gestor de logística se depara com fatores operacionais importantes de controle da cadeia do frio e que esses fatores estão fortemente associados com a eficiência da gestão e da infraestrutura, é importante apresentar a diferença entre o foco da gestão na
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gerente de logística para construir e calibrar o sistema de controle e monitoramento da cadeia do frio em operações que exigem velocidade e sincronização e, ao mesmo tempo, possuem diversas fases e interfaces críticas, onde atuam os fatores logísticos causadores de quebra da cadeia do frio. O gerente de logística moderno, responsável pela gestão da cadeia do frio e pelo controle eficiente dos recursos tecnológicos deve ser capaz de reduzir a variabilidade da temperatura e realizar a aceleração do fluxo, evitando as perdas (em termos de tempo) nas interfaces de cada etapa do processo, buscando parcerias duradouras e confiáveis com fornecedores e consolidando as melhores práticas com foco na segurança alimentar.• * Gerson Brião da Silva é engenheiro de Produção, MBA em Gestão da Qualidade e Produtividade, e Mestrado em Tecnologia (ênfase na Logística da Cadeia do Frio). Atua há 18 anos como gerente de logística em diversas empresas, sendo especialista em distribuição de produtos perecíveis pela RICA Alimentos. Membro do CCM e palestrante convidado para o IV International Workshop of Cold Chain, em Bonn, Alemanha.
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Especial
Proteção natural para embutidos cárneos Por Joerg Duepjan (gerente de produto e especialista em aplicação de culturas em Carnes – Lallem Canada); Juliane Schneider (gerente de Desenvolvimento de Produtos para Produtos Cárneos -Globalfood); e Jaime Dietrich (diretor de Negócios – Globalfood)
N
este primeiro artigo, colocamos como foco o uso de culturas para a produção de produtos de maior valor agregado como salames, embutidos e carnes maturadas, bem como, o uso de conservantes naturais para o controle de bolores e leveduras. Conservação de embutidos, aspectos históricos A fabricação de embutidos teve origem como um meio de conservar carnes para o transporte e armazenamento. Isso era feito por meio do cozimento e cura (fermentação e secagem), que contribuíam para uma vida útil mais longa, possibilitando o armazenamento por períodos maiores. Há relatos da presença de embutidos na China, Roma e Grécia desde o período de 600500 a.C. Além disso, essas comunidades ancestrais aprenderam também que era possível adicionar nozes, frutas silvestres e especiarias à carne picada para intensificar seu sabor e, posteriormente, curá-las ou cozinhá-las para conservação. Na Idade Média, a fabricação de embutidos começou a se espalhar pelo mundo e começaram a surgir diferentes tipos de embutidos em vários locais. Os profissionais que trabalhavam com carnes começaram a usar ingredientes locais, alguns dos quais conferiam a seus produtos nomes característicos — como 1
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Frankfurt ou Bologna. Os dois principais tipos de embutidos, contudo, são o curado e o fresco. O processo de cura envolve a adição à carne de sais de cura, que atuam como inibidores de bactérias e ajudam a conservar o produto final por mais tempo. Os embutidos são essencialmente secos e defumados para maior prevenção de contaminação, embora também seja comum o uso de bolores na superfície. A globalização possibilitou que diversos alimentos e receitas fossem difundidos no mundo todo e passassem a fazer parte da culinária local. A América Latina é uma das regiões onde os embutidos foram adotados e se tornaram um alimento básico. O mercado de embutidos curados no Brasil apresenta crescimento constante desde 2014 e calcula-se que atingirá 36,9 milhões de quilos do volume total do mercado até 20181 . Em função da forte influência da colonização de europeus na formação dos hábitos alimentares no Brasil, muitos produtos embutidos e curados tornaram-se populares, dos quais podemos destacar o salame, a copa e a mortadela italianos tradicionais, salsichão alemão, chorizo espanhol e linguiça portuguesa. Os consumidores no Brasil buscam essencialmente alimentos que caibam em seu orçamento, tenham vida útil mais longa e não contenham conservantes químicos.
Datamonitor, 2013. Exportado do banco de dados Market Data Analytics (Análise de dados do mercado)
Especial Contaminação microbioma na superfície dos embutidos Os embutidos adequadamente fabricados, manuseados e armazenados, tanto cozidos quanto curados, devem ter longa vida útil. Contudo, pode ocorrer contaminação em qualquer ponto do ciclo de vida do produto: na planta de processamento, durante o transporte, no ponto de venda ou em casa. Essa contaminação pode ser decorrente de contaminações acidentais (em procedimentos no manuseio dos alimentos) ou causadas pela carne crua, oriundas de etapas que antecedem a etapa de processamento. Os contaminantes mais comuns, como fungos (Aspergillus) e leveduras (Candida), podem ser encontrados praticamente em toda parte e são facilmente transportados pelo ar. Qualquer alimento deixado exposto ou armazenado incorretamente pode ser afetado por eles. A carne cozida e fermentada seca também está sujeita à contaminação por espécies de listeria e salmonela que conseguem sobreviver aos processos de maturação e aquecimento. Todos esses fatores aumentam o risco de deterioração e desperdício e, em alguns casos, causam até mesmo intoxicação alimentar. O clima na América Latina exige que os processadores de alimentos assegurem condições ideais de armazenamento para alimentos sujeitos a contaminação em temperaturas elevadas. Contudo, nem sempre é possível mantê-las, especialmente durante o transporte. Distâncias longas e infraestruturas regionais complexas geralmente podem causar a deterioração mais rápida dos embutidos. Por este motivo, os processadores de alimentos precisam adicionar os ingredientes preventivos necessários, que permitem que os embutidos mantenham uma vida útil mais longa e não deteriorem antes da chegada ao ponto de venda. Esses processos adicionais não compensam
