Revista Mais Carne - Ed. 15

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expediente Diretora Jussara F. S. Rocha (11) 94110.4965 diretoria@grupomaisfood.com.br Editor CauĂŞ Vizzaccaro caue@grupomaisfood.com.br Gerente de Contas Clecio Laurentino (11) 95557.4355 clecio@grupomaisfood.com.br Administrativo / Financeiro financeiro@grupomaisfood.com.br Assinatura/Subscription Brasil: R$ 130,00 USA, Latin America, Europe and Africa: US$ 150,00 Tel.: (11) 2337.7252 | 2337.7292 | 2337.7323 | 2337.7157

www.grupomaisfood.com.br Tiragem: 10.000 exemplares

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SUMÁRIO 03 | Expediente

24 | Eventos: Danfoss na Mercoagro

04 | Sumário

26 | Economia: reorganização da JBS

06 | Editorial

28 | Ponte de vista: Tecnocarne

08 | Especial: Handtmann

34 | Capa: lançamento Tecnocarne

10 | Produtos: Mitsubishi Electric

40 | Sustentabilidade: Minerva Foods

12 | Ponto de vista: Abdulla Al Awar

44 | Brasil: frigorífico de jacaré

16 | Especial: Lenke

48 | Mundo: imersão 4.0 na Alemanha

18 | Especial: necessidade do país

50 | Índice de anunciantes

20 | Eventos: cobertura Mercoagro

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EDITORIAL O setor se aquece

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este momento, as empresas estão fazendo o budget para 2017. Portanto, esta é a ocasião de investir em ações que chamem atenção do seu cliente. Vá visitar seu cliente, faça investimentos em publicidade e em feiras. Estas últimas, que estarão em peso em 2017. Uma delas, de grande sucesso e biografia, é a TecnoCarne, que lançamos em nossa revista. O evento será realizado entre 8 a 10 de agosto de 2017, no São Paulo Expo. Para apresentar as novidades da feira, entrevistamos Marco Basso, presidente da Informa Exhibitions, José Danghesi, diretor da Informa Exhibitions, e Adriana Vergilio, coordenadora de marketing da BTS Informa. Além disso, também apresentamos a nova identidade visual e o investimento em conteúdo que servirão para potencializar os negócios da indústria de proteína animal. Também temos a cobertura da Mercoagro 2016, que segundo a organização, contou com mais de US$ 160 milhões em negócios e 20 mil visitantes. Em outra entrevista especial, conversamos com Abdulla Al Awar, CEO do Dubai Islamic Economy Development Centre. O CEO esteve no Brasil para estreitar os laços e acordos econômicos entre Brasil e Dubai, além de apresentar o expoente mercado do Oriente Médio e dos produtos Halal. Nesta edição temos o especial “Por um Brasil necessário”, que aborda sobre a necessidade de juros civilizados e um câmbio competitivo para alavancarmos a nossa economia e, principalmente, o nosso setor industrial. Para enriquecer mais ainda nossa revista, apresentamos o artigo sobre como uma empresa pode se transformar numa marca de confiança e potencializar o seu negócio. Afinal, a vitalidade e a felicidade estão diretamente relacionados com o nível de confiança. E a confiança, quando presente em tudo o que fazemos, cria um círculo virtuoso onde tudo flui melhor e todos ganham. Por fim, há informações sobre a imersão tecnológica na Alemanha. Onde uma comitiva de 23 representantes de empresas e instituições brasileiras desembarcou para uma imersão em centros de ponta em Inovação e Indústria 4.0. Boa leitura!

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Especial

Handtmann participa de eventos para auxiliar seus clientes

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Handtmann do Brasil participa de feiras, como a Anutec e Tecnocarne, e há vários anos participa de workshops e seminários que visam projetos para futuros clientes com o objetivo da apresentação da empresa e como produzir embutidos com equipamentos de tecnologia de ponta, mostrando aos participantes como fabricar reduzindo custos, obter a padronização do produto e qualidade. Os workshops focalizam os benefícios da racionalização e versatilidade na produção de embutidos cozidos, defumados e frescais nos diversos tipos de embalagem com extremidades torcidas e grampeadas. São abordados importantes pontos visando redução de custos de produção e aumento da produtividade e da lucratividade, além da exposição das últimas novidades para as plantas de embutidos de pequena e média capacidade. São apresentadas as orientações, recomendações técnicas e as novidades

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na aplicação adequada e utilização racional de ingredientes, condimentos e aditivos, bem como o uso e aplicações de embutideiras automáticas a vácuo e grampeadoras automáticas em substituição aos métodos convencionais, e os benefícios técnicos e econômicos que estes equipamentos trazem para a linha de produção de diversos embutidos cozidos, defumados e frescais, nos diferentes tipos de embalagem com extremidades torcidas e grampeadas. U t i l i z a n d o a s i n e rg i a d a s s u a s especialidades na área de produção de embutidos, as empresas Handtmann, Multivac, Intercasing e Ibrac realizarão, na data de 26 e 27 de outubro, a 5ª edição do evento Tecnologia de Embalagens e Conservação de Alimentos - TECA V. Devido ao grande interesse e o pequeno número de vagas disponíveis, as inscrições já se esgotaram nos primeiros dias de divulgação, mas os organizadores do TECA V já estão programando outra edição para 2017.•


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Produtos

Inversor de Frequência pode proporcionar economia de energia de até 30% na Indústria Alimentícia O Inversor de Frequência da Mitsubishi Electric oferece o Controle de Fluxo Otimizado para redução do consumo de energia em motores elétricos de indução

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m tempos nos quais palavras como economia e meio-ambiente ganham importância no vocabulário da indústria alimentícia, a busca por soluções tecnológicas que atendam essa demanda passou a ser prioridade. Vários equipamentos utilizados na cadeia produtiva, como ventiladores, bombas e ensacadoras, por exemplo, podem manter a produtividade consumindo menos energia elétrica. A utilização de inversores de frequência nos motores de máquinas e equipamentos pode gerar uma economia de até 30% em comparação com os motores ligados em partida direta. “Ao invés de ligar e desligar o motor para manter uma velocidade média, o inversor de frequência mantém o mesmo em um giro constante o que permite a economia Sem perdas na produtividade, dependendo da aplicação”, explica Alexandre Serain, engenheiro da Mitsubishi Electric do Brasil, divisão de automação industrial. As aplicações mais comuns do inversor de frequência na indústria alimentícia estão em esteiras, em máquinas ensacadoras, e até mesmo no sistema de refrigeração de câmaras frigoríficas. “Trata-se de

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um equipamento indispensável para as empresas que querem melhorar seus índices de economia de energia elétrica, uma vez que o custo de energia no Brasil é um dos mais elevados em todo mundo”, analisa Serain. Além dos benefícios já citados, os inversores de frequência também possuem sistemas de proteção, para o caso de sobrecarga nos equipamentos. “O desligamento automático nestes casos evita danos ao equipamento e garante a segurança dos operadores”, finaliza o engenheiro. Sustentabilidade Abrangendo o espírito da declaração corporativa, “Changes for the Better”, e sua declaração ambiental, “Eco Changes”, a Mitsubishi Electric se empenha em ser uma companhia Global, com orientação ambiental, enriquecendo a sociedade com tecnologia. A companhia registrou vendas consolidadas de 4,39 trilhões de ienes (US$ 38,8 bilhões*) do grupo, no ano fiscal terminado em 31 de março de 2016. * Câmbio de 113 ienes por dólar americano pela taxa informada pela Tokyo Foreign Exchange Market em 31 de março de 2016.•


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Ponto de Vista

As portas do Oriente se abrem para o Brasil

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o intuito de desenvolver maiores laços e acordos econômicos entre Brasil e Dubai, os colaboradores do International Halal Accreditation Forum e Dubai Islamic Economy Development Centre estiveram em São Paulo (SP) para apresentar o expoente mercado do Oriente Médio e dos produtos Halal – o alimento permitido no Islã, de acordo com as regras do Alcorão, é denominado Halal, que em árabe significa lícito, permitido. Para que um produto seja considerado Halal é necessário que siga determinadas regras de fabricação. Desse modo, entrevistamos o CEO do Dubai Islamic Economy Development Centre, Abdulla Al Awar, que discorreu sobre esse e demais temáticas.