a falta de Boas Práticas de Fabricação na indústria, nem a negligencia com a qualidade da matéria-prima, mas melhoram em muito a segurança alimentar do processo, garantido menores riscos ao consumidor final, mesmo em um país como o Brasil, com uma extensão continental, um clima tropical e um sistema logístico complexo. Conservação de embutidos contra bactérias indesejáveis com ingredientes naturais Para preservar a vida útil de embutidos curados secos e cozidos, limitando os efeitos deteriorantes de leveduras, bolores e bactérias indesejáveis durante a fermentação ou o armazenamento, os produtores de alimentos devem controlar o crescimento desses micro-organismos. Isso deve ser feito com soluções legalmente aprovadas e que, de preferência, sejam naturais — para aumentar a aceitação dos consumidores e melhorar a qualidade do produto. Exemplos de soluções são as culturas de maturação de carnes e a natamicina — um conservante de alimentos natural. Culturas de maturação de carnes As culturas de maturação desempenham um importante papel na fabricação de embutidos fermentados secos, como o salame e também crus frescos, como o chorizo e a linguiça. São usadas para acidificação e textura, coloração, condimentação e conservação dos produtos finais. A aplicação de uma cultura iniciadora também reduzirá significativamente o tempo de fermentação. Mas, mais importante que isso, as culturas são o principal obstáculo à deterioração de produtos cárneos fermentados. Elas acentuam a cor vermelha natural da carne, melhoram o sabor e previnem a deterioração dos alimentos. As culturas de maturação de carnes com-
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Especial preendem diversos tipos e subespécies de Lactobacilli, Pediococci, Lactococci e Staphylococci. Algumas linhagens também produzem bacteriocinas que inibem bactérias contaminantes, como Listeria, Salmonella e Staphylococcus aureus. Como isso funciona? As bactérias láticas (Lactobacillus, Lactococcus e Pediococcus) acidificam a mistura de carnes na primeira etapa da fermentação de embutidos. O açúcar contido na mistura é hidrolisado para produzir ácido lático e auxiliar na formação de gel, a fim de obter a textura típica de salame. Esse processo facilita a coagulação da carne e a perda de água durante a secagem, reduzindo o pH e, com isso, aumentando a firmeza. Suas qualidades conservantes inibem o desenvolvimento da microflora indesejável, evitando que estas bactérias deteriorantes se propaguem e deteriorem a carne. As atividades lipolíticas e proteolíticas das bactérias láticas são responsáveis pela formação de sabor e aromas, que ajudam a determinar o sabor característico de diversos embutidos. O uso de linhagens selecionadas de espécies de Staphylococci na mistura de carnes dos embutidos desenvolve e estabiliza a cor vermelha pela formação de nitrosomioglobina (devido à redução e oxidação de nitratos a nitritos e de nitritos a óxido de nitrogênio), além de produzir o perfil de sabor típico.
Em alguns casos, a coloração natural do alimento agregada por essas linhagens é tão intensa e evidente que dispensa o uso de corantes artificiais. As linhagens de Staphylococci são essencialmente catalase positivas, o que significa que ajudam a decompor as formas tóxicas do oxigênio (H2O2) e neutralizam os efeitos bacterianos do peróxido de hidrogênio — efeitos esses que reduzem o risco de deterioração da gordura utilizada. Testes com culturas de maturação de carnes, como Lactobacillus sakei, demonstraram seu alto nível de proteção contra bactérias comuns encontradas em alimentos. A atividade inibidora é mostrada em placas experimentais que foram contaminadas com Listeria monocytogenes, Staphylococcus aureus, Salmonella typhimurium e Salmonella enteritidis. Os halos ao redor da inoculação
Gráfico 1. Inibição por Lactobacillus sakei
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Especial com Lactobacillus sakei da Lallemand mostram a intensidade da atividade de inibição. A Globalfood tem atuado nestes últimos 30 anos como fornecedora de tecnologia para a indústria processadora de produtos cárneos. A DSM, empresa multinacional holandesa, líder mundial na produção de ingredientes para a indústria de alimentos, como vitaminas, enzimas, culturas e agentes naturais de conservação, tem a Globalfood como parceira há mais de 25 anos no atendimento do mercado brasileiro. Recentemente, a DSM vendeu sua planta de produção de culturas para processamento de carnes, sediado na França, para a empresa Lallemand, com matriz sediada no Canadá. Assim a Globalfood, junto à DSM e Lallemand, traz ao mercado brasileiro as melhores soluções em tecnologia para processamento de produtos cárneos, agregando agora em seu portfólio as culturas para a produção de produtos embutidos e curados. As culturas de maturação aumentam a vida útil dos embutidos graças às suas propriedades inibidoras de bactérias indesejáveis. Manter a qualidade do produto é crucial quando a carne é armazenada ou transportada em condições de temperatura ambiente por períodos mais longos. Isso pode aumentar significativamente a vida útil dos embutidos, além de reduzir perdas de produção — o que pode aumentar a eficiência de custos e otimizar o desempenho. A Lallemand oferece uma linha completa de culturas de maturação de carnes, dependendo da aplicação e dos requisitos do cliente. Com mais de 60 anos de experiência na produção de culturas para carnes, a Lallemand selecionou cuidadosamente suas linhagens e pode recomendar aos produtores de alimentos os melhores ingredientes para seus produtos. Os produtos para maturação de carnes da