1 – Por favor, apresente o trabalho realizado pelo International Halal Accreditation Forum e Dubai Islamic Economy Development Centre. O International Halal Accreditation Forum/IHAF (Fórum Internacional de Credenciamento Halal – tradução livre),

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conjuntamente com o Dubai Islamic Economy Development Centre/DIEDC (Centro de Desenvolvimento da Economia Islâmica de Dubai – tradução livre) e a Emirates Authority for Standardisation and Metrology/ESMA (Autoridade de Padronização e Metodologia dos Emirados – tradução livre) têm como objetivo harmonizar a indústria Halal e introduzir um mecanismo de fiscalização para a proteção dos direitos dos clientes e promoção industrial. Além disso, o organismo de acreditação vai ajudar a construir a credibilidade e confiança para a certificação mundial de produtos Halal comestíveis e não comestíveis. Desde o início, o Dubai Islamic Economy Development Centre tem trabalhado estreitamente com seus parceiros e partes interessadas para desenvolver a Shari’a


Ponto de Vista

(nome que se dá ao direito islâmico – em várias sociedades islâmicas, ao contrário do que ocorre na maioria das sociedades ocidentais, não há separação entre a religião e o direito), com o intuito de obedecer aos padrões que são mundialmente aceitos e permitidos em diferentes jurisdições para abordar questões específicas ao islamismo. 2 – Como a parceria entre Brasil e Dubai pode ser benéfica para ambos?

De acordo com a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira houve um crescimento significante no ano passado. Os UAE (Emirados Árabes Unidos) registrou, no ano de 2015, US$ 2,5 bilhões (Dh 9,175 bilhões) de produtos brasileiros exportados. O Brasil exportou produtos no valor de US$ 12,12 bilhões para a região árabe em 2015. O crescente volume de novos clientes reflete no aumento da demanda de produtos de alta qualidade brasileira

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Ponto de Vista para os países árabes, gerando assim oportunidades lucrativas para ambos. A crescente popularidade e demanda por produtos Halal na região irá aumentar os laços comerciais entre o Brasil e os Emirados Árabes Unidos. O mercado do setor alimentício Halal crescerá até US$ 2,537 trilhões, em 2019, o que equivalerá a mais de 21,2% dos gastos mundiais com alimentos. Em 2014, atingiu mais de US$ 795 bilhões. 3- Como a posição geográfica de Dubai é um fator importante para o comércio entre Oriente e Ocidente? Dubai desfruta de uma localização estratégica e serve como o maior centro de reexportação no Oriente Médio. O baixo custo logístico e operacional, a excelente infraestrutura e a visão internacional atraem investidores e comerciantes pelo mundo. Dubai é a ponte entre o Extremo Oriente, Europa (eixo Leste-Oeste), África (eixo Norte-Sul) e CIS/Commonwealth of Independent States (Comunidade de Estados Independentes – tradução livre).

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Possui bem estabelecidas relações comerciais com os países vizinhos e é considerada a porta de entrada para toda a região. O comércio internacional de Dubai cresce em média 11% ao ano desde 1988. Dubai é ser vido por mais de 120 companhias marítimas e ligado através de 85 linhas aéreas para mais de 130 destinos no mundo. 4– Unindo a atual conjuntura econômica do Brasil e o mercado mulçumano com mais de 1 bilhão de consumidores, como a obtenção do selo Halal pode ser uma saída comercial para as empresas brasileiras de carnes? O crescimento da popularidade e demanda por produtos de Halal na região aumentará os laços comerciais entre o Brasil e os UAE. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o Brasil produz 10 milhões de toneladas de carne bovina, dos quais 20% são exportadas para o exterior para mais de 130 países. Na última década,


Ponto de Vista o setor registrou 135% de crescimento em exportações. Em 2015, a exportação de carne bovina brasileira obteve uma receita total de US$ 5,9 bilhões. As importações de alimentos Halal realizados pelo GCC/The Cooperation Council for the Arab States of the Gulf (Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo – tradução livre) crescerá US$ 53,1 bilhões, até 2020, e os UAE tem a expectativa de alcançar US$ 8,4 bilhões até o fim desta década (segundo dados da Economist Intelligence Unit). 5– Quais os procedimentos que as empresas brasileiras de carnes devem realizar para obter a certificação Halal? A certificação Halal será conseguida dependendo do que é permitido ou proibido pelas leis Islâmicas (Shariah). Os produtos são considerados Halal

quando são feitos de animais abatidos de acordo com os princípios islâmicos, livres de componentes proibidos e processados usando máquinas permitidas. 6– A certificação Halal ainda é um pouco desconhecida para muitas empresas brasileiras. Desse modo, quais ações podem reverter este cenário? O conceito Halal na economia Islâmica representa um sistema de conhecimento que se estende da origem da riqueza, dos meios de produzi-lo de forma justa, e implantar essa riqueza com justiça. O conceito de halal é obrigatório em todos os segmentos da economia islâmica. Cada função ou missão, não importando o quão pequeno no tamanho ou resultado, será aceita se estiver de acordo com este conceito ou abandonada se não estiver em conformidade.•

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Especial

Você já fez a conta de quanto perde se não controlar o sobrepeso dos produtos? Por Jailson Mendes – diretor de TI da Lenke

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indústria frigorífica tem grandes desafios, as margens apertadas exigem um controle rigoroso de rendimento e rastreabilidade para maximizar os lucros e atender à exigência do mercado. Para o alcance de metas, as empresas buscam maior rendimento através de controles de processos, com equipamentos, software e gestão eficiente. Na busca da qualidade, os processos precisam garantir confiabilidade aos seus clientes, que estão cada vez mais exigentes. Um dos pontos mais exigidos é o peso, que é a unidade de

medida base dos acordos comerciais. Outro ponto muito importante nas indústrias alimentícias é a necessidade de rastreabilidade dos produtos para fornecer a segurança alimentar. O controle do peso dentro da indústria frigorífica é uma das formas de aumentar o lucro e também de evitar problemas com as especificações técnicas. Pode-se afirmar que a balança acaba tornando-se um dos equipamentos mais importantes dentro do frigorífico, porque são com as balanças que se mede o peso na cadeia produtiva, controlando desde a matériaprima até o produto final. Assim como toda tecnologia, as balanças vêm evoluindo constantemente. O mercado está cada vez mais buscando balanças com inteligência integrada. E a balança está deixando de ser somente ‘uma balança’ para ser um ponto de controle, um ponto de gestão da produção, se conectando ao software de gestão da indústria. Uma vez que a

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Especial

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balança alimenta um banco de dados de um sistema de gestão para que estas informações sejam usadas como ferramenta de controle da produção, será possível emitir relatórios de desempenho do processo produtivo, do controle do sobrepeso, medir a performance do ponto de empacotamento, auxiliando o administrador nas tomadas de decisões. Já é possível encontrar balanças de fabricação nacional com estas características dentro de um valor acessível a qualquer indústria de alimento. Por serem nacionais e sendo a meta do governo incentivar a indústria do agronegócio, o Brasil está caminhando em vias duplas. Apoiando os produtores de alimento e também os fabricantes de equipamentos para este setor, com a meta de: não basta ser o melhor em alimentos, também precisamos ser o melhor em

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equipamentos nacionais para processar estes alimentos. Só assim seremos autossustentáveis e teremos a garantia de que o mercado externo não pararia a nossa indústria por falta de tecnologia. Uma das empresas que vem sendo financiadas pelo governo neste sentido é a Lenke (lenke.com.br) que produz toda eletrônica e equipamentos no Brasil, seus produtos estão dentro do PPB e apoiados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Por ser um produto nacional é possível financiar através do BNDES também. A Lenke é uma das pioneiras no Brasil a puxar o assunto do sobrepeso, suas balanças já vêm com esta característica de balança precisa ser mais que ‘uma balança’, pois precisam estar integradas ao sistema de gestão e fornecer ferramentas para melhorar a eficiência da produção.•

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Especial

Por um Brasil necessário País precisa de juros civilizados e câmbio competitivo Por João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da Abimaq/Sindimaq

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odos nós estamos sofrendo com a maior crise econômica já instalada nesse país. O desemprego assusta, as empresas não conseguem arcar com os seus compromissos e o temor assola o país. Dentro desse cenário, não conseguimos pensar no ideal, mas sim no que é preciso. Não adianta pensarmos no que é melhor, ou o que deveria ter sido feito no passado, mas sim no NECESSÁRIO, naquilo que efetivamente precisa ser feito atualmente para conseguirmos atravessar esse período, SOBREVIVENDO. O Brasil está fechando um ciclo político de treze anos, que está se encerrando como uma das mais profundas recessões dos últimos oitenta anos. Os investimentos do país, tanto públicos quanto privados, sofreram forte decréscimo a partir de 2014 e foram a principal causa da queda do PIB no período. A recessão está causando o agravamento do desequilíbrio das contas públicas, ameaça à capacidade do Estado de continuar a

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prestar seus serviços, desempregou mais de 12 milhões de brasileiros e levou nosso setor a um faturamento que é, hoje, metade do que era em 2013, com os riscos subsequentes para a saúde financeira e para a sobrevivência das empresas. Entretanto, confirmando o ditado popular que diz que “...não há mal que não se acabe”, nossa produção tem dado sinais de estabilização nos últimos meses e, ainda que de forma muito incipiente, alguns setores industriais apontam para uma tímida recuperação. É o momento


adequado, portanto, de aprender com os erros passados e de “sacudir a poeira e dar a volta por cima”. O país NECESSITA urgentemente estabelecer limites ao crescimento das despesas públicas, equacionar o crescente déficit do orçamento da Previdência, modernizar as relações capital-trabalho e implementar reformas que melhorem a governabilidade do país sem excluir, a médio prazo, a necessidade das demais. Acreditamos nisto e apoiamos o esforço do governo e do congresso nacional para aprovar as medidas necessárias para tanto. A governabilidade e o controle das contas públicas são pré-condições absolutamente necessárias para retomar o crescimento, mas entendemos que, isoladamente, não são suficientes. De fato, o setor privado, a partir de 2011, espremido entre baixas margens e altos custos não só não aumentou sua produção, mas ampliou seu endividamento, a custos crescentes, perdendo progressivamente a capacidade de investir, de gerar empregos e, mais recentemente, até sua condição de manter a regularidade de seus tributos. - O processo de desindustrialização continua se agravando. - Aliás, nós acabamos de receber uma pesquisa encomendada à SERASA mostrando que mais de 75% das empresas do setor tem algum tipo de pendência com o fisco. Defendemos, portanto, que SIMULTANEAMENTE COM O AJUSTE FISCAL, o novo governo passe a implementar medidas de POLÍTICA INDUSTRIAL que permitam ao setor produtivo melhorar margens e produção. É preciso equacionar rapidamente o endividamento do setor privado, restabelecer o fluxo dos financiamentos à produção e às exportações, em condições aceitáveis, e EXPLICITAR UMA POLÍTICA CAMBIAL QUE ESTIMULE A EXPORTAÇÃO. Em nossas diversas reuniões com o governo temos sugerido urgência na criação de uma política de sobrevivência para que possamos fazer a travessia até a retomada do crescimento. Esta política deve ser baseada em uma pauta emergencial e outra de competitividade, ambas levando em conta o BRASIL NECESSÁRIO, com juros civilizados e câmbio competitivo, condições absolutamente indispensáveis para a retomada da indústria, criação de empregos de qualidade e desenvolvimento.•

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Eventos

Mercoagro 2016 encerra em Chapecó com mais de US$ 160 milhões em negócios Imagem: Foto UQ Design

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om um montante de negócios fechados, agendados ou prospectados da ordem de 160 milhões de dólares, encerrou, em Chapecó (SC), a 11ª edição da Mercoagro (Feira Internacional de Negócios, Processamento e Industrialização da Carne). O número de visitantes e compradores chegou a 20 mil, de acordo com a organizadora do evento. A feira regionalizada foi organizada pela Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), no Parque de Exposições Tancredo Neves, na maior cidade do grande oeste catarinense. “Foi a melhor edição de toda a série

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histórica”, proclamou o presidente da feira Bento Zanoni. Para o presidente, as empresas de processamento da carne sabem que a feira tornou-se um ponto de encontro do setor para troca de experiências e gestão, abertura de mercado, lançamento de novos produtos, apresentação dos avanços em robotização e automação industrial, além da transmissão de conhecimentos com seminários científicos. “É um evento essencial na preparação de pessoas para compreender e atender os novos desafios, conquistar novos mercados e manter os atuais”, afirmou Zanoni.


“A confiança está voltando lentamente ao mercado e, novamente, o agronegócio e a agroindústria vão puxar a retomada do crescimento”, assinalou o presidente da ACIC, Josias Mascarello. Mascarello destacou que em um ano em que a crise econômica assola várias áreas da atividade, a Mercoagro apresentou-se com vitalidade ímpar: “Não apenas porque todos os espaços se esgotaram, mas, essencialmente, porque esse evento traduz a ação, o dinamismo e o arrojo de uma das maiores e mais complexas cadeias produtivas da economia brasileira, com a presença dos principais atores do mercado”, realçou Mascarello. Para o coordenador operacional da Mercoagro, Nadir Cervelin, “a feira confirmou sua vocação como celeiro de bons negócios do setor”. Como reflexo dos resultados positivos, segundo a organizadora do evento, 80% dos expositores renovaram pedido para expor na 12ª edição, que acontecerá em setembro de 2018, de acordo com levantamento da Enterprise, empresa contratada para comercializar os espaços aos expositores. A feira reuniu 200 expositores que representaram 650 marcas e recebeu visitantes da Alemanha, Argentina, Áustria, Austrália, Bolívia, Canadá, Chile, China, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Paraguai, Rússia, Uruguai e Venezuela. Durante a Mercoagro, empresas fornecedoras dos mais diversos setores da indústria mundial da carne apresentaram suas inovações, entre eles refrigeração, automação industrial, ingredientes e aditivos, embalagens, transporte e armazenagem, equipamentos e acessórios. Também

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Eventos participaram da exposição fabricantes de máquinas, equipamentos, implementos, insumos e instalações para todas as etapas do processo industrial, desde o abate até o embalamento, congelamento, higiene, segurança e análise de processos. A Mercoagro está localizada no centro de uma região com mais de 600 pequenas, médias e grandes indústrias frigoríficas de abate e processamento de aves, suínos e bovinos. Nessa área frutifica uma malha de indústrias de bens de produção que oferecem 100% das máquinas e equipamentos necessários para construção e instalação de unidades frigoríficas. Chapecó é um dos principais polos tecnológicos de industrialização de carnes do planeta, situada em uma região com grande concentração de frigoríficos. Programação científica Uma extensa programação paralela de eventos técnicos e científicos apresentou novidades e tendências do mercado mundial de carnes. Fizeram parte da programação o 11º Seminário Internacional de Industrialização da Carne, o Salão

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de Inovação, a Clínica Tecnológica e o Laboratório Experimental, coordenados pelo Senai, o Painel de Oportunidades e a Sessão de Negócios, organizados pelo Sebrae/SC. A novidade deste ano foi a Mercoshow (palestras técnicas, comerciais e conhecimentos inovadores para visitantes) e a integração com o projeto “Encadeamento Produtivo Aurora Alimentos – Sebrae/SC: suínos, aves e leite”. A feira contou com o apoio institucional do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), do Centro de Tecnologia de Carnes do ITAL, da Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidores de Carne do Estado de Mato Grosso do Sul (Assocarnes), Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV/SIPARGS), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Comerc Energia, Núcleo Oeste de Médicos Veterinários (Nucleovet), entre outras instituições.•


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Eventos

Em parceria com a Tesla e a Elektra, Danfoss destaca soluções para refrigeração industrial na Mercoagro