Lallemand aceleram suas propriedades de conservação. Com baixa contagem de células por quilo de carne, são uma opção eficaz para a manutenção ou melhoria do sabor. Essas linhagens específicas (Staphylococci xylosus) podem ser adequadas para reduzir ou evitar o uso de corantes — além de, simultaneamente, intensificar o sabor típico da fermentação. O ácido produzido por espécies láticas especiais realçam os sabores do tempero, o sabor natural da carne, ao mesmo tempo em que mantém o pH abaixo de 5,0, conferindo ao produto um sabor suave e característico, mantendo a textura firme. A formação de um gel firme e padronizado, em função do baixo pH, pode ajudar a evitar ou reduzir as perdas de produto durante o fatiamento automático. Como resultado, proporciona a obtenção de produtos com qualidade padronizada, com eficiência de custos, em função de uma melhoria do rendimento e redução do desperdício. Natamicina: uma solução natural para controle de leveduras e bolores Além de selecionar a cultura de maturação correta para prevenir a contaminação bacteriana, é possível utilizar a natamicina para prevenir o crescimento de leveduras e bolores nos embutidos, que se desenvolvem na superfície, principalmente durante o processo de maturação dos produtos. A natamicina tem sido usada com segurança no mundo todo há quase 50 anos para proteger uma ampla variedade de alimentos e bebidas contra a deterioração. Isso inclui produtos lácteos, carnes curadas, produtos de panificação e sucos de frutas. A natamicina é um antimofo natural, produzido por Streptomyces natalensis, altamente seletivo, pois age única e exclusivamente sobre bolores e leveduras, não agindo sobre as bactérias, desta forma, não interfere no pro-
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Especial cesso fermentativo da produção de embutidos curados. No processo de produção de embutidos curados secos, a natamicina é aplicada nas tripas para embutidos por imersão ou por borrifamento. Isso pode ser feito com a carne já embutida, antes da fermentação ou da maturação. A dificuldade que ocorre nesta etapa é devida à solubilidade limitada Improved solubility Maior solubilidade da natamicina em água pura. A Dissolved natamycin (PPM) Natamicina dissolvida (PPM) dissolução da natamicina cristaliTime Tempo na (pó) em banhos de imersão é Standard natamycin suspension Suspensão de natamicina padrão muito difícil e pode atingir níveis Gráfico 1: Comparação da solubilidade de Delvo®Cid+ e do pó de natamicina máximos de 40 ppm em função da padrão (Delvo®Cid Instant) em água (PPM =Partes por milhão, equivalente a mg/kg) lenta e baixa solubilidade. Assim, Delvo®Cid+ é uma solução que possui a maior parte da natamicina adicionada cristais micronizados, cristais 100 vezes menão se dissolve e precipita no fundo do nores que a Natamicina na forma de pó, o banho de imersão. A natamicina é eficaz resultado é uma suspensão líquida estável, contra leveduras e bolores apenas quando que possibilita obter menores taxas de seestá totalmente dissolvida. Caso contrário, dimentação durante o processo. Os cristais causa proteção limitada ou custos adicionais de natamicina permanecem ativos quando pelo aumento da dosagem. Nas soluções necessário, proporcionando maior proteção para borrifamento, resíduos de natamicina contra leveduras e bolores. Os cristais de podem depositar-se no equipamento de Delvo®Cid+ fornecem uma cobertura mais borrifamento ou na superfície dos embuti- ampla da área de superfície e proporciodos, deixando-os expostos à contaminação. nam maior proteção contra bactérias, como mostrado no Gráfico 2. Delvo®Cid+: uma solução de natamicina líquida A DSM desenvolveu uma formulação líquida especial de natamicina, Delvo®cid+, que melhora e acelera a solubilidade para aplicações por Os cristais se dissolvem para A natamicina se dissolve para proteger a superfície da carne banho de imersão/impregnação e proteger a superfície da carne por borrifamento. O Gráfico 1 mos2: Diferença entre a cobertura da superfície com tra uma comparação da velocidade Gráfico natamicina padrão e com Delvo®Cid de dissolução do pó de natamicina cristalina padrão (Delvo®Cid Instant) O Tratamento com natamicina, regulamenversus a solução líquida Delvo®Cid+ em tada pela Resolução - RDC nº 28, de 23 de água pura. O gráfico mostra claramente fevereiro de 2001 da ANVISA, permite o uso que Delvo®Cid+ dissolve-se mais rápido em superfície de produtos cárneos embutique a suspensão de natamicina padrão. dos em uma dosagem de 1 mg/dm2, até 5
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mm de profundidade. O uso da natamicina é uma excelente ferramenta para o controle de mofos e leveduras na superfície de produtos curados durante o processo de maturação, mas a sua utilização não substitui os controles recomendados pelas Boas Praticas de Fabricação. O mecanismo de atuação da natamicina ocorre pela reação da mesma com o ergosterol, proteína existente somente na parede celular de mofos e leveduras. Assim, para que ocorra a eliminação de uma célula de bolor ou levedura, 1 molécula de natamicina é consumida. Desta forma a natamicina apresenta eficácia em ambientes cujo nível de contaminação está dentro dos limites aceitáveis para a indústria de alimentos. Quando o nível de contaminação das câmeras de maturação é extremamente elevado, outras medidas deverão ser tomadas em conjunto.