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tendendo à crescente demanda da cadeia produtiva de alimentos, eficiência energética, soluções favoráveis ao clima e infraestrutura moderna, a Danfoss mostrou seus novos blocos de válvulas de controle multifuncionais, bem como toda a linha de conversores de frequência das linhas VLT® e Vacon®, além das linhas de automação industrial, de amônia e de refrigeração durante a 11ª edição da Mercoagro, que aconteceu de 13 a 16 de setembro, no Parque Tancredo Neves, em Chapecó (SC), em parceria com seus distribuidores na região, a Tesla (estande nº 100, Pavilhão Verde) e a Elektra (estande nº 804, Pavilhão Amarelo). Segundo a empresa, a família de blocos de válvulas Flexline™ ICF para refrigeração industrial combina a máxima liberdade de configuração e número mínimo de soldas num corpo compacto e robusto. Já o bloco de válvulas ICF conta com apenas uma especificação, mas com múltiplas configurações. O corpo de válvula comum pode receber diversos módulos de função intercambiáveis, todos com tratamento contra corrosão. Desse modo, a aplicação de blocos de válvulas em substituição às opções

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convencionais proporciona agilidade na instalação e reduz significativamente o risco de vazamento, os custos de manutenção e o tempo de paradas. A família ICF agora inclui os novos blocos de válvulas ICF 50-4 e ICF 65-3. Ambas já saem de fábrica com uma válvula de bloqueio SVA-S instalada na primeira entrada. A entrada central pode ser equipada com uma das três válvulas de regulagem da família Flexline™ ICV da Danfoss: a válvula servo-operada ICS, a válvula motorizada ICM ou a válvula solenoide de duas etapas ICLX. A quarta entrada foi projetada para receber uma segunda válvula de fechamento SVA-S ou uma válvula de regulagem REG-SB. Além disso, o bloco de válvulas ICF 50-4 oferece a possibilidade de instalação de um filtro FIA depois da primeira válvula de bloqueio. As entradas laterais permitem conectar diretamente uma linha de drenagem de descongelamento e facilitam a manutenção e serviço. Além disso, estiveram expostas no estande da Tesla as famílias de válvulas de bloqueio SVA, o corpo flangeado ICVPM, a válvula motorizada ICM e a válvula servo-operada com abertura em dois estágios ICLX. “Destacamos também o sistema de detecção de vazamentos de amônia com sensores GDA de alto grau de proteção contra umidade e a central de monitoramento AK-SM 350 com memória de armazenamento de dados e software dedicado para leitura dos dados que atende a norma NR36”, acrescenta Ivolnei


Eventos Bodaneze, gerente comercial da Tesla. Segundo Bonadeze, a participação conjunta com a Danfoss na Mercoagro reforça o trabalho desenvolvido pela Tesla em todo o Brasil, com visitas técnicas, auxílio no dimensionamento de sistemas e workshops direcionados a profissionais diretamente ligados a área de refrigeração industrial. “Buscamos sempre a proximidade com o cliente para entender sua real necessidade e desta forma auxiliá-lo com aplicação de soluções favoráveis a infraestrutura aliada a eficiência energética”, finaliza o gerente comercial da Tesla. No estande da Elektra havia as linhas de conversores de frequência VLT® e Vacon®, bem como as de automação industrial, de amônia e de refrigeração tal como a família de blocos de válvulas Flexline™ ICF. Destaque para o conversor de frequência VLT® AutomationDrive FC 302 com Controlador Integrado de Motion IMC

(Integrated Motion Controller). Projetado para aplicações de posicionamento e sincronismo, proporciona elevada precisão e desempenho, utilizando simplesmente um conversor de frequência. Com a funcionalidade de Controlador Integrado de Motion (IMC), o VLT® AutomationDrive FC 302 substitui os dispendiosos controladores de ser vo convencionais nas mais complexas aplicações de posicionamento e sincronismo, economizando tempo e reduzindo custos para o usuário. Para Davi Martin, diretor comercial da Elektra, a parceria com a Danfoss mais uma vez se mostra muito forte. “O trabalho em conjunto, sempre com muita ética e dedicação, cada vez mais traz bons negócios para ambas as empresas. É muito importante esta parceria sólida, pois a Danfoss desenvolve muitas tecnologias para os agronegócios e a Elektra garante a correta aplicação e satisfação dos clientes”.•

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Economia

JBS anula reorganização societária depois da recusa do BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social nega ingerência política ao proibir o plano da JBS

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empresa JBS desistiu da reorganização societária na qual seria transferido aproximadamente 80% dos seus ativos para a JBS Foods International – esta que possui a sua sede na Irlanda, domicílio fiscal no Reino Unido, e ações na bolsa de Nova York. A reorganização foi invalidada após o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) indicar a negativa para a reorganização, com poder de veto. O BNDESPar é dono de 20,4% das ações da JBS. A recusa do BNDES repercutiu no mercado de ações, já que a ação era vista como uma forma de destravancar valor para os acionistas, e as ações da JBS negociadas na Bovespa (SP) tiveram fortes quedas. A ideia da JBS era que a listagem na bolsa de Nova York aumentaria a base de investidores potenciais da companhia, além de conseguir uma diminuição substancial do gasto de capital. De acordo com a presidente do banco, Maria Silvia Bastos Marques, a recusa do BNDES para a reorganização societária da companhia foi uma deliberação técnica. A

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afirmação da presidente aconteceu após as especulações de uma provável interferência política na determinação, que foi muito mal recebida pelo mercado acionário. As ações da JBS desabaram após a recusa. Segundo alguns funcionários do banco, que não quiseram revelar seus nomes, o corpo técnico do BNDES já protestava contra o modelo de reorganização da JBS logo após a apresentação do mesmo, em 11 de maio. Assim, de acordo com a diretora de mercado de capitais do BNDES, Eliane Lustosa, desde 3 de março, foram iniciados encontros para debater o movimento de internacionalização. A diretora de mercado de capitais do BNDES afirmou que depois de uma extensa e intensa apreciação, o banco informou por carta a negativa para a JBS em 16 de setembro. Além disso, de acordo com a diretora, a reorganização apresentava características negativas em longo prazo, apesar de em curto prazo o mercado ter reagido mal. Por fim, afirmou que há opções melhores do que a pretendida pela JBS, contudo, não quis detalhar quais seriam estas.•


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Ponto de Vista

Vem aí a TecnoCarne 2017 Com o lançamento da TecnoCarne 2017 e as inovações que farão com que a feira aumente o seu prestígio e continue como a maior do setor de proteína animal, entrevistamos Marco Basso, presidente da Informa Exhibitions, José Danghesi, diretor da Informa Exhibitions, e Adriana Vergilio, coordenadora de marketing da BTS Informa, para apresentar e explicar todas essas novidades e a história do grupo Informa

Marco Basso Presidente da Informa Exhibitions 1- Por favor, apresente a história da Informa e as ações realizadas atualmente? A Informa está no Brasil desde 1996. Eu fui contratado para lançar a Informa no Brasil. Naquele tempo, a empresa se chamava IBC (International Business Communications), que fazia congressos, seminários e treinamentos. Nessa época, a Informa era uma empresa menor, mas que foi crescendo no mundo com aquisições e organicamente no Brasil. Como exemplo, começamos com seis

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pessoas, em 1996, e já tínhamos mais de 80 colaboradores, em 1998. Em 2005, foi feita a aquisição global do nosso principal concorrente, o Institute of International Resources. Em 2006 ou 2007, chegamos a ter 750 eventos acontecendo no Brasil e 150 funcionários. Em 2008, atingimos um bom patamar. Na verdade, um patamar histórico de crescimento, lucratividade e receita. Depois veio 2009 e tivemos que realizar uma reestruturação. O grupo, que era conhecido mundialmente pela área de eventos em congressos, percebeu a mudança estrutural e volatilidade exacerbada do setor de congressos e que era mais estável apostar em feiras de negócios. No congresso, você precisa começar tudo de novo no evento seguinte. Já no caso da feira há uma recorrência. Por ser uma empresa multinacional com ações na bolsa e por causa da recorrência e estabilidade, resolveu-se investir em feiras em todo o mundo. Particularmente nos mercados emergentes, procurou-se investir nos que tinham mais confiança e estrutura. E nesse caso, o Brasil se encaixava. Naquela época tínhamos operações na China,


Ponto de Vista

Índia, Rússia, África do Sul e Brasil. Mas, de todos esses, o que mais se destacavam era o Brasil, por ser uma democracia e economia ocidentalizada, e a China, pelo potencial. No Brasil foram feitas várias prospecções de negócios desde 2010, e até 2014 foram comprados 11 negócios dos mais variados tamanhos. Um deles foi a BTS, que foi comprada para ser uma plataforma “guarda-chuva” e ser a

operação de feiras da Informa no Brasil. Desde 2010, eu acumulei as funções de presidente da Divisão de Congressos e de Feiras, pois a partir de 2014 houve uma mudança global no grupo e foi decidido, por questões estratégicas e de mercado, cindir a divisão de eventos em duas: Feiras e Congressos. Ao final, me convidaram para ser presidente da Divisão de Feiras, que é a maior divisão de eventos no Brasil. A cisão em duas divisões ocorreu no mundo inteiro, após ocorrer a mudança do CEO mundial, onde entrou o Stephen Carter, e o grupo foi repensado estrategicamente. No mundo, o grupo é bem robusto e cresceu bastante, principalmente, por causa das aquisições. O nome Informa foi criado em 1998, quando a IBC comprou a Taylor & Francis, que é uma empresa de publicações acadêmicas. Assim, foi criado o

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Ponto de Vista grupo Informa. Depois, com as aquisições, desde 1998, a Informa foi se consolidando como holding. Em 2006, foi realizada uma aquisição significativa, em torno de um bilhão de dólares, da Datamonitor, que é uma empresa de business intelligence. Em 2014, foram feitas duas aquisições nos Estados Unidos com valor aproximado em US$ 500 milhões. Mais recentemente, há dois meses, foi feita a aquisição nos Estados Unidos, por US$ 1,6 bilhão, do grupo Penton, que opera a Farm Progress Show. Atualmente, os Estados Unidos se tornaram a grande operação do grupo no mundo, não só em termos de feiras, mas em termos gerais. A área de produção acadêmica e business intelligence são fortes nos Estados Unidos. Os Estados Unidos saíram de irrelevantes, em 2014, para ser hoje a principal área de desenvolvimento. No Brasil e América Latina, apesar das dificuldades, existe grande vontade de crescer. A divisão de feiras do Brasil tem a ambição de dobrar de tamanho até 2019 e ser o maior ou um dos maiores operadores de feiras. Há cinco anos, a Informa nem era reconhecida como operadora independente de feira no mundo, e hoje está entre as três maiores. A Informa possui um corpo gerencial e cultura bem particular e interessante, que tem feito o diferencial em alguns momentos. 2- E sobre a TecnoCarne? A TecnoCarne foi adquirida junto à BTS e é um evento que se encaixa muito bem dentro do nosso portfólio no Brasil, que vai desde a Agrishow até a Fispal Food Service. Como o Brasil é um dos principais players de proteína animal, um evento como a TecnoCarne é significativo para a economia e o setor no país. Isso dá uma representatividade bem interessante para a Informa.

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José Danghesi diretor da Informa Exhibitions 1- Como será a TecnoCarne 2017? Quais as expectativas? A expectativa é boa, nós entendemos que este setor está passando por uma fase diferente dos outros setores. Evidentemente que todo mundo está um pouco em baixa. O começo da baixa é o próprio ânimo e muitas vezes não é o próprio resultado. Acredito que esse ânimo começa a mudar, em paralelo ao lançamento da TecnoCarne, o que é um fator extremamente positivo. A Informa foi extremamente cautelosa para encontrar o melhor momento deste lançamento e também foi muito respeitosa, pois esperou o término dos eventos de 2016. Assim, estamos em processo de venda da feira e está caminhando bem. A TecnoCarne é um evento que reúne os principais fabricantes de máquinas, equipamentos e serviços para o mercado de proteína animal. E consequentemente reúne os principais compradores. O evento está pronto e acredito que ele seja bom quando tem periodicidade, uma gama bastante representativa de fabricantes expositores e visitantes compradores, como é o caso. Seguindo a tendência mundial, o evento


Ponto de Vista terá mais conteúdo nesta edição, onde teremos o 1º Congresso Brasileiro de Proteína Animal. O congresso tem duas pretensões muito específicas. A primeira é, de fato, levar conteúdo para a feira, e para isto conversaremos com todos os expositores, para satisfazer as necessidades deles. Para não atrapalhar a visitação, o congresso será matutino, uma vez que a feira é vespertina e noturna. Assim, será algo complementar a feira. A outra frente será com relação ao visitante. Também vamos procurar atender as necessidades dos visitantes e essa será nossa primeira grande missão. Ao contrário da feira, o congresso será anual. Isso acontecerá para que a TecnoCarne se mantenha em contato com o setor. A ideia é fazer um summit e trazer para o congresso o top dos palestrantes, expositores e visitantes. Estamos pensando na qualidade, não só

quantidade. Eu costumo brincar dizendo que é muito difícil fazer uma missa na Disneylândia. Mas se você quiser ter certeza que ela lotará, convide o Papa. Essa é a ferramenta que devemos usar. Trazer palestrantes de extrema qualidade para ter um público seleto, com tomadores de decisão e compras. E criar uma tendência para o setor. 2- Há outras ações para promoção da TecnoCarne? Complementar ao congresso, estamos fazendo um canal de conteúdo bem bacana, que já pode ser acessado, e visa levar informações aos visitantes e tornar o visitante fiel ao “mundo” TecnoCarne, por 365 dias ao ano. E usaremos o congresso como uma ponte. Assim, surge como uma ideia revolucionária ao mercado brasileiro de proteína animal e como um summit

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Ponto de Vista desses temas. Teremos também apoio do Ital. Por fim, a ideia é criar um arco de alianças com todos os envolvidos. No canal de conteúdo, o nosso objetivo não é só falar da feira, mas também ir criando um clima que leve a TecnoCarne e o Congresso Brasileiro de Proteína Animal para esse summit, que seria o topo da cadeia. Precisamos fazer um trabalho importante na área de visitação e teremos o Projeto Comprador, que é bastante interessante. No Projeto Comprador, cada expositor indica uma quantidade de compradores Vips, considerado pelo expositor como Vip, e nós oferecemos para essa relação de indicados uma condição de recepção especial, com vantagens em passagens aéreas, facilidades de internet, lounge, água, café, mesas de reunião etc. Teremos um espaço Vip na feira e esse trabalho fará com que os principais compradores, do Brasil a fora, sempre participem da feira. Outra coisa que tentamos fazer é extrair do nome TecnoCarne algo que é só bovino, e definir como proteína animal, com suíno e aves, além de peixe. Nós não somos os especialistas do setor, pois, trabalhamos com feiras em diversos setores, então os óculos que afinam nossa visão são as entidades de classe. Em especifico da TecnoCarne, não existe uma entidade de classe que reúna os fabricantes de máquinas e equipamentos de proteína animal. Assim, para afinar nossa visão, criamos um conselho de expositores, que reúne os principais fabricantes. Nos encontros, nós tentamos absorver a visão desses setores e nos guiar no planejamento do evento. Complementarmente, nesta edição estamos investindo em uma consultoria importante. Uma consultoria que conhece o mercado e que irá nos ajudar a conquistar novos segmentos de mercados e novas oportunidades. Assim,

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eu acredito muito na TecnoCarne, um evento de proteína animal realizado em São Paulo, por um grupo internacional, o Grupo Informa. Eu estou otimista para 2017. 3- Qual a expectativa para a realização no São Paulo Expo, que sofreu grande reforma e reinaugurou em 2016? Após essa profunda reforma, em 2016, do antigo Centro de Exposições Imigrantes, nós já realizamos a Feimec (Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos). De fato é outra estrutura do pavilhão, de alta qualidade, comparada com estruturas europeias e americanas. Nós estamos propondo uma planta bastante interessante ao visitante. Ficaremos nos dois últimos pavilhões da São Paulo Expo, utilizando como referência o estacionamento. Pelo porte do pavilhão é uma distância considerável, por isso vamos disponibilizar um shuttle service (serviço de translado – tradução livre) entre o estacionamento e pavilhão para facilitar a locomoção dos visitantes. Fora do Brasil, essas distâncias são normais. Entre as qualidades do centro de exposições temos cinco mil vagas cobertas, ar condicionado, um grande conforto ao visitante. Enfim, uma estrutura rejuvenescida com relação ao que era o Centro Imigrantes. O São Paulo Expo conta com uma estrutura internacional e a segurança do evento depende do operador, da planta e muito do design