Foto 1 – Salame Italiano, após 20 dias de maturação, superfície tratada com Delvo®Cid+
Foto 2 – Salame Italiano. Após 20 dias de maturação, superfície sem tratamento com Delvo®Cid+
Conclusão A contaminação dos alimentos e vida útil curta são desafios constantes para os produtores de embutidos. É possível enfrentar esses desafios por meio da adição à carne de inibidores eficazes de bactérias e bolores, como culturas de maturação específicas e natamicina. Esses produtos naturais oferecem vários benefícios aos processadores de alimentos. Reduz o risco de contaminação, o que ajuda a conservar o produto desde a produção até o ponto de comercialização. As culturas para carnes também acentuam as propriedades sensoriais, como o sabor, a textura e a cor, contribuindo para a melhoria da qualidade do produto final. Por deixar a carne mais firme, as culturas de maturação também reduzem perdas de produção durante o fatiamento, melhorando o rendimento. As culturas de maturação de carnes da Lallemand e a natamicina são métodos eficazes para melhorar a qualidade do produto e diferenciar-se da concorrência, apresentando um produto com melhor estabilidade e prolongada vida útil. Isso permite que os fabricantes de embutidos preservem sua eficiência de custos e otimizem a produção de modo mais eficaz.•
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Empresas
Fatiadores de frios Bizerba: máxima potência, menos consumo
U
ma norma DIN recentemente desenvolvida para a captura de medidas padronizadas revelou que os fatiadores de frios Bizerba consomem significativamente menos energia do que similares. Pela primeira vez, a norma DIN, aprovada no início de 2016, permitiu a medição do consumo de energia dos equipamentos de restauração, incluindo fatiadores de frios, serras ósseas e máquinas de picar carne. Isso mostra exatamente a quantidade de custos de eletricidade que o varejo pode economizar usando fatiadores de frios com controle de motor inteligente. Devido o aumento constante das tarifas de energia elétrica durante a análise de longo prazo nos últimos anos, os especialistas acreditam que este aumento continuará no futuro. Em particular, supermercados, padarias, restaurantes e empresas de gastronomia muitas vezes ignoram a conta de energia com alto valor resultante do consumo de energia de pequenos dispositivos. Publicado em fevereiro de 2016, a norma DIN 18873-16 permite às empresas obter conhecimento sobre o consumo de energia dos seus equipamentos e comparar dispositivos diferentes no processo. Segundo a Bizerba, com base nessa norma, a empresa demonstra que os seus fatiadores de frios equipados com controle de motor inteligente podem consumir até menos de 60% de energia do que os equipamentos sem esta tecnologia. A fim de determinar o consumo de energia exato, as máquinas funcionam em duas séries de testes, com ou sem o produto para fatiar. No caso do uso com algum produto, a máquina é carregada com 6 kg deste e submetida a uma carga eletrônica. Esse método resulta em um procedimento de medição padronizada sem as variações que ocorrem quando o alimento é cortado em condições reais. O consumo médio de energia é então calculado com base na relação dos resultados das medições. Economias obtidas pelo controle de motor inteligente A Bizerba desenvolveu a tecnologia Emotion para economizar energia enquanto o equipamento estiver em operação ou em repouso. A função é baseada na suposição de que diferentes peças de embutidos e frios exercem diferentes níveis de resistência ao serem fatiados. A máquina responde à resistência do produto a fatiar com o fornecimento de menos energia para o motor da lâmina sem alterar a velocidade. O motor só irá operar com o máximo torque e potência quando fatiar produtos de maior resistência. Como o fatiador apenas consome a eletricidade realmente necessária para o corte, o equipamento trabalha em menor temperatura. O que também tem um impacto direto nas propriedades de higiene da máquina. Com menor calor irradiado para o ambiente, qualquer alimento na área da deposição aquece menos e, assim, permanece fresco durante mais tempo.•
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Especial
O futuro do fluido refrigerante HCFC R22 x setor usuário de refrigeração e ar condicionado Por Paulo Neulaender, consultor técnico/ambiental da Dufrio e vice-presidente de Meio Ambiente da Abrava
A
tualmente na nossa nova realidade é preciso iniciar um longo processo de eliminação do fluido refrigerante HCFC R22 e um controle maior dos HFCs. O trabalho será amplo, pois o Brasil é um grande usuário dessas substâncias. Neste momento, o que vemos com relação ao R22 é que dos 100% do consumo atual no
as famosas misturas que poderiam atender uma necessidade na falta deste fluido. É lógico sempre antes de tomarmos uma direção de substituição para estes fluidos alternativos, verificarmos a questão de fornecimento (estoque local), aplicação técnica e custo x benefício do produto. Mas cuidado, tem entrado no Brasil muitas
Tabela com prazos de importação do HCFC R22 2015 2020 2025 6,7% 35% 67,5% setor, 80% está no setor de serviço. Assim, você leitor deve ficar atento à reposição deste fluido e nas novas tecnologias que existem no mercado para a substituição do mesmo. Por outro lado, o que podemos deixar de mensagem ao leitor é que, nos próximos três anos, ainda teremos o R22 para ser utilizado, porém, com aumento de custo do produto e provavelmente início da falta do mesmo no mercado, o importante neste momento é manter um contato muito próximo com o seu fornecedor (importador do produto ou comércio) para que desta forma você acompanhe de perto como o mercado deverá se preparar para as mudanças. Vale ressaltar também que hoje já temos
2030 97,5%
2040 100%
substâncias inflamáveis como solução para substituição do R22. Na dúvida, consulte sempre o fabricante do equipamento. Vários fabricantes de renome utilizam em seus sistemas de refrigeração e ar condicionado projetos concebidos para trabalharem com fluidos refrigerantes classe A1 (não inflamável), desta forma, projetos de equipamentos e instalações para fluido classe A1 devem operar exclusivamente com fluídos classe A1, e nunca se deve aplicar nestes sistemas fluidos as classes A2 (inflamável) ou A3 (muito inflamável).• Fiquem atentos! * Mais informações no site: www.ambientegelado.com.br