Ponto de Vista do estande. Muitas vezes o expositor acaba equivocadamente deixando o estande muito aberto, com equipamentos muito pequenos a mostra e sem estarem devidamente segurados. A segurança do todo é responsabilidade da organização e do estande é responsabilidade do expositor. 4- Por favor, apresente um pouco o setor de feiras. A Informa possui 24 feiras em seu portfólio e está entre as maiores organizadoras de feiras no Brasil. Nosso papel, que eu acho bem bacana na Informa, é ter o tato para entender as necessidades do mercado brasileiro. Ela é mais amigável com os expositores, pois está muito mais preocupada com a entrega do que com o lucro. Tenho um grande prazer em ter a TecnoCarne em meu portfólio. Eu venho de um portfólio muito variado nestes quatro anos de Informa. Tenho o prazer de organizar a Agrishow, que possui um vínculo com a TecnoCarne. A Informa está se especializando como a maior e principal organizadora de feiras no Brasil desde o campo até a mesa. É só considerar a Agrishow, TecnoCarne, Fispal Tecnologia, Fispal Food Service. Temos uma cadeia muito importante do campo até a mesa. E isso abre a nossa visão, isso é muito importante. Evidentemente, nos últimos dois anos, todos os eventos sofreram do mesmo modo que a economia do país. Em 2015, nós tivemos um sintoma não muito favorável na economia. Assim, estamos comemorando um pouco com esse respiro. Com a queda dos juros Selic anunciada ontem (em 19/10), acredito que haverá uma queda da inflação, e provavelmente teremos mais quedas de juros, salvo se algo excepcional acontecer. Ou seja, o cenário está montado. Agora é trabalhar com muito afinco, já que temos menos de um ano pela frente.

Melhoramos a nossa equipe e agora está completa. E pretendemos abrir novos setores. Assim, estamos trabalhando duro para fazer uma grande TecnoCarne 2017. Adriana Vergilio Coordenadora de marketing da BTS Informa 1- Quais ações serão realizadas para promover a TecnoCarne? Para 2017, nós teremos como novidade o canal de conteúdo, que na verdade já está no ar desde 3 de outubro e foi criado com o objetivo de levar informação de qualidade aos tomadores de decisão e influenciadores de compra de toda a cadeia produtiva. Essa ferramenta fortalece ainda mais o papel do evento de ser uma fonte de referência durante todo o ano e que vai ao encontro de uma demanda do setor. Nele você encontrará artigos técnicos, reportagens, entrevistas e matérias especiais em formato de e-books, white papers e infográficos. Com produção exclusiva, o canal vai tratar de temas atuais e relevantes relacionados à cadeia da proteína animal, como gestão, inovação, boas práticas, processos e oportunidades. Pode ser acessado em http://tecnocarne.com. br/canal-de-conteudo. Outro foco para 2017 é, além da promoção em veículos segmentados, intensificarmos as ações de marketing digital, com o intuito de atingirmos um público altamente qualificado. E as novidades não param por aí. Também em 3 de outubro foi lançada oficialmente a nova logomarca, na qual a grafia foi repaginada com traços mais modernos e refinados, com pixels compondo a letra ‘T’ que remetem à tecnologia, bem como uma nova campanha que reforça que a TecnoCarne é muito mais que uma feira bovina, contando com ícones que representam as demais proteínas: aves, suínos e peixes.•

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Capa

TecnoCarne apresenta nova identidade visual e investe em conteúdo para potencializar negócios da indústria de proteína animal Canal de conteúdo da feira permite download gratuito de e-books e reportagens especiais sobre o setor, entre outros materiais exclusivos

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TecnoCarne – Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria da Proteína Animal, que será realizada de 8 a 10 de agosto de 2017, no São Paulo Expo, alinhada com o dinamismo do mercado e com a força de mais de 20 anos de tradição do setor, apresenta uma nova logomarca para a edição de 2017. “A grafia foi repaginada com traços mais modernos e refinados, além de retângulos compondo a letra ‘T’, como pixels que remetem à tecnologia. Já a escolha das cores verde e laranja, fazem referência

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à proteína animal presente no evento. De modo geral, o novo design do logo vem para modernizar a marca e fazê-la se destacar ainda mais”, explica o designer responsável pela nova logomarca, Tommy Pissini. Além da nova logomarca, a TecnoCarne traz como novidade um canal de conteúdo online, com artigos técnicos, reportagens, entrevistas e matérias especiais em formato de e-books, white papers e infográficos. Com produção exclusiva, o canal vai tratar de temas atuais e relevantes relacionados


Capa à cadeia da proteína animal, como gestão, inovação, boas práticas, processos e oportunidades. “A TecnoCarne é uma plataforma de soluções para fomentar negócios da indústria de proteína animal. Por isso, o canal de conteúdo foi criado com o objetivo de levar informação de qualidade aos tomadores de decisão e influenciadores de compra de toda a cadeia produtiva. Essa ferramenta fortalece ainda mais o papel do evento de ser uma fonte de referência, agora durante todo o ano, algo inédito neste mercado, e que vai ao encontro de uma demanda do setor”, ressalta o diretor da TecnoCarne, José Danghesi. O canal de conteúdo pode ser acessado por meio do site oficial da feira: www. tecnocarne.com.br/canal-de-conteudo. A edição de 2017 também contará com uma grade de conteúdos bastante focada em temas atuais do mercado, como perspectivas, inovações e tendências, fortalecendo o evento como fórum de discussão e difusão de conhecimentos sobre o setor.

Outra atração é o Meeting Business, uma rodada de negócios com formato inovador, que foi sucesso em 2015, com mais de R$ 10 milhões em negócios em apenas 2 horas, e que voltará em 2017. “As rodadas de negócios são importantes porque proporcionam um contato direto entre expositores e tomadores de decisão de compras, e nada substitui o contato frente a frente”, explica Danghesi. Sobre a TecnoCarne Com periodicidade bienal, a TecnoCarne é o principal palco para a apresentação de tendências e lançamentos das mais avançadas tecnologias e soluções para a indústria de processamento de carne bovina, suína, aves e de peixes. A TecnoCarne 2017 terá 650 marcas nacionais e internacionais em exposição de segmentos que abrangem toda a cadeia produtiva de proteína animal: ingredientes, aditivos, embalagens, tripas, refrigeração, logística, produtos, serviços, rastreabilidade, softwares, paletes, transporte, armazenagem, tratamento de efluentes, higienização, máquinas, equipamentos, acessórios, automação industrial e comercial, e reciclagem de

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Capa subprodutos de origem animal. São esperados aproximadamente 21 mil visitantes de todo o Brasil e de 20 países com alto poder de decisão. Organizada pela Informa Exhibitions, a TecnoCarne tem o apoio da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Associação Brasileira da Indústria de Armazenagem Frigorificada (ABIAF), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação dos Frigoríficos de Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal (AFRIG) e Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).• Serviço 13ª TecnoCarne – Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria da Proteína Animal Data: 8 a 10 de agosto de 2017 Local: São Paulo Expo – SP Horário: das 13h às 20h Mais informações: www.tecnocarne.com.br Sobre a Informa Exhibitions A Informa Exhibitions acredita que eventos são plataformas de conhecimento e de relacionamento, que auxiliam a impulsionar a economia brasileira. A empresa é filial do Informa Group, maior organizador de eventos, conferências e treinamentos do mundo, com capital aberto e papéis negociados na bolsa de Londres. Dentre os eventos realizados pela Informa Exhibitions no Brasil estão: Agrishow, Fispal Tecnologia, Fispal Food Service, ForMóbile, FutureCom, ABF Franchising Expo, Serigrafia SIGN e Feimec, num total de 24 feiras setoriais. A Informa Exhibitions possui escritórios em São Paulo/SP (sede) e Curitiba/PR, com cerca de 200 profissionais. Nos últimos quatro anos, a empresa investiu cerca de R$ 400 milhões no Brasil em aquisições de eventos e marcas, o que levou a decisão estratégica de alterar o nome da empresa no Brasil de BTS Informa para Informa Exhibitions. Para mais informações, acesse: www.informaexhibitions.com.br.