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Eventos
Food Ingredients South America 2016: único encontro latino-americano focado na indústria de ingredientes alimentícios O evento, que está na 20ª edição, reúne produtos, ingredientes inovadores e as mais novas tecnologias da indústria alimentícia nos dias 23 a 25 de agosto
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20ª edição da Food ingredients South America (FiSA), o único ponto de encontro da indústria de ingredientes alimentícios da América Latina, acontecerá entre 23 e 25 de agosto, no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP). O momento não poderia ser mais propício, já que é cada vez maior a preocupação do consumidor com a qualidade de sua alimentação, de acordo com a consultoria Euromonitor. Em 2015, a previsão é que as vendas globais de produtos voltados à saúde e ao bem-estar cheguem a US$ 726 bilhões, um aumento de 7% com relação a 2014. Os mercados emergentes, especialmente China e Vietnã, são os que mais crescem. O Brasil é o quinto maior mercado do mundo, atrás de Estados Unidos, China, Japão e Reino Unido. Alinhadas aos temas que movimentam essa indústria, as atrações falam de assuntos que preocupam os investidores, como a redução de custos, de sal, de açúcar e de gordura, além do controle de peso. Nas palestras do Seminar Sessions, o visitante poderá conferir sessões de 30 minutos que apresentam os lançamentos e novas tecnologias do setor e serão ministradas por líderes de mercado. O Innovation Tour
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consiste em visitas guiadas, com passagem pelo espaço New Product Zone, no qual será possível ver os destaques em inovação. O evento terá ainda uma Grade de Conferências, que inclui os temas mais importantes para essa indústria, como tendências de consumo, segurança alimentar, inovação, lançamentos e diretrizes governamentais. Em 2016, o Fi Innovation Awards, o prêmio da indústria alimentícia, volta de cara nova. O objetivo é incentivar investimentos em inovação e pesquisa e desenvolvimento nas categorias de Ingrediente Alimentício mais inovador, Ingrediente Funcional mais inovador, Produto Final mais inovador e Produto Final Funcional mais inovador. Em paralelo, haverá o a celebração dos 20 anos de FiSA, que será uma oportunidade de estreitar relacionamento com expositores
Eventos e convidados. Os visitantes ainda se beneficiam do acesso ao Ingredients Network (ingredientsnetwork.com), gratuito 365 dias por ano. Pela plataforma online é possível encontrar uma base mundial de fornecedores de ingredientes alimentícios. Saiba mais pelo vídeo explicativo: https://youtu.be/Twk6xeKNTEk. Em paralelo à FiSA, acontece também a innovapack, única feira da América Latina com foco nas tendências e inovações em design para embalagens de bens de consumo. A indústria de alimentos e bebidas se encontrará com fabricantes, fornecedores e distribuidores dessas soluções e saberá como atrair o consumidor ao adotar materiais adequados e atribuir conceitos como branding e sustentabilidade à embalagem final. As principais atrações do encontro são a Grade de Conferências, que abordará tecnologias e perspectivas do segmento, e o espaço Packaging Innovations Gallery, área destinada às principais embalagens inovadoras desse mercado do Brasil e do mundo. Em duas décadas de atuação, a FiSA tem
sido estratégica na América Latina, por aproximar fabricantes de ingredientes, distribuidores e desenvolvedores de produtos finais de toda a cadeia de suprimentos do setor. “Participar da FiSA é estar no único evento de negócios e atualização para profissionais da indústria alimentícia da América Latina”, avalia Fernando Alonso, gerente do evento. A previsão de público para esta edição é de mais de 10.500 visitantes. Desse total, a forte participação internacional é um dos principais destaques. Em 2015, representantes de 42 países estiveram presentes (56% da América Latina) e em contato com 700 marcas expositoras.• 20ª Food ingredients South America De 23 a 25 de agosto de 2016, das 13h às 20h Local: Transamerica Expo Center Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro – São Paulo (SP) Site: fi-events.com.br O credenciamento, online e gratuito, já está disponível. No local, a partir do primeiro dia de feira, o acesso terá custo de R$ 50.
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Empresas
Isape: soluções em movimento
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Isape nasceu, em 2001, de uma necessidade que o mercado precisava: por mais de 40 anos as bombas centrífugas comercializadas pelo segmento utilizavam selos de vedação com componentes soltos. Pelo fato de o selo ser todo produzido em partes soltas, muitas vezes estas partes caiam e se perdiam, gerando transtornos para o mecânico. O desgaste também era uma reclamação, já que existem clientes que chegavam a ter trocas de selos em períodos de 15 dias, sendo que os mesmos tem que ter uma durabilidade mínima de seis meses. Obser vando as falhas dos produtos apresentados por outras empresas que dominam o mercado, o fundador da Isape, Elias dos Santos Pedro, pensou em desenvolver um novo selo que atendesse as demandas que estes produtos não estavam conseguindo resolver. Em 2006, iniciando um novo desafio em
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sua carreira, Pedro foi trabalhar em uma empresa fabricante de bombas para NH³ (como encarregado de produção e assistência técnica ao cliente). Neste período, o fundador produziu este novo selo: desenvolvido com o formato de um único componente. Este novo selo foi introduzido no mercado, testado e aprovado por diversos clientes. Segundo o fundador da Isape: “os clientes estão muito contentes com o resultado alcançado do produto na questão da durabilidade e praticidade no momento de se realizar a manutenção de seu equipamento”. Novo selo para revolucionar o mercado “Os nossos selos são produzidos com equipamento de ultima geração e com a mais alta qualidade que o mercado possa exigir. E estamos em busca de atingir nosso selo de qualidade”, concluiu Pedro.•