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Caderno de Sustentabilidade

Minerva Foods tem novo Relatório de Sustentabilidade Nova edição traz resultados de 2015 e reitera o compromisso da companhia com a sustentabilidade e com a transparência em todas as suas iniciativas

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Minerva Foods anuncia o lançamento da quarta edição do seu Relatório de Sustentabilidade, com publicação dos resultados das suas iniciativas no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2015, disponível para download no site da companhia: www. minervafoods.com. A empresa, uma das líderes na América do Sul na produção e comercialização de carne in natura, gado vivo e seus derivados, e segunda maior exportadora brasileira do setor em receita bruta, traz neste conteúdo um panorama completo da sua atuação sob os aspectos de desempenhos econômico, social, ambiental e de governança corporativa. Os resultados da empresa são descritos com base nas diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI) e recomendações da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), com auditoria a cargo da BDO RCS Auditores Independentes.

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E, entre os conteúdos abordados, destaque para a descrição das atividades da Minerva Foods, gestão estratégica, governança corporativa, desempenho dos negócios, relacionamentos e sistema de gestão integrado. Entre as novidades, a edição traz um assunto novo: relações institucionais. Essa área leva em consideração o engajamento realizado ao longo do ano com os públicos de relacionamento da companhia, tanto por meio dos canais de comunicação direta quanto por seus eventos e programas, como Minerva Day, Falando de Pecuária, @+Lucrativa e o Stakeholder Engagement Plan (SEP). Disciplina, consistência e foco Sobre 2015, o presidente da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, destaca que a companhia demonstrou grande capacidade de prever e entender os


mercados em que atua. Para isso, ele ressalta que a empresa investiu na capacitação e promoção da segurança dos colaboradores e manteve o direcionamento de todas as suas atividades em três pilares centrais: disciplina, consistência e foco.

crescimento em receita líquida, que ficou 36,3% acima do ano anterior, e Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) com patamar histórico de 25%, mantendo a Minerva como referência em seu setor”, informa o executivo. Outros pontos altos da Minerva em 2015, segundo Queiroz, são a aquisição de um frigorífico na Colômbia e o arrendamento de mais uma unidade no Paraguai, o aumento da originação de outros produtos, além de carne bovina, e a intensificação do trabalho junto aos pequenos e médios varejos e ao food service, segmentos considerados mais resilientes em momentos de crise. O executivo lembra ainda o anúncio do acordo de investimentos com a SALIC, controlada pelo fundo soberano da Arábia Saudita, uma medida que resultou no

Sobre 2015, o presidente da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, destaca que a companhia demonstrou grande capacidade de prever e entender os mercados em que atua. Para isso, ele ressalta que a empresa investiu na capacitação e promoção da segurança dos colaboradores e manteve o direcionamento de todas as suas atividades em três pilares centrais: disciplina, consistência e foco. Queiroz pontua ainda que a estratégia de diversificação geográfica na produção e distribuição na América do Sul, com foco na abertura e crescimento em novos mercados, permite a empresa realizar negócios em âmbito global e minimiza a dependência interna em períodos de maior volatilidade e desaceleração da economia. “Nossa estratégia se confirmou acertada ao obtermos excelentes resultados, como

aumento de capital privado, em 2016, e que representa o início de uma parceria estratégica no Oriente Médio, uma região com alto potencial de demanda. No que diz respeito aos colaboradores, o departamento de recursos humanos adquiriu status mais estratégico, acompanhado pelo desenvolvimento de um modelo de gestão por competências. Além disso, houve avanço na autonomia

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Caderno de Sustentabilidade concedida aos gestores por meio da adoção de modelo matricial, que resultou na descentralização dos processos decisórios e maior agilidade e eficiência nas respostas às demandas de um mercado cada vez mais volátil. “As ações da Minerva, somadas ao comprometimento dos colaboradores, cujas contribuições permitiram a construção de uma trajetória de crescimento sustentável, asseguram à companhia o preparo para fazes frente às novas demandas mundiais”, reitera Queiroz. Compromisso com a sustentabilidade Em auditoria externa do Termo de Acordo

do país, provenientes do Bioma Amazônia. Entre os pontos altos dos resultados no atendimento aos “Critérios mínimos para operações com gado e produtos bovinos em escala industrial no Bioma Amazônia”, a Minerva saltou de 85% para 92% em volume de compra de gado de fazendas monitoradas com mapas georreferenciados na região. A meta de 100% deverá ser alcançada com a ampliação do mapeamento das fazendas fornecedoras na região e com os mapas disponibilizados pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR), prorrogado para 2017, além do fortalecimento das suas ações de

Em auditoria externa do Termo de Acordo com o Greenpeace foi comprovado que as aquisições de gado bovino da Minerva Foods contemplam os pontos do acordo conhecido como “Compromisso Público da Pecuária”, ou seja, os fornecedores da Companhia não estão envolvidos com desmatamento, com trabalho escravo, em áreas embargadas pelo IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), terras indígenas ou em unidades de conservação. com o Greenpeace foi comprovado que as aquisições de gado bovino da Minerva Foods contemplam os pontos do acordo conhecido como “Compromisso Público da Pecuária”, ou seja, os fornecedores da Companhia não estão envolvidos com desmatamento, com trabalho escravo, em áreas embargadas pelo IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), terras indígenas ou em unidades de conservação. Conforme consta do Acordo assinado, em 2009, a auditoria ocorre anualmente e analisa uma série de práticas importantes nas operações de compra de gado dos principais frigoríficos

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extensão no campo para fomentar a pecuária sustentável. Esse desempenho positivo reforça o compromisso da Minerva com a pecuária sustentável. Neste contexto, o presidente da companhia, Fernando Galletti de Queiroz, destaca que a empresa mantém o direcionamento de todas as suas atividades em três pilares centrais: disciplina, consistência e foco. “As ações da Minerva e o comprometimento da cadeia produtiva contribuem para o crescimento sustentável do setor e asseguram à companhia o preparo para fazer frente às novas demandas mundiais”, conclui o executivo.•


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Brasil

MS terá primeiro frigorífico para abate de jacarés Por Ana Maio – Embrapa Pantanal

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oi lançado, em Corumbá, o primeiro frigorífico de abate de jacarés do Mato Grosso do Sul. A cerimônia ocorreu no Caimasul, na BR-262, e foi acompanhada por uma equipe da Embrapa Pantanal. O chefe de Transferência de Tecnologias da Unidade, José Aníbal Comastri Filho, o pesquisador da área de alimentos, Jorge Antonio Ferreira de Lara, e o supervisor do Núcleo de Comunicação Organizacional, Thiago Coppola, estiveram no local prestigiando o empreendimento e reforçando a possibilidade de parcerias em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Raul Amaral Campos Filho, um dos responsáveis pelo Caimasul, anunciou em discurso que em breve o grupo estará lançando também a Fundação Caimasul, que vai destinar R$ 1 por animal abatido à inves-

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tigação científica. Citou como prováveis parceiros em pesquisas o CSG (Grupo de especialistas em crocodilianos da IUCN – International Union for Conservation of Nature), a Embrapa e universidades. A expectativa é que o empreendimento tenha no início um faturamento anual na faixa de R$ 40 milhões. Os abates no frigorífico Caimasul devem começar em janeiro ou fevereiro de 2017. Até o momento, segundo outro investidor, Raul Amaral Campos, já foram aplicados nas instalações cerca de R$ 15 milhões. Além do frigorífico, o grupo atua na recria e engorda de jacarés-do-Pantanal. Na solenidade de ontem foram apresentados exemplares da safra 2014, 2015 e filhotes nascidos em 2016. Para montar o empreendimento, o grupo coletou na natu-