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Caderno de Sustentabilidade
Embalagem: o componente final Quando números crescentes de consumidores que se preocupam com a saúde eliminam produtos químicos da dieta, a embalagem entra em jogo Por Jorge Izquierdo, vice-presidente de Desenvolvimento de Mercado da PMMI
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limentos orgânicos estão ganhando espaço rapidamente enquanto os consumidores estão comprando produtos minimamente processados e sem pesticidas com rótulos “limpos e claros”, sem ingredientes artificiais e aditivos. Ao mesmo tempo em que esses consumidores, conscientes com a importância da saúde, prestam mais atenção às substâncias que entram no corpo e que vão para o meio ambiente, eles também esperam que as embalagens dos alimentos orgânicos sejam totalmente ecológicas para garantir que não estejam consumindo ingredientes “imprevistos”. Preocupados com a possibilidade de transferência de produtos químicos entre a embalagem e os alimentos, e embasados por uma variedade de fontes de informação – algumas de credibilidade, outras não –, alguns consumidores estão até mesmo defendendo controles mais rígidos de determinadas substâncias encontradas em materiais de embalagem. Em meio a esse ambiente é importante que os fabricantes de produtos orgânicos ou de rótulo limpo vejam além dos ingredientes incluídos e selecionem uma embalagem
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que os ajudem a cumprir as promessas de pureza da marca. Os fornecedores estão buscando fornecer materiais e recipientes que atendam a essas expectativas do consumidor, e muitos deles estarão em exposição na Pack Expo International 2016, no McCormick Place, em Chicago (Estados Unidos), de 6 a 9 de novembro de 2016. Afinal, o aumento das opções de alimentos orgânicos não parece que sofrerá desaceleração no curto prazo. Estocando as prateleiras com itens orgânicos As vendas de alimentos orgânicos estão aumentando a uma taxa duas vezes maior que a de itens convencionais, e poderão apresentar um crescimento na casa das dezenas nos próximos anos. A Transparency Market Research avalia o mercado global de alimentos orgânicos em USD 105 bilhões em 2015, um aumento de USD 57 bilhões em comparação a 2010. No México, as vendas de alimentos orgânicos embalados aumentaram 11%, atingindo MXD$ 3,9 bilhões, com previsões de 10% de crescimento anual até 2019, de acordo com o relatório Euromonitor International
Caderno de Sustentabilidade de 2015. No Brasil, o valor das vendas de alimentos orgânicos embalados aumentou 22% no mesmo período, atingindo R$ 105 milhões. O estudo atribuiu esse aumento pelo menos em parte ao fato de que mais consumidores consideram esses elementos como compras essenciais, especialmente no caso de alimentos para bebês e crianças. Conforme os orgânicos passam cada vez mais a ser o foco principal, varejistas de supermercados estão aumentando sua variedade de produtos orgânicos. Por meio da sua rede de hipermercados localizados em todo o Brasil, a Cia. Brasileira de Distribuição relatou um aumento de 7% da participação em termos de valor com sua linha de alimentos naturais e orgânicos, a Taeq, empresa líder em alimentos orgânicos embalados. O Euromonitor prevê um possível impacto extraordinário sobre o segmento de alimentos orgânicos enquanto os orgânicos acessíveis levam os compradores de renda média do Walmart para o segmento orgânico. Como obser vado com a Via Verde, marca própria de produtos orgânicos de propriedade do Walmart, que oferece produtos impor tados especiais; em 2014, a linha de orgânicos apresentou um excelente crescimento de 61% em termos de valor. Grandes fabricantes, incluindo General Mills e Danone S.A., entraram no negócio por meio de aquisições, enquanto outras empresas e marcas lançaram extensões de linha orgânica em categorias como alimentos para bebês e lanches, de acordo com o relatório do Euromonitor. Regulamentação originada pela preocupação do consumidor A preocupação cada vez maior do consumidor com os produtos químicos
presentes nos alimentos está ajudando a impulsionar o crescimento de produtos orgânicos e naturais. Ao mesmo tempo, os consumidores têm muito mais voz ativa sobre essas preocupações, levando os órgãos regulatórios e entidades do setor a impor limites quanto às substâncias, que, de alguma forma, forem consideradas nocivas. Como a regulamentação global impõe limites e proibições a determinadas substâncias, como o bisfenol A (BPA), fabricantes de alimentos orgânicos e naturais tomaram medidas para remover os produtos químicos suspeitos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu a importação e a venda de mamadeiras contendo bisfenol A (BPA) em 2011 . A eliminação de BPA fez parte de um plano maior para os regulamentos da limpeza de embalagens de itens alimentícios no Brasil. Porém, o Brasil não foi o primeiro país a regulamentar o BPA e outros produtos químicos em embalagens de alimentos. Canadá, China e Emirados Árabes Unidos estão entre os países que proibiram o uso de BPA em mamadeiras. Enquanto a União Europeia implanta sua legislação de 2006 abrangente sobre Registro, Avaliação, Autorização e Restrição de Produtos Químicos (Registration, Evaluation, Authorization and Restriction of Chemicals, REACH), alguns países ainda estão buscando controles ainda mais rígidos quanto a produtos químicos que afetam o sistema endócrino. Proatividade dos fabricantes Embora as regulamentações globais estejam sendo implantadas, a mudança não é imediata. Por exemplo, o BPA ainda prevalece amplamente em latas. Uma pesquisa do Environmental Working
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Caderno de Sustentabilidade Group no ano passado descobriu que 44% das marcas de alimentos enlatados usam revestimentos com BPA em alguns ou todos os seus produtos, 31% usam exclusivamente BPA e 12% nunca o utilizam. Porém, conforme países do mundo todo impõem regulamentos mais rígidos quanto aos produtos químicos encontrados nos bens de consumo, muitos fabricantes estão adiantando a implantação desses padrões fazendo ajustes proativos aos seus produtos e embalagens. Com a demanda por produtos orgânicos apresentando uma alta histórica, os fabricantes dos Estados Unidos preparam-se para competir pela fidelidade dos consumidores priorizando substâncias que não sejam nocivas ao meio ambiente nem ao corpo. A Johnson & Johnson prometeu remover produtos químicos, incluindo triclosano e ftalatos, dos produtos para bebês e adultos , e a Procter & Gamble está removendo triclosano e ftalato de dietila dos produtos de limpeza e cuidados pessoais, conforme anunciado pelas empresas . Em 2014, o Walmart afirmou que iria trabalhar com os fornecedores para reduzir ou eliminar dez produtos químicos de alta prioridade dos itens de limpeza, cuidados pessoais e cosméticos. Embora a rede diga que não está publicando a lista por questões comerciais, órgãos de defesa do consumidor (watchdogs) esperam que ela inclua os produtos químicos considerados por órgãos regulatórios como prejudiciais ao sistema endócrino, carcinogênicos e toxinas bioacumulativas . A Campbell Soup Co. e a General Mills afirmaram estar retirando BPA de todos os produtos enlatados; e a GM está retirando esse produto químico da sua linha Muir Glen de tomates orgânicos enlatados. A ConAgra anunciou neste ano que todas as fábricas nos Estados Unidos e no Canadá
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passaram a usar latas sem revestimentos de BPA, e a H.J. Heinz passou a adotar produtos sem BPA, incluindo alimentos para bebês e recipientes de sucos. A Walmart e a Whole Foods pararam de vender mamadeiras feitas com BPA, e o Trader Joe’s afirmou estar trabalhando para eliminar o produto químico por completo. Cumprindo as promessas de pureza da marca M a rc a s d e a l i m e n t o s o rg â n i c o s reconhecem que os compromissos com a saúde geral estendem-se ao fornecimento de embalagens que não prejudiquem as promessas de alimentos orgânicos, naturais e sem produtos químicos. Para garantir que alimentos com rótulo limpo e outras mercadorias continuem assim, muitas dessas empresas estão optando por materiais e recipientes que minimizam o risco de lixiviação química. Por exemplo, a TrueBee Honey embala seus produtos em garrafas de vidro, que não apenas proporcionam um visual mais sofisticado, como também são identificadas pelos consumidores como uma opção mais segura que embalagens mais associadas a revestimentos químicos. O fato de que essas embalagens são reutilizáveis também atrai o públicoalvo da marca, composto por indivíduos focados em ecologia. A Pacific Foods está levando seu compromisso com a sustentabilidade ainda mais longe. A empresa baseada em Oregon, Estados Unidos, dedicada a alimentos naturais e sem aditivos embalados de modo sustentável e adquiridos localmente, está trabalhando para atingir uma meta de zero resíduo para aterro sanitário ao reduzir resíduos de embalagens contaminadas com alimentos das suas operações. Usando materiais
Caderno de Sustentabilidade de embalagem e enchedores assépticos da Tetra Pak, Inc., a Pacific Foods tem uma máquina personalizada que limpa o material residual de embalagem e o tritura durante a preparação para vender a empresas de reciclagem. Outras empresas estão adotando medidas ainda mais criativas para colocar soluções de embalagem inovadoras e naturais no mercado. A tecnologia WikiFoods da Quantum Designs embala os alimentos e as bebidas em embalagens comestíveis feitas com ingredientes naturais. A Stonyfield Farm desenvolveu Frozen Yogurt Pearls em embalagem protetora WikiPearl feita de cascas de fruta e está trabalhando com os varejistas para encontrar maneiras de vender o produto totalmente sem embalagem. As empresas podem consultar os padrões de diretrizes sobre práticas recomendadas na embalagem de alimentos orgânicos oferecidos pela IFOAM – Organics International. As normas estabelecidas por agências que certificam as alegações de alimentos orgânicos incluem a determinação de que os operadores não devem usar material de embalagem que possa contaminar produtos orgânicos ou que possam ter entrado em contato com substâncias que possam comprometer a integridade orgânica, e devem evitar misturar produtos orgânicos com não orgânicos desde o processamento até o transporte. As empresas devem utilizar materiais de embalagem biodegradáveis, embalagens reutilizáveis e embalagens recicláveis para minimizar o impacto ambiental total. O IFOAM considera o cloreto de polivinila (PVC) e o alumínio materiais a serem evitados, e proíbe materiais de embalagem e recipientes de armazenamento que contenham um fungicida sintético,
conser vante, fumigante. O uso de nanomateriais é proibido na produção, no processamento e na embalagem de alimentos orgânicos. Tornando a inovação acessível Marcas que estão passando para soluções ecológicas podem buscar materiais de embalagem convencionais e substâncias mais novas que prometam impacto mínimo sobre a saúde e o meio ambiente. Por exemplo, bioplásticos limitam ou eliminam componentes à base de petróleo, promovendo menos emissões de carbono e reciclagem. Plásticos PET feitos parcialmente de vegetais já são usados em garrafas de refrigerante. A Wild Oats está entre as marcas que usam bioplásticos de ácido polilático derivados de fontes de amido, como milho, cuja biodegradação é menos nociva. Até mesmo oleorresinas naturais podem ser usadas em revestimentos de latas como alternativa a resinas contendo BPA; porém, é preciso estabelecer sua eficácia como substitutas ao BPA, que é usado para prevenir botulismo e decomposição. Ao mesmo tempo em que os clientes dão preferência a embalagens produzidas com materiais naturais e feitas com o mínimo possível de produtos químicos, produtos de papel e embalagens de fibra vegetal podem oferecer opções favoráveis. Por exemplo, a Tetra Pak usa papelão feito de materiais renováveis em seu processo de enchimento asséptico que evita a necessidade de conservantes e armazenamento refrigerado. Para alimentos com alto teor de ácido que podem comprometer os revestimentos da lata, os alimentos orgânicos passaram para frascos de vidro. Porém, o PET (tereftalato de polietileno) e polietilenos de alta e baixa densidade são amplamente considerados