Brasil reza ovos de jacarés, gerando renda a ribeiros e fazendeiros. “Nós pagamos pela coleta, que é feita em propriedades rurais, em áreas autorizadas. Levamos consciência ambiental a esses parceiros”, conta o zootecnista do Caimasul, Willer Girardi. A intenção é manter as baias com 80% de animais nascidos em cativeiro e 20% coletados na natureza. Willer disse que esse manejo não provoca perdas no plantel do Pantanal. Raul Campos Filho lembrou, também em seu discurso, que os maiores prejudicados com o empreendimento são os caçadores ilegais de jacarés. “Apesar de o frigorífico ser considerado nosso módulo mais sensível, porque os animais serão abatidos aqui – o que gera certo desconforto – sabemos que daqui sairão produtos legais e de qualidade”, afirmou. A intenção é abater os jacarés com oito quilos, o que pode ser obtido a partir de 18 meses. Nas baias, a temperatura, lotação e alimentação são controladas. O veterinário Eduardo Borges disse que eles comem vísceras bovinas, de peixes e farinha. "É uma alimentação bem rica", explicou. Sobre

a concentração de animais nas baias, ele explicou que foram feitas filmagens aéreas na natureza para replicar a mesma situação no cativeiro. Enquanto filhotes, as baias recebem cerca de dois mil animais, segundo Willer. Com o tempo e conforme se desenvolvem, cada baia concentra cerca de 200 jacarés no final do ciclo. Os responsáveis técnicos disseram que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) estão acompanhando as ações do grupo. No momento existem 76 baias ocupadas. O projeto comportará até 240. A expectativa é chegar a 80 mil jacarés no sistema. Além dos animais que serão abatidos, alguns serão selecionados como matrizes para reprodução. “Vamos começar o trabalho de melhoramento genético. Já estamos selecionando os mais precoces”, garantiu o zootecnista. A carne do jacaré mais precoce é mais macia, assim como acontece na bovinocultura. Willer explicou que existem 11 cortes aproveitados pelo mercado de

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Brasil jacarés, incluindo o filé, coração e outros. O Caimasul pretende aproveitar todo o animal: o couro deve ser exportado – há uma expectativa de que os retalhos sejam aproveitados para artesanato na própria região; a cabeça deve ser aproveitada como adorno a partir da taxidermia; as vísceras serão reaproveitadas na própria alimentação dos jacarés. O grupo também adotou o reuso de toda a água no empreendimento. Ela é tratada e reaproveitada. Atualmente o Caimasul gera 30 empregos diretos. Quando estiver em plena operação, a expectativa é empregar diretamente 120 funcionários, além de gerar mais 200 empregos indiretos. O pesquisador Jorge Lara disse que os equipamentos disponíveis na Embrapa Pantanal e o conhecimento adquirido ao longo dos anos pelos pesquisadores poderão ser úteis ao empreendimento e à sociedade. Jorge lembra que os primeiros contatos com o grupo aconteceram no início de 2015, por meio dos pesquisadores Ubiratan Piovezan, Comastri Filho e do analista Thiago Coppola. Antes das primeiras visitas ao Caimasul, seus representantes estiveram

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na Embrapa Pantanal conversando com a chefe-geral, Emiko Resende. A Unidade poderá atuar apoiando a industrialização da carne de jacaré. “O foco será no padrão de qualidade da matéria-prima do abate, na conservação e na qualidade da carne. Também podemos ajudar no desenvolvimento de produtos derivados, na caracterização e vida de prateleira”, afirmou. O pesquisador destaca ser importante estar junto ao empreendimento desde o início das atividades. Comastri Filho disse que o Pantanal comporta a exploração sustentável de jacarés. Segundo ele, toda a pesquisa desenvolvida sobre os animais nas últimas décadas poderá ser aproveitada pelos empresários. Ele também tem expectativas de que as pesquisas em processamento de alimentos possam ser utilizadas de forma direta pelo frigorífico. A proximidade geográfica da Embrapa Pantanal e do Caimasul foi um dos pontos altos colocados pelos dois pesquisadores, o que pode facilitar – e muito – o desenvolvimento de novos estudos sobre a produção de jacarés em cativeiro.•


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Mundo

Câmara Brasil-Alemanha propõe imersão tecnológica na Alemanha Comitiva de 23 representantes de empresas e instituições brasileiras desembarcou em Berlim para uma imersão em centros de ponta em Inovação e Indústria 4.0 Por Ana Calegari – AHK Brasil

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Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo), em uma parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), proporcionou a empresas brasileiras uma imersão tecnológica em centros de ponta em Inovação e Indústria 4.0 da Alemanha. Uma comitiva de 23 representantes de empresas e instituições brasileiras desembarcou em Berlim, dia 10 de outubro, para uma série de visitas a polos de referência em Inovação e Manufatura Avançada. A programação incluiu um dia para alinhamentos conceituais sobre o projeto alemão para a Indústria 4.0 e quatro dias de visitas técnicas a centros de PD&I públicos e privados e plantas modelo, com o objetivo de promover cooperação entre as instituições alemãs e empresas que operam no Brasil. A imersão aconteceu entre os dias 10 e 14 de outubro. “A Câmara Brasil-Alemanha entende que a Inovação é fundamental para que empresas e instituições caminhem alinhadas às tendências tecnológicas, com o intuito de alcançarem sempre posições de liderança em seus negócios. Por meio de iniciativas como esta, temos a oportunidade de oferecer às empresas e às instituições brasileiras um maior

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contato e troca de experiências com a Alemanha, país detentor de tendências, resultando em diferenciais competitivos e catalisando oportunidades”, comenta Bruno Vath Zarpellon, diretor de Inovação e Tecnologia da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo. “A estratégia de termos um momento de alinhamento conceitual e sermos criteriosos na escolha dos centros visitados tem sido exitosa. Isso é colaboração academia-indústria na prática, e no timing do empresariado. Nas duas imersões já realizadas (nos Estados Unidos e no Brasil), mapeamos ao menos sete desdobramentos, como parcerias entre empresas e centros de pesquisa, e negócios na área de Tecnologia e Inovação”, destaca a diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio. O grupo, composto por empresários dos setores aeronáutico, de bens de capital, tecnologia da informação e comunicação, bem como por integrantes do governo, da academia e do terceiro setor, visitou plantas industriais de empresas como a Siemens, Bosch e Telekom. A imersão passou pela capital alemã e também pelas cidades de Amberg, Stuttgart e Frankfurt. No grupo, há representantes do MDIC, MCTIC, BNDES, INPI, SUFRAMA, SENAI,


Mundo EMBRAPII, FAPESP, da Unicamp, entre outros órgãos e instituições. O Programa de Imersões em Ecossistemas de Inovação está entre as prioridades definidas pela Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) para 2016, organizado pela CNI. A iniciativa integra a agenda de “Inserção Global via Inovação” da MEI e visa facilitar arranjos público-privados em ciência, tecnologia e inovação, incentivando a colaboração de empresas brasileiras com centros de PD&I que atuam na fronteira do conhecimento e no desenvolvimento de talentos para inovação. A Indústria 4.0 tem sido considerada a nova Revolução Industrial. Entretanto, enquanto países como Alemanha, Estados Unidos e Coreia do Sul estão à frente do desenvolvimento e da aplicação industrial dessas inovações, o Brasil ainda explora pouco as oportunidades nesta área. Pesquisa recente da CNI mostra que apenas 48% das empresas usam uma entre as 10 principais tecnologias digitais. 100 anos da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo) A Câmara de Comércio e Indústria BrasilAlemanha de São Paulo (AHK São Paulo) desenvolve um papel essencial no fomento das relações econômicas entre os dois países. É uma instituição que representa

oficialmente a economia alemã no Brasil, atuando como base para o fortalecimento e a diversificação dos negócios de seus associados, na atração de investimentos para o Brasil, na ampliação do comércio bilateral e na cooperação entre países. Suas atividades englobam ações como eventos, seminários e congressos sobre temas factuais e de interesse, rodadas de negócios, suporte a delegações, assim como o apoio com informações estratégicas, econômicas e institucionais. Em 2016, a AHK São Paulo celebra os seus 100 anos de existências com diversas iniciativas e ações em prol não apenas da sua história, mas também de seus associados, os quais são personagens ativos desse jubileu. A Câmara Brasil-Alemanha, que atua em 13 cidades brasileiras, congrega 1.200 associados, entre empresas de capital ou know how alemão instaladas no Brasil e companhias brasileiras e alemãs voltadas ao comércio exterior. Por meio da Câmara, os associados se beneficiam de uma rede de mais de 130 câmaras espalhadas em 90 países, além de 83 entidades do gênero na Alemanha.•

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ÍNDICE DE ANUNCIANTES Adipro 29

Maqinox

AmelloHost 27

Nilko 17

Atommaq

Nutri.com 15

Conatril

21 3ª capa

23

Danfoss 09

Poly-clip

G+F 50

TecnoCarne 11

Incomaf

Tinta Mágica

2ª capa

Lenke 31

50

Nyroplast

07

4ª capa e 5

19

Viscofan 13


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