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Caderno de Sustentabilidade plásticos de baixo risco. Produtores de vinho estão, inclusive, avaliando bolsas de PET como alternativas possivelmente aceitáveis ao vidro. Nanomateriais estão na vanguarda do desenvolvimento de tecnologia de embalagem. Compostos por partículas de dimensões em nanoescala minúsculas, os nanomateriais oferecem vantagens que incluem redução de material, maior resistência com menor peso, barreira aprimorada, controle de temperatura e ação antimicrobiana ativa. Nanocompostos são usados hoje para minimizar o vazamento de CO2 em garrafas de bebidas com gás e em recipientes de armazenamento de alimentos em que as nanopartículas de prata integradas matam as bactérias. Embora as possíveis aplicações possam solucionar uma variedade de desafios na embalagem de alimentos, pouco se sabe sobre sua segurança, considerando que as partículas de tamanho muito pequeno podem penetrar com mais facilidade e mais profundamente no corpo, e permanecer
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mais tempo no meio ambiente. A FDA recomenda que as empresas consultem a agência antes de colocar nanomateriais no mercado, o que pode exigir uma análise de segurança caso a caso. Exercendo cautela Ao mesmo tempo em que uma onda de inovação está ampliando as opções para proprietários de marcas de orgânicos que exigem embalagem como uma parte integral dos seus produtos, outros materiais de embalagem de alimentos amplamente utilizados têm gerado preocupações. As marcas passaram a eliminar a espuma de poliestireno das embalagens. O National Research Council reafirmou, em 2014, uma descoberta anterior do Programa Nacional de Toxicologia de que a lixiviação de estireno de recipientes para viagem de alimentos e bebidas tem potencial carcinogênico. O McDonald’s recentemente passou de caixas de isopor de poliestireno para envoltórios à base de papel para suas embalagens de sanduíche, e a Jamba Juice
Caderno de Sustentabilidade comprometeu-se a parar de usar copos de isopor de poliestireno depois que mais de 130 mil pessoas assinaram uma petição exigindo uma medida a esse respeito. Enquanto os fabricantes anunciam que deixarão de usar BPA, grupos de consumidores afirmam que os materiais sintéticos indicados como alternativas não foram bem estudados. O cloreto de polivinila (PVC) foi indicado como um substituto possível do BPA , mas críticos rotularam o PVC como um plástico com lixiviação de ftalato vinculado a uma variedade de efeitos prejudiciais à saúde. Alguns fabricantes estão substituindo BPA pelo seu primo químico bisfenol S (BPS) que, segundo alguns estudos, como um recente artigo da Universidade do Texas, mostrou que atua, em baixas doses, de modo prejudicial ao sistema endócrino de maneira similar ao BPA . Além de os consumidores se tornarem mais intensamente conscientes sobre o valor da reciclagem como prática sustentável, eles estão cada vez mais buscando embalagens que contenham material reciclado ou do qual exista a possibilidade de reciclagem. Para plásticos reciclados, as preocupações do FDA estão focadas na incorporação de FCMs (Materiais em Contato com Alimentos) do material reciclado pós-consumidor não regulamentado para uso em contato com alimentos, e a migração de contaminantes em material reciclado para FCMs. Os fabricantes que usam material reciclado
em FCMs devem relatar a origem do material, controles que garantam que apenas plástico que inicialmente estava em conformidade foi reciclado e uma descrição do processo de reciclagem. Encontrando a solução certa Embora exista ainda muito a ser aprendido sobre a segurança de materiais de embalagem de alimentos, as marcas não podem deixar de ignorar a demanda crescente dos consumidores por garantias de que os alimentos que eles compram são seguros para o corpo e para o meio ambiente. À medida que mais consumidores escolherem opções orgânicas, os fabricantes de alimentos devem adquirir embalagens que fundamentem suas promessas de pureza – e informar efetivamente as medidas adotadas para atender às preocupações de compradores criteriosos. A Pack Expo International 2016 oferecerá um fórum para essas empresas poderem observar de perto e com detalhes as opções de embalagens disponíveis, conversar com fornecedores para entender totalmente os prós e contras das diferentes tecnologias e, por fim, selecionar a opção mais adequada para cumprir as promessas da marca e promover a fidelidade dos clientes. A inscrição de participantes para a Pack Expo International abriu em fevereiro de 2016. Visite www.packexpointernational. com para saber mais informações.•
https://chemicalwatch.com/8425/brazil-to-ban-baby-bottles-containing-bpa http://www.jnj.com/caring/citizenship-sustainability/strategic-framework/ingredient-safety http://www.womensvoices.org/2013/09/05/procter-gamble-eliminating-phthalates-triclosan-from-products-worldwide/ http://www.pg.com/en_US/sustainability/safety/ingredients/triclosan.shtml http://greensciencepolicy.org/walmart-tackles-its-top-ten/ http://saferchemicals.org/2014/02/28/walmart-tackling-toxic-chemicals-will-their-suppliers-listen/ http://www.ewg.org/enviroblog/2013/09/major-corporations-placing-their-consumers-health-first http://www.breastcancerfund.org/big-picture-solutions/make-our-products-safe/cans-not-cancer/faq.html https://noharm-uscanada.org/issues/us-canada/pvc-and-phthalates http://www.scientificamerican.com/article/bpa-free-plastic-containers-may-be-just-as-hazardous/ http://ehp.niehs.nih.gov/1205826/
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ÍNDICE DE ANUNCIANTES Arsopi 12
Incomaf 07
Bandpack 37
Nutri.com 19
Bumerangue 23
Poly-clip
Danfoss 13
Poly-clip/Fessmann 05
Desinmec 21
SEW 11
Food Ingredients
Shiguen
31
Handtmann 09
Stelka
4ª capa
3ª capa 2ª capa e 3
REVISTA MAIS CARNE – CIRCULAÇÃO NAS FEIRAS: 2 a 4 de agosto – Anutec Brazil 23 a 25 de agosto – Food Ingredients SA 13 a 16 de setembro – Mercoagro 18 a 21 de outubro – Embala Nordeste 8 a 11 de novembro – Fispal Nordeste
www.grupomaisfood.com.br 50
